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Curso de Formação especializada em Comunicação Educacional e Gestão da Informação – Bibliotecas

Escolares

INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA – ESCOLA


SUPERIOR DE EDUCAÇÃO

Curso de Formação Especializada em Comunicação Educacional e


Gestão da Informação – Bibliotecas Escolares

BECA - Bibliotecas Escolares, Currículo e Aprendizagem

2010/2011 – SEMESTRE 1

PROFESSOR BIBLIOTECÁRIO – ACTOR ACTIVO NO


CURRÍCULO DA ESCOLA

Por

Susana Lopes

PROFESSOR BIBLIOTECÁRIO – ACTOR ACTIVO NO CURRÍCULO DA ESCOLA 1


BECA
Susana Lopes
10/05/10
Curso de Formação especializada em Comunicação Educacional e Gestão da Informação – Bibliotecas
Escolares

ÍNDICE

INTRODUÇÃO................................................................................................................3
I -TEORIA ANALISADA................................................................................................4
a) Professor Bibliotecário - Funções...............................................................................4
b) Professor Bibliotecário - Papéis..................................................................................5
c) Professor Bibliotecário - “Agente dinâmico de Aprendizagem”................................7
d) O Professor Bibliotecário e a Colaboração com a Comunidade Educativa..............8
II - PRÁTICA COMENTADA.........................................................................................9
a) Trabalho com uma escritora........................................................................................9
CONCLUSÃO.................................................................................................................13
Bibliografia.....................................................................................................................14

PROFESSOR BIBLIOTECÁRIO – ACTOR ACTIVO NO CURRÍCULO DA ESCOLA


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Susana Lopes
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INTRODUÇÃO

Dos diversos estudos apresentados, a importância da figura do Professor Bibliotecário é


destacada como actor central no sucesso dos objectivos de uma Biblioteca Escolar, com
papéis muito específicos, sendo um dos principais a sua condição de ser docente.
Sublinho a designação docente tal como refere a Portaria n.º 756/2009, de 14 de Julho,
que define o “procedimento específico de selecção e afectação de recursos humanos,
através da criação da função de professor bibliotecário.”(p.4488)
O seu artigo2.º, correspondente à “Designação de professores bibliotecários”, refere o
seguinte, no seu número 1: - “Em cada agrupamento ou escola não agrupada deve ser
designado para o exercício da função de professor bibliotecário um ou mais docentes,
independentemente do nível de ensino ou da categoria a que pertençam, tendo em
conta a tabela constante do anexo I da presente portaria.”
Considerando a Biblioteca Escolar como o Centro da Escola, receptora de influências e
também ela, uma estrutura de influência forte na construção do Currículo, basearei a
minha reflexão, então, em torno da figura do Professor Bibliotecário com papéis e
funções específicos, como “Agente Dinâmico de Aprendizagem” e “Promotor de
Trabalho Colaborativo”, inserido na estrutura escolar. Esta reflexão está organizada em
duas secções, uma que nomeei “Teoria Analisada” e outra “Prática Comentada”.
Na primeira recorro aos vários documentos disponibilizados de análise de estudos
reveladores do impacto positivo das Bibliotecas Escolares e dos Professores
Bibliotecários, não só no desenvolvimento de competências específicas escolares,
perante as exigências da sociedade da informação, mas também na construção de um
conceito de escola efectivamente colaborativa.
Na segunda parte pretendo reflectir sobre os conceitos abordados na primeira, como
subjacentes a uma filosofia de biblioteca escolar preconizada no nosso país, recorrendo
a uma referência integrada das funções da Biblioteca e do Professor Bibliotecário, tal
como vêm descritas no Manifesto das Bibliotecas Escolares da IFLA/UNESCO e na
Portaria n.º 756/2009, de 14 de Julho. Para tal pretendo descrever uma actividade
baseada no trabalho com uma escritora, Teresa Marques, nas áreas da Promoção da
Leitura e da Literacia da Informação.

