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Comportamento Alimentar na Infância e Adolescência

MÓDULO 1: FORMAÇÃO DO
COMPORTAMENTO ALIMENTAR

Professora: Danielle Andrade – Nutricionista – CRN3:34430


danielle.andrade@meunutri.com
Assuntos abordados
• Formação do Comportamento Alimentar
– Formação e desenvolvimento do comportamento
alimentar

– Fatores fisiológicos, ambientes e sociais na prática


de formação do comportamento alimentar
individual e coletivo
Definição
O comportamento alimentar (CA) é considerado um conjunto de cognições e
afetos que regem as ações e condutas alimentares. Dessa forma, cabe ao
nutricionista (e demais profissionais que forem trabalhar com esse paciente e
conduta) identificar os comportamentos disfuncionais e habituais, para
modificar cognições inadequadas e ensinar estratégias de mudança de
comportamento e solução de problemas.

O CA reflete interações entre o estado fisiológico, psicológico e o ambiente


externo onde vivemos, portanto, a mudança do comportamento alimentar tem
como foco os comportamentos alimentares disfuncionais que precisam ser
mudados (lembrando sempre que as pessoas podem ter resistência nessas
mudanças e até mesmo medo das consequências  quando falamos da
‘formação do CA’ não podemos pensar apenas na criança, mas especialmente
e principalmente em sua mãe e cuidadores.

Adaptado de Alvarenga et al, 2015


Definição
O comportamento alimentar é definido como resultado da interação entre o consumo
alimentar e seus determinantes/agentes influenciadores...

Nutricional

Econômico Demográfico

COMPORTAMENTO
ALIMENTAR Psicológico
Social

Ambiental
Cultural

Adaptado de Soares, 2016


Definição
O comportamento alimentar é definido como resultado da interação entre o consumo
alimentar e seus determinantes/agentes influenciadores...
Sabor, aparência, valor
nutricional, higiene,
variedade, Nutricional
disponibilidade e preço

Econômico Demográfico

COMPORTAMENTO
ALIMENTAR Psicológico
Social
Tabu (risco de
saúde) x Crença x
Conhecimento Ambiental
científico Cultural

Adaptado de Soares, 2016


Formação e desenvolvimento do CA
 Gestação
 Mudança no CONSUMO e ESTRUTURA ALIMENTAR na gestação  pula
refeições, diminui o consumo de determinados alimentos por conta de enjoos
e medos

 Mudança do COMPORTAMENTO ALIMENTAR  se alimenta com culpa e


pouco ou nenhum prazer

‘...a própria gravidez pode adquirir às mulheres


sentidos ligados à imagem corporal, aos significados
atribuídos à saúde e à doença, à maternidade, ao
discurso médico, entre outros aspectos que
também influenciam no comportamento alimentar
da gestante...’ (Baião e Deslandes, 2008).

Observatório Nacional da Primeira Infância: Obesidade na primeira infância. Rede Nacional da


Primeira Infância (RNPI).2014.
Formação e desenvolvimento do CA
 Formação das papilas gustativas por volta da 8ª semana de gestação. Com 16
semanas iniciam os movimentos de sucção e maturação dos receptores
gustativos;

 Líquido amniótico é aromatizado de acordo com alimentação da mãe;

 Preferência pelo sabor doce devido a “doçura do líquido amniótico”.

Menella et al, 2011 e Maier et al, 2008


Formação e desenvolvimento do CA
 Formação das papilas gustativas por volta da 8ª semana de gestação. Com 16
semanas iniciam os movimentos de sucção e maturação dos receptores
gustativos;

 Líquido amniótico é aromatizado de acordo com alimentação da mãe;

 Preferência pelo sabor doce devido a “doçura do líquido amniótico”.

