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Estes fenômenos são objeto de estudo da Psicologia

Psicologia Social 1 Social, principalmente o indivíduo em sociedade e não a


sociedade propriamente dita.
Aula 1: Introdução: Conceito, Método, O fato de sermos animais sociais que precisamos do
Características e Aplicações relacionamento com o outro, faz com que nosso pensa-
mento e comportamento sejam afetados por esta reali-
Conceito dade.
A Psicologia Social é a ciência que estuda a forma Cabe à Psicologia Social estudar como este convívio
como as pessoas se influenciam e se relacionam entre si. acontece e quais são as leis gerais que o dirigem, assim
É uma ciência empírica procurando explicar o com- como quais são as consequências deste processo de inte-
portamento social do ser humano. ração social dentro de uma sociedade com uma cultura,
A Psicologia Social, em contraste com a Sociologia, uma história e uma economia própria.
tem um foco de estudo mais individualista e uma
metodologia mais experimentalista. Resumindo, “Psicologia Social é o estudo científico
da influência recíproca entre as pessoas (interação soci-
Influência al) e do processo cognitivo gerado por esta interação
Todos são influenciados por outras pessoas. Muitas (pensamento social).” Rodrigues, Assmar e Jablonski
vezes nossos comportamentos, pensamentos e sentimen- O que destaca os estudos das interações humanas
tos são influenciados pela simples presença de alguém. realizados pela Psicologia Social, das afirmações sobre
Mesmo que a pessoa não se encontre fisicamente pre- o comportamento social, feitas por filósofos, poetas e
sente, ainda assim, podemos ser influenciados por ela. qualquer conhecimento proveniente do sentido comum,
A expectativa em relação ao comportamento do outro é que a Psicologia Social se fundamenta principalmente
(ou seus pensamentos ou sentimentos) pode igualmente no método científico e não em meras impressões ou in-
modificar nossas ações. tuições.
Todos nós contamos com a influência de pessoas im- As afirmações provenientes do sentido comum,
portantes e significativas, como os nossos pais e amigos. embora possam ser verdadeiras, carecem de comprova-
Por exemplo, quando tentamos tomar decisões que, de ção sistemática e não podem ser consideradas como co-
alguma forma, os fariam sentir orgulho de nós, estamos nhecimento sólido e confiável.
sendo fortemente influenciados por eles.
Método Científico
“A maior parte da nossa vida é passada em contato O psicólogo social, ao utilizar o método experimen-
com outras pessoas, seja por escolha, seja por imposição tal, cria situações sociais para observar seus efeitos no
das circunstâncias. Relacionamo-nos com nossos familia- comportamento do indivíduo.
res, com nossos amigos, com nossos colegas na escola e O conhecimento derivado da pesquisa científica, em
no trabalho, com as pessoas que nos prestam ou a quem Psicologia Social, pode ser aplicado no entendimento e
prestamos serviços e, quando não podemos de todo evi- na solução de problemas sociais específicos.
tar, com pessoas de quem não gostamos, e até com inimi- É uma importante perspectiva da qual podemos fun-
gos”. damentar diversas compreensões, mas sempre conside-
rando não ser a única forma existente para explicar os
Objeto de Estudo da Psicologia Social fenômenos psicológicos e sociais.
A partir dos relacionamentos com os outros, podemos
observar uma grande variedade de fenômenos psicológi- História
cos, tais como: A Psicologia Social tem uma longa história, pois os
Cooperação – Altruísmo – Agressão – Competição seus interesses e fundamentos epistemológicos remetem a
filósofos das civilizações clásscas que alimentaram as raízes
da cultura ocidental. Exemplos Práticos
No entanto, considerando a Psicologia Social a partir 1. Escola: Os achados da Psicologia Social nas áreas
da implementação de métodos e técnicas de pesquisa, de cooperação e competição e de atribuição de cau-
entendemos esta área como caracteristicamente contem- salidade podem ser aplicados a situações concretas
porânea. Vejamos: da atividade escolar. Afinal de contas, o ambiente
 1898 :Os primeiros experimentos foram relata- escolar é rico em interações sociais. Professores
dos. interagem com os alunos, estes interagem entre si e
 1924 : Publicação do primeiro texto. toda a equipe de diretores, coordenadores, orienta-
 1930 : A Psicologia Social assumiu a forma que dores, psicólogos e professores além de outros fun-
conhecemos hoje. cionários precisam interagir entre eles, continua-
 Pós 2ª Guerra: A Psicologia Social começou a mente.
se destacar como o campo significativo que é 2. Relação Médico/Paciente: A Psicologia Social não
hoje, com a divulgação de um vasto volume de dita ao clínico como fazer uso dos conhecimentos
pesquisas. psicossociais, em sua atividade, no consultório. Um
clínico possuindo o conhecimento derivado das
Principais Características da Psicologia pesquisas da Psicologia Social encontrará impor-
Social tantes considerações para sua atividade, em cada
Segundo Helmuth Krüger (1986), os aspectos mais caso concreto, que faça parte da sua atividade pro-
característicos da Psicologia Social são sete: fissional.