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I -TEORIA ANALISADA

a) Professor Bibliotecário - Funções


Estando criado o espaço de Biblioteca, com todo o seu potencial, a nível de localização
(dentro da escola), quantidade adequada de materiais livro e não livro disponíveis para a
comunidade educativa, assim como o equipamento, há que “justificar” todo o
investimento, o que só poderá ser feito se aquele espaço for aproveitado, em pleno, pela
sua Comunidade Educativa. Como referem Elisa Corrêa e outros (2002), a BE
“necessita estar inteiramente ligada aos esforços dos educadores e não apenas
constituindo um apêndice para a escola” (p.110). As mesmas autoras, citando Silva
(1995), defendem que “Ensino e Biblioteca são instrumentos complementares(…),
ensino e biblioteca não se excluem, completam-se. Uma escola sem biblioteca é um
instrumento imperfeito. A biblioteca sem ensino, ou seja, sem a alternativa de estimular,
coordenar e organizar a leitura, será por seu lado, um instrumento vago e incerto”
(p.111).
Se tivermos em conta os objectivos da BE mencionados no Manifesto da Biblioteca
Escolar da IFLA/UNESCO baseados nas áreas do “desenvolvimento da literacia, das
competências de informação, do ensino, da aprendizagem e da cultura” (Objectivos da
biblioteca escolar, par.2) é evidente que, como é referido no mesmo documento “A
biblioteca escolar é parte integrante do processo educativo” (Objectivos da biblioteca
escolar, par.1), pois são áreas comuns de trabalho.
Segundo Corrêa e outros (2002), podem-se definir quatro características fundamentais
dos objectivos da BE, sobre as quais efectuei uma leitura pessoal, considerando que: a
primeira tem a haver com a apropriação do currículo pela comunidade educativa; a
segunda com o desenvolvimento de cidadãos intervenientes e “criativos”; a terceira com
o facto de ser um “auxiliar no processo de ensino-aprendizagem”; e por último, o
respeitar do Projecto Educativo e do Regulamento Interno do Agrupamento e da Escola,
através do desenvolvimento de um Plano de Acção, de um Plano Anual de Actividades
e de um Regulamento de Biblioteca, integrado no Currículo da Escola.
No Manifesto da IFLA/UNESCO refere-se que a BE cumpre as suas funções “ (…)
desenvolvendo políticas e serviços, seleccionando e adquirindo recursos,
proporcionando acesso físico e intelectual a fontes de informação apropriadas,

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disponibilizando equipamentos educativos e dispondo de pessoal treinado.” (Objectivos


da biblioteca escolar, par.12)
O Professor Bibliotecário assume então um papel essencial na “orientação deste barco”
que é a Biblioteca dentro da Escola. Este profissional de educação, em muitas das suas
funções, tais como são definidas na portaria n.º 756/2009 de 14 de Julho, assume
competências de gestão. Estas são enumeradas, nesta mesma portaria, no seu artº 3.º, no
ponto 1, no que se refere à gestão da própria Biblioteca e no ponto 2, alínea c) à gestão
dos recursos humanos afectos à Biblioteca; na alínea d) à gestão funcional e pedagógica
dos recursos materiais afectos à biblioteca; e na alínea e) gestão dos recursos de
informação, promovendo a sua integração nas práticas de professores e alunos.
Estas funções/competências, relacionadas com a gestão “exigidas” ao Professor
Bibliotecário, conferem-lhe um perfil muito para além das suas competências como
docente, contribuindo para a atribuição de papéis próprios da sua condição de ser
“Bibliotecário” dentro de uma Escola!

b) Professor Bibliotecário - Papéis


Segundo o estudo que nos foi disponibilizado da National Comission on Libraries and
Information Science (NCLIS), que analisa vários estudos desenvolvidos em vários
estados Norte Americanos, actualizado em 2008, os técnicos/professores de Bibliotecas
Escolares denominados “library media specialist”, têm vários papéis, sendo ao mesmo
tempo, Professores (teacher), parceiros instrutivos (instructional partner),
especialistas de informação (information specialist) e administradores do programa
(program admnistrator), da Biblioteca (p.9). Na página 17 do mesmo documento, é
extremamente interessante analisar o estudo desenvolvido no Estado de Indiana, no ano
de 2007, por Lance e outros, que se baseou na recolha de dados, através de inquéritos,
somente dirigidos a Professores Bibliotecários (293), Directores de escola (99) e
Professores (422), sem recolher dados dos alunos. Neste inquérito pretendia-se analisar
como os estudantes, directores e professores beneficiam com a existência de Bibliotecas
Escolares “Fortes”. Chegou-se à conclusão que os Professores e os Directores encaram
o Professor Bibliotecário como um incentivador de Leitura “reading motivator”,
professor “teacher”, administrador de recursos “instructional resources manager”,
destacado para proporcionar o acesso a diversos recursos “in-service provider”,
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considerando assim que a presença destes profissionais especializados, contribuiria para


