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Layout e fluxo

de fabricação

João Antônio de Freitas Coelho


Anderson Emidio de Macedo Gonçalves
Edmarcos Carrara de Souza
Eduardo Costa Estambasse
© 2018 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
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Renata Jéssica Galdino (Coordenadora)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Sousa, Edmarcos Carrara de


S725l Layout e fluxo de fabricação / Edmarcos Carrara de
Sousa, et al. – Londrina : Editora e Distribuidora
Educacional S.A., 2018.
144 p.

ISBN 978-85-522-0736-8

1. 1. Engenharia. I. Sousa, Edmarcos Carrara de. II. Título.

CDD 620

Thamiris Mantovani CRB-8/9491

2018
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Sumário

Unidade 1 | Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e


seus Cálculos Básicos 7

Seção 1- Conceitos de Layout 12


1.1 | Porque Planejar o Layout 12
1.2 | A Importância das decisões relacionadas
aos layouts 16

Seção 2- Como elaborar um layout 19


2.1 | Selecionar o tipo de processo 19
2.2 | Determinar a capacidade produtiva 21
2.3 | Detalhamento do layout selecionado 22

Seção 3- Objetivos dos layouts 25


3.1 | Objetivos específicos de um sistema
de layout 25

Seção 4- Princípios Básicos para o cálculo e projeção


de layouts 30
4.1 | Princípio da integração 30
4.2 | Princípio da menor distância 30
4.3 | Princípio do uso das três dimensões 31
4.4 | Princípio de observância do fluxo
de operações 31
4.5 | Princípio da flexibilidade 32
4.6 | Princípio da satisfação e segurança 32

Unidade 2 | Tipos de layout 43

Seção 1- Escolhendo o melhor Layout 47


1.1. | Tipos de Layout 47
1.2 | Escolhendo o melhor tipo de layout 47

Seção 2- Layout funcional 52


2.1 | Conceito 52
2.2 | Quando utilizar 53

Seção 3- Layout em linha 56


3.1 | Conceito 56
3.2 | Quando utilizar 57

Seção 4- Layout celular 60


4.1 | Conceito 60
4.2 | Quando utilizar 61

Seção 5- Layout posicional 64


5.1 | Conceito 64
5.2 | Quando utilizar 65

Seção 6- Layout misto ou híbrido 68


6.1 | Conceito 68
6.2 | Quando utilizar 69

Unidade 3 | Desenvolvimento de layout 77

Seção 1- Princípios do layout 80


1.1 | Princípios do arranjo espacial 80

Seção 2- Etapas do Trabalho de desenvolvimento do layout 83


2.1 | Dimensionamento dos fatores de produção 83

Seção 3- Projetos de layout para unidades produtivas 92


3.1 | Projetos de layout para unidades produtivas 92
3.2 | Riscos ambientais em projeto de 94
unidades produtivas 94

Unidade 4 | Processos e operações 105

Seção 1- Fundamentos dos processos e operações 108


1.1 | O que é processos e operações 108
1.2 | Cadeia de suprimentos 110
1.3 | Evolução histórica do gerenciamento
de operações 113

Seção 2- Estratégia de operações nas organizações 115


2.1 | Estratégia de produto, ciclo de vida e função
da produção 115
2.1.1 | Competitividade 116
2.2 | Sequência de operação 119
2.3 | Fatores que levam indústrias a falharem 120
2.4 | Objetivos das organizações 121

Seção 3- Preparação da produção 125


3.1 | Sistema produtivo 125
3.2 | Localização das instalações 127
3.3 | Gestão do processo produtivo 128
3.4 | Flexibilidade de capacidade 128

Seção 4- Execução da produção 131


4.1 | Introdução à produção 131
4.2 | Tipos de produção (puxada – empurrada) 133
4.3 | Conceito de produção enxuta 135
Apresentação
Olá, caro aluno!
Seja bem-vindo à disciplina de Layout e Fluxo de Fabricação! É
um grande prazer tê-lo conosco, esta disciplina tem como objetivos
possibilitar o entendimento dos principais conceitos dos diferentes
tipos de layouts industriais, suas principais aplicações, bem como
apresentar ainda o conceito de processos e operações industriais.
Promover a capacidade de estudo que possa contribuir para o
conhecimento no que se refere a organização e planejamento
de produção industrial. Dar ênfase nas atividades, nas quais você
desenvolverá habilidades específicas trabalhadas de acordo com
o conteúdo ministrado, atrelando a teoria com a realidade da
aplicação prática.
Você aprenderá vários assuntos, então, prepare-se, organize-
se nos estudos e processos de aprendizagem, busque sempre
agregar conhecimentos, dessa maneira você estará no caminho
para se tornar um profissional de sucesso, com grande destaque no
mercado de trabalho.
Nesta disciplina de Layout e Fluxo de Fabricação, o objetivo
principal é lhe proporcionar o conhecimento sobre a importância
de uma gestão específica nos processos de produção de bens e/
ou serviços, além de orientar as demandas da produção e suas
realizações. O processo envolve toda a organização, desde a
implantação da fábrica ou organização, sendo responsável pela
realização de todo o processo produtivo. A disciplina deve ainda
promover a aprendizagem e o domínio dos conceitos relacionados
aos diferentes tipos de layout, suas principais funcionalidades,
aplicações e disposição na organização, além dos processos
produtivos empregados. Atrelado aos conceitos, você conhecerá
os termos técnicos sobre o assunto de gestão administrativa dos
recursos aplicados na indústria de transformação e serviços.
Layout, processos e operações são pontos de destaque em uma
organização, um gestor deve fazer uso das principais ferramentas de
gestão e solução de problemas para realizar um trabalho satisfatório,
que atenda o cliente na ponta, mas que tenha um custo baixo a fim
de fornecer lucratividade neste negócio.
Você certamente deseja ser um profissional de sucesso, para
isso, é necessário dedicação, estudo e aplicação prática com ética
e muita responsabilidade. Portanto, dedique-se, seja o diferencial na
sua organização!
Bons estudos!
Unidade 1

Introdução Sobre Layout


de Empresas Industriais e
seus Cálculos Básicos
Edmarcos Carrara de Souza

Objetivos de aprendizagem
Nesta unidade, você conhecerá as principais funções e
aplicabilidades de um layout, também chamado de arranjo
físico, no contexto de uma indústria. Portanto, serão
nossos objetivos:

• Conhecer o conceito de layout e qual a importância de seu


planejamento correto para que os objetivos organizacionais
possam ser atingidos.

• Compreender a importância da tomada de decisão


assertiva no que se refere aos layouts.

• Assimilar os procedimentos adotados quando


necessária a implantação de um novo layout ou a
reestruturação de um existente.

• Entender as diferenças entre cada processo industrial.

• Compreender a importância do cálculo da capacidade


produtiva da indústria previamente à implantação ou
reestruturação de um layout.

• Conhecer os principais objetivos de um arranjo físico


ou layout.

• Compreender quais os princípios fundamentais a serem


seguidos quando se objetiva que um layout seja implantado
com sucesso.
Diante de tais objetivos, nossa preocupação é fazer com
que você, aluno, compreenda claramente como o layout pode
contribuir para o crescimento, o aumento da lucratividade e
competitividade de uma indústria.

Dessa forma, a fim de atingirmos esses objetivos,


abordaremos os seguintes assuntos:

Seção 1 | Conceitos de Layout


A finalidade desta seção é trabalhar os conceitos de layout, os
motivos que levam as empresas os adotarem, a importância de
se conhecer o sistema de manuseio de matérias desta indústria
e, por fim, o quanto que decisões referentes ao layout, quando
tomadas de maneira errada ou equivocada, podem ser prejudiciais
a uma indústria.
Seção 2 | Como elaborar um layout
Nesta seção, você compreenderá as principais etapas a serem
seguidas para que o planejamento e o processo de implantação
de um arranjo físico sejam realmente benéficos para a empresa. As
etapas abordadas são as seguintes: seleção do tipo de processo de
produção da indústria; determinação de sua capacidade produtiva e
por fim, o detalhamento do tipo de layout escolhido.
Seção 3 | Objetivos dos Layouts
A seção 3 está direcionada a apresentar os principais objetivos
que uma indústria visa ao implantar um novo layout ou reestruturar
um já existente. Dentre esses objetivos, podemos citar a minimização
dos custos de manuseio e movimentação interna de materiais; a
utilização eficiente do espaço físico disponível; o apoio ao uso eficaz
da mão de obra, evitando movimentações desnecessárias; facilitar
o acesso visual às operações e otimizar o fluxo de comunicação;
simplificar a entrada, a saída e a movimentação de materiais e de
pessoas, e ainda, o encorajamento, a orientação ou a indução que
os layouts promovem à determinados fluxos.
Seção 4 | Princípios básicos para o cálculo e projeção de layouts
Nesta seção, serão abordados os princípios fundamentais que,
quando previamente observados pelos gestores, podem contribuir
para o sucesso de um projeto de layout. Portanto, serão analisados
ao longo desta seção fatores como integração, flexibilidade,
observância e respeito ao sentido do fluxo das operações, bem
como a necessidade de prover ao trabalhador, por meio do layout,
o conforto e a segurança necessários para o bom desempenho de
suas funções.
Introdução à unidade
É muito comum escutarmos a seguinte afirmação: “Precisamos
de um local maior, já não temos mais espaço! ”. Assim, surge uma
pergunta de grande importância: o espaço realmente é muito
pequeno ou somente está sendo mal aproveitado? É claro que, em
muitas situações, a empresa cresceu mais que o previsto e o espaço já
não comporta mais as operações. Porém, numa enorme quantidade
de casos, basta uma reorganização ou a criação e implantação de um
layout para a empresa e pronto, problema resolvido!
Fatores externos como a globalização, entrada de novos
fornecedores, havendo, consequentemente, o aumento da
concorrência e a constante instabilidade econômica nacional fazem
com que as organizações atuais, sejam elas indústrias ou empresas
de serviços, procurem maneiras de reduzir seus custos operacionais.
Esses custos acabam sendo elevados por situações como o
mal aproveitamento dos espaços disponíveis, movimentações
desnecessárias, tanto de pessoas quanto dos materiais necessários
para atender a demanda produtiva ou a execução de um serviço,
desordenamento das etapas produtivas, entre outros.
É fato que o desperdício de tempo e de mão de obra podem
aumentar os custos de produção e as despesas administrativas, essas
situações podem comprometer substancialmente a lucratividade e
a competitividade.
Portanto, planejar o layout dos espaços disponíveis para
armazenagem e estocagem, da planta de produção e até mesmo
dos setores de apoio contribui para a redução de custos, para o
ganho de eficiência e vantagem competitiva, para agregar valor ao
produto e também para o aumento da lucratividade da empresa.
Além disso, fazer parte naturalmente de qualquer processo de
planejamento da organização.
Dessa maneira, podemos concluir que planejar o layout não é
opcional caso a empresa tenha pretensão de atingir os objetivos
que lhe foram previamente propostos. Preparados? Então, vamos lá!
Bons estudos!
Seção 1
Conceitos de Layout
Introdução à seção

De acordo com Slack, Chambers e Johsnton (2009), o layout


consiste na maneira de como os recursos transformadores de uma
empresa, por exemplo, máquinas, equipamentos, postos de trabalho
e colaboradores são posicionados uns em relação aos outros e
como as várias tarefas da operação serão alocadas a esses recursos
transformadores. Portanto, nesta seção, você conhecerá o conceito
de planejamento de layout, também chamado de arranjo físico, e
sua importância no cenário industrial, bem como compreender os
motivos que levam as empresas a adotá-los. Saberá a definição de
sistema de manuseio de matérias e, por fim, quais fatores devem ser
considerados para que seja planejado um layout ideal, ou seja, aquele
que atende plenamente todas as necessidades e particularidades de
uma organização.

1.1 | Porque Planejar o Layout

Para início, vamos analisar a seguinte situação.


Uma empresa, a Fênix Ltda, produz guarda-roupas de madeira e
o seu processo é representado abaixo:

12 U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos


Figura 1.1 | Layout atual da Fênix Ltda.

Fonte: elaborada pelo autor.

Ao analisar o esquema anterior, você pode estar pensando:


que bagunça é essa? Qual a lógica desse layout? Por que os
departamentos não estão em uma sequência lógica?
É exatamente isso que ocorre em muitas empresas, não só em
pequenas e médias, mas também em grandes empresas, visto que
na maioria dos casos cresceram de maneira desordenada, sendo
essa situação bastante comum.
Agora, vamos ver como “deveria” ser o layout dessa empresa?

U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos 13


Figura 1.2 | Layout reformulado

Fonte: elaborada pelo autor.

Você consegue perceber o quanto o deslocamento de materiais,


de colaboradores e de equipamentos diminuiu? Com a redução
dessa movimentação desnecessária, também é possível concluir
que reduziu-se o desperdício de tempo, de combustível dos
equipamentos de movimentação, como empilhadeiras, de mão de
obra, o risco de danos às matérias-primas e aos produtos acabados.
O planejamento do layout da empresa contribui para que o sistema
de manuseio de materiais e informações sejam dinâmicos e
eficientes dentro do cenário de uma indústria.

Para saber mais


É na movimentação de produtos semiacabados e acabados (com
consequente movimentação do operador de máquina) que ocorre
a maior parte do desperdício de tempo. Cerca de 30% do tempo
destinado à produção é desperdiçado com transporte de materiais
e de produtos.
Fonte: Sebrae (2017)

14 U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos


Mas, o que é planejamento de layout? De acordo com Martins
e Laugeni (2015), planejar o layout significa distribuir todas as
máquinas, utilidades, estações de trabalho, áreas de atendimento,
áreas de armazenamento de materiais, corredores, banheiros,
refeitórios, bebedouros e divisórias a fim de minimizar o custo de
processamento, transporte, armazenamento de materiais e de
tempo dentro de uma organização. De maneira mais simplificada,
definir o layout é decidir onde colocar todas as instalações,
máquinas, equipamentos e o corpo de colaboradores da empresa.
No que se refere às empresas industriais, Slack et al. (2012)
afirma que o layout ou arranjo físico é uma das características
mais evidentes de uma operação produtiva porque determina sua
“forma” e sua aparência. Também determina a maneira como os
recursos transformados – matérias, informações e clientes – fluem
através da operação.
Porém, a forma de organizar tais elementos deve abranger toda a
empresa, ou seja, ao projetar um novo layout ou reorganizar o já existente,
todos os departamentos da empresa devem ser contemplados.

Para saber mais


Um sistema de manuseio de materiais é a rede inteira de transporte
que recebe, armazena e estoca os materiais, movimenta-os entre os
pontos de processamento dentro e entre os prédios e departamentos
e finalmente deposita os produtos acabados nos veículos que os
entregarão aos clientes. Toda essa operação é conhecida como
logística intramuros.

Qual seria o layout ideal? Essa é uma pergunta que deve ser
respondida pelos gestores da organização. O modelo escolhido,
dentre os tantos disponíveis, deve atender especificamente às
necessidades da empresa e essa definição deve levar em conta
uma série de fatores relacionados ao produto final, aos itens que
o compõem, material de embalagem, itens de manutenção e de
reposição, submontagens, maquinários, entre outros.
Para qualquer um desses tipos de produtos anteriormente
relacionados, deve-se considerar:

U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos 15


Tamanho, forma e massa: é de consenso que, ao se projetar
ou reestruturar o layout, produtos com dimensões maiores ou
peso elevado devem, preferencialmente, ficar próximos dos locais
onde serão utilizados. Por exemplo: dentro de um armazém,
esses produtos devem ficar próximos à porta ou, caso a planta de
produção permita, que no ato da entrega, possam ser dispostos no
local onde serão consumidos.
O tamanho, a forma e o peso do produto influencia diretamente
na escolha do layout mais apropriado. Há situações em que o produto
deve ficar parado, pois seria inviável logística e economicamente
movimentá-lo. Portanto, o melhor layout para este produto seria o
posicional ou fixo, como é o caso em fábrica de aviões ou estaleiros.
Características especiais: alguns itens ou setores possuem
alguns atributos que demandam um tratamento especial dentro
do projeto de layout. A título de exemplo, podemos usar uma
cabine de pintura, ambiente que deve ter sistemas de isolamento
e ventilação apropriados e que estejam de acordo com as normas
regulamentadoras (NR’s) que preceituam sobre esse tipo de local no
que se refere ao cumprimento das leis de segurança do trabalho.

Questão para reflexão


Por que algumas empresas ainda insistem em seus layouts
ultrapassados? Por que têm tanto medo da mudança?

1.2 | A Importância das decisões relacionadas


aos layouts

Existem algumas questões de ordens práticas que fazem com


que uma decisão que tenha como objetivo a implantação de um
projeto de layout ou a reestruturação de um modelo que já esteja
pronto seja prévia e minuciosamente analisada.
Num primeiro momento, deve-se considerar que esse tipo de
projeto ou reestruturação, na generalidade dos casos, não são
executados em curtos espaços de tempo. Conforme explica Slack et
al. (2012), o layout é uma atividade difícil e de longa duração devido
às dimensões físicas dos recursos de transformação envolvidos.

