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O “Manifesto Comunista” é considerado um dos tratados políticos mundialmente

com maior influência, pois traz as principais ideias do comunismo. O livro de


Marx e Engels se divide em quatro partes, sendo elas: “Burgueses e Proletários”;
“Proletários e Comunistas”; “Literatura Socialista e Comunista” e “Posição dos
Comunistas em relação aos diferentes partidos de oposição”. No primeiro
capítulo do livro, os autores realizam uma correlação da luta entre classes com
a questão da burguesia e proletariado, alegando que a luta de classes existe
desde as sociedades mais antigas, como por exemplo: o homem livre e o
escravo, senhor e servo, patrício e plebeu, enfim, opressor e oprimido sempre
estiveram em constante oposição ao outro. Quase por toda parte verifica-se uma
divisão da sociedade em escala graduada, “Na Roma antiga encontramos
patrícios, cavaleiros, plebeus, escravos, na Idade Média, senhores, vassalos,
mestres, companheiros, servos; e em cada uma destas classes, gradações
especiais.”. Ocorreu com a burguesia uma evolução histórica na idade média
(período em que foi escrita a obra) onde os servos se transformaram em livres
burgueses nas primeiras cidades e em consequência do crescimento da
navegação e novas descoberta, houve uma ascensão. Com o crescimento
econômico proveniente dessa ampliação de mercados, surgem os milionários
industriais e o crescimento da burguesia moderna. A burguesia moderna é
produto de um longo curso de desenvolvimentos, de uma série de revoluções
nos modos de produção e de troca, e teve um papel extremamente
revolucionário pois rompeu o interesse da população ao feudalismo e
transformou esse vínculo em um interesse por capital, que emergiu de tal forma
e acabou convertendo médicos, advogados, padres, poetas, em seus operários
assalariados. Conforme os autores dizem: “Impelida pela necessidade de
mercados sempre novos, a burguesia invade todo o globo. Necessita
estabelecer-se em toda parte, explorar em toda parte, criar vínculos em toda
parte.”. No lugar de uma condição autossuficiente onde ocorre o isolamento das
sociedades surge então, um curso universal de forma que gera a
interdependência entre países envolvidos, nos levando a ideia de que a
burguesa moldou o mundo de sua maneira forçando a todos seguirem o mesmo
caminho. Ocorrem fenômenos como o êxodo rural, o crescimento urbano,
aglomeração de populações e concentração de propriedades para poucos, efeito
do poder político. O proletariado desenvolve-se através do desenvolvimento do
capital burguês, mas de maneira em que eles são obrigados a vender-se
diariamente como uma mercadoria, e os custos do trabalhador condensa-se aos
meios de subsistências necessários para se mantar e produzir. Essa produção
é extremamente explorada pela burguesia pois estes visam apenas o lucro,
causando a submissão e opressão dos proletariados, “quanto menos o trabalho
exige habilidade e força, isto é, quanto mais a indústria moderna progride, tanto
mais o trabalho dos homens é suplantado pelo das mulheres e crianças.” O
proletariado desde seu nascimento luta contra o indivíduo burguês, que o explora
diariamente. Então, os rebelam-se contra a exploração em demasia, formando
associações espalhadas por todo o país com o intuito de fazer um movimento
proletário para alcançar seus objetivos políticos e trabalhistas e acabar com a
exploração do homem sobre o homem. As colisões entre indivíduos
trabalhadores e indivíduos burgueses tomam cada vez mais o caráter de colisão
entre duas classes, e sobre isso, os trabalhadores começaram a criar sindicatos
contra os burgueses.
O segundo capítulo fala do nascimento do partido comunista, que surge
em decorrência do aumento das lutas proletárias. O partido Comunista se
diferencia de outros partidos de classes de trabalhadores pelas seguintes
questões: Nas diversas lutas nacionais dos proletários, destacam e fazem
prevalecer os interesses comuns do proletariado, independentemente da
nacionalidade; Nas diferentes fases por que passa a luta entre proletários e
burgueses, representam, sempre e em toda parte, os interesses do movimento
em seu conjunto. A teoria comunista pode ser resumida em uma expressão: a
abolição da propriedade privada, porém não é a propriedade em geral, mas sim
a propriedade burguesa, fruto de trabalho exercido. Porém, o trabalho
assalariado não cria propriedades para proletários, apenas para o capital, este
que é definido como produto de coletividade, isto é, através dos esforços