uma escola com sucesso. Por seu lado, os Professores Bibliotecários consideram que os
seus colegas Professores e Directores têm uma perspectiva de si como dirigente escolar
“school leader”, designers do currículo “curriculum designers”, colegas
administradores “fellow administrators”, para os Directores e colegas Professores
“fellow teacher” para os Professores (p.18).
Analisando todos os papéis, podemos concluir que um é comum aos três estudos
apresentados, o de ser “Professor”. Creio que esta condição para desenvolver trabalho
numa BE será muito importante se o docente lá colocado tiver gosto em desenvolver
trabalho numa biblioteca, com todas as implicações que daí advêm. Longe vai o tempo
em que uma Escola, para concorrer ao programa da Rede de Bibliotecas Escolares, o
fazia com o objectivo principal de angariar fundos para conseguir criar um espaço de
biblioteca escolar com muitos recursos, em que o profissional destacado para a
dinamizar, sendo professor, com a sua formação e prática pedagógica, podia não ter
qualquer apetência, ou ter muito poucas, para suportar o trabalho a ser desenvolvido
naquele espaço, comprometendo tudo o que se relacionava com a gestão do espaço,
materiais e equipamentos, assim como o desenvolvimento de estratégias e actividades
com toda a Comunidade Educativa. No entanto, as próprias escolas tinham muita
dificuldade em poder escolher a pessoa com o melhor perfil, pois as regras de concurso
não eram muito flexíveis. Foi através dos esforços desenvolvidos pelo Programa da
Rede de Bibliotecas Escolares que, pouco a pouco, se tem conseguido afectar, primeiro
com a criação da figura do Coordenador de Biblioteca e desde este ano lectivo
(2009/2010), a do Professor Bibliotecário, através da Portaria n.º756/2009, de 14 de
Julho, que no seu artº 5.º, do Capítulo II, o referente ao procedimento interno de
designação, sublinha que tem que ser um docente, de formação base, e com interesse e
perfil para ocupação de um cargo na Biblioteca Escolar, com experiência e formação no
mínimo certificada, nas áreas da Biblioteca Escolar e das Tecnologias da Informação e
Comunicação.
Papéis como o de incentivador de Leitura “reading motivator”, na área da Promoção
da Leitura e o de especialista de informação (information specialist), na área da
Literacia da Informação, serão então as áreas privilegiadas de interacção com o
Currículo, uma vez que são áreas transversais ao mesmo. Tal como é referido no

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estudo desenvolvido por Frances Roscello e Patricia Webster (2002), numa tradução
adaptada por mim (2008, p.8), quando os Professores Bibliotecários desenvolvem
programas colaborativos de directrizes de leitura, asseguram que a tecnologia, o
ensinar e o aprender estão integrados em conjunto, proporcionam materiais com
imaginação para promover a leitura, encorajam os alunos a procurar, aceder e a usar a
informação de forma independente, sem deixarem de providenciar espaços destinados à
leitura recreativa, com recurso à selecção individual e orientada, sendo estas algumas
das estratégias que auxiliam as escolas a alcançar os objectivos relacionados com a
leitura e a aprendizagem. Ao desenvolver uma prática colaborativa na escola, o
Professor Bibliotecário realmente é colega, parceiro no ensino, administrador dos
recursos e plano de acção, gestor de actividades, dirigente escolar e como refere
Grundy (1987, p.5) que define “currículo” como “…um modo de organizar um conjunto
de práticas humanas.” (como citado em Pacheco, 1996), então o Professor Bibliotecário
é com toda a certeza um designer do currículo!

c) Professor Bibliotecário - “Agente dinâmico de Aprendizagem”