16 U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos


Em diversas situações, é necessário mudar a localização de
setores inteiros ou equipamentos de grande porte. Mudanças desse
tipo exigem planejamento com espaço e instalações elétricas.
Outra preocupação constante diante da necessidade de
implantação de um layout ou a reestruturação de um já existente, é
a possibilidade de interrupção das operações produtivas. Esse fato
pode resultar perdas de produção, atrasos, insatisfação do cliente e
consequentes prejuízos.
Por fim, é preciso destacar que o projeto de um layout deve ser
monitorado e controlado de forma criteriosa e constante a fim de
corrigir imediatamente eventuais distorções.
Se o layout, ao final de seu planejamento e implantação, estiver
incorreto, poderá levar a padrões de fluxo excessivamente longos
e confusos, estoque de materiais superdimensionados ou abaixo
dos níveis necessários para atender à demanda produtiva, filas de
clientes internos, como por exemplo outros setores que dependem
daquele produto que está com sua produção atrasada, tempos de
processamento desnecessariamente longos, fluxos imprevisíveis,
elevação dos custos operacionais e ainda, a interrupção das
operações produtivas.

Atividades de aprendizagem da unidade

1. A capacidade produtiva de uma empresa está diretamente relacionada


com a eficiência dos tempos de produção, ou seja, quanto mais tempo se
perde, menor é a eficiência e a quantidade produzida. No intuito de eliminar
o desperdício de tempo, tanto de produção quanto no que se refere a
mão de obra, é necessário que as empresas recorram a implementação ou
reestruturação do layout. Dessa forma, é correto afirmar que:

( ) Um layout corretamente planejado contribui para que o sistema de


manuseio de materiais e informações seja dinâmico e eficiente dentro do
cenário de uma manufatura.
( ) A definição e implantação de um layout ideal colaboram para o
aumento do desperdício de tempo com transporte de materiais em
processo e acabados.
( ) O layout é uma das características mais evidentes de uma operação
produtiva porque determina sua forma e aparência.

U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos 17


Após classificar as informações em Verdadeira (V) ou Falsa (F), assinale a
alternativa correta:

a) V – V – F.
b) F – F – V.
c) V – F – V.
d) F – V – V.
e) V – F – F.

2. O sistema de manuseio de materiais, ou seja, a rede inteira de transporte


que recebe, armazena e estoca os materiais, movimenta-os entre os
pontos de processamento dentro e entre os prédios e departamentos e
finalmente deposita os produtos acabados nos veículos que os entregarão
aos clientes também é chamado de:

a) Logística extramuros.
b) Logística de produção.
c) Logística de abastecimento.
d) Logística intramuros.
e) Logística de distribuição.

18 U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos


Seção 2
Como elaborar um layout
Introdução à seção

Esta seção tem como objetivo apresentar os cuidados prévios que


os gestores devem ter ao planejar um novo layout ou reestruturar
um já existente. Portanto, verificaremos a importância de, em
um primeiro momento, conhecer claramente o tipo de processo
produtivo da empresa, bem como definir qual a sua capacidade
produtiva para que, a partir dessas informações, possamos detalhar
os pormenores do layout escolhido.
Como já podemos perceber, elaborar ou reestruturar um
layout não é uma tarefa tão simples. Esse tipo de decisão
requer bastante critério por parte dos responsáveis, já que erros
podem afetar de maneira bastante significativa as operações e a
rentabilidade da empresa.
Portanto, para que o planejamento e implantação do arranjo
físico seja realmente eficiente, alguns passos devem ser seguidos.
São eles:

2.1 | Selecionar o tipo de processo

Antes de qualquer decisão acerca do tipo de layout que melhor


poderá atender as necessidades da empresa, é necessário conhecer
o tipo de processo de produção da empresa já que cada modelo
implica uma forma diferente de como o layout deve ser planejado.
De acordo com Slack et al. (2012), os tipos de processos mais
comuns em organizações industriais são:
Processo por projetos: também conhecido como “produção
por encomenda”, esse tipo de produção caracteriza-se por fabricar
produtos únicos, na maioria dos casos, bastantes customizados.
Tem como características o baixo volume e a grande variedade.
Um exemplo desse tipo de produção são as empresas que fabricam
móveis planejados.

U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos 19


Para esse tipo de produção, o arranjo físico melhor recomendado
é o chamado layout posicional.

Para saber mais


Existem quatro tipos de arranjo físicos: layout de posição fixa ou
posicional, layout funcional ou por processo, layout celular e o
layout por produto. Normalmente, uma indústria opta por um desses,
porém, isso não é uma regra. Pode ser que a empresa necessite de
mais de um modelo de layout, passando então a utilizar-se dos
chamados layouts mistos.

Fonte: Slack, Brandon-Jones e Johnston (2013).

Processos de Jobbing: assim como o processo por projetos ou


por encomenda, o processo por jobbing também apresenta grande
variedade e pouco volume. A diferença consiste no fato de que,
enquanto nos processos por projetos os recursos de produção
são exclusivos para aquele trabalho, os recursos nos processos de
jobbing podem ser compartilhados. Um exemplo de empresa que
trabalha com esse tipo de produção são as gráficas. Por exemplo, ao
encomendar um móvel planejado para o quarto e escolher a cor da
madeira, esse recurso será exclusivo, ou seja, deverá ser comprado
somente para aquele produto já que não se tem a certeza de que
será usado em outra oportunidade. Contudo, uma gráfica pode
tranquilamente adquirir o papel utilizado em ingresso, pois sabe que
esse recurso de produção pode ser usado em outras demandas.
Para esse sistema de produção, seria viável que a empresa adotasse
o layout posicional ou por processo.
Processos em lotes ou bateladas: esse tipo de processo pode
até ser confundido com os processos de jobbing, porém, não
existe tanta variedade. Um exemplo desse tipo de processo são
as fabricantes de roupas. Em um momento produz-se um lote do
modelo “A” e ao findá-lo, passa-se a produzir o lote referente ao
modelo “B” e assim por diante. Para essa forma de produção, pode-
se utilizar dos layouts por processo ou o denominado layout celular.
Processos de produção em massa: esse processo é aquele
responsável por produzir bens em grandes volumes e pouca
variedade. Um exemplo claro desse tipo de produção são as

20 U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos


fábricas de automóveis populares que os produzem por anos sem
que as variantes básicas do produto final sejam alteradas (motor,
carroceria, cores). Nessa produção, os layouts mais indicados é o
celular e o layout por produto.
Processos contínuos: esse processo também tem como
característica o grande volume e a baixa variedade. O que o
diferencia em relação ao processo de produção em massa é o fato
de que os produtos resultantes dessa produção não podem ser
facilmente separados e sua produção ocorre em períodos muito
mais longos. É o que ocorre em refinarias de petróleo, distribuidoras
de eletricidade e fábricas de papéis. Nesse caso, a empresa deve
optar pelo layout por produto para que seu sistema produtivo atinja
a eficiência desejada.

2.2 | Determinar a capacidade produtiva

Após a definição do tipo de processo, deve-se especificar


também qual será a capacidade produtiva da indústria. Volume
de vendas, quantidade de clientes a serem atendidos e eventuais
expectativas de crescimento devem ser consideradas, uma vez que,
a partir dessas informações é que serão definidas as quantidades
de maquinários e equipamentos, suas capacidades, quantidade de
colaboradores e postos de trabalhos, área necessária para estoques
de matérias-primas e produtos acabados.
É importante destacar que a elaboração de um layout é uma
atividade multidisciplinar, ou seja, envolve várias áreas da empresa.
Dessa forma, é importante que todos os setores envolvidos, tanto
líderes como gestores, sejam ouvidos a fim de utilizar-se de suas
experiências para que os cálculos sejam mensurados com a máxima
fidelidade possível.

Questão para reflexão


Como um bom layout pode agregar valor para o mercado consumidor
ao qual a empresa atende?

U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos 21


2.3 | Detalhamento do layout selecionado

Martins e Laugeni (2015) explicam que, na elaboração de um


layout, deve-se levar em conta, inicialmente, o todo. Isso quer dizer
que o planejamento inicial deve ser generalizado e somente após
isso que se deve proceder ao planejamento das partes.
Embora a definição do tipo de processo, o tipo básico de arranjo
físico e os cálculos de necessidades e capacidades demonstrem
um panorama geral da forma como os recursos serão dispostos
dentro da empresa, é necessário também definir precisamente
a posição exata de cada elemento da operação produtiva. Isso
contempla especificamente a localização de cada setor em relação
à planta industrial, quantidades de máquinas, equipamentos, seus
respectivos operadores e espaço suficiente para a movimentação
deles, saídas de emergência, extintores, bebedouros, quantidade de
banheiros necessários, tipo de iluminação ideal, forma de ventilação,
dentre tantos outros detalhes sem os quais não será possível a
operacionalização da empresa.
Devemos salientar que o projeto de layout ideal é aquele que
tem sempre a capacidade de agregar valor à planta industrial. Isso
significa dizer que, mudar somente por mudar, não é planejar um
sistema de layout, mas consiste apenas em mudanças inócuas.
Martins e Laugeni (2015), afirmam que o projeto ideal deve contemplar:
a) Planejamento Global: compreende planejar onde a empresa
como um todo estará localizada, como por exemplo em qual
país. Isso demanda uma análise dos clientes, dos fornecedores e
também, da quantidade de mão disponível nesta região, ainda mais,
quando a empresa necessita de mão de obra específica.
b) Planejamento do supra-espaço: esse nível de planejamento
relaciona-se especificamente à planta da empresa e sua infraestrutura.
Qual será seu tamanho, quantidades de prédios departamentais e
onde deverão estar localizados dentro dessa planta.
c) Planejamento do macro-espaço: compreende a definição
dos fatores relacionados a cada um dos prédios pré-definidos no
planejamento do supra-espaço. Nesse momento deve-se definir
os setores de cada um deles, bem como irão ocorrer o fluxo de
materiais e de informações.

22 U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos


d) Planejamento do micro-espaço: no que se refere às empresas
industriais, é neste nível que são definidas a localização de cada
máquina, equipamentos e demais elementos necessários à
operacionalização do setor produtivo.
e) Planejamento do sub-micro-espaço: é nesse último nível que
ocorre o planejamento das estações de trabalho, abrangendo a
definição e esclarecimento das tarefas, quantidade de trabalhadores
por posto e seus respectivos espaços para movimentação e as
ferramentas que deverão compor este local de trabalho.
Dessa forma, os passos para a implantação de um layout devem
ocorrer como demonstrados na figura abaixo:

Figura 1.3 | Etapas de decisão e implantação de um Layout

Fonte: adaptada de Slack et al. (2012).

Assim, é possível constatar que a definição de um layout não deve


ocorrer de maneira aleatória e sim, baseada em decisões assertivas e
criteriosas para que o modelo escolhido possa realmente colaborar
para que a organização possa atingir os objetivos que lhes foram
previamente propostos.

U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos 23


Atividades de aprendizagem
1. O planejamento e implantação de um layout industrial é um grande
desafio proposto aos gestores organizacionais já que decisões errôneas
ou equivocadas podem resultar em grandes perdas. Nesse contexto,
é necessário que sejam cumpridas algumas etapas a fim de que esse
processo atinja os objetivos que lhes foram propostos. Portanto, no
momento da elaboração de um layout para uma determinada organização,
primeiramente é necessário:

a) Conhecer o seu tipo de processo de produção.


b) Entender a divisão hierárquica e piramidal da organização.
c) Compreender o processo de entrada e saída de materiais.
d) Conhecer seus fornecedores habituais e secundários.
e) Identificar os pontos positivos da empresa e quais pontos devem
ser melhorados.

2. Esse tipo de processo tem como característica produzir em grandes


volumes e pouca variedade. Para essa forma de produção, os layouts mais
indicados são o celular ou Layout por produto. É bastante comum em
empresas fabricantes de automóveis. Esta descrição refere-se ao:

a) Processo em lotes ou batelada.


b) Processo de Jobbing.
c) Processo de Produção em Massa.
d) Processos Contínuos.
e) Processo de Produção Especializada.

24 U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos


Seção 3
Objetivos dos layouts
Introdução à seção

Podemos afirmar que o cumprimento dos objetivos de uma


organização está diretamente relacionado à forma como ocorre
o planejamento de suas decisões e procedimentos operacionais.
Dentre essas decisões, a estruturação de um novo layout ou a
reestruturação de um já existente é de fundamental importância
se levarmos em conta os objetivos pertinentes ao layout. Esses
objetivos são explicados a seguir.

3.1 | Objetivos específicos de um sistema


de layout

Como já vimos, o layout ou arranjo físico de uma empresa é


o modo em que se encontram dispostos, fisicamente, os recursos
que ocupam espaço dentro de uma instalação. Tais recursos, como
materiais, funcionários, máquinas, equipamentos, dentre outros, são
fundamentais para atender a demanda produtiva e sem eles essa
operação seria impossível.
Porém, esses insumos devem estar dispostos de uma maneira
que torne o processo produtivo o mais eficiente possível. Dessa
forma, é possível afirmar que, dentro dos limites estabelecidos pela
estratégia competitiva da empresa, um bom projeto de layout tem
como objetivo não somente eliminar as atividades que não agregam
valor, mas também evidenciar as operações que podem agregar
valor ao produto, à empresa e elevar o nível de serviço ao cliente.
Portanto, de acordo com Corrêa e Corrêa (2011), de uma forma
geral, os objetivos principais atribuídos aos layouts são os seguintes:

U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos 25


Minimizar os custos de manuseio e movimentação interna
de materiais
É claro que não podemos eliminar todas as movimentações de
materiais dentro de uma empresa, porém, as distâncias percorridas,
sempre que possível, devem ser encurtadas. Isso contribui para a
redução de custos organizacionais, para a economia do tempo
demandado nessas operações e um melhor aproveitamento da
mão de obra.

Utilizar o espaço físico disponível de forma eficiente


Cada metro de uma instalação tem um custo, seja em
decorrência do valor pago em aluguel ou em virtude do custo de
aquisição. Portanto, espaços mal aproveitados e ociosos significam
perda efetiva de dinheiro da empresa.

Para saber mais


É fato que um dos mais importantes objetivos de um layout é
a melhor disposição de maquinários e equipamentos em uma
planta fabril, porém, isso não deve ocorrer de maneira arbitrária ou
aleatória. A Norma Regulamentadora nº 12 do Ministério do Trabalho
é responsável por regulamentar todos os procedimentos referentes
a esse planejamento. Essa NR aborda fatores como a distância
mínima entre os maquinários, condições ideais do piso onde serão
localizados, áreas de circulação em seus arredores, condições para
instalações elétricas e até mesmo como deve ocorrer o sistema de
partida e parada do equipamento. A não observância dos quesitos
dessa norma pode resultar em interdição imediata do equipamento.
Fonte: Ministério do Trabalho (2017).

Apoiar o uso eficiente da mão de obra, evitando que se


movimente desnecessariamente
O raciocínio para a mão de obra e o espaço disponível deve ser o
mesmo. Cada minuto e segundo de um colaborador representa um
custo para empresa. Portanto, mão de obra ociosa ou em operações
desnecessárias não agregam em nada, apenas representam perda
de capital.

26 U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos


Facilitar o acesso visual às operações e otimizar o fluxo
de comunicação
Um layout corretamente planejado contribui para uma visão
sistêmica das operações que ocorrem na planta produtiva,
possibilitando assim um melhor controle e rapidez em casos de
necessidade de eventuais correções.
Em uma organização, a comunicação deve ser clara e entendível
por aqueles à quem é destinada. Dessa forma, um layout bem
planejado contribui substancialmente para que a comunicação
possa fluir, uma vez que, faz parte do projeto a fixação de placas
que objetivem informar os colaboradores sobre procedimentos e
normas de segurança.

Facilitar entrada, saída e movimentação dos fluxos de materiais


e de pessoas
Organizar é a palavra-chave em qualquer projeto de layout.
Os insumos necessários devem estar disponíveis na quantidade
e no momento correto em que forem solicitados. Vamos tomar
como exemplo uma empresa que não tem o layout de seu
estoque claramente definido e, a cada momento em que um
insumo é solicitado, leva-se longos períodos para ser localizado.
Além de podermos constatar um colaborador que poderia estar
desempenhando outras funções que pudessem agregar mais valor
às operações produtivas, ainda se corre o risco de interromper
a produção por falta desse insumo, o que resultará em atrasos e
perdas. Tudo isso, somente porque um insumo, que poderia ser um
único parafuso, não está em seu lugar correto.

Questão para reflexão


Qual a importância de um layout bem planejado em uma empresa
de pequeno porte?

O layout deve ser planejado e distribuído com o claro objetivo


de viabilizar o fluxo de pessoas e a movimentação de materiais sem
grandes cruzamentos ou obstáculos.

U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos 27


Encorajar, orientar ou induzir a determinados fluxos
Em uma planta industrial, é comum encontrarmos corredores
ou faixas pintadas no chão a fim de evidenciar o fluxo correto dos
materiais, equipamentos de movimentação ou colaboradores.
Esse layout é previamente planejado dessa forma a fim de
fazer com que a distância das movimentações seja reduzida ou
com o claro objetivo de desviar um equipamento de um local que
ofereça riscos, como espaços onde há grande movimentação de
pessoas, ou ainda, evitar que um colaborador seja exposto a locais
com potencial de riscos e acidentes, por exemplo, locais com alta
corrente elétrica ou que exista grande possibilidade de quedas e
outros acidentes.