Percepção de
Formação das Aleitamento
sabores do líquido
papilas gustativas materno
amniótico

Introdução “Imitação” e
alimentar adequada alimentação
e variada consciente

Menella et al, 2011 e Maier et al, 2008


Formação e desenvolvimento do CA

Experiência Padrão de
Experiência
com os preferência
inata (defesa)
alimentos alimentar

Líquido
amniótico Efeito na
Qnto mais familiar/exposto é o alimento, aceitação
mais ‘gostoso’ ele fica! alimentar na
infância e vida
LM
adulta

Menella et al, 2011 e Maier et al, 2008


Formação e desenvolvimento do CA
 Aleitamento materno (AM) (IDEAL – exclusivo até 6m e prolongado 2 anos ou +)

 LM muda de gosto todos os dias  > aceitação dos alimentos na IA (em


menos exposições/ofertas)

 > FLV na gestação e lactação  < dificuldades alimentares até os 7ª

 Todas as cças passarão por uma fase de seletividade entre os 2 e 6 anos,


mas as atitudes e comportamentos dos cuidadores é que determinarão a
duração, intensidade e tipo de seletividade

Menella et al, 2011 e Maier et al, 2008


Formação e desenvolvimento do CA
Benefícios do aleitamento materno na formação do comportamento
alimentar

Variação da Composição Vínculo Afetivo Relação de Prazer e


do LM Tempo de Alimentação

Aumento do “repertório de Relação de proximidade = O AM em livre demanda


sabores” = Melhor aceitação Criança segura e maior “fixa” no bebê a sensação de
da alimentação confiança da mãe na prazer, uma vez que o
complementar introdução alimentar “desconforto da fome” é
cessado com o contato mãe
e bebê. O tempo de
aleitamento é maior em AM
do que em AA, aumentando
o momento de prazer
relacionado a alimentação.

Vieira et al, 2004


CA na Alimentação Infantil
 Introdução Alimentar (IA) - 06 aos 24 meses e Alimentação infantil - > 2 anos

 Crescimento acelerado no 1º ano e depois redução na velocidade

 Métodos de IA  ‘RESPEITATIVA’!
 Dar x oferecer
 Fome x saciedade, chantagens, ameaças, enganação...

 Fase de grande interesse pelos alimentos e propício para a formação de um


comportamento alimentar consciente  rejeição facial x recusa alimentar x medo
do novo

 LM NÃO atrapalha/interfere NUNCA a aceitação alimentar!!

González, 2014; Rapley e Murkett, 2015


CA na Alimentação Infantil

Segundo relatos dos pais, entre 25 e 28% dos bebês


menores de 6m, 24% das cças de até 2a e 18% das cças até
os 4a de idade manifestam problemas na alimentação.

Ramsay, 2004

3 os sinais de saciedade do bebê/cça:


1º, ‘dizer’ não, fechar a boca, empurrar a comida, se
distrair
2º, coloca na boca, mastiga e ‘guarda’ na bochecha
3º, engole e vomita

González, 2016
CA na Alimentação Infantil

Segundo relatos dos pais, entre 25 e 28% dos bebês


menores de 6m, 24% das cças de até 2a e 18% das cças até
os 4a de idade manifestam problemas na alimentação.

Ramsay, 2004

3 os sinais de saciedade do bebê/cça:


1º, ‘dizer’ não, fechar a boca, empurrar a comida, se
distrair
2º, coloca na boca, mastiga e ‘guarda’ na bochecha
3º, engole e vomita

González, 2016
Quando uma cça começa a comer, não são só os sabores e as
texturas que são novidade. As relações entre quem come e
quem dá de comer também se ampliam e nelas podem surgir
possíveis dificuldades que fazem com que a IA não flua
adequadamente e experiências ruins desta fase sejam levadas
para a alimentação da cça ao longo da vida.
O objetivo de estudar a formação do comportamento alimentar
é estimular o olhar do profissional para além dos alimentos
consumidos na IA, buscando entender como as relações entre
quem come e quem dá de comer podem influenciar o “que”,
“quanto” e “como” a cça comerá.
CA na Alimentação Infantil
 Pré escolar (2 a 5 anos) e escolar (6 aos 12 anos)

 Maior autonomia e interação social/influência do meio (Leathwood e Maier, 2005)

 ‘Meu filho não come’  conhecer os alimentos (Skinner, 2002)

 Se o alimento se torna familiar nessa fase, o hábito se perpetua  exemplo


familiar e atitudes positivas (Leathwood e Maier, 2005)

 Restrição gera compulsão ao alimento restrito na ausência dos pais (Liem, 2004)