Segundo um estudo aplicado no Estado de Ohio por Ross Tood em colaboração com
Carol Kuhlthau, entre Outubro de 2002 e Dezembro de 2003, considerou-se que “an
effective school library, lead by a credentialed school librarian who has a clearly
defined role in information-centered pedagogy, plays a critical role in facilitating
student learning for building knowledge… An effective school library is not just
informational, but formational.” (2003, p.6). Neste estudo foram identificados três
componentes interactivos essenciais para que as Bibliotecas Escolares de Ohio exerçam
o seu papel como “Agentes dinâmicos de Aprendizagem”. O componente
“Informacional”, o componente “Transformacional” e o componente
“Formacional”. (p.6)
Segundo análise efectuada pela NCLIS, no seu trabalho “School Libraries Work”, com
tradução e adaptação minha (p.22), no componente “Informacional” são considerados:
- Os recursos informativos assim como a infra-estrutura tecnológica, no que respeita aos
diferentes recursos adaptados aos diferentes níveis, conforme o Currículo;
- Os últimos avanços na tecnologia para adquirir, organizar, criar e disseminar
informação e criar uma porta aberta para a informação;
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- Os recursos de leitura para o Currículo e para a leitura recreativa.”


Quanto ao componente “Transformacional” (p.23) refere-se ao:
- Desenvolvimento do acesso à informação e construção de competências de
conhecimento;
- Desenvolvimento de aptidões tecnológicas facilitadoras do acesso à informação e
criação de conhecimento;
- Desenvolvimento de abordagens de promoção da leitura, no que se refere a objectivos
programáticos e de aprendizagem para toda a vida.
Por fim, o “Formacional” (p.23) aborda:
- Os resultados dos alunos, no sentido de serem os próprios criadores de novo
conhecimento, através do recurso à informação:
- Pesquisando e utilizando competências de informação:
- Desenvolvendo capacidades adaptadas à realidade para além da sala de
aula;
- Recorrendo à tecnologia e ferramentas informáticas na produção de
novo conhecimento e demonstração do alcance de objectivos.
Todos os três componentes estão intimamente relacionados entre si.

d) O Professor Bibliotecário e a Colaboração com a Comunidade


Educativa
A Biblioteca Escolar como “Agente dinâmico de Aprendizagem” deve ser considerada
o centro preparado para facultar todos os meios que permitem a transformação da
informação em conhecimento e o Professor Bibliotecário tem o seu papel bem definido
na construção deste conhecimento. Certamente esta postura na educação dos alunos é
tanto mais valorizada quanto maior for a colaboração entre os Docentes e o Professor
Bibliotecário.
Na publicação do estudo “Research on teacher and librarian collaboration: An
examination of underlying structures of models” (2007) dirigido por Patricia Montiel-
Overall, é interessante verificar que a questão já não se coloca se haverá ou não
colaboração, pois ela pode ser considerada quando, como indica Montiel- Overall:
existe partilha de recursos; são dinamizadas com alguma frequência, actividades em
conjunto; existe partilha de responsabilidades; existe uma colaboração no planeamento,
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na implementação e na avaliação; todos os docentes são parceiros no planeamento e na


transmissão de saberes; existe melhoramento dos conteúdos programáticos; há partilha
(pensamentos, planos e criação de algo novo) (p.279). No mesmo trabalho, foi
referenciado um estudo de Lance, em que o mesmo descreve as escolas como estando
caracterizadas por três alíneas, sendo as que pertencem à alínea a), as que ele identifica
como tendo um professor bibliotecário perfeitamente integrado no ambiente escolar; as
da alínea b) as escolas onde o mesmo profissional trabalha com os professores, e as da
alínea c) escolas que têm uma colecção bem fundamentada. Então como podemos
classificar os níveis de cooperação entre Docentes e Professores Bibliotecários?
Como indica um estudo indicado por Patricia Montiel-Overall, na publicação já
referenciada, desenvolvido fora da área das Bibliotecas, em 2003, por N. Hara e outros
cientistas de investigação, a colaboração é baseada numa relação contínua com
diferentes variantes, sendo que num extremo desta relação os participantes cumprem,
cada um, a sua parte (relação complementar), e no outro extremo é quando a
responsabilidade do projecto é mútua (relação integrada) (p.279).

