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recomendações

Atualização de Condutas em Pediatria


nº 43 Departamentos Científicos da SPSP,
gestão 2007-2009.

Departamento de
Gastroenterologia
Avaliação
clínica da dor
abdominal
aguda
Departamento de Pediatria
Ambulatorial e Cuidados Primários
Desenvolvimento
da criança

Sociedade de Pediatria de São Paulo


Alameda Santos, 211, 5º andar
01419-000 São Paulo, SP
(11) 3284-9809
recomendações
Departamento de Gastroenterologia

Avaliação clínica da
dor abdominal aguda

H á várias particula-
ridades no atendi-
mento da criança
com dor abdominal. No exa-
me clínico evidenciando he-
de fezes em ampola retal.
A presença de sangue nas
fezes acompanhado de dor
abdominal pode fazer parte
dos quadros de colite infeccio-
matomas ou sinais de fratura sa, intussuscepção intestinal,
Autor: óssea, afastar trauma aciden- doença inflamatória intestinal
Mauro Sérgio Toporovski tal ou mesmo síndrome de e púrpura de Henoch-Shön-
DEPARTAMENTO DE maus tratos. A presença de lein. Litíase renal ou trauma
GASTROENTEROLOGIA
Gestão 2007-2009
febre no histórico ou durante renal em geral são acompa-
o exame clínico orienta para a nhados por hematúria, além
Presidente:
Mauro Sérgio Toporovski suspeita de infecção de trato do quadro de dor abdominal.
Vice-Presidente: urinário (ITU), gastroente- Os processos agudos obstru-
Eraldo Samogin Fiore
Secretário: rite, faringite, pneumonia e tivos do trato intestinal com
Vera Lúcia Sdepanian
Membros:
outras condições infecciosas. frequência apresentam-se
Adriano de Castro Filho, Palidez importante e dor ab- com vômitos de intensidade
Ana Maria Magni,
Ceres Concilio Romaldini,
dominal podem ocorrer nas variável e parada de elimina-
Cesar Augusto Lunardi, crises de falcização, assim ção de fezes.
Clóvis Duarte Costa,
Dorina Barbieri, como lesões de pele auxiliam A etiologia da dor abdomi-
Eliana Vidolin, o diagnóstico de púrpura de nal aguda é variável nas distin-
Gilda Porta,
Helga Verena L. Maffei, Henoch-Shönlein. tas faixas etárias (Quadro 1).
Izaura G. Ramos Assumpção, A localização epigástrica
José Espin Neto,
Liliane Maria Salgado de Castro, pode indicar doença péptica Exame físico
Lívia Carvalho Galvão,
Luiz Henrique Hercowitz,
em fase aguda, assim como É extremamente valiosa
Maraci Rodrigues, dor vaga periumbilical, que a descrição da aparência ge-
Maria Fernanda M. D’Amico,
Maria Inez M. Fernandes,
intensifica-se em algumas ral do paciente. Dados vitais,
Maria Teresa T. Alves, horas e passa a ser localizada como: temperatura, pulso,
Mauro Batista de Morais,
Nancy T. B. Cordovani, na fossa ilíaca direita, apon- pressão arterial, frequência
Ramiro Anthero de Azevedo, ta para a necessidade de se respiratória e cardíaca são
Regina Sawamura,
Renata Alessandra Cazzaniga, descartar apendicite aguda. fundamentais durante a ava-
Rosa Helena M. Bigelli,
Silvio Kazuo Ogata,
Dor no flanco e fossa ilíaca liação da criança com dor ab-
Soraia Tahan, esquerda, acompanhada de dominal aguda. As alterações
Soraya Goshima,
Ulysses Fagundes Neto,
história de constipação intes- dos dados vitais pressupõem
Yu Kar Ling Koda. tinal, orienta para impacção atendimento na unidade de
recomendações
Departamento de Gastroenterologia