1. Individualismo
2. Experimentalismo Interação Social
3. Microteorização Processo de influência mútua promotora de proces-
4. Etnocentrismo sos cognitivos com poder de influenciar mudanças com-
5. Pragmatismo (Utilitarismo) portamentais.
6. Cognitivismo A mudança comportamental não se dá apenas através
7. A-Historicismo da efetiva interação social, ocorrendo também apenas
como efeito da mera expectativa de interação.
Aplicação
Vários são os setores nos quais podem ser aplicados *******************************************
os conhecimentos produzidos pelas pesquisas. Todas as Aula 2: Percepção Social e
situações que envolvem interação entre pessoas podem se Comportamento Social
beneficiar de achados da Psicologia Social.
No entanto, os ensinamentos são muitas vezes incor- Percepção Social
porados por outras áreas do saber e passam a ser utili- Processo que se encontra na base das interações so-
zados em suas respectivas atividades sem fazer justiça à ciais: a formação de impressões sobre os outros, que
sua origem, já que não é dado o crédito merecido à Psico- carrega consigo os referenciais dos grupos sociais dos
logia Social. quais o percebedor toma parte, seu contexto social, que
Os conhecimentos fornecidos servem de orientação no predispõe a percepções
entendimento e na solução de problemas concretos que O olhar a realidade não é neutro, é feito a partir de
devem ser encarados com todas as suas particularidades, lentes sociais: o indivíduo percebe inserido numa socie-
já que cada caso é um caso. dade.
Assim, podemos citar alguns setores em que encon-
tramos importantes aplicações desta ciência. São eles: Comportamentos
Educação- Direito – Saúde – Política
A ampla pesquisa na área de comportamento inter- Conceitos e Fatores do Comportamento
pessoal nos leva a entender, através da Psicologia Social, Social
os diversos comportamentos manifestos nas dinâmicas Como o domínio da pesquisa da Psicologia Social
dos processos interativos dos sujeitos sociais. sobre a interação social carece de teorias gerais, é
Neste campo, encontramos vários tópicos de destaque, necessário recorrer a conceitos e definições de fatores
como a definição e o estudo da proxêmica, da comu- centrais que participam no comportamento social inter-
nicação não verbal, da personalidade e da interação soci- pessoal.
al.
Alguns desses conceitos e fatores básicos são:
Proxêmica
Em relação ao estudo da proxêmica, observamos pesquisas Percepção de Pessoa
sobre as distâncias físicas que mantemos com outras pessoas e O ato de perceber implica a possibilidade de tornar
grupos em relação a diversos fatores como sexo, status, papel conscientes informações dos estímulos ambientais deco-
social, entre outros. dificadas pelos nossos órgãos sensoriais.
O quão próximo nos colocamos dos outros, em função Por outro lado, este processo perceptivo não pode ser
de diversos elementos determinantes do grupo social. considerado como linear ou passivo.
Muitas vezes, mantemos uma proximidade maior da- A percepção implica a construção destas
quelas pessoas que representam papéis sociais semelhan- informações de forma que as mesmas passem a ser
tes ao nosso, ou das pessoas que realizam atividades so- significativas para o sujeito que as percebe.
ciais complementares à nossa. Como, por exemplo, quan- Krüger identifica esta condição da percepção como a
do vamos almoçar com colegas que exercem o mesmo subjetividade do processo perceptivo.
cargo que nós. Desta forma, entendemos como percepção de pessoa
Assim, dentro da sala de aula, é normal nos sentirmos as contribuições de cada um de nós na obtenção de in-
mais próximos de nossos colegas do que do nosso formações dos objetos examinados.
professor, pois ainda que ele se posicione de maneira Para tornar consciente e dar sentido às sensações
acessível à turma, o papel por ele desempenhado no mo- provenientes do mundo externo, todos os sujeitos inter-
mento, não permite uma proximidade total com o grupo pretam com certo grau de subjetividade, dando sentido a
de alunos. todas essas informações.