conciliados de membros da sociedade. Os comunistas tinham como objetivo
aplicar um sistema igualitário, onde as seguintes regras deveriam ser seguidas:
1. Abolição de propriedade em terra e aplicação de todos os alugueis de terra
para fins públicos; 2. Um imposto de renda pesado, progressivo ou gradual; 3.
Abolição de todo direito de herança; 4. Confisco das propriedades de todos os
emigrantes e rebeldes; 5. Centralização de crédito na mão do Estado, por meio
de um banco nacional com capital do Estado e o monopólio; 6. Centralização
dos meios de comunicação e transporte nas mãos do Estado.; 7. Extensão de
fábricas e de instrumentos de produção possuídos pelo Estado.; 8.
Responsabilidades iguais para todo trabalho. Estabelecer exércitos industriais
em especial para a agricultura.; 9. Combinar as industrias de agricultura com a
de manufatura; abolição gradual das distinções entre cidade e campos, com uma
distribuição mais igual da população no país.; 10. Educação gratuita para todas
as crianças em escola pública. A abolição do trabalho infantil em fábricas de
modo atual. Combinação de educação com produção industrial etc. O que os
autores nos trazem é que o comunismo pretende cessar as verdades eternas e
anular a religião por entenderem que provém da classe dominante, e, portanto,
desejam conferir uma nova forma para que o desenvolvimento anterior não
continue e uma nova realidade surja.
O terceiro capítulo, intitulado “Literatura socialista e comunista”, os
autores dividem em três pontos, apresentando os tipos de socialismo existentes
na época, que são eles: “Socialismo reacionário”, “O socialismo conservador ou
burguês” e “O socialismo e o comunismo crítico-utópico”. O Socialismo
Reacionário também foi dividido em três tipos de explicações, são elas:
“Socialismo Feudal”, “Pequeno Burguês” e o “Alemão ou verdadeiro”. O
socialismo feudal surgiu como uma sátira a burguesia por parte dos feudalistas
que utilizaram a literatura para se opor aos ideais burgueses, porém eles foram
arruinados porque sua ideologia já estava ultrapassada e o sistema social já era
outro. O socialismo “pequeno burguês” oscilava entre o proletariado e a
burguesia, e estes “sentem aproximar-se o momento em que desaparecerão
completamente como fração independente da sociedade moderna e em que
serão substituídos no comércio, na manufatura, na agricultura, por capatazes e
empregados”. O Socialismo Conservador ou Burguês foi criado por uma parte
da burguesia, e tinha como ideal “burgueses em benefício da classe
trabalhadora”. Eles desejavam compensar as injustiças sociais causadas
anteriormente para assegurar a continuidade da existência social. O Socialismo
e Comunismo crítico- utópico tinha como objetivo melhorar as condições de
todas as classes através da literatura, buscavam uma nova ciência social e leis
sociais. Eles eram pacíficos, portanto, rejeitavam toda a ação política e
revolucionária. Tinham também, como um de seus objetivos, a abolição da
distinção entre cidade e país, da família, do lucro privado e do sistema de
salários, etc. Essas ideias apontam para o antagonismo de classe e são de
caráter utópico.
O ultimo capítulo nos mostra a relação entre os comunistas e os demais
partidos. Na França, os comunistas aliaram-se ao partido socialista-democrático,
contra a burguesia conservadora e radical. Na Suíça, apoiaram os radicais
mesmo esse partido sendo composto por bases contraditórias. Na Polônia
apoiaram o partido que insiste em uma revolução agrária como a primeira
condição para a emancipação nacional. Na Alemanha, lutaram contra a
burguesia, sempre que ela agiu de modo revolucionário, contra a monarquia
absoluta, a fidalguia rural feudal e a pequena burguesia. A todo o momento dos
movimentos descritos na obra, os comunistas são prioridade as questões
relacionadas à propriedades, trabalhando em toda parte em prol da união, sem
ocultar opiniões e objetivos.
Podemos concluir que os autores passam de forma clara e objetiva a luta
entre burguesia e proletariado e diversas vezes no livro assumem o lado
revolucionário a favor da classe proletária. A obra levou aos trabalhadores de
sua época a vontade de lutar pelos seus direitos, principalmente trabalhistas. É
fato que vivemos em outra dimensão sociológica, com lutas e revoluções que
foram primordiais para a origem da nossa atual tecnologia e globalização, e
devemos ser gratos as ideias de Marx e Engels, pois, foi por meio delas que
conquistamos certa diminuição da desigualdade social.

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