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Venha percorrer esse caminho e fazer parte desse corpo você também!
Boa jornada.
Rodrigo Cairo
IDEALIZAÇÃO / CAPA / PROJETO GRÁFICO SUMÁRIO
Rodrigo Cairo
Poesias 04
CONSULTORIA
Nathalia Ouro Crônicas 25
Artigos 43
SUGESTÕES E CONTATO
contato@caminhoseditora.com.br Músicas 50
Poesias
Lethicia Ouro
Copo de Leite
Aquarela
PARTICIPANTES
Adelina Carrilho
Davi Roballo
Anita Santana
Lis Pereira
Victor Guerra
J. Brandão
Pacífico
Simone Moura
Miguel Chammas
Nathalia Ouro
Iria Alves
Adelina Carrilho
Meu barco, meu rio
Meu barco, meu remo, meu rio, meu destino o mar, senhor
imponderável, imensidão de águas que engole homens,
rios e segredos.
Meu barco, meu rio, meu destino, abordo: uma criança recém-nascida,
um menino caçador de estrelas com o bolso cheio de sonhos, um
adolescente ansioso, um adulto ambicioso e um velho que mais pensa
que fala, visto que, deu a todos sua vitalidade, sua voz e sua garra.
Meu rio, meu barco, meu remo, meu destino o mar no qual
desaparecerão todos os meus medos.
Estranho eu
Tempestades da vida
Davi Roballo
Fotografia:
Anita Santana
Ausência
Anita Santana
… Amanhã ele muda!
Eu … morri!!! Ele…
ficou impune para caçar outra no seu jogo da moribunda
Será que algum dia se vão unir as vozes revoltadas e haverá mais entreajuda?
A cova que me abraçou … hoje até chorou! Pois eu era só uma miúda!!!
Lis Pereira
Minha alma ferina blasfema de ódio
e pragueja contra a criação divina
Victor Guerra
Pássaro cretino
Cretino pássaro
(que pousou no encosto do banco que é nosso)
Pássaro cretino
Cretino pássaro
(quase agourento por anunciar a tempestade vindoura)
Pássaro cretino
Cretino pássaro
(que vomita essa torrente de obscenidade
enquanto pensamos ouvir canção de amores)
Pássaro cretino
Cretino pássaro
(por ti não morro nem de ódio nem de amores,
por ti não canto nem choro nem derramo minhas dores)
Pássaro cretino
Cretino pássaro
(que descobriu o sentido da vida e agora, escabreado,
almeja a ignorância de antes)
Pássaro cretino
Cretino Pássaro
(que agora viaja ao longe para morrer entre os seus,
em terra conhecida, em terra amiga, findar os seus dias)
Pássaro falecido
Falecido pássaro
Desarranjo
A bifurcação do hálito
(...que é meu)
A putrefação da carne
(que não é minha)
J. Brandão
Hoje / Capital do sonho invisível
Pacífico
Alma apaixonada
Sentimento traiçoeiro
Que arranca o sentido
Transforma juiz em mendigo
Implorando ser atendido
Mas é passageira
Apaga logo sua chama
Até que outro a incendeia...
Simone Moura
O Baile
Antes a valsa
Alegre rodada, Te olho
Ligeira, marcada Me olhas,
Íamos os dois Sorrio
A rodopiar. Sorris.
Ouvidos alertas Te chamo
Os corpos eretos, Tu vens.
Os pés mui atentos Recomeça a música
Corações palpitantes Reconheço o ritmo
E a valsa a tocar. Nada mais sugestivo Voamos com as pernas
Acordes finais, Bolero. Corremos com afã,
A valsa acabou. Quiçás, quiçás, quiçás... Buscamos a alcova,
Pares desfeitos Te enlaço e Dos nossos delírios
Olhares refeitos Bailamos, Dos nossos desejos
Posturas, Aos sonhos nos entregamos Te dispo,
Mesuras Quiçás, quiçás, jamais! Me dispo,
Todos perfeitos Te beijo, Te abraço,
Num canto afastado Me beijas. Me abraças,
Olhar estudado os olhares se cruzam, Sinto teu peito arfar,
Instinto aguçado os lábios unidos Vejo teus seios
Me sinto enlevado não podem falar. Subirem e descerem
As mãos aloucadas No ritmo de tua respiração.