Podemos perceber então que todos os objetivos relacionados


resultam em redução de custos, sejam eles fixos, como os custos
incorridos em função da aquisição ou locação do espaço físico,
salários da mão de obra empenhada na movimentação de materiais
e produtos acabados, a depreciação de máquinas e equipamentos e
também, dos custos variáveis, como por exemplo, os combustíveis.

Atividades de aprendizagem

1. O layout escolhido por uma empresa é a forma pela qual serão


distribuídos fisicamente os recursos necessários para a operacionalização
do setor produtivo. Porém, sua implantação ou reestruturação deve
resultar em benefícios e, para isso, deve cumprir com alguns objetivos.
Então, é correto afirmar que:
( ) O objetivo principal de um layout é contribuir para a redução dos
custos de manuseio e movimentação de matérias-primas do fornecedor
até a empresa.
( ) É objetivo de um layout colaborar para reduzir o custo de ocupação
da planta industrial por meio da utilização do espaço disponível de
forma eficiente.
( ) Um layout corretamente planejado contribui para uma visão sistêmica
das operações e otimiza o fluxo de comunicação da empresa.

Classifique as afirmações em Verdadeira (V) ou Falsa (F) e assinale a


alternativa que contempla a sequência correta:

28 U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos


a) F – V – V.
b) V – V – F.
c) V – F – F.
d) F – F – V.
e) F – V – F.

2. Um dos objetivos claros que justificam a escolha e planejamento de


um layout industrial é a redução de custos. Essa redução contribui para
que o preço final do produto também seja menor, colaborando com a
lucratividade e competitividade da empresa. Nesse contexto, é correto
afirmar que:
I- O layout contribui para que custos variáveis, como os valores
gastos com espaço físico, combustíveis, lubrificantes e salários dos
colaboradores da indústria sejam reduzidos.
II- Um layout planejado corretamente contribui para que custos com
propagandas e marketing e custos relacionados aos programas de
desenvolvimento de novos produtos também sejam diminuídos.
III- Um layout eficiente agrega valor à indústria, pois contribui para
que custos fixos, como por exemplo, os gastos com salários dos
trabalhadores da produção sejam reduzidos em função de um melhor
aproveitamento da mão de obra disponível.

Assinale a alternativa correta:

a) As afirmações I e II estão corretas.


b) Apenas a afirmação II está correta.
c) As afirmações II e III estão corretas.
d) As afirmações I e III estão corretas.
e) Apenas afirmação III está correta.

U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos 29


Seção 4
Princípios Básicos para o cálculo e projeção
de layouts
Introdução à seção

O planejamento, o cálculo e a implantação de um layout


devem, impreterivelmente, levar em conta, além do processo de
produção da empresa, o tipo de layout previamente escolhido por
ela, uma vez que existem diversas particularidades que diferenciam
as formas como maquinários, equipamentos, colaboradores e seus
respectivos postos de trabalho serão dispostos. Porém, indiferente
do tipo de layout, alguns princípios devem ser observados.

4.1 | Princípio da integração

Esse princípio afirma que todos os elementos de um setor


produtivo devem ser considerados, já que um único componente
que eventualmente apresente um mal funcionamento ou interrupção
pode comprometer a capacidade de produção de toda a indústria.
Por exemplo, ao calcular um layout, deve-se dar a mesma
atenção para uma máquina que produz diariamente dez unidades de
um determinado componente que se dá a uma que produz dez mil.
Em virtude de sua capacidade de produção, o espaço destinado a
esse equipamento e seus colaboradores poderia ser negligenciado,
porém, deve-se levar em conta que caso a máquina com capacidade
menor de produção pare ou seu operador tenha algum problema
em relação à ventilação ou o espaço para se movimentar, poderá
interromper toda a produção da empresa.

4.2 | Princípio da menor distância

Como já abordamos no decorrer da unidade, movimentações


desnecessárias não agregam em nada ao produto. Dessa forma,
as distâncias percorridas entre uma operação e outra devem ser
diminuídas ou até mesmo eliminadas.

30 U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos


Um produto acabado que demandou mais horas de movimentação
e, consequentemente, mão de obra empregada nesse fluxo,
certamente terá um custo maior. Custos elevados resultam em preços
de vendas maiores, o que acaba por comprometer a competitividade
do produto no mercado quando comparado a outro que teve um
fluxo de movimentação mais eficiente.

4.3 | Princípio do uso das três dimensões

Ao planejar um layout, deve-se conhecer claramente todos os


espaços disponíveis para sua implantação a fim de que todas as suas
dimensões, ou seja, altura, largura e profundidade, quando possível,
possam ser utilizadas.
A planta industrial possui um subsolo ou um mezanino? Então,
por que não acondicionar nesses locais produtos que tenham uma
demanda ou giro menor e deixar a planta industrial com espaço
disponível para novas máquinas ou uma área previamente planejada
para uma futura ampliação?
Em outro exemplo, podemos considerar o fato de dedicar tais
espaços disponíveis para manutenção e conserto de máquinas e
equipamentos a fim de que essas operações não ocorram na planta
produtiva tornando-a menos eficiente.

4.4 | Princípio de observância do fluxo


de operações

Este é um dos princípios de maior importância no momento


de se planejar e calcular um layout. Pessoas, equipamentos de
movimentação (empilhadeiras, carrinhos, paleteiras etc) devem se
movimentar sempre num fluxo que siga a sequência de produção.
No contexto de um layout, devem ser evitadas movimentações
repetitivas, as chamadas “idas e vindas” e cruzamentos. A observação
desse princípio contribui para redução nos níveis de acidentes, tanto
com equipamentos quanto com os colaboradores, nos tempos de
espera não programados e ainda, colabora para que materiais, sejam
eles insumos ou acabados, não sofram danos ou perdas.

U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos 31


Questão para reflexão
Qual a importância do apoio e do comprometimento do
alto executivo da empresa para que um novo layout ou a
reestruturação de um já existente atinja os objetivos que lhes
são previamente determinados?

4.5 | Princípio da flexibilidade

Em um cenário em que mudanças são constantes, esse é


um princípio que deve ser cuidadosamente observado pelos
responsáveis pelo planejamento de um layout.
Possibilidade de aumento da demanda, inconsistência no
fornecimento de insumos e mudanças na legislação são fatores
que podem resultar em uma eventual necessidade de alteração de
um layout já existente. Vamos considerar que uma empresa, com
o intuito de reduzir seu custo, passe a comprar matéria-prima de
outro fornecedor que tem um tempo de entrega bem maior que o
antigo. Consequentemente, será necessário que a empresa tenha
um estoque de segurança maior, o que demandará mais espaço.
Em outro momento, a demanda dessa empresa aumentou
substancialmente e, para atendê-la, será necessário adquirir
novas máquinas e colaboradores. É fato que isso ocupará um
espaço relevante na planta industrial, e se empresa não tiver essa
disponibilidade, ou deixará de atender seu mercado consumidor e
perder a nova receita ou então terá que arcar com todos os custos
de uma nova planta de produção.

4.6 | Princípio da satisfação e segurança


Um layout, além de considerar a melhor disposição dos
maquinários e equipamentos em uma planta industrial, deve ser
planejado também com o claro objetivo de proporcionar ao
colaborador o máximo de conforto e segurança possível.
Portanto, fatores como a largura de corredores, quantidade
de banheiros, localização de refeitórios, sistemas de ventilação e
iluminação devem ser levados em conta no momento do cálculo
das áreas disponíveis para a produção.

32 U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos


Para saber mais
O Ministério do Trabalho, por meio das Normas Regulamentadoras,
é o órgão responsável por determinar os elementos que devem
constar em um layout industrial a fim de que o conforto e a segurança
do trabalhador sejam preservados. Largura de corredores, saídas de
emergência, localização dos extintores, rampas e escadas existentes
em um layout devem estar em concordância com essas normas e
seu descumprimento, além de sanções legais, como multas, pode
resultar na interdição das operações de uma empresa.
Fonte: Ministério do Trabalho (2017).

Por fim, outros fatores que devem ser previstos em um layout


são os que dizem respeito aos equipamentos de movimentação
necessários à operacionalização de uma indústria.
Esses equipamentos podem demandar grandes mudanças no
momento de planejar e calcular um layout. É o caso de empresas
que trabalham com esteiras ou transelevadores. Além de planejar
antecipadamente a área que deve estar disponível para sua instalação,
é necessário que as paredes internas onde serão instalados sejam
reforçadas para não cederem durante as operações.
Digamos que a empresa utiliza empilhadeiras para movimentar seus
insumos ou produto acabado. Deve-se levar em conta a necessidade
de corredores mais largos e área de manobra, por exemplo.
Portanto, o tipo e as maneiras pelas quais ocorrerá o fluxo
de produtos no interior de uma planta industrial também devem
estar bastante claros para que o layout seja eficiente e que
sua implantação ou reestruturação possa contribuir para os
objetivos organizacionais.

Atividades de aprendizagem

1. Não podemos falar em um único modelo a ser seguido para que um


layout possa funcionar de maneira eficiente em uma indústria. Isso se dá
por conta das particularidades de cada um dos modelos existentes e pelas
especificidades de modelo de processo de produção. Porém, ao obedecer
alguns princípios, as chances de sucesso são aumentadas. Dessa forma,
assinale a alternativa que compreende corretamente todos esses princípios.

U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos 33


a) Princípio da integração; princípio da menor distância; princípio do uso
das três dimensões; princípio da observância do fluxo de operações.
b) Princípio da oferta e demanda; princípio da maior distância; princípio
do uso das dimensões unilaterais; princípio da observância dos
procedimentos operacionais.
c) Princípio de estruturação; princípio da movimentação desnecessária;
princípio do uso das quatro dimensões; princípio da tolerância do fluxo de
operações; princípio da flexibilidade e princípio da satisfação e segurança.
d) Princípio da tolerância de movimentação; princípio da menor
distância; princípio do uso de subsolos e mezaninos; princípio da
delimitação do fluxo de operações; princípio da flexibilidade e princípio
da satisfação e segurança.
e) Princípio da integração; princípio da menor distância; princípio do
uso das três dimensões; princípio da observância do fluxo de operações;
princípio da flexibilidade e princípio da satisfação e segurança.

2. O princípio da satisfação e segurança dispõe que um layout não deve


levar em conta somente a localização eficaz de máquinas e equipamentos,
mas também deve atentar-se para os fatores pertinentes à satisfação,
saúde e segurança do trabalhador. A inobservância desses quesitos pode
resultar em sanções legais, como multas e interdições. No Brasil, o órgão
responsável por essa regulamentação é o (a):

a) Ministério do Bem Estar social por meio das Normas de Retificação.


b) Ministério de Amparo ao Trabalhador por meio das Normas Fiscalizadoras.
c) Ministério do Trabalho por meio das Normas Regulamentadoras.
d) Ministério de Amparo ao cumprimento das Normas Regulamentadoras.
e) Ministério da Saúde e Segurança do Trabalhador por meio das
Normas Fiscalizadoras.

Fique ligado

Nesta unidade, pudemos conhecer os conceitos mais importantes


que se referem aos layouts, bem como podem ser elaborados, seus
principais objetivos e finalmente, os princípios básicos a serem
seguidos diante da necessidade de planejamento e elaboração
de qualquer um dos tipos de layouts existentes. Dessa forma, é de
fundamental importância que conheçamos os elementos centrais
que permearam nossa unidade, tais como:

34 U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos


• Conceitos de layout.
• Como elaborar um layout.
• Objetivos dos layouts.
• Princípios básicos para o cálculo e projeção de layouts.
Os principais tópicos concentram-se nos assuntos acima citados,
porém, é importante também indicarmos os conteúdos trabalhados
na unidade.

• Porque planejar um layout.


• Conceito de sistemas de manuseio de materiais.
• Importância das decisões relacionadas aos layouts.
• Tipos de processos industriais: processo por projetos;
processos de Jobbing; processos em lotes ou bateladas; processos
de produção em massa e processos contínuos.
• A importância de se determinar previamente a capacidade
produtiva antes da elaboração do layout.
• Detalhamento do layout escolhido.
• Objetivos dos layouts: minimizar os custos de manuseio
e movimentação interna de materiais; utilizar o espaço físico
disponível de forma eficiente; apoiar o uso eficiente da mão de
obra, evitando que movimentação desnecessária; facilitar o acesso
visual às operações e otimizar o fluxo de comunicação; facilitar a
entrada, saída e movimentação dos fluxos de materiais e de pessoas;
encorajar, orientar ou induzir determinados fluxos.
• Princípios básicos para o cálculo e projeção de layouts: princípio
da integração; princípio da menor distância; princípio do uso das
três dimensões; princípio da observância do fluxo de operações;
princípio da flexibilidade e princípio da satisfação e segurança.
Essas informações são fundamentais, uma vez que servirão de
complemento para os estudos sobre a importância e a aplicabilidade
dos layouts e como essa ferramenta pode contribuir para que uma
organização atinja seus objetivos organizacionais.

U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos 35


Para concluir o estudo da unidade

Caro aluno,
Ao longo desta unidade, percebemos o quanto o planejamento
e a implantação correta de um layout pode contribuir para uma
empresa, principalmente no que tange à redução de custos, tanto
fixos como variáveis. Porém, nosso aprendizado não deve se encerrar
por aqui. Procure conhecer mais sobre o assunto acessando artigos,
livros e outros materiais que tratam sobre o tema. Ainda há muito
mais a aprender.

Atividades de aprendizagem da unidade

1. Um questionamento comum entre os gestores organizacionais diz


respeito ao modelo ideal de layout a ser adotado pela empresa, isto é, como
elaborá-lo e quais fatores devem ser considerados no processo. Portanto, a
fim de responder a essa recorrente dúvida, é correto afirmar que:
I- O modelo de layout escolhido deve atender especificamente as
necessidades da empresa. Para isso, deve-se levar em conta o tipo de
produto fabricado, material de embalagem, materiais de reposição e
manutenção, maquinários, entre outros.
II- Ao analisar o produto a fim de elaborar o layout, o tamanho e a massa
devem ser levados em consideração. É de consenso que produtos
com dimensões maiores devem ficar o mais afastado possível de
portas e saídas.
III- Ao se projetar um novo layout ou reestruturar o já existente, deve-se
considerar também as características especiais pertinentes a alguns
setores a fim de atender as normas regulamentadores e legislações
que versam sobre as leis de segurança do trabalho.

Assinale a alternativa correta:

a) Estão corretas as afirmações I e II.


b) Apenas a afirmação II está correta.
c) Estão corretas as afirmações I e III.
d) Estão corretas as afirmações II e III.
e) Apenas a afirmação III está correta.

36 U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos


2. É fato que não existe um procedimento padrão para que uma
organização possa definir com precisão o layout que irá adotar. Diversas
características e particularidades da empresa devem ser observadas a fim
de que essa escolha seja a mais assertiva possível. Porém, a fim de facilitar
esse processo, Martins e Laugeni (2015) afirmam que o projeto ideal de
layout deve contemplar algumas etapas de planejamento. Nesse contexto,
é correto afirmar que:
( ) Primeiro, deve-se planejar o layout globalmente e, a partir disso,
planejar o supra-espaço, o macro-espaço, o micro-espaço e o sub-
micro-espaço.
( ) No planejamento do sub-micro-espaço é o momento em que ocorre
as verificações e decisões acerca das estações de trabalho, a definição das
tarefas, quantidades de trabalhadores por posto, ferramentas e o espaço
necessário para movimentação.
( ) O planejamento do macro-espaço tem como objetivo principal definir
as questões referentes à planta da empresa e sua infraestrutura, como por
exemplo seu tamanho e a quantidade de prédios departamentais.

Após classificar as afirmações acima em verdadeira (V) ou Falsa (F), assinale


a alternativa que compreende sequência correta:

a) V – F – F.
b) V – F – V.
c) F – F – V.
d) V – V – F.
e) F – V – V.

3. Em uma planta industrial, um layout também pode ser utilizado com


a finalidade de evitar que um equipamento de movimentação ou um
colaborador siga um caminho, seja com o intuito de encurtar a distância
percorrida ou então, de fazer que o equipamento ou o trabalhador desvie
de um local que possa apresentar altos níveis de periculosidade. Um
exemplo disso são os corredores ou faixas desenhadas com o propósito
de tornar claro que somente aquele caminho deve ser seguido num
determinado local. Essa ação é prévia e propositalmente planejada já que,
um dos objetivos de um layout é:

a) Tornar mais complexa a entrada, a saída e a movimentação dos fluxos


de materiais e de pessoas.
b) Evidenciar a imagem da empresa frente ao mercado no qual atua por
apresentar um layout menos poluído.

