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Aplicação de TMD’s usando pisos adicionais

Pedro Miguel Martins Parente

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em

Engenharia Civil

Júri
Presidente: Professor Doutor Fernando Manuel Fernandes Simões
Orientador: Professor Doutor Luís Manuel Coelho Guerreiro
Vogal: Professor Doutor Mário Manuel Paisana dos Santos Lopes

Outubro 2013
Agradecimentos
Gostaria de agradecer ao Professor Luís Guerreiro, por todo o conhecimento de Dinâmica Estrutural
cedido, toda a disponibilidade que teve para as inúmeras reuniões que tivemos, por me ter recebido
no seu gabinete para tirar dúvidas mesmo sem comunicação prévia, pela sua simpatia, sinceridade, e
paciência. Por toda a ajuda que me forneceu e que serviu de base para a realização desta
dissertação que tanto prazer me proporcionou.

À Professora Esperança, pelas bases de matemática que me ajudou a adquirir ao longo de 3 anos.

Ao Engenheiro Henrique Casquinha, por todo o conhecimento que me transmitiu ao longo de 4 anos
e por me ter ensinado a raciocinar de forma clara e eficaz.

Queria também expressar os meus mais sinceros agradecimentos aos meus pais, irmã e família, por
sempre me terem apoiado ao longo desta campanha que foi a minha vida como aluno e
principalmente pelo apoio que me deram ao longo de todo o curso. Por me terem ensinado a nunca
desistir e lutar por aquilo que sonho.

Aos meus amigos, agradeço a amizade, os bons momentos que me proporcionaram e pelo apoio
fornecido.

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Aos meus pais e avós.

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Resumo

Quando é necessário efetuar um reforço sísmico num edifício, uma forma inovadora de o fazer é
acrescer-lhe um piso adicional que funcione como tunned mass damper.

A presente dissertação tem como principal objetivo o estudo de pisos adicionais como TMD’s e a
avaliação das vantagens existentes em se optar por este tipo de reforço de edifícios.

Deste modo, procedeu-se à modelação de um edifício tipo e do mesmo mas adicionado de um piso
adicional de duas formas, a primeira a partir da formulação de osciladores lineares contínuos, e a
segunda partindo de um modelo em elementos finitos.

De seguida correu-se o modelo em elementos finitos com um conjunto de vários sismos. Concluiu-se
que a relação entre a massa do TMD e da estrutura principal deverá rondar os cinco por cento.

Com o objetivo de se deduzir qual o tipo de edifício que iria ter um melhor comportamento quando
possuísse um piso adicional no seu topo correram-se vários edifícios de alturas variáveis com os
sismos anteriores. Concluiu-se assim qual a frequência do primeiro modo de vibração ótima de um
edifício que iria possuir um melhor desempenho nas condições descritas.

Por fim dimensionou-se com relativo detalhe, o piso adicional do edifício com melhor desempenho.

Palavras-chave: reforço de edifícios, análise dinâmica, análise sísmica, amortecedores de massa


sintonizada, pisos adicionais, osciladores lineares contínuos.

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Abstract
When a building is in need of a seismic reinforcement an innovative way of preforming such
reinforcement is by adding to the building, an additional storey which will work as tunned mass
damper.

The main objective of this work is to present the study of additional storeys acting as TMD's and
evaluate the advantages in opting by this type of seismic reinforcement in buildings.

The idea was to create a model of a building with and without a TMD on its top. This was done in two
different ways. The first using the formulation of continuous linear oscillators, and the second with a
finite element model.

The finite element model was forced by a set of various earthquakes. Therefore deducing that the ratio
between the TMD’s mass and the main structure’s should be around five percent.

Several buildings of various heights were also ran with the previous earthquakes. It was concluded the
optimal first mode frequency of a building which would have the best performance under the
conditions described.

Finally the additional storey from the building which had best performance on the previous study was
designed with relative detail.

Keywords: buildings reinforcement, dynamic analysis, seismic analysis, tuned mass dampers,
additional storeys, continuous linear oscillators.

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Índice de matérias

AGRADECIMENTOS .............................................................................................................................. V
RESUMO ................................................................................................................................................ IX
ABSTRACT ............................................................................................................................................ XI
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................................XV
LISTA DE TABELAS ...........................................................................................................................XIX
LISTA DE VARIÁVEIS .........................................................................................................................XXI
NOTAÇÕES ...................................................................................................................................... XXIII
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 1
2. AMORTECEDORES DE MASSA SINTONIZADA (TMD- TUNNED MASS DAMPERS) .............. 5
3. O USO DE PISOS ADICIONAIS COMO TUNED MASS DAMPERS .......................................... 11
4. OSCILADORES LINEARES CONTÍNUOS .................................................................................. 13
4.1 MODELAÇÃO DE UM EDIFÍCIO ALTO ATRAVÉS DA FORMULAÇÃO DE OSCILADORES LINEARES CONTÍNUOS ............................ 23
4.2 MODELAÇÃO DE UM EDIFÍCIO COM TMD ATRAVÉS DA FORMULAÇÃO DE OSCILADORES LINEARES CONTÍNUOS .................... 28
5. ANÁLISE DA RESPOSTA DO CONJUNTO EDIFÍCIO E TMD A UM MOVIMENTO DO SOLO 35
5.1 RESPOSTA A UMA SOLICITAÇÃO HARMÓNICA COM BASE NO MODELO DE OSCILADORES CONTÍNUOS .................................. 36
5.1.1 RESPOSTA DA ESTRUTURA SEM TMD ................................................................................................................ 41
5.1.2 RESPOSTA DA ESTRUTURA COM TMD ............................................................................................................... 43
5.2 RESPOSTA COM BASE NUM MODELO EM ELEMENTOS FINITOS.................................................................................... 44
5.2.1 MODELAÇÃO DA ESTRUTURA PRINCIPAL............................................................................................................. 44
5.2.2 MODELAÇÃO DO PISO ADICIONAL (TMD) .......................................................................................................... 49
5.2.3 RESPOSTA DO MODELO EM ELEMENTOS FINITOS .................................................................................................. 54
5.3 COMPARAÇÃO DE RESULTADOS ENTRE A MODELAÇÃO COMO OSCILADOR CONTÍNUO E A MODELAÇÃO COMO ELEMENTOS
FINITOS ................................................................................................................................................................ 57

6. ANÁLISE DA RESPOSTA ÀS AÇÕES SÍSMICAS ..................................................................... 59


6.1 ANÁLISE PARAMÉTRICA À MASSA DO TMD ........................................................................................................... 63
6.2 SOLICITAÇÃO DE SISMOS A EDIFÍCIOS COM DIVERSAS ALTURAS ................................................................................... 70
6.3 DIMENSIONAMENTO DO PISO ADICIONAL DO EDIFÍCIO DE 12 PISOS ............................................................................ 80
6.3.1 CONTROLO DE DESLOCAMENTOS DO PISO ADICIONAL ........................................................................................... 80
6.3.2 DIMENSIONAMENTO DO PISO ADICIONAL E RESPETIVOS APOIOS.............................................................................. 84
7. CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS ............................................................... 93
7.1 DESENVOLVIMENTOS FUTUROS ........................................................................................................................... 96
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 97
ANEXOS................................................................................................................................................ 99
ANEXO 1 – MODOS DE VIBRAÇÃO DAS CAMADAS DE SOLO ................................................... 101
ANEXO 2 – MODOS DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO SEM TMD ........................................................ 103
ANEXO 3 – MODOS DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM TMD ....................................................... 107
ANEXO 4 - CÁLCULO DOS FATORES DE PARTICIPAÇÃO DO EDIFÍCIO SEM TMD ................. 111

xiii
ANEXO 5 – CÁLCULO DOS FATORES DE PARTICIPAÇÃO DO EDIFÍCIO COM TMD ................ 115
ANEXO 6 – RESPOSTA DO EDIFÍCIO SEM TMD ............................................................................ 119
ANEXO 7 – RESPOSTA DO EDIFÍCIO COM TMD............................................................................ 121
ANEXO 8 – SISMOS UTILIZADOS PARA AS ESTRUTURAS MODELADAS EM ELEMENTOS
FINITOS............................................................................................................................................... 123

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Lista de figuras
FIGURA 1-PONTE AKASHI KAIKYO (HTTP://FAMOUSWONDERS.COM/AKASHI-KAIKYO-SUSPENSION-BRIDGE) .................................. 1
FIGURA 2-HOTEL BURJ-AL-ARAB
(HTTP://WWW.EIKONGRAPHIA.COM/IMAGES/COPYRIGHT%20BURJ%20AL%20ARAB%20(2)%20S.JPG) ........................ 2
FIGURA 3-SPIRE OF DUBLIN (HTTP://TIMBARRON.NET/PHOTOGRAPHY/IRELAND-COUNTY_DUBLIN-DUBLIN-OCONNELL_STREET-
SPIRE_OF_DUBLIN_2.JPG) .................................................................................................................................... 2
FIGURA 4-MODELO DE UMA ESTRUTURA DE 1 GDL ACOPLADA DE UM TMD ........................................................................... 5
FIGURA 5 - TAIPEI 101 COM AMPLIAÇÃO DO TMD NO SEU TOPO (ADAPTADO DE
HTTP://UPLOAD.WIKIMEDIA.ORG/WIKIPEDIA/COMMONS/7/72/TMD%28SMALL%29.JPG?USELANG=PT E
HTTP://UPLOAD.WIKIMEDIA.ORG/WIKIPEDIA/COMMONS/C/C9/TAIPEI101.PORTRAIT.ALTONTHOMPSON.JPG)..................... 6
FIGURA 6-ESTRUTURA DO TMD LOCALIZADO NO TAIPEI 101 (ADAPTADO DE
HTTP://DAMIEN.DOUXCHAMPS.NET/MEDIA/PHOTO/_D2H4921/) .............................................................................. 7
FIGURA 7-MODO DE FUNCIONAMENTO DE UM TMD.......................................................................................................... 7
FIGURA 8-PRIMEIRO E SEGUNDO MODO DE UMA ESTRUTURA QUE POSSUA UM TMD SINTONIZADO PARA CONTROLAR OS
DESLOCAMENTOS DO SEU PRIMEIRO MODO .............................................................................................................. 8
FIGURA 9-ESQUEMA DE UM EDIFÍCIO QUE POSSUI UM PISO ADICIONAL COMO TMD ............................................................... 12
FIGURA 10-DEFORMAÇÃO DE UM EDIFÍCIO PORTICADO ..................................................................................................... 13
FIGURA 11-DEFORMAÇÃO DE UM EDIFÍCIO EM PAREDE ..................................................................................................... 14
FIGURA 12- ELEMENTO INFINITESIMAL DE UM OSCILADOR LINEAR QUE POSSUI DEFORMAÇÃO POR CORTE.................................... 15
FIGURA 13-MODELO ADOTADO PARA AS CAMADAS DE SOLO COM DEFORMAÇÃO POR CORTE.................................................... 18
FIGURA 14-PRIMEIRO MODO DE VIBRAÇÃO DAS CAMADAS DE SOLO (F=1,03 HZ; P=6,46 RAD/S) ............................................. 22
FIGURA 15-SEGUNDO MODO DE VIBRAÇÃO DAS CAMADAS DE SOLO (F=2,85 HZ; P=17,91 RAD/S) ........................................... 22
FIGURA 16-TERCEIRO MODO DE VIBRAÇÃO DAS CAMADAS DE SOLO (F=4,76 HZ; P=29,88 RAD/S) ........................................... 23
FIGURA 17-PRIMEIRO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO SEM TMD (F=1,00 HZ; P=6,28 RAD/S) ............................................. 26
FIGURA 18-SEGUNDO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO SEM TMD (F=3,00 HZ; P=18,85 RAD/S) ........................................... 26
FIGURA 19-TERCEIRO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO SEM TMD (F=5,00 HZ; P=31,42 RAD/S)............................................ 27
FIGURA 20-QUARTO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO SEM TMD (F=7,00 HZ; P=43,98 RAD/S) ............................................. 27
FIGURA 21-EDIFÍCIO COM UM PISO ADICIONAL MODELADO COM A FORMULAÇÃO DE OSCILADORES LINEARES COM DEFORMAÇÃO POR
CORTE EM QUE 1 REPRESENTA O EDIFÍCIO PRINCIPAL, 2 REPRESENTA OS APOIOS ELÁSTICOS DO PISO ADICIONAL E 3 REPRESENTA A
MASSA DO MESMO ............................................................................................................................................ 30
FIGURA 22-PRIMEIRO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM TMD (F=0,85 HZ; P=5,34 RAD/S) ............................................ 33
FIGURA 23-SEGUNDO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM TMD (F=1,16 HZ; P=7,30 RAD/S) ............................................ 33
FIGURA 24-TERCEIRO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM TMD (F=3,02 HZ; P=18,97 RAD/S) ........................................... 34
FIGURA 25-QUARTO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM TMD (F=5,01 HZ; P=31,48 RAD/S) ............................................ 34
FIGURA 26- SOLICITAÇÃO HARMÓNICA CONSIDERADA COMO VIBRAÇÃO DE BASE PARA O MODELO DE OSCILADORES CONTÍNUOS ..... 35
FIGURA 27-REPRESENTAÇÃO NUM REFERENCIAL COMPLEXO DA FUNÇÃO H ........................................................................... 39
FIGURA 28-MODO DE CÁLCULO ADOTADO PARA AS GRANDEZAS EM CAUSA ........................................................................... 41
FIGURA 29-PLANTA DO EDIFÍCIO MODELADO EM SAP 2000 .............................................................................................. 45
FIGURA 30-EDIFÍCIO MODELADO EM SAP 2000 .............................................................................................................. 46
FIGURA 31-MODO 1 SEGUNDO Y DO EDIFÍCIO (F= 1,00 HZ; P=6,28 RAD/S) ........................................................................ 46
FIGURA 32-MODO 2 SEGUNDO Y DO EDIFÍCIO (F= 3,07 HZ; P=19,28 RAD/S) ...................................................................... 47
FIGURA 33-MODO 3 SEGUNDO Y DO EDIFÍCIO (F= 5,41 HZ; P= 34,02 RAD/S) ..................................................................... 47
FIGURA 34-MODO 4 SEGUNDO Y DO EDIFÍCIO (F=7,67 HZ; P=48,22 RAD/S) ....................................................................... 48
FIGURA 35-ALÇADO DO MODELO DO TMD EM SAP 2000 ................................................................................................ 50
FIGURA 36-MODELO DO TMD EM SAP 2000 ................................................................................................................ 51
FIGURA 37-MODELO EM SAP 2000 DO EDIFÍCIO SEM TMD À ESQUERDA E COM TMD À DIREITA............................................. 51
FIGURA 38-MODO 1 SEGUNDO Y DO EDIFÍCIO COM TMD (F= 0,84 HZ; P= 5,28 RAD/S) ........................................................ 52
FIGURA 39-MODO 2 SEGUNDO Y DO EDIFÍCIO COM TMD (F= 1,18 HZ; P= 7,40 RAD/S) ........................................................ 52

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FIGURA 40-MODO 3 SEGUNDO Y DO EDIFÍCIO COM TMD (F= 3,09 HZ; P= 19,42 RAD/S) ...................................................... 53
FIGURA 41-MODO 4 SEGUNDO Y DO EDIFÍCIO COM TMD (F= 5,42 HZ; P= 34,08 RAD/S) ...................................................... 53
FIGURA 42-SOLICITAÇÃO HARMÓNICA CONSIDERADA COMO VIBRAÇÃO DE BASE PARA O MODELO DE ELEMENTOS FINITOS.............. 54
FIGURA 43- LOCALIZAÇÃO DO NÓ 5 ............................................................................................................................... 55
FIGURA 44-DESLOCAMENTOS DO NÓ 5 DO EDIFÍCIO SEM TMD PARA A SOLICITAÇÃO HARMÓNICA SEGUNDO Y ............................ 55
FIGURA 45-DESLOCAMENTOS DO NÓ 5 DO EDIFÍCIO COM TMD PARA A SOLICITAÇÃO HARMÓNICA SEGUNDO Y ........................... 56
FIGURA 46-ZONAMENTO SÍSMICO CONSIDERADO PELO EC8 PARA O TERRITÓRIO PORTUGUÊS (EN 1998-1, 2010) ..................... 59
FIGURA 47- VALORES DA ACELERAÇÃO MÁXIMA DE REFERÊNCIA PARA OS DOIS TIPOS DE SISMOS NAS VÁRIAS ZONAS SÍSMICAS (EN
1998-1, 2010) ............................................................................................................................................... 60
FIGURA 48-TIPOS DE SOLO CONSIDERADOS PELO EC8 (EN 1998-1, 2010) ......................................................................... 60
FIGURA 49-ANÁLISE DE FOURIER DAS ACELERAÇÕES (FFT) ................................................................................................ 77
FIGURA 50-ANÁLISE DE FOURIER DAS ACELERAÇÕES AMPLIADA (FFT) .................................................................................. 78
FIGURA 51-ANÁLISE DE FOURIER DOS DESLOCAMENTOS (FFT) ........................................................................................... 79
FIGURA 52-ANÁLISE DE FOURIER DOS DESLOCAMENTOS AMPLIADA (FFT)............................................................................. 79
FIGURA 53-MODELO DO AMORTECEDOR ADOTADO PARA O SAP 2000 ............................................................................... 82
FIGURA 54-MODELO DO AMORTECEDOR AMPLIADO ......................................................................................................... 83
FIGURA 55-CARATERÍSTICAS ADOTADAS PARA OS AMORTECEDORES ..................................................................................... 83
FIGURA 56-DEFORMAÇÃO DAS BORRACHAS .................................................................................................................... 85
FIGURA 57-IMPEDIMENTO DA DEFORMAÇÃO DAS BORRACHAS............................................................................................ 85
FIGURA 58-CAMADAS DE BORRACHAS ........................................................................................................................... 86
FIGURA 59-DEFORMAÇÃO DO APOIO FINAL CONSIDERADO PARA SUSTENTAR O PISO ADICIONAL ................................................ 86
FIGURA 60-PLANTA DO PISO ADICIONAL ......................................................................................................................... 89
FIGURA 61-CORTE A-A' DA ESTRUTURA DO PISO ADICIONAL .............................................................................................. 91
FIGURA 62-PLANTA DO PISO ADICIONAL ......................................................................................................................... 95
FIGURA 63-PRIMEIRO MODO DE VIBRAÇÃO DAS CAMADAS DE SOLO (F=1,03 HZ; P=6,46 RAD/S) ........................................... 102
FIGURA 64-SEGUNDO MODO DE VIBRAÇÃO DAS CAMADAS DE SOLO (F=2,85 HZ; P=17,91 RAD/S) ......................................... 102
FIGURA 65-TERCEIRO MODO DE VIBRAÇÃO DAS CAMADAS DE SOLO (F=4,76 HZ; P=29,88 RAD/S) ......................................... 102
FIGURA 66-PRIMEIRO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO SEM TMD (F=1,00 HZ; P=6,28 RAD/S) ........................................... 104
FIGURA 67-SEGUNDO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO SEM TMD (F=3,00 HZ; P=18,85 RAD/S) ......................................... 104
FIGURA 68-TERCEIRO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO SEM TMD (F=5,00 HZ; P=31,42 RAD/S).......................................... 104
FIGURA 69-QUARTO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO SEM TMD (F=7,00 HZ; P=43,98 RAD/S) ........................................... 105
FIGURA 70-PRIMEIRO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM TMD (F=0,85 HZ; P=5,34 RAD/S) .......................................... 108
FIGURA 71-SEGUNDO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM TMD (F=1,16 HZ; P=7,30 RAD/S) .......................................... 108
FIGURA 72-TERCEIRO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM TMD (F=3,02 HZ; P=18,97 RAD/S) ......................................... 108
FIGURA 73-QUARTO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM TMD (F=5,01 HZ; P=31,48 RAD/S) .......................................... 109
FIGURA 74-RESPOSTA DO EDIFÍCIO SEM TMD PARA T=1,2 S ............................................................................................ 120
FIGURA 75- RESPOSTA DO EDIFÍCIO COM TMD PARA T=1,2 S .......................................................................................... 122
FIGURA 76-SISMO TIPO 1 NÚMERO 1 ZONA 1.3 SOLO B .......................................................................................................
FIGURA 77-SISMO TIPO 1 NÚMERO 2 ZONA 1.3 SOLO B ................................................................................................. 123
FIGURA 78-SISMO TIPO 1 NÚMERO 3 ZONA 1.3 SOLO B ................................................................................................. 123
FIGURA 79-SISMO TIPO 1 NÚMERO 4 ZONA 1.3 SOLO B ................................................................................................. 124
FIGURA 80-SISMO TIPO 1 NÚMERO 5 ZONA 1.3 SOLO B ................................................................................................. 124
FIGURA 81-SISMO TIPO 1 NÚMERO 6 ZONA 1.3 SOLO B ................................................................................................. 124
FIGURA 82-SISMO TIPO 1 NÚMERO 7 ZONA 1.3 SOLO B ................................................................................................. 125
FIGURA 83-SISMO TIPO 1 NÚMERO 8 ZONA 1.3 SOLO B ................................................................................................. 125
FIGURA 84-SISMO TIPO 1 NÚMERO 9 ZONA 1.3 SOLO B ................................................................................................. 125
FIGURA 85-SISMO TIPO 1 NÚMERO 10 ZONA 1.3 SOLO B ............................................................................................... 126
FIGURA 86-SISMO TIPO 2 NÚMERO 1 ZONA 2.3 SOLO B .................................................................................................. 127
FIGURA 87-SISMO TIPO 2 NÚMERO 2 ZONA 2.3 SOLO B .................................................................................................. 127
FIGURA 88-SISMO TIPO 2 NÚMERO 3 ZONA 2.3 SOLO B .................................................................................................. 127

xvi
FIGURA 89-SISMO TIPO 2 NÚMERO 4 ZONA 2.3 SOLO B .................................................................................................. 128
FIGURA 90-SISMO TIPO 2 NÚMERO 5 ZONA 2.3 SOLO B .................................................................................................. 128
FIGURA 91-SISMO TIPO 2 NÚMERO 6 ZONA 2.3 SOLO B .................................................................................................. 128
FIGURA 92-SISMO TIPO 2 NÚMERO 7 ZONA 2.3 SOLO B .................................................................................................. 129
FIGURA 93-SISMO TIPO 2 NÚMERO 8 ZONA 2.3 SOLO B .................................................................................................. 129
FIGURA 94-SISMO TIPO 2 NÚMERO 9 ZONA 2.3 SOLO B .................................................................................................. 129
FIGURA 95-SISMO TIPO 2 NÚMERO 10 ZONA 2.3 SOLO B................................................................................................ 130

xvii
xviii
Lista de Tabelas

TABELA 1-CARATERÍSTICAS DAS CAMADAS DE SOLO .......................................................................................................... 20


TABELA 2-EXEMPLO DO CÁLCULO EFETUADO ................................................................................................................... 21
TABELA 3-MODOS DE VIBRAÇÃO PARA AS CAMADAS DE SOLO ............................................................................................. 21
TABELA 4-CARATERÍSTICAS DO EDIFÍCIO.......................................................................................................................... 25
TABELA 5-FREQUÊNCIAS DOS MODOS DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO SEM TMD .......................................................................... 25
TABELA 6-CARATERÍSTICAS ADOTADAS PARA CADA CAMADA DE MATERIAL ............................................................................ 30
TABELA 7-EXEMPLO DO CÁLCULO EFETUADO ................................................................................................................... 32
TABELA 8-FREQUÊNCIAS DOS MODOS DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM TMD ......................................................................... 32
TABELA 9-FATORES DE PARTICIPAÇÃO DA ESTRUTURA SEM TMD ........................................................................................ 42
TABELA 10-RESTANTES GRANDEZAS CALCULADAS PARA CADA MODO DA ESTRUTURA SEM TMD ................................................ 42
TABELA 11-FATORES DE PARTICIPAÇÃO DA ESTRUTURA COM TMD ...................................................................................... 43
TABELA 12-RESTANTES GRANDEZAS CALCULADAS PARA CADA MODO DA ESTRUTURA COM TMD ............................................... 43
TABELA 13-FREQUÊNCIAS DE CADA MODO NAS DUAS DIREÇÕES DA ESTRUTURA SEM TMD ...................................................... 48
TABELA 14-COMPARAÇÃO DE FREQUÊNCIAS ENTRE AMBOS OS MODELOS ............................................................................. 49
TABELA 15-COMPARAÇÃO DE FREQUÊNCIAS ENTRE AMBOS OS MODELOS ............................................................................. 54
TABELA 16-COMPARAÇÃO DE RESULTADOS ENTRE AMBOS OS MODELOS ............................................................................... 57
TABELA 17-RESULTADOS OBTIDOS PARA O EDIFÍCIO DE 20 PISOS SISMOS TIPO 1..................................................................... 61
TABELA 18-RESULTADOS OBTIDOS PARA O EDIFÍCIO DE 20 PISOS SISMOS TIPO 2..................................................................... 62
TABELA 19-CARATERÍSTICAS DO EDIFÍCIO SEM TMD DE 20 PISOS........................................................................................ 63
TABELA 20-CARATERÍSTICAS CALCULADAS PARA CADA TIPO DE RELAÇÃO ENTRE A MASSA DO TMD E A DO EDIFÍCIO ...................... 64
TABELA 21-RESULTADOS OBTIDOS PARA O SISMO TIPO 1 MTMD=1% MESTRUTURA ............................................................ 65
TABELA 22-RESULTADOS OBTIDOS PARA O SISMO TIPO 2 MTMD=1% MESTRUTURA ............................................................ 65
TABELA 23-RESULTADOS OBTIDOS PARA O SISMO TIPO 1 MTMD=2,5% MESTRUTURA ......................................................... 66
TABELA 24-RESULTADOS OBTIDOS PARA O SISMO TIPO 2 MTMD=2,5% MESTRUTURA ......................................................... 66
TABELA 25-RESULTADOS OBTIDOS PARA O SISMO TIPO 1 MTMD=7,5% MESTRUTURA ......................................................... 67
TABELA 26-RESULTADOS OBTIDOS PARA O SISMO TIPO 2 MTMD=7,5% MESTRUTURA ......................................................... 67
TABELA 27-RESULTADOS OBTIDOS PARA O SISMO TIPO 1 MTMD=10% MESTRUTURA .......................................................... 68
TABELA 28-RESULTADOS OBTIDOS PARA O SISMO TIPO 2 MTMD=10% MESTRUTURA .......................................................... 68
TABELA 29-RESULTADOS OBTIDOS PARA O SISMO TIPO 1 MTMD=12,5% MESTRUTURA ....................................................... 69
TABELA 30-RESULTADOS OBTIDOS PARA O SISMO TIPO 2 MTMD=12,5% MESTRUTURA ....................................................... 69
TABELA 31- RESULTADOS OBTIDOS RESUMIDOS ............................................................................................................... 70
TABELA 32-CARATERÍSTICAS CALCULADAS PARA OS VÁRIOS EDIFÍCIOS ................................................................................... 71
TABELA 33-RESULTADOS OBTIDOS PARA O SISMO TIPO 1 EDIFÍCIO DE 16 PISOS ...................................................................... 72
TABELA 34-RESULTADOS OBTIDOS PARA O SISMO TIPO 2 EDIFÍCIO DE 16 PISOS ...................................................................... 72
TABELA 35-RESULTADOS OBTIDOS PARA O SISMO TIPO 1 EDIFÍCIO DE 12 PISOS ...................................................................... 73
TABELA 36-RESULTADOS OBTIDOS PARA O SISMO TIPO 2 EDIFÍCIO DE 12 PISOS ...................................................................... 73
TABELA 37-RESULTADOS OBTIDOS PARA O SISMO TIPO 1 EDIFÍCIO DE 8 PISOS ........................................................................ 74
TABELA 38-RESULTADOS OBTIDOS PARA O SISMO TIPO 2 EDIFÍCIO DE 8 PISOS ........................................................................ 74
TABELA 39-RESULTADOS OBTIDOS PARA O SISMO TIPO 1 EDIFÍCIO DE 4 PISOS ........................................................................ 75
TABELA 40-RESULTADOS OBTIDOS PARA O SISMO TIPO 2 EDIFÍCIO DE 4 PISOS ........................................................................ 75
TABELA 41-RESULTADOS OBTIDOS RESUMIDOS PARA OS VÁRIOS EDIFÍCIOS ............................................................................ 76
TABELA 42-RESULTADOS OBTIDOS PARA OS DESLOCAMENTOS DO PISO ADICIONAL.................................................................. 84
TABELA 43-RESULTADOS OBTIDOS PARA AS DIMENSÕES DOS APOIOS DO PISO ADICIONAL ......................................................... 87
TABELA 44-MODOS DE DEFORMAÇÃO DAS CAMADAS DE SOLO ......................................................................................... 101
TABELA 45-MODOS DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO SEM TMD ............................................................................................... 103
TABELA 46-MODOS DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM TMD .............................................................................................. 107
TABELA 47-CÁLCULO DO FATOR DE PARTICIPAÇÃO E MASSA MODAL DO PRIMEIRO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO SEM TMD .... 111

xix
TABELA 48-CÁLCULO DO FATOR DE PARTICIPAÇÃO E MASSA MODAL DO SEGUNDO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO SEM TMD .... 112
TABELA 49-CÁLCULO DO FATOR DE PARTICIPAÇÃO E MASSA MODAL DO TERCEIRO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO SEM TMD ..... 113
TABELA 50-CÁLCULO DO FATOR DE PARTICIPAÇÃO E MASSA MODAL DO QUARTO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO SEM TMD ...... 114
TABELA 51-CÁLCULO DO FATOR DE PARTICIPAÇÃO E MASSA MODAL DO PRIMEIRO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM TMD .... 115
TABELA 52-CÁLCULO DO FATOR DE PARTICIPAÇÃO E MASSA MODAL DO SEGUNDO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM TMD.... 116
TABELA 53-CÁLCULO DO FATOR DE PARTICIPAÇÃO E MASSA MODAL DO TERCEIRO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM TMD .... 117
TABELA 54-CÁLCULO DO FATOR DE PARTICIPAÇÃO E MASSA MODAL DO QUARTO MODO DE VIBRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM TMD ..... 118
TABELA 55-RESPOSTA DO EDIFÍCIO SEM TMD À VIBRAÇÃO DE BASE PARA VÁRIOS INSTANTES ................................................. 119
TABELA 56-VALORES DE YN PARA CADA MODO PARA VÁRIOS INSTANTES DO EDIFÍCIO SEM TMD ............................................. 120
TABELA 57- RESPOSTA DO EDIFÍCIO COM TMD À VIBRAÇÃO DE BASE PARA VÁRIOS INSTANTES ................................................ 121
TABELA 58- VALORES DE YN PARA CADA MODO PARA VÁRIOS INSTANTES DO EDIFÍCIO COM TMD ........................................... 122

xx
Lista de variáveis

MTMD - representa a massa adicional do TMD;