Em busca frenética, Minhas mãos percorrem,
Te apalpam, Sem rumo ou nexo
Me apalpam, Teu corpo, tuas pernas.
Com força, E então fazemos amor,
Sem meta, Nos consagramos ao sexo.
Instintos acesos, Depois,
extenuados,
Num abraço apertado,
Dormimos apaixonados
Miguel Chammas
Sobre a construção do Amor
Porque antes não sabíamos que não é só de amor que se vive uma vida.
E como o amor parece fácil, ninguém valoriza.
Mas de fácil nada ou tudo pode ser.
É só a maneira da gente ver.
Dar espaço.
Às vezes grito, é raro, mas você continua e faz o almoço.
Muitas vezes você se estressa e briga com os cachorros.
E eu sigo, acalmando todos.
São momentos que constroem
O nosso se relacionar,
E que é como o de todos.
Há como aprender e conseguir.
Escolher e viver enfim
Se deixando perder a razão
Para então encontrar o verdadeiro modelo de amar o cotidiano
e transformar o seu dia-a-dia sempre no maior dia que há.
Nathalia Ouro
A liberdade!
Todos procuram a sonhada liberdade!
Mas, afinal o que é liberdade?
O que te prende?
Nada, nem ninguém pode impedir o homem de ser livre! De sonhar!
De projetar o seu futuro. De ampliar o seu horizonte!
No entanto, as pessoas são livres e dizem que estão se sentindo presas,
angustiadas, sem liberdade!
Viajei pra dentro do meu interior...parei em cada estação que percorri
e encontrei uma infinidade de emoções e sensações: vi muitas flores
das mais variadas. Cada uma com a sua cor específica... borboletas
pequenas, grandes, voando sem destino. Pássaros, sim alguns
cantavam despreocupados, outros voavam aqui e ali, uns namoravam
e outros comiam.
Em algumas estações havia sol e céu azul, em outras nuvens negras
encobriam a luz natural.
Analisando os meus sentimentos em relação ao que aconteceu
em cada estação, percebi que existe todo um universo à nossa volta
cheio de coisas boas ou não!
E que a liberdade está com quem não se prende a pequenos acontecimentos.
A liberdade está com quem não se frustra diante dos desejos não satisfeitos.
A liberdade está com quem sente, sofre, entende o seu sentimento
e caminha pra frente!
Com quem não perde tempo e entende que a vida tem muito mais
para oferecer!
A liberdade está com quem usa a sua energia para fazer o bem!
Soltemos as nossas amarras imaginárias!
Voemos!
Cantemos no sol, na chuva!
SOMOS LIVRES!!! Iria Alves
Florestal
Um Baniwa de Niãpirikoli?
Serei uma gota desviada do sangue Tariano do trovão bipó diroá masí?
Yorubá?
Itans de Ifá?
Um Maranõn ? Um Maranhão?
Mas tudo que não sou e não posso ser é o que você deseja que eu seja.
Então deixa!
Um sopro de Yepá?
Um estrangeiro Jeje-Nagô?
Guardem os bicos!
Lethicia Ouro
Cactos
Aquarela
PARTICIPANTES
Vítor Burity da Silva
Miguel Chammas
CAPITAL
DOS OLÍSIPOS
Um recanto brando diriam, mas nada a sério. Aqui, a voz mais grossa
reina com despudor enviando cartas de Deus aos amachucados no que
resta da festa.
Ainda bem ao fundo a alma nem cansada, quem cansa afinal os déspotas
que apenas se benzem para congratular a voz mais grossa?
e tudo num sono de sargaço tal o bagaço desse entretanto tão nada
apenas e só,
“sentem-se!”