 Adultos com compulsão ou restrição alimentar importante foram


recompensados/controlados/castigados na infância com esses alimentos (Puhl e
Schwartz, 2003)

González, 2014; Rapley e Murkett, 2015


CA na Alimentação Infantil
 Principais erros/o que não fazer
 Achar que a exceção pode ser regra (nada pode x tudo pode)

 Contar ‘mentiras’ sobre a alimentação

 Desistir nas 1as recusas

 Fazer ameaças

 Forçar a comer

 Liquidificar ou mascarar os alimentos  regredir na consistência

 Não dar o exemplo

 Não prestar atenção à refeição

González, 2014; Instituto PENSI, 2016


CA na Alimentação Infantil
 Principais barreiras dos pais e cuidadores

 Relação dos pais com a própria alimentação

 Planejamento das refeições pelos adultos

 Habilidades das famílias para o preparo

 Preferências alimentares

 Falta de tempo e rotina

González, 2014; Instituto PENSI, 2016


Relação dos pais com a própria
alimentação

Questionário traduzido e adaptado de: Tylka, TL. Development and psychometric evaluation of a
measure of intuite eating. Journal of Counseling Psychology, v.53, n.2, p.226-40, 2006.
Relação dos pais com a própria
alimentação

Cada parte do questionário está diretamente relacionada


a um aspecto importante da sua relação com o alimento.
Significando:
Parte 1: instinto de fome e saciedade - A 1ª parte do
questionário reflete no quanto você confia nos seus
instintos de fome e saciedade para se alimentar. Se você
fez acima de 20 pontos, isso demonstra que você confia
pouco, ou quase nada, neles.

Questionário traduzido e adaptado de: Tylka, TL. Development and psychometric evaluation of a
measure of intuite eating. Journal of Counseling Psychology, v.53, n.2, p.226-40, 2006.
Relação dos pais com a própria
alimentação

Questionário traduzido e adaptado de: Tylka, TL. Development and psychometric evaluation of a
measure of intuite eating. Journal of Counseling Psychology, v.53, n.2, p.226-40, 2006.
Relação dos pais com a própria
alimentação

Cada parte do questionário está diretamente relacionada


a um aspecto importante da sua relação com o alimento.
Significando:
Parte 2: permissão de comer - Aqui, avaliamos sua
dificuldade em se permitir comer alguns alimentos que
você considera ‘ruins’ ou ‘não saudáveis’. A partir de 20
pontos significa que você se policia demais.

Questionário traduzido e adaptado de: Tylka, TL. Development and psychometric evaluation of a
measure of intuite eating. Journal of Counseling Psychology, v.53, n.2, p.226-40, 2006.
Relação dos pais com a própria
alimentação

Questionário traduzido e adaptado de: Tylka, TL. Development and psychometric evaluation of a
measure of intuite eating. Journal of Counseling Psychology, v.53, n.2, p.226-40, 2006.
Relação dos pais com a própria
alimentação

Cada parte do questionário está diretamente relacionada


a um aspecto importante da sua relação com o alimento.
Significando:
Parte 3: emoção X fome - Você come mais por fome ou
por emoção? Alta pontuação significa que sua
alimentação é guiada mais pela emoção do que pela
fome. Caso tenha feito mais de 10 pontos, significa que
você utiliza a comida em momentos de instabilidade
emocional.

Questionário traduzido e adaptado de: Tylka, TL. Development and psychometric evaluation of a
measure of intuite eating. Journal of Counseling Psychology, v.53, n.2, p.226-40, 2006.
Relações familiares e inadequações de
habilidades na alimentação
37,9% ausência de 33% uso
56% uso prolongado
autonomia para inadequado de
de mamadeira
comer sozinho utensílios

73% comem em 78% sem a presença 55,2% em ambiente


postura inadequada de um adulto inadequado

100% transição para


sólidos em torno dos 16m,
apesar da IA começar
antes dos 6m
Instituto PENSI, 2016
Relações familiares e inadequações de
habilidades na alimentação

Estudo de Cerro (2002) com pais de crianças


entre 1,5 e 3,5 anos nascidas
prematuramente, identificou que 45%
desejavam mudar o hábito alimentar da cça e
para isto 51% tinham oferecido recompensas
e 69% persuasão, na tentativa de incentivar o
aumento da ingestão alimentar.