KTMD - representa a rigidez das molas que suportam a estrutura do TMD;

MEstrutura Principal - representa a massa da estrutura principal;

KEstrutura Principal - representa a rigidez ao longo da estrutura principal;

𝑥 – Eixo principal da barra;

𝑡 – Unidades de tempo;

𝑢(𝑥, 𝑡) – Deslocamento ao longo do eixo perpendicular ao eixo principal da barra;

𝑉(𝑥, 𝑡) – Esforço transverso da barra;

𝜌 – Densidade volúmica da barra;

𝐴(𝑥) – Área transversal da barra;

𝑚(𝑥) – Massa por unidade de comprimento da barra [𝑚(𝑥) = 𝜌𝐴(𝑥)];

G - Módulo de distorção da barra ou do apoio;

A’ - Área de corte da barra;

𝑝 - Frequência angular da estrutura;

f – Frequência escalar da estrutura;

𝑢̅(𝑥) – Configuração deformada da barra;

𝑌(𝑡) – Variação no tempo da barra;

𝑌̇(𝑡) – Primeira derivada de 𝑌(𝑡);

𝑌̈(𝑡) – Segunda derivada de 𝑌(𝑡);


C0 - Velocidade de propagação de ondas elásticas transversais;
𝛾 − Peso volúmico da camada;

𝑉 − Volume da camada 𝑉 = 𝐴′ × 𝐿;

𝑔 − Aceleração gravítica;

𝐿 − Comprimento da camada;

𝑝𝑛 – Frequência angular do modo n da estrutura;

Ynx - componente da linha n e coluna x da matriz;

𝐺𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑇𝑀𝐷 – Módulo de distorção da zona referente à massa do TMD;

h – Altura dos apoios do TMD;

𝑀 – Massa do TMD;

xxi
𝐺𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 – Módulo de distorção final dos apoios elásticos do TMD;

𝛾𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜𝑠 – Peso volúmico final dos apoios;

𝑢̈ 𝑠𝑜𝑙𝑜 - Aceleração de base;

𝑢̅𝑛 (𝑥) – Configuração deformada do modo n;

𝐹𝑃𝑛 −Fator de participação do modo n;

𝑀𝑛 −Massa modal do modo n;

c - Coeficiente de amortecimento da estrutura;

k - Rigidez da estrutura;

𝑥̈ - Aceleração da estrutura;

𝑥̇ - Velocidade da estrutura;

𝑥 - Deslocamento da estrutura;

𝑥̈ 𝑠 - Aceleração do solo;

𝜉 – Coeficiente de amortecimento;

𝑤 - Frequência angular de excitação;

A - Amplitude do sinal harmónico de excitação;

𝑤
̅ - Relação entre a frequência de excitação e a frequência da estrutura;

Im - Parte imaginária do vetor;

Re - Parte real do vetor;

ρ - Comprimento do vetor;

φ - Ângulo de fase da estrutura, dá-nos o desfasamento entre a solicitação e a reação da estrutura;

𝛽1 - Coeficiente de amplificação dinâmica;

𝑢𝑛 (𝑥, 𝑡) – Resposta modal da estrutura (modo n);

𝑌𝑛 (𝑡) – Função que dá a resposta modal, em função do tempo, da estrutura;

∆𝑧 - Intervalo de alturas na qual a estrutura foi discretizada;

𝐸 – Módulo de elasticidade do material;

𝑀𝑙𝑎𝑗𝑒 𝑒𝑑𝑖𝑓í𝑐𝑖𝑜 – Massa total da laje do edifício;

𝑀𝑙𝑎𝑗𝑒 𝑝𝑖𝑠𝑜 𝑎𝑑𝑖𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 – Massa total da laje do piso adicional;

agR - Aceleração máxima de referência do solo;

𝜈𝑠30 – Velocidade média das ondas de corte;

NSPT – Número de pancadas do ensaio SPT;

xxii
cu – Resistência não drenada do solo;

∆𝑓 – Intervalo de frequências;

∆𝑡 – Intervalo de tempo;

𝜈 - Coeficiente de poisson;

𝑝𝑑 - Frequência angular amortecida da estrutura;

D – Diâmetro da seção do apoio do piso adicional.

Notações

EC8 – EN 1998 – 1;

RSA – Regulamento de Segurança e Ações.

TMD – Tuned Mass Damper (Amortecedor de massa sintonizada);

FFT – Fast Fourier Transformation.

xxiii
xxiv
1. Introdução

O controlo de vibrações na indústria da engenharia tem-se tornado num fator com cada vez maior
importância nas últimas décadas. O estudo e a consequente utilização de dispositivos que efetuem o
controlo dessas vibrações é, no presente, uma boa solução. O uso de, tuned mass dampers ou de
tuned liquid dampers para restringirem vários tipos de vibrações mecânicas nos projetos de
engenharia tornou-se numa opção com cada vez maior peso. Quer na indústria da aviação,
automóvel, construção ou mesmo na indústria eletrónica o uso desses dispositivos com o objetivo de
realizar esse tipo de controlo tem proporcionado resultados credíveis e que justificam a continuidade
e mesmo o aumento da sua utilização.

Na engenharia civil, o comportamento dinâmico de uma estrutura é um capítulo de um projeto que


carece de um enorme e aprofundado estudo. Por vezes existem estruturas que, por serem
relativamente flexíveis, quando solicitadas por ações dinâmicas como por exemplo o vento, um sismo
ou até mesmo a passada de peões demonstram possuírem deslocamentos ou vibrações quer
horizontais quer verticais que ou provocam deficientes níveis de conforto nos seres humanos que as
utilizam, ou simplesmente são tão elevados que colocam em risco a segurança estrutural das
mesmas.

Isto acontece porque a frequência natural de um ou mais modos de vibração da estrutura em causa é
solicitada pelo vento, sismo, ou passada de peões com uma frequência que faz com que a estrutura
tenda a entrar em ressonância.

Na ponte Akashi Kaikyo, localizada no Japão, com cerca de 3,9 km de comprimento, por ser uma
ponte suspensa metálica com relativa baixa rigidez foram adotados um total de 20 tunned mass
dampers em cada torre para controlo de vibrações horizontais das mesmas quando sujeitas às ações
do vento e sísmicas.

Figura 1-Ponte Akashi Kaikyo (http://famouswonders.com/akashi-kaikyo-suspension-bridge)

1
No hotel Burj-al-Arab, localizado em Dubai, Emirados Árabes Unidos, com 280 metros de altura, para
controlo de vibrações horizontais causadas pelo vento, foram instalados nos seus braços metálicos
11 tuned mass dampers com 5 toneladas de peso cada de forma a serem controladas frequências
entre os 0,75 Hz e os 2 Hz.

Figura 2-Hotel Burj-al-Arab (http://www.eikongraphia.com/images/Copyright%20Burj%20Al%20Arab%20(2)%20S.jpg)

O monumento Spire of Dublin, com 121,2 metros de altura, a cerca de 70 metros de altura possui dois
tuned mass dampers um com 1250 kg de massa, outro com 800 kg, para garantir a sua estabilidade
aerodinâmica quando solicitado por uma tempestade de vento.

Figura 3-Spire of Dublin (http://timbarron.net/photography/ireland-county_dublin-dublin-oconnell_street-


spire_of_dublin_2.jpg)

2
Como se pode constatar pelos exemplos apresentados, são vários os tipos de estruturas nas quais se
podem adotar TMD’s para controlo de vibrações.

Uma solução possível para adoção de um dispositivo de massa sintonizada será utilizar o TMD como
piso adicional no topo de um edifício alto. Este inovador tipo de TMD possui a vantagem de permitir
que o mesmo se encontre aplicado no local onde existem as maiores deformações da estrutura
principal permitindo-lhe possuir um maior efeito na mesma. Este tipo de solução irá ser estudado com
grande detalhe ao longo desta dissertação.

O presente trabalho tem como principal objetivo o estudo de pisos adicionais como TMD’s e a
avaliação das vantagens existentes em se optar por este tipo de reforço sísmico de edifícios.

Assim, o estudo efetuado é constituído pelos seguintes pontos:

 No capítulo 4 procedeu-se à modelação de um edifício alto com e sem um TMD no seu topo a
partir da formulação de osciladores lineares contínuos;
 No capítulo 5.2 foi efetuada a modelação do mesmo edifício com e sem um TMD no seu topo
a partir de um modelo em elementos finitos;
 No capítulo 5.3 procedeu-se à comparação de resultados entre ambos os modelos a partir da
análise das suas respostas a uma vibração de base;
 No capítulo 6 retiraram-se conclusões relativamente à vantagem em se adotar um piso
adicional nas condições em estudo com base na resposta do modelo em elementos finitos a
várias solicitações sísmicas;
 No capítulo 6.3 procedeu-se ao dimensionamento do piso adicional.

3
4
2. Amortecedores de massa sintonizada (TMD- tunned mass
dampers)

A vibração e os deslocamentos horizontais provocados pela ação sísmica num edifício são muito
relevantes em termos de segurança estrutural. De forma a reduzir, e também controlar o nível de
vibração/deslocamentos da estrutura existem várias formas de o fazer. Uma forma possível será
aumentando o amortecimento da mesma. Outra forma de o fazer é a partir da introdução de
dispositivos de controlo de vibrações. Como exemplo destes aparelhos para controlo de vibrações
existem os tuned liquid dampers (amortecedores de liquido viscoso sintonizado), tuned mass
dampers (amortecedores de massa sintonizada) também conhecidos como harmonic absorvers, entre
outros.

Nesta dissertação foi estudada uma aplicação específica de tuned mass dampers (TMD’s) que
efetuam o controlo de vibrações horizontais em edifícios relativamente altos.

Um TMD é um dispositivo constituído por uma massa indeformável fixada à estrutura por um meio
elástico flexível (geralmente molas) e por um amortecedor disposto em paralelo com a mola, este
último com o objetivo de controlar os deslocamentos do aparelho TMD.

Estes dispositivos podem ser utilizados em vários tipos de estruturas. Exemplos clássicos da sua
utilização são em estruturas como viadutos, pontes, edifícios altos, entre outros.

Nesta dissertação estudar-se-á a utilização de um piso adicional como sistema de TMD a utilizar num
edifício relativamente alto. No topo do edifício é adicionado um piso assente sobre uma base flexível
por forma a funcionar como um grau de liberdade adicional da estrutura principal. Na figura 4 pode
ser visualizado o modelo de uma estrutura acoplada de um TMD no seu topo.

Figura 4-Modelo de uma estrutura de 1 GDL acoplada de um TMD

Em que:

MTMD - representa a massa adicional do TMD;

KTMD - representa a rigidez das molas que suportam a estrutura do TMD;

5
MEstrutura Principal - representa a massa da estrutura principal;

KEstrutura Principal - representa a rigidez ao longo da estrutura principal.

Um exemplo clássico e muito famoso deste tipo de aparelhos é o que se encontra instalado no
edifício Taipei 101 localizado em Taipei, Taiwan. Este edifício tem cerca de 509,2 metros de altura,
constituído por 101 pisos acima do solo e 5 abaixo do mesmo. Entre o 92º e o 87º andar, o edifício
possui o maior e mais pesado tuned mass damper do mundo com um peso total de 660 toneladas e
com um custo de aproximadamente 4 milhões de dólares americanos. O fato de possuir, no seu
interior, este dispositivo de caraterísticas excecionais e a sua qualidade estrutural permitem que este
edifício consiga resistir a tufões com ventos com velocidades de aproximadamente 216 quilómetros
por hora e a sismos de magnitude elevadíssima com um período de retorno de aproximadamente
2500 anos.

Figura 5 - Taipei 101 com ampliação do TMD no seu topo (Adaptado de


http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/72/TMD%28small%29.jpg?uselang=pt e
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c9/Taipei101.portrait.altonthompson.jpg)

6
O dispositivo em causa ampliado pode ser visualizado na figura 6.

Figura 6-Estrutura do TMD localizado no Taipei 101 (Adaptado de http://damien.douxchamps.net/media/photo/_d2h4921/)

Uma vez que o meio onde a massa do tuned mass damper se encontra apoiada é um meio muito
flexível, quando a estrutura principal é solicitada e se movimenta numa determinada direção, pela lei
da inércia, a massa do tuned mass damper tem tendência a continuar em repouso, estando o
movimento desta assim desfasado em relação ao da estrutura principal, se o tuned mass damper se
encontrar sintonizado, este desfasamento irá ser de tal ordem que as vibrações da estrutura principal
são reduzidas. Assim, quando o oscilador principal é solicitado, o TMD produz forças de inércia
proporcionais à massa do aparelho, que irão exercer uma reação no sistema de sentido contrário ao
movimento da estrutura principal. O resultado obtido irá ser uma diminuição dos deslocamentos da
estrutura principal, por transferência de energia do oscilador principal para o secundário, e uma
tendência para aumentar dos deslocamentos do TMD. Estes posteriormente terão de ser controlados
utilizando amortecedores como foi referido anteriormente.

Figura 7-Modo de funcionamento de um TMD

7
O dimensionamento do TMD consiste simplesmente em igualar a frequência do mesmo com a
frequência do modo da estrutura que se pretende controlar.

Uma das variáveis em causa é a massa que o TMD irá possuir de forma a ter o efeito na estrutura
principal que se deseja, normalmente esta deve rondar os 2 a 10% (Antunes, 2006) da massa da
estrutura principal de forma que o TMD seja eficaz. Por um lado o valor da massa do TMD não deve
ser demasiadamente elevado para não exercer carregamento estático relevante para a mesma, por
outro não ser muito baixo de forma a ter efeito na estrutura principal. Nesta dissertação ir-se-á fazer
um estudo detalhado acerca dos valores mais aconselháveis para a massa do TMD relativamente à
massa da estrutura principal em estudo.

Determinada a massa necessária para o TMD, calcula-se de seguida a rigidez da mola para que a
frequência do TMD seja a exigida (igual à frequência do modo da estrutura principal que queremos
controlar). Quando uma estrutura se encontra sintonizada com um TMD para uma dada frequência de
um dado modo de vibração da estrutura principal, a estrutura total irá possuir uma frequência do
primeiro modo um pouco inferior e uma frequência do segundo modo um pouco superior à frequência
para qual o TMD foi sintonizado e original da estrutura principal. Por fim estuda-se o amortecimento
necessário para controlo de vibrações do sistema secundário TMD.

Os TMD’s devem ser aplicados nos pontos críticos da estrutura principal isto é, deverão estar
localizados nos pontos das configurações modais (para as quais queremos que o TMD fique
sintonizado) onde ocorrem as maiores amplitudes de deformação. Daí normalmente num edifício alto,
o TMD encontra-se localizado no topo do mesmo visto estar sintonizado para controlar os
movimentos do primeiro modo da estrutura principal e ser no seu topo que os maiores deslocamentos
se verificam. Neste caso, quando o TMD se encontra sintonizado para controlar os deslocamentos do
primeiro modo da estrutura principal, o simétrico do primeiro e o segundo modo da estrutura já com
TMD irão ser excitados (ou vice-versa). Na figura 8 encontram-se ilustrados de forma qualitativa o
primeiro e segundo modo de uma estrutura acoplada de um TMD sintonizado para controlar as
vibrações do seu primeiro modo de vibração.

Figura 8-Primeiro e segundo modo de uma estrutura que possua um TMD sintonizado para controlar os deslocamentos do
seu primeiro modo

8
De salientar que se as frequências de modos consecutivos forem afastadas o suficiente é possível
adotar vários sistemas TMD na mesma estrutura. Cada sistema TMD controlará os deslocamentos
provocados pela excitação de um dado modo de vibração, aumentando assim a gama de frequências
de excitação de forma que as vibrações possam ser ainda mais controladas. Normalmente,
dimensionando o TMD para o primeiro modo, é suficiente para que se obtenha um controlo de
vibrações/deslocamentos satisfatório uma vez que frequentemente o primeiro modo do edifício em
causa é o que possui uma maior participação na vibração global da estrutura.

9
10
3. O uso de pisos adicionais como Tuned Mass Dampers

Por vezes existem edifícios em que é necessário proceder-se ao seu reforço sísmico. Isto pode
acontecer por várias razões:

 O edifício degradou-se ao longo do tempo;


 A função do edifício ter sido alterada para outra, esta que possua maiores exigências de
controlo de vibrações;
 Alteração dos regulamentos, nomeadamente quando certos procedimentos eram, à luz do
regulamento anterior (RSA) seguros, já não o são no atual regulamento (EC8);
 Por simplesmente se constatar que o edifício não possui segurança sísmica.

Este processo de reforço sísmico poderá ser feito de várias formas. A mais usual é intervir
diretamente na sua estrutura, reforçando os elementos principais que absorvem a solicitação de um
sismo, pilares, paredes, vigas, sapatas. Uma outra forma é a introdução de sistemas de proteção
sísmica que reduzam a resposta do edifício a este tipo de ação. A solução proposta nesta dissertação
de utilizar um piso adicional como TMD enquadra-se numa abordagem inovadora de proteção
sísmica numa tentativa de controlar a resposta dinâmica do edifício.

O fato do piso adicional estar construído no topo do edifício é uma vantagem já que, como foi referido
anteriormente, um TMD deverá estar aplicado no ponto de amplitude máxima de deformação do
modo para o qual está sintonizado. Ora o piso adicional supostamente irá estar sintonizado para
controlar os deslocamentos do primeiro modo de vibração do edifício e é no topo do mesmo que
ocorrem as maiores deformações do seu primeiro modo.

Este irá estar ligado à estrutura principal por meio de apoios que funcionarão como as já referidas
molas elásticas. Este facto limita de certa forma a funcionalidade do piso adicional uma vez que é
complicado que um elemento como um elevador vindo da estrutura principal seja ligado ao mesmo, e
por isso é mais aconselhável que seja acedido por escadas.

11
Na figura 9 encontra-se esquematizada a localização do piso adicional e os seus constituintes.

Figura 9-Esquema de um edifício que possui um piso adicional como TMD

O piso adicional irá estar apoiado num determinado número de apoios elásticos como se mostra na
figura 9. Os apoios do piso adicional poderão ser de vários tipos, de neoprene, de borracha natural,
de borracha com núcleo de chumbo, de borracha de alto amortecimento (todos estes tipos de apoios
deformar-se-ão por distorção) ou molas. Nesta dissertação optou-se apenas por estudar apoios em
neoprene.

O piso adicional que foi estudado nesta dissertação é constituído por duas lajes espaçadas por um
determinado valor de pé direito e que irão constituir a maior parte da massa do TMD. Toda a outra
restante massa poderá ser materializada pelas paredes interiores ou até a partir equipamentos fixos
que terão como único objetivo de funcionarem como massas adicionais. A subestrutura estudada
possuirá igual pé direito e secção de vigas e pilares iguais às da estrutura principal. Os
amortecedores para controlo dos deslocamentos do piso adicional irão estar localizados na interface
entre a superfície superior do edifício e a superfície inferior da laje do piso adicional.

12
4. Osciladores Lineares contínuos

A análise dinâmica de uma estrutura normalmente, e por simplicidade é feita dando uso a modelos
discretos. Estes são modelos nos quais se concentra parte da massa da estrutura num respetivo
número de pontos, dando origem a modelos com um número de graus de liberdade igual ao número
de massas considerado. Uma alternativa mais complexa é efetuar-se o estudo da estrutura utilizando
modelos contínuos, ou seja modelos com infinitos graus de liberdade.

Neste caso efetuou-se o estudo de osciladores lineares contínuos que possuam apenas deformação
por corte. Isto foi feito, com o intuito de posteriormente ser feita a passagem para os edifícios que são
estruturalmente caracterizados como sendo porticados ou seja que, quando solicitados
dinamicamente, possuem uma deformada semelhante a uma deformada por corte de um oscilador
contínuo. O simples fato de um edifício possuir uma deformada análoga a uma deformada típica de
corte permite-nos modelar o mesmo utilizando a teoria de osciladores lineares contínuos que
possuem deformação por corte.

Uma deformada deste tipo é definida como sendo uma deformada na qual os deslocamentos relativos
entre pisos diminuem em altura. Os mesmos deslocamentos diminuem em altura pois os pilares
inferiores têm de suportar maiores níveis de carga que os pilares superiores (ver figura 10). Os pares
de forças às quais os pilares que constituem o primeiro piso estão sujeitos são iguais a nF dividida
pelo número de pilares do alinhamento desse piso. Essa mesma força irá diminuir à medida que se
analisam pisos superiores, daí o fato de a respetiva deformação também diminuir em altura.

Figura 10-Deformação de um edifício porticado

13
A deformada de um edifício inversa à deformada por corte é a deformada de flexão, ou de um edifício
em parede nas quais os deslocamentos relativos entre pisos aumentam em altura ao invés de
diminuírem.

Neste caso, em vez de o mesmo ser modelado como um oscilador linear com deformação por corte,
será modelado como um oscilador linear com deformação por flexão (ver figura 11).

Figura 11-Deformação de um edifício em parede

14
A formulação matemática do problema de um oscilador linear contínuo com deformação por corte é
feita com base no equilíbrio de forças de uma parcela infinitesimal de uma barra sujeita apenas à
referida deformação por corte. A partir daí podem ser tiradas as frequências e configurações modais
dos infinitos modos de vibração. A formulação pode ser consultada na publicação Guerreiro,L.
Osciladores lineares contínuos, 1999.

Figura 12- Elemento infinitesimal de um oscilador linear que possui deformação por corte

Pelo equilíbrio da parcela infinitesimal da figura 12 chega-se à equação (1).

𝜕 2 𝑢(𝑥, 𝑡) 𝜕𝑉(𝑥, 𝑡)
−𝑉(𝑥, 𝑡) − 𝑚(𝑥) 2
𝑑𝑥 + 𝑉(𝑥, 𝑡) + 𝑑𝑥 = 0
𝜕𝑡 𝜕𝑥 (1)

Em que:

𝑥 – Eixo principal da barra;

𝑡 – Unidades de tempo;

𝑢(𝑥, 𝑡) – Deslocamento ao longo do eixo perpendicular ao eixo principal da barra;

𝑉(𝑥, 𝑡) – Esforço transverso da barra;

𝜌 – Densidade volúmica da barra;

15
𝐴(𝑥) – Área transversal da barra;

𝑚(𝑥) – Massa por unidade de comprimento da barra [𝑚(𝑥) = 𝜌𝐴(𝑥)];

𝜕2 𝑢(𝑥,𝑡)
𝑚(𝑥) – Força de Inércia.
𝜕𝑡 2

Simplificando a equação anterior impondo a relação força-deformação descrita em (2),

𝜕𝑢(𝑥, 𝑡)
𝑉(𝑥, 𝑡) = 𝐺𝐴′ (𝑥) (2)
𝜕𝑥

Em que:

G - Módulo de distorção da barra;

A’ - Área de corte da barra.

Obtém-se uma forma diferente de expressar a equação descrita em (1).

𝜕 2 𝑢(𝑥, 𝑡) 𝜕 𝜕𝑢(𝑥, 𝑡)
−𝑚(𝑥) 2
+ [𝐺𝐴′ (𝑥) ]=0 (3)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑥

Separando a parcela 𝑢(𝑥, 𝑡) em duas componentes, representando uma delas a configuração


deformada e a outra a variação no tempo,

𝑢(𝑥, 𝑡) = 𝑢̅(𝑥)𝑌(𝑡) (4)

Assumindo as seguintes características para Y(t) e as seguintes manipulações matemáticas:

𝑌(𝑡) = 𝑠𝑒𝑛(𝑝𝑡) (5)

𝑌̇ (𝑡) = 𝑝𝑐𝑜𝑠(𝑝𝑡) (6)

𝑌̈ (𝑡) = −𝑝2 𝑠𝑒𝑛(𝑝𝑡) = −𝑝2 𝑌(𝑡) (7)

16
𝜕 2 𝑢(𝑥, 𝑡)
= 𝑢̅(𝑥)𝑌̈(𝑡) = −𝑢̅(𝑥)𝑝2 𝑌(𝑡) (8)
𝜕𝑡 2

𝜕𝑢(𝑥, 𝑡)
= 𝑢̅′ (𝑥)𝑌(𝑡) (9)
𝜕𝑥

𝜕
𝑚(𝑥)𝑢̅(𝑥)𝑝2 𝑌(𝑡) + [𝐺𝐴′ (𝑥)𝑢̅′ (𝑥)𝑌(𝑡)] = 0 (10)
𝜕𝑥

Em que:

𝑝 - Frequência angular da estrutura.

E impondo que a barra é uniforme ou seja, possui densidade e características mecânicas constantes
ao longo do eixo e que a sua secção transversal é também constante então a equação 3 toma a
seguinte forma:

𝑚𝑢̅(𝑥)𝑝2 𝑌(𝑡) + 𝐺𝐴′𝑢̅′′(𝑥)𝑌(𝑡) = 0 (11)

A variável Y(t) não poderia ser eliminada da equação 11 pois pode tomar o valor de zero. Mas
quando Y(t)=0 estamos perante uma situação de carater estático não existindo qualquer movimento
dinâmico na estrutura. Esse caso não é objeto de estudo nesta dissertação.