II - PRÁTICA COMENTADA

a) Trabalho com uma escritora


Nesta etapa pretendo explorar duas das áreas que nos foram sugeridas, inseridas na
Literacia, primeiro a da Promoção da Leitura e em seguida a da Pesquisa de
Informação, ambas integradas na mesma actividade, a do “Clube de Leitura”.

ÁREA : LEITURA
OBJECTIVOS : Promover a Leitura
* Divulgar o trabalho editado de uma escritora/poetisa, infanto-juvenil.
* Explorar o acesso a diferentes suportes de leitura.
ESTRATÉGIAS – Sessões quinzenais, com as turmas do 1.º e 2.º anos, com duração de
1 hora.
- Articulação com os Professores;
- Articulação com a escritora Teresa Marques;
- Produção de materiais para publicar no blog da BE;
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- Recurso a meios audiovisuais e digitais.


Sessões desenvolvidas com os grupos de 2ºano: As três turmas exploraram vários
textos escritos, de Teresa Marques, com recurso a um sítio na Internet em que a autora
edita os seus textos (prosa e poesia) e que se chama “Saborsaber”. Alguns destes
textos são canções. Estes trabalhos não estão editados noutro suporte. Também
exploraram um dos seus livros editados de poesia, “Provérbios Repenteados”. Dessas
sessões resultaram produções das turmas, em forma de textos, segundo os desafios
lançados, que tiveram o propósito de serem publicados no blog da biblioteca, como
forma de divulgação do mesmo, para que a escritora pudesse comentar e assim os
alunos e professores estabelecessem alguma “cumplicidade” com a autora. Está em
construção uma história conjunta, com a colaboração da escritora.

ÁREA : LITERACIA DA INFORMAÇÃO


OBJECTIVOS: Desenvolver competências de pesquisa de informação
* Potenciar o recurso aos serviços da BE.
* Explorar o acesso a diferentes suportes de informação.
ESTRATÉGIAS – Sessões quinzenais, com as turmas do 1.º e 2.º anos, com duração de
1 hora.
- Articulação com os Professores;
- Articulação com a escritora Teresa Marques;
- Produção de materiais para publicar no blog da BE;
- Recurso a meios audiovisuais e digitais;
- Recurso ao “Guião de Pesquisa de Informação” do Agrupamento:
Sessões desenvolvidas com os grupos de 2ºano: Neste Terceiro período as sessões têm
como objectivo principal preparar o Encontro com a Escritora a realizar pela “Feira
do Livro de Verão”. Assim, foi proposto às três turmas trabalharmos de forma a
construirmos uma biografia de Teresa Marques, a ser publicada no nosso blog
(pretende-se assim, divulgar informação sobre a escritora que nos visitará). Esta
informação será aproveitada para fazer uma exposição em suporte de papel, para a
biblioteca (por ser o local de realização da Feira do Livro), e será integrada na
apresentação digitalizada de todas as actividades desenvolvidas nos nossos “Clubes de
Leitura”. Com as três turmas de 2.ºano, a abordagem à actividade foi diferenciada.
Lancei então o desafio, com uma turma, de realizarem uma pesquisa sobre a vida da
Teresa Marques, recomendando duas referências digitais. A um segundo grupo recorri à

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2.ª e 3ª etapa dum guião de pesquisa de informação existente no nosso Agrupamento, e