Mas, talvez, em outro ambiente, como, em uma con- Esta subjetividade da percepção de pessoa pode ser
fraternização, os alunos possam se sentir mais próximos definida através de várias particularidades.
de seus professores. A percepção é o processo pelo qual se formam as im-
Em relação a isto, Helmuth Krüger aponta: “Presume- pressões.
se que as pessoas tendem a preservar distâncias médias
estabelecidas pelo grupo só Particularidades
cial do qual façam parte, nas diversas situações A subjetividade da percepção de pessoa pode ser ca-
interativas de que venham a participar. Desse modo, é de racterizada de acordo com a sua:
supor que haja a tendência à manutenção de espaços . Seletividade → Para Krüger, os diversos
considerados (social e culturalmente) convenientes entre elementos que compõem a realidade objetiva
leitores de bibliotecas, doentes hospitalizados, passageiros não se apresentam em iguais condições para
de elevadores e professores e alunos em salas de aula”. todos os sujeitos. (Uma espécie de recorte)

Distância Social . Qualidade de ser organizada e significativa →


Preservamos distâncias sociais compatíveis com as Do ponto de vista psicológico, nossas
relações, semelhanças, grau de identificação com o outro. percepções dos objetos são ordenadas, ou seja,
respondem às leis de ordem e significado, e
que precisamos delas para significar nossas As fontes de informação mais importantes aqui estão
sensações. representadas pelas expressões faciais, o tom de voz, os
. Categorização → É inevitável aplicar rótulos gestos, a linguagem corporal, e o modo de olhar.
verbais a tudo que estimula os nossos sentidos Segundo Aronson et al. (2002), a comunicação não
no mundo ao redor. Os psicólogos se preocupam verbal serve a vários fins. Através dela podemos expres-
com o estudo da categorização para entender as sar emoções, transmitir atitudes, opiniões e preferências,
influências de termos generalizados, na comunicar traços de personalidade e facilitar a comuni-
percepção de membros de grupos sociais, tais cação não verbal complementando a mensagem falada.
como étnicos, profissionais, ideológicos e Certamente, o comportamento não verbal nos
outros. fornece diferentes pistas que contribuem de forma
significativa na construção de nossas impressões gerais
. Formação de impressões⇾ Em antigos sobre os outros.
trabalhos experimentais, como os de Asch Existem várias outras formas de comunicação não
(1946), pesquisou-se a hipótese de que os traços verbal obedecendo a fatores culturais. Temos o contato
centrais da personalidade influem, do olhar, o espaço pessoal, o toque físico, os gestos das
significativamente, a impressão global que mãos e cabeça, entre outros.
temos de outra pessoa. Como Aronson, Wilson e Akert destacam: o fenô-
Para Asch (1946), “...uma constelação de traços da meno da comunicação acaba acontecendo por uma
personalidade não deve ser interpretada aditivamente, pois multiplicidade de canais, permitindo-nos obter
essas variáveis se interinfluenciam, determinando uma re- informações completas e complementares da mensagem
sultante que decorre da articulação peculiar das caracte- que está sendo transmitida.
rísticas arroladas, não sendo, por conseguinte, redutível à Quando explicamos o que acontece com os outros te-
sua mera adição”. mos uma perspectiva diferente do que quando expressa-
Podemos entender que a forma como percebemos os mos o que nos ocorre.
outros é o resultado da inter-relação do conjunto de tra- Existe uma perspectiva diferente quando explicamos
ços que caracterizam o sujeito. O resultado desta mistura o nosso comportamento e de quando analisamos o com-
de características nos permite formar impressões sobre os portamento dos outros. Quando agimos, o ambiente
outros, muito mais do que uma simples soma de cada exige nossa atenção. Já quando observamos o que outra
traço. pessoa faz, é ela quem ocupa nosso centro de atenção e,
Por outro lado, o comportamento não verbal nos por este motivo, ela parece responsável por tudo o que
permite entender também a maneira como formamos im- acontece.
pressões sobre as outras pessoas.
Expressões Faciais
Comunicação Não Verbal Representam o ponto forte da comunicação não ver-
Normalmente, prestamos enorme atenção ao que o bal. Elas vêm recebendo atenção e sendo pesquisadas
outro fala quando interagimos. Mas, na verdade, as pa- desde longa data. O próprio Charles Darwin (1872)
lavras que ouvimos não representam a totalidade do que escreveu um livro sobre este assunto destacando as ex-
percebemos no momento. Existem outras fontes de pressões emotivas tanto em animais como em humanos.
informação muito importantes além da fala que, muitas Segundo Darwin, as expressões primárias transmi-
das vezes, percebemos sem tomar plena consciência tidas pelo rosto são universais. Os animais de uma
delas. mesma espécie expressam as emoções da mesma forma
Esta é a comunicação não verbal, estudada de forma e os outros conseguem interpretá-las com a mesma
significativa para desvendar como as pessoas se comuni- precisão. Este processo de codificação e decodificação
cam, seja intencionalmente ou não, sem o emprego das das emoções pelas expressões faciais estaria
palavras.
relacionado, segundo o autor, com o fenômeno da Esta diferenciação entre os dois grupos de
evolução e não com fatores culturais. fatores/causas se torna, muitas das vezes, pouco clara, já
Para Darwin, as expressões faciais foram adquirindo que em muitos casos fatores externos podem produzir
uma função adaptativa e, por tanto, a expressão de certos mudanças internas.
estados emocionais acaba tendo, na verdade, um valor de Por exemplo, quando afirmamos que alguém é pouco
sobrevivência para a espécie. capaz (atribuição pessoal) quando na verdade as condi-
Por este motivo, a maioria dos autores, hoje, coincide ções do ambiente e das circunstâncias são as
em afirmar que existem, pelo menos, seis grandes responsáveis pela falta de motivação dessa pessoa
manifestações emocionais: raiva, felicidade, surpresa, (atribuição situacional).
medo, nojo e tristeza.
