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Heron José de Santana Gordilho

- Professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e da Universidade Católica do Salvador


(UCSAL) é conhecido por sua obra voltada ao direito animal;
- Graduação em Direito pela UFBA;
- Mestrado em Ciências Sociais pelaa UFBA;
- Doutorado em Abolicionismo Animal pela UFPE;
- Pós-doutorado em Ciências Sociais Aplicadas pela Universidade Pace nos Estados Unidos da
América, 2011.
- Promotor de justiça do Ministério Público da Bahia, atualmente ocupando a 2ª promotoria de
justiça ambiental em Salvador. É professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal da
Bahia(UFBA), ministrando aulas na graduação, no mestrado e no doutorado. Atualmente, ele é
coordenador do Programa de Pós-Graduação em Direito da instituição (PPGD – UFBA), onde
desenvolve seus estudos jurídicos na linha de pesquisa "Direitos Pós-Modernos: Bioética,
Cibernética, Ecologia e Direito Animal" integrante do referido Programa, além de ser o
coordenador de cursos de especialização com ênfase em Ecologia e Direito Animal.
- É também coordenador de pesquisa na Universidade Católica do Salvador(UCSAL), onde ministra
aulas sobre Direito Ambiental.

- No plano internacional, ele tem sido o brasileiro que mais se destaca na difusão acadêmica do
Direito Animal, pois tem sido convidado para ministrar aulas e palestras em diversas instituições
estrangeiras dos Estados Unidos da América, da Argentina, da Espanha, da França, da Itália, entre
outros.

- Fundador, coordenador e editor-chefe da Revista Brasileira de Direito Animal, primeiro periódico


latinoamericano especializado na temática do direito animal e também foi fundador e primeiro
presidente do Instituto Abolicionista Animal.

- Ele desenvolve em seus projetos de pesquisa e de extensão temas como Ética, Direito Animal,
Direito Ambiental, Direito Animal Comparado, Pós-Humanismo e Direito Constitucional, tendo
publicado vários livros, além de mais de cinquenta artigos científicos.

Livros em ordem cronológica


• Responsabilidade Civil por Dano Moral ao Consumidor. Belo Horizonte: Edições Ciências
Jurídicas, 1997.
• Direito Ambiental na Visão da Magistratura e do Ministerio Público (coautor). Del Rey,
2003.
• A Dignidade da Vida e os Direitos Fundamentais para Além dos Humanos: Uma discussão
necessária (coautor). Editora Forum, 2008.
• Direito Ambiental Pós-Moderno. Juruá, 2009.
• Abolicionismo Animal. Evolução, 2009.
• Meio Ambiente, Direito e Biotecnologia: Estudos em Homenagem ao Prof. Dr. Paulo
Affonso Leme Machado (coautor). Juruá, 2010.
• Visão Abolicionista: Ética e Direitos Animais (coautor). Libra Três, 2010.
• Reflexões sobre a Tolerância: Direitos dos Animais (coautor). Humanitas, 2010.
• Metodologia da Pesquisa em Direito Volume V (coautor). Paginae, 2013. v. 1.
• Metologia da pesquisa em Direito Volume IV. (coautor) Paginae, 2013. v. 1.
• Metodologia da Pesquisa em Direito Volume III (coautor). Paginae, 2013. v. 1.
• Esfera Pública, Legitimidade e Controle (organizador). Conpedi, 2015.
• Direitos do Conhecimento. CONPEDI, 2015.
• Direito Ambiental e Socioambientalismo II. CONPEDI, 2016.
• Animal Abolitionism: Habeas Corpus for Great Apes (Abolicionismo Animal: Habeas
Corpus Para Grandes Primata). EDUFBA, 2017: O livro trata dos direitos dos animais, como o
próprio nome já demonstra, se posicionando a favor de sua defesa e proteção, através do
reconhecimento de um novo status jurídico. São estudos aprofundados nas áreas da filosofia e da
história do direito, que fazem um panorama desde a Antiguidade, até o século XIX, com a teoria de
Darwin. O autor analisa a situação legal atual referente ao tratamento dos animais no Brasil e abre a
discussão sobre as potencialidades inerentes a determinados institutos jurídicos para conceder um
“status elevado” aos animais, entrando na questão do possível surgimento de uma nova ética em
relação ao tratamento deles, a partir de uma incipiente “mudança de paradigmas” do
antropocentrismo para o biocentrismo.
• Estudos Avançados de Direitos Humanos, Teoria do Direito e Desenvolvimento Sustentável
(coautor). IDM, 2018.