U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos 37


c) Encorajar determinados fluxos orientando ou contribuindo para que
operadores de equipamentos, como empilhadeiras e trabalhadores
sigam comportamentos que obedeçam fluxos pré-determinados ou
normas de segurança.
d) Apoiar a ociosidade da mão de obra, evitando que ocorram
movimentações desnecessárias ao processo produtivo.
e) Contribuir para que sejam usadas as duas dimensões existentes em uma
planta industrial, ou seja, a largura e altura

4. Analise os textos abaixo:


Texto 1 - Um layout deve ser planejado de maneira que, diante de situações
como aumento da demanda, inconsistência no fornecimento de insumos
e mudanças na legislação, possa ser alterado sem que isso comprometa as
operações da empresa, ou então, sem que haja necessidade de mudanças
para outra planta industrial.
Texto 2 – Em uma planta industrial, todos os espaços devem ser utilizados,
desde que isso não comprometa as operações ou coloque em risco a
segurança dos colaboradores.

Os textos acima se referem a dois princípios a serem seguidos para que o


planejamento e a implantação do layout sejam eficientes. Nesse sentido,
os textos referem-se, respectivamente ao:

a) Princípio da orientação ao fluxo de produção e princípio do uso da


altitude e latitude.
b) Princípio da tolerância a mudanças e princípio do uso das três dimensões.
c) Princípio da possibilidade de inovação e princípio da observância
das operações.
d) Princípio da integração e crescimento e princípio da satisfação e segurança.
e) Princípio da flexibilidade e princípio do uso das três dimensões.

5. A implantação de um novo layout ou a reestruturação de um modelo


já existente são procedimentos que demandam uma série de decisões
que, quando negligenciadas ou tomadas de maneira equivocada, podem
resultar, inclusive, na falência da empresa devido aos prejuízos dessa
operação. A fim de tornar esse processo mais eficiente, o ideal é que
quatro decisões fossem tomadas sequencialmente. Dessa forma, sobre
essas decisões, é correto afirmar que:

38 U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos


I- A primeira decisão diz respeito à escolha do tipo básico de layout. O
gestor deve escolher entre os layouts: posicional, por processo, layout
celular ou por produto.
II- A segunda decisão a ser tomada em um processo de implementação
de um layout é determinar a capacidade produtiva da empresa.
III- A última decisão a ser tomada, quando se pretender implantar um
layout ou reestruturar um já existente, diz respeito a determinar o
volume de vendas e os objetivos de desempenho da empresa.

Após analisar as afirmações anteriores, assinale a alternativa correta:

a) Estão corretas as afirmações I e II.


b) Apenas a afirmação II está correta.
c) Estão corretas as afirmações II e III.
d) Apenas a primeira afirmação está correta.
e) Estão corretas as afirmações I e III.

U1 - Introdução Sobre Layout de Empresas Industriais e seus Cálculos Básicos 39


Referências
CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de produção e operações. São Paulo:
Atlas, 2011.
MARTINS, Petrônio G.; LAUGENI, Fernando Piero. Administração da produção. 3. ed.
São Paulo: Saraiva, 2015.
MINISTÉRIO DO TRABALHO. Normas Regulamentadoras. [s.d]. Disponível em:
<http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-
regulamentadoras>. Acesso em: 21 mar. 2018.
SEBRAE. O layout da fábrica pode influir na produtividade. 2017. Disponível em:
<https://goo.gl/wtucMY>. Acesso em: 21 mar. 2018.
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção: edição
compacta. São Paulo: Atlas, 2012.
. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 2009.
SLACK, N.; ALISTAIR, B. J.; ROBERT, J. Princípios da administração da produção. São
Paulo: Atlas, 2013.
Unidade 2

Tipos de layout

João Antonio de Freitas Coelho

Objetivos de aprendizagem
Nesta unidade você identificará os tipos de layout que
podem ser utilizados na produção de bens e serviços. Dessa
forma, nossos objetivos serão:

• Identificar informações necessárias para uma perfeita


elaboração de um layout.

• Conhecer as vantagens e as desvantagens de cada tipo


de layout.

• Exemplificar os tipos de layout com modelos.

Diante de tais objetivos, nossa preocupação é dar


fundamento a escolha correta do layout, exemplificar
os tipos de layout com suas respectivas vantagens e
desvantagens de aplicação.

Seção 1 | Escolhendo o melhor layout


Como será que escolhemos o melhor layout? Nesta seção,
caro aluno, você irá conhecer quais são as variáveis levadas em
consideração na escolha do tipo de layout a ser utilizado em um
alinha de produção.
Seção 2 | Layout funcional
O primeiro layout que surgiu foi o funcional, então, na
segunda seção, conheceremos o seu conceito, suas vantagens
e desvantagens.
Seção 3 | Layout em linha
Henry Ford foi um dos primeiros empresários que utilizou o
layout em linha em sua fábrica de automóveis. Nesta seção você
conhecerá a configuração deste tipo de layout, bem como as
vantagens e desvantagens de sua utilização.
Seção 4 | Layout celular
Na quarta seção veremos o layout celular, o qual surgiu com
a necessidade de redução de estoques de produtos acabados e
durante a produção. Vamos entender como aplicar e quais são as
suas vantagens.
Seção 5 | Layout posição fixa
Conheceremos a aplicação do layout de posição fixa muito
utilizada na fabricação de produtos de tamanho excessivos, como
aviões e navios.
Seção 6 | Layout misto ou híbrido
Na última seção desta unidade vamos ver a solução encontrada
para a combinação dos layouts vistos nas seções anteriores com o
objetivo de atingir a maior performance de produção.
Introdução à unidade
Nesta unidade, serão abordados os tipos de layouts que podemos
utilizar na produção e no fornecimento de bens e serviços.
Devido a busca por um diferencial competitivo em um
mercado globalizado, as empresas estão se preocupando cada
vez mais em ter um arranjo físico adequado para o tipo de
produto a ser fabricado.
A evolução dos processos produtivos faz surgir novos tipos
de arranjos físicos que buscam facilitar o processo produtivo,
aumentando a eficiência, ganhando em produtividade e reduzindo
os custos de fabricação.
O início de tudo foi com os artesãos, mesmo sem terem
conhecimento de técnicas de layout, eles utilizavam o layout
funcional, ou seja, o arranjo físico era dividido por funções/processos
e cada artesão realizava uma atividade.

Figura 2.1 | Artesãos trabalhando

Fonte: <http://2.bp.blogspot.com/-RDhJB2ux5wM/T50kAclG96I/AAAAAAAAD-c/ZgvdHT2gJOM/s1600/making-shoes.
jpg>. Acesso em: 26 abr. 2018

U2 - Tipos de layout 43
Com a evolução dos processos de fabricação, foram criados
novos tipos de arranjos físicos, como o layout em linha instalado por
Henry Ford para a produção de automóveis no ano de 1913. Agora,
vamos conhecer os tipos de layout que existem.
Seção 1
Escolhendo o melhor Layout
Introdução à seção

Nesta seção, você irá entender quais são as preocupações na


hora de escolher o tipo de layout e elaborar o melhor arranjo físico
para a atividade de manufatura dos produtos.

1.1 | Tipos de Layout

Segundo Corrêa (2006), existem três tipos básicos de arranjos físicos


que têm características diferentes e que, dependendo da situação,
podem ser mais ou menos eficientes. Os arranjos clássicos são:
¾¾ Por produto: as máquinas são organizadas em estações
de trabalho dispostas em uma sequência fixa. Neste caso, o
colaborador fica parado e o produto que está sendo fabricado é
que se movimenta por meio de equipamentos de movimentação
(esteiras, carrinhos, ganchos, etc,).
¾¾ Por processos: as estações de trabalho não são organizadas
em uma sequência fixa. Cada estação é relativamente autônoma,
então, um produto vai para a estação de trabalho necessária para
realizar a operação seguinte a fim de completar o produto.
¾¾ Posicional: o produto permanece em uma posição fixa. Seus
componentes são produzidos em outras linhas de produção e levados
para a área de produção onde será realizada a montagem final.
Existem ainda os arranjos que combinam mais de um tipo, estes
são chamados de híbridos, o mais comum é o arranjo celular. A
partir de agora, conheceremos os tipos de layout existentes.

1.2 | Escolhendo o melhor tipo de layout

O melhor layout é aquele que tem o equipamento adequado


em uma configuração de posicionamento correta, que possibilite

U2 - Tipos de layout 45
eliminar as atividades que não agregam valor ao produto, como o
excesso de estoques durante a produção, excessos de movimentação
e deslocamento de materiais e pessoas, tempos perdidos em
deslocamentos desnecessários. Ao eliminarmos essas atividades,
como consequência, estaremos aumentando a produtividade da linha
de produção, possibilitando à empresa a obter vantagem competitiva
perante seus concorrentes.
Em todas as fábricas e plantas produtivas se faz necessário a
escolha do melhor layout e existem alguns pontos que são recorrentes
em todos os tipos de processos utilizados na manufatura, entre eles
podemos citar:
Dimensões dos produtos: a massa e o tamanho dos produtos
levam a análise da necessidade da utilização de equipamentos que
auxiliem na movimentação (pontes rolantes, mesas de roletes, talhas
e elevadores), também a quantidade de colaboradores e os esforços
realizados por eles. Atualmente, a questão da ergonomia é levada em
consideração na elaboração do layout com o objetivo de reduzir o
risco de causar uma doença adquirida no trabalho (por exemplo LER -
Lesão por esforço repetitivo).
Complexidade dos produtos: quanto maior o número de
componentes, maior a necessidade de operadores para movimentar o
material entre os postos de trabalho.
Necessidade de movimentação: o estudo deve se atentar para a
quantidade de movimentação de materiais e pessoas em relação ao
tempo e o volume de produção necessário. Quanto maior o tempo
gasto em movimentação, maior será a necessidade de uma análise
mais profunda na disposição de equipamentos e fluxos de processos.

Para saber mais


A escolha de um layout de uma linha de produção não é uma atividade
simples. Envolve variáveis externas e internas. Para conhecer mais
um pouco sobre esses detalhes, leia o artigo a seguir:
MAESTRELLI, N. Como escolher o melhor layout industrial?
2015. Manufatura em foco. Disponível em: <https://www.
manufaturaemfoco.com.br/como-escolher-o-melhor-layout-
industrial/>. Acesso em: 26 abr. 2018.

46 U2 - Tipos de layout
No Gráfico 2.1 é possível ver o layout mais adequado em relação
a quantidade e a variedade de produtos. Para produtos em produção
contínua ou em grandes volumes, podemos utilizar o layout em
linha, para produtos em lotes, os layouts mais recomendáveis são o
celular e por processos

Gráfico 2.1 | Tipo de layout x variedade/quantidade de produtos

Fonte: <https://www.manufaturaemfoco.com.br/wp-content/uploads/2015/05/img7.jpg>. Acesso em: 26 abr. 2018.

Com a evolução dos produtos e a mudança nos hábitos de


consumo, surgem algumas situações que levam a análise e a
alteração do layout existente para o atendimento dessas tendências
de mercado, entre elas podemos citar:
• Modificações nos produtos que impliquem uso de novos
equipamentos e/ou processos.
• Devido ao aumento da demanda, ou mix de produto, se faz
necessário o aumento da capacidade produtiva.
• Surgimento ou crescimento de alguns departamentos ou áreas
produtivas dentro da empresa.
• Projeto de novas fábricas para o aumento da capacidade
produtiva da empresa.

U2 - Tipos de layout 47
Questão para reflexão
Imagine que você é um gestor industrial de uma empresa e precisa
escolher o tipo de layout mais adequado para sua nova linha de
produção, sabendo que nesta linha serão feitos produtos em lotes
pequenos e grandes. Como você resolverá a escolha do layout
mais produtivo?

Atividades de aprendizagem

1. Segundo Corrêa (2006), existem três tipos básicos de arranjos físicos que
têm características diferentes e que em cada situação podem ser mais ou
menos eficientes. Relacione o tipo de layout com a sua correta definição.

1. Por produto.
2. Por processo.
3. Posicional.

( ) O produto permanece em uma posição fixa. Seus componentes


são produzidos em outras linhas de produção e levados para a área de
produção onde será realizada a montagem final.
( ) As máquinas são organizadas em estações de trabalho dispostas em
uma sequência fixa. Neste caso, o colaborador fica parado e o produto
que está sendo fabricado é que se movimenta por meio de equipamentos
de movimentação (esteiras, carrinhos, ganchos, etc,).
( ) As estações de trabalho não são organizadas em uma sequência fixa.
Cada estação é relativamente autônoma e um produto vai a estação de
trabalho que necessária para realizar a operação seguinte para completar
o produto.

Assinale a alternativa que tem a sequência correta.

a) 3 – 1 – 2.
b) 2 – 3 – 1.
c) 3 – 2 – 1.
d) 1 – 3 – 2.
e) 1– 2 – 3.

48 U2 - Tipos de layout
2. Em todas as fábricas e plantas produtivas se faz necessário a escolha do
melhor layout e existem alguns pontos que são levados em consideração
na escolha e na modificação dos layouts. Com relação a essa escolha,
podemos afirmar que.
I. A massa e o tamanho dos produtos levam a análise da necessidade
da utilização de equipamentos que auxiliem na movimentação (pontes
rolantes, mesas de roletes, talhas e elevadores) no projeto do layout.
II. O melhor layout é aquele que possibilita eliminar as atividades que
agregam valor ao produto, reduzindo custos.
III. As modificações nos produtos existentes podem gerar a necessidade
de novos equipamentos, o que ocasionará uma mudança no layout.
IV. O melhor layout é aquele que tem o equipamento adequado em uma
configuração de posicionamento correta.

Assinale a alternativa correta.

a) As afirmativas I e II estão corretas.


b) As afirmativas I, II e IV estão corretas.
c) As afirmativas II e III estão corretas.
d) As afirmativas I, III e IV estão corretas.
e) As afirmativas II, III e IV estão corretas.

U2 - Tipos de layout 49
Seção 2
Layout funcional
Introdução à seção

Nesta seção, você conhecerá o layout funcional e estudará os


conceitos deste arranjo físico, quando é aplicado e quais são as suas
vantagens e desvantagens.

2.1 | Conceito

Neste tipo de layout, todos os processos e equipamentos do


mesmo tipo estão concentrados em uma área, mesmo que sejam
necessárias várias máquinas de um mesmo tipo. Este foi o primeiro
layout utilizado nos sistemas produtivos.
Na configuração funcional a movimentação do produto ocorre
entre os setores, nos quais o produto será processado, passando por
uma sequência de atividades/equipamentos até ser finalizado. Na
Figura 2.2, temos um exemplo de layout funcional ou por processos.

Figura 2.2 | Layout Funcional (por processos)

Fonte: adaptada de Correa (2006, p. 409).

50 U2 - Tipos de layout
Questão para reflexão
O layout funcional foi o primeiro a ser utilizado na organização dos
processos produtivos. Por que ainda é utilizado? Por que não pode
ser substituído por um arranjo físico mais moderno?

2.2 | Quando utilizar

Esse tipo de layout é adequado para processos que exijam


equipamentos pesados de difícil movimentação, necessitando que
sejam fixos quando houver um mix de produtos muito grande e que
a demanda por item seja pequena ou sazonal.
As vantagens de se utilizar este tipo de layout são:
99 Melhor utilização das máquinas com a especialização dos
seus operadores.
99 A produção não é interrompida no caso de quebra de
máquinas ou qualquer problema de suprimentos e absenteísmo,
pois cada processo/função trabalha isoladamente.
99 Atende uma variedade de produtos e mudanças na
sequência e operação, não exigindo muito tempo de ajustes de
maquinas, isto é, tempo de setup.
99 Supervisão dos equipamentos e instalações relativamente fáceis.
Para Laugeni (2015), esse tipo de layout é flexível para atender as
mudanças de mercado e a produtos diversificados em quantidades
variáveis ao longo do tempo.

Um dos exemplos mais conhecidos de layout funcional é o de


uma fábrica de ferramentas de extrusão, ou seja, uma ferramentaria.
Nesse tipo de processo, o produto passa por várias operações que
são realizadas em seções que são divididas por funções.

Como desvantagens desse tipo de layout, podemos destacar:

99 Baixa utilização dos recursos devido a ociosidade que pode


ocorrer se o processo anterior não está no mesmo ritmo.
99 Pode ocasionar estoques durante a produção ou parada de
um processo por falta de material do processo anterior.

U2 - Tipos de layout 51
99 Fluxo pode ser complexo, o que pode ocasionar um volume
excessivo de movimentações de materiais.

Para saber mais


Para entender um pouco mais sobre a dinâmica do layout funcional,
assista a esta breve animação no endereço a seguir:
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=3YgrNSme7Eo>.
Acesso em: 26 abr. 2018.

Atividades de aprendizagem

1. Um dos exemplos mais conhecidos de layout funcional é o de uma


fábrica de ferramentas de extrusão, ou seja, uma ferramentaria. Marque a
alternativa que é a definição do layout funcional.

a) O produto é posicionado em um determinado espaço e as matérias-


primas e peças são deslocadas até o local para o produto ser montado.
b) Todos os processos e equipamentos do mesmo tipo estão concentrados
em uma área, mesmo que sejam necessárias várias máquinas de um
mesmo tipo.
c) O fluxo de produção desse tipo de layout é em linha, passando por cada
processo de fabricação continuamente.
d) Esse tipo é uma das últimas novidades em relação a layout, tem como
objetivo principal montar os produtos em uma única equipe.
e) Os processos estão alternados entre células de produção e processos
em linha de acordo com a função dos equipamentos.