Desta forma, eliminando a variável Y(t) da expressão, chega-se a uma nova equação a qual apenas
depende da variável que representa a deformada da estrutura.

𝑚𝑢̅(𝑥)𝑝2 + 𝐺𝐴′ 𝑢̅′′ (𝑥) = 0 (12)

Dividindo tudo por GA’ chega-se à equação (13).

𝑚𝑝2
𝑢̅′′ (𝑥) + 𝑢̅(𝑥) = 0 (13)
𝐺𝐴′

17
Inserindo na equação (13) a constante C0 designada de velocidade de propagação de ondas elásticas
transversais (expressão (14)) (Guerreiro, 1999), obtém-se a equação de equilíbrio (15).

𝐺𝐴′
𝐶0 = √ (14)
𝑚

𝑝 2
𝑢̅′′ (𝑥) + ( ) 𝑢̅(𝑥) = 0 (15)
𝐶0

A resolução da equação (15) conduz a um problema de valores e vetores próprios com a solução
geral apresentada na expressão (16):

𝑝 𝑝
𝑢̅(𝑥) = 𝐴 𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥) + 𝐵 𝑐𝑜𝑠 ( 𝑥) (16)
𝐶0 𝐶0

Na equação (16), as constantes A e B podem ser obtidas impondo as respetivas condições de


fronteira do caso em estudo.

A título de exemplo, e como acessório para posteriormente se passar para a real formulação do
problema em causa, resolver-se-á um caso que envolve uma coluna com 1 × 1m de área de seção
transversal constituída por duas camadas de solos de alturas e módulos de distorção diferentes. Toda
a formulação referente à modelação de estruturas como osciladores lineares contínuos ao longo
desta dissertação foi resolvida com auxílio do programa excel.

O objetivo será estudar a deformabilidade desta coluna ao corte e por conseguinte, obter os três
primeiros modos de vibração e as respetivas frequências próprias.

A primeira camada possui 15 metros de altura e 50 MPa de módulo de distorção, a segunda 20


metros e 30 MPa. Ambos os solos têm peso volúmico 𝛾 = 20 𝑘𝑁/𝑚3 .

Figura 13-Modelo adotado para as camadas de solo com deformação por corte

18
É de notar que para se ter obtido a massa por unidade de comprimento para cada camada de solo (e
assumindo que esta é constante ao longo do comprimento da mesma) utilizou-se a expressão (17).

𝛾×𝑉
𝑚= (17)
𝑔×𝐿

Em que:

𝛾 −é o peso volúmico da camada;

𝑉 −é o volume da camada 𝑉 = 𝐴′ × 𝐿;

𝑔 −é a aceleração gravítica;

𝐿 −é o comprimento da camada.

Sabendo que a deformada correspondente ao modo n de uma barra apenas com deformabilidade ao
corte é regida pela equação (16) conclui-se então que a deformada final das duas camadas será
definida pelas equações (18) e (19). Foram utilizados os referenciais locais x1 e x2 relativos à primeira
e segunda camada respetivamente (ver figura 13).

𝑝𝑛 𝑝𝑛
𝑢̅1 = 𝐴 𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥 ) + 𝐵 𝑐𝑜𝑠 ( 𝑥 ) (18)
𝐶01 1 𝐶01 1
𝑝𝑛 𝑝𝑛
𝑢̅2 = 𝐶 𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥2 ) + 𝐷 𝑐𝑜𝑠 ( 𝑥 ) (19)
𝐶02 𝐶02 2

Em que:

𝑝𝑛 – Representa a frequência angular do modo n da estrutura;

Como se possuem 4 incógnitas, é necessário que sejam impostas 4 condições de fronteira para que
estas sejam determinadas. Impuseram-se as seguintes condições ao longo da coluna de solo:

𝑢̅1 (0) = 0 (20)

𝑢̅1 (15) = 𝑢̅2 (0) (21)

𝜏1 (15) = 𝜏2 (0) (22)

𝜏2 (20) = 0 (23)

19
Em que 𝜏 é a tensão de corte numa dada secção que é dada pela expressão 24.

𝜏 = 𝐺𝐴′𝑢̅′(𝑥) (24)

A razão da primeira imposição é a de que a base da primeira camada encontra-se fixa ao terreno
rígido e assim não poderá ter qualquer tipo de deslocamento. A segunda impõe que o deslocamento
na interface das camadas logicamente tenha de ser igual, não pode existir translação entre camadas.
A terceira condição impõe que a tensão na interface entre camadas tenha de ser igual pois não existe
qualquer força concentrada na secção. A quarta e última condição exige que a tensão na última
camada tem de forçosamente ser nula pois sendo uma superfície livre, não existe qualquer força
concentrada nessa secção.

Considerou-se:

𝐴′ = 1 × 1 = 1 𝑚2

Na tabela 1 encontram-se resumidos, os dados considerados para as duas camadas de solo.

Tabela 1-Caraterísticas das camadas de solo

g (m/s2) 9,81
3
L1 (m ) 15
3
L2 (m ) 20
ϒ (kN/m ) 3
20
m1 (ton/m) 2,04
m2 (ton/m) 2,04
2
A' (m ) 1
G1 (kPa) 50000
G2 (kPa) 30000
C01 (m/s) 156,52
C02 (m/s) 121,24

A partir destas imposições, e sendo 𝑢̅1 e 𝑢̅2 funções dependentes de A,B,C e D, resolveu-se um
problema de valores e vetores próprios, em que se calculou os valores de 𝑝𝑛 , correspondentes aos
vários modos da coluna de solo.

Esse procedimento foi efetuado da seguinte forma: cada argumento respetivo de cada incógnita (A,
B, C, D) e para cada equação ((20), (21), (22) e (23)) representa um elemento de uma determinada
matriz (tabela 2), o valor desse mesmo argumento encontra-se calculado mediante um valor genérico
da frequência angular da estrutura (p). Calcularam-se os três primeiros valores de p que faziam com

20
que o determinante da matriz (matriz composta por todos os elementos Ynx que podem ser
consultados na tabela 2), fosse igual a zero. Os primeiros três valores consecutivos de p retirados são
as frequências angulares respetivas de cada modo (primeiro, segundo e terceiro).

Na tabela 2, encontram-se ilustrados como foram efetuados os cálculos para este exemplo ilustrativo.

Tabela 2-Exemplo do cálculo efetuado

A B C D
Eq.x Y11 Y12 Y13 Y14
Eq.x Y21 Y22 Y23 Y24
Eq.x Y31 Y32 Y33 Y34
Eq.x Y41 Y42 Y43 Y44

Em que:

Ynx - componente da linha n e coluna x da matriz

As frequências angulares calculadas correspondentes aos três primeiros modos da estrutura


encontram-se representadas na tabela 3.

Tabela 3-Modos de vibração para as camadas de solo

Modo n 1 2 3
pn (rad/s) 6,46 17,91 29,88
fn (Hz) 1,03 2,85 4,76

Para cada modo de vibração, impôs-se A=1. Uma vez que os modos de vibração de uma estrutura
são linearmente dependentes a menos de uma variável, retiraram-se os valores de B, C e D (vector v)
a partir da multiplicação matricial expressa em (25).

𝑣 = 𝐹 −1 × (−𝐷) (25)

Em que:

F – Matriz assinalada a azul escuro na tabela 2;

D – Matriz assinalada a azul claro na tabela 2.

Determinados os valores de A, B, C, e D, traçou-se o modo respetivo para cada frequência. Nas


figuras seguintes podem-se observar os três primeiros modos de vibração da estrutura. As soluções

21
foram obtidas nos respetivos referenciais locais (x 1 e x2) e depois transferidas para um referencial
global obtendo-se finalmente as representações modais.

O primeiro e segundo modo de vibração encontram-se representados nas figuras 14 e 15.

Modo 1
35

30

25
Altura (m)

20

15

10

0
0 0,5 1 1,5
Deformação

Figura 14-Primeiro modo de vibração das camadas de solo (f=1,03 Hz; p=6,46 rad/s)

Modo 2
35

30

25

20
Altura (m)

15

10

0
-1 -0,5 0 0,5 1
Deformação

Figura 15-Segundo modo de vibração das camadas de solo (f=2,85 Hz; p=17,91 rad/s)

22
O terceiro modo de vibração encontra-se representado na figura 16.

Modo 3
35

30

25
Altura (m)

20

15

10

0
-2 -1 0 1 2
Deformação

Figura 16-Terceiro modo de vibração das camadas de solo (f=4,76 Hz; p=29,88 rad/s)

Como se pode constatar, pela interpretação dos gráficos apresentados acima, as deformadas obtidas
são claramente deformadas típicas de uma barra com deformação por corte, especialmente visível na
configuração do primeiro modo. É de realçar que em todos os modos, para x=15 metros existe uma
clara mudança de declive no andamento das curvas uma vez que os módulos de distorção abaixo e
acima da interface são diferentes. Para x=35 a deformada possui tangente nula uma vez que se
impõe a tensão de corte nessa secção nula e, por conseguinte, a derivada da deformada igual a zero.

Os modos de vibração calculados encontram-se listados no anexo 1.

4.1 Modelação de um edifício alto através da formulação de


osciladores lineares contínuos

Estudou-se uma estrutura com planta retangular constante em altura, de 20 por 30 metros e com 60
de altura, equivalente a um edifício de 20 pisos com 3 metros de altura de pé-direito. Apenas foi
estudado o comportamento desta estrutura numa das direções horizontais.

Calculou-se o peso volúmico típico para um edifício porticado.

23
Adotaram-se valores típicos para o peso e volume de um edifício deste tipo retirados de um trabalho
efetuado no curso.

𝑃𝑒𝑠𝑜 32664,3
𝛾𝑒𝑑𝑖𝑓í𝑐𝑖𝑜 = = = 3,91 𝑘𝑁/𝑚3 (26)
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 8352

Para o caso de uma barra com deformação por corte na qual a extremidade inferior encontra-se
encastrada e a superior encontra-se livre, as frequências próprias serão traduzidas pela expressão
(27), (Guerreiro, 1999).

(2𝑛 − 1)𝜋𝐶0
𝑝𝑛 = 𝑛 = 1,2,3, … (27)
2𝐿

Em que:

L - Comprimento total da barra.

Impôs-se que o edifício em estudo possuísse uma primeira frequência de 1Hz ou seja 2𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠 de
frequência angular. Assim calculou-se o módulo de distorção que o edifício necessitaria para que tal
imposição fosse satisfeita.

𝐺𝐴′
𝜋𝐶0 𝜋√
𝑚 (28)
𝑝1 = ⇔ 2𝜋 =
2𝐿 2𝐿

Em que:

L=60 metros;

𝐴′ = 20 × 30 = 600 𝑚2

𝛾 × 600 3,91 × 600


𝑚= = = 239,14 𝑡𝑜𝑛/𝑚
𝑔 9,81

Obteve-se deste modo um módulo de distorção, G=22981,22 kPa

24
Na tabela 4 podem ser consultados os dados resumidos da estrutura.

Tabela 4-Caraterísticas do edifício

M (ton) 239,39
2
g (m/s ) 9,8
ϒ1 (kN/m ) 3
3,91
L (m) 60
G (kPa) 22981,22
C0 (m/s) 240

O modo n para a estrutura nas condições descritas acima será dado pela expressão (29) (Guerreiro,
1999).

(2𝑛 − 1)𝜋
𝑢̅(𝑥) = 𝐴 𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥) 𝑛 = 1,2,3, … (29)
2𝐿

Foram calculados os 4 primeiros modos. Na tabela 5 podem ser consultadas as respetivas


frequências dos modos calculados.

Tabela 5-Frequências dos modos de vibração do edifício sem TMD

Modo n 1 2 3 4
pn (rad/s) 6,28 18,85 31,42 43,98
fn (Hz) 1,00 3,00 5,00 7,00

25
Nas figuras 17 e 18 encontram-se representados respetivamente o primeiro e o segundo modo de
vibração da estrutura.

Modo 1
70

60

50
Altura (m)

40

30

20

10

0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
Deformação

Figura 17-Primeiro modo de vibração do edifício sem TMD (f=1,00 Hz; p=6,28 rad/s)

Modo 2
70

60

50
Altura (m)

40

30

20

10

0
-1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5
Deformação

Figura 18-Segundo modo de vibração do edifício sem TMD (f=3,00 Hz; p=18,85 rad/s)

26
Nas figuras 19 e 20 encontram-se representados o terceiro e o quarto modo de vibração da estrutura.

Modo 3
70

60

50
Altura (m)

40

30

20

10

0
-1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5
Deformação

Figura 19-Terceiro modo de vibração do edifício sem TMD (f=5,00 Hz; p=31,42 rad/s)

Modo 4
70

60

50
Altura (m)

40

30

20

10

0
-1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5
Deformação

Figura 20-Quarto modo de vibração do edifício sem TMD (f=7,00 Hz; p=43,98 rad/s)

Os modos de vibração encontram-se listados no anexo 2.

27
4.2 Modelação de um edifício com TMD através da formulação de
osciladores lineares contínuos

Pretende-se estudar o comportamento do edifício estudado no capítulo 4.1 com a aplicação de um


TMD para controlo das vibrações do primeiro modo. Este foi dimensionado para estar sintonizado
com o primeiro modo da estrutura principal. Como foi referido anteriormente, o primeiro modo do
edifício possuirá 1Hz (2𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠) de frequência. Assim, a estrutura extra que iremos colocar no topo
do edifício para funcionar como TMD, terá de possuir também 1Hz de frequência própria para que se
encontre sintonizada. Essa subestrutura é constituída por uma massa indeformável no topo que é
suportada por uma mola de rigidez KTMD o equivalente a um oscilador de um grau de liberdade (figura
7). Este piso adicional irá, numa primeira instancia possuir a mesma área que o edifício principal, o
mesmo pé direito e o mesmo peso volúmico.

A zona referente à massa do piso adicional irá ser considerada como uma estrutura muito rígida, pois
não se deseja que a mesma se deforme. Isso é o equivalente, em termos teóricos, a impor que
possui um módulo de distorção muito elevado. Assim para módulo de distorção da massa do TMD
adotou-se o G do edifício estudado anteriormente, multiplicado por 10000 (expressão (30)).

𝐺𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑇𝑀𝐷 = 22981,22 × 10000 ~ 2,3 × 108 𝑘𝑃𝑎 (30)

O objetivo, para o TMD ser modelado será, partindo de um número de hipóteses, determinar o
módulo de distorção dos seus apoios necessário para que o TMD possua 2𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠 de frequência
angular.

Assumindo que o piso adicional está suportado por 4 apoios, (hipótese pouco realista devido ao
grande vão que o piso adicional possui em ambas as direções), e que cada apoio será quadrado com
uma área de 1 m2, uma altura de 0,3 metros, e um peso volúmico 𝛾 = 12,3 𝑘𝑁/𝑚3 (valores comuns
para este tipo de material), a rigidez total da estrutura (TMD) com os apoios que se irão deformar por
distorção, será obtida pela expressão (31).

4𝐺𝐴
𝐾= (31)

Em que:

G - Módulo de distorção de cada apoio

A - Área de um apoio (1m2);

h – altura de um apoio (0,3 metros).

28
Para que a subestrutura possua 2𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠 de frequência, a rigidez total terá então de ser igual a:

𝐾
2𝜋 = √ ⇔ 𝐾 = 4𝜋 2 𝑀 (32)
𝑀

Em que:
𝛾
𝑀 = × Á𝑟𝑒𝑎𝑝𝑖𝑠𝑜 × ℎ′ = 718,16 𝑡𝑜𝑛 – Massa do TMD;
𝑔

Em que:

h’ – Representa o pé-direito do piso adicional.

Assim, o módulo de distorção será igual a:

4𝜋 2 𝑀ℎ
𝐺= = 2126,4 𝑘𝑃𝑎 (33)
4𝐴

Este módulo de distorção calculado é um valor pouco realista e apenas será utilizado nesta fase
teórica do estudo. Quando se proceder ao dimensionamento do TMD obviamente ir-se-ão utilizar
valores mecânicos dos materiais que suportam o TMD mais reais e usuais para o tipo de material que
constitui os apoios do TMD, respeitando sempre as restrições para as quais se quer que o TMD
funcione.

Uma vez que no modelo não se fará a distinção entre os 4 apoios, de 0,3 metros de altura, apenas
aplicar-se-á uma camada de 0,3 metros de altura com 20 × 30 metros quadrados de área como apoio
para o TMD, o módulo de distorção obtido anteriormente para os apoios, terá de ser corrigido
mediante uma relação entre áreas, apresentada na expressão (34).

𝐴𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 4×1
𝐺𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝐺 × 4 × = 2126,4 × = 14,18 𝑘𝑃𝑎 (34)
𝐴𝑝𝑖𝑠𝑜 600

A mesma situação verificou-se para o peso volúmico dos apoios:

4
𝛾𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜𝑠 = 12,3 × = 0,082 𝑘𝑁/𝑚3 (35)
600

Assim, o problema a ser estudado com o modelo de osciladores contínuos de um edifício com
deformação por corte acoplado de um piso adicional suportado por 4 apoios elásticos que se

29
deformam por distorção reduz-se a um problema análogo ao exposto no capítulo 4. Em vez de se
possuírem 2 camadas de solo, possuem-se 3 camadas de materiais, alturas e módulos de distorção
diferentes.

Na figura 21 pode-se visualizar o modelo adotado para o cálculo da estrutura.

Figura 21-Edifício com um piso adicional modelado com a formulação de osciladores lineares com deformação por corte em
que 1 representa o edifício principal, 2 representa os apoios elásticos do piso adicional e 3 representa a massa do mesmo

Na tabela 6 encontram-se resumidos os dados considerados para as várias camadas de material a


serem modeladas.

Tabela 6-Caraterísticas adotadas para cada camada de material

g (m/s2) 9,8
ϒ1 (kN/m ) 3
3,91
ϒ2 (kN/m ) 3
0,08
ϒ3 (kN/m ) 3
3,91
L1 (m) 60
L2 (m) 0,30
L3 (m) 3
G1 (kPa) 22981,22
G2 (kPa) 14,18
G3 (kPa) 2,3 × 108
C01 (m/s) 240,00
C02 (m/s) 41,16
C03 (m/s) 24000,00

30
Neste caso, analogamente ao calculado no capítulo 4, as deformadas do modo n de cada camada de
material serão regidas pelas seguintes equações (36), (37) e (38).

Utilizaram-se novamente três referenciais locais diferentes para cada camada (x1, x2 e x3).

𝑝𝑛 𝑝𝑛
𝑢̅1 = 𝐴 𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥1 ) + 𝐵 𝑐𝑜𝑠 ( 𝑥 ) (36)
𝐶01 𝐶01 1
𝑝𝑛 𝑝𝑛
𝑢̅2 = 𝐶 𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥 ) + 𝐷 𝑐𝑜𝑠 ( 𝑥 ) (37)
𝐶02 2 𝐶02 2
𝑝𝑛 𝑝𝑛
𝑢̅3 = 𝐷 𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥 ) + 𝐸 𝑐𝑜𝑠 ( 𝑥 ) (38)
𝐶03 3 𝐶03 3

Nesta situação, possuem-se 6 incógnitas a serem determinadas, assim é necessário serem impostas
6 condições de fronteira para as determinar (equações (39), (40), (41), (42) (43) e (44)).

𝑢̅1 (0) = 0 (39)

𝑢̅1 (60) = 𝑢̅2 (0) (40)

𝛤1 (60) = 𝛤2 (0) (41)

𝑢̅2 (0,3) = 𝑢̅3 (0) (42)

𝛤2 (0,3) = 𝛤3 (0) (43)

𝛤3 (3) = 0 (44)

Novamente foi resolvido um problema de valores e vetores próprios em que, determinando o


determinante da matriz composta pelos argumentos respeitantes a cada incógnita, para cada
equação e igualando-o a zero, pelo mesmo procedimento adotado anteriormente, determinaram-se
as frequências 𝑝𝑛 respetivas de cada modo. Neste caso fez-se o estudo dos quatro primeiros modos
da estrutura com TMD.

31
Na tabela 7, pode-se consultar um exemplo de como foram efetuados os cálculos para este caso.

Tabela 7-Exemplo do cálculo efetuado

A B C D E F
EQx Y11 Y12 Y13 Y14 Y15 Y16
EQx Y21 Y22 Y23 Y24 Y25 Y26
EQx Y31 Y32 Y33 Y34 Y35 Y36
EQx Y41 Y42 Y43 Y44 Y45 Y46
EQx Y51 Y52 Y53 Y54 Y55 Y56
EQx Y61 Y62 Y63 Y64 Y65 Y66

As frequências correspondentes aos quatro primeiros modos da estrutura encontram-se


representadas na seguinte tabela:

Tabela 8-Frequências dos modos de vibração do edifício com TMD

Modo n 1 2 3 4
pn (rad/s) 5,34 7,30 18,97 31,48
fn (Hz) 0,85 1,16 3,02 5,01

Como foi referido anteriormente e pode-se constatar, pela consulta da tabela 8, uma estrutura
sintonizada com um TMD possui uma primeira frequência um pouco inferior e uma segunda um
pouco superior à frequência do modo para qual o TMD foi sintonizado (5,34 < 2𝜋 e 7,3 > 2𝜋).

Impondo novamente A=1, retirou-se o valor das constantes B,C,D,E e F a partir da manipulação
matricial apresentada na equação (45).

𝑣 = 𝐹 −1 × (−𝐷) (45)

Em que:

F-Matriz assinalada a azul escuro na tabela 7;

D- Matriz assinalada a azul claro na tabela 7.

Sabendo os valores das constantes de A a F, traçou-se o modo respetivo para cada frequência. Nas
figuras seguintes podem-se observar os quatro primeiros modos da estrutura traçados. Para os
mesmos terem sido obtidos foi necessário efetuar-se uma translação das deformadas obtidas nos
referenciais locais x1, x2 e x3 para um referencial global.

32
Na figura 22 e 23 encontram-se representados o primeiro e o segundo modos de vibração da
estrutura.

Modo 1
70

60

50
Altura (m)

40

30

20

10

0
0 1 2 3 4
Deformação

Figura 22-Primeiro modo de vibração do edifício com TMD (f=0,85 Hz; p=5,34 rad/s)

Modo 2
70

60

50
Altura (m)

40

30

20

10

0
-4 -3 -2 -1 0 1 2
Deformação

Figura 23-Segundo modo de vibração do edifício com TMD (f=1,16 Hz; p=7,30 rad/s)

33
Nas figuras 24 e 25 encontram-se representados o terceiro e o quarto modos de vibração da
estrutura.

Modo 3
70

60

50
Altura (m)

40

30

20

10

0
-1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5
Deformação

Figura 24-Terceiro modo de vibração do edifício com TMD (f=3,02 Hz; p=18,97 rad/s)

Modo 4
70

60

50
Altura (m)

40

30

20

10

0
-1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5
Deformação

Figura 25-Quarto modo de vibração do edifício com TMD (f=5,01 Hz; p=31,48 rad/s)

Os modos encontram-se listados no anexo 3.

34
5. Análise da resposta do conjunto edifício e TMD a um
movimento do solo

Para um estudo mais aprofundado do efeito de um TMD como piso adicional num edifício e de forma
a otimizar o seu efeito na estrutura principal, solicitou-se o edifício com uma vibração de solo de
carater harmónica com frequência semelhante à frequência do primeiro modo do edifício sem TMD
(modo para qual o TMD foi sintonizado).

Deste modo, foi adotada uma solicitação harmónica com uma frequência de 1,1 Hz de forma a
solicitar a estrutura fortemente (evitou-se o valor 1,0 Hz para que a estrutura não entrasse em
ressonância), e amplitude 1,5.

𝑢̈ 𝑠𝑜𝑙𝑜 = 1,5 cos(2𝜋 × 1,1𝑡) (46)

Em que:

𝑢̈ 𝑠𝑜𝑙𝑜 - representa a ação

Solicitação Harmónica
2
1,5
1
Aceleração (m/s)

0,5
0
0 2 4 6 8 10
-0,5
-1
-1,5
-2
Tempo (s)

Figura 26- Solicitação harmónica considerada como vibração de base para o modelo de osciladores contínuos

Assim, usando os modelos com e sem TMD analisados anteriormente, estudou-se a resposta de
ambas as estruturas e calculou-se o máximo deslocamento das mesmas (o deslocamento no topo da
estrutura principal) para este tipo de solicitação para posteriormente, serem retiradas conclusões
relativamente à vantagem em se adotar um piso adicional no topo do edifício.

35
5.1 Resposta a uma solicitação harmónica com base no modelo de
osciladores contínuos

Para se calcular a resposta de uma estrutura à uma solicitação de um solo, começou-se por calcular
os fatores de participação modal, estes apenas dependem da massa por unidade de comprimento da
estrutura e do modo em questão uma vez que a solicitação é exterior à estrutura (na base desta). A
fórmula que permite o cálculo do fator de participação modal é descrita pela expressão (47),
(Guerreiro, 1999).

𝐿
∫0 𝑢̅𝑛 (𝑥)𝑚(𝑥) 𝑑𝑥
𝐹𝑃𝑛 = (47)
𝑀𝑛

Em que :

𝐹𝑃𝑛 −Fator de participação do modo n;

𝑀𝑛 −Massa modal do modo n;

𝑢̅𝑛 (𝑥) – Configuração deformada do modo n.

A massa modal é determinada com base na expressão (48) (Guerreiro, 1999).

𝐿
𝑀𝑛 = ∫ 𝑚(𝑥)𝑢̅𝑛 (𝑥)𝑢̅𝑛 (𝑥) 𝑑𝑥 (48)
0

Assim, o fator de participação modal para um dado modo n, é dado pela expressão (49).

𝐿
∫0 𝑢̅𝑛 (𝑥)𝑚(𝑥) 𝑑𝑥
𝐹𝑃𝑛 = 𝐿 (49)
∫0 𝑚(𝑥)𝑢̅𝑛 (𝑥)𝑢̅𝑛 (𝑥) 𝑑𝑥

Se a massa por unidade de comprimento m for constante ao longo da altura da estrutura o que
acontece se apenas estivermos a fazer os cálculos para o edifício sem TMD, a expressão toma o
formato apresentado na equação (50).

𝐿 𝐿
∫0 𝑢̅𝑛 (𝑥) 𝑑𝑥 ∫0 𝑢̅𝑛 (𝑥) 𝑑𝑥
𝐹𝑃𝑛 = 𝐿 = 𝐿 (50)
∫0 𝑢̅𝑛 (𝑥)𝑢̅𝑛 (𝑥) 𝑑𝑥 ∫0 𝑢̅𝑛2 (𝑥) 𝑑𝑥

36
Após o cálculo dos fatores de participação modal ser efetuado, é necessário proceder-se ao cálculo
de duas grandezas que irão ser necessárias para se obter a resposta de ambas as estruturas
(comunicação pessoal, Guerreiro).

A equação diferencial de equilíbrio de forças de uma estrutura sujeita a uma solicitação de um solo
encontra-se representada na expressão (51):

𝑚𝑥̈ + 𝑐𝑥̇ + 𝑘𝑥 = −𝑚𝑥̈ 𝑠 (51)

Em que:

c- é o coeficiente de amortecimento da estrutura;

k- é a rigidez da estrutura;

𝑥̈ - é a aceleração da estrutura;

𝑥̇ - é a velocidade da estrutura;

𝑥- é o deslocamento da estrutura;

𝑥̈ 𝑠 - é a aceleração do solo.

𝑚𝑥̈ representa a força de inércia, 𝑐𝑥̇ representa a força de amortecimento, 𝑘𝑥 representa as forças de
restituição elásticas e por fim, −𝑚𝑥̈ 𝑠 representa a força provocada pela vibração do solo.