A decodificação de fotos de pessoas representando . Erro Fundamental de Atribuição de Causalidade → Na
facialmente estes seis tipos de emoções é feita com pre- atribuição de causalidade é um tipo de erro que muitas
cisão, independentemente, do grupo cultural dos indi- vezes realizamos quando tentamos explicar porque al-
víduos fotografados ou de quem os decodificam. guém fez o que fez.
No entanto, Paul Elkman e seus colegas notaram Em muitas ocasiões consideramos que os outros são
existirem regras de manifestações das emoções determi- responsáveis pelo que acontece e quando se trata de nós
nadas por fatores culturais. mesmos, consideramos que as nossas ações foram de-
Estes autores destacaram que manifestamos de forma terminadas pelas circunstâncias.
específica, nossas emoções dependendo do grupo cultural Da mesma forma, quando nos referimos a nós mes-
ao qual pertencemos. mos usamos verbos que descrevem as nossas ações, já
Assim, por exemplo, na cultura americana, os meni- quando falamos de outra pessoa temos a tendência de
nos são desestimulados a expressar tristeza de forma usar o verbo ser, como por exemplo, “Ele é pouco inte-
aberta como o choro. Já em outras culturas como no Ja- ressante”.
pão, as mulheres não devem exibir um sorriso largo e Assim, existe uma distorção na maneira como expli-
completo. camos o comportamento dos outros, onde muitas vezes
ignoramos importantes determinantes situacionais. Isto
Como Explicamos o Comportamento das pode ser explicado através da diversidade de perspecti-
Pessoas vas e percepção situacional.
Existe uma perspectiva diferente quando analisamos
. Atribuição de Causalidade → Essa teoria analisa como o nosso comportamento e de quando analisamos o com-
explicamos o comportamento das pessoas. Apesar de exis- portamento dos outros. Ao agirmos, o ambiente exige a
tirem diferentes variações desta teoria elas compartilham nossa atenção. Já quando observamos o que outra pes-
vários pontos em comum. soa faz, é ela quem ocupa nosso centro de atenção e por
Normalmente encontramos dois grupos de fatores este motivo, ela parece responsável por tudo o que
relevantes, que podem exercer pressão em conjunto ou acontece.
não, e a dinâmica resultante se manifesta no comporta- Adicionalmente, o tempo pode alterar nossas pers-
mento observável. pectivas sobre a explicação de nosso comportamento ou
Um dos grandes representantes das teorias de atri- do comportamento dos outros. Com o passar do tempo,
buição, Fritz Heider (1958), observou como as pessoas consideramos que os determinantes do comportamento
explicam os eventos cotidianos e concluiu que a maioria são mais relativos a fatores externos, às circunstâncias.
tem a tendência de atribuir o comportamento dos outros a Outro fator que contribui no erro de atribuição é a
CAUSAS EXTERNAS (fatores ambientais, situacionais) cultura. Em uma visão do mundo ocidental é mais fre-
ou CAUSAS INTERNAS (fatores pessoais, quente considerar que os determinantes do comportamento
características da pessoa). são pessoais mais do que circunstanciais. Segundo Myers
(2000, p. 47): “Na cultura ocidental, à medida que as
crianças crescem, tendem cada vez mais a explicar o maioria das vezes, quando não presenciamos o aconteci-
comportamento a partir das características pessoais dos mento anterior, consideramos a mulher pouco paciente
outros”. ou muito estressada e que briga com o filho por todas
estas condições internas.
. Teoria da Interferência Correspondente →
O pai da teoria da atribuição, Fritz Heider (1958), Modelo de Covariação
destacou que as atribuições internas são particularmente É outra teoria que tenta explicar este processo de
atraentes para os observadores. atribuição causal e foi proposto por Harold Kelley
Este fato constitui o ponto de partida da teoria da (1967) que se preocupou em explicar como decidimos
inferência correspondente, formulada por Edward Jones e em fazer uma atribuição interna ou externa.
Keith Davis (1965). Esse pensamento coincide com o do Heider ao supor
Frente a uma história ou relato de alguém, costu- que no processo de atribuição, reunimos informações
mamos inferir aquilo que desconhecemos, como os moti- que nos facilitam poder chegar a uma conclusão.
vos internos ou as características de personalidade dos Estes dados são variações do comportamento do su-
envolvidos. jeito avaliado ao longo de certo tempo.