com a terceira turma propus o recurso à quarta etapa do mesmo documento. (Como é o
ano de implementação do guião, o grupo dos Professores Bibliotecários do nosso
Agrupamento tem verificado que os colegas não têm recorrido à utilização do mesmo).
Com a turma em que recorri à 2.ª etapa que solicita que se defina o que sabemos e o que
queremos saber, sobre, neste caso, a escritora Teresa Marques e à 3.ª etapa em que se
pretende ajudar a orientar a pesquisa, na qual sugeri alguns sítios na Internet, a
professora titular criou um guião adaptado, como trabalho de férias da Páscoa, a ser
desenvolvido com o apoio da família.
Da mesma forma, na turma a quem sugeri só os sítios de pesquisa, a professora pediu
para efectuar a pesquisa durante as férias da Páscoa, pelo que a grande maioria do
grupo, com os seus familiares, imprimiu a informação. Na partilha desta vivência, na
última sessão do clube, sugeri à turma que recorresse ao guião para organizarem a
informação impressa.
À última turma, sugeri a exploração da 4.ª etapa que se refere à organização da
apresentação da informação (recolhida pela turma que explorou a 2.ª e a 3ª etapa do
guião).
Tarefas do Professor Bibliotecário *: b) Promover a
articulação das actividades da biblioteca com os objectivos do
projecto educativo, do projecto curricular de
CARACTERÍSTICAS
Agrupamento/escola e dos projectos curriculares de turma;
e) Definir e operacionalizar uma política de gestão dos
recursos de informação, promovendo a sua integração nas
práticas de professores e alunos;
f) Apoiar as actividades curriculares e favorecer o
desenvolvimento dos hábitos e competências de leitura, da
literacia da informação e das competências digitais,
trabalhando colaborativamente com todas as estruturas do
Agrupamento ou escola não agrupada;
Funções da BE ** : - Apoiar e promover os objectivos
educativos delineados de acordo com as finalidades e
CARACTERÍSTICAS
curriculum da escola;
- Desenvolver e manter nas crianças o hábito e o prazer da
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leitura e da aprendizagem, e também da utilização das


bibliotecas ao longo da vida;
- Proporcionar oportunidades de produção e utilização de
informação para o conhecimento, compreensão, imaginação e
divertimento;
- Apoiar os estudantes na aprendizagem e prática de
capacidades de avaliação e utilização da informação,
independentemente da natureza, suporte ou meio, usando de
sensibilidade relativamente aos modos de comunicação de
cada comunidade;
- Providenciar acesso aos recursos locais, regionais, nacionais
e globais e às oportunidades que exponham os estudantes a
ideias, experiências e opiniões diversificadas;
- Organizar actividades que favoreçam a tomada de
consciência cultural e social e a sensibilidade;
- Promover a leitura e os recursos e serviços da biblioteca
escolar junto da comunidade escolar e do meio.

REFLEXÃO: Os “clubes de leitura” são projectos muito ricos nas diferentes


vertentes da Literacia. Uma vez que sou responsável por uma biblioteca inserida numa
escola de Primeiro Ciclo, já pelo quarto ano consecutivo (durante os quais tenho
recolhido algumas evidências que me permitem adequar os objectivos da BE à
realidade da escola), verifiquei, nas reuniões de avaliação de actividades, que os clubes
de leitura desenvolvidos com os alunos durante o ano lectivo passado (em que os
próprios se inscreveram voluntariamente), surtiram alguma curiosidade pela parte de
alguns professores. Os docentes consideraram que as competências leitoras foram
incentivadas, o que predispôs alguns a desenvolver trabalho com a professora
bibliotecária, tal como Lance definiu como sendo a alínea b) da caracterização de uma
Escola, “as escolas onde o mesmo profissional [Professor Bibliotecário] trabalha com
os professores.” (cit. na p.9 deste trabalho)
Este ano lectivo (2009/2010), o desenvolvimento de Clubes de Leitura foram desde
logo inseridos no Plano de Acção da Biblioteca. Esta actividade será desenvolvida
durante 4 anos lectivos (incluindo o que está a decorrer) com as turmas de 1.ºano. Este
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ano ficou registada como actividade do Plano Anual da Biblioteca, também com as
turmas do 2.ºano de escolaridade e com os alunos de 3.º e 4º anos, estes de forma
voluntária.
Desde o início que posso dizer que me considero, em relação a esta actividade, o
“Administrador dos Recursos e Plano de Acção”, assim como o “Gestor das
actividades” e o “Designer do Currículo” (v.p.7 e 8). Desde que comecei a dinamizar
estes clubes, tento “desdramatizar” o esforço requerido para ler, através do
desenvolvimento de “programas colaborativos” (v.p.7), recorrendo a diferentes
suportes, identificando-me perfeitamente como sendo uma “incentivadora de leitura”
Com a divulgação dos blogs e página da Internet, recursos muito atractivos para os
alunos (“Componente Informacional”), tentei promover competências de acesso à
informação práticas e reconhecimento desta informação (“Componente
Transformacional”) Automaticamente, tenho criado condições para que os alunos
“Aprendam a Aprender” (Componente Formacional) (v.p.6).
Tem havido partilha entre nós, docentes, no sentido de adaptar e melhorar os
conteúdos programáticos das sessões numa postura de “colegas” e “parceiros no
ensino”. O objectivo é conseguirmos chegar à construção de um projecto a pares
(Relação integrada). (v.p.9)