MEMÓRIAS
DECLARATORIAS
É verdade sim. Do alto dos meus 78 anos de vida bem vividos, posso declarar,
sem medo de erros ou omissões, sem qualquer pudor ou constrangi-
mento, sem meias palavras, sem sussurros, de peito aberto e em dó de
tenor o que segue:
Por que o espanto? Para que essa careta de dúvida? E esse sorriso amarelo
de escarnio?
De uns anos para esta data, buscando dar uma melhor qualidade de vida
aos nossos momentos de sono, adquirimos (eu e a companheira) uma
cama Box e um colchão top de linha, produzido com fibras de bambu
indiano. O conjunto, bonito de se ver, ficou -para mim- quase impraticá-
vel de tão alto. Além do que, as tais fibras de bambu tornam o colchão,
mercê de suas vibrações, um torturante instrumento sonoro executado
a cada movimento meu com os pés ou com o corpo (sofro da Síndrome
das Pernas Irrequietas), além desse insolúvel problema, tenho, também,
em consequência da idade, pequeno problema da próstata que me obri-
ga várias visitas ao sanitário.
Bem, já resolvemos, assim que sobrar uma graninha vamos trocar o colchão.
Como fecho desta narrativa, não encontrei nada melhor do que a expressão:
Miguel Chammas
Ilustração:
Aline Freitas Paiuilino
CORAÇÃO
DE CETIM
Não, não se trata de uma
historinha romântica.
Eu diria que se trata de algo
triste e melancólico e por esta
razão, desaconselho quem
anda triste e melancólico,
a seguir leitura.
Daí me foi perguntado a razão de não ter coragem de jogá-las fora. Nesse
ponto, como a criadora que fala sobre suas criaturas, respondi que: “se-
ria como atirar crianças no lixo”. Esse é o ponto, o processo de criação
literária, pelo menos para mim, atribui à criatura literária alguma aura
viva, como se fosse um senciente capaz de ressentir-se dos nossos atos.
Essa conversa e a (estranha) atribuição de senciência às minhas poesias,
me fez lembrar uma tarde, dentre várias da minha infância. Minha mãe
estava sentada no sofá da sala ajustando o comprimento de uma blusa
que havia ficado muito longa para sua estatura mediana.
Pedaços de pano branco listrado de azul-celeste rolavam pelo piso en-
quanto eu observava atentamente o processo. Terminado o trabalho de
recorte diligentemente executado por minha mãe, cheguei perto, catei
os retalhos, e depois de me certificar que não seriam mais úteis a ela, me
afastei sentando-me no chão do canto da mesma sala.
Outras meninas poderiam pensar numa roupinha para sua boneca, mas
minha mente passou bem longe do óbvio vestidinho e visualizou um
cachorrinho de pano listrado!
Quando tudo passou, descobri que, entre outros tantos objetos, meu
cachorrinho de pano havia descido na enchente, indo para bem longe,
perdendo-se para sempre em algum bueiro escuro e úmido para nunca
mais ser visto. Pobre cachorrinho de pano listrado.
Lethicia Ouro
Ave-do-paraíso
Aquarela
PARTICIPANTES
Tânia Tonelli
Miguel Chammas
Ilustração:
Rodrigo Cairo
REVIRAVOLTAS NA ESCOLA
Em uma escola pública de uma cidade moderna, Vicente em vez de
prestar atenção na aula de matemática, estava se divertindo com os jo-
gos do seu telefone celular. Este adolescente tinha 12 anos e estudava na
6º série. Enquanto o professor estava explicando a matéria, percebeu
que alguns meninos não prestavam atenção nas suas explicações. Então
aproximou-se deles e pediu para Vicente lhe entregar o telefone celular.
No começo ele recusou, mas depois o entregou ao professor. O homem
virou-se para frente e começou a caminhar em direção a lousa. Bravo,
Vicente falou que o professor era chato e mostrou-lhe a língua.
Sorrindo, ele elogiou Vicente e a sua classe. Quando saiu da sala do di-
retor, o espírito do professor Fábio, estando no corpo deste menino,
quase chorando, comentou que gostaria de voltar ao seu corpo. Rindo,
Vicente explicou como eles haviam trocado de corpos, mas dentro de
vinte e quatro horas os espíritos retornariam aos seus corpos originais.