Assim, consideramos que as verdadeiras causas por Ou seja, para poder explicar porque alguém fez o que
trás do acontecido estão relacionadas com fatores pesso- fez, podemos usar informações relativas à maneira
ais e passamos a explicar os atos através de disposições como o sujeito vem agindo.
internas.
Imagine você no supermercado fazendo compras, e vê Tipos de Modelo de Covariação
uma senhora de aproximadamente 35 anos brigando com . Consenso → Informação relacionada à forma como a
uma criança de mais ou menos 4 e que aparenta ser sua fi- pessoa avaliada se comporta frente ao mesmo estí-
lha, o que você pensa a respeito dessa suposta mãe? Na mulo. Como a pessoa usualmente se comporta di-
maioria das vezes, quando não presenciamos o ante do mesmo estímulo?
acontecimento anterior, consideramos a mulher pouco paci- . Disntintividade → A informação distintiva refere-se
ente ou muito estressada e que briga com o filho por todas como o sujeito avaliado reage frente outros estí-
estas condições internas. mulos. Como o sujeito observado reage frente a
O pai da teoria da atribuição, Fritz Heider (1958), outros estímulos?
destacou que as atribuições internas são particularmente . Consistência → Descreve a frequência com a qual o
atraentes para os observadores. comportamento observado frente ao estímulo
Este fato constitui o ponto de partida da teoria da específico se apresenta em tempo e situações dife-
inferência correspondente, formulada por Edward Jones e rentes. Com que frequência o comportamento ob-
Keith Davis (1965). servado se apresenta em tempo e em situações dis-
Frente a uma história ou relato de alguém, costuma- tintas?
mos inferir aquilo que desconhecemos, como os motivos
internos ou as características de personalidade dos en- Comparando as Teorias
volvidos. Para as duas teorias apresentadas, a da inferência e a
Assim, consideramos que as verdadeiras causas por de covariação, as atribuições causais são feitas de forma
trás do acontecido estão relacionadas com fatores pesso- racional e lógica.
ais e passamos a explicar os atos através de disposições Mas porque nos parece que nossas impressões são
internas. corretas quando na maioria das vezes elas acabam sendo
Imagine você no supermercado fazendo compras, e vê erradas? Segundo Aronson, Wilson e Akert, este fato
uma senhora de aproximadamente 35 anos brigando com pode ter várias razões. Destacamos algumas:
uma criança de mais ou menos 4 e que aparenta ser sua
filha, o que você pensa a respeito dessa suposta mãe? Na
1º lugar, vemos as pessoas em um número limitado de  Quando me apresento não me importo com que
situações e, portanto, nunca temos a oportunidade de os outros pensam, falo com absoluta naturali-
verificar que as nossas impressões estão erradas. dade.
2º Em segundo lugar, muitas vezes não percebemos que  A forma como me apresento está fortemente
nossas atribuições são erradas porque, sem notar, faze- relacionada ao grupo ao qual estou me apresen-
mos com que elas se transformem em realidade. Este tando.
fenômeno é conhecido como profecias autorrealizadoras.  Ainda que me apresente de diferentes formas,
Isto acontece quando interagimos de tal forma com as isso não altera quem eu sou na verdade e as
pessoas que elas acabam reagindo a nós da maneira que máscaras devem cair eventualmente.
esperamos. Por exemplo, podemos cumprimentar  É normal que a autopercepção se veja
secamente a alguém que consideramos antipático e esta influenciada pela presença dos outros.
pessoa acaba cumprindo com as nossas expectativas,  O autoconceito está intimamente relacionado
sendo antipático conosco pelo jeito pouco sociável com o às informações que revelo aos outros sobre
qual nos aproximamos. mim mesmo influencia a forma como me
3º Em terceiro lugar, talvez deixemos de compreender apresento.
que estamos enganados se várias outras pessoas O sentido do Eu se encontra no centro de nossos
concordem a respeito do que outra é (ainda que estejamos mundos. Assim, podemos nos ver como atores
errados). principais das nossas vidas e tendemos a nos ver no
Para podermos entender melhor a precisão de nossas centro do palco, como protagonistas, ao ponto de, às
atribuições e impressões, não podemos esquecer a exis- vezes, esquecermos o grau em que o comportamento
tência do erro fundamental de atribuição e das profecias dos outros está relacionado conosco.
autorrealizadoras. Na medida em que somos mais cons- Quando nos apresentamos, de que forma nos carac-
cientes das nossas tendencionalidades, poderemos ser terizamos? Como finalizamos a frase: Eu sou...?
mais justos ao julgar os outros. Às vezes, fazemos isso sem pensar e, na verdade, atra-
No entanto, segundo Myers, o erro de atribuição é, na vés da informação que compartilhamos sobre nós mes-
verdade, fundamental, já que nos permite entender mos existem diferentes significados relacionados com a
porque explicamos da nossa forma os outros, e desta forma como nos autopercebemos.