Dividindo ambos os membros da expressão (51) pela massa obtém-se a equação (52),

𝑐 𝑘
𝑥̈ + 𝑥̇ + 𝑥 = −𝑥̈ 𝑠 (52)
𝑚 𝑚

Sabendo que:

𝑘
= 𝑝2 ;
𝑚

𝑐 𝑐
𝜉= = - Coeficiente de amortecimento, relação entre o amortecimento da estrutura (c) e o
𝑐𝑐 2𝑚𝑝

amortecimento crítico 𝑐𝑐 ;
𝑐
= 2𝑝𝜉 .
𝑚

37
A expressão anterior toma uma nova forma apresentada na equação (53).

𝑥̈ + 2𝑝𝜉𝑥̇ + 𝑝2 𝑥 = −𝑥̈ 𝑠 (53)

Para uma solicitação de um solo do tipo,

𝑥̈ 𝑠 = 𝐴𝑒 𝑖𝑤𝑡 (54)

Em que:

𝑤- é a frequência angular de excitação;

A- É a amplitude do sinal harmónico de excitação.

A solução da equação (53) terá o formato da expressão apresentada em (55).

𝑥 = 𝐻𝐴𝑒 𝑖𝑤𝑡 (55)

Em que H é uma função que depende da frequência angular da estrutura e do coeficiente de


amortecimento ξ.

𝐻(𝑝, 𝜉) (56)

Derivando uma e outra vez, portanto a velocidade e a aceleração serão descritas pelas seguintes
expressões ((57) e (58)):

𝑥̇ = 𝑖𝑤𝐻𝐴𝑒 𝑖𝑤𝑡 (57)

𝑥̈ = −𝑤 2 𝐻𝐴𝑒 𝑖𝑤𝑡 (58)

Inserindo 𝑥̇ e 𝑥̈ na equação original (53) obtém-se:

−𝑤 2 𝐻𝐴𝑒 𝑖𝑤𝑡 + 2𝑖𝑤𝜉𝑝𝐻𝐴𝑒 𝑖𝑤𝑡 + 𝑝2 𝐻𝐴𝑒 𝑖𝑤𝑡 = −𝐴𝑒 𝑖𝑤𝑡 (59)

38
Efetuando algumas simplificações, a solução da equação (59) será:

1 1 1
𝐻=− =− 2×
[𝑝2 − 𝑤 2 ] + 2𝜉𝑝𝑤𝑖 𝑝 𝑤2 𝑤 (60)
[1 − 2 ] + 2𝜉 𝑖
𝑝 𝑝

𝑤
Inserindo na equação a relação entre a frequência de excitação e a frequência da estrutura 𝑤
̅= .
𝑝

A função H toma o novo formato (61).

1 1 1 1 1 [1 − 𝑤 ̅ 2 ] − 2𝜉𝑤
̅𝑖
𝐻=− × = − × = − (61)
𝑝 2 [1 − 𝑤
̅ ] + 2𝜉𝑤
2 ̅𝑖 𝑝 2 [1 − 𝑤
̅ ] + 2𝜉𝑤
2 ̅𝑖 𝑝 [1 − 𝑤
2 ̅ ] + (2𝜉𝑤
2 2 ̅)2

Assim, H é uma função complexa. Podendo ser representada pelas suas componentes na figura 27.

Figura 27-Representação num referencial complexo da função H

Em que:

Im- é a parte imaginária do vetor;

Re- é a parte real do vetor;

39
ρ- é o comprimento do vetor.

φ- é o ângulo de fase da estrutura, dá-nos o desfasamento entre a solicitação e a reação da estrutura.

Deste modo o comprimento do vetor ρ será então dado pela expressão (62).

1 [1 − 𝑤
̅ 2 ]2 + [2𝜉𝑤
̅]2 1 1 1
𝜌= √ = 2 = 2 𝛽1 (62)
𝑝 [[1 − 𝑤
2 ̅ ] + (2𝜉𝑤
2 2 ̅) ]
2 2 𝑝 √(1 − 𝑤 ̅)2 𝑝
̅ 2 )2 + (2𝜉𝑤

Em que:
1
𝛽1 = – é o coeficiente de amplificação dinâmica.
̅ 2 )2 +(2𝜉𝑤
√(1−𝑤 ̅ )2

E φ, o ângulo de fase da estrutura, será dado pela equação por ramos (63).

2𝜉𝑤 ̅
𝐼𝑚 𝑝2 [[1 − 𝑤
̅ 2 ]2 + (2𝜉𝑤
̅)2 ] 2𝜉𝑤̅
φ = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( ) = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 (− 2 ) = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 (− ̅ 2) ≥ 0
) , se (1 − 𝑤
𝑅𝑒 (1 − 𝑤 ̅ ) ̅ 2)
(1 − 𝑤
𝑝2 [[1 − 𝑤
̅ 2 ]2 + (2𝜉𝑤
̅)2 ] (63)

2𝜉𝑤̅
φ = π + 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 (− ), ̅ 2) < 0
se (1 − 𝑤
{ ̅ 2)
(1 − 𝑤

̅ 2 ) porque a parte
O ângulo de fase é uma função por ramos e dependente do sinal de (1 − 𝑤
imaginária do vetor será sempre negativa, a parte real poderá ser positiva ou negativa o que implica
que poderemos estar no terceiro ou no quarto quadrante do referencial imaginário. Como se pretende
o ângulo com a horizontal, no caso em que a parte real é negativa adiciona-se π radianos para se
obter o ângulo correto.

Após a introdução do conceito de fator de participação modal, coeficiente de amplificação dinâmica e


o ângulo de fase, a resposta modal da estrutura será dada pela multiplicação de duas funções, uma
dependente do tempo, e outra função espacial que é o modo em questão, expressão (64)
(comunicação pessoal, Guerreiro).

𝑢𝑛 (𝑥, 𝑡) = 𝑌𝑛 (𝑡) × 𝑢𝑛 (𝑥) (64)

Em que a função 𝑌𝑛 (𝑡), que nos dá a resposta modal em função apenas do tempo será dada pela
expressão (65) (comunicação pessoal, Guerreiro).

1
𝑌𝑛 (𝑡) = 𝛽 𝐹 𝑢̈ (𝑡) = 𝜌𝐹𝑝𝑛 𝑢̈ 𝑠𝑜𝑙𝑜 (𝑡) (65)
𝑝2 1 𝑝𝑛 𝑠𝑜𝑙𝑜

40
A multiplicação dos termos 𝛽1 × 𝐹𝑝𝑛 × 𝑢̈ 𝑠𝑜𝑙𝑜 (𝑡) representa a resposta da estrutura em função do tempo
1
em aceleração. Multiplicando 𝛽1 × 𝐹𝑝𝑛 × 𝑢̈ 𝑠𝑜𝑙𝑜 (𝑡) por (rigidez por unidade de massa) obtém-se a
𝑝2

resposta em função do tempo da estrutura em deslocamentos.

Finalmente, a resposta final da estrutura, para um determinado instante t será dada pela expressão
(66) (comunicação pessoal, Guerreiro).

𝑢(𝑥, 𝑡) = ∑ 𝑢𝑛 (𝑥, 𝑡) 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 𝑓𝑖𝑥𝑜 (66)

5.1.1 Resposta da estrutura sem TMD

Ir-se-á calcular a resposta da estrutura sem TMD, com base no modelo de osciladores contínuos,
para a solicitação enunciada no capítulo 5.

Os modos de vibração foram discretizados em pontos, e pela utilização do método dos trapézios, a
integração numérica da função contínua exposta em (50), passou a um somatório finito de áreas
trapezoidais finitas.

Na figura 28 encontra-se esquematizado o procedimento adotado para o cálculo de 𝐹𝑃𝑛 .

Figura 28-Modo de cálculo adotado para as grandezas em causa

Em que X, representa a variável em causa de cada ponto (e.g. Xi= 𝑚𝑢̅𝑖 ou Xi= 𝑚𝑢̅𝑖2 );

41
A expressão utilizada para o cálculo dos fatores de participação encontra-se representada em (67).

𝑚(𝑢̅𝑖 + 𝑢̅𝑖+1 )
∑ ∆𝑧
𝐹𝑃𝑛 = 2
(67)
𝑚(𝑢̅𝑖2 + 𝑢̅𝑖+1
2
)
∑ ∆𝑧
2

Em que:

∆𝑧- é o intervalo de alturas na qual a estrutura foi discretizada.

𝑢̅𝑖 𝑜𝑢 𝑢̅𝑖+1 – Representa o valor da deformação de um determinado modo num determinado ponto i ou
i+1.

Assim, os fatores de participação modal calculados podem ser consultados na tabela 9.

Tabela 9-Fatores de participação da estrutura sem TMD

Modo 1 Modo 2 Modo 3 Modo 4


Fpn 1,27 0,42 0,25 0,18

Como se pode constatar, o primeiro modo da estrutura, é o que irá possuir maior participação. Todas
as tabelas necessárias para o cálculo dos fatores de participação modal da estrutura sem TMD ser
efetuado podem ser consultadas no anexo 4.

Após os cálculos dos fatores de participação modal, foram calculadas todas as grandezas restantes,
necessárias para se determinar a resposta da estrutura (tabela 10).

Tabela 10-Restantes grandezas calculadas para cada modo da estrutura sem TMD

Modo 1 Modo 2 Modo 3 Modo 4


β1n 4,22 1,15 1,05 1,03
φn (rad) 3,62 -0,04 -0,02 -0,02
Yn (m) 0,2040 -0,0018 -0,0004 -0,0001

Mais uma vez evidencia-se, pela interpretação dos resultados obtidos do cálculo de Yn, que o primeiro
modo é o que irá ser mais solicitado uma vez que Y1 é muito maior que Y2, Y3 e Y4.

A resposta final da estrutura em vários instantes pode ser consultada com maior detalhe no anexo 6.

Após o cálculo da resposta da estrutura em função do tempo, o valor mais importante a ser retirado,
para de seguida ser comparado é o valor da resposta da estrutura para z= 60 metros pois é
obviamente neste ponto que se obtém o maior deslocamento ao longo do edifício.

O deslocamento máximo obtido foi de 0,206 metros. Isto acontece a primeira vez no instante t=0,84
segundos.

42
5.1.2 Resposta da estrutura com TMD

Da mesma forma que os fatores de participação modal foram calculados para a estrutura sem TMD,
calculou-se os mesmos para a estrutura com TMD. É de notar que se desprezou a massa dos apoios
do TMD.

Os resultados obtidos podem ser consultados na tabela 11.

Tabela 11-Fatores de participação da estrutura com TMD

Modo 1 Modo 2 Modo 3 Modo 4


Fpn 0,72 0,57 0,44 0,24

Como se pode verificar pela interpretação da tabela 11, obviamente os modos mais solicitados serão
o primeiro e segundo pois são os modos resultantes da sintonização do TMD para o primeiro modo
da estrutura sem TMD. Todas as tabelas necessárias para o cálculo dos fatores de participação
modal ser efetuado podem ser consultadas no anexo 5.

De seguida calcularam-se as grandezas restantes necessárias para se obter a resposta da estrutura


com TMD. As mesmas podem ser consultadas na tabela 12.

Tabela 12-Restantes grandezas calculadas para cada modo da estrutura com TMD

Modo 1 Modo 2 Modo 3 Modo 4


β1n 1,45 7,11 1,15 1,05
φn (rad) 3,33 -0,74 -0,04 -0,02
Yn (m) -0,0065 0,0986 0,0007 0,0001

Novamente constata-se que o primeiro e o segundo modo serão os mais solicitados pois são os que
possuem maior valor de Yn e porque são os modos resultantes da sintonização do TMD para o
primeiro modo da estrutura sem TMD.

A resposta final da estrutura em vários instantes pode ser consultada com maior detalhe no anexo 7.

Após o cálculo da resposta da estrutura em função do tempo, o valor mais importante a ser retirado,
para de seguida ser comparado é o valor da resposta da estrutura para z= 60 metros pois é
obviamente neste ponto que se obtém o maior deslocamento ao longo da estrutura principal.

O deslocamento máximo obtido foi de 0,088 metros. Isto acontece a primeira vez no instante t=0,64
segundos.

43
Assim conclui-se que, pela modelação da estrutura como um oscilador contínuo existe uma redução
de 57% dos deslocamentos quando se acopla no topo da estrutura um piso adicional com as
características descritas anteriormente.

5.2 Resposta com base num modelo em elementos finitos

A par do estudo efetuado das estruturas (com e sem TMD) a partir de um modelo de osciladores
contínuos, foi feita a modelação das mesmas em elementos finitos num programa para análise de
estruturas (SAP 2000) com o objetivo de posteriormente compararem-se ambos os modelos e
tirarem-se conclusões dos resultados obtidos.

5.2.1 Modelação da estrutura principal

Nesta fase de estudo não foi feito qualquer tipo de pré-dimensionamento dos elementos estruturais a
adotar para a modelação da estrutura, uma vez que as únicas condições necessárias e suficientes
para que se possua um bom modelo e posteriormente se possam tirar conclusões do mesmo e
comparar-se com a modelação com osciladores contínuos são que a estrutura principal seja
classificada como pórtico para que possua deformação por corte e que possua valores de frequências
de vibração do primeiro, segundo, terceiro e quarto modos o mais próximas possível das estudadas
para o modelo com a formulação de osciladores contínuos.

Para se satisfazer a primeira condição, não foram adotados quaisquer elementos verticais do tipo
parede no edifício em estudo, apenas se adotaram pilares. Para além disso a estrutura é o mais
regular possível quer em altura como em planta. Ou seja, a área e disposição de elementos verticais
em planta são constantes em toda a altura, e não existem quaisquer tipos de recuos ao longo da
altura da estrutura.

Desta forma, foram adotadas secções correntes para os elementos estruturais (pilares e vigas) e,
para se conseguir obter o valor das frequências desejadas, iterativamente foi-se alterando o módulo
de elasticidade do material adotado para a estrutura. Isto foi feito porque a rigidez da estrutura varia
linearmente com o módulo de elasticidade desta e, por outro lado, a frequência varia com a raiz
quadrada da rigidez da mesma.

Pelas razões expostas acima, adotaram-se secções de 0,5 por 0,5 metros para os pilares, e 0,8 por
0,3 para as vigas. O pé direito da estrutura é constante ao longo da altura do edifício e possui o valor
de 3 metros como já foi referido para a modelação anterior.

44
As dimensões em planta da estrutura são iguais às adotadas para a modelação com formulação
continua 30 por 20 metros, possuindo uma malha de vigas de 5 em 5 metros e em todos os nós da
malha um pilar a intersectar.

A modelação da estrutura em planta pode ser visualizada na figura 29.

Figura 29-Planta do edifício modelado em SAP 2000

Para a modelação das fundações, encastraram-se os elementos verticais na base da estrutura.


Modelaram-se as lajes como diafragmas para que estas distribuam as forças sísmicas pelos pilares.
Cada diafragma apenas compatibilizará movimentos horizontais, concentrando toda a massa da laje
adicionada de metade da massa da estrutura do piso superior e metade da massa da estrutura do
piso inferior no nó central da malha correspondente ao piso em questão. A massa adotada para a
mesma foi obtida multiplicando a massa por unidade de comprimento adotada para a modelação
como oscilador contínuo por três que é o pé direito da estrutura (equação (68)).

𝑀𝑙𝑎𝑗𝑒 𝑒𝑑𝑖𝑓í𝑐𝑖𝑜 = 𝑚 × 3 = 239,14 × 3 = 717,4 𝑡𝑜𝑛 (68)

O valor do módulo de elasticidade do material adotado para a estrutura ao qual se chegou


iterativamente é de 𝐸 = 1,427 × 108 𝑘𝑁/𝑚2 .

45
A estrutura final em 3D pode ser visualizada na figura 30.

Figura 30-Edifício modelado em SAP 2000

Na figura 31 encontra-se ilustrado o primeiro modo de vibração da estrutura em causa segundo Y.

Figura 31-Modo 1 segundo Y do edifício (f= 1,00 Hz; p=6,28 rad/s)

46
Nas figuras 32 e 33 encontram-se ilustrados o segundo e terceiro modos de vibração da estrutura em
causa segundo Y.

Figura 32-Modo 2 segundo Y do edifício (f= 3,07 Hz; p=19,28 rad/s)

Figura 33-Modo 3 segundo Y do edifício (f= 5,41 Hz; p= 34,02 rad/s)

47
Na figura 34 encontra-se ilustrado o quarto modo de vibração da estrutura em causa segundo Y.

Figura 34-Modo 4 segundo Y do edifício (f=7,67 Hz; p=48,22 rad/s)

Na tabela 13, apresentam-se os resultados modais da estrutura retirados após a sua modelação.

Tabela 13-Frequências de cada modo nas duas direções da estrutura sem TMD

Modo Direção Frequência (Hz) Frequência (rad/s) Período (s)


1 Y 1 6,283 1,000
2 X 1,054 6,622 0,949
3 Y 3,069 19,283 0,326
4 X 3,203 20,125 0,312
5 Y 5,414 34,017 0,185
6 X 5,549 34,865 0,180
7 Y 7,674 48,217 0,130
8 X 7,84 49,260 0,128

De notar que o modelo feito a partir da teoria de osciladores lineares contínuos com deformação por
corte é um modelo plano enquanto o modelo criado com elementos finitos em SAP 2000 é um modelo
tridimensional como se pode constatar. Assim estudou-se o modelo em elementos finitos na direção
em que o mesmo demonstrasse ser o mais parecido possível com o primeiro modelo. Deste modo
optou-se por estudar o comportamento da estrutura a partir daqui apenas segundo a direção Y, pois
foi nesta direção que os resultados modais obtidos são mais próximos dos resultados modais
calculados através da formulação de osciladores contínuos.

48
Isso pode-se constatar pela interpretação da tabela 14.

Tabela 14-Comparação de frequências entre ambos os modelos

Edifício sem TMD


Modelo SAP Modelo Contínuo
Frequência Frequência Frequência Frequência
Modo Direção Modo
(Hz) (rad/s) (Hz) (rad/s)
1 Y 1,00 6,28 1 1,00 6,28
3 Y 3,07 19,28 2 3,00 18,85
5 Y 5,41 34,02 3 5,00 31,42
7 Y 7,67 48,22 4 7,00 43,98

5.2.2 Modelação do piso adicional (TMD)

O piso adicional, como foi referido anteriormente, é uma extensão da estrutura principal, uma vez que
possui nesta fase de estudo, a mesma área em planta e o mesmo pé direito. Como o próprio nome
indica, é um piso adicional constituído por duas lajes, pilares e vigas com as mesmas dimensões que
as adotadas para a estrutura principal. No edifício principal existe uma laje de três em três metros, no
TMD existirão duas lajes num desenvolvimento de três metros. Por forma a manter o mesmo valor da
massa por unidade de comprimento adotado no modelo de osciladores contínuos também ao longo
da altura do TMD, cada laje do piso adicional irá possuir metade da massa das lajes da estrutura
principal.

𝑀𝑙𝑎𝑗𝑒 𝑒𝑑𝑖𝑓í𝑐𝑖𝑜 717,4


𝑀𝑙𝑎𝑗𝑒 𝑝𝑖𝑠𝑜 𝑎𝑑𝑖𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = = = 358,7 𝑡𝑜𝑛 (69)
2 2

Para o TMD funcionar como se deseja é suposto que as massas que o constituem sejam rígidas e
indeformáveis. Para impedir que houvesse qualquer tipo de deformação nos pilares e vigas do piso
adicional foram feitas duas coisas: primeiro foram colocados dois elementos muito rígidos ou seja,
com um elevado módulo de elasticidade, verticalmente e na diagonal em forma de cruz de cinco em
cinco metros de desenvolvimento em planta mas apenas no seu contorno.

49
Pode-se visualizar o que foi descrito na figura 35.

Figura 35-Alçado do modelo do TMD em SAP 2000

No entanto a primeira estratégia descrita foi insuficiente para tornar o piso adicional numa estrutura
rígida e indeformável. Assim de seguida, em todos os nós do piso adicional foi criado um elemento do
tipo BODY, este é um elemento modelado no SAP 2000 que garante que não existem deslocamentos
relativos entre os vértices do corpo em questão, assim garantiu-se um elemento de corpo rígido.
Todos os tipos de movimentos relativos foram fixos (translação segundo X,Y e Z, e rotação segundo
X,Y e Z).

Relativamente aos apoios de borracha do TMD foram criados 4 apoios nos quatro cantos da base
inferior da estrutura em planta, com secção quadrangular com um metro de lado e com módulo de
distorção igual ao calculado na expressão (33), ou seja 𝐺 = 2126,4 𝑘𝑃𝑎, para que a estrutura possua
1 Hz de frequência modal nos dois modos de vibração existentes (modo segundo X e segundo Y). De
forma a garantir que a deformação dos apoios fosse apenas por distorção nas características da
secção criada para os apoios, alterou-se os valores da rigidez referente a cada esforço existente e
foram colocados valores relativamente grandes na rigidez dos esforços que não se quer que existam
neste tipo de material, rigidez axial, inércia segundo os dois eixos, e constante de torção.

50
O aspeto final da modelação em elementos finitos do piso adicional pode ser visualizado na figura 36.

Figura 36-Modelo do TMD em SAP 2000

O modelo final dos edifícios com e sem TMD pode ser visualizado na figura 37.

Figura 37-Modelo em SAP 2000 do edifício sem TMD à esquerda e com TMD à direita

51
Nas figuras (38 e 39) encontram-se ilustrados os 2 primeiros modos do edifício com TMD.

Figura 38-Modo 1 segundo Y do edifício com TMD (f= 0,84 Hz; p= 5,28 rad/s)

Figura 39-Modo 2 segundo Y do edifício com TMD (f= 1,18 Hz; p= 7,40 rad/s)

52
Nas figuras (40 e 41) encontram-se ilustrados o terceiro e o quarto modo do edifício com TMD.

Figura 40-Modo 3 segundo Y do edifício com TMD (f= 3,09 Hz; p= 19,42 rad/s)

Figura 41-Modo 4 segundo Y do edifício com TMD (f= 5,42 Hz; p= 34,08 rad/s)

53
Na tabela 15 comparam-se as frequências obtidas para a estrutura com TMD segundo a direção Y no
programa referente ao modelo em elementos finitos e no modelo com osciladores contínuos.

Tabela 15-Comparação de frequências entre ambos os modelos

Edifício com TMD


Modelo Elementos finitos Modelo Contínuo
Modo Direção Frequência (Hz) Frequência (rad/s) Modo Frequência (Hz) Frequência (rad/s)
1 Y 0,84 5,28 1 0,85 5,34
3 Y 1,18 7,40 2 1,16 7,30
5 Y 3,09 19,42 3 3,02 18,97
7 Y 5,42 34,08 4 5,01 31,48

5.2.3 Resposta do modelo em elementos finitos

Foi solicitada a estrutura com o mesmo tipo de vibração de base, neste modelo foi necessário ter-se
em consideração o efeito da fase transitória. Para se evitar este efeito, os valores da função descrita
em 5 foram multiplicados por uma função Z com variação linear entre zero e um nos primeiros 5
segundos do movimento e constante, de valor unitário para a restante duração da ação. Esta
modelação foi feita para impedir que nos resultados o efeito do regime transitório fosse evidenciado
nos instantes iniciais.

A função final que de seguida foi utilizada no programa SAP 2000 pode ser visualizada no gráfico da
figura 42.

Solicitação
2
1,5
1
Aceleração (m/s)

0,5
0
0 5 10 15 20 25
-0,5
-1
-1,5
-2
Tempo

Figura 42-Solicitação harmónica considerada como vibração de base para o modelo de elementos finitos

54
Calculou-se a resposta à solicitação descrita acima, na estrutura com e sem TMD, e retiraram-se os
máximos deslocamentos no nó mais alto da estrutura principal. Retiraram-se os deslocamentos
segundo a direção Y do nó 5 de ambas as estruturas.

A localização do nó 5 pode ser visualizada na figura 43.

Figura 43- Localização do nó 5

Assim os deslocamentos do nó 5 do edifício sem TMD para a solicitação descrita encontram-se


representados na figura 44.

Figura 44-Deslocamentos do nó 5 do edifício sem TMD para a solicitação harmónica segundo Y

55
Os deslocamentos do nó 5 do edifício com TMD para a solicitação descrita encontram-se
representados na figura 45.

Figura 45-Deslocamentos do nó 5 do edifício com TMD para a solicitação harmónica segundo Y

Deste modo, pela interpretação dos gráficos das figuras 44 e 45, constata-se que o deslocamento
máximo obtido para a estrutura sem TMD para a solicitação descrita anteriormente, é de
aproximadamente 0,217 metros, e para a estrutura com TMD é de 0,078 metros. Estes
deslocamentos foram obtidos de forma aproximada e ignorando o regime transitório que ambas as
estruturas apresentam nos onze primeiros segundos quando excitadas por este tipo de solicitação.
Tentou-se evitar que este regime não existisse mas apenas se conseguiu minimizá-lo. Assim, os
deslocamentos obtidos até aproximadamente t=11 segundos foram ignorados.

Conclui-se que, pela modelação da estrutura no programa SAP 2000, existe uma redução de 64%
dos deslocamentos quando se acopla no topo da estrutura um piso adicional com as características
descritas anteriormente.

56
5.3 Comparação de resultados entre a modelação como oscilador
contínuo e a modelação como elementos finitos

Na tabela 16 apresenta-se um quadro resumo onde se podem comparar os resultados obtidos na


modelação em elementos finitos e como osciladores contínuos.

Tabela 16-Comparação de resultados entre ambos os modelos

Sem TMD (m) Com TMD (m) Redução


Deslocamento
máximo 0,217 0,078 64%
Elementos finitos
Deslocamento
máximo
0,206 0,088 57%
Osciladores
contínuos
Erro 5% 12%

Como se pode constatar, conseguiram-se ótimas reduções dos deslocamentos provocados pela
solicitação descrita. No entanto há que referir que a solicitação que foi utilizada como vibração de
solo é uma solicitação muito teórica e muito pouco realista, pois possui uma frequência de excitação
fixa. Quando uma estrutura deste tipo é solicitada por um sismo, este possui uma vasta gama de
frequências de excitação ou seja, o TMD (que foi dimensionado para funcionar quando frequências
próximas de 1Hz excitam a estrutura) irá ter um menor efeito na estrutura, podendo no limite existir
um aumento dos deslocamentos entre a estrutura sem e com TMD. Assim, o piso adicional irá ser
menos eficaz.

Outro pormenor que é importante realçar é que, na estrutura sem TMD, por ser mais simples, possui
um erro relativamente pequeno entre os deslocamentos máximos obtidos entre os dois modelos. Por
outro lado, a tabela 16 demonstra que a estrutura com TMD possui mais que o dobro do erro entre os
deslocamentos referidos anteriormente. Isto acontece porque a frequência do terceiro modo da
estrutura com TMD do modelo em elementos finitos é um pouco superior à frequência do segundo
modo de vibração obtida para a estrutura do modelo como osciladores contínuos, isto pode ser
consultado na tabela 15 apresentada anteriormente. Os modos referidos são modos análogos entre
modelos diferentes e, pela consulta da tabela 12, são modos que possuem coeficientes de
amplificação dinâmica e valores de Yn muito elevados comparativamente com os dos outros modos o
que implica que por muito pequena que seja a variação entre as frequências dos dois modos, o
resultado na resposta final da estrutura irá ser relativamente grande. Isto demonstra a sensibilidade
da estrutura face a ser adicionado no seu topo um TMD.

57
58
6. Análise da resposta às ações sísmicas

Neste capítulo, o objetivo é efetuar uma análise da resposta da estrutura com e sem TMD às ações
sísmicas e analisar o benefício que possa ou não apresentar a solução de um piso adicional que
funcione como TMD.