* Ministério da Educação. Portaria n.º 755/2009 de 14 de Julho (Artigo 3.º) Conteúdo funcional, ponto 2
** Federação Internacional de Associações de Bibliotecários e Bibliotecas - : Secção de Bibliotecas
Escolares e Centros de Recursos. A Biblioteca Escolar no Ensino-Aprendizagem para todos - Manifesto
da Biblioteca Escolar

CONCLUSÃO
A necessidade de integração do currículo na vivência da Biblioteca Escolar e vice-versa,
embora seja evidente, não é fácil. Todos os estudos analisados referem a mais valia que
é ter uma biblioteca numa escola, onde o desenvolver de competências de literacia,
iniciando com a aprendizagem da leitura é o grande desafio. Como referiu Frances
Roscello, presidente da American Association of School Libraries no ano de 2002/2003
“Classroom collections are most apropriate for learning to read; school libraries are

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most appropriate for reading and reinforcing the reading process.” (p.8) É interessante
que, dos estudos analisados, o desenvolvido pela Rede de Bibliotecas Escolares é o que
tem uma visão mais optimista do futuro das Bibliotecas Escolares, ainda com muito
trabalho para desenvolver, conforme o é referido quando se diz “Mas o conceito de
biblioteca escolar foi mudando e as áreas de intervenção da BE foram evoluindo e
multiplicando-se, tendo-se percebido maiores défices ao nível da actuação da BE em
relação ao desenvolvimento de competências de literacia de informação e da promoção
do conhecimento, em articulação com o apoio curricular, algo que está agora a ser
incentivado e que está bastante relacionado com as novas tecnologias de informação”
(p.85)

No que concerne à questão principal do trabalho, a articulação com o currículo, tentei


reflectir sobre as competências dos principais intervenientes, pois cada vez acredito
mais que o conceito de biblioteca escolar, depende de cada escola e do investimento de
todos nesse conceito. O Professor Bibliotecário, tão valorizado nos vários estudos, não o
consegue construir sozinho. Por exemplo, pelo facto do professor bibliotecário não estar
na biblioteca, o espaço não está fechado à utilização orientada por outros professores da
escola, ou mesmo outras componentes de apoio à família. Até porque na realidade, a
maior parte das bibliotecas escolares do Primeiro Ciclo, não conseguem ter equipa da
Biblioteca, por ausência de horas atribuídas para tal.

Em relação à vivência da escola onde lecciono, creio que já se efectuou um grande


avanço no que tem contribuído muito a actividade que descrevi do clube de leitura com
as turmas. Creio que todos os colegas têm noção das potencialidades da biblioteca
escolar no apoio ao currículo, o que falta mesmo é investir mais nos tempos para
elaboração de projectos conjuntos, de forma a evitar ser “mais uma actividade”, mas
sim ser uma das estratégias privilegiadas para promover os objectivos curriculares!

Bibliografia

Corrêa, E., Oliveira, K., Bourscheid, L., Silva, L. & Oliveira.S (2002). Bibliotecário
Escolar: Um Educador?. ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, v.7, n.1, 107-123
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Federação Internacional de Associações de Bibliotecários e Bibliotecas - : Secção de


Bibliotecas Escolares e Centros de Recursos. A Biblioteca Escolar no Ensino-
Aprendizagem para todos - Manifesto da Biblioteca Escolar.

Ministério da Educação. Portaria n.º 755/2009 de 14 de Julho.

Montiel-Overall, P. (2007). Research on teacher and librarian collaboration: An


examination of underlying structures of models. Library & Information Science
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Pacheco, J. (1996). Currículo: Teoria e Práxis. Porto: Porto Editora

Rede de Bibliotecas Escolares (2010). Estudo de avaliação do Programa Rede de


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Ohio Research Study. [ Presented to the Ohio Educational Library Media Association ] .
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Susana Lopes
10/05/10

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