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Bônus:

Comparação de Leis (antiga e atual) de Direitos Autorais

Quadro comparativo

- Lei brasileira atual de Direitos Autorais: Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998

- Lei brasileira de Direitos Autorais imediatamente anterior (revogada pela Lei nº 9.610/98): Lei nº
5.988, de 14 de dezembro de 1973

Comparação entre as duas normas (quais inovações teria a Lei nº 9.610/98 trazido para o Direito
brasileiro?)

1) A Lei nº 9.610/98 possui 115 artigos, sendo 89 deles reproduções de artigos já presentes na Lei
nº 5.988/73, com poucas ou nenhuma alteração. Ou seja, nesses 89 pontos, nada mudou.

2) A Lei nº 9.610/98, porém, trouxe algumas novidades, ora para extinguir regras e entidades
previstas na Lei 5.988/73, ora para modificar ou criar regras novas.

2.1) A Lei nº 9.610/98:

a) extinguiu o CNDA (Conselho Nacional de Direito Autoral);

b) não contemplou a licença legal sobre fotografia (prevista no art. 51 da Lei nº


5.988/73, segundo o qual “É lícita a reprodução de fotografia em obras científicas ou didáticas,
com a indicação do nome do autor, e mediante o pagamento a este de retribuição equitativa, a ser
fixada pelo Conselho Nacional de Direito Autoral.”);

c) não tratou do Direito de Arena (que, assim, deixou de ser considerado de vez como
um Direito Conexo, para ser discutido como desdobramento do Direito de Imagem);

d) não mais tratou das “obras sob encomenda”;

e) não estipulou prazos prescricionais específicos para pretensões ligadas a Direitos


Autorais e Conexos (ao contrário da Lei 5.988 que previa prescrever “em cinco anos a
ação civil por ofensa a direitos patrimoniais do autor ou conexos, contado o prazo da data em que se
deu a violação.”). Com isso, as pretensões derivadas de Direitos Autorais e Conexos
passaram a prescrever (quando prescritíveis) segundo os prazos genéricos dos arts. 205
e 206 do Código Civil.

2.2) Por outro lado a Lei nº 9.610/98:

a) criou lista exemplificativa de que tipos de obras intelectuais são passíveis de proteção
pelo regime legal dos Direitos Autorais;

Professor Ricardo Marques


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b) introduziu textualmente os programas de computador (softwares) entre as criações
intelectuais protegíveis pelo regime dos Direitos Autorais;

c) delimitou em lista taxativa as “limitações aos Direitos Autorais” (arts. 46 a 48), isto
é, as condutas permitidas a terceiros sobre obras intelectuais, sem autorização do
criador, e que, mesmo assim, não são consideradas violações aos Direitos de Autor,
mantendo algumas já previstas na Lei 5.988/73 – como as paródias e as paráfrases –,
mas inovando em outras situações – como no caso da “reprodução de obras literárias,
artísticas ou científicas, para uso exclusivo de deficientes visuais, sempre que a reprodução, sem fins
comerciais, seja feita mediante o sistema Braille ou outro procedimento em qualquer suporte para esses
destinatários”;

d) alterou os prazos de vigência dos direitos patrimoniais (que na Lei 5.988/73 era
vitalício não apenas para autores mas também para filhos, pais e cônjuge, e de 60 anos
para outros tipos de sucessores, e passou para até 70 anos após o falecimento do autor,
independentemente da espécie de sucessor que os herdar);

e) trouxe novos contornos aos contratos de edição;

3) E a Lei nº 9.610/98 manteve em vigor o art. 17 da Lei nº 5.988/73, que trata do registro das
obras intelectuais e os locais respectivos, com a seguinte redação:

“Art. 17. Para segurança de seus direitos, o autor da obra intelectual poderá registrá-la, conforme sua natureza, na
Biblioteca Nacional, na Escola de Música, na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro,
no Instituto Nacional do Cinema, ou no Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

§ 1º Se a obra for de natureza que comporte registro em mais de um desses órgãos, deverá ser registrada naquele
com que tiver maior afinidade.

§ 2º O Poder Executivo, mediante Decreto, poderá, a qualquer tempo, reorganizar os serviços de registro,
conferindo a outros Órgãos as atribuições a que se refere este artigo.”

Professor Ricardo Marques


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