expediente
Quadro 1. Diagnóstico diferencial
de dor abdominal aguda por idade Diretoria da Sociedade de
Pediatria de São Paulo
Nascimento 2 a 5 anos 6 a 11 anos 12 a 18 anos Triênio 2007 – 2009
até 1 ano
Diretoria Executiva
Cólica do Gastroenterite Gastroenterite Apendicite Presidente:
lactente aguda ou gastrite José Hugo Lins Pessoa
aguda 1º Vice-Presidente:
João Coriolano Rego Barros
Gastroenterite ITU Apendicite Gastroenterite 2º Vice-Presidente:
aguda ou gastrite Mário Roberto Hirchheimer
aguda Secretário Geral:
Maria Fernanda B. de Almeida
ITU Trauma ITU, Constipação 1º Secretário:
abdominal pneumonia, Sulim Abramovici
faringite 2º Secretário:
Fábio Eliseo F. Álvares Leite
Intussuscepção Apendicite Dor funcional Dor ovulatória, 1º Tesoureiro:
aguda dismenorreia Lucimar Aparecida Françoso
2º Tesoureiro:
Volvo Crise de Púrpura Gravidez Aderbal Tadeu Mariotti
falcização Henoch- ectópica,2
Shönlein aborto retido Diretoria de Publicações
Diretor:
Hérnia Constipação Linfadenite Torsão Cléa Rodrigues Leone
encarcerada mesentérica ovariana Editor Revista Paulista Pediatria:
Ruth Guinsburg
Constipação Faringite Litíase renal ITU e litíase Editores executivos:
renal Amélia Miyashiro N. Santos
Antônio A. Barros Filho
Antônio Carlos Pastorino
Mário Cícero Falcão
emergência, descartando-se petéquias, icterícia), distensão Sônia Regina T.S. Ramos

choque, desidratação, distúr- localizada ou difusa, presença Departamentos Científicos


bios hidroeletrolíticos e ceto- de contrações visíveis. Coordenadores:
Ciro João Bertoli
acidose diabética. Para a criança que ver- Mauro Batista de Moraes
A ausência de ruídos hi- baliza, pede-se para que ela Sérgio Antônio B. Sarrubbo

droaéreos, acompanhado de aponte a área de dor. Inicia-


distensão abdominal, pode se a palpação do abdome de
indicar distúrbio metabólico forma superficial e depois
grave ou quadro cirúrgico. O profunda, em geral, em área
aumento dos ruídos hidro- distante da região dolorosa. Produção editorial:
L.F. Comunicações Ltda.
aéreos em quadros de dor A palpação deve ser apro- Editor:
abdominal é de ocorrência fundada gentilmente durante a Luiz Laerte Fontes
LLFontes@LFComunicacoes.com.br
comum nas enteroinfecções inspiração, procurando-se ob- Revisão:
Otacília da Paz Pereira
e doença diarréica. A inspe- servar intensidade da dor. Si- Arte:
ção do abdome visa observar nais de descompressão brusca Lucia Fontes
Lucia@LFComunicacoes.com.br
o aspecto da pele (sufusões, orientam para irritação perito-
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Departamento de Gastroenterologia

neal, presente em especial nos tação de investigação. Em


casos de apendicite aguda. situações de maior gravidade,
O toque retal, detectando eletrólitos e gasometria veno-
a presença de massas fecais sa ou arterial são exames ex-
na ampola é um dado impor- tremamente úteis.
tante nos casos de impacção O raio X simples de abdo-
fecal ou em casos de abdome me em pé e deitado pode dar
cirúrgico e abaulamentos da importantes informações a
parede retal. respeito da distribuição gaso-
sa, presença de níveis líquidos
Exames em casos de obstrução ou ar
subsidiários na cavidade em casos de per-
O hemograma completo furação de alça. O ultrassom
constitui exame importante de abdome constitui exame
no sentido de observar ane- não invasivo que pode trazer
mia, plaquetopenia, leucoci- informações a respeito das
tose com desvio à esquerda. vias biliares, pâncreas, ecotex-
O exame de urina, detectan- tura do fígado, baço e rins. O
do hematúria em casos de exame, ainda pode ser útil em
litíase renal ou leucocitúria casos de apendicite, torsão de
nas infecções urinárias deve cisto ovariano ou presença de
rotineiramente ser solicitado. outros processos inflamató-
Os exames complementares, rios e coleções intrabdomi-
como: amilase e transamina- nais. Há casos duvidosos em
ses para dor abdominal epi- que se deve complementar o
gástrica ou de localização no estudo através de tomografia
hipocôndrio direito podem abdominal ou ressonância
ser úteis como complemen- magnética.

Sinais indicativos para avaliação cirúrgica


em dor abdominal aguda

ÆÆ Dor abdominal de forte intensidade com sinais clínicos de deterioração do estado geral;
ÆÆ Vômitos biliosos ou fecaloides;
ÆÆ Rigidez abdominal involuntária;
ÆÆ Sinal de descompressão brusca positiva;
ÆÆ Distensão abdominal com timpanismo difuso;
ÆÆ Líquido livre ou sangue na cavidade abdominal;
ÆÆ História de trauma abdominal com distensão difusa e dor de forte intensidade.

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