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Suzana Raquel Bisognin Zanon

Educação e
Comunicação em Saúde
Sumário
CAPÍTULO 1 – Qual a Importância da Comunicação nas Ações de Controle Social?..............05

Introdução.....................................................................................................................05

1.1 Quais os tipos de comunicação?................................................................................06

1.1.1 Comunicação verbal.........................................................................................07

1.1.2 Comunicação não verbal..................................................................................08

1.2 Quais as características do processo de comunicação?.................................................10

1.3 Como ocorre a comunicação em saúde?.....................................................................11

1.3.1 O que é linguagem na comunicação..................................................................14

1.3.2 Funções da linguagem......................................................................................15

1.4 Como se dá a comunicação nas ações de educação?...................................................16

Síntese...........................................................................................................................20

Referências Bibliográficas.................................................................................................21

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Capítulo 1
Qual a Importância da
Comunicação nas Ações de
Controle Social?
Introdução
Você se lembra da frase do apresentador Abelardo Barbosa (o famoso Chacrinha), “Quem não se
comunica se trumbica”? Pois bem, essa expressão ainda faz sentido. Por exemplo: quando se per-
cebe que muitos eventos não obtêm sucesso por falta de investimento em comunicação. Em outras
palavras, se a mensagem (informações sobre o evento) não for divulgada e/ou direcionada ao pú-
blico-alvo (a quem interessa o evento), será impossível alcançar as expectativas (sucesso do evento).

Como você observou no exemplo descrito, comunicar é imprescindível para que exista a interação
entre os envolvidos em determinado contexto, de maneira que a informação não seja vista apenas
como um “repasse de palavras”, mas percebida como uma mensagem viva a ser recebida, compre-
endida e praticada.

Você deve ter notado as campanhas instrucionais, preventivas e de conscientização para a saúde
divulgadas diariamente por meio de diferentes veículos, entre os quais outdoors, TV, folders, rádios
comunitárias e redes sociais.

Promover a saúde e prevenir doenças são os principais objetivos das instituições como o Sistema
Único de Saúde (SUS), por exemplo. Mas por que a comunicação é tão importante nessa área? Por-
que é assim que se estabelece a relação entre a comunidade e os profissionais da saúde, e a troca
de informações amplia-se por meio de diversos canais. Portanto, a comunicação é fundamental
para que se possa educar, humanizar e promover estratégias de controle em benefício da sociedade.

No dia a dia, são utilizados diversos tipos de comunicação. E para que não seja somente um “lan-
çamento de palavras”, é necessário seguir todo um processo para que os objetivos – prevenção de
doenças, humanização da saúde, por exemplo – sejam alcançados.

Neste capítulo, você saberá quais são os tipos de comunicação e as suas diferenças. Entenderá,
também, como se dá o processo de divulgação, percebendo que sempre há um responsável pela
disseminação das informações e que, por meio da comunicação, é possível produzir saúde!

Você já percebeu que, a todo instante, está-se expressando alguma informação? Por exemplo, a
maneira como alguém se veste e/ou age são mensagens percebidas por quem está ao lado, ou
próximo. Mas será que somente esses fatores comunicam, ou o tom de voz e o olhar também trans-
mitem mensagens? Será que essa transmissão significa linguagem, ou não?

Ficou curioso? Acompanhe o conteúdo desenvolvido e aprenda a comunicar-se de forma eficaz na


área da saúde.

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Educação e Comunicação em Saúde

1.1 Quais os tipos de comunicação?


Você sabe comunicar-se bem? Bem, se a resposta foi negativa, é porque talvez não saiba o que
é, de fato, comunicação. Muito além da simples transmissão de uma mensagem, seja ela um avi-
so, seja um convite ou uma instrução, comunicar é estabelecer uma relação de troca, fazendo-se
entender. Quando o que se diz não é compreendido, não há comunicação, mas apenas trans-
missão da informação. Ou seja, para haver comunicação, é preciso que a mensagem transmitida
seja entendida por quem a recebe.

Torquato (1991) reconhece que a comunicação consiste na forma de se expressar e, por isso,
é preciso dominá-la. O autor ainda acredita que esse fenômeno tem um imenso potencial para
influenciar as pessoas a cooperarem, participarem, liderarem e serem solidárias.

Segundo Passadori (2009, p. 2), a comunicação se dá de diversas formas:

[...] no silêncio, gestos ou palavras, o importante é estar preparado para se comunicar,


conhecer essa arte que transcende nossa contemporaneidade e remonta ao início da civilização,
afirmando-se como alicerce central da sociedade moderna.

Figura 1 – Comunicação é a interação entre quem transmite e quem recebe a mensagem.


Fonte: Shutterstock, 2015.