Para avaliar a resposta da estrutura às ações sísmicas, solicitou-se a mesma por um conjunto de
sismos com características variadas. Os sismos utilizados são representativos dos dois tipos
existentes em Portugal. Optou-se por considerar que as estruturas estavam localizadas em Lisboa
que corresponde à zona 3 indicada no zonamento afeto ao Eurocódigo 8. Foi considerado um solo de
fundação do tipo B (solo rígido).

Um sismo do tipo 1 é um sismo cujo epicentro ocorre longe da localização da estrutura em causa e
caracterizado por ser de grande magnitude/energia. Como este tipo de sismo é afastado da
localização da estrutura, as altas frequências atenuam-se e assim as estruturas de baixas
frequências ou menos rígidas irão ser mais condicionadas por este tipo de sismo.

Um sismo do tipo 2 é um sismo que possui um epicentro perto da localização da estrutura em causa,
possui uma baixa magnitude/energia. Como este é próximo da localização da estrutura, as altas
frequências não se irão atenuar e as estruturas mais rígidas ou de maiores frequências irão ser as
mais condicionadas por este tipo de sismo.

Todos os sismos considerados poderão ser consultados no anexo 8.

Na figura 46 pode-se localizar a zona em estudo para os dois tipos de ações sísmicas.

Figura 46-Zonamento sísmico considerado pelo EC8 para o território Português (EN 1998-1, 2010)

59
Os valores da aceleração máxima de referência - agR (m/s2) para os dois tipos de sismos nas várias
zonas sísmicas podem ser consultadas na figura 47.

Figura 47- Valores da aceleração máxima de referência para os dois tipos de sismos nas várias zonas sísmicas (EN 1998-1,
2010)

Como se pode constatar, a zona em estudo possui um valor de aceleração máxima de referência
intermédio entre os valores máximos e mínimos para as zonas existentes em Portugal.

O tipo de solo escolhido (Tipo B) é um solo que possui as características assinaladas na figura 48.

Figura 48-Tipos de solo considerados pelo EC8 (EN 1998-1, 2010)

Em que:

𝜈𝑠30 – Velocidade média das ondas de corte;

NSPT – Número de pancadas do ensaio SPT;

cu – Resistência não drenada do solo.

60
Mais uma vez foi este o tipo de solo escolhido por ter características intermédias entre os tipos de
solos existentes e considerados no EC8.

Foram analisados, para o modelo da estrutura em elementos finitos, 10 sismos do tipo 1 e 10 do tipo
2. Retirou-se o deslocamento máximo em valor absoluto, para as estruturas com e sem TMD
(deslocamento no nó 5, figura 43 que se encontra à altura de 60 metros).

De seguida compararam-se os resultados obtidos efetuando a média de todos os dez deslocamentos


máximos do sismo tipo 1 e do tipo 2 para as estruturas com e sem TMD retirados do programa, e
calculou-se a redução obtida.

Os resultados obtidos para os sismos tipo 1 encontram-se representados na tabela 17.

Tabela 17-Resultados obtidos para o edifício de 20 pisos sismos tipo 1

Deslocamento Deslocamento
Sismo tipo 1 máximo Sem TMD máximo Com TMD
(m) (m)

1 0,105 0,077
2 0,094 0,091
3 0,104 0,086
4 0,111 0,066
5 0,083 0,080
6 0,129 0,098
7 0,094 0,078
8 0,077 0,083
9 0,099 0,079
10 0,097 0,076
Média 0,099 0,081
Redução 18,18%

61
Os resultados obtidos para os sismos tipo 2 encontram-se representados na tabela 18.

Tabela 18-Resultados obtidos para o edifício de 20 pisos sismos tipo 2

Deslocamento Deslocamento
Sismo tipo 2 máximo Sem TMD máximo Com TMD
(m) (m)

1 0,057 0,046
2 0,050 0,035
3 0,047 0,044
4 0,031 0,025
5 0,057 0,040
6 0,043 0,042
7 0,040 0,057
8 0,068 0,034
9 0,036 0,034
10 0,045 0,044
Média 0,047 0,040
Redução 15,75%

Comparando com a solicitação harmónica enunciada no capítulo 5, constata-se que o benefício em


se possuir um piso adicional que funcione como TMD num edifício com as características descritas
anteriormente e quando o mesmo é solicitado por um sismo não é tão elevado como já era
espectável. Uma solicitação sísmica não possui uma frequência fixa, possui uma infinidade de
frequências com quantidades de energias variáveis. Deste modo, o efeito de controlo de vibrações do
TMD não irá ser tão elevado já que este apenas foi dimensionado para atuar numa dada frequência,
neste caso 1Hz.

Pela interpretação das tabelas anteriores, conclui-se que para um sismo afastado (tipo 1) a estrutura
sem TMD, por possuir uma baixa frequência, irá ter maiores deslocamentos isto porque neste tipo de
sismo as baixas frequências possuem maior energia do que as altas e por isso verificam-se menores
valores de deslocamentos da mesma estrutura para um sismo tipo 2 pois a frequência da estrutura
em causa irá ser solicitada com uma menor energia neste tipo de sismo.

Se a frequência de 1Hz possuir elevada energia num dado sismo, a estrutura irá vibrar mais mas
também o TMD irá ser mais eficiente em vez de apenas ser um peso “morto” daí o fato de se terem
obtido melhores resultados para o sismo afastado do que para o próximo. Por outro lado, se a mesma
frequência possuir baixa energia num outro sismo, a estrutura irá vibrar menos e além disso o TMD
não irá funcionar podendo em certos casos a estrutura com TMD possuir um maior deslocamento
para uma altura de Z=60 metros do que a mesma estrutura sem TMD.

62
6.1 Análise Paramétrica à massa do TMD

A variação da massa do TMD relativamente à massa da estrutura principal poderá conduzir a


melhores ou piores comportamentos do efeito do TMD na mesma. Assim, utilizando o modelo
constituído por elementos finitos, fez-se um estudo à percentagem ótima da massa do TMD
relativamente à massa total do edifício. Essa percentagem conduz aos melhores valores de redução
de deslocamentos no edifício de 20 andares estudado anteriormente.

Por estudos anteriores sabe-se que, para que o TMD seja eficiente, a massa do mesmo deverá
rondar os 2 a 5% da massa total da estrutura principal (Antunes, 2006).

Assim, estudou-se o comportamento de edifícios acoplados de um TMD cuja massa do mesmo fosse
de um 1%, 2,5%, 5%, 7,5%, 10% e por fim 12,5% da massa total do edifício. É de salientar que os
valores da massa do TMD relativamente à massa da estrutura principal em análise (de 20 pisos)
superiores a 5% são valores pouco realistas pois representam mais do que um piso adicional.
Nomeadamente a relação de 12,5% representa mais do que dois pisos adicionais.

Desta forma para cada caso, utilizou-se a estrutura com TMD original, que possuía um TMD com uma
massa igual a x% da massa do edifício, correram-se no programa os sismos estudados anteriormente
no capítulo 6, e retiraram-se as reduções obtidas.

De notar que para se fazer este estudo, foi necessário não só alterar as massas das lajes do piso
adicional mas também o módulo de elasticidade das molas que o sustentam, isto para que o TMD
continue a possuir uma frequência própria de 1Hz e assim continue sintonizado da forma desejada.

As características do edifício sem TMD podem ser consultadas na tabela 19.

Tabela 19-Caraterísticas do edifício sem TMD de 20 pisos

Massa do edifício
E (kPa)
(ton)
5523,00 14348,60

Visto as molas do TMD funcionarem por distorção, é de notar que para se obter o módulo de
distorção do material constituído pelas mesmas utiliza-se a expressão (70):

𝐸
𝐺= (70)
2(1 + 𝜈)

Em que:

𝜈- é o coeficiente de poisson adotado para o material, neste caso adotou-se o valor corrente de 0,3.

63
As massas e módulos de elasticidade adotados para os vários casos encontram-se representados na
tabela 20.

Tabela 20-Caraterísticas calculadas para cada tipo de relação entre a massa do TMD e a do edifício

Percentagem da massa do Massa para cada E molas


TMD em relação à do edifício laje do TMD (ton) TMD (kPa)

1,0% 71,74 1104,60


2,5% 179,36 2761,50
5,0% 358,72 5523,00
7,5% 538,07 8284,49
10,0% 717,43 11045,99
12,5% 896,79 13807,49

64
Nas tabelas 21 e 22, encontram-se representados os resultados obtidos para MTMD=1% MEstrutura.

Tabela 21-Resultados obtidos para o sismo tipo 1 MTMD=1% MEstrutura

Deslocamento Deslocamento
Sismo tipo 1 máximo Sem TMD máximo Com TMD
(m) (m)

1 0,105 0,089
2 0,094 0,077
3 0,104 0,080
4 0,111 0,070
5 0,083 0,082
6 0,129 0,096
7 0,094 0,076
8 0,077 0,077
9 0,099 0,109
10 0,097 0,086
Média 0,099 0,084
Redução 15,14%

Tabela 22-Resultados obtidos para o sismo tipo 2 MTMD=1% MEstrutura

Deslocamento Deslocamento
Sismo tipo 2 máximo Sem TMD máximo Com TMD
(m) (m)

1 0,057 0,052
2 0,050 0,046
3 0,047 0,049
4 0,031 0,039
5 0,057 0,050
6 0,043 0,035
7 0,040 0,048
8 0,068 0,049
9 0,036 0,033
10 0,045 0,036
Média 0,047 0,044
Redução 8,10%

65
Nas tabelas 23 e 24, encontram-se representados os resultados obtidos para MTMD=2,5% MEstrutura.

Tabela 23-Resultados obtidos para o sismo tipo 1 MTMD=2,5% MEstrutura

Deslocamento Deslocamento
Sismo tipo 1 máximo Sem TMD máximo Com TMD
(m) (m)

1 0,105 0,085
2 0,094 0,072
3 0,104 0,081
4 0,111 0,056
5 0,083 0,077
6 0,129 0,095
7 0,094 0,077
8 0,077 0,080
9 0,099 0,077
10 0,097 0,082
Média 0,099 0,078
Redução 21,49%

Tabela 24-Resultados obtidos para o sismo tipo 2 MTMD=2,5% MEstrutura

Deslocamento Deslocamento
Sismo tipo 2 máximo Sem TMD máximo Com TMD
(m) (m)

1 0,057 0,049
2 0,050 0,042
3 0,047 0,049
4 0,031 0,032
5 0,057 0,049
6 0,043 0,039
7 0,040 0,056
8 0,068 0,036
9 0,036 0,032
10 0,045 0,035
Média 0,047 0,042
Redução 11,44%

Nas tabelas 17 e 18, apresentadas anteriormente, encontram-se representados os resultados obtidos


para MTMD=5% MEstrutura.

66
Nas tabelas 25 e 26, encontram-se representados os resultados obtidos para MTMD=7,5% MEstrutura.

Tabela 25-Resultados obtidos para o sismo tipo 1 MTMD=7,5% MEstrutura

Deslocamento
Deslocamento
Sismo tipo 1 máximo Sem TMD
máximo Com TMD
(m)

1 0,105 0,078
2 0,094 0,086
3 0,104 0,087
4 0,111 0,062
5 0,083 0,078
6 0,129 0,090
7 0,094 0,086
8 0,077 0,099
9 0,099 0,081
10 0,097 0,091
Média 0,099 0,084
Redução 15,50%

Tabela 26-Resultados obtidos para o sismo tipo 2 MTMD=7,5% MEstrutura

Deslocamento Deslocamento
Sismo tipo 2 máximo Sem TMD máximo Com TMD
(m) (m)

1 0,057 0,045
2 0,050 0,032
3 0,047 0,040
4 0,031 0,028
5 0,057 0,039
6 0,043 0,047
7 0,040 0,053
8 0,068 0,041
9 0,036 0,043
10 0,045 0,049
Média 0,047 0,042
Redução 12,17%

67
Nas tabelas 27 e 28, encontram-se representados os resultados obtidos para MTMD=10% MEstrutura.

Tabela 27-Resultados obtidos para o sismo tipo 1 MTMD=10% MEstrutura

Deslocamento Deslocamento
Sismo tipo 1 máximo Sem TMD máximo Com TMD
(m) (m)

1 0,105 0,075
2 0,094 0,081
3 0,104 0,089
4 0,111 0,063
5 0,083 0,100
6 0,129 0,087
7 0,094 0,091
8 0,077 0,099
9 0,099 0,087
10 0,097 0,094
Média 0,099 0,087
Redução 12,80%

Tabela 28-Resultados obtidos para o sismo tipo 2 MTMD=10% MEstrutura

Deslocamento Deslocamento
Sismo tipo 2 máximo Sem TMD máximo Com TMD
(m) (m)

1 0,057 0,044
2 0,050 0,033
3 0,047 0,043
4 0,031 0,029
5 0,057 0,038
6 0,043 0,060
7 0,040 0,047
8 0,068 0,045
9 0,036 0,052
10 0,045 0,052
Média 0,047 0,044
Redução 6,55%

68
Nas tabelas 29 e 30, encontram-se representados os resultados obtidos para MTMD=12,5% MEstrutura.

Tabela 29-Resultados obtidos para o sismo tipo 1 MTMD=12,5% MEstrutura

Deslocamento Deslocamento
Sismo tipo 1 máximo Sem TMD máximo Com TMD
(m) (m)

1 0,105 0,082
2 0,094 0,083
3 0,104 0,085
4 0,111 0,060
5 0,083 0,103
6 0,129 0,085
7 0,094 0,089
8 0,077 0,094
9 0,099 0,091
10 0,097 0,101
Média 0,099 0,087
Redução 11,98%

Tabela 30-Resultados obtidos para o sismo tipo 2 MTMD=12,5% MEstrutura

Deslocamento Deslocamento
Sismo tipo 2 máximo Sem TMD máximo Com TMD
(m) (m)

1 0,057 0,048
2 0,050 0,034
3 0,047 0,049
4 0,031 0,033
5 0,057 0,037
6 0,043 0,062
7 0,040 0,043
8 0,068 0,050
9 0,036 0,052
10 0,045 0,055
Média 0,047 0,046
Redução 2,75%

69
Na tabela 31 apresentam-se os resultados obtidos resumidos para este caso de estudo.

Tabela 31- Resultados obtidos resumidos

Percentagem da massa Redução obtida


do TMD em relação à do
edifício

Sismo tipo 1 Sismo tipo 2


1,0% 15,14% 8,10%
2,5% 21,49% 11,44%
5,0% 18,18% 15,75%
7,5% 15,50% 12,17%
10,0% 12,80% 6,55%
12,5% 11,98% 2,75%

Conclui-se que os melhores resultados obtidos para a relação entre a massa do TMD e a do edifício
correspondem a 2,5% e 5%. Elegeu-se o valor de 5% como melhor entre os dois pois, apesar de
possuir ligeiramente um menor desempenho para o sismo tipo 1 que o valor de 2,5%, este possui
francamente melhores resultados para o sismo tipo 2 quando comparado com os resultados obtidos
com a massa do TMD a 2,5%.

De notar que o desempenho do TMD aumenta até a sua massa ser 5% da massa da estrutura
principal e de seguida diminui até aos 12,5%.

Curiosamente, a massa do TMD que produz um maior desempenho na estrutura principal é a que
originalmente foi estudada, de 5%. A partir deste ponto, todos os estudos efetuados e resultados
obtidos foram para um TMD que possuísse um valor da massa de 5% da massa da estrutura
principal.

6.2 Solicitação de sismos a edifícios com diversas alturas

Depois de se ter estudado a percentagem de massa do TMD que introduzia um maior efeito na
estrutura principal, ir-se-á estudar agora a altura (o número de pisos) da estrutura principal que irá ter
uma maior eficiência quando acoplada de um piso adicional com as características referidas
anteriormente e com uma massa de 5% da massa da estrutura principal.

Foram estudados 5 tipos de edifícios de alturas variáveis, com 4, 8, 12, 16 e o original de 20 pisos
que possuíssem cada um, um TMD sintonizado para o 1º modo de vibração segundo Y.

70
Analogamente ao que se fez no capítulo 6.1, para além de ser necessário alterar a massa das lajes
do TMD para que estas possuam um valor de 5% da massa do edifício principal, foi também
necessário alterar o módulo de elasticidade das molas para que o TMD possua uma frequência igual
à frequência que o edifício em causa irá possuir. Esta frequência irá obviamente ser diferente de 1Hz
exigido anteriormente, uma vez que se estão a alterar as características estruturais do edifício
principal.

Na tabela 32 encontram-se resumidos os resultados obtidos para as características dos vários


edifícios antes destes serem analisados.

Tabela 32-Caraterísticas calculadas para os vários edifícios

Número de M total M TMD


Frequência ( Hz) E (kPa)
pisos (ton) (ton)
20 1,00 14348,60 717,43 5522,99
16 1,28 11478,88 573,94 7275,79
12 1,75 8609,16 430,46 10103,77
8 2,65 5739,44 286,97 15509,64
4 5,24 2869,72 143,49 30318,00

Com base nestes valores adotados, estudaram-se os 5 edifícios (apenas 4 na realidade uma vez que
o edifício de 20 andares já tinha sido analisado) com os sismos apresentados anteriormente de forma
a posteriormente serem retiradas conclusões.

Nas tabelas 17 e 18 apresentadas anteriormente, encontram-se os resultados obtidos para o edifício


de 20 andares.

71
Nas tabelas 33 e 34 encontram-se apresentados os resultados obtidos para o edifício de 16 pisos.

Tabela 33-Resultados obtidos para o sismo tipo 1 edifício de 16 pisos

Deslocamento Deslocamento
Sismo tipo 1 máximo Sem TMD máximo Com TMD
(m) (m)

1 0,064 0,050
2 0,064 0,058
3 0,067 0,073
4 0,067 0,057
5 0,081 0,070
6 0,091 0,064
7 0,077 0,066
8 0,071 0,048
9 0,064 0,076
10 0,081 0,065
Média 0,073 0,063
Redução 13,80%

Tabela 34-Resultados obtidos para o sismo tipo 2 edifício de 16 pisos

Deslocamento Deslocamento
Sismo tipo 2 máximo Sem TMD máximo Com TMD
(m) (m)

1 0,024 0,029
2 0,039 0,032
3 0,050 0,034
4 0,028 0,028
5 0,043 0,032
6 0,045 0,027
7 0,037 0,037
8 0,036 0,039
9 0,039 0,024
10 0,036 0,033
Média 0,038 0,031
Redução 16,21%

72
Nas tabelas 35 e 36 encontram-se apresentados os resultados obtidos para o edifício de 12 pisos.

Tabela 35-Resultados obtidos para o sismo tipo 1 edifício de 12 pisos

Deslocamento Deslocamento
Sismo tipo 1 máximo Sem TMD máximo Com TMD
(m) (m)

1 0,039 0,036
2 0,054 0,044
3 0,052 0,049
4 0,049 0,037
5 0,066 0,037
6 0,059 0,038
7 0,050 0,045
8 0,043 0,038
9 0,047 0,036
10 0,051 0,046
Média 0,051 0,041
Redução 20,09%

Tabela 36-Resultados obtidos para o sismo tipo 2 edifício de 12 pisos

Deslocamento Deslocamento
Sismo tipo 2 máximo Sem TMD máximo Com TMD
(m) (m)

1 0,019 0,018
2 0,031 0,019
3 0,034 0,020
4 0,020 0,017
5 0,028 0,022
6 0,039 0,022
7 0,029 0,021
8 0,030 0,026
9 0,029 0,015
10 0,023 0,021
Média 0,028 0,020
Redução 29,07%

73
Nas tabelas 37 e 38 encontram-se apresentados os resultados obtidos para o edifício de 8 pisos.

Tabela 37-Resultados obtidos para o sismo tipo 1 edifício de 8 pisos

Deslocamento Deslocamento
Sismo tipo 1 máximo Sem TMD máximo Com TMD
(m) (m)

1 0,027 0,021
2 0,021 0,024
3 0,023 0,018
4 0,025 0,022
5 0,022 0,020
6 0,023 0,021
7 0,028 0,019
8 0,022 0,019
9 0,031 0,023
10 0,035 0,024
Média 0,026 0,021
Redução 18,31%

Tabela 38-Resultados obtidos para o sismo tipo 2 edifício de 8 pisos

Deslocamento Deslocamento
Sismo tipo 2 máximo Sem TMD máximo Com TMD
(m) (m)

1 0,016 0,011
2 0,020 0,012
3 0,016 0,013
4 0,016 0,012
5 0,021 0,015
6 0,017 0,016
7 0,017 0,017
8 0,021 0,018
9 0,025 0,012
10 0,015 0,013
Média 0,018 0,014
Redução 24,39%

74
Nas tabelas 39 e 40 encontram-se apresentados os resultados obtidos para o edifício de 4 pisos.

Tabela 39-Resultados obtidos para o sismo tipo 1 edifício de 4 pisos

Deslocamento Deslocamento
Sismo tipo 1 máximo Sem TMD máximo Com TMD
(m) (m)

1 0,0051 0,0049
2 0,0056 0,0058
3 0,0063 0,0053
4 0,0054 0,0053
5 0,0056 0,0054
6 0,0055 0,0053
7 0,0059 0,0049
8 0,0059 0,0046
9 0,0056 0,0052
10 0,0061 0,0053
Média 0,0057 0,0052
Redução 8,94%

Tabela 40-Resultados obtidos para o sismo tipo 2 edifício de 4 pisos

Deslocamento Deslocamento
Sismo tipo 2 máximo Sem TMD máximo Com TMD
(m) (m)

1 0,0062 0,0054
2 0,0071 0,0066
3 0,0060 0,0044
4 0,0070 0,0046
5 0,0066 0,0049
6 0,0072 0,0068
7 0,0065 0,0048
8 0,0065 0,0056
9 0,0061 0,0059
10 0,0066 0,0049
Média 0,0066 0,0054
Redução 17,92%

75
Na tabela 41 encontram-se resumidos os resultados obtidos para as reduções de deslocamentos dos
edifícios de vários pisos.

Tabela 41-Resultados obtidos resumidos para os vários edifícios

Número de Redução obtida


pisos Sismo tipo 1 Sismo tipo 2
20 18,18% 15,75%
16 13,80% 16,21%
12 20,09% 29,07%
8 18,31% 24,39%
4 8,94% 17,92%

Como se pode constatar, pela interpretação dos dados fornecidos nas tabelas anteriores, o edifício
que possui maior eficiência quando acoplado com um TMD com as características descritas
anteriormente e com uma massa de 5% da massa total da estrutura principal é o edifício de 12
andares.

A conclusão a retirar não é que um edifício igual ao edifício de 12 andares com um piso adicional é
que é mais eficaz mas sim que um edifício com a frequência de vibração do seu primeiro modo igual
à do edifício de 12 pisos é que irá ter melhores resultados quando no seu topo o mesmo possui um
piso adicional que funcione como TMD.

É importante realçar que quanto mais rígido ou quanto maior for a frequência do modo da estrutura
principal para o qual queremos sintonizar o TMD, maior será a diferença entre a primeira e a segunda
frequência do modo do edifício com um tuned mass damper sintonizado.

Como foi referido anteriormente, as estruturas mais rígidas serão mais sensíveis ao sismo próximo
(sismo tipo 2). Isto constata-se pela interpretação da tabela 40, no edifício de 4 andares existe uma
maior redução de deslocamentos para o sismo tipo 2, o que será benéfico.

De forma a justificar as conclusões a que se chegou de uma forma mais clara, foi feita uma análise de
Fourier (Fast Fourier Transformation (FFT)) ao sinal de acelerações provocadas pelo sismo tipo 1
número 5 e outra ao sinal de deslocamentos existentes no topo do edifício quando o mesmo sismo
solicita a estrutura de 12 pisos.

A transformada de Fourier é tipicamente utilizada para decompor qualquer tipo de sinal numa
sobreposição de harmónicas com uma dada frequência e amplitude. O objetivo é concluir quais as
frequências que possuem maior amplitude no sinal que está a ser analisado. A maior ou menor
amplitude obtida para cada frequência é uma forma indireta de se concluir quais as frequências que
possuem maior ou menor energia no sinal em análise. Desta forma é definida uma malha de
frequências que são o número de pontos a considerar para a análise. Este número de pontos não
poderá ser um qualquer mas sim ser igual a uma potência de 2 (2𝑛 ).

76
Com base na solicitação do sismo tipo 1 número 5, que foi o sismo que provocou maiores reduções
de deslocamentos no edifício de 12 andares, foi efetuada uma análise de Fourier para serem
retiradas conclusões relativamente à gama de frequências que iriam possuir maior energia.

Visto possuirmos em colunas no programa excel a distribuição de acelerações provocadas no solo do


sismo em função do instante em que estas ocorrem e que os mesmos se encontram discretizados em
intervalos de tempo com ∆𝑡 = 0,01s e vão de t=0 a t=40,95 segundos (isto com o intuito de
possuirmos o número de instantes igual a 212 = 4096). Assim criou-se uma terceira coluna com os
valores de frequências para os quais se queria tirar as respetivas amplitudes. A variação de valores
1 1
de frequência adotado foi de ∆𝑓 = = . O programa em causa apenas retira valores de
2𝑛 ×∆𝑡 40,96
1
amplitudes para 𝑓 ≤ = 50𝐻𝑧 por isso os resultados superiores a esse valor foram ignorados.
2∆𝑡

A partir do comando Transformada de Fourier (Fast Fourier Transformation, FFT) do programa


colocaram-se como dados de entrada a coluna de acelerações. De seguida numa nova coluna
calculou-se o módulo das respetivas coordenadas obtidas. O resultado obtido é a amplitude/energia
que cada frequência possui no sismo em causa.

No gráfico representado na figura 49 pode ser consultada a distribuição de amplitudes/energia para


cada valor de frequência para a solicitação do sismo tipo 1 número 5.

Análise de Fourier das acelerações


250

200
Amplitude/Energia

150

100

50

0
0 10 20 30 40 50
Frequência (Hz)

Figura 49-Análise de Fourier das acelerações (FFT)

77
No gráfico da figura 50, encontra-se representada uma ampliação do gráfico anterior entre os valores
de frequências de 0 a 10 Hz.

Análise de Fourier das acelerações


250

200
Amplitude/Energia

150

100

50

0
0 2 4 6 8 10
Frequência (Hz)

Figura 50-Análise de Fourier das acelerações ampliada (FFT)

Como se pode constatar a gama de frequências que possuem maior energia neste tipo de solicitação
são as frequências que se encontram entre 1,5 Hz e 2,5 Hz.

A frequência de 1,75 Hz que é a frequência do primeiro modo do edifício de 12 andares encontra-se


dentro do intervalo de frequências com maior energia pela interpretação do gráfico anterior. Daí o
edifício de 12 andares ter sido mais eficaz entre os 5 tipos de edifícios que foram estudados
(4,8,12,16,20 pisos), pois foi para essa mesma frequência que o seu TMD foi sintonizado.

Paralelamente à análise de Fourier efetuada para as acelerações foi feito o mesmo para o sinal de
deslocamentos que o mesmo sismo (tipo 1 número 5) provoca no topo do edifício principal de 12
pisos.

Correu-se o respetivo sismo para o edifício de 12 andares no programa SAP 2000 e retiraram-se os
deslocamentos de um dos 4 nós do topo da estrutura principal. Os respetivos deslocamentos foram
discretizados da mesma forma que anteriormente as acelerações foram.

78
Correu-se o comando Análise de Fourier (FFT) e retiraram-se os resultados que podem ser
consultados nos gráficos representados nas figuras 51 e 52.