Neste momento bateu o sinal, Vicente, no corpo do professor, foi dar
aula na 7º série. Quando ele entrou, os alunos estavam conversando e
brincado. Em vez de dar aula, começou a brincar com os adolescentes.
Passados uns dez minutos, entrou na sala a supervisora, que ficou as-
sustada vendo o comportamento do professor. A mulher lhe deu uma
bronca, comentou que um professor deve ter responsabilidades, pois
deve ensinar a matéria aos alunos e não ficar brincando com eles.
Fábio fez várias contas na lousa, impressionou a garota que Vicente pa-
querava. Terminada essas duas aulas, o professor deveria voltar a sua
casa. O menino e o professor conversaram. Eles voltariam as suas resi-
dências para ninguém perceber que haviam trocado de corpos.
Tânia Tonelli
PALAVRA DO DIA: MÚSICA
Sua vida foi sempre pautada por alguma música. Tinha as festivas, as tristes,
mas tinha-as. Era tão musical que deixava este desejo em todos os locais:
“quando eu me for, quero festa, quero grupo de pagode cantando du-
rante o velório”.
Que pena!
#microcontofatimaflorentino
Miguel Chammas
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Nathalia Ouro
Diogo Fernando
Inspirações da Nath
Por: Nathalia Ouro | Consultora Pessoal e de Negócios
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E venha se inspirar mais
você também!
Por: Diogo Fernando
BIBLIOTECA COMUNITÁRIA
NO CERRADO
A Biblioteca Comunitária no Cerrado, localizada em São Tiago – M.G.
Vem á quatro anos interagindo com toda cidade, comunidade, povoados,
através de projetos gratuitos. A biblioteca é totalmente sem fins lucrati-
vos! Ela existe pela graça de Deus.
Seu surgimento foi através de uma foto que divulguei nas redes sociais,
dando incentivo o meu irmão e sobrinha na leitura. Uma amiga viu e
de cara ofereceu 500 livros para que eu continuasse o incentivo a lei-
tura em minha casa. Por graças de Deus, nesta época, tínhamos uma
casa disponível, onde partiu de meus pais o empréstimo do local para
guardar os livros.
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E conheça mais sobre a biblioteca
e seus projetos!
Conto Ganhador da 2° edição do Concurso Literário
CAFEZAL
(Autor: Regiss José de Campos)
Vindo de famílias pobres os dois viviam juntos á cinco anos, tinham Joana
de apenas três anos, moravam em uma velha casa que Rosália ganhou
de seus pais. A mulher ajudava o marido pelos menos duas vezes na se-
mana na colheita de café enquanto a filha ficava com sua mãe, e o resto
da semana ela cuidava da casa e ficava com a pequena. Mauro, com o
pouco que ganhava na venda do café, pagava as despesas da casa e o res-
tante guardava em um caixote de madeira que ficava trancado e escon-
dido no paiol da fazenda.
Rosália pegou uma caneca esmaltada branca, com café fresco, entregou
a Mauro que em duas goladas bebeu o café todo. Antes de sair de casa,
uma notícia ruim chegou a eles, por meio de um cavaleiro, “Seu Chico”,
passou avisando que seu vizinho e compadre, Pedro Antônio, teria morri-
do em um acidente na madrugada. Rapidamente se arrumaram e foram
velar o amigo morto, um dia triste para todos, pois era um homem que
ajudava os moradores da região.
O café que Mauro bebia ainda naquela caneca velha e judiada pelo tempo,
agora era reconhecido por todo país.
r m ar
n s f o
a t ra n to
ira r im e
n s p h e c
s t ei e c o n
e m o d e k. ro
u e r i d a o o l i v
Q r i a tiv e e -b a r seu
u a c t o d b l i c
s r m a e p u
fo o d
em s o n h
s i vo!
i z e o x c lu
l e
Rea design
com O
N TAT
M CO
T R EE
E N
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Bromélia
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BRILHAR
MIL QUILÔMETROS
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