maneira podemos estudar com mais clareza as atribuições Assim, no conteúdo da frase “Eu sou isto ou aquilo”,
que fazemos e suas consequências. De fato, as atribuições podemos visualizar o autoconceito.
podem estar relacionadas a diversos fatores importantes
dos comportamentos interpessoais. O Autoconceito
Representa as crenças específicas pelas quais defini-
********************************************* mos quem somos.
Representa nossos autoequemas, os modelos mentais
Aula 3: Formação do Ser Social que utilizamos para representar o que somos para nós
mesmos. Estes autoesquemas afetam de forma signifi-
Desejabilidade Social cativa a maneira como processamos as informações
Consiste nos cuidados que os sujeitos têm para se sociais.
mostrar como mais “certinhos” a fim de serem social- Assim, a forma como percebemos, lembramos e jul-
mente aceitos. gamos os outros e a nós mesmos, depende desses auto-
Alguns inventários (testes) de personalidade tentam esquemas.
controlar este fator de maneira que se possa verificar Por exemplo, se me considero muito capaz intelec-
quando os sujeitos avaliados manipulam excessivamente tualmente, terei uma grande tendência a avaliar aos ou-
as respostas. tros em termos de capacidade intelectual.
Terei uma forte inclinação em lembrar eventos rela- nossas reações emocionais, autoesquemas e a reação da-
tivos à atividade intelectual e me apresentarei como mais queles que nos cercam.
disponível a informações coerentes e relativas a este
autoesquema. Desenvolvimento do Eu Social
Os autoesquemas constituem o autoconceito e facili- A socialização é um processo de preparação das pes-
tam a recuperação e a classificação das informações que soas para o desempenho de papéis sociais, e para isto
chegam até nós. Assim, as nossas experiências são, em elas devem desenvolver habilidades psicológicas e
parte, determinadas pelo autoconceito. físicas de maneira a serem capazes de preencher
Um exemplo claro deste fenômeno está representado expectativas comportamentais do grupo ao qual
pelo efeito de autorreferência onde o nosso Eu acaba pertencem.
influenciando a nossa memória. Mas o que origina e determina o autoconceito? Di-
A maioria das nossas memórias se forma em torno de versos estudos apontam para vários fatores, entre eles os
nosso interesse primário que somos nós mesmos. genéticos e os sociais.
Alguns exemplos disso: Quantas vezes nós lembramos Na compreensão deste processo, Myers destaca di-
melhor das partes de uma história que estão diretamente versas experiências, tais como, os papéis que desempe-
associadas a nós, ou aquelas relacionadas com os nhamos as comparações sociais, as experiências de
elementos com os quais nos identificamos? sucesso e o fracasso, os julgamentos das outras pessoas
Quantas vezes ao recordar de uma conversa, lem- e as relações do indivíduo com a sua cultura.
bramos melhor das partes que dizem sobre nós mesmos?
Temos a tendência de lembrar melhor dos detalhes e Papéis Sociais
das questões relacionadas com a gente. No caso dos papéis que desempenhamos dentro de
nosso grupo social, podemos entender como
O “Eu” progressivamente aprendemos e desenvolvemos
O sentido do Eu se encontra no centro de nossos aspectos de nós mesmos. Isto pode ser observado
mundos. Assim, podemos nos ver como atores principais especialmente ao assumirmos um novo rol.
das nossas vidas e tendemos a nos ver como o palco cen- No começo, podemos nos sentir um pouco constran-
tral, como os protagonistas, e superestimamos o grau em gidos, mas progressivamente incorporamos esse papel
que o comportamento dos outros está relacionado com no nosso Eu.
nós mesmos. Os papéis sociais são sistemas de prescrições comporta-
Este fenômeno passa a ser mais evidente em crianças mentais objetivos com conteúdo socialmente definido.
as quais reconhecemos como egocêntricas. Mas, o ego- O aprendizado destes papéis sociais confirma o pro-
centrismo é uma característica presente em maior ou me- cesso de socialização que acontece de maneira contínua,
nor extensão, em todos nós. ao longo da existência de cada indivíduo no seu grupo
Os autoconceitos incluem não somente os autoesquemas social.
em relação a nossa identidade atual. No autoconceito po- Em toda sociedade, estes papéis são diferenciados
demos incluir também os “eus possíveis”, ou seja, o que segundo sexo, idade, gênero, parentesco, diversas ativi-
gostaríamos ou desejamos ser no futuro. dades de subsistência e convivência, e nas relações de
Os autoconceitos englobam diversas características poder.
em diversos contextos, e assim, o conjunto como um todo Além do mais, os indivíduos experimentam vários ri-
determina como nos sentimos com nós mesmos. tos de passagem quando transitam de um papel social
 Eu Real → Conhecimento que temos sobre para outro.
quem somos. Este processo de socialização acontece através da in-
 Eu Ideal →O que gostaríamos de ser. tervenção de pais, companheiros e adultos de uma for-
No autoconceito usamos: introspecção, autoconsciên- ma geral.
cia, observação de nosso próprio comportamento e de
Estes agentes de socialização influenciam as crianças pensam bem de nós, isso ajuda a pensarmos bem de nós
e os adolescentes durante o desenvolvimento de papéis mesmos. Desta forma, usamos as avaliações que os ou-
sociais básicos. tros fazem de nós como espelhos para nos perceber.