Análise de Fourier de Deslocamentos


14
12
Amplitude/Energia

10
8
6
4
2
0
0 2 4 6 8 10
Frequência Hz

Figura 51-Análise de Fourier dos deslocamentos (FFT)

Análise de Fourier de Deslocamentos


14
12
Amplitude/Energia

10
8
6
4
2
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
Frequência Hz

Figura 52-Análise de Fourier dos deslocamentos ampliada (FFT)

Neste caso obtiveram-se claramente dois picos de energia, um nas frequências da ordem dos 1,5 Hz
e outro pico ainda que menos pronunciado nas frequências da ordem dos 2 Hz. Irá ser nessas gamas
de frequências que os deslocamentos irão possuir maior amplitude/energia. O edifício sozinho possui
uma frequência de 1,75 Hz. E com o TMD sintonizado a primeira frequência é de 1,48 Hz e a
segunda 2,04 Hz que correspondem aos picos referidos anteriormente. Neste caso conclui-se que o
primeiro modo do edifício com TMD foi mais solicitado do que o segundo modo.

79
6.3 Dimensionamento do Piso adicional do edifício de 12 pisos

Uma vez que foi o edifício constituído por 12 andares que nos ofereceu um melhor comportamento
quando amortecido por um piso adicional que funcione como um TMD com as características
descritas anteriormente, deciciu-se dimensionar com relativo pormenor, o piso adicional com as
características deste caso.

6.3.1 Controlo de deslocamentos do Piso adicional

Como foi referido no capítulo 2, quando um TMD é sintonizado para controlar os deslocamentos
provocados quando um determinado modo de vibração é excitado, os deslocamentos da estrutura
principal são reduzidos, mas os deslocamentos do TMD tendem a disparar. Assim torna-se
necessário controlar as vibrações do mesmo pela adoção de amortecedores.

A equação diferencial de equilíbrio de uma estrutura sujeita a um movimento harmónico sem qualquer
tipo de solicitação externa encontra-se descrita na expressão (71).

𝑚𝑥̈ + 𝑐𝑥̇ + 𝑘𝑥 = 0 (71)

Dividindo tudo pela massa obtém-se a expressão (72).

𝑐
𝑥̈ + 𝑥̇ + 𝑝2 𝑥 = 0 (72)
𝑚

Fez-se uma ligeira alteração da equação (72) para a expressão apresentada em (73).

𝑥̈ + 𝑎𝑥̇ + 𝑏𝑥 = 0 (73)

Em que:
𝑐
𝑎= ;
𝑚

𝑏 = 𝑝2 ;

80
As soluções existentes para a equação diferencial apresentada em (73) podem ser de três tipos:

- Se 𝑎2 > 4𝑏 obtêm-se duas raízes reais com a configuração apresentada na expressão (74).

𝑞(𝑡) = 𝐶1 𝑒 𝜆1𝑡 + 𝐶2 𝑒 𝜆2𝑡 (74)

Em que 𝐶1 e 𝐶2 , 𝜆1 e 𝜆2 são constantes provenientes da forma canónica da equação diferencial.

- Se 𝑎2 = 4𝑏, limite a partir do qual existe movimento oscilatório, obtém-se uma raiz real dupla com a
seguinte configuração:

𝑎𝑡
𝑞(𝑡) = (𝐶1 + 𝐶2 𝑡)𝑒 − 2 (75)

- Se 𝑎2 < 4𝑏, obtêm-se duas raízes imaginárias com a seguinte configuração:

𝑎𝑥
𝑞(𝑡) = (𝐶1 𝑐𝑜𝑠(𝑝𝑑 𝑡) + 𝐶2 𝑠𝑒𝑛(𝑝𝑑 𝑡))𝑒 − 2 (76)

Em que 𝑝𝑑 representa a frequência angular amortecida da estrutura dada por:

𝑝𝑑 = 𝑝√1 − 𝜉 2 ~ 𝑝 (77)

Como foi referido anteriormente, o limite para existir movimento oscilatório é quando:

𝑐2
𝑎2 = 4𝑏 ⇔ = 4𝑝2 ⇔ 𝑐 = 2𝑚𝑝 = 𝑐𝑐 (78)
𝑚2

Assim, para se verificar a existência de um movimento oscilatório tem que:

𝑐
𝑐 < 2𝑚𝑝 = 𝑐𝑐 ⇒ <1 (79)
𝑐𝑐

81
A relação entre o amortecimento e o amortecimento crítico é chamada de coeficiente de
amortecimento ξ que já foi enunciado no capítulo 5.1.

Um valor típico para o coeficiente de amortecimento do amortecedor de um TMD análogo ao que está
sendo objeto de estudo é 20% ou seja:

𝑐
= 0,2 ⇔ 𝑐 = 0,2𝑐𝑐 = 2 × 0,2 × 𝑀𝑇𝑀𝐷 × 𝑝𝑇𝑀𝐷 (80)
𝑐𝑐

Sabe-se, pelos dados apresentados na tabela 32, que:

𝑀𝑇𝑀𝐷 = 430,46 𝑡𝑜𝑛;

𝑝𝑇𝑀𝐷 = 1,746 𝐻𝑧 (utilizando 3 casas decimais).

Então:

𝑐 = 0,4 × 430,46 × 2𝜋 × 1,746 = 1888,93 𝑘𝑁𝑠𝑚−1 (81)

Deste modo, considerou-se o modelo do edifício de 12 andares com TMD, e aplicou-se no nó central
da figura 53 que representa o plano intermédio dos apoios do TMD, um amortecedor em cada
direção.

Figura 53-Modelo do amortecedor adotado para o SAP 2000

No plano intermédio dos apoios do TMD (ou seja entre o plano inferior da laje inferior do piso
adicional e o plano superior da laje do último piso da estrutura principal), nos nós iniciais e terminais

82
de ambos os amortecedores criaram-se duas barras verticais e rígidas a partir de onde se iria criar
cada elemento representativo de cada amortecedor, isto encontra-se ilustrado na figura 54, a azul as
vigas e pilares tanto do TMD como do edifício principal, a vermelho as referidas barras rígidas e a
preto, o amortecedor.

Figura 54-Modelo do amortecedor ampliado

No programa SAP 2000, quando se pretende criar um amortecedor seguindo esta ordem de ideias
ele é criado acoplado por defeito, de uma mola em série. Assim, para que não existisse qualquer tipo
de deformação na mesma evitando-se assim a alteração dos resultados atribuiu-se um valor de 106 a
esse termo de rigidez. Considerou-se um dissipador linear com a velocidade.

Figura 55-Caraterísticas adotadas para os amortecedores

83
Efetuou-se o procedimento referido para ambos os amortecedores modelados e escolheu-se um
sismo dos 20 disponíveis, o sismo tipo 1 número 5. Este sismo foi escolhido por ser o caso em que o
TMD reduzia mais os deslocamentos do edifício de 12 andares como já foi referido. Retiraram-se os
resultados relativamente aos deslocamentos do nó 5. Sendo este nó o nó imediatamente abaixo da
base de um dos apoios do TMD e já pertencente à estrutura principal. Retiraram-se resultados
relativamente aos deslocamentos do nó 2, sendo este o nó existente na vertical do nó 5,
imediatamente acima da parte superior do apoio do TMD e já pertencente à laje inferior do mesmo.

Na tabela 42 encontram-se os resultados referidos.

Tabela 42-Resultados obtidos para os deslocamentos do piso adicional

Sem Com
amortecimento amortecimento

Deslocamento
0,126 0,088
do TMD nó 2 (m)

Deslocamento
do edifício nó 5 0,037 0,039
(m)
Variação de
deslocamento 0,089 0,049
(m)

Ou seja, com a utilização de amortecimento no TMD a variação de deslocamentos nos apoios reduz-
se sensivelmente para metade da existente sem amortecimento, o valor de 0,049 metros é um bom
valor visto representar cerca de 16% da altura inicial dos apoios (0,3 metros), e assim provocar uma
distorção nos apoios do piso adicional satisfatória.

6.3.2 Dimensionamento do piso adicional e respetivos apoios

Apesar de se ter sempre considerado que a geometria da área das lajes do TMD numa primeira
instância seria igual à geometria da área do edifício em planta, na realidade isto não se irá concretizar
uma vez que temos uma determinada massa a impor por laje com um determinado peso volúmico e
com um determinado pé-direito (ver tabela 32).

𝛾 430,46 3,91
𝑀= ×𝐴×ℎ⇔ = × 𝐴 × 3 ⇔ 𝐴 = 180 𝑚2 (82)
𝑔 2 9,81

Iterativamente chegaram-se às dimensões finais da laje em planta, sendo elas de 11 × 16,5 m2.

84
Como já foi referido anteriormente, os aparelhos de apoio irão ser produzidos em neoprene. Este tipo
de elastómero para além de se deformar por distorção para cargas horizontais, quando carregada
verticalmente, possui uma deformação sem variação de volume, apenas com variação de área da
forma ilustrada na figura 56 (de A para B). Este é o tipo de deformação mais condicionante nas
borrachas. De notar que este tipo de deformação não é por efeito de poisson.

Figura 56-Deformação das borrachas

Figura 57-Impedimento da deformação das borrachas

Para uma estrutura análoga à estrutura em estudo, este tipo de deformação não poderá existir pois
irá provocar instabilidade no piso adicional. O ideal seria impedirmos os apoios de terem a deformada
anterior, como se encontra ilustrado em C (figura 57).

Como este tipo de apoio é difícil de materializar com as condições que possuímos, opta-se por
colocar várias camadas muito pouco espessas apoiadas sucessivamente umas nas outras até se
obter a altura de apoios desejada D (figura 58).

85
Deste modo, as camadas quando carregadas na vertical ir-se-ão deformar da maneira ilustrada em E
(figura 59).

Figura 58-Camadas de borrachas

Figura 59-Deformação do apoio final considerado para sustentar o piso adicional

Relativamente às dimensões dos aparelhos de apoio, em vez da hipótese pouco realista de 4 apoios
quadrangulares em cada vértice da planta do TMD, optou-se por colocar aparelhos de apoio
cilíndricos, todos iguais, um em cada intersecção de vigas da malha do TMD o que, com a área a que
se chegou no cálculo anterior, dá um total de 9 aparelhos de apoio.

Sabendo que o módulo de distorção do material mais comum que compõe os aparelhos de apoio do
piso adicional varia entre 0,4 Mpa a 1,4 Mpa impôs-se um módulo de distorção intermédio G=1MPa.
Uma vez que a frequência própria do TMD tem de igualar a frequência própria do primeiro modo do
edifício sem TMD (f=1,75Hz), possuímos todas as condições para iterativamente serem
dimensionados os aparelhos de apoio do TMD.

1 𝐾𝑇𝑀𝐷 𝑘𝑁
𝑓= √ ⇔ 𝐾𝑇𝑀𝐷 = (1,75 × 2𝜋)2 × 430,46 = 52043,76 (83)
2𝜋 𝑀𝑇𝑀𝐷 𝑚

9𝐺𝐴 9 × 1000𝐴 𝐴
𝐾𝑇𝑀𝐷 = ⇔ 52043,76 = ⇔ = 5,78 𝑚2 /𝑚 (84)
ℎ ℎ ℎ

86
Retiraram-se as seguintes dimensões (apresentadas na tabela 43) que respeitassem a imposição a
que se chegou.

Tabela 43-Resultados obtidos para as dimensões dos apoios do piso adicional

A/h
D (mm) A (m2) h (mm)
(m2/m)
800 0,50 86,90 5,78
900 0,64 110,00 5,78
1000 0,79 136,00 5,77

Assim optou-se por adotar um diâmetro de 900 mm para os aparelhos de apoio e uma altura de 110
mm.

Foram também pré-dimensionadas as dimensões das vigas e da laje que constituem a estrutura do
piso adicional.

Chegaram-se aos valores de 0,5 metros de altura por 0,3 metros de largura para as vigas, e uma
espessura de 0,20 metros para a laje.

Nas figuras 60 e 61 podem ser consultados uma planta do piso adicional e um corte, ambas cotadas.

87
88
Figura 60-Planta do piso adicional

89
90
Figura 61-Corte A-A' da estrutura do piso adicional

91
92
7. Conclusões e Desenvolvimentos futuros

Quando num edifício é necessário efetuar um reforço sísmico, uma forma inovadora e pouco usual de
o executar é acrescer-lhe um piso adicional que tenha como principal função a de funcionar como
tunned mass damper.

Assim, um piso adicional é um TMD constituído por:

 Duas lajes espaçadas de um determinado pé direito no qual irá estar concentrada a maior
parte da massa do mesmo. Toda a restante será materializada à custa de equipamentos que
funcionarão como massas adicionais;
 Um número de apoios que funcionarão como molas elásticas deformando-se por distorção
para solicitações horizontais e que o sustentarão.
 Amortecedores localizados na base do piso e que possuem o objetivo de controlarem os
deslocamentos do TMD.

Quando o TMD se encontra sintonizado com a estrutura e um sismo a solicita, o aparelho irá produzir
forças de inércia proporcionais à massa do TMD e de sentido contrário ao movimento do edifício. O
resultado será uma diminuição dos deslocamentos da estrutura principal.

O dimensionamento do TMD passa por determinar a massa e a rigidez do TMD necessárias para
igualar a frequência de um determinado modo de vibração da estrutura principal. Quando isto se
concretiza, o TMD encontra-se sintonizado. De salientar que um TMD apenas poderá estar
sintonizado para controlar os deslocamentos de um determinado modo de vibração do edifício. Para
mais modos de vibração serem controlados será necessário proceder-se ao dimensionamento de
mais TMD’s sintonizados cada um para um determinado modo de vibração da estrutura principal.

No sentido de se compreender melhor este fenómeno, estudou-se um edifício de 60 metros (20


pisos), porticado, com dimensões retangulares em planta de 20 por 30 metros, e constantes em
altura. O objetivo foi avaliar a vantagem em se acrescentar no topo do edifício, um piso adicional que
funcionasse como TMD, sintonizado para o primeiro modo de vibração do edifício numa das direções.

Deste modo, modelou-se a estrutura de duas formas. O primeiro modelo foi partindo da teoria de
osciladores lineares contínuos por corte. O segundo modelo foi um modelo em elementos finitos
criado no programa SAP 2000.

Impôs-se que a frequência do seu primeiro modo de vibração fosse igual a 1 Hz. De seguida,
modelou-se o mesmo edifício mas adicionado de um tunned mass damper no seu topo sintonizado
para primeiro modo de vibração da estrutura principal.

Tendo os dois modelos sido criados, ambos foram solicitados por uma vibração de base muito
teórica, igual para os dois e com carater harmónico, com uma frequência muito parecida à frequência
do modo para o qual o TMD foi sintonizado. Isto foi feito com o objetivo de otimizar ao máximo o
desempenho do TMD. Os resultados obtidos foram, como era de esperar, bastante satisfatórios e
muito parecidos para ambos os modelos sendo que o fato de se possuir um TMD no topo do edifício

93
com as caraterísticas descritas permite uma redução de cerca de 60% dos deslocamentos que se
obtêm se não se possuir o TMD no topo da estrutura.

É de salientar que o valor obtido é pouco real visto a solicitação de base provocada na estrutura em
estudo ser uma solicitação bastante teórica.

De seguida, utilizando apenas o modelo criado em elementos finitos, foi estudado o comportamento
dos edifícios com e sem TMD quando solicitados por um determinado número de diferentes sismos.
Obviamente que a eficiência do TMD no edifício foi menor. Correram-se 10 sismos do tipo 1 e outros
10 do tipo 2 em ambas as estruturas (com e sem TMD) e calculou-se a redução nos deslocamentos
que o TMD impunha no edifício principal. Concluiu-se que o efeito do TMD provocava uma redução
de deslocamentos de cerca de 18% para os sismos tipo 1 e 16% para sismos tipo 2. Constata-se
novamente que, apesar do efeito do TMD no edifício ainda ser significativo, é no entanto menor que o
efeito obtido pela vibração de base de carater harmónico como já era de esperar.

De seguida, foi feita uma análise à resposta da estrutura com TMD variando a massa do mesmo. O
objetivo foi concluir qual a relação entre a massa do amortecedor de massa sintonizada e a do
edifício que proporcionaria um melhor desempenho ao TMD relativamente ao controle de
deslocamentos quando a estrutura é solicitada por um sismo. Correram-se os 20 sismos que foram
utilizados anteriormente para as estruturas com e sem TMD para os casos em que a massa do
tunned mass damper representava 1%, 2,5%, 5%, 7,5%, 10% e 12,5% da massa da estrutura
principal. Todos os casos referidos foram executados estando o TMD sintonizado para atuar no
primeiro modo de vibração da estrutura principal em questão. Concluiu-se então que a relação entre
as massas de ambas as estruturas (edifício e TMD) que conferia ao TMD o melhor desempenho seria
quando a massa do TMD representasse cerca de 5% da massa da estrutura principal.

Posteriormente, foi efetuada uma análise à altura do edifício. O objetivo foi concluir qual o tipo de
edifício acoplado de um piso adicional com o qual se iriam obter os melhores resultados possíveis no
que toca ao comportamento sísmico. Deste modo, foram estudados edifícios com as mesmas
características do edifício de 60 metros em termos de elementos estruturais mas com alturas
diferentes. Para além do edifício de 20 pisos, foram estudados também edifícios de 16, 12, 8, e 4
pisos. Todos os edifícios possuíam os respetivos TMD’s sintonizados para o primeiro modo de
vibração e cuja massa representava 5% da massa do edifício em causa. Correram-se os 20 sismos
para cada caso concluindo-se posteriormente que um edifício com uma frequência do primeiro modo
igual à frequência do primeiro modo do edifício de 12 pisos seria o tipo de edifício que iria possuir um
melhor desempenho sísmico quando o mesmo possuísse um piso adicional com as caraterísticas
descritas. Nestas circunstâncias, o efeito que o piso adicional impõe no edifício em causa é uma
redução das suas vibrações de cerca de 20 a 30%, dependendo do sismo.

Paralelamente ao estudo anterior foi feita uma análise de Fourier às acelerações do sismo tipo 1
número 5. Chegou-se à conclusão que as frequências que possuíam maior energia neste sismo e nos
sismos tipo 1 em geral eram as frequências que se encontram compreendidas entre 1,5 Hz e 2,5 Hz.

94
É por essa razão que o edifício de 12 andares (sem TMD), que possui uma frequência do primeiro
modo de cerca de 1,75 Hz, teve o melhor desempenho entre todos os edifícios analisados. É nessa
gama de frequências que existe maior excitação por parte dos sismos em causa e como existe uma
maior excitação nessa frequência, mais eficiente irá ser o seu piso adicional no controlo de
deslocamentos do edifício em causa uma vez que se encontra sintonizado para atuar nessa mesma
frequência.

Considerando o edifício de 12 pisos e no seu respetivo TMD dimensionou-se, com relativo detalhe, o
seu piso adicional quando a estrutura é solicitada pelo sismo tipo 1 número 5. Na figura 62 encontra-
se ilustrada a planta do piso adicional (cujas dimensões obtidas foram de 11 por 16,5 metros)
comparada com a planta do edifício corrente.

Optou-se por apoiar o piso adicional em 9 apoios neoprene circulares com 900mm de diâmetro e
110mm de altura situados nas interseções entre vigas e pilares como se encontra ilustrado na figura
62.

Figura 62-Planta do piso adicional

Calculou-se o amortecimento necessário para serem obtidos valores de deformações horizontais


aceitáveis para o sismo em causa.

É de realçar que todo o estudo efetuado a partir do capítulo 5.2 poderá ser realizado não só para
edifícios tipo pórtico como também para edifícios em betão armado com outra classificação estrutural
para ações sísmicas horizontais e para edifícios construídos noutro tipo de material. Ou seja, em
qualquer tipo de edifício poder-se-á aplicar um piso adicional que funcione como TMD de forma a
efetuar um reforço sísmico do mesmo.

95
7.1 Desenvolvimentos futuros

Quando um edifício necessita de um reforço sísmico é aconselhável a análise da possibilidade da


aplicação de um piso adicional que funcione como TMD como foi estudado nesta dissertação. Assim
sugerem-se os seguintes desenvolvimentos futuros:

I) Efetuar uma modelação aproximada do edifício em causa, podendo o mesmo ser estruturalmente
classificado de uma forma diferente da estudada nesta dissertação, ou ser constituído por outro
tipo de material (aço ou madeira);
II) Efetuar uma análise não linear da estrutura em causa com tuned mass damper no seu topo, e
avaliar se a adoção do TMD é viável ou não;
III) Analisar a eventualidade em se poder adotar não apenas um mas vários TMD’s. Os outros não
com as caraterísticas de pisos adicionais mas que sejam dispositivos que possam ser
sintonizados para efetuarem o controlo de vibração de outros modos do edifício em causa.

96
Referências

Antunes, G. (2006). Aplicação de “TUNED MASS DAMPERS” (TMD) no controlo de vibrações em


pontes pedonais. (Trabalho final de Curso) Instituto Superior Técnico.

Azevedo, J & Proença, J. (1991). Dinâmica de Estruturas.

EN 1998-1 (2010). Eurocódigo 8- Projecto de Estruturas para resistência aos sismos – Parte
1:Regras gerais, acções sísmicas, e regras para edifícios.

Guerreiro, L. (1999). Osciladores lineares contínuos. Apontamentos da Disciplina de Dinâmica e


Engenharia Sísmica.

Internet:

http://www.civil.ist.utl.pt/~luisg/

http://famouswonders.com/akashi-kaikyo-suspension-bridge/

http://www.eikongraphia.com/images/Copyright%20Burj%20Al%20Arab%20(2)%20S.jpg

http://timbarron.net/photography/ireland-county_dublin-dublin-oconnell_street-spire_of_dublin_2.jpg

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/72/TMD%28small%29.jpg?uselang=pt

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c9/Taipei101.portrait.altonthompson.jpg

http://damien.douxchamps.net/media/photo/_d2h4921/

97
98
Anexos

99
100
Anexo 1 – Modos de vibração das camadas de solo

Tabela 44-Modos de deformação das camadas de solo

Deformação
Altura (m) Modo1 Modo2 Modo3
0,0 0,00 0,00 0,00
0,5 0,02 0,06 0,10
1,0 0,04 0,11 0,19
1,5 0,06 0,17 0,28
2,0 0,08 0,23 0,37
2,5 0,10 0,28 0,46
3,0 0,12 0,34 0,54
3,5 0,14 0,39 0,62
4,0 0,16 0,44 0,69
4,5 0,18 0,49 0,76
5,0 0,21 0,54 0,82
5,5 0,23 0,59 0,87
6,0 0,25 0,63 0,91
6,5 0,27 0,68 0,95
7,0 0,29 0,72 0,97
7,5 0,30 0,76 0,99
8,0 0,32 0,79 1,00
8,5 0,34 0,83 1,00
9,0 0,36 0,86 0,99
9,5 0,38 0,89 0,97
10,0 0,40 0,91 0,94
10,5 0,42 0,93 0,91
11,0 0,44 0,95 0,86
11,5 0,46 0,97 0,81
12,0 0,48 0,98 0,75
12,5 0,49 0,99 0,69
13,0 0,51 1,00 0,61
13,5 0,53 1,00 0,53
14,0 0,55 1,00 0,45
14,5 0,56 1,00 0,36
15,0 0,58 0,99 0,27
15,5 0,61 0,97 0,12
16,0 0,64 0,95 -0,04
16,5 0,66 0,92 -0,19
17,0 0,69 0,89 -0,35
17,5 0,72 0,86 -0,49
18,0 0,74 0,81 -0,63
18,5 0,77 0,77 -0,76
19,0 0,79 0,72 -0,88
19,5 0,81 0,66 -0,99
20,0 0,84 0,61 -1,08
20,5 0,86 0,54 -1,15
21,0 0,88 0,48 -1,21
21,5 0,90 0,41 -1,25
22,0 0,92 0,34 -1,27
22,5 0,94 0,27 -1,27
23,0 0,96 0,20 -1,25
23,5 0,98 0,13 -1,21
24,0 1,00 0,05 -1,16
24,5 1,02 -0,02 -1,08
25,0 1,03 -0,09 -0,99
25,5 1,05 -0,17 -0,89
26,0 1,07 -0,24 -0,77
26,5 1,08 -0,31 -0,64
27,0 1,09 -0,38 -0,50
27,5 1,11 -0,45 -0,35
28,0 1,12 -0,51 -0,20
28,5 1,13 -0,58 -0,04
29,0 1,14 -0,64 0,12
29,5 1,15 -0,69 0,27
30,0 1,16 -0,74 0,42
30,5 1,17 -0,79 0,57
31,0 1,17 -0,84 0,70
31,5 1,18 -0,88 0,83
32,0 1,19 -0,91 0,94
32,5 1,19 -0,94 1,04
33,0 1,19 -0,96 1,12
33,5 1,20 -0,98 1,19
34,0 1,20 -1,00 1,23
34,5 1,20 -1,00 1,26
35,0 1,20 -1,01 1,27

101
Modo 1
35

30

25

Altura (m)
20

15

10

0
0 0,5 1 1,5
Deformação

Figura 63-Primeiro modo de vibração das camadas de solo (f=1,03 Hz; p=6,46 rad/s)

Modo 2
35

30

25

20
Altura (m)

15

10

0
-1 0
Deformação 1

Figura 64-Segundo modo de vibração das camadas de solo (f=2,85 Hz; p=17,91 rad/s)

Modo 3
35
30
25
Altura (m)

20
15
10
5
0
-2 -1 0 1 2
Deformação

Figura 65-Terceiro modo de vibração das camadas de solo (f=4,76 Hz; p=29,88 rad/s)

102
Anexo 2 – Modos de vibração do edifício sem TMD

Tabela 45-Modos de vibração do edifício sem TMD

Deformação
Altura (m) Modo 1 Modo 2 Modo 3 Modo 4
0 0,00 0,00 0,00 0,00
0,5 0,01 0,04 0,07 0,09
1 0,03 0,08 0,13 0,18
2 0,05 0,16 0,26 0,36
3 0,08 0,23 0,38 0,52
4 0,10 0,31 0,50 0,67
5 0,13 0,38 0,61 0,79
6 0,16 0,45 0,71 0,89
7 0,18 0,52 0,79 0,96
8 0,21 0,59 0,87 0,99
9 0,23 0,65 0,92 1,00
10 0,26 0,71 0,97 0,97
11 0,28 0,76 0,99 0,90
12 0,31 0,81 1,00 0,81
13 0,33 0,85 0,99 0,69
14 0,36 0,89 0,97 0,54
15 0,38 0,92 0,92 0,38
16 0,41 0,95 0,87 0,21
17 0,43 0,97 0,79 0,03
18 0,45 0,99 0,71 -0,16
19 0,48 1,00 0,61 -0,33
20 0,50 1,00 0,50 -0,50
21 0,52 1,00 0,38 -0,65
22 0,54 0,99 0,26 -0,78
23 0,57 0,97 0,13 -0,88
24 0,59 0,95 0,00 -0,95
25 0,61 0,92 -0,13 -0,99
26 0,63 0,89 -0,26 -1,00
27 0,65 0,85 -0,38 -0,97
28 0,67 0,81 -0,50 -0,91
29 0,69 0,76 -0,61 -0,82
30 0,71 0,71 -0,71 -0,71
31 0,73 0,65 -0,79 -0,57
32 0,74 0,59 -0,87 -0,41
33 0,76 0,52 -0,92 -0,23
34 0,78 0,45 -0,97 -0,05
35 0,79 0,38 -0,99 0,13
36 0,81 0,31 -1,00 0,31
37 0,82 0,23 -0,99 0,48
38 0,84 0,16 -0,97 0,63
39 0,85 0,08 -0,92 0,76
40 0,87 0,00 -0,87 0,87
41 0,88 -0,08 -0,79 0,94
42 0,89 -0,16 -0,71 0,99
43 0,90 -0,23 -0,61 1,00
44 0,91 -0,31 -0,50 0,98
45 0,92 -0,38 -0,38 0,92
46 0,93 -0,45 -0,26 0,84
47 0,94 -0,52 -0,13 0,73
48 0,95 -0,59 0,00 0,59
49 0,96 -0,65 0,13 0,43
50 0,97 -0,71 0,26 0,26
51 0,97 -0,76 0,38 0,08
52 0,98 -0,81 0,50 -0,10
53 0,98 -0,85 0,61 -0,28
54 0,99 -0,89 0,71 -0,45
55 0,99 -0,92 0,79 -0,61
56 0,99 -0,95 0,87 -0,74
57 1,00 -0,97 0,92 -0,85
58 1,00 -0,99 0,97 -0,93
59 1,00 -1,00 0,99 -0,98
60 1,00 -1,00 1,00 -1,00