Principais idéias
As principais idéias defendidas por Heron Gordilho são o abolicionismo animal, o uso do habeas
corpus em favor de grandes primatas e a hermenêutica constitucional da mudança.

Em entrevista ao site CONJUR, Heron Gordilho disse sobre o que consistiria o abolicionismo
animal para ele: A minha hipótese básica da tese é de que a exploração institucionalizada dos
animais é antieconômica, desnecessária, imoral, ambientalmente prejudicial e danosa à saúde.
Alguns animais possuem requisitos para serem considerados como sujeitos de direitos. Não são
todos, apenas os dotados com uma vida mental complexa e quem distingue isso é a ciência.

- Acredita na possibilidade de animais receberem pensões alimentícias, em virtude da ideia de


família pluriespécie.

- Contra experimento científico com animais: “Tem um dilema muito grande nessa questão. Se faz
experiência animal para usar no homem, estão dizendo que há semelhança entre os dois. Se existe
semelhança entre ambos, não pode tratar um de uma forma e outro diferente. O direito trabalha
com tratamento igual entre semelhantes. Esse é um princípio básico.”

-- Gordilho ficou conhecido nacionalmente ao impetrar um Habeas Corpus na Justiça baiana


para que a chimpanzé Suíça, morta em 2005, fosse transferida do zoológico de Salvador para
Sorocaba, no interior de São Paulo. “Foi a primeira vez na história da humanidade que um animal
foi reconhecido como sujeito de direitos”, diz o promotor, ressaltando que o caso virou um
precedente relevante e já foi usado na Argentina e nos Estados Unidos.
HC: “Segundo Richard Dawkins, se nossa mãe segurar na mão de nossa avó e assim por diante, em
menos de quinhentos quilômetros, encontraremos uma ancestral comum com os chimpanzés, e isto
em termos evolutivos não é um tempo muito longo. Seja como for, à medida que o tamanho da
estrutura cerebral aumenta, os membros do gênero Homo passam a desenvolver habilidades mais
complexas, como a matemática e o uso de linguagens.
É com base neste argumento evolucionista que Singer e Cavalieri reclamam a concessão imediata
de direitos fundamentais aos grandes primatas, tais como o direito à vida, à liberdade individual e à
integridade física, pondo fim a toda sorte de aprisionamento em zoológicos, circos, fazendas ou
laboratórios científicos, outorgando-lhes uma capacidade jurídica semelhante a que concedemos aos
recém-nascidos ou deficientes mentais.
(…)
A questão principal é a seguinte: por qual razão nós concedemos personalidade jurídica até mesmo
a universalidades de bens, como a massa falida, e nos recusamos a concedê-la a seres que
compartilham até 99,4% da nossa carga genética? Por que razão permitirmos que chimpanzés,
bonobos, gorilas e orangotangos sejam aprisionados em circos e zoológicos e, ao mesmo tempo,
asseguramos direitos fundamentais para seres humanos capazes de cometer os mais abomináveis
crimes contra a própria humanidade?
(…)
Seja como for, já existem provas científicas suficientes para constatarmos que os grandes primatas,
os golfinhos, as orcas, os elefantes e animais domésticos, como cachorros e porcos, são
considerados atualmente pela ciência como seres inteligentes, capazes de raciocinar e de ter
consciência de si.
O art. 2º do novo Código Civil, por exemplo, embora repita quase literalmente o art. 4º do Código
Civil de 1916, substituiu a palavra homem por pessoa ao indicar o início da personalidade civil,
demonstrando claramente que pessoa natural e ser humano são conceitos independentes, uma vez
que existem seres humanos (anencéfalos, morto cerebral e feto decorrente de estupro) que não são
vistos juridicamente como pessoas. Em suma, se forem considerados os esclarecimentos trazidos
por cientistas dos principais centros de pesquisa do mundo e a legislação vigente no país, ter-se-ia
de admitir que os chimpanzés devem, através de uma interpretação extensiva, ser abarcados pelo
conceito de pessoa natural, a fim de que lhes seja assegurado o direito fundamental de liberdade
corporal.

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