Charles Cooley chamou a este fenômeno de “eu
Socialização especular”. Mas, o que importa para o autoconceito não
Processo através do qual uma pessoa se torna membro é o que os outros pensam de nós, e sim o que nós
de um conjunto social. percebemos que eles pensam. Isto pode nos levar a uma
Processo de acesso e aprendizagem de todo o conjunto autoavaliação um pouco inflada em muitas ocasiões.
sistematizado e acumulado de códigos, crenças, valores e Enquanto ao Eu e as influências culturais, Myers
significações relevantes a certo conjunto social. expõe: “Para algumas pessoas, especialmente as que vi-
vem nas culturas ocidentais industrializadas, o
Comparações Sociais individualismo prevalece. A identidade é bastante
Myers ressalta como elas moldam a nossa identidade. pessoal (...). A psicologia das culturas ocidentais
Na verdade, o autoconceito não se compõe unicamen- presume que a sua vida será enriquecida pela definição
te pela identidade pessoal, mas também pela nossa de seus Eus possíveis e por acreditar em seu poder de
identidade social. controle pessoal”. Já outras culturas como as nativas da
E assim, a identidade social de quem somos implica, Ásia valorizam mais o coletivismo do que o
de alguma forma, uma definição de quem não somos. individualismo. Desta forma, as pessoas passam a ter
Ainda quando nos sentimos parte de um grupo, temos um maior censo de pertencer e a identidade é mais
consciência de nossa particularidade. definida em relação aos outros.
Assim, sempre estamos nos comparando com as ou- Na verdade, nossas ligações sociais definem quem
tras pessoas ao nosso redor e isto, por sua vez, nos per- somos, pois o nosso Eu é interdependente. E, por tanto,
mite entender melhor como diferimos deles. a autoestima correlaciona-se de forma direta com o que
Como Myers observa: “Num lago pequeno, um peixe os outros pensam de nós. Nas culturas individualistas,
sente-se maior”. este fato talvez não tenha tanto peso como nas culturas
orientais, pois no ocidente a autoestima é mais pessoal.
Experiências
As experiências de sucesso e de fracasso alimentam o au- Auto Controle Percebido
toconceito. Estas experiências cotidianas permitem que O autoconceito influencia o comportamento. Desta
os indivíduos se autoavaliem. forma, o autocontrole percebido é muito importante na
Assim, ao assumir tarefas desafiadoras e ter sucesso forma como enfrentamos as coisas.
possibilita nos sentir mais competentes. Este é o princípio O autocontrole percebido difere da noção de auto-
de que o sucesso alimenta a autoestima. controle em si. De fato, o autocontrole exercido com es-
Em contraparte, problemas e fracassos parecem causar forço pode esgotar as reservas de resistência que um
baixa autoestima. E, segundo diversas pesquisas, esta indivíduo tem frente a uma determinada situação.
baixa autoestima pode causar problemas. Quando tentamos nos autocontrolar para resistir a
Podemos pensar então que os sentimentos seguem, até uma determinada tentação ou a uma determinada condi-
certo ponto, a realidade. ção, os esforços realizados são muitas das vezes inefica-
Como Myers destaca: “A autoestima vem não apenas zes e acabamos nos dando por vencidos.
de dizer às crianças como elas são maravilhosas, mas O autocontrole percebido é mais do que o esforço
também das realizações conquistadas com esforço”. realizado para lutar contra, ele representa a nossa
percepção do quão forte podemos ser. Este conceito está
Fenômeno de “Eu Especular” relacionado com a teoria da autoeficácia de Bandura
Os julgamentos das outras pessoas também causam (1997).
importante impacto na autoestima. Quando as pessoas
Para Bandura, uma convicção positiva das nossas Myers reúne algumas das explicações para estas di-
possibilidades é altamente benéfica, pois permite que o versas tendenciosidades personalistas:
indivíduo seja mais persistente e mais centrado nos seus “… o indicador de autoestima nos alerta para a ameaça
objetivos. de rejeição social, motivando-nos a agir com maior
O grau de autoeficácia é a medida de quão competente sensibilidade para as expectativas dos outros.
nos sentimos para fazer alguma coisa. Estudos confirmam que a rejeição social baixa nossa
Mas os sentimentos de competência e de eficácia de- autoestima, o que reforça nossa ansiedade por aprova-
pendem da maneira como explicamos os nossos reverses. ção. Rejeitados ou desprezados, sentimo-nos sem atrati-
As pessoas bem-sucedidas têm maior probabilidade de vos ou inadequados.
encarar os reverses com otimismo se sentindo capazes e Essa dor pode motivar esforços para melhorar e uma
reverter a situação. busca por aceitação em outro lugar”.