103
Modo 1
70
60
50

Altura (m)
40
30
20
10
0
0 0,5 1 1,5
Deformação

Figura 66-Primeiro modo de vibração do edifício sem TMD (f=1,00 Hz; p=6,28 rad/s)

Modo 2
70
60
50
Altura (m)

40
30
20
10
0
-2 -1 0 1 2
Deformação

Figura 67-Segundo modo de vibração do edifício sem TMD (f=3,00 Hz; p=18,85 rad/s)

Modo 3
70
60
50
Altura (m)

40
30
20
10
0
-2 -1 0 1 2
Deformação

Figura 68-Terceiro modo de vibração do edifício sem TMD (f=5,00 Hz; p=31,42 rad/s)

104
Modo 4
70
60
50

Altura (m)
40
30
20
10
0
-2 -1 0 1 2
Deformação

Figura 69-Quarto modo de vibração do edifício sem TMD (f=7,00 Hz; p=43,98 rad/s)

105
106
Anexo 3 – Modos de vibração do edifício com TMD

Tabela 46-Modos de vibração do edifício com TMD

Deformação
Altura (m) Modo 1 Modo 2 Modo 3 Modo 4
0 0,00 0,00 0,00 0,00
1 0,02 0,03 0,08 0,13
2 0,04 0,06 0,16 0,26
3 0,07 0,09 0,23 0,38
4 0,09 0,12 0,31 0,50
5 0,11 0,15 0,38 0,61
6 0,13 0,18 0,46 0,71
7 0,16 0,21 0,53 0,79
8 0,18 0,24 0,59 0,87
9 0,20 0,27 0,65 0,92
10 0,22 0,30 0,71 0,97
11 0,24 0,33 0,76 0,99
12 0,26 0,36 0,81 1,00
13 0,29 0,39 0,86 0,99
14 0,31 0,41 0,89 0,96
15 0,33 0,44 0,93 0,92
16 0,35 0,47 0,95 0,86
17 0,37 0,49 0,97 0,79
18 0,39 0,52 0,99 0,70
19 0,41 0,55 1,00 0,60
20 0,43 0,57 1,00 0,50
21 0,45 0,60 1,00 0,38
22 0,47 0,62 0,99 0,25
23 0,49 0,64 0,97 0,12
24 0,51 0,67 0,95 -0,01
25 0,53 0,69 0,92 -0,14
26 0,55 0,71 0,89 -0,27
27 0,57 0,73 0,85 -0,39
28 0,58 0,75 0,80 -0,51
29 0,60 0,77 0,75 -0,61
30 0,62 0,79 0,70 -0,71
31 0,64 0,81 0,64 -0,80
32 0,65 0,83 0,58 -0,87
33 0,67 0,84 0,51 -0,93
34 0,69 0,86 0,44 -0,97
35 0,70 0,87 0,37 -0,99
36 0,72 0,89 0,29 -1,00
37 0,73 0,90 0,22 -0,99
38 0,75 0,92 0,14 -0,96
39 0,76 0,93 0,06 -0,92
40 0,78 0,94 -0,02 -0,86
41 0,79 0,95 -0,10 -0,79
42 0,80 0,96 -0,18 -0,70
43 0,82 0,97 -0,25 -0,60
44 0,83 0,97 -0,33 -0,49
45 0,84 0,98 -0,40 -0,37
46 0,85 0,99 -0,47 -0,25
47 0,87 0,99 -0,54 -0,12
48 0,88 0,99 -0,61 0,01
49 0,89 1,00 -0,67 0,14
50 0,90 1,00 -0,72 0,27
51 0,91 1,00 -0,78 0,40
52 0,92 1,00 -0,82 0,51
53 0,92 1,00 -0,87 0,62
54 0,93 1,00 -0,90 0,72
55 0,94 0,99 -0,93 0,80
56 0,95 0,99 -0,96 0,87
57 0,95 0,99 -0,98 0,93
58 0,96 0,98 -0,99 0,97
59 0,97 0,97 -1,00 0,99
60 0,97 0,97 -1,00 1,00
60,1 1,82 -0,27 -0,63 0,66
60,2 2,66 -1,52 -0,25 0,31
60,3 3,50 -2,76 0,12 -0,04
61 3,50 -2,76 0,12 -0,04
61,5 3,50 -2,76 0,12 -0,04
62 3,50 -2,76 0,12 -0,04
62,5 3,50 -2,76 0,12 -0,04
63 3,50 -2,76 0,12 -0,04
63,3 3,50 -2,76 0,12 -0,04

107
Modo 1
70
60
50

Altura (m)
40
30
20
10
0
0 1 2 3 4
Deformação

Figura 70-Primeiro modo de vibração do edifício com TMD (f=0,85 Hz; p=5,34 rad/s)

Modo 2
70
60
50
Altura (m)

40
30
20
10
0
-4 -2 0 2
Deformação

Figura 71-Segundo modo de vibração do edifício com TMD (f=1,16 Hz; p=7,30 rad/s)

Modo 3
70
60
50
Altura (m)

40
30
20
10
0
-2 -1 0 1 2
Deformação

Figura 72-Terceiro modo de vibração do edifício com TMD (f=3,02 Hz; p=18,97 rad/s)

108
Modo 4
70
60
50

Altura (m)
40
30
20
10
0
-2 -1 0 1 2
Deformação

Figura 73-Quarto modo de vibração do edifício com TMD (f=5,01 Hz; p=31,48 rad/s)

109
110
Anexo 4 - Cálculo dos fatores de participação do edifício sem TMD

Tabela 47-Cálculo do fator de participação e massa modal do primeiro modo de vibração do edifício sem TMD

Altura (m) Deformada m (ton/m) m*u*u (ton/m) Área (ton) m*u (ton/m) Área (ton)
0 0,00 239,14 0,00 0,01 0,00 0,78
0,5 0,01 239,14 0,04 0,05 3,13 2,35
1 0,03 239,14 0,16 0,41 6,26 9,39
2 0,05 239,14 0,66 1,06 12,52 15,64
3 0,08 239,14 1,47 2,04 18,76 21,88
4 0,10 239,14 2,61 3,34 25,00 28,11
5 0,13 239,14 4,07 4,96 31,21 34,31
6 0,16 239,14 5,85 6,90 37,41 40,49
7 0,18 239,14 7,94 9,14 43,58 46,65
8 0,21 239,14 10,34 11,68 49,72 52,77
9 0,23 239,14 13,03 14,53 55,83 58,86
10 0,26 239,14 16,02 17,65 61,89 64,91
11 0,28 239,14 19,29 21,06 67,92 70,91
12 0,31 239,14 22,84 24,74 73,90 76,86
13 0,33 239,14 26,65 28,68 79,83 82,76
14 0,36 239,14 30,71 32,87 85,70 88,61
15 0,38 239,14 35,02 37,29 91,51 94,39
16 0,41 239,14 39,56 41,94 97,27 100,11
17 0,43 239,14 44,32 46,81 102,95 105,76
18 0,45 239,14 49,29 51,87 108,57 111,34
19 0,48 239,14 54,45 57,12 114,11 116,84
20 0,50 239,14 59,79 62,54 119,57 122,26
21 0,52 239,14 65,29 68,11 124,95 127,60
22 0,54 239,14 70,94 73,83 130,24 132,85
23 0,57 239,14 76,72 79,67 135,45 138,01
24 0,59 239,14 82,62 85,62 140,56 143,07
25 0,61 239,14 88,62 91,67 145,58 148,04
26 0,63 239,14 94,71 97,79 150,50 152,90
27 0,65 239,14 100,87 103,97 155,31 157,66
28 0,67 239,14 107,07 110,19 160,02 162,31
29 0,69 239,14 113,31 116,44 164,61 166,86
30 0,71 239,14 119,57 122,70 169,10 171,28
31 0,73 239,14 125,83 128,95 173,47 175,59
32 0,74 239,14 132,07 135,17 177,72 179,78
33 0,76 239,14 138,27 141,35 181,84 183,85
34 0,78 239,14 144,43 147,47 185,85 187,78
35 0,79 239,14 150,52 153,52 189,72 191,60
36 0,81 239,14 156,52 159,47 193,47 195,27
37 0,82 239,14 162,42 165,31 197,08 198,82
38 0,84 239,14 168,20 171,03 200,56 202,23
39 0,85 239,14 173,85 176,60 203,90 205,50
40 0,87 239,14 179,36 182,02 207,10 208,63
41 0,88 239,14 184,69 187,27 210,16 211,62
42 0,89 239,14 189,85 192,33 213,08 214,46
43 0,90 239,14 194,82 197,20 215,84 217,15
44 0,91 239,14 199,58 201,85 218,47 219,70
45 0,92 239,14 204,12 206,27 220,94 222,10
46 0,93 239,14 208,43 210,46 223,26 224,34
47 0,94 239,14 212,49 214,40 225,42 226,43
48 0,95 239,14 216,30 218,08 227,44 228,36
49 0,96 239,14 219,85 221,49 229,29 230,14
50 0,97 239,14 223,12 224,61 230,99 231,76
51 0,97 239,14 226,11 227,46 232,53 233,22
52 0,98 239,14 228,80 230,00 233,91 234,52
53 0,98 239,14 231,20 232,24 235,14 235,67
54 0,99 239,14 233,29 234,18 236,20 236,64
55 0,99 239,14 235,07 235,80 237,09 237,46
56 0,99 239,14 236,53 237,10 237,83 238,12
57 1,00 239,14 237,67 238,08 238,40 238,61
58 1,00 239,14 238,48 238,73 238,81 238,94
59 1,00 239,14 238,98 239,06 239,06 239,10
60 1,00 239,14 239,14 - 239,14 -
M1 (ton) 7174,18 Soma (ton) 9133,95
Fp1 1,27

111
Tabela 48-Cálculo do fator de participação e massa modal do segundo modo de vibração do edifício sem TMD

Altura (m) Deformada m (ton/m) m*u*u (ton/m) Área (ton) m*u (ton/m) Área (ton)
0 0,00 239,14 0,00 0,09 0,00 2,35
0,5 0,04 239,14 0,37 0,46 9,39 7,04
1 0,08 239,14 1,47 3,66 18,76 28,09
2 0,16 239,14 5,85 9,44 37,41 46,62
3 0,23 239,14 13,03 17,93 55,83 64,86
4 0,31 239,14 22,84 28,93 73,90 82,71
5 0,38 239,14 35,02 42,15 91,51 100,04
6 0,45 239,14 49,29 57,29 108,57 116,76
7 0,52 239,14 65,29 73,95 124,95 132,76
8 0,59 239,14 82,62 91,74 140,56 147,94
9 0,65 239,14 100,87 110,22 155,31 162,20
10 0,71 239,14 119,57 128,92 169,10 175,47
11 0,76 239,14 138,27 147,40 181,84 187,66
12 0,81 239,14 156,52 165,19 193,47 198,68
13 0,85 239,14 173,85 181,85 203,90 208,49
14 0,89 239,14 189,85 196,99 213,08 217,01
15 0,92 239,14 204,12 210,21 220,94 224,19
16 0,95 239,14 216,30 221,21 227,44 229,98
17 0,97 239,14 226,11 229,70 232,53 234,36
18 0,99 239,14 233,29 235,48 236,20 237,30
19 1,00 239,14 237,67 238,40 238,40 238,77
20 1,00 239,14 239,14 238,40 239,14 238,77
21 1,00 239,14 237,67 235,48 238,40 237,30
22 0,99 239,14 233,29 229,70 236,20 234,36
23 0,97 239,14 226,11 221,21 232,53 229,98
24 0,95 239,14 216,30 210,21 227,44 224,19
25 0,92 239,14 204,12 196,99 220,94 217,01
26 0,89 239,14 189,85 181,85 213,08 208,49
27 0,85 239,14 173,85 165,19 203,90 198,68
28 0,81 239,14 156,52 147,40 193,47 187,66
29 0,76 239,14 138,27 128,92 181,84 175,47
30 0,71 239,14 119,57 110,22 169,10 162,20
31 0,65 239,14 100,87 91,74 155,31 147,94
32 0,59 239,14 82,62 73,95 140,56 132,76
33 0,52 239,14 65,29 57,29 124,95 116,76
34 0,45 239,14 49,29 42,15 108,57 100,04
35 0,38 239,14 35,02 28,93 91,51 82,71
36 0,31 239,14 22,84 17,93 73,90 64,86
37 0,23 239,14 13,03 9,44 55,83 46,62
38 0,16 239,14 5,85 3,66 37,41 28,09
39 0,08 239,14 1,47 0,74 18,76 9,38
40 0,00 239,14 0,00 0,74 0,00 -9,38
41 -0,08 239,14 1,47 3,66 -18,76 -28,09
42 -0,16 239,14 5,85 9,44 -37,41 -46,62
43 -0,23 239,14 13,03 17,93 -55,83 -64,86
44 -0,31 239,14 22,84 28,93 -73,90 -82,71
45 -0,38 239,14 35,02 42,15 -91,51 -100,04
46 -0,45 239,14 49,29 57,29 -108,57 -116,76
47 -0,52 239,14 65,29 73,95 -124,95 -132,76
48 -0,59 239,14 82,62 91,74 -140,56 -147,94
49 -0,65 239,14 100,87 110,22 -155,31 -162,20
50 -0,71 239,14 119,57 128,92 -169,10 -175,47
51 -0,76 239,14 138,27 147,40 -181,84 -187,66
52 -0,81 239,14 156,52 165,19 -193,47 -198,68
53 -0,85 239,14 173,85 181,85 -203,90 -208,49
54 -0,89 239,14 189,85 196,99 -213,08 -217,01
55 -0,92 239,14 204,12 210,21 -220,94 -224,19
56 -0,95 239,14 216,30 221,21 -227,44 -229,98
57 -0,97 239,14 226,11 229,70 -232,53 -234,36
58 -0,99 239,14 233,29 235,48 -236,20 -237,30
59 -1,00 239,14 237,67 238,40 -238,40 -238,77
60 -1,00 239,14 239,14 - -239,14 -
M2 (ton) 7174,02 Soma (ton) 3043,26
Fp2 0,42

112
Tabela 49-Cálculo do fator de participação e massa modal do terceiro modo de vibração do edifício sem TMD

Altura (m) Deformada m (ton/m) m*u*u (ton/m) Área (ton) m*u (ton/m) Área (ton)
0 0,00 239,14 0,00 0,26 0,00 3,91
0,5 0,07 239,14 1,02 1,27 15,64 11,71
1 0,13 239,14 4,07 10,05 31,21 46,55
2 0,26 239,14 16,02 25,52 61,89 76,70
3 0,38 239,14 35,02 47,40 91,51 105,54
4 0,50 239,14 59,79 74,20 119,57 132,57
5 0,61 239,14 88,62 104,10 145,58 157,34
6 0,71 239,14 119,57 135,04 169,10 179,41
7 0,79 239,14 150,52 164,94 189,72 198,41
8 0,87 239,14 179,36 191,74 207,10 214,02
9 0,92 239,14 204,12 213,62 220,94 225,96
10 0,97 239,14 223,12 229,09 230,99 234,04
11 0,99 239,14 235,07 237,10 237,09 238,12
12 1,00 239,14 239,14 237,10 239,14 238,12
13 0,99 239,14 235,07 229,09 237,09 234,04
14 0,97 239,14 223,12 213,62 230,99 225,96
15 0,92 239,14 204,12 191,74 220,94 214,02
16 0,87 239,14 179,36 164,94 207,10 198,41
17 0,79 239,14 150,52 135,04 189,72 179,41
18 0,71 239,14 119,57 104,10 169,10 157,34
19 0,61 239,14 88,62 74,20 145,58 132,57
20 0,50 239,14 59,79 47,40 119,57 105,54
21 0,38 239,14 35,02 25,52 91,51 76,70
22 0,26 239,14 16,02 10,05 61,89 46,55
23 0,13 239,14 4,07 2,04 31,21 15,61
24 0,00 239,14 0,00 2,04 0,00 -15,61
25 -0,13 239,14 4,07 10,05 -31,21 -46,55
26 -0,26 239,14 16,02 25,52 -61,89 -76,70
27 -0,38 239,14 35,02 47,40 -91,51 -105,54
28 -0,50 239,14 59,78 74,20 -119,57 -132,57
29 -0,61 239,14 88,62 104,10 -145,58 -157,34
30 -0,71 239,14 119,57 135,04 -169,10 -179,41
31 -0,79 239,14 150,52 164,94 -189,72 -198,41
32 -0,87 239,14 179,36 191,74 -207,10 -214,02
33 -0,92 239,14 204,12 213,62 -220,94 -225,96
34 -0,97 239,14 223,12 229,09 -230,99 -234,04
35 -0,99 239,14 235,07 237,10 -237,09 -238,12
36 -1,00 239,14 239,14 237,10 -239,14 -238,12
37 -0,99 239,14 235,07 229,09 -237,09 -234,04
38 -0,97 239,14 223,12 213,62 -230,99 -225,96
39 -0,92 239,14 204,12 191,74 -220,94 -214,02
40 -0,87 239,14 179,36 164,94 -207,10 -198,41
41 -0,79 239,14 150,52 135,04 -189,72 -179,41
42 -0,71 239,14 119,57 104,10 -169,10 -157,34
43 -0,61 239,14 88,62 74,20 -145,58 -132,57
44 -0,50 239,14 59,78 47,40 -119,57 -105,54
45 -0,38 239,14 35,02 25,52 -91,51 -76,70
46 -0,26 239,14 16,02 10,05 -61,89 -46,55
47 -0,13 239,14 4,07 2,04 -31,21 -15,61
48 0,00 239,14 0,00 2,04 0,00 15,61
49 0,13 239,14 4,07 10,05 31,21 46,55
50 0,26 239,14 16,02 25,52 61,89 76,70
51 0,38 239,14 35,02 47,40 91,51 105,54
52 0,50 239,14 59,78 74,20 119,57 132,57
53 0,61 239,14 88,62 104,10 145,58 157,34
54 0,71 239,14 119,57 135,04 169,10 179,41
55 0,79 239,14 150,52 164,94 189,72 198,41
56 0,87 239,14 179,36 191,74 207,10 214,02
57 0,92 239,14 204,12 213,62 220,94 225,96
58 0,97 239,14 223,12 229,09 230,99 234,04
59 0,99 239,14 235,07 237,10 237,09 238,12
60 1,00 239,14 239,14 - 239,14 -
M3 (ton) 7173,69 Soma (ton) 1824,30
Fp3 0,25

113
Tabela 50-Cálculo do fator de participação e massa modal do quarto modo de vibração do edifício sem TMD

Altura (m) Deformada m (ton/m) m*u*u (ton/m) Área (ton) m*u (ton/m) Área (ton)
0 0,00 239,14 0,00 0,50 0,00 5,47
0,5 0,09 239,14 2,00 2,49 21,88 16,37
1 0,18 239,14 7,94 19,33 43,58 64,64
2 0,36 239,14 30,71 48,00 85,70 105,33
3 0,52 239,14 65,29 86,18 124,95 142,48
4 0,67 239,14 107,07 128,79 160,02 174,87
5 0,79 239,14 150,52 170,18 189,72 201,40
6 0,89 239,14 189,85 204,85 213,08 221,18
7 0,96 239,14 219,85 228,19 229,29 233,56
8 0,99 239,14 236,53 237,10 237,83 238,12
9 1,00 239,14 237,67 230,39 238,40 234,70
10 0,97 239,14 223,12 208,97 230,99 223,42
11 0,90 239,14 194,82 175,67 215,84 204,66
12 0,81 239,14 156,52 134,92 193,47 179,04
13 0,69 239,14 113,31 92,12 164,61 147,43
14 0,54 239,14 70,94 52,98 130,24 110,88
15 0,38 239,14 35,02 22,68 91,51 70,62
16 0,21 239,14 10,34 5,25 49,72 27,99
17 0,03 239,14 0,16 3,01 6,26 -15,57
18 -0,16 239,14 5,85 16,25 -37,41 -58,62
19 -0,33 239,14 26,65 43,22 -79,83 -99,70
20 -0,50 239,14 59,78 80,33 -119,57 -137,44
21 -0,65 239,14 100,87 122,65 -155,31 -170,58
22 -0,78 239,14 144,43 164,56 -185,85 -198,00
23 -0,88 239,14 184,69 200,50 -210,16 -218,80
24 -0,95 239,14 216,30 225,68 -227,44 -232,26
25 -0,99 239,14 235,07 236,78 -237,09 -237,95
26 -1,00 239,14 238,48 232,30 -238,81 -235,67
27 -0,97 239,14 226,11 212,84 -232,53 -225,50
28 -0,91 239,14 199,58 181,00 -218,47 -207,77
29 -0,82 239,14 162,42 141,00 -197,08 -183,09
30 -0,71 239,14 119,57 98,14 -169,10 -152,27
31 -0,57 239,14 76,72 58,14 -135,45 -116,36
32 -0,41 239,14 39,56 26,30 -97,27 -76,55
33 -0,23 239,14 13,03 6,84 -55,83 -34,17
34 -0,05 239,14 0,66 2,36 -12,52 9,35
35 0,13 239,14 4,07 13,46 31,21 52,56
36 0,31 239,14 22,84 38,64 73,90 94,00
37 0,48 239,14 54,45 74,58 114,11 132,30
38 0,63 239,14 94,71 116,49 150,50 166,17
39 0,76 239,14 138,27 158,81 181,84 194,47
40 0,87 239,14 179,36 195,92 207,10 216,26
41 0,94 239,14 212,49 222,89 225,42 230,81
42 0,99 239,14 233,29 236,13 236,20 237,63
43 1,00 239,14 238,98 233,89 239,06 236,49
44 0,98 239,14 228,80 216,46 233,91 227,43
45 0,92 239,14 204,12 186,16 220,94 210,75
46 0,84 239,14 168,20 147,02 200,56 187,01
47 0,73 239,14 125,83 104,22 173,47 157,01
48 0,59 239,14 82,62 63,47 140,56 121,76
49 0,43 239,14 44,32 30,17 102,95 82,42
50 0,26 239,14 16,02 8,75 61,89 40,33
51 0,08 239,14 1,47 2,04 18,76 -3,12
52 -0,10 239,14 2,61 10,95 -25,00 -46,46
53 -0,28 239,14 19,29 34,29 -67,92 -88,24
54 -0,45 239,14 49,29 68,96 -108,57 -127,07
55 -0,61 239,14 88,62 110,35 -145,58 -161,65
56 -0,74 239,14 132,07 152,96 -177,72 -190,81
57 -0,85 239,14 173,85 191,14 -203,90 -213,58
58 -0,93 239,14 208,43 219,81 -223,26 -229,20
59 -0,98 239,14 231,20 235,17 -235,14 -237,14
60 -1,00 239,14 239,14 - -239,14 -
M4 (ton) 7173,22 Soma (ton) 1301,32
Fp4 0,18

114
Anexo 5 – Cálculo dos fatores de participação do edifício com TMD

Tabela 51-Cálculo do fator de participação e massa modal do primeiro modo de vibração do edifício com TMD

Altura (m) Deformada m (ton/m) m*u*u (ton/m) Área (ton) m*u (ton/m) Área (ton)
0 0,00 239,14 0,00 0,06 0,00 2,66
1 0,02 239,14 0,12 0,30 5,32 7,98
2 0,04 239,14 0,47 0,77 10,63 13,29
3 0,07 239,14 1,06 1,48 15,95 18,60
4 0,09 239,14 1,89 2,42 21,25 23,90
5 0,11 239,14 2,95 3,59 26,54 29,18
6 0,13 239,14 4,23 4,99 31,82 34,45
7 0,16 239,14 5,75 6,62 37,08 39,71
8 0,18 239,14 7,49 8,47 42,33 44,94
9 0,20 239,14 9,46 10,55 47,55 50,15
10 0,22 239,14 11,64 12,84 52,75 55,34
11 0,24 239,14 14,03 15,33 57,93 60,50
12 0,26 239,14 16,64 18,04 63,08 65,63
13 0,29 239,14 19,44 20,95 68,19 70,73
14 0,31 239,14 22,45 24,05 73,27 75,79
15 0,33 239,14 25,65 27,34 78,32 80,82
16 0,35 239,14 29,03 30,81 83,32 85,81
17 0,37 239,14 32,59 34,46 88,29 90,75
18 0,39 239,14 36,33 38,28 93,21 95,65
19 0,41 239,14 40,23 42,26 98,08 100,50
20 0,43 239,14 44,29 46,39 102,91 105,30
21 0,45 239,14 48,49 50,66 107,69 110,05
22 0,47 239,14 52,84 55,08 112,41 114,74
23 0,49 239,14 57,32 59,62 117,08 119,38
24 0,51 239,14 61,92 64,27 121,68 123,96
25 0,53 239,14 66,63 69,04 126,23 128,48
26 0,55 239,14 71,45 73,91 130,72 132,93
27 0,57 239,14 76,37 78,87 135,14 137,32
28 0,58 239,14 81,37 83,91 139,50 141,64
29 0,60 239,14 86,45 89,02 143,78 145,89
30 0,62 239,14 91,59 94,19 148,00 150,07
31 0,64 239,14 96,79 99,41 152,14 154,17
32 0,65 239,14 102,03 104,67 156,20 158,20
33 0,67 239,14 107,31 109,96 160,19 162,15
34 0,69 239,14 112,61 115,26 164,10 166,02
35 0,70 239,14 117,92 120,58 167,93 169,80
36 0,72 239,14 123,24 125,90 171,67 173,51
37 0,73 239,14 128,55 131,20 175,34 177,12
38 0,75 239,14 133,85 136,48 178,91 180,65
39 0,76 239,14 139,11 141,72 182,39 184,09
40 0,78 239,14 144,34 146,93 185,79 187,44
41 0,79 239,14 149,52 152,07 189,09 190,70
42 0,80 239,14 154,63 157,16 192,30 193,86
43 0,82 239,14 159,68 162,17 195,42 196,92
44 0,83 239,14 164,65 167,09 198,43 199,89
45 0,84 239,14 169,53 171,92 201,35 202,76
46 0,85 239,14 174,31 176,65 204,17 205,53
47 0,87 239,14 178,99 181,27 206,89 208,20
48 0,88 239,14 183,54 185,76 209,51 210,76
49 0,89 239,14 187,97 190,12 212,02 213,22
50 0,90 239,14 192,27 194,34 214,43 215,58
51 0,91 239,14 196,42 198,42 216,73 217,83
52 0,92 239,14 200,41 202,33 218,92 219,97
53 0,92 239,14 204,25 206,09 221,01 222,00
54 0,93 239,14 207,92 209,67 222,99 223,92
55 0,94 239,14 211,42 213,08 224,85 225,73
56 0,95 239,14 214,73 216,30 226,61 227,43
57 0,95 239,14 217,86 219,32 228,25 229,02
58 0,96 239,14 220,79 222,15 229,78 230,49
59 0,97 239,14 223,52 111,76 231,20 115,60
60 0,97 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
60,1 1,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
60,2 2,66 0,00 0,00 146,69 0,00 41,88
60,3 3,50 239,14 2933,79 2053,66 837,61 586,33
61 3,50 239,14 2933,79 1466,90 837,61 418,81
61,5 3,50 239,14 2933,79 1466,90 837,61 418,81
62 3,50 239,14 2933,79 1466,90 837,61 418,81
62,5 3,50 239,14 2933,79 1466,90 837,61 418,81
63 3,50 239,14 2933,79 880,14 837,61 251,28
63,3 3,50 239,14 2933,79 - 837,61 -
M1 (ton) 14786,40 Soma (ton) 10673,41
Fp1 0,72