Pesquisa com 947 mães brasileiras de cça


entre 3 e 10 anos, mostrou que 51% delas
diziam ter filhos com dificuldades
alimentares...
Relações familiares e inadequações de
habilidades na alimentação

 Uso de recompensas e falta de limites


 Independente da cça ter dificuldades alimentares
↑ seletividade < > ↓ limites para guloseimas

 ↑ resposta à saciedade, lentidão para comer e redução do comportamento


alimentar em resposta a emoções < > ↑ uso de recompensas

Instituto PENSI, 2016


Relações familiares e inadequações de
habilidades na alimentação

 Substituição de alimentos/refeições especiais

 Pais permitem que a cça não coma com a família (e nem a comida da
família)

 Sem participar das refeições  impossibilidade da cça tolerar, se


familiarizar e aprender com os pais a gostar de novos alimentos

 Oferecer refeição diferente da família/mtas opções  cça pode limitar


ainda mais sua alimentação >> escassez de variedade alimentar

Instituto PENSI, 2016, González, 2014


Relações familiares e inadequações de
habilidades na alimentação

 Uso de estimuladores de apetite

 Pais costumam ficar mais “tranquilos” quando as cças fazem uso de


suplementação/estimuladores de apetite e assim se alimentam melhor
(Pela menor pressão que exercem nas cças).

Instituto PENSI, 2016, González, 2014


Relações familiares e inadequações de
habilidades na alimentação

 Uso de estimuladores de apetite

 Pais costumam ficar mais “tranquilos” quando as cças fazem uso de


suplementação/estimuladores de apetite e assim se alimentam melhor
(Pela menor pressão que exercem nas cças).

Vale a reflexão: Se normalmente


as causas são comportamentais,
vale a pena utilizar
suplementação?

Instituto PENSI, 2016, González, 2014


Atitudes e estratégias dos pais no
contexto alimentar
 Refeição em família  modelo e atenção dada – elogio e encorajamento
Alimentos com baixa palatabilidade, como vegetais, são oferecidos em
contexto negativo  coação

Alimentos ricos em açúcar, sal e gordura, são oferecidos em contexto


positivo  recompensa

Ramos et al, 2000


Atitudes e estratégias dos pais no
contexto alimentar
 Refeição em família  modelo e atenção dada – elogio e encorajamento
Alimentos com baixa palatabilidade, como vegetais, são oferecidos em
contexto negativo  coação

Alimentos ricos em açúcar, sal e gordura, são oferecidos em contexto


positivo  recompensa

Por quê muitas pessoas


rementem a ida ao shopping ao O que a cça aprende NÃO é o
fast food? Não há outras opções intencionado pelos pais (‘o
ali que podem ser tão, senão proibido é sempre mais
mais, saborosas quanto? gostoso’)

Ramos et al, 2000


Atitudes e estratégias dos pais no
contexto alimentar
 Desenvolvimento da percepção de fome e saciedade
 Alteração do controle interno de fome e saciedade  as cças podem
aprender a diferenciar a sensação de fome de outras sensações, porém o
oferecimento de alimentos por parte dos pais, sem a necessidade
nutricional, pode resultar em alimentação inapropriada  fica claro para a
cça a msg de que sua sensação interna de saciedade não é relevante para a
quantidade de comida que ela precisa consumir. Pais que pressionam
externamente o comportamento alimentar da cça podem impedir o
desenvolvimento de um autocontrole adequado

 Quando os pais exercem > controle na alimentação das cças, elas


demonstram menos autorregulação na sua ingestão energética

Ramos et al, 2000


Atitudes e estratégias dos pais no
contexto alimentar
 Desenvolvimento da autonomia
 A cça observa o adulto com o objetivo de identificar formas, trejeitos e
aspectos da alimentação

 Deve ter estímulo à alimentação autônoma conforme o desenvolvimento da


cça (possível iniciar ainda na IA  cça mais ativa em sua alimentação)

 Aos 16 meses a cça já possui habilidade para se alimentar com talher de


forma independente

Vitolo, 2015
Adaptado de Petty, 2015

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