2. O layout funcional foi o primeiro a ser utilizado em sistemas produtivos


e tinha como objetivo acelerar o processo de fabricação com a
especialização dos operadores em cada função. É correto afirmar sobre
o layout funcional.
I. Quando utilizamos o layout funcional, reduzimos a quantidade de
movimentos em relação aos outros tipos.
II. O layout funcional pode ter as máquinas mais bem utilizadas pela
especialização dos operadores.

52 U2 - Tipos de layout
III. Este layout atende uma variedade de produtos e mudanças na sequência
e operação, não exigindo muito tempo de setup´s.
IV. Este tipo de layout pode ocasionar estoques durante a produção ou
parada de um processo por falta de material do processo anterior.

Assinale a alternativa correta.

a) As afirmativas I e III estão corretas.


b) As afirmativas I, II e IV estão corretas.
c) As afirmativas I, III e IV estão corretas.
d) As afirmativas I e IV estão corretas.
e) As afirmativas II, III e IV estão corretas.

U2 - Tipos de layout 53
Seção 3
Layout em linha
Introdução à seção

Nesta seção, você conhecerá o layout em linha que é muito


utilizado nas empresas industriais, vamos estudar, agora, os
conceitos e quais são as suas vantagens e desvantagens.

3.1 | Conceito

O princípio básico do layout em linha é que os equipamentos


estejam dispostos em linha, em uma sequência fixa de processos
para que o produto passe por cada processo e ao final da linha
esteja pronto. Os operadores dos respectivos equipamentos ficam
parados e um equipamento transportador (esteira, mesa de roletes,
etc.) move o produto que está sendo produzido para a próxima
estação de trabalho, assim, ele é montado progressivamente. Para
Correa (2006), esse layout é adequado para o processamento de
grandes quantidades de poucos itens de produtos.
Neste tipo de layout, as matérias-primas entram no primeiro
equipamento e percorrem em uma sequência fixa de processos
sendo transformadas até que ao final da linha o produto está acabado.

Na Figura 2.3, temos uma linha de fabricação de biscoito e


bolachas. O processo inicia-se com todos os ingredientes da
massa sendo misturados na batedeira até tornarem-se uma massa
homogênea. Através de transportadores de rosca, a massa é
passada em um rolo moldador onde será esticada na espessura
correta e cortada, depois dessa etapa, entra dentro de um forno
contínuo para ser assada. A fase final de fabricação é o transporte
do biscoito assado em uma longa esteira onde se dá o resfriamento
do produto, para ao final ser embalado e acondicionado em uma
caixa de expedição.

54 U2 - Tipos de layout
Figura 2.3 | Layout em linha

Fonte: elaborada pelo autor.

Para saber mais


Veja o vídeo a seguir sobre uma linha de fabricação de biscoito.
No filme, o biscoito de água e sal, tão conhecido do público, está
sendo produzido em uma linha de produção que utiliza o tipo de
layout em linha.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=gAx7DRQf-
2s&feature=youtu.be>. Acesso em: 26 abr. 2018.

3.2 | Quando utilizar

O layout em linha é apropriado para a fabricação de produtos em


grandes lotes e que tenham uma padronização, visto que esse tipo
de configuração é apropriado para produtos em série que tenham
uma demanda constante e a continuidade da produção é muito
importante para obtenção da maior produtividade.
A escolha desse layout pode trazer algumas vantagens, entre elas
podemos citar:
99 A movimentação e o manuseio do produto são reduzidos a
uma linha de processo, não necessitando grandes deslocamentos.
99 Não há uma necessidade de especialização dos operadores,
pois a ideia é que todos consigam trabalhar em qualquer parte da
linha de produção.
99 Por ser um processo contínuo, o volume produzido é grande
em um espaço curto de tempo.

U2 - Tipos de layout 55
99 A gestão da produção é simples, com o controle de entrada de
matérias-primas e a saída de produtos acabados.
O layout em linha é encontrado em vários segmentos da
indústria, como automobilística, alimentícia, higiene e limpeza,
etc. Como podemos ver, são empresas que tem os seus produtos
padronizados, com pouca variação de componentes.
Para esse tipo de layout também há algumas desvantagens
que podem inviabilizar a utilização da produção em linha. Essas
desvantagens são as seguintes:
99 Se uma máquina parar, a linha inteira fica parada.
99 Costuma gerar monotonia e estresse nos operadores.
99 Em alguns casos, o investimento em equipamentos é de alto
valor inviabilizando a implantação do layout.
99 Requer uma supervisão dedicada para fazer a gestão, devido à
grande quantidade de produtos que são manufaturados.
99 O equipamento mais lento (gargalo) vai ditar a velocidade da
linha, determinando sua capacidade produtiva.
Segundo Lelis (2012), esse layout é adequado para grandes
volumes, pois tem um tempo de processamento mais rápido,
menores estoques e menos tempo improdutivo.

Questão para reflexão


Você conhece alguma aplicação do layout em linha em que só é
utilizado exclusivamente este tipo? Ou quando usamos o layout em
linha precisamos utilizar um outro tipo de layout para complementar
o processo de fabricação?

Atividades de aprendizagem

1. O layout em linha é apropriado para a fabricação de produtos em grandes


lotes e que tenham uma padronização, pois esse tipo de configuração é
apropriada para produtos em série. Marque a alternativa que contém a
definição correta deste tipo de layout.

56 U2 - Tipos de layout
a) Os processos estão alocados em áreas distantes, porém, em linha,
tendo que haver um grande volume de movimentações dos produtos que
estão sendo produzidos.
b) Neste layout, os produtos passam por células de produção que estão
em uma sequência adequada a cada tipo de produto.
c) Os equipamentos são dispostos em linha em uma sequência fixa de
processos para que o produto passe por cada processo e ao final da linha
esteja pronto.
d) Nesta configuração de layout, as matérias-primas passam por processos
isolados e depois entram em uma sequência aleatória de produção.
e) Este layout é muito utilizado para a fabricação de navios e aviões, onde
o produto fica fixo e os insumos é que chegam até a linha de montagem.

2. O layout em linha é encontrado em vários segmentos da indústria,


como exemplo podemos citar a automobilística, a alimentícia, de higiene e
de limpeza. Como podemos ver, são empresas que tem os seus produtos
padronizados, com pouca variação de componentes. Em relação ao layout
em linha podemos afirmar que:
I. Não há uma necessidade de especialização dos operadores, pois a ideia
é que todos consigam trabalhar em qualquer parte da linha de produção.
II. A produção não é interrompida no caso de quebra de máquinas ou
qualquer problema de suprimentos e absenteísmo.
III. Em alguns casos, o investimento em equipamentos é de alto valor,
inviabilizando a implantação desse tipo de layout.
IV. O equipamento mais lento (gargalo) vai ditar a velocidade da linha,
determinando sua capacidade produtiva.

Assinale a alternativa correta.

a) As afirmativas II e III estão corretas.


b) As afirmativas I, II e IV estão corretas.
c) As afirmativas I, III e IV estão corretas.
d) As afirmativas II, III e IV estão corretas.
e) As afirmativas II e IV estão corretas.

U2 - Tipos de layout 57
Seção 4
Layout celular
Introdução à seção

Nesta seção, vamos abordar um tipo de layout que surgiu


recentemente em relação aos demais devido a necessidade de
redução de custos e flexibilidade de produção que o mercado
competitivo tanto necessita.

4.1 | Conceito

O layout celular, ou em células de manufatura, segundo


Laugeni (2015), é baseado no trabalho cooperativo de um grupo
coeso com relação à produção a realizar. Em uma célula são
agrupados os equipamentos que produzem uma determinada
família de produtos que apresentam características comuns entre
si. Nesta configuração de layout, o fluxo de materiais e produtos se
assemelha ao layout em linha e possui a flexibilidade de um layout
funcional, somado a essas características, ainda temos a redução
do lead time de produção que compreende desde a entrada do
pedido até a finalização do produto.
Como consequência direta da redução dos leads times de
fabricação dos itens, a adoção do layout celular aumenta a
flexibilidade do sistema produtivo e diminui a necessidade de
estoques em processo entre células, pois há uma conversão mais
rápida dos itens em produtos acabados, podendo-se atender
diretamente a demanda com a produção.

Na Figura 2.4, temos a transformação do layout funcional em


células de produção, onde cada célula realiza todos os processos
requeridos na manufatura do produto.

58 U2 - Tipos de layout
Figura 2.4 | Layout celular

Fonte: elaborada pelo autor.

Para saber mais


Para entender sobre a dinâmica do layout celular, assista a esta breve
animação no endereço a seguir:
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=kj2LSEXSR9A>.
Acesso em: 26 abr. 2018.

4.2 | Quando utilizar

A manufatura em células de produção é indicada para empresas


que tenham uma grande variedade de mix de produtos, desde que
esses produtos possam ser agrupados em famílias. Este agrupamento
é realizado por meio da similaridade dos tipos de processos que são
utilizados na manufatura.
Esse tipo de layout tem uma série de vantagens, das quais
podemos destacar as seguintes:
99 Alta flexibilidade com os processos produtivos todos integrados.

U2 - Tipos de layout 59
99 Operadores multifuncionais que flexibilizam o trabalho.
99 Fluxo do trabalho organizado, o que traz como resultado uma
qualidade maior do produto manufaturado.
99 Equilíbrio entre custo e flexibilidade para a produção de um mix
de produtos variados e com pequena demanda.
99 Trabalho em grupo pode aumentar a motivação das equipes.
Como exemplo de utilização desse tipo de layout, temos a
indústria de móveis que utiliza a célula de produção na fabricação de
sofás devido a sua variedade de modelos, cores e tipos de tecidos,
porém, todos os sofás têm a mesma sequência de produção, o que
facilita o trabalho em células de produção.
Como todo layout, o celular também tem algumas desvantagens,
tais como:
99 Alto custo de treinamento para transformar os operadores
em multifuncionais.
99 Investimento na adequação do layout atual em células de produção.
99 Impossibilidades de instalações devido ao tamanho dos
equipamentos que inviabilizam a configuração em células de produção.
99 Possível redução da utilização dos recursos disponíveis.

Questão para reflexão


O layout celular foi um dos últimos arranjos físicos a ser desenvolvido
e utilizado, buscando maior flexibilidade de produção de itens
diversificados. É possível transformar um layout em linha de um
produto para um layout em células de manufatura do mesmo
produto? Como seria esta adequação?

Atividades de aprendizagem

1. A manufatura em células de produção é indicada para empresas que


tenham uma grande variedade de mix de produtos. Pode-se dizer que o
conceito do layout celular ou em células de manufatura é:

60 U2 - Tipos de layout
a) Baseado no trabalho cooperativo de um grupo coeso com relação
à produção a realizar. Em uma célula, são agrupados os equipamentos
que produzem uma determinada família de produtos que apresentam
características comuns entre si.
b) Apropriado para a fabricação de produtos em grandes lotes e que
tenham uma padronização, pois esse tipo de configuração é apropriada
para produtos em série.
c) Equipamentos que são dispostos em linha, em uma sequência fixa de
processos para que o produto passe por cada processo e ao final da linha
esteja pronto.
d) É a especialização da mão de obra em que em cada célula é realizado
um processo de produção e, após passar nas várias células da linha, o
produto é finalizado.
e) É o layout onde são produzidos grandes lotes de produtos padronizados
que, por esse motivo, ganha muito na produtividade total da linha, já que
ela está em uma sequência fixa.

2. A manufatura em células de produção é indicada para empresas que


tenham uma grande variedade de mix de produtos, desde que esses
produtos possam ser agrupados em famílias. Podemos afirmar sobre o
layout celular:
I. É uma das desvantagens é a impossibilidade de instalação do layout
devido ao tamanho dos equipamentos que inviabilizam a configuração em
células de produção.
II. O agrupamento em famílias é realizado através da similaridade dos tipos
de processos que são utilizados na manufatura.
III. Possui alto custo de treinamento para transformar os operadores
em multifuncionais.
IV. Tem operadores multifuncionais que flexibilizam o trabalho.

Assinale a alternativa correta.

a) As afirmativas II e III estão corretas.


b) As afirmativas I, II e III estão corretas.
c) As afirmativas I, III e IV estão corretas.
d) As afirmativas II, III e IV estão corretas.
e) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.

U2 - Tipos de layout 61
Seção 5
Layout posicional
Introdução à seção

Você já imaginou como é fabricado um avião ou um navio?


Nesta seção iremos ver o layout posicional ou posição fixa. Vamos
entender o seu conceito, suas vantagens e desvantagens.

5.1 | Conceito

Nesta configuração, o material ou produto fica fixo em uma


posição. Devido ao seu tamanho e peso, quem sofre o processamento
fica estacionário, enquanto equipamentos, maquinário e pessoas
movem-se quando do necessário. Suas partes são produzidas em
linhas de produção remotas e montadas na posição onde está fixado
o produto final. Geralmente, o layout é utilizado para produtos de
peso e de dimensões grandes, por exemplo a fabricação de navios
e aviões.

A Figura 2.5 mostra uma linha de produção de navios, onde se


aplica a configuração de posição fixa (posicional) devido ao tamanho
e peso do produto final.
Figura 2.5 | Layout posicional de uma linha de produção de navios

Fonte: <http://www.projetomemoria.org/2013/07/curiosidades-do-mar-v-etapas-de-construcao-de-navio/>. Acesso


em: 26 abr. 2018.

62 U2 - Tipos de layout
Para saber mais
O processo de construção de um avião é altamente complexo
e envolve várias etapas, equipamentos e pessoas. Veja o vídeo da
construção do maior avião comercial do mundo, lembrando que o
tipo de layout utilizado é o posicional ou posição fixa:
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=svGBKnOX8dU&t=612s>. Acesso em: 2 maio 2018.

5.2 | Quando utilizar

Segundo Laugeni (2015), o layout posicional é utilizado para um


produto único, em quantidade pequena ou unitária e, em geral,
não repetitivo. É o caso da fabricação de navios, aviões, grandes
transformadores elétricos, turbinas, grandes prensas e outros
produtos de altas dimensões físicas.
As vantagens de sua utilização são:
99 Melhor planejamento e gestão do trabalho, pois se trata de um
objetivo único.
99 Tarefas diferentes para as equipes, o que não causa estresse por
repetição de movimentos.
99 O trabalho de equipe é valorizado.
99 Permite aperfeiçoamento dos processos e atividades.
Os produtos que são fabricados nesse tipo de layout geralmente
têm um prazo de entrega dilatado devido ao tipo de construção. As
vendas ocorrem com a programação de entrega para alguns meses
ou até anos, como no caso de aviões e navios. Para esse layout
também temos algumas desvantagens, como:
99 A programação do espaço ou atividade pode ser complexa.
99 Grande necessidade de supervisão de produção.
99 Volume alto de movimentações.
99 Necessidade de mão de obra extremamente capacitada.
“Este tipo de layout é uma boa escolha quando o produto
manufaturado é pesado ou difícil de mover, o que ocorre com
turbinas, navios e aviões” (LELIS, 2012, p. 99).

U2 - Tipos de layout 63
Questão para reflexão
Na produção de um avião é utilizado o layout posicional, será que
é possível aplicar esse layout para fabricação de automóveis? Quais
seriam as condições necessárias para isso acontecer?

Atividades de aprendizagem

1. Para produzir navios, aviões, turbinas, o layout mais adequado é


o posicional ou posição fixa. Marque a alternativa que corresponde à
sua definição.

a) A sequência de operação é fixa, o que contribui para aumentar a


velocidade de produção.
b) A produção ocorre dividida em equipes, cada uma realiza um
processo, o que ocasiona um grande volume de movimentação do
produto a ser manufaturado.
c) É o layout com maior velocidade de produção, pois suas posições
de equipamentos são fixas, contribuindo com o aumento do volume de
itens produzidos.
d) Neste tipo de layout, o operador tem sua posição definida e fica
esperando o produto chegar em suas mãos para que possa efetuar o
processo produtivo, assim sucessivamente até a finalização do produto.
e) Quem sofre o processamento fica estacionário, enquanto equipamentos,
maquinário, instalações e pessoas movem-se quando necessário.

2. Os produtos que são fabricados neste tipo de layout geralmente têm


um prazo de entrega dilatado devido ao tipo de construção. As vendas
ocorrem com a programação de entrega para alguns meses ou até anos,
assim como no caso de aviões e navios. Em relação ao layout posicional
ou posição fixa, é correto afirmar que são vantagens da utilização deste
tipo de layout:
I. A programação do espaço ou atividade pode ser complexa.
II. Tarefas diferentes para as equipes, o que não causa o estresse por
repetição de movimentos.
III. Melhor planejamento e gestão do trabalho, pois se trata de um
objetivo único.
IV. Volume alto de movimentações.

64 U2 - Tipos de layout
Assinale a alternativa correta.

a) As afirmativas II e III estão corretas.


b) As afirmativas I, II e III estão corretas.
c) As afirmativas I, III e IV estão corretas.
d) As afirmativas II, III e IV estão corretas.
e) As afirmativas III e IV estão corretas.