No ambiente profissional, comunicar-se bem e entender o que o outro diz, ou está tentando dizer,
são fatores de extrema importância. Por exemplo: se você for médico, ao receber um paciente
que sente muitas dores, mas não consegue expressar verbalmente o que está sentindo, precisará
estar atento aos sinais de comunicação verbal e não verbal emitidos por ele e por você durante a
internação. Assim, será possível dar as instruções adequadas, adotando procedimentos que não
prejudicarão o paciente (SILVA, 2006, p. 14).

VOCÊ QUER LER?


A comunicação humana evoluiu, e muito! A oralidade marcou os primórdios da co-
municação humana, precedendo a escrita. O livro Da oralidade à escrita, de Onici
Claro Flôres e Mozara Rossetto da Silva, relata a história da evolução da comunicação,
apresentando informações muito interessantes para aprimorar os seus conhecimentos.

Mas o que seriam sinais verbais e não verbais de comunicação? Veja a seguir.

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1.1.1 Comunicação verbal
Ao conversar com alguém, seja via e-mail, chat ou pessoalmente, você está-se utilizando da co-
municação verbal, que pode ser escrita ou falada (CEREJA; MAGALHÃES, 2005).

Figura 2 – A comunicação verbal depende da palavra.


Fonte: Shutterstock, 2015.

Mas quais são os principais fatores para o sucesso desse tipo de comunicação? Clareza e obje-
tividade, conforme descritos a seguir.

Clareza: tanto na fala quanto na escrita, é preciso ser claro, ou seja, evitar emitir mensagens que
não possam ser compreendidas pela pessoa que a recebe. “O texto claro é aquele que é facil-
mente compreendido pelo destinatário, tanto no que se refere à organização das ideias, quanto à
prática do material linguístico.” (GOLD, 2003, p. 65). Veja um exemplo: “O enfermeiro informou
ao paciente que seria internado”. Quem seria internado, o paciente ou o enfermeiro? Observe
que a frase possui duplo sentido (ocorrência gramatical denominada como ambiguidade) e é um
caso comum de falta de clareza na comunicação.

Objetividade: é preciso ser direto para expressar aquilo que se quer. Comunicar-se com ob-
jetividade é falar ou escrever com precisão, sem incluir informações desnecessárias à situação
comunicativa. Observe um exemplo de texto sem objetividade:

Tendo em vista as atribuições determinadas ao Departamento-Geral de Administração, em


especial aquelas elencadas no art. 25 do Manual para a Conferência do Rio (documento em
anexo), solicito a V. Sa. que promova, coordene e dirija, no âmbito deste DGA, a adoção
das medidas tendentes ao fiel desempenho das atribuições em tela, para o que igualmente
determino às Chefias das unidades subordinadas, desde já, todo o apoio que se fizer necessário
à obtenção do desiderato colimado (GOLD, 2003, p. 38-39).

Lembre-se de que a objetividade é tendência da comunicação, que está cada vez mais dinâmica,
rápida e interativa. Afinal, as pessoas não têm tempo a perder com perguntas “O que você quis
dizer?” ou “Por que você fala tanto para dizer uma coisa tão simples?”

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Educação e Comunicação em Saúde

VOCÊ QUER VER?


Já ouviu falar sobre as falhas de comunicação acerca do cometa Halley? Assista ao
vídeo Cometa Halley no quartel e entenda quem é o responsável pela comunicação.
Observe que, na comunicação verbal, deve-se ter cuidado redobrado na transmissão
da mensagem para que chegue ao destinatário de maneira clara e objetiva. Depois de
assistir, reflita: o que poderia ser feito para que a comunicação tivesse sucesso nesse
caso? Para ver, acesse o endereço: https://www.youtube.com/watch?v=sR0zegK6nU8.

1.1.2 Comunicação não verbal


O corpo fala, não é mesmo? Quantas vezes você foi a uma consulta médica e notou a recepcio-
nista com expressão infeliz ou debruçada sobre a mesa? Diante dessa situação, certamente você
pensou: “Ou ela está sofrendo por algum motivo pessoal, ou não quer me atender”. Veja que,
nesse caso, a recepcionista não precisou falar para expressar o que estava sentindo no momen-
to, pois a sua face e o posicionamento dos braços revelavam seu sentimento. Nota-se que não
houve a necessidade de se utilizarem palavras para que a mensagem pudesse ser comunicada,
por isso trata-se de um exemplo de comunicação não verbal.

VOCÊ QUER LER?


Já ouviu alguém dizer “o que a boca não fala o corpo revela”? Leia o texto A comuni-
cação não verbal na área da saúde, de Ana Paula Ramos e Francine Manara Bortagarai
e veja como é possível humanizar o atendimento por meio deste tipo de linguagem.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rcefac/2011nahead/186_10.pdf>.

