O filme é baseado em uma história real, e aborda de forma instigante, o desafio
da educação em um contexto social problemático e violento, cujos atores sociais, são alunos com histórico de violência, rejeição, drogas, e em sua maioria integrantes de gangues. Tal filme se inicia com uma jovem professora, Erin Gruwell, que entra como novata em uma instituição de ensino a fim de lecionar para uma turma de adolescente, extensão fiel daquela sociedade heterogênea e em conflito constante. No começo a relação da professora com os alunos não é muito boa. Suas iniciativas para conseguir quebrar as barreiras encontradas na sala de aula vão aos poucos resultando em frustações. Tais frustações, foram como um desafio para Erin, que resolveu adotar novos métodos de ensino, e teve que batalhar muito para ajudar seus alunos, por que a direção da escola, além de não concordar, e engessado pelo tradicionalismo, dificultava a inovação na forma de ensino. Foi quando Erin teve a brilhante ideia de aplicar em sala de aula a leitura do livro “O Diário de Anne Frank”, após isso distribui em sala, cadernos para que elaborassem a construção de seus próprios diários, onde os jovens relatariam aspectos de suas próprias vidas (experiências, sonhos e metas). Promoveu viagens culturais, comprou livros para estimulação da leitura, bem como, através de seu incentivo, escreveram uma carta a Miep Gies (protetora de Anne Frank durante o holocausto), e obtivem um encontro com a mesma. Gruwell depositou confiança naqueles adolescentes impetuosos e efervescentes. A metodologia aplicada tinha uma essência especial que despertou a alegria de conhecer o novo, de questionar a vida, de abrir todas as portas para uma realização plena, diante do Holocausto que eram suas principiantes vidas. Ela ajudou a superar a dor e a vencer na vida, ensinou a missão de transformar e incutir o respeito e a igualdade sem discriminação. O filme “Escritores da Liberdade” nos traz respostas diante inúmeras dificuldades enfrentadas no cotidiano e dá a certeza de que a educação tem papel relevante na formação intelecto – social de cada ser humano. As desigualdades e a ausência de políticas públicas fazem com que a violação dos direitos humanos aconteça no dia-a-dia das pessoas. É necessário que cada os profissionais da área social sejam como a professora Gruwell e encontre instrumentos de trabalho que visem destacar aquilo que é valoroso nas pessoas, que exista uma troca mútua de saberes entre o profissional e o indivíduo e que possamos estimular a luta pela libertação, senso crítico e o verdadeiro papel do cidadão diante de uma sociedade tão excludente como a de hoje em dia.