Assim, podemos dividir as pessoas em dois grandes Desta forma, podemos entender que a tendenciosida-
grupos: de personalista pode ser vista como um importante fator
1. As que apresentam um desempenho adquirido → adaptativo das pessoas, permitindo que as mesmas se
Pessoas deprimidas que se tornam passivas porque protejam da depressão e da rejeição social.
acreditam que seus esforços não têm nenhum efeito. Mas, por outro lado, a tendenciosidade personalista
Nestas pessoas predomina um sentimento de perda de pode ser vista também como um fator desadaptativo.
controle sobre o que fazem e como consequência os Nesse caso, pessoas que culpam os outros pelos seus
eventos desagradáveis se tornam profundamente es- fracassos ou dificuldades sociais são, com frequência,
tressantes. mais infelizes daquelas que conseguem reconhecer seus
2. Os que se apresentam com determinação →Pessoas erros.
que assumem o comando da própria vida para procurar Além do mais, os reveses personalistas também in-
realizar todo o seu potencial. Estes flam os julgamentos que as pessoas fazem de seus gru-
sentimentos estão demonstrados que aumentam a saúde e pos, achando que seu grupo é melhor que os dos outros.
a sobrevivência.
Pessoas deste grupo são bem menos ansiosas e menos Administração da Imagem
deprimidas, se adaptam com maior facilidade e superam Existe uma preocupação em nós em relação à autoi-
expectativas no desempenho das tarefas que realizam. magem. Em diversos graus, estamos sempre adminis-
trando as impressões que criamos nos outros. Não po-
Tendenciosidade Personalista demos esquecer que, afinal de contas, somos animais
É o viés que adotamos quando justificamos nossos sociais e precisamos do outro para nos reafirmar.
atos ou quando nos comparamos aos outros.
Com muita frequência aceitamos créditos quando nos Autorrepresentação
informam de nossos sucessos, mas somos altamente re- Nossa necessidade de representar tanto para uma
sistentes a aceitar os nossos fracassos. audiência externa, confirmada pelas outras pessoas,
Quando fracassamos colocamos a culpa fora de nós. como para uma audiência interna, confirmada por nós
Em relação a comparações é interessante observar que a mesmos, tudo isto com a finalidade de escorar a
maioria das pessoas se considera melhor do que a média. autoestima e de confirmar a autoimagem.
Também apoiamos a autoimagem atribuindo importância
às coisas em que somos bons. Automonitoração
Temos uma particular tendência em aumentar a au- A nossa consciência sobre o outro faz com que
toimagem distorcendo a extensão em que os outros pen- muitas vezes ajustemos nosso comportamento pro-
sam sobre nós. É por isto que em questões de opinião en- curando um acerto social.
contramos apoio para nossos pensamentos superestiman- Este processo se apresenta em diversos graus em
do o grau em que os outros concordam conosco. cada um, podendo estar presente em grande extensão
em alguns indivíduos que se comportam como camaleões
ou em menor extensão em pessoas que se importam
menos com o que os outros pensam.
O equilíbrio entre estes dois extremos não é fácil.
Causar boa impressão como uma pessoa modesta, mas
competente, exige uma grande habilidade social. Neste
fenômeno a cultura tem um papel importante.
A tendência para apresentar modéstia e otimismo
contido é especialmente grande em sociedades que
valorizam o comedimento como algumas populações
orientais.

Desenvolvimento da Moralidade
As pesquisas do desenvolvimento da moralidade
interessam a diferentes áreas, tais como, à Pedagogia, à
Filosofia e às Ciências Sociais em geral. Este ponto encontra-
se relacionado com estudos psicossociológicos referentes a
comportamentos pró-sociais e de equidade.
Sobre o desenvolvimento da moralidade não podemos
deixar de citar Kohlberg, que assim como Piaget, estudou
a formação de estruturas psíquicas que dependem da
interação do sujeito com elementos socioambientais.
Para estes autores, há uma grande importância nas
interações sociais que o indivíduo mantém com o que
está a sua volta, na busca de um equilíbrio entre o
organismo e o meio ambiente.
O sistema de desenvolvimento da moralidade pro-
posto por Kohlberg compreende três níveis, cada um com
dois estágios seguindo uma sequência progressiva, onde a
passagem de um para o próximo depende da boa
resolução das demandas do estágio prévio.
Tais estágios são:

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