115
Tabela 52-Cálculo do fator de participação e massa modal do segundo modo de vibração do edifício com TMD

Altura (m) Deformada m (ton/m) m*u*u (ton/m) Área (ton) m*u (ton/m) Área (ton)
0 0,00 239,14 0,00 0,11 0,00 3,64
1 0,03 239,14 0,22 0,55 7,27 10,91
2 0,06 239,14 0,88 1,44 14,54 18,17
3 0,09 239,14 1,99 2,76 21,80 25,41
4 0,12 239,14 3,52 4,51 29,03 32,63
5 0,15 239,14 5,49 6,68 36,24 39,82
6 0,18 239,14 7,88 9,28 43,41 46,98
7 0,21 239,14 10,68 12,28 50,54 54,09
8 0,24 239,14 13,89 15,69 57,63 61,14
9 0,27 239,14 17,48 19,47 64,66 68,15
10 0,30 239,14 21,46 23,63 71,63 75,09
11 0,33 239,14 25,79 28,14 78,54 81,96
12 0,36 239,14 30,48 32,99 85,38 88,75
13 0,39 239,14 35,49 38,16 92,13 95,47
14 0,41 239,14 40,82 43,63 98,80 102,09
15 0,44 239,14 46,44 49,38 105,38 108,62
16 0,47 239,14 52,32 55,39 111,86 115,05
17 0,49 239,14 58,46 61,64 118,24 121,37
18 0,52 239,14 64,82 68,10 124,51 127,58
19 0,55 239,14 71,39 74,76 130,66 133,67
20 0,57 239,14 78,13 81,58 136,69 139,64
21 0,60 239,14 85,03 88,54 142,60 145,48
22 0,62 239,14 92,05 95,61 148,37 151,19
23 0,64 239,14 99,18 102,78 154,00 156,75
24 0,67 239,14 106,38 110,00 159,50 162,17
25 0,69 239,14 113,63 117,27 164,84 167,44
26 0,71 239,14 120,90 124,54 170,04 172,56
27 0,73 239,14 128,17 131,79 175,07 177,51
28 0,75 239,14 135,41 138,99 179,95 182,30
29 0,77 239,14 142,58 146,13 184,66 186,92
30 0,79 239,14 149,68 153,17 189,19 191,37
31 0,81 239,14 156,66 160,08 193,55 195,65
32 0,83 239,14 163,50 166,84 197,74 199,74
33 0,84 239,14 170,18 173,43 201,74 203,64
34 0,86 239,14 176,67 179,82 205,55 207,36
35 0,87 239,14 182,96 185,98 209,17 210,89
36 0,89 239,14 189,00 191,90 212,60 214,22
37 0,90 239,14 194,79 197,55 215,83 217,35
38 0,92 239,14 200,31 202,91 218,87 220,28
39 0,93 239,14 205,52 207,97 221,70 223,01
40 0,94 239,14 210,42 212,70 224,32 225,53
41 0,95 239,14 214,98 217,08 226,74 227,84
42 0,96 239,14 219,18 221,10 228,95 229,94
43 0,97 239,14 223,02 224,75 230,94 231,83
44 0,97 239,14 226,47 228,00 232,72 233,51
45 0,98 239,14 229,53 230,86 234,29 234,96
46 0,99 239,14 232,19 233,30 235,64 236,21
47 0,99 239,14 234,42 235,33 236,77 237,23
48 0,99 239,14 236,23 236,92 237,68 238,03
49 1,00 239,14 237,61 238,08 238,38 238,61
50 1,00 239,14 238,55 238,80 238,85 238,97
51 1,00 239,14 239,05 239,08 239,10 239,11
52 1,00 239,14 239,11 238,92 239,13 239,03
53 1,00 239,14 238,73 238,32 238,94 238,73
54 1,00 239,14 237,91 237,28 238,52 238,21
55 0,99 239,14 236,65 235,80 237,89 237,46
56 0,99 239,14 234,95 233,89 237,04 236,50
57 0,99 239,14 232,83 231,56 235,96 235,32
58 0,98 239,14 230,29 228,81 234,67 233,92
59 0,97 239,14 227,34 113,67 233,17 116,58
60 0,97 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
60,1 -0,27 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
60,2 -1,52 0,00 0,00 90,87 0,00 -32,96
60,3 -2,76 239,14 1817,32 1272,13 -659,24 -461,47
61 -2,76 239,14 1817,32 908,66 -659,24 -329,62
61,5 -2,76 239,14 1817,32 908,66 -659,24 -329,62
62 -2,76 239,14 1817,32 908,66 -659,24 -329,62
62,5 -2,76 239,14 1817,32 908,66 -659,24 -329,62
63 -2,76 239,14 1817,32 545,20 -659,24 -197,77
63,3 -2,76 239,14 1817,32 - -659,24 -
M2 (ton) 13562,53 Soma (ton) 7712,90
Fp2 0,57

116
Tabela 53-Cálculo do fator de participação e massa modal do terceiro modo de vibração do edifício com TMD

Altura (m) Deformada m (ton/m) m*u*u (ton/m) Área (ton) m*u (ton/m) Área (ton)
0 0,00 239,14 0,00 0,75 0,00 9,44
1 0,08 239,14 1,49 3,71 18,88 28,26
2 0,16 239,14 5,92 9,56 37,64 46,90
3 0,23 239,14 13,19 18,15 56,16 65,25
4 0,31 239,14 23,11 29,27 74,34 83,20
5 0,38 239,14 35,43 42,64 92,05 100,62
6 0,46 239,14 49,85 57,93 109,19 117,42
7 0,53 239,14 66,01 74,76 125,64 133,48
8 0,59 239,14 83,50 92,70 141,31 148,71
9 0,65 239,14 101,90 111,31 156,10 163,01
10 0,71 239,14 120,73 130,13 169,92 176,29
11 0,76 239,14 139,53 148,69 182,67 188,48
12 0,81 239,14 157,84 166,52 194,29 199,49
13 0,86 239,14 175,19 183,18 204,69 209,25
14 0,89 239,14 191,16 198,25 213,81 217,70
15 0,93 239,14 205,34 211,36 221,60 224,80
16 0,95 239,14 217,39 222,19 228,01 230,50
17 0,97 239,14 226,99 230,45 232,99 234,75
18 0,99 239,14 233,92 235,96 236,52 237,54
19 1,00 239,14 238,00 238,56 238,57 238,85
20 1,00 239,14 239,12 238,19 239,13 238,67
21 1,00 239,14 237,27 234,87 238,20 237,00
22 0,99 239,14 232,48 228,68 235,79 233,84
23 0,97 239,14 224,87 219,76 231,90 229,23
24 0,95 239,14 214,65 208,35 226,56 223,19
25 0,92 239,14 202,05 194,72 219,82 215,75
26 0,89 239,14 187,40 179,22 211,69 206,97
27 0,85 239,14 171,05 162,24 202,25 196,90
28 0,80 239,14 153,42 144,19 191,55 185,60
29 0,75 239,14 134,95 125,52 179,65 173,14
30 0,70 239,14 116,10 106,71 166,62 159,59
31 0,64 239,14 97,33 88,22 152,56 145,06
32 0,58 239,14 79,11 70,51 137,55 129,61
33 0,51 239,14 61,91 54,02 121,68 113,36
34 0,44 239,14 46,14 39,17 105,04 96,40
35 0,37 239,14 32,20 26,32 87,76 78,84
36 0,29 239,14 20,44 15,80 69,92 60,79
37 0,22 239,14 11,16 7,86 51,65 42,35
38 0,14 239,14 4,57 2,71 33,06 23,66
39 0,06 239,14 0,85 0,47 14,25 4,81
40 -0,02 239,14 0,09 1,20 -4,63 -14,06
41 -0,10 239,14 2,31 4,88 -23,49 -32,85
42 -0,18 239,14 7,45 11,42 -42,21 -51,43
43 -0,25 239,14 15,39 20,65 -60,66 -69,70
44 -0,33 239,14 25,92 32,35 -78,73 -87,52
45 -0,40 239,14 38,79 46,23 -96,31 -104,80
46 -0,47 239,14 53,67 61,93 -113,29 -121,43
47 -0,54 239,14 70,19 79,07 -129,56 -137,29
48 -0,61 239,14 87,95 97,22 -145,03 -152,31
49 -0,67 239,14 106,49 115,93 -159,58 -166,37
50 -0,72 239,14 125,36 134,73 -173,15 -179,39
51 -0,78 239,14 144,09 153,15 -185,63 -191,29
52 -0,82 239,14 162,20 170,73 -196,95 -202,00
53 -0,87 239,14 179,25 187,04 -207,04 -211,45
54 -0,90 239,14 194,82 201,66 -215,85 -219,57
55 -0,93 239,14 208,51 214,24 -223,30 -226,33
56 -0,96 239,14 219,98 224,46 -229,36 -231,67
57 -0,98 239,14 228,95 232,07 -233,99 -235,57
58 -0,99 239,14 235,19 236,87 -237,16 -238,00
59 -1,00 239,14 238,55 119,27 -238,85 -119,42
60 -1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
60,1 -0,63 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
60,2 -0,25 0,00 0,00 0,18 0,00 1,48
60,3 0,12 239,14 3,65 2,55 29,54 20,68
61 0,12 239,14 3,65 1,82 29,54 14,77
61,5 0,12 239,14 3,65 1,82 29,54 14,77
62 0,12 239,14 3,65 1,82 29,54 14,77
62,5 0,12 239,14 3,65 1,82 29,54 14,77
63 0,12 239,14 3,65 1,09 29,54 8,86
63,3 0,12 239,14 3,65 - 29,54 -
M3 (ton) 7109,84 Soma (ton) 3146,33
Fp3 0,44

117
Tabela 54-Cálculo do fator de participação e massa modal do quarto modo de vibração do edifício com TMD

Altura (m) Deformada m (ton/m) m*u*u (ton/m) Área (ton) m*u (ton/m) Área (ton)
0 0,00 239,14 0,00 2,05 0,00 15,64
1 0,13 239,14 4,09 10,09 31,28 46,65
2 0,26 239,14 16,08 25,62 62,02 76,86
3 0,38 239,14 35,16 47,58 91,69 105,74
4 0,50 239,14 60,01 74,47 119,79 132,81
5 0,61 239,14 88,93 104,44 145,84 157,60
6 0,71 239,14 119,96 135,45 169,37 179,68
7 0,79 239,14 150,95 165,38 190,00 198,68
8 0,87 239,14 179,80 192,16 207,36 214,26
9 0,92 239,14 204,53 213,99 221,16 226,16
10 0,97 239,14 223,44 229,35 231,16 234,17
11 0,99 239,14 235,25 237,20 237,19 238,17
12 1,00 239,14 239,14 237,00 239,14 238,07
13 0,99 239,14 234,85 228,76 236,99 233,87
14 0,96 239,14 222,67 213,06 230,76 225,67
15 0,92 239,14 203,44 190,95 220,57 213,58
16 0,86 239,14 178,47 163,97 206,59 197,83
17 0,79 239,14 149,47 133,94 189,06 178,67
18 0,70 239,14 118,42 102,94 168,28 156,45
19 0,60 239,14 87,45 73,07 144,61 131,54
20 0,50 239,14 58,68 46,38 118,46 104,37
21 0,38 239,14 34,08 24,70 90,27 75,40
22 0,25 239,14 15,32 9,51 60,53 45,14
23 0,12 239,14 3,70 1,86 29,75 14,11
24 -0,01 239,14 0,01 2,25 -1,54 -17,17
25 -0,14 239,14 4,50 10,68 -32,80 -48,15
26 -0,27 239,14 16,86 26,56 -63,50 -78,31
27 -0,39 239,14 36,25 48,80 -93,11 -107,12
28 -0,51 239,14 61,34 75,88 -121,12 -134,09
29 -0,61 239,14 90,42 105,96 -147,05 -158,75
30 -0,71 239,14 121,49 136,96 -170,45 -180,69
31 -0,80 239,14 152,43 166,78 -190,93 -199,52
32 -0,87 239,14 181,12 193,36 -208,12 -214,93
33 -0,93 239,14 205,60 214,90 -221,74 -226,64
34 -0,97 239,14 224,20 229,91 -231,55 -234,46
35 -0,99 239,14 235,63 237,38 -237,38 -238,26
36 -1,00 239,14 239,12 236,78 -239,13 -237,95
37 -0,99 239,14 234,43 228,16 -236,78 -233,57
38 -0,96 239,14 221,89 212,11 -230,35 -225,16
39 -0,92 239,14 202,34 189,73 -219,97 -212,89
40 -0,86 239,14 177,13 162,55 -205,81 -196,96
41 -0,79 239,14 147,98 132,43 -188,12 -177,65
42 -0,70 239,14 116,88 101,43 -167,19 -155,29
43 -0,60 239,14 85,97 71,67 -143,39 -130,26
44 -0,49 239,14 57,36 45,19 -117,12 -102,99
45 -0,37 239,14 33,01 23,79 -88,85 -73,95
46 -0,25 239,14 14,58 8,96 -59,05 -43,64
47 -0,12 239,14 3,33 1,69 -28,23 -12,58
48 0,01 239,14 0,04 2,48 3,07 18,70
49 0,14 239,14 4,93 11,29 34,32 49,65
50 0,27 239,14 17,66 27,51 64,98 79,75
51 0,40 239,14 37,36 50,03 94,52 108,48
52 0,51 239,14 62,69 77,30 122,44 135,35
53 0,62 239,14 91,91 107,47 148,26 159,89
54 0,72 239,14 123,03 138,47 171,53 181,69
55 0,80 239,14 153,91 168,17 191,85 200,36
56 0,87 239,14 182,43 194,55 208,87 215,59
57 0,93 239,14 206,66 215,80 222,31 227,12
58 0,97 239,14 224,93 230,46 231,93 234,74
59 0,99 239,14 235,99 117,99 237,56 118,78
60 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
60,1 0,66 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
60,2 0,31 0,00 0,00 0,02 0,00 -0,50
60,3 -0,04 239,14 0,42 0,29 -10,00 -7,00
61 -0,04 239,14 0,42 0,21 -10,00 -5,00
61,5 -0,04 239,14 0,42 0,21 -10,00 -5,00
62 -0,04 239,14 0,42 0,21 -10,00 -5,00
62,5 -0,04 239,14 0,42 0,21 -10,00 -5,00
63 -0,04 239,14 0,42 0,13 -10,00 -3,00
63,3 -0,04 239,14 0,42 - -10,00 -
M4 (ton) 7070,60 Soma (ton) 1699,76
Fp4 0,24

118
Anexo 6 – Resposta do edifício sem TMD

Tabela 55-Resposta do edifício sem TMD à vibração de base para vários instantes

Deslocamento (m)
Altura (m) t=1,1 s t=1,2 s t=1,3 s t=1,4 s t=1,5 s
0 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
0,5 0,001 0,002 0,003 0,002 0,000
1 0,001 0,004 0,005 0,004 0,001
2 0,003 0,008 0,010 0,007 0,001
3 0,004 0,012 0,015 0,011 0,002
4 0,005 0,017 0,020 0,015 0,003
5 0,006 0,021 0,026 0,019 0,003
6 0,008 0,025 0,031 0,022 0,004
7 0,009 0,029 0,036 0,026 0,004
8 0,010 0,033 0,041 0,030 0,005
9 0,011 0,037 0,046 0,034 0,006
10 0,013 0,041 0,051 0,037 0,006
11 0,014 0,045 0,056 0,041 0,007
12 0,015 0,049 0,061 0,045 0,008
13 0,016 0,053 0,066 0,048 0,008
14 0,017 0,057 0,071 0,052 0,009
15 0,019 0,061 0,076 0,056 0,010
16 0,020 0,065 0,081 0,059 0,011
17 0,021 0,069 0,086 0,063 0,011
18 0,022 0,073 0,091 0,067 0,012
19 0,023 0,077 0,095 0,070 0,013
20 0,024 0,080 0,100 0,074 0,013
21 0,025 0,084 0,105 0,077 0,014
22 0,026 0,088 0,109 0,081 0,015
23 0,027 0,091 0,114 0,084 0,016
24 0,028 0,095 0,118 0,087 0,016
25 0,029 0,098 0,123 0,091 0,017
26 0,030 0,102 0,127 0,094 0,018
27 0,031 0,105 0,131 0,097 0,018
28 0,032 0,108 0,135 0,100 0,019
29 0,033 0,111 0,139 0,103 0,020
30 0,033 0,115 0,143 0,106 0,020
31 0,034 0,118 0,147 0,109 0,021
32 0,035 0,121 0,151 0,112 0,022
33 0,036 0,123 0,154 0,115 0,022
34 0,036 0,126 0,158 0,117 0,023
35 0,037 0,129 0,161 0,120 0,023
36 0,038 0,131 0,165 0,122 0,024
37 0,039 0,134 0,168 0,125 0,024
38 0,039 0,136 0,171 0,127 0,025
39 0,040 0,139 0,174 0,129 0,025
40 0,040 0,141 0,177 0,131 0,026
41 0,041 0,143 0,179 0,134 0,026
42 0,042 0,145 0,182 0,135 0,027
43 0,042 0,147 0,185 0,137 0,027
44 0,043 0,149 0,187 0,139 0,028
45 0,043 0,151 0,189 0,141 0,028
46 0,043 0,152 0,191 0,142 0,028
47 0,044 0,154 0,193 0,144 0,029
48 0,044 0,155 0,195 0,145 0,029
49 0,044 0,156 0,197 0,146 0,029
50 0,045 0,158 0,198 0,148 0,029
51 0,045 0,159 0,199 0,149 0,030
52 0,045 0,160 0,201 0,150 0,030
53 0,046 0,161 0,202 0,151 0,030
54 0,046 0,161 0,203 0,151 0,030
55 0,046 0,162 0,204 0,152 0,030
56 0,046 0,162 0,204 0,152 0,031
57 0,046 0,163 0,205 0,153 0,031
58 0,046 0,163 0,205 0,153 0,031
59 0,046 0,163 0,205 0,153 0,031
60 0,046 0,163 0,205 0,153 0,031

119
Tabela 56-Valores de Yn para cada modo para vários instantes do edifício sem TMD

t (s) Y1 (m) Y2 (m) Y3 (m) Y4 (m)


1,1 0,047 0,001 0,000 0,000
1,2 0,163 -0,001 0,000 0,000
1,3 0,204 -0,002 0,000 0,000
1,4 0,152 -0,002 0,000 0,000
1,5 0,030 -0,001 0,000 0,000

Resposta do edifício sem TMD


70

60

50

40
Altura (m)

30

20

10

0
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16 0,18
Deslocamento (m)

Figura 74-Resposta do edifício sem TMD para t=1,2 s

120
Anexo 7 – Resposta do edifício com TMD

Tabela 57- Resposta do edifício com TMD à vibração de base para vários instantes

Deslocamento (m)
Altura (m) t=1,1 s t=1,2 s t=1,3 s t=1,4 s t=1,5 s
0 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
1 0,003 0,002 0,000 -0,002 -0,003
2 0,006 0,003 -0,001 -0,004 -0,006
3 0,009 0,005 -0,001 -0,006 -0,009
4 0,011 0,007 -0,001 -0,009 -0,012
5 0,014 0,008 -0,002 -0,011 -0,015
6 0,017 0,010 -0,002 -0,013 -0,018
7 0,020 0,012 -0,002 -0,015 -0,021
8 0,023 0,013 -0,002 -0,017 -0,024
9 0,026 0,015 -0,003 -0,019 -0,027
10 0,028 0,016 -0,003 -0,021 -0,029
11 0,031 0,018 -0,003 -0,023 -0,032
12 0,034 0,020 -0,003 -0,025 -0,035
13 0,036 0,021 -0,003 -0,027 -0,038
14 0,039 0,023 -0,004 -0,028 -0,040
15 0,041 0,025 -0,004 -0,030 -0,043
16 0,044 0,026 -0,004 -0,032 -0,045
17 0,046 0,028 -0,004 -0,034 -0,048
18 0,049 0,029 -0,004 -0,035 -0,050
19 0,051 0,031 -0,004 -0,037 -0,053
20 0,054 0,032 -0,004 -0,038 -0,055
21 0,056 0,034 -0,004 -0,040 -0,057
22 0,058 0,035 -0,004 -0,041 -0,060
23 0,060 0,037 -0,004 -0,042 -0,062
24 0,062 0,038 -0,004 -0,044 -0,064
25 0,064 0,040 -0,003 -0,045 -0,066
26 0,066 0,041 -0,003 -0,046 -0,068
27 0,068 0,042 -0,003 -0,047 -0,069
28 0,070 0,044 -0,003 -0,048 -0,071
29 0,072 0,045 -0,003 -0,049 -0,073
30 0,074 0,046 -0,002 -0,050 -0,074
31 0,075 0,047 -0,002 -0,051 -0,076
32 0,077 0,049 -0,002 -0,051 -0,077
33 0,078 0,050 -0,002 -0,052 -0,079
34 0,080 0,051 -0,001 -0,053 -0,080
35 0,081 0,052 -0,001 -0,053 -0,081
36 0,082 0,053 -0,001 -0,054 -0,082
37 0,083 0,054 0,000 -0,054 -0,083
38 0,085 0,055 0,000 -0,055 -0,084
39 0,086 0,056 0,001 -0,055 -0,085
40 0,087 0,057 0,001 -0,055 -0,086
41 0,087 0,058 0,001 -0,055 -0,087
42 0,088 0,058 0,002 -0,056 -0,087
43 0,089 0,059 0,002 -0,056 -0,088
44 0,090 0,060 0,003 -0,056 -0,088
45 0,090 0,061 0,003 -0,056 -0,089
46 0,091 0,061 0,004 -0,055 -0,089
47 0,091 0,062 0,004 -0,055 -0,089
48 0,091 0,062 0,005 -0,055 -0,089
49 0,091 0,063 0,005 -0,055 -0,089
50 0,092 0,063 0,006 -0,054 -0,089
51 0,092 0,064 0,006 -0,054 -0,089
52 0,092 0,064 0,007 -0,053 -0,089
53 0,091 0,064 0,007 -0,053 -0,089
54 0,091 0,064 0,008 -0,052 -0,088
55 0,091 0,065 0,008 -0,051 -0,088
56 0,091 0,065 0,009 -0,051 -0,087
57 0,090 0,065 0,010 -0,050 -0,087
58 0,090 0,065 0,010 -0,049 -0,086
59 0,089 0,065 0,011 -0,048 -0,085
60 0,088 0,065 0,011 -0,047 -0,084
60,1 -0,033 0,050 0,110 0,119 0,074
60,2 -0,154 0,036 0,208 0,286 0,232
60,3 -0,274 0,021 0,307 0,452 0,389
61 -0,274 0,021 0,307 0,452 0,389
61,5 -0,274 0,021 0,307 0,452 0,389
62 -0,274 0,021 0,307 0,452 0,389
62,5 -0,274 0,021 0,307 0,452 0,389
63 -0,274 0,021 0,307 0,452 0,389
63,3 -0,274 0,021 0,307 0,452 0,389

121
Tabela 58- Valores de Yn para cada modo para vários instantes do edifício com TMD

T (s) Y1 (m) Y2 (m) Y3 (m) Y4 (m)


1,1 -0,003 0,095 0,001 0,000
1,2 0,032 0,034 -0,001 0,000
1,3 0,053 -0,043 -0,002 0,000
1,4 0,050 -0,101 -0,002 0,000
1,5 0,023 -0,112 -0,001 0,000

Resposta do edifício com TMD


70,0

60,0

50,0

40,0
Altura (m)

30,0

20,0

10,0

0,0
0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07
Deslocamento (m)

Figura 75- Resposta do edifício com TMD para t=1,2 s

122
Anexo 8 – Sismos utilizados para as estruturas modeladas em
elementos finitos

Sismos tipo 1

Sismo 1
3
Aceleração (m/s2)

2
1
0
-1 0 5 10 15 20 25 30 35 40

-2
-3
Tempo (s)

Figura 76-Sismo tipo 1 número 1 Zona 1.3 solo B

Sismo 2
3
Aceleração (m/s2)

2
1
0
-1 0 5 10 15 20 25 30 35 40

-2
-3
Tempo (s)

Figura 77-Sismo tipo 1 número 2 Zona 1.3 solo B

Sismo 3
3
Aceleração (m/s2)

2
1
0
-1 0 5 10 15 20 25 30 35 40

-2
-3
Tempo (s)

Figura 78-Sismo tipo 1 número 3 Zona 1.3 solo B

123
Sismo 4
3
Aceleração (m/s2)

2
1
0
-1 0 5 10 15 20 25 30 35 40

-2
-3
Tempo (s)

Figura 79-Sismo tipo 1 número 4 Zona 1.3 solo B

Sismo 5
3
(m/s2)

2
1
Aceleração

0
-1 0 5 10 15 20 25 30 35 40

-2
-3
Tempo (s)

Figura 80-Sismo tipo 1 número 5 Zona 1.3 solo B

Sismo 6
3
(m/s2)

2
1
Aceleração

0
-1 0 5 10 15 20 25 30 35 40

-2
-3
Tempo (s)

Figura 81-Sismo tipo 1 número 6 Zona 1.3 solo B

124
Sismo 7
3
Aceleração (m/s2)

2
1
0
-1 0 5 10 15 20 25 30 35 40

-2
-3
Tempo (s)

Figura 82-Sismo tipo 1 número 7 Zona 1.3 solo B

Sismo 8
3
Aceleração (m/s2)

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
-1

-2
Tempo (s)

Figura 83-Sismo tipo 1 número 8 Zona 1.3 solo B

Sismo 9
3
Aceleração (m/s2)

2
1
0
-1 0 5 10 15 20 25 30 35 40

-2
-3
Tempo (s)

Figura 84-Sismo tipo 1 número 9 Zona 1.3 solo B

125
Sismo 10
3
Aceleração (m/s2)

2
1
0
-1 0 5 10 15 20 25 30 35 40

-2
-3
Tempo (s)

Figura 85-Sismo tipo 1 número 10 Zona 1.3 solo B

126
Sismos tipo 2

Sismo 1
3
Aceleração (m/s2)

2
1
0
-1 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

-2
-3
Tempo (s)

Figura 86-Sismo tipo 2 número 1 zona 2.3 solo B

Sismo 2
3
Aceleração (m/s2)

2
1
0
-1 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

-2
-3
Tempo (s)

Figura 87-Sismo tipo 2 número 2 zona 2.3 solo B

Sismo 3
3
Aceleração (m/s2)

2
1
0
-1 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

-2
-3
Tempo (s)

Figura 88-Sismo tipo 2 número 3 zona 2.3 solo B

127
Sismo 4
3
Aceleração (m/s2)

2
1
0
-1 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

-2
-3
Tempo (s)

Figura 89-Sismo tipo 2 número 4 zona 2.3 solo B

Sismo 5
3
Aceleração (m/s2)

2
1
0
-1 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

-2
-3
Tempo (s)

Figura 90-Sismo tipo 2 número 5 zona 2.3 solo B

Sismo 6
3
Aceleração (m/s2)

2
1
0
-1 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

-2
-3
Tempo (s)

Figura 91-Sismo tipo 2 número 6 zona 2.3 solo B

128
Sismo 7
3
Aceleração (m/s2)

2
1
0
-1 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

-2
-3
Tempo (s)

Figura 92-Sismo tipo 2 número 7 zona 2.3 solo B

Sismo 8
3
Aceleração (m/s2)

2
1
0
-1 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

-2
-3
Tempo (s)

Figura 93-Sismo tipo 2 número 8 zona 2.3 solo B

Sismo 9
2
Aceleração (m/s2)

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
-1

-2

-3
Tempo (s)

Figura 94-Sismo tipo 2 número 9 zona 2.3 solo B

129
Sismo 10
3
Aceleração (m/s2)

2
1
0
-1 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

-2
-3
Tempo (s)

Figura 95-Sismo tipo 2 número 10 zona 2.3 solo B

130
131

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