U2 - Tipos de layout 65
Seção 6
Layout misto ou híbrido
Introdução à seção

Nesta última seção, veremos a solução encontrada para ajustar


o melhor layout, com a combinação dos tipos de layout vistos nas
seções anteriores em uma linha de produção.

6.1 | Conceito
Qual é a solução quando nenhum dos layouts anteriormente
estudados atendem totalmente a fabricação de um determinado
produto? A resposta é a combinação dos tipos de layouts para obter-
se a melhor configuração para a manufatura do produto solicitado.
Existem certos produtos que para serem fabricados precisam
passar por processos que podem estar distribuídos em mais de
um tipo de layout. Para este tipo de arranjo físico é dado o nome
de layout misto ou híbrido. Um dos exemplos mais comuns é a
indústria moveleira, assim como na Figura 2.6, que exemplifica uma
linha de fabricação de armários para dormitórios.
Figura 2.6 | Layout misto de um fluxo de produção de armários de dormitórios

Fonte: elaborada pelo autor.

66 U2 - Tipos de layout
O fluxo de fabricação é bem complexo, passando por processos
com layout funcional (seccionadoras, furadeiras e coladeiras de
borda), bem como em processos com o layout em linha (pintura
U.V. e embalagem). Devido ao peso das partes do produto, o
transporte entre processos é auxiliado com a utilização de mesas
de rolete para movimentação.

Questão para reflexão


Será que é possível combinar todos os tipos de layout? Pense em um
processo onde pode ser aplicado o layout celular com o layout em
linha, qual seria o produto a ser manufaturado? Por que deve ser esta
configuração (linha + celular)?

6.2 | Quando utilizar

A aplicação do layout misto ou híbrido é bastante difundida


nos mais diversos segmentos de empresas industrias, tais como
a automobilística, alimentícia, moveleira, siderurgia, etc. Este tipo
de layout é implantado para que se obtenha, em um determinado
processo, as vantagens dos outros layouts que foram abordados
nesta unidade (LAUGENI, 2015).

Para saber mais


A indústria moveleira utiliza-se de layout misto ou híbrido para a
fabricação seriada de armários para quarto (guarda-roupas). Veja no
link abaixo uma produção desse tipo.
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=oxlxUvZVoJk&t=164s> . Acesso em: 2 maio 2018.

Atividades de aprendizagem

1. Existem alguns processos produtivos que necessitam utilizar mais de


um tipo de configuração do layout. Para isso, são elaborados o layout do
tipo misto ou híbrido. Qual a razão de se utilizar esse layout?

U2 - Tipos de layout 67
a) Devido a capacidade e especialização dos futuros operadores dos
equipamentos que serão instalados.
b) A escolha parte do gestor de produção que irá eleger o layout que mais
lhe é favorável em relação a sua formação técnica.
c) A escolha de utilizar o layout misto é para a obtenção da melhor
configuração para a manufatura do referido produto.
d) A escolha de usar um layout misto ou não se deve ao único fator, que é
do valor de investimento que será feito.
e) A utilização do layout misto é devido ao tamanho do produto a ser produzido.

2. Observe que a Figura 2.6 apresenta uma linha de produção de móveis


que utiliza o layout misto ou híbrido combinando tipos deferentes de
layouts. Quais outros layouts foram utilizados?

a) Posicional, linha e celular.


b) Linha e celular.
c) Linha, funcional e posicional.
d) Funcional e celular.
e) Linha e funcional.

68 U2 - Tipos de layout
Fique ligado

Nesta unidade, conhecemos os tipos de layouts que podem


ser aplicados nas linhas de produção das empresas. Por isso, é
importante o conhecimento deles, que são:
• Funcional.
• Em linha.
• Em células de manufatura.
• Posicional.
Essas informações são relevantes, uma vez que servirão de base
para a escolha do melhor layout para a linha de produção de um
determinado produto.

Para concluir o estudo da unidade

Caro estudante, prossiga na leitura do livro e acrescente mais a


seu conhecimento com leituras complementares sobre layouts de
linhas de produção, seus tipos e suas aplicações.

Atividades de aprendizagem da unidade

1. Devido a busca por um diferencial competitivo em um mercado


globalizado, as empresas estão se preocupando cada vez mais em ter um
layout adequado para o tipo de produto a ser fabricado. Quais foram os
tipos de layout estudados nesta unidade?

a) Interno e externo.
b) Direto, variável e fixo.
c) Em linha, funcional, posicional e celular.
d) Processo puxado e processo empurrado.
e) Manual, mecanizado e automatizado.

2. O melhor layout é aquele que tem o equipamento adequado em


uma configuração de posicionamento correta, possibilitando eliminar
as atividades que não agregam valor ao produto. Alguns pontos são

U2 - Tipos de layout 69
importantes para a melhor escolha de layout e eles são comuns entre os
processos industriais. Com relação aos pontos que devem ser estudados
para obter o layout perfeito, marque (V) para verdadeira e (F) para Falsa nas
sentenças a seguir.
( ) As dimensões dos produtos a serem fabricados na linha devem ser
levados em consideração na hora da escolha.
( ) O conhecimento técnico da equipe é muito importante na definição do
melhor layout a ser aplicado.
( ) É necessária uma análise da complexidade dos produtos à serem
produzidos, com o objetivo de encontrar os melhores processos para
a manufatura.
( ) Um estudo deve atentar para a quantidade de movimentação de materiais
e de pessoas, com relação ao tempo e o volume de produção necessário.

Assinale a sequência correta.

a) V – F – V – F.
b) V – F – V – V.
c) F – F – V – V.
d) V – F – F – V.
e) V – V – V – V.

3. A evolução dos processos produtivos faz surgir novos tipos de arranjos


físicos que buscam facilitar o processo produtivo, aumentando a sua
eficiência, ganhando em produtividade e reduzindo os custos de fabricação.
Relacione o tipo de layout com a sua respectiva definição.

1. Posicional.
2. Em linha.
3. Funcional.
4. Celular.
5. Misto ou híbrido.

( ) Os equipamentos são em uma sequência fixa de processos para que o


produto passe por cada processo e ao final da linha esteja pronto.
( ) São agrupados os equipamentos que produzem uma determina família
de produtos que apresentam características comuns entre si.
( ) Todos os processos e equipamentos do mesmo tipo estão
concentrados em uma área, mesmo que sejam necessárias várias máquinas
de um mesmo tipo.

70 U2 - Tipos de layout
( ) É a combinação dos tipos de layouts para a obtenção da melhor
configuração para a manufatura do referido produto.
( ) Quem sofre o processamento fica estacionário, enquanto equipamentos,
maquinário, instalações e pessoas movem-se quando necessário.

Assinale a sequência correta.

a) 2 – 3 – 1 – 5 - 4.
b) 1 – 5 – 3 – 4 - 2.
c) 1 – 4 – 2 – 5 - 3.
d) 2 – 3 – 4 – 5 - 1.
e) 2 – 4 – 3 – 5 - 1.

4. Relacione o tipo de layout com sua respectiva vantagem.

1. Posicional.
2. Em linha.
3. Funcional.
4. Celular.

( ) A movimentação e o manuseio do produto são reduzidos a uma linha


de processo, não necessitando grandes deslocamentos.
( ) A produção não é interrompida no caso de quebra de máquinas ou
qualquer problema de suprimentos e absenteísmo.
( ) Equilíbrio entre custo e flexibilidade para a produção de um mix de
produtos variados e com pequena demanda.
( ) Melhor planejamento e gestão do trabalho, pois se trata de um
objetivo único.

Assinale a sequência correta.

a) 2 – 3 – 4 – 1.
b) 1 – 3 – 4 – 2.
c) 1 – 4 – 2 – 3.
d) 2 – 3 – 1 – 4.
e) 2 – 4 – 3 – 1.

U2 - Tipos de layout 71
5. Relacione o tipo de layout com sua respectiva desvantagem.

1. Posicional.
2. Em linha.
3. Funcional.
4. Celular.

( ) Requer uma supervisão dedicada para fazer a gestão devido a grande


quantidade de produtos que são manufaturados.
( ) Este tipo de layout pode ocasionar estoques durante a produção ou
parada de um processo por falta de material do processo anterior.
( ) Alto custo de treinamento para transformar os operadores dos
processos em multifuncionais.
( ) A programação do espaço ou atividade pode ser complexa.

Assinale a sequência correta.

a) 2 – 4 – 1 – 3.
b) 1 – 3 – 4 – 2.
c) 1 – 4 – 2 – 3.
d) 2 – 3 – 4 – 1.
e) 2 – 4 – 3 – 1.

72 U2 - Tipos de layout
Referências
CORRÊA, H. L. Administração da produção e operações. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
LAUGENI, F. P.; MARTINS, P. G. Administração da produção. 3. ed. São Paulo:
Saraiva, 2015.
LELIS, E. C. Administração da produção. 1. ed. São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 2012.
PARANHOS FILHO, M. Gestão da produção industrial. 1. ed. Curitiba: Ibpex, 2007.
Unidade 3

Desenvolvimento
de layout
Anderson Emidio de Macedo Gonçalves

Objetivos de aprendizagem
Considerando toda a complexidade existente para o
desenvolvimento de um layout, a proposta desta unidade
é utilizar uma linguagem didática e instrutiva, buscando a
simplicidade nas abordagens das seções e desenvolver
alguns assuntos contidos na ementa da disciplina de Layout
e Fluxo de Fabricação. Além disso, dentro da metodologia
de layout adotada e de acordo com alguns tipos de layout
apresentados na Unidade 2, o objetivo é inseri-lo no cenário
de desenvolvimento de layout e da construção do projeto
de fábrica.

Seção 1 | Princípios do Layout


Depois da definição do processo de fabricação, das estratégias
e dos tipos de produção, começamos então a etapa do
dimensionamento da fábrica, a qual vai estar mais destacada na fase
inicial do layout.
A localização, o arranjo físico geral e detalhado juntamente
com a implantação são algumas macro-etapas do processo de
desenvolvimento do projeto de fábrica.
Seção 2 | Etapas do trabalho de desenvolvimento do layout
O layout é considerado uma ferramenta fundamental para
manter a qualidade dos produtos e serviços, requisito cada vez mais
exigido por clientes. A construção adequada de um layout busca a
eliminação de falhas no processo produtivo, aprimorando a eficiência
na produtividade, assegurando assim o acompanhamento do
crescimento da demanda mercadológica. Dessa forma, essa seção
se ocupará de apresentar as etapas do trabalho de desenvolvimento
do layout e sua aplicação nas empresas.
Seção 3 | Etapas de trabalho para projetos de layout para
unidades produtivas
Não basta conhecer um pouco a respeito das vantagens e
desvantagens do layout, ou mesmo basear a decisão de qual
layout é mais adequado à necessidade de cada empresa, levando
em conta apenas essa informação. Para que cada indústria faça a
melhor opção é necessário que ela conheça as implicações para os
projetos de unidades produtivas assim como os riscos ambientais
em projeto de unidades produtivas. Portanto, esta seção se ocupa de
apresentar as implicações para os projetos de unidades produtivas,
dando ênfase para riscos ambientais em projeto de layout em uma
unidade produtiva.
Introdução à unidade
O layout industrial é a expressão dos principais aspectos que
concorrem para a produção que envolvem indivíduos, materiais,
ferramentas e interações entre estes fatores. Assim, uma unidade
industrial ou um sistema de produção é a constituição do trabalho
em vários níveis operacionais de um produto.

Vejamos ao apresentar ao longo desta unidade, a respeito dos


princípios, etapas do desenvolvimento do layout e etapas do projeto
da unidade produtiva.
Seção 1
Princípios do layout
Introdução à seção

A delimitação dos espaços de trabalho objetiva obter um


arranjo espacial com melhor desempenho, características de
custo, flexibilidade, segurança, condições de trabalho, condições e
qualidade para o desenvolvimento do processo. Os princípios que
este arranjo deve seguir serão descritos nesta seção.

1.1 | Princípios do arranjo espacial

Conforme Camarotto (2006, p. 15), a determinação dos “espaços


de trabalho tem como objetivo a obtenção de um layout que tenha
o melhor desempenho no que se refere ao custo, flexibilidade,
segurança, condições de trabalho, controle e qualidade para o
processo produtivo”. Ele também destaca que o arranjo deve seguir
os seguintes princípios:

a) Princípio da integração: os elementos que integram os fatores


da produção têm que trabalhar em harmonia, pois uma falha em
qualquer um desses elementos pode resultar em ineficácia. Visando
a eficiência em todo o processo produtivo, este princípio visa
estudar os pequenos pormenores da fábrica para que todos os seus
elementos estejam ligados.

b) Princípio da mínima distância: um produto não tem valor


maior que um outro do mesmo tipo devido ao seu transporte, ou
seja, ele não valerá mais somente porque ele se movimentou mais
que o outro. Por exemplo, se você compra um veículo e ele está em
outra cidade, você não pagará a mais pelo deslocamento. Partindo
desse princípio, as distâncias devem ser encurtadas ao máximo para
que se evite esforços desnecessários.

78 U3 - Desenvolvimento de layout
c) Princípio de obediência ao fluxo das operações: todos os
envolvidos no processo, seja materiais, equipamentos ou pessoas
devem seguir o fluxo de movimentação visando o bom andamento
do processo de manufatura da fábrica. A todo custo devem ser
evitadas interrupções, retornos e cruzamentos dos envolvidos.

d) Princípio do uso das três dimensões: um arranjo não se


restringe apenas em um plano, ou seja, ele deve ser considerado
nas três dimensões. Adotando esse princípio, garante-se a utilização
total do espaço. Deve ser observado que qualquer item a ser
arranjado ocupa um certo volume, e não uma determinada área.

Questão para reflexão


Podemos concluir de acordo com a Figura 3.1 que o desenvolvimento
da fábrica e o layout adquirido são realizados nas etapas de macro e
micro localização, na escolha do terreno, no espaço arquitetônico,
no arranjo físico, em centros de produção, na construção do espaço
(edificação) e na ocupação e operação do espaço.
Em um projeto ideal, todas essas etapas deveriam ser cumpridas,
porém, existem algumas situações que fogem desse planejamento,
como o terreno que deve ser aproveitado, os padrões de acabamento
diferentes dos utilizados anteriormente em um terreno ou prédio
existente, entre outros.

Figura 3.1 | Macro etapas do desenvolvimento do projeto de fábrica

I. LOCALIZAÇÃO

II. ARRANJO FÍSICO GERAL

III. ARRANJO FÍSICO DETALHADO

Tempo IV. IMPLANTAÇÃO

Fonte: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAa-IAD/apostila-projeto-fabrica?part=3>. Acesso em: 27 abr. 2018.

U3 - Desenvolvimento de layout 79
Para saber mais
Outras explicações referentes aos princípios do layout e de dados
básicos necessários estão disponíveis no seguinte link: <http://
www.ebah.com.br/content/ABAAAAa-IAD/apostila-projeto-
fabrica?part=3>. Acesso em: 27 abr. 2018.
Você pode também aprender mais com os exemplos contidos nesse
link e aprofundar um pouco mais o seu conhecimento.

Atividades de aprendizagem

1. Depois da definição do processo de fabricação das estratégias e dos


tipos de produção, iniciamos qual etapa?
1- Dimensionamento de fábrica.
2- Tipos de produção do chão de fábrica.
3- Desenvolvimento do layout.
4- Criação do fluxo de fabricação.
5- Concepção do projeto de fábrica.

Enquanto algumas das proposições são verdadeiras, outras são falsas.


Assinale a alternativa que possui a sequência correta.

a) 1-F; 2-V; 3-V; 4-V; 5-F. d) 1-V; 2-V; 3-F; 4-F; 5-F.
b) 1-F; 2-V; 3-V; 4-F; 5-F. e) 1-V; 2-V; 3-V; 4-F; 5-F
c) 1-V; 2-F; 3-F; 4-F; 5-F.

2. Veja as etapas do desenvolvimento do projeto de fabricação.


1- Localização.
2- Arranjo físico geral.
3- Arranjo físico detalhado.
4- Implantação.

Enquanto algumas das proposições são verdadeiras, outras são falsas.


Assinale a alternativa que possui a sequência correta.

a) 1-F; 2-V; 3-V; 4-V; 5-F. d) 1-V; 2-V; 3-F; 4-F; 5-F.
b) 1-F; 2-V; 3-V; 4-F; 5-F. e) 1-V; 2-V; 3-V; 4-V; 5-V
c) 1-V; 2-F; 3-F; 4-F; 5-F.

80 U3 - Desenvolvimento de layout
Seção 2
Etapas do Trabalho de desenvolvimento do layout
Introdução à seção

Podemos afirmar que o layout se ocupa da localização física dos


recursos de produção, ou seja, tem como incumbência a tomada de
decisão de onde colocar as instalações. Sendo que esse determina
como ficará o local de trabalho e como serão desenvolvidos os
processos de trabalho na unidade produtiva (DIAS, 1993). Em um
contexto de um mundo globalizado em que as organizações
não concorrem mais apenas localmente, para sobreviver, as
empresas devem buscar se destacar no mercado em que atuam,
nesse sentido contar com layout bem planejado influencia
diretamente na redução de custos, assim como no aumento de
produtividade, no cumprimento de prazo de entrega do produto
final e, consequentemente, contribui para a competitividade
da organização. Portanto, esta seção apresentará as etapas de
desenvolvimento de layout em organizações. Bons estudos!