Ao comentar a força da comunicação não verbal no ambiente de trabalho, Scheller (2008, p. 5)


salienta que:

Atitudes tais como: bom ânimo, atenção, produtividade, prazer e outras atitudes positivas
demonstram que há satisfação no trabalho. Porém, o contrário: baixa produtividade, desânimo,
falta de satisfação e força para o trabalho, insatisfação perene, críticas excessivas evidenciarão
que não há prazer ou satisfação no trabalho, mesmo que verbalmente o empregado ou executivo
ao ser perguntado se está satisfeito com seu trabalho diga ‘sim’. Evidencia-se que mesmo que
a linguagem verbal diga que sim, a linguagem não-verbal transmite que não.

Para estudar o desdobramento da comunicação não verbal, é fundamental entender que a postu-
ra é um grande veículo de transmissão de mensagens. Além do caráter, a postura expressa uma
atitude (PEASE; PEASE, 2005). Assim, é possível trazer duas observações sobre a postura: tanto
pode indicar a posição do corpo (mãos abertas, ombros caídos etc.) quanto o comportamento
de quem a expressa.

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Figura 3 – Exemplo de linguagem não verbal.
Fonte: Shutterstock, 2015.

Chegar atrasado ou faltar muito ao trabalho, mexer no celular enquanto conversa com alguém,
ou elevar a voz ao falar com um paciente, por exemplo, são atitudes que revelam posturas que
expressam desinteresse, agressividade e indiferença. Ou seja, comunicam essas informações sem
o uso das palavras.

A maneira como você se veste também passa uma mensagem, por isso é importante usar roupas
adequadas para situações distintas. Por exemplo: um médico que usa boné ao dar palestra à
comunidade; uma enfermeira que exibe decote acentuado ao atender o paciente, um agente de
saúde que veste camiseta-regata ao inspecionar um restaurante.

Lembre-se de que, mesmo na falta da palavra escrita ou falada, há um tipo de comunicação que
expressa significados de acordo com diferentes situações.

VOCÊ SABIA?
Quando se fala ao telefone, o tom de voz comunica mais do que as palavras. De acor-
do com a pesquisa de Albert Mehrabian (1967), doutor pela Universidade da Califór-
nia, a comunicação face a face utiliza 55% da linguagem corporal, 38% do tom de voz
e 7% das palavras usadas, enquanto na comunicação telefônica utiliza-se 82% do tom
de voz e 18% das palavras usadas (PEASE; PEASE, 2005).

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Educação e Comunicação em Saúde

1.2 Quais as características do processo de


comunicação?
Você sabia que para a comunicação ocorrer de forma eficaz é necessário um processo, que
funciona como uma “receita”, para que a mensagem chegue ao destinatário de forma segura e
clara? Trata-se de um esquema de elementos que auxiliam a comunicação desde o encaminha-
mento até a compreensão da informação que se quer transmitir. A interpretação (decodificação)
da mensagem depende do cuidado empregado na utilização do melhor canal de comunicação
e da adaptação da linguagem ao perfil do receptor.

Observe a figura 4, que representa como se dá a comunicação de acordo com o processo clássico.

CONTEXTO
CANAL

EMISSOR
MENSAGEM RECEPTOR

RUÍDOS

FEEDBACK
FEED

Figura 4 – O processo de comunicação.


Fonte: Adaptado de Shannon e Weaver, 1949 (apud REDFIELD, 1967, p. 6).

Analisando a figura anterior, você pôde perceber que o processo comunicativo obedece a uma
sequência de elementos interligados, que são o emissor, a mensagem, o contexto, o canal, o
receptor, os ruídos e o feedback. Mas o que significam? Acompanhe!

Emissor: quem emite, “lança”, encaminha a mensagem para alguém.

Canal: meio de comunicação a ser utilizado para encaminhar a mensagem, por exemplo: tele-
fone, rádio, TV ou outdoor.

Contexto: situação em que ocorre a comunicação, ou seja, entre amigos em uma festa; no hos-
pital, com o paciente; ou entre colegas, no ambiente de trabalho.

Mensagem: informação encaminhada pelo emissor ao receptor. A mensagem pode ser um avi-
so, um convite, um esclarecimento, um pedido, um anúncio etc.

Receptor: pessoa (ou grupo) que recebe a mensagem. Os leitores de uma revista, por exemplo,
são os receptores da informação.

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Ruído: tudo aquilo que compromete a clareza da comunicação e a recepção da mensagem, por
exemplo: dores, fofoca, humor, dicção, tom de voz, barulhos etc.

Feedback: retorno esperado da comunicação nas formas verbal ou não verbal, também conhe-
cido como “retroalimentação da mensagem”. Por exemplo: se você encaminhou um convite por
e-mail e o receptor não confirmou o recebimento da informação, tampouco confirmou a sua
presença no evento, portanto não houve feedback – e a comunicação não se efetivou. Um sorriso
que indique a aceitação de alguma informação também pode ser considerado feedback.

No entanto, se a mensagem não for compreendida, quem é o responsável? Nesse caso, o emissor
é o grande responsável pela qualidade e pela recepção da informação, desde a seleção das pa-
lavras ou dos sinais adequados ao público-alvo até a seleção do melhor veículo de comunicação.

Além da responsabilidade do emissor ao encaminhar uma mensagem, para que o processo de


comunicação alcance seu objetivo é necessário saber ouvir. “Ouvir significa prestar atenção ao
que o outro fala, naquele momento precisa-se estar totalmente atento àquela troca de informa-
ções, é um momento único.” (SCHELLER, 2008, p. 2).

Lembre-se de que todos somos comunicadores, e o sucesso da comunicação depende da cautela


e da atenção ao propósito daquilo que se quer transmitir.

VOCÊ QUER VER?


Segundo a professora Lucia Santaella (PUC), uma das estudiosas mais conhecidas e
importantes na área da linguística, “a linguagem é o cerne da comunicação”. Saiba o
que mais ela afirma sobre o tema assistindo ao vídeo Linguagem, pensamento, mídias,
hibridismo e educação por Lucia Santaella, disponível no endereço: <https://www.you-
tube.com/watch?v=laNhz7Kf1Ac>.

1.3 Como ocorre a comunicação em saúde?


Agora que você já entendeu que a comunicação é fundamental para viver em sociedade e que o
responsável pelo sucesso da compreensão da mensagem é o emissor, saberá sobre como ocorre
a comunicação em saúde.

Para que os serviços prestados na área da saúde tenham qualidade e retorno positivo, é impres-
cindível uma boa comunicação com o público de interesse. A esse respeito, observe as afirma-
ções a seguir:

a comunicação em saúde é uma das estratégias que poderá ser utilizada para orientar, divulgar
e, sobretudo contribuir para que pessoas, comunidades possam reconhecer efetivamente a
necessidade da promoção e educação em saúde e da participação coletiva nas decisões de
matérias relacionadas à saúde (RIBEIRO; CRUZ; MARÍNGOLO, 2013, p. 3).

Veja que o principal objetivo da comunicação em saúde é divulgar e orientar as pessoas sobre
aquilo que lhes é de direito. Assim, este tipo de ação cumpre o seu papel, o de estimular a
integração dos sujeitos nas políticas de saúde dos governos e municípios a fim de encorajar a
participação e o exercício à cidadania. Se uma campanha de conscientização e autocuidado
for elaborada com responsabilidade e planejamento, certamente a informação passará adiante,

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Educação e Comunicação em Saúde

não necessitando um maior investimento na publicidade dessas ações. Como, popularmente, se


costuma afirmar: a propaganda “boca a boca” é uma das formas de publicidade mais eficazes.

Ao comentar a eficácia do processo de comunicação, Lefevre, Cavalcanti e Figueiredo (2010, p.


1), salientam ser o ato comunicativo:

[...] uma ação que acontece num contexto ou quadro social ou psicossocial; tais contextos se
definem, entre outros atributos, por apresentarem um “idioma” de “representações sociais” que
os indivíduos acessam para estabelecerem contatos uns com os outros.

Por isso, a comunicação em saúde deve ser entendida como prática de cidadania ao permitir a
comunidades distintas o acesso às informações que integrem o seu cotidiano. Para isso, o SUS é
o principal responsável por estabelecer modelos de comunicação, bem como profissionais capa-
citados, para esclarecer à população aquilo que lhe é de direito.

Figura 5 – Integrar a comunidade é um dos principais objetivos na comunicação em saúde.


Fonte: Shutterstock, 2015.

A respeito do SUS, Ribeiro, Cruz e Maríngolo (2013) afirmam que o sistema está compreendido
em três redes de atenção à saúde:

1. setores primários de atendimento: Unidades Básicas de Saúde (UBS);

2. s etores secundários de atendimento: Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Unidades


Regionais de Saúde (URS);

3. setores terciários de atendimento: hospitais.

Estas redes são responsáveis por promover as ações e serviços de forma a atender às necessidades
da população (RIBEIRO; CRUZ; MARÍNGOLO, 2013, p. 2-3). Também de acordo com as autoras
citadas, o SUS destaca-se mundialmente em termos de política e avanços na promoção da saúde.
No entanto, os usuários desse sistema ainda encontram dificuldades para o acesso às informações.

Mesmo diante do crescente avanço da tecnologia em comunicações, persistem os desafios na


divulgação de informações referentes aos cuidados preventivos e sanitários. O principal desafio
é romper com a proposta de produção em massa de materiais promocionais com foco na publi-

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cidade. Os profissionais da comunicação devem trabalhar no âmbito da promoção da saúde,
que tem um caráter eminentemente comunitário (CARDOSO, 2007, p. 17).

Nesse mesmo contexto, a autora citada acredita que a comunicação deve estar mais próxima e
voltada a atender ao perfil das várias comunidades do país, ou seja, de diferentes classes sociais
e níveis de conhecimento.

A abordagem por meio das comunidades favorece práticas mais dialógicas e plurais ao destacar
a construção coletiva dos materiais de acordo com as diversas realidades existentes no Brasil.
Assim, também é possível trabalhar melhor com a cidadania, fortalecendo a autonomia dos
indivíduos e das comunidades, e não apenas normatizar condutas, ampliando a participação
da sociedade. (CARDOSO, 2007, p. 17)

Observe que a prática do diálogo se faz fundamental na comunicação, pois é por esse meio
que a orientação e conscientização acontecem. Um exemplo bastante comum ocorre no cenário
dos agentes comunitários de saúde. É importante lembrar que atividades desse cargo tiveram
início em 1994, período em que foi lançado o Programa Saúde da Família (PSF) pelo Ministério
da Saúde. Mas você sabe qual é a função destes profissionais? Pois bem, um agente de saúde
é aquele que tem por objetivo “cuidar” da saúde da família, integrando-se a esse ambiente.
Entre as atribuições do agente de saúde estão visitar gestantes, acompanhando a gestação, o
nascimento e o desenvolvimento da criança; registrar nascimentos; cadastrar as famílias nas
políticas básicas de saúde; estimular a participação da comunidade nas atividades promovidas
pela Secretaria de Saúde; orientar o autocuidado; entender o perfil da comunidade por meio de
coleta de dados feitos em visitas domiciliares etc. Em todas essas atividades, o diálogo deve estar
presente, permitindo a compreensão e a integração dos públicos atendidos de forma efetiva.

É partindo da observação dessa realidade que se percebe a importância de integrar o sujeito


atendido, estreitando os vínculos entre políticas públicas de saúde, gestão, profissionais da saúde
e comunidade. Mas atenção! O que garante o retorno esperado das ações de controle social é a
compreensão das necessidades, dos desejos e da realidade dos receptores da mensagem. Dessa
forma, é fundamental reconhecer que:

A comunicação em saúde deve ser entendida de forma integralizada, considerando o sujeito na


sua totalidade, suas dificuldades, seus anseios, e não meramente como o repasse de informações
rebuscadas com o uso de termos técnicos (RIBEIRO; CRUZ; MARÍNGOLO, 2013, p. 9).

A participação comunitária é outra das funções a serem exercidas pela área comunicacional da
saúde para beneficiar os sistemas de saúde pública e privada. Nogueira-Martins e De Marco
(2010) destacam dois ambientes em que podem ser implementadas ações de melhoria na comu-
nicação. Acompanhe no Quadro 1:

Âmbito dos serviços aos usuários Âmbito da comunidade

• aumentar o seu nível de participação; • contribuir para o desenvolvimento


da informação em saúde, através de
• ajudar a identificar as preocupações; atividades nas escolas, nos locais de
incentivá-los a fazer — antes da consul- trabalho, nos grupos comunitários;
ta, exames ou tratamentos — uma lista
do que querem falar; • aumentar o acesso à internet, o que é
essencial para aumentar a acessibilida-
• assegurar que conseguem formular as de à informação de saúde, bem como
perguntas que querem/precisam. o contato com técnicos e serviços de
saúde.

Quadro 1 – Ações de comunicação em saúde.


Fonte: Adaptado de Nogueira-Martins e De Marco, 2010.

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Educação e Comunicação em Saúde

Frente à necessidade de se institucionalizarem práticas de comunicação educativas e humaniza-


doras, a Constituição Federal de 1988 criou o Sistema Único de Saúde (SUS), que decretava o se-
guinte: “A saúde é um direito de todos e dever do estado”. (BRASIL, 1988). Já em 1990, a Cons-
tituição Federal anunciava serem as ações promovidas pelo sistema SUS de caráter informativo e
coletivo. Veja o que diz a Lei n o 8.080/1990, cap. 2, art. 7º, sobre os princípios deste sistema:

II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações


e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos
os níveis de complexidade do sistema; [...] V - direito à informação, às pessoas assistidas,
sobre sua saúde; VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde
e a sua utilização pelo usuário; VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento
de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática; VIII - participação da
comunidade (BRASIL, 1990).

Observe que na área da saúde (e em tantas outras que envolvem o controle social) a informação
é um direito de todos, afinal, o controle social existe para dar vida à cidadania –que se constrói
por meio de um elemento fundamental: a informação transparente e educativa.

Em vista do que foi explanado até então, é importante lembrar-se de que a comunicação em
saúde deve ser feita com responsabilidade e cuidado para que a mensagem chegue aos recep-
tores de forma clara e objetiva. E que, principalmente, que essa mensagem seja capaz de mudar
– para melhor – o comportamento da comunidade a respeito dos cuidados com a saúde.

Com tudo o que estudou até o momento, você deve estar se perguntando: como auxiliar a mu-
dança de um comportamento, se não conheço o perfil e o contexto da sociedade que receberá a
minha informação? Para obter a resposta, continue atento ao conteúdo desse material.

VOCÊ QUER LER?


A década de 1940 marcou profundamente o início do incentivo à educação na área da
saúde. O governo de Getúlio Vargas passou a investir na mudança da informação, até
então de caráter publicitário, tornando-a social, educativa e democrático. Leia o estudo
A comunicação em saúde no Sistema Único de Saúde: uma revisão de literatura (SILVA;
ROCHA, 2013) e conheça a evolução da comunicação na área da saúde. Disponível no
endereço: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/97638/000921305.
pdf?sequence=1>.

1.3.1 O que é linguagem na comunicação


Agora que você já entendeu que a comunicação em saúde precisa atender ao dinamismo da
comunicação e as necessidades dos mais diversos públicos, você se aprofundará sobre a lingua-
gem. Você sabia que linguagem não é o mesmo que comunicação? Por quê? Porque a lingua-
gem é considerada um veículo da segunda, ou seja, em toda comunicação existe um tipo de
linguagem, um jeito para se expressar, para “carregar” a mensagem.

Quando você projeta um dos braços para a frente, mostrando a palma da mão, significa que
sua intenção é comunicar a mensagem: “pare, espere!”, não é mesmo? Nesse caso, onde está a
linguagem? Está no gesto que você usou, pois por meio dessa ação a mensagem foi transmitida
ao receptor.

No que se refere à linguagem falada, existem várias formas de dizer uma palavra, ou mensagem,
entre as quais a coloquial (forma popular que normalmente se fala no cotidiano. Por exemplo:
você “tá” bem?) e a formal, ou seja, a linguagem que obedece os padrões gramaticais que re-

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gem a língua culta (“você está bem?”). Pessoas de diferentes regiões possuem jeitos diferentes de
falar, com vocabulários próprios de seu ambiente cultural. A isso chama-se variação linguística.

Assim, é importante destacar que:

As variações de registro ocorrem de acordo com o grau de formalismo existente na situação; com
o modo de expressão, isto é, se trata de um registro oral ou escrito [...] (CEREJA; MAGALHÃES,
2005, p. 23).

Mas por que falar em linguagem e suas variações? Porque antes de se emitir determinada mensa-
gem, é necessário identificar quem é o receptor para que ele entenda aquilo que se quer transmitir.

No ambiente jurídico, por exemplo, existe a utilização de um vocabulário específico, técnico, e


burocrático, pois esse é um segmento que exige e permite a adoção de uma linguagem rebus-
cada e erudita. Veja um exemplo:

Se a mudança de paradigma pode soar herética, coisa de neopositivista extemporâneo,


registre-se que o autor, de origem marxista e nada tolo, desloca a ênfase para a perplexidade
que a consideração de dados quantitativos abre, sem perseguir a quimera de uma causalidade
unívoca, feliz quando, ao termo, encontra 'um problema do qual ignorava a solução. (MORETTI
apud ANDRADE, 2008, n/p).

Seria impossível utilizar esse mesmo vocabulário para conversar com qualquer pessoa que não
tivesse conhecimentos na área jurídica. Por isso, é importante adaptar a fala à situação comuni-
cativa. Mas antes que você questione se deve falar errado para que o outro entenda, saiba que
a regra é: utilize palavras simples e conhecidas, que possam transmitir a mensagem com clareza.

Ao comentar a linguagem na comunicação em saúde, Serafim (2010, p. 11) enfatiza:

Saber determinar e comunicar exata e compreensivelmente o que significa estar ou ser uma
pessoa saudável é uma habilidade imprescindível em qualquer procedimento médico, na medida
em que contribui para o entendimento geral das metas do cuidado com a saúde, permitindo,
assim, que profissionais e pacientes possam agir de uma forma mais confiante e responsável.

Veja que a habilidade de comunicação é fator imanente aos procedimentos informativos sobre
saúde e, para isso, o comunicador deve ser responsável por aquilo que emite e a quem emite,
para que não ocorram prejuízos na compreensão da mensagem. Escolher a função adequada da
linguagem fará a grande diferença. Veja a seguir.

1.3.2 Funções da linguagem


Toda linguagem possui um objetivo: cativar, assustar, acalmar ou convidar, por exemplo. Quando
anuncia ao seu público “vá logo a um posto de saúde”, você está adotando uma determinada
função da linguagem. Nesse caso, existe um chamamento, um apelo ao receptor para que não
demore a procurar o setor de saúde de sua cidade.

Dessa forma, a linguagem desempenha determinada função, de acordo com a ênfase que se
queira dar a cada ato de comunicação (CEREJA; MAGALHÃES, 2005, p. 33). São seis as funções
desempenhadas pela linguagem: fática, poética, conativa, referencial, emotiva e metalinguística,
conforme descritas a seguir.

Fática: quando você testa o canal de comunicação, ou o receptor, está utilizando a linguagem
fática. Expressões como “olá!” e “entendeu?” são exemplos desse tipo de comunicação.

[...] nos cumprimentos diários (“bom dia”, “boa tarde”, “oi”, “tudo bem?”, “como vai?”), nas
conversas de elevador (“está quente, não?”), nas primeiras palavras de uma aula (“sentem-se”,
“vamos começar?”, “pronto?”, “atenção, gente! (CEREJA; MAGALHÃES, 2005, p. 36).

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Educação e Comunicação em Saúde

Poética: é aquela que se vale de recursos linguísticos para “embelezar” a mensagem. Veja um
exemplo de campanha publicitária para estimular a amamentação: “Amamentação em todos os
momentos: mais saúde, carinho e proteção.”

Conativa: os verbos de chamamento (ande, faça, compre, venha etc.) fazem parte desse tipo de
função da linguagem, que “[...] ocorre quando o locutário é posto em destaque e é estimulado
pela mensagem” (CEREJA; MAGALHÃES, 2005, p. 34).

Referencial: encontra-se em mensagens de cunho informativo, por exemplo: “Nos últimos cinco
anos, o mosquito da dengue vem sendo controlado para evitar a transmissão da doença.”

Emotiva: serve para despertar sentimentos em outra pessoa. A linguagem emotiva tem a função
de mexer com o sentimento do receptor. Música, poesia e romances têm este tipo de caracterís-
tica em sua linguagem.

Metalinguística: destaca um tema a partir da mesma veiculação desse tema. Por exemplo, um
filme sobre um filme; um programa de TV que discute os programas de TV etc.

VOCÊ QUER LER?


O corpo também tem sua linguagem! Uma dor de cabeça, câibras nas pernas e visão
embaçada podem sintomatizar a presença de males em nosso corpo que nem imagi-
návamos que seriam possíveis! Por isso, fique atento às mensagens transmitidas pelo
seu organismo. Leia o artigo A linguagem da saúde e conheça os sinais mais comuns
de possíveis moléstias. Disponível em: < https://boock.files.wordpress.com/2008/02/
alinguagemdasaudejunho2004wmasters01pootzforce.pdf>.

1.4 Como se dá a comunicação nas ações de


educação?
Aulas, palestras, eventos comunitários e /ou software educativos são exemplos de práticas de
comunicação em saúde.

A finalidade da educação em saúde não é informar para a saúde, mas de transformar saberes
existentes. Essa prática propõe o aprimoramento das responsabilidades dos profissionais que
trabalham com a saúde, em razão, principalmente pelo desenvolvimento da compreensão da
situação de saúde (SOUZA; JACOBINA, 2009, p. 624).

Mas para isso, são necessários profissionais capacitados para interagir com os diversos públicos
de interesse e isso se dá no período de sua formação técnica. Nogueira-Martins e De Marco
(2010) ressaltam algumas habilidades a serem desenvolvidas pelo profissional da área da saúde,
expostas no Quadro 2. Confira!

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HABILIDADE O QUE ELA É?

A observação exige antes de tudo presen-


ça; não basta estar presente fisicamente
junto ao outro, tendo a atenção voltada
Observação
para pensamentos, lembranças etc.; só
uma presença efetiva e atenta possibilita
uma observação adequada.
É a capacidade de permanecer com
aquilo que é, sem tentativas prematuras
(geralmente em função de ansiedade) de
se “resolver” ou se “livrar”. Por exemplo,
Continência poder permanecer com dúvidas diagnós-
ticas; poder permanecer em contato com
estados emocionais do paciente (tristeza,
raiva etc.); poder permanecer em contato
com os próprios estados emocionais.
É a capacidade de se identificar com o
outro, conseguindo se aproximar do que
a outra pessoa está experimentando e
expressar (verbal ou não verbalmente) soli-
Empatia
dariedade emocional. Por exemplo, poder
permanecer junto a um paciente que está
triste comunicando de alguma forma que
aceitamos e compreendemos o seu estado.
A partir do referencial das teorias comu-
nicativas, é importante ter presente que a
linguagem verbal é uma forma evoluída de
Conhecimento dos diversos
comunicação, que funciona lado a lado
canais de comunicação
com outras formas mais primitivas (gestos,
expressões corporais) ou de natureza distin-
ta (escrita, pintura, música).
A incoerência entre a expressão verbal e
não verbal do profissional de saúde deixa
Coerência comunicacional o paciente indeciso sobre qual das mensa-
gens transmitidas é verdadeira e, portanto,
qual deve ser considerada.

Quadro 2 – Habilidades de comunicação do profissional da saúde.


Fonte: Adaptado de Nogueira-Martins e De Marco (2010, p. 52-53).

Além dos requisitos do profissional da saúde destacados no Quadro 2, é importante ressaltar


que a comunicação na educação exerce um papel de medidor de conhecimentos e informações
fundamentais à comunidade, proporcionando interação entre o sistema de saúde pública ou pri-
vada. Veja algumas atividades de comunicação envolvidas no contexto da educação em saúde,
segundo Araújo e Cardoso (2007, p. 29):

Assessoria de comunicação social: gestão de imagem pública da instituição.

Divulgação científica: divulgação de estudos científicos sobre a área da saúde em nível amplo
e leigo.

Comunicação organizacional: processos internos às organizações de produção, circulação e


apropriação da informação.

17
Educação e Comunicação em Saúde

Figura 6 – O planejamento da comunicação é fundamental também no sistema de saúde.


Fonte: Shutterstock, 2015.

Como em qualquer outra área, o processo de comunicação na saúde precisa de planejamento.


Confira algumas ações que podem ser feitas para comunicar e educar na área em estudo:

• palestras;
• fóruns de discussão;
• peças teatrais;
• campanhas (semanais, quinzenais, mensais, anuais etc.);
• feiras;
• visitas dos agentes de saúde;
• workshops (oficinas);
• aulas.
Para fixar o que aprendeu até então, observe o exemplo a seguir:

Caso
Imagine a seguinte situação: Maria é enfermeira e proferiu uma palestra às mulheres da cidade a
respeito da prevenção do câncer de mama. Para transmitir a mensagem desejada, a palestrante
utilizou os seguintes instrumentos: data show (projetor multimídia) e microfone. No final do en-
contro, Maria só ouviu elogios a respeito da sua explanação.

Veja quais são os elementos do processo de comunicação descrito no caso prático:

Emissor: Maria.

Canal: microfone e data show.

Contexto: prevenção à saúde.

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Mensagem: instruções preventivas contra o câncer de mama.

Receptores: as mulheres da cidade.

Feedback: elogios à palestra.

No entanto, segundo Nogueira-Martins e De Marco (2010, p. 53), a comunicação nesse evento


poderia ser comprometida por alguns ruídos da comunicação que a invalidariam:

• declarações contraditórias;
• mudanças bruscas de assunto;
• respostas superficiais;
• frases incompletas;
• estilo obscuro;
• maneirismo de fala;
• interpretações literais de metáforas;
• interpretações metafóricas de comentários literais.
Diante do exposto, reflita: você já percebeu que a ocorrência de ruídos é mais comum do que
se imagina? Quantas mensagens você recebe e não consegue entender, mesmo fazendo várias
considerações sobre o que ela poderia querer dizer? Quantas vezes fez uma pergunta e recebeu
respostas confusas e bem longe daquilo que esperava? E mais: quem nunca conversou com al-
guém prolixo, que falou, falou e falou e não disse nada? Pois esses são exemplos cotidianos, e
a sua função é saber evitá-los.

Portanto, lembre-se que a comunicação não consiste apenas em levar uma mensagem a alguém,
afinal, se o receptor não compreender o significado e o objetivo da mensagem, não existirá
comunicação! É preciso planejamento para que as ações de controle social tenham resultado
positivo. Identificar o público e suas necessidades, definindo a melhor estratégia para cada situ-
ação, são princípios basilares da efetividade da comunicação e educação em saúde.

Um dos grandes estudiosos da comunicação e educação em saúde é Paulo Marchiori Buss, autor
de cerca de 80 publicações e figura atuante e experiente na promoção e divulgação das infor-
mações sobre o tema.

VOCÊ O CONHECE?
Paulo Marchiori Buss é membro titular da Academia Nacional de Medicina. Em seu
vasto currículo, destacam-se os cargos que ocupou e ocupa nas instituições de Saúde
de abrangência mundial, entre os quais International Association of National Institutes
of Public Health (IANPHI), International Association for Health Policy (IAHP), Federação
Internacional para a Cooperação entre Centros de Pesquisa em Sistemas e Serviços
de Saúde (FICOSSER ), Asociación Latino-americana de Medicina Social (ALAMES),
Associação Latino-americana e do Caribe de Educação em Saúde Pública (ALAESP) e
da Canadian Public Health Association (CPHA). Para saber mais sobre sua contribuição
para a comunicação educativa em saúde, acesse o endereço: http://www.crics8.org/
agendas/program/person.php?lang=pt&id=8.

19
Síntese Síntese
Ao concluir este capítulo, espera-se que você tenha aprimorado seus conhecimentos sobre a im-
portância da comunicação para a educação em saúde. Durante este estudo, você foi capaz de:

• conhecer o conceito de comunicação e sua importância;


• identificar as diferenças entre comunicação verbal e não verbal, entendendo que a verbal
é composta pela palavra e que a comunicação não verbal é feita por meio de gestos e
sons, por exemplo;

• perceber que a comunicação não verbal é mais poderosa que a verbal, pois mesmo
estando calados, estamos expressando alguma coisa;

• saber os aspectos da comunicação em saúde, percebendo que ela é responsável por


comunicar instruções de prevenção;

• perceber que a linguagem interfere na clareza da comunicação, sendo ela portadora de


funções;

• conhecer o processo de comunicação, entendendo que ele é composto por: emissor,


canal, contexto, mensagem, receptor, ruído e feedback;

• entender a necessidade de capacitar os profissionais da saúde para prestarem informações


claras e objetivas.

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