2.1. | Dimensionamento dos fatores de produção

Uma ferramenta fundamental para garantir a qualidade dos


produtos e serviços, o desenvolvimento de um layout adequado, de
acordo com as demandas da organização, elimina possíveis falhas
assim como a desordens existentes no processo produtivo, dessa
forma aumentando a eficiência na distribuição e na produtividade
dos produtos. Essa se apresenta como uma ferramenta capaz de
traduzir a estratégia empresarial nas instalações, condicionando o
fluxo do processo pertinente a produção na direção às expectativas
e objetivos traçados no planejamento estratégico. Então, podemos
afirmar que o layout é a manifestação física da estratégia de
produção da empresa de uma empresa/fabrica (LEE, 1998).
Martins e Laugeni (2006), destacam as principais etapas para a
elaboração de um layout conforme o Quadro 3.1.

U3 - Desenvolvimento de layout 81
Quadro 3.1 | Principais etapas para a elaboração de um layout

Etapas
a) Inicialmente, determinar a quantidade a produzir.
b) Planejar o todo e depois as partes.
c) Planejar o ideal e depois o prático.
d) Seguir a sequência: local - layout global – layout detalhado –
implantar e reformular sempre que necessário (até onde for possível).
e) Fazer ou calcular o número de máquinas.
f) Proceder a seleção do tipo de layout e elaborar o layout
considerando o processo e as maquinas.
g) Fazer o planejamento do edifício.
h) Desenvolver os instrumentos capazes de promover uma clara
visualização do layout.
i) Buscar utilizar a experiência de todos os envolvidos.
j) Proceder a verificação do layout e avaliar a solução.
k) Proceder a implantação.
l) Estabelecer como atingir os objetivos.
m) Conhecer a distância apropriada entre as máquinas, as larguras,
os corredores de circulação, a altura do prédio, entre os outros.
n) Reservar áreas pensando em possíveis alterações.
o) Verificar a ventilação, a iluminação, a higiene e a segurança.
p) Reservar áreas pensando em possíveis alterações.
q) Verificar a ventilação, a iluminação, a higiene e a segurança.

Fonte: adaptado de Martins e Laugeni (2006, p. 120).

Para se proceder com o dimensionamento de um projeto de


uma fábrica, envolve-se a administração, assim como a parte
técnica, a produção, o departamento de vendas, entre outros. Nos
ocuparemos do dimensionamento dos fatores diretos da produção,
os quais são materiais diretos, mão de obra direta, mão de obra de
preparação e equipamento produtivo (CAMAROTTO, 2006).
No que diz respeito ao dimensionamento de pessoal e
equipamentos, de maneira geral, é necessário que sejam tratados
nos pequenos detalhes no momento da concepção da estratégia
de produção a ser efetivada na unidade. Entretanto, “para que essas
exposições sejam feitas é pertinente um pré-dimensionamento em

82 U3 - Desenvolvimento de layout
que será totalizada as frações de pessoas e maquinário” (CAMAROTTO,
2006, p. 35). A equação pertinente ao dimensionamento de pessoal
pode ser observada a seguir.

N=((TPOp ¬+TPPr))¬*D / J*n

Onde:

N = número de homens ou de equipamentos no processo.


TPOp = é o tempo padrão para o ciclo de trabalho ou
de processo.
TPPr = é o tempo padrão de preparação do equipamento.
D = demanda do processo.
J = jornada de trabalho.
n = rendimento da fábrica.
Fonte: Camarotto (2006, p. 35)

No que se refere a equação de dimensionamento temos que o


rendimento de fábrica (n) é uma medida de eficiência da unidade
industrial. Portanto, a equação procura demonstrar a variabilidade
relativa ao processo que implica horas não produtivas ao longo
do ciclo do processo produtivo oriundo das pessoas, assim
como do dispositivo técnico pertinente. Então, podemos dizer
que quanto maior for a variabilidade do processo, menor será o
rendimento, nesse caso, um ganho de 85% é considerado bom
(CAMAROTTO, 2006).
O dimensionamento dos materiais configura como o primeiro
aspecto para identificar as demandas em termos de fatores
de produção em uma unidade de produção. Considerando as
especificações do portfólio (mix) de produtos, bem como os
fluxogramas devemos inicialmente estabelecer uma representação
sistêmica para o processo produtivo, em seguida, identificar
todas as operações onde exista uma transformação quantitativa
nos materiais, depois passar para a última operação identificando
o balanceamento de massa e, por fim, repetir o procedimento
anterior para todas as operações na ordem inversa do processo
(CAMAROTTO, 2006).

U3 - Desenvolvimento de layout 83
Conforme Fitzsimons e Fitzsimons (2004), o dimensionamento
dos materiais implica equilibrar as operações dos postos de trabalho
considerando as rotinas e as operações sincronizadas dentro de
um ciclo produtivo capaz de atender a demanda determinada de
uma empresa.

Figura 3.2 | Balanceamento de massa

Fonte: Camarotto (2006, p. 35).

Podemos afirmar que existem vários recursos que podem ser


empregados para o dimensionamento do layout, os quais podem
ser resumidos em métodos de aproximação e métodos analíticos,
listados no Quadro 3.2.

Quadro 3.2 | Métodos para o dimensionamento do layout

Método Descrição
Tem como base situações semelhantes
anteriormente projetadas, existentes ou em
modelos matemáticos. Geralmente, esses
Métodos de aproximação procedimentos são empregados em projetos
preliminares ou situações em que não há a
necessidade de precisão nos detalhes do
layout, como áreas administrativas.

84 U3 - Desenvolvimento de layout
Tratam dos que apresentam a obtenção
do layout final que se dá por meio da
composição de áreas individualmente
construídas. Os principais métodos são:
1) Método numérico: no qual há divisão
de atividades ou áreas em elementos de
espaço e subáreas. 2) Padrões de espaço:
Métodos analíticos
área min = (larg x comp + 0,6 m lado perto
+ 0,45 m) x valor de correção (obtido por
tabelas). 3) Centro de produção: construção
dos componentes de áreas que fazem
parte de um centro de produção a partir
das demandas específicas das atividades
relacionadas ao centro.

Fonte: adaptado de Camarotto (2006).

Layout tem como princípio a construção de um ambiente de


trabalho com um arranjo espacial ideal capaz de proporcionar as
condições adequadas para que as atividades sejam executadas de
maneira eficiente, para isso alguns fatores são levados em conta.
Podemos destacar os custos, a flexibilidade, a segurança, as
condições de trabalho, as condições de controle e a qualidade em
si para processo produtivo (BORDA, 1998).
O dimensionamento dos espaços deve seguir alguns princípios
que podem ser observados no Quadro 3.3.

Quadro 3.3 | Princípios do dimensionamento dos espaços

Princípio Descrição
Os mais variados elementos, ainda que
sejam diretos ou indiretos ligados a
produção, devem estar integrados, pois a
falha em qualquer um deles resultará numa
ineficiência global. Sendo assim, o princípio,
Integração estuda todos os pequenos pormenores
da organização, pois ela é considerada
uma unidade a qual é constituída de várias
características de suma importância que
devem estar interligadas para a melhor
eficiência da produção.

U3 - Desenvolvimento de layout 85
O transporte em nada acrescenta ao produto.
Dessa maneira, deve-se evitar as distâncias
Mínima distância para não ter esforços e movimentações
desnecessárias além de custos indesejados
sem necessidade.
É fundamental que os locais de trabalho
possuam uma divisão em termos de arranjo
que esteja dentro das exigências de maneira
que materiais, homens e maquinários
Obediência ao fluxo das possam se mover num fluxo harmonioso,
operações contínuo e de acordo com os processos
de produção. Excluir obstáculos com a
finalidade de prover melhores sequências de
trabalho e de pessoas, de modo que otimize
os fluxos.
Um layout não é apenas um plano, mas sim
um volume. O estudo e o planejamento da
implementação do melhor arranjo serão
guiados para o uso das três dimensões, ou
Uso das três dimensões seja, uma observação e o melhor uso do
espaço. É necessário sempre imaginar que
os itens a serem arranjados, na realidade,
preenchem um certo volume, e não uma
determinada área.
O profissional se percebe seguro e satisfeito
em seu local de trabalho pois o layout
adequado é benefício ao rendimento dos
projetos. O ambiente deve proporcionar boas
condições de trabalho e máxima redução de
riscos. É importante lembrar da influência de
Satisfação e segurança
fatores psicológicos como cores, impressão
de ordem, impressão de limpeza, arrumação,
iluminação entre outros visto que ajudam na
satisfação e na experiência no trabalho, e,
consequentemente, na produtividade do
colaborador.

86 U3 - Desenvolvimento de layout
Atualmente, com as novidades nos campos
mais distintos do conhecimento, mas
principalmente no segmento tecnológico,
é preciso que o layout também tenha essas
inovações. As mudanças mostradas, precisas
para um produto, serviço ou processo
produtivo são recorrentes e velozes, e a
Flexibilidade carência de atenção a essas mudanças pode
levar uma empresa ao obsoletismo. Porém,
no planejamento do layout, se faz valer que
os requisitos irão mudar e, da mesma forma
que as condições mudam, o arranjo tem de
ser adaptável e suscetível a essas mudanças
da maneira menos drástica possível para se
adaptar as novas situações

Fonte: Camarotto (2006, p. 35).

Questão para reflexão


O layout é uma das técnicas que administra operações cujo objetivo
é criar uma interface homem-máquina (IHM) para aumentar a
eficiência do sistema de produção (JONES; GEORGE, 2008). A partir
de um layout e do fluxo de fabricação bem analisado, se propiciará
o rápido atravessamento do produto pelo sistema produtivo. Assim,
o tempo é otimizado para a transformação da matéria-prima em
produto final, diminuindo o tempo da produção.

Para saber mais


O processo de desenvolvimento do layout (Figura 3.3) é composto por
três etapas distintas. O dimensionamento dos fatores de produção,
os relacionamentos dos fatores de produção e o detalhamento
do layout. Na figura é possível fazer uma análise um pouco mais
detalhada destas etapas.

U3 - Desenvolvimento de layout 87
Figura 3.3 | Processo de desenvolvimento do layout

Fonte: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAa-IAD/apostila-projeto-fabrica?part=3>. Acesso


em: 27 abr. 2018.

Com base no quadro apresentado, acesse o link anterior


para aprofundar sua pesquisa, contribuindo para a fixação do
seu conteúdo.

88 U3 - Desenvolvimento de layout
Atividades de aprendizagem

1. Em um contexto de um mundo globalizado em que as organizações


não concorrem mais somente localmente para sobreviver, as empresas
devem buscar se destacar no mercado em que atuam, nesse sentido,
contar com layout bem planejado influencia:
1- Na redução de custos.
2- Na perda de produtividade.
3- No cumprimento de prazos.
4- Na competitividade.
5- Na redução de produtividade.

Enquanto algumas das proposições acima são verdadeiras, outras são


falsas. Assinale a alternativa que possui a sequência correta.

a) 1-F; 2-V; 3-V; 4-V; 5-F.


b) 1-V; 2-F; 3-V; 4-V; 5-F.
c) 1-V; 2-F; 3-F; 4-F; 5-F.
d) 1-V; 2-V; 3-F; 4-F; 5-F.
e) 1-V; 2-V; 3-V; 4-V; 5-V

2. Considerando algumas das etapas para a elaboração de um layout,


analise as sentenças.
1- Planejar o todo e depois as partes.
2- Fazer o planejamento do edifício.
3- Buscar utilizar a experiência de todos os envolvidos.
4- Proceder a verificação do layout e avaliar a solução.
5- Estabelecer como atingir os objetivos.

Enquanto algumas das proposições acima são verdadeiras, outras são


falsas. Assinale a alternativa que possui a sequência correta.

a) 1-F; 2-V; 3-V; 4-V; 5-F.


b) 1-F; 2-V; 3-V; 4-F; 5-F.
c) 1-V; 2-F; 3-F; 4-F; 5-F.
d) 1-V; 2-V; 3-F; 4-F; 5-F.
e) 1-V; 2-V; 3-V; 4-V; 5-V.

U3 - Desenvolvimento de layout 89
Seção 3
Projetos de layout para unidades produtivas
Introdução à seção

Podemos dizer que o processo envolve um conjunto de atividades


que são previamente estabelecidas, as quais são executadas em uma
determinada sequência, e assim produzirão um resultado esperado.
Portanto, podemos afirmar que o processo é qualquer ação ou
atividade que transforme uma entrada numa saída (SOARES, 2009).
Quando falamos de gestão do processo produtivo, essa implica na
articulação e na coordenação de demandas integradas que buscam
os resultados do negócio como um todo (BIERMANN, 2007).
Considerando isso, estudaremos as implicações para os projetos de
unidades produtivas, assim como os riscos ambientais nesse tipo de
projeto. Vamos ao nosso estudo!

3.1 | Projetos de layout para unidades produtivas

Na elaboração do layout, são relevantes as informações a respeito


das especificações e características do produto, as quantidades
produzidas de materiais, as sequências de operações e de montagem,
assim como o espaço adequado para cada equipamento, incluindo
lugar para movimentação do operador, estoques e manutenção,
bem como os dados a respeito do recebimento, da estocagem
de matérias-primas, da expedição e de produtos acabados e dos
transportes (MARTINS, LAUGENI 2006). Considerando esses fatores,
quem elabora um projeto de Layout, conforme Lidório (2008), deve:

a) Guardar áreas considerando possíveis alterações no produto ou


processo pertinente.
b) Planejar um fluxo progressivo e contínuo.
c) Considerar a existência de muito material em processo,
congestionando o ambiente.
d) Rever e analisar o espaço mal construído.

90 U3 - Desenvolvimento de layout
e) Estar atento a casos em que podem ocorrer cruzamento
demasiado entre movimentação de materiais e de pessoas.
f) Eventual existência de produção ineficiente.
g) Ocorrência de problemas de supervisão e controle.
h) Se atentar se o espaço é suficiente para acesso às máquinas,
para transporte assim como para os serviços auxiliares (controle de
qualidade, manutenção, entre outros).

Podemos dizer que a boa disposição dos equipamentos,


móveis, e maquinários refletem em um ganho significativo
de eficiência nos fluxos de trabalho assim como contribuem
para melhoria na aparência do ambiente. O projeto de layout
procura minimizar custos pertinentes a movimentação, reduzir
o congestionamento de materiais e pessoas, assim como
incrementar a segurança, aprimorar os aspectos relacionados
a comunicação, contribuindo para o aumento da eficiência de
máquinas e mão de obra (TEIXEIRA, 2003).
O planejamento de um projeto de arranjo físico demanda
consideração de uma série de fatores que podem influenciar na
determinação da área a ser ocupada assim como na disposição
mais adequada a ser utilizada. Esses fatores variam entre uma
indústria para outra, os principais fatores, segundo Rocha (1995), são
representados no Quadro 3.4.
Quadro 3.4 | Fatores que influenciam na determinação de um layout

Fatores
a) Produto e matéria-prima - duas dimensões que influenciam na estrutura
a ser utilizada no ambiente de trabalho, interferindo também nos meios
usados.
b) Máquinas e equipamentos - são qualificados em função das suas
capacidades, da eficiência e da quantidade a ser fabricada. As dimensões
e o espaço para operação vão exigir área proporcional a ser ocupada.
c) colaboradores - tanto na movimentação ao realizar tarefas junto às
máquinas como no serviço de supervisão, requer espaço compatível com
seu bem-estar no trabalho
d) Transporte interno - o tipo de transporte utilizado nas seções e entre
elas (esteiras, transportadoras, correias, empilhadeiras, etc.) irá influir na
área reservada à circulação e está no arranjo final.
Fonte: adaptado de Rocha (1995, p. 135).

U3 - Desenvolvimento de layout 91
Fica evidente que o layout tem significativa importância para a
produtividade, pois o fluxo dos processos pode ser otimizado ou
seriamente prejudicado, tendo em vista a distribuição física dos
equipamentos. Isso deve ser muito bem estudado, pois possíveis
alterações futuras podem ser extremamente custosas ou até mesmo
inviáveis (PARANHOS FILHO, 2007).
Conforme Camarotto (2006), para que sejam satisfeitas as
características desejáveis do produto assim como para que as
distintas operações industriais sejam efetivadas com sucesso, se
torna pertinente estabelecer na indústria um ambiente funcional,
capaz de promover para os elementos humanos condições
adequadas para o desempenho de suas atividades. Considerando
isso, iremos apresentar os principais fatores que influenciam no
ambiente, estabelecendo as condições gerais para a obtenção de
segurança e conforto para os trabalhadores.

3.2 | Riscos ambientais em projeto de


unidades produtivas

Podemos afirmar que em todo o sistema produtivo estão


presentes os riscos que podem comprometer a segurança e a saúde
dos indivíduos envolvidos no processo produtivo, assim como
prejudicar a produtividade da empresa. Dessa forma, é importante,
durante o estudo do layout, a efetivação de uma análise que
estabeleça os diferentes riscos associados aos centros produtivos,
com o objetivo de atenuar ou mesmo eliminar eventuais riscos.
Quanto a legislação Brasileira, os riscos ambientais são tratados
na CLT-Consolidação das Leis do Trabalho, conforme Normas
Regulamentadoras do Ministério do Trabalho (NRs da Port. 3214 -
Manuais de legislação ATLAS nº. 16). O Quadro 3.5 apresenta os
diferentes agentes, os principais fatores associados e a codificação
estabelecida em norma (CAMAROTTO, 2006).

Quadro 3. 5 | Riscos Ambientais

GRUPO I GRUPO II GRUPO III GRUPO IV GRUPO V


QUÍMICOS FÍSICOS BIOLÓGICOS ERGONÔMICOS MECÂNICOS

92 U3 - Desenvolvimento de layout
Poeiras, Ruído, Vírus, Trabalho pesado, Arranjo físico,
fumos, vibração, bactérias, posturas máquinas e
névoas, radiações, protozoários, incorretas, equipamentos,
vapores, pressões, fungos, treinamento ferramentas,
gases, temperaturas, bacilos, inadequado, eletricidade,
produtos iluminação, parasitas, responsabilidade, incêndio,
químicos em umidade. insetos, monotonia, transportes de
geral, cobras, ritmo materiais,
neblinas. aranhas. intenso. armazenamento.

VERMELHO VERDE MARROM AMARELO AZUL

Fonte: Camarotto (2006, p. 99).

Em relação aos principais riscos ambientais, conforme Camarotto


(2006), devemos estar atentos a iluminação. Quanto a iluminação
industrial adequada, essa deverá atender às seguintes exigências:
a) Nível de Iluminamento adequado - considerando que quanto
menores forem os detalhes a serem percebidos por um operador,
maior deve ser a intensidade luminosa no local de trabalho. As
Normas Brasileiras da ABNT: NBR5413, NB 57 e TB 23 detalham os
níveis de iluminamento para as situações de trabalho.
b) Contrastes - nesse sentido, quanto menor o contraste,
maior a iluminação necessária. O contraste pode ser ressaltado
observando-se a cor de fundo em relação a cor dos componentes
(CAMAROTTO, 2006).
c) Ofuscamento - surge em presença de superfícies refletoras ou na
existência de grandes diferenças no nível de iluminamento em áreas
adjacentes (CAMAROTTO, 2006).
d) Efeitos estroboscópicos - originam-se na presença de grandes
flutuações no nível de iluminação.
Quanto a acústica, devemos estar atentos a equipamentos com
níveis de ruídos sendo que devem estar agrupados e separados
no arranjo físico da indústria. No layout, o estudo da acústica tem
como objetivo manter as fontes de geração de ruído, assim como
a sua propagação para o ambiente tendo em vista cumprir as
determinações legais, bem como primar pela saúde e a produtividade
dos colaboradores da produção. Ainda sobre “o projeto do layout
deverão ser identificados: 1) os níveis de ruído para todos os centros
de produção ou seus agrupamentos; 2) as fontes sonoras com
intensidade superior a 85 dB” (CAMAROTTO, 2006, p. 104).

U3 - Desenvolvimento de layout 93
Quanto aos riscos químicos devemos estar atentos aos seguintes
fatores: clima, ventilação, purificação, climatização e clima/projeto,
assim como mostra o Quadro 3.6.

Quadro 3.6 | Riscos ambientais

Fator Descrição
Esse item ocupa-se da qualidade do ar dentro da
indústria, envolvendo a presença de poeiras e gases,
também pode-se levar em conta a umidade e a
temperatura ambiente industrial. No que se refere
ao layout, deverão ser consideradas as demandas
Clima
de purificação, ventilação e climatização dos
diferentes ambientes da indústria. Ventilação é a
renovação do ar ambiente, purificação é a extração
de poeiras e gases do ar ambiente e climatização
é o controle da temperatura e da umidade do ar.
Esse item ocupa-se das necessidades de
ventilação as quais irão depender do tipo da
atividade desenvolvida, bem como da existência
ou não de fontes poluidoras. De forma geral, para
qualquer atividade industrial deve-se garantir uma
Ventilação
taxa de renovação entre 10 a 15 trocas por hora. A
ventilação (natural ou forçada) poderá ser utilizada
sempre que os produtos forem retirados do
ambiente, não provocando danos ao meio externo
à industrial.
Tal item ocupa-se da purificação e tem o propósito
de dividir os agentes contaminantes encontrados
no ar, podendo ocorrer na entrada, cujo objetivo
é a proteção do material ou de equipamentos, por
exemplo na indústria alimentícia, microeletrônica
e mecânica de assertividade. Na saída, também
Purificação
objetiva eliminar impurezas nocivas aos indivíduos
ou aos operadores. Isso ocorre em indústrias
química em geral, cimento, papel, siderurgia,
polimento, jateamento, decapagem, galvanização,
fundição, corte de madeira, pintura por jato, entre
outras.
Esse item ocupa-se da climatização e tem
como objetivo entregar em perfeitas condições
Climatização
temperatura e umidade para os produtos,
indivíduos e processos.

94 U3 - Desenvolvimento de layout
No que é pertinente ao projeto do layout, para
cada centro de produção ou agrupamento destes,
deverá ser especificado: 1- Número de trocas/
Clima/Projeto hora necessárias; 2- existência de contaminantes
que justifiquem a necessidade de purificação
e 3 - existência de exigências que implique na
climatização do ambiente.

Fonte: adaptado de Camarotto (2006, p. 99)

No que é pertinente aos riscos biológicos, devemos estar atentos


às zonas de sensibilidade, procurando dentro das instalações
identificar certos locais em que o contato entre o meio ambiente e o
produto ofereçam riscos de contaminação, como a contaminação
dos produtos por meio de indivíduos e/ou ambiente na indústria
alimentícia. (CAMAROTTO, 2006). No caso de projetos envolvendo
alimentos, deverá haver indicação para os centros de distribuição, a
sensibilidade, ou melhor, o nível de sensibilidade do material.
Quanto ao risco de incêndio a nível industrial, esse deverá ser
tratado conforme os fatores de prevenção, detecção e combate e
vai depender da Legislação: Corpo de Bombeiros do Município – IRB,
Tarifa de Seguro-Incêndio do Brasil (TSIB), Norma Regulamentadora e
Construção, em que o emprego de materiais inertes reduz o grande
problema de incêndio e, consequentemente, a necessidade de
investimentos em tipos de detecção e combate (CAMAROTTO, 2006).
Podemos destacar algumas razões pelas quais as opções
efetivadas quanto ao layout são importantes para a maioria dos
tipos de produção. Primeiro, as mudanças de arranjo físico é
frequentemente uma atividade difícil e de um longo intervalo
de tempo, tendo em vista as proporções físicas dos recursos
de transformação envolvidos. Segundo, o rearranjo físico de
uma operação existente pode interromper seu funcionamento,
resultando na insatisfação do cliente ou mesmo em perdas na
produção. Terceiro, se o arranjo físico estiver incorreto, pode levar
a padrão de fluxos muito longos ou mesmo confusos, estoques
grandiosos de materiais, filas de clientes, tempos de processamento
demasiadamente longos, operações inflexíveis, fluxos imprevisíveis
assim como em significativos custos para a empresa (ARAÚJO 2001).

U3 - Desenvolvimento de layout 95
Questão para reflexão
Sobre os riscos químicos presentes nos locais de trabalho, veja uma
matéria da universidade estadual paulista campus de Botucatu que
informa sobre outros tipos de riscos químicos existentes.
Você pode também aprender mais com os exemplos contidos nesse
link e aprofundar mais o seu conhecimento.
Disponível em: <http://www.ibb.unesp.br/#!/instituicao/comissoes/
comissao-interna-de-prevencao-de-acidentes---cipa/mapa-de-
risco/04---riscos-quimicos/>. Acesso em: 2 maio 2018.

Para saber mais


Vale a pena verificar detalhadamente as especificações e características
do produto a ser desenvolvido, bem como a quantidade produzida
de materiais, sequências de operações e de montagem, assim como
o espaço necessário para cada equipamento.
Todos que buscam a criação de um projeto de layout, como Lidório
(2008), também devem se atentar a vários passos. Como descrito na
seção 3, os passos são:
a) Guardar áreas considerando possíveis alterações no produto ou
processo pertinente.
b) Planejar um fluxo progressivo e contínuo.
c) Considerar a existência de muito material em processo,
congestionando o ambiente.
d) Rever e analisar o espaço mal construído.
e) Estar atento a casos em que podem ocorrer cruzamento
demasiado entre movimentação de materiais e de pessoas.
f) Eventual existência de produção ineficiente.
g) Ocorrência de problemas de supervisão e controle.
h) Se atentar se o espaço é suficiente para acesso às máquinas,
para transporte assim como para os serviços auxiliares (controle de
qualidade, manutenção, entre outros).

96 U3 - Desenvolvimento de layout
Atividades de aprendizagem

1. De acordo com Soares (2009), o processo implica um conjunto


de atividades que são previamente estabelecidas e executadas numa
determinada sequência. Portanto, analise:
1- Transformar entrada em saída.
2- Articulação e coordenação.
3- Resultados do negócio.
4- Conjunto de atividades
5- Atividades sem sequência.

Enquanto algumas das proposições são verdadeiras, outras são falsas.


Assinale a alternativa que contemple a correta correlação.

a) 1-F; 2-V; 3-V; 4-V; 5-F.


b) 1-V; 2-V; 3-V; 4-V; 5-F.
c) 1-V; 2-F; 3-F; 4-F; 5-F.
d) 1-V; 2-V; 3-F; 4-F; 5-F.
e) 1-V; 2-V; 3-V; 4-V; 5-V

2. Na elaboração do layout, são relevantes algumas informações, como:


1- Características do produto.
2- Sequências de operações.
3- Espaço adequado.
4- Espaço para movimentação do operador.
5- Estocagem de matérias-primas.

Enquanto algumas das proposições são verdadeiras, outras são falsas.


Assinale a alternativa que contemple a correta correlação.

a) 1-F; 2-V; 3-V; 4-V; 5-F.


b) 1-F; 2-V; 3-V; 4-F; 5-F.
c) 1-V; 2-F; 3-F; 4-F; 5-F.
d) 1-V; 2-V; 3-F; 4-F; 5-F.
e) 1-V; 2-V; 3-V; 4-V; 5-V.

U3 - Desenvolvimento de layout 97
Fique ligado

Resumo dos itens estudados nesta unidade:


• Princípios do layout.
• Etapas do trabalho de desenvolvimento do layout.
• Projetos de layout para unidades produtivas.

Para concluir o estudo da unidade

Esta unidade abordou algumas técnicas de princípios e dados


básicos necessários do layout, bem como as etapas do trabalho de
desenvolvimento do layout e as etapas de trabalho para o projeto
da unidade produtiva.

Foram trabalhados vários quadros que abordam características


de desenvolvimento e projeto de fábrica que contribuíram para o
enriquecimento do conhecimento técnico específico nestes fatores.

Esperamos que esta unidade de ensino tenha contribuído


com o seu aprendizado e instigue a sua curiosidade para que seu
desenvolvimento profissional e acadêmico seja sempre aperfeiçoado.

Atividades de aprendizagem da unidade

1. Um projeto de Layout, conforme Lidório C. (2008) deve contemplar


algumas etapas. Considere:
1- Planejar um fluxo regressivo.
2- Rever e analisar o espaço mal construído.
3- Eventual existência de produto ineficiente.
4- Guardar áreas considerando possíveis alterações no produto ou no
processo pertinente.
5- Ocorrência de problemas de supervisão e controle.

Enquanto algumas das proposições são verdadeiras, outras são falsas.


Assinale a alternativa que contemple a correta correlação.

98 U3 - Desenvolvimento de layout
a) 1-F; 2-V; 3-V; 4-V; 5-V.
b) 1-F; 2-V; 3-V; 4-F; 5-F.
c) 1-V; 2-F; 3-F; 4-F; 5-F.
d) 1-V; 2-V; 3-F; 4-F; 5-F.
e) 1-V; 2-V; 3-V; 4-V; 5-V.

2. Podemos dizer que a reflete em um ganho


significativo de .

Assinale a opção que completa corretamente as lacunas no


fragmento apresentado.

a) má distribuição dos operadores; eficiência nos fluxos de trabalho.


b) boa disposição dos operadores; eficiência nos fluxos de trabalho.
c) boa disposição dos móveis; eficiência nos fluxos de trabalho.
d) boa disposição dos móveis; eficiência no desenvolvimento do layout.
e) boa disposição dos móveis; distribuição de máquinas e equipamentos.

3. O planejamento de um projeto de arranjo físico demanda a consideração


de uma série de fatores que podem influenciar na determinação da área
a ser ocupada, assim como na disposição mais adequada a ser utilizada.
Esses fatores variam de uma indústria para outra.
De acordo com os principais fatores de Rocha (1995) considere:

1- Produto e matéria-prima.
2- Máquinas e equipamentos.
3- Fator humano.
4- Transporte interno.
5- Transporte externo.

Enquanto algumas das proposições são verdadeiras, outras são falsas.


Assinale a alternativa que contemple a correta correlação.

a) 1-F; 2-V; 3-V; 4-V; 5-F.


b) 1-V; 2-V; 3-V; 4-V; 5-F.
c) 1-V; 2-F; 3-F; 4-F; 5-F.
d) 1-V; 2-V; 3-F; 4-F; 5-F.
e) 1-V; 2-V; 3-V; 4-V; 5-V.

U3 - Desenvolvimento de layout 99
4. Podemos afirmar que em todo o sistema produtivo estão presentes
os riscos que podem comprometer a segurança e a saúde dos indivíduos
envolvidos no processo produtivo assim como prejudicar a produtividade
da empresa. Nesse sentido, é importante durante o estudo do layout a
efetivação de uma análise que estabeleça os diferentes riscos associados
aos centros produtivos, com o objetivo de atenuar ou mesmo eliminar
eventuais riscos.
A partir dessa informação, considere os riscos químicos:
1- Ruídos.
2- Vibração.
3- Temperatura.
4- Umidade.
5- Pressão.

Enquanto algumas das proposições são verdadeiras, outras são falsas.


Assinale a alternativa que contemple a correta correlação.

a) 1-F; 2-V; 3-V; 4-V; 5-F.


b) 1-F; 2-V; 3-V; 4-F; 5-F.
c) 1-F; 2-F; 3-F; 4-F; 5-F.
d) 1-V; 2-V; 3-F; 4-F; 5-F.
e) 1-V; 2-V; 3-V; 4-F; 5-F

5. De acordo com os riscos ambientais apresentados por Camarotto


(2006), assinale a alternativa correta que contenha somente riscos do
grupo biológico.

a) Vírus, ruídos, fungos e bactérias.


b) Névoas, protozoários, aranhas e gases.
c) Parasitas, bactérias, vapores e gases.
d) Vírus, bactérias, parasitas e cobras.
e) Cobras, aranhas, insetos, vibração.

100 U3 - Desenvolvimento de layout


Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 5413/1992.
Iluminância de Interiores. Rio de Janeiro, 1992.
. NBR 05413/1993 - NB 57. Iluminância de Interiores. Rio de Janeiro, 1993.
. NBR 05413/1993 - TB 23. Iluminância de Interiores. Rio de Janeiro, 1993.
BRASIL. Ministério do Trabalho. Normas Regulamentadoras do Ministério do
Trabalho. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/
normatizacao/normas-regulamentadoras>. Acesso em: 10 fev. 2018.
ARAUJO, L. C. G. Organização, sistemas e métodos. São Paulo: Atlas, 2001.
BIERMANN, M. J. E. Gestão do processo produtivo. Porto Alegre: SEBRAE/RS, 2007.
BORDA, M. Layout. Florianópolis: Editora da UFSC, 1998.
CAMAROTTO, J. A. Projeto de unidades produtivas. Universidade UFSCar. Disponível
em: <https://www.scribd.com/document/73614098/Apostila-Projeto-Fabrica>
Acesso em: 10 fev. 2018.
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 1993.
FITZSIMONS, J. A.; FITZSIMONS, M. J. Administração de serviços: operações,
estratégias e tecnologias. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.
JONES, G. R.; GEORGE, J. M. Administração contemporânea. 4. ed. São Paulo:
McGraw-Hill, 2008
LEE, Q. Projeto de instalações e do local de trabalho. São Paulo: IMAM 1998.
LIDÓRIO, C. F. Tecnologia da confecção, Araranguá: Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, 2008. Apostila. Disponível em: <http://wiki.
ifsc.edu.br>. Acesso em: janeiro 2010.
MARTINS, P. G.; LAUGENI, F. P. Administração da Produção. 2. São Paulo: Saraiva, 2006.
ORTHEY, A. L. Desenho auxiliado por computador. Londrina: Editora e Distribuidora
Educacional S.A, 2017.
PARANHOS FILHO, M. Gestão da produção industrial. Curitiba: IBPEX, 2007.
ROCHA, D. Fundamentos técnicos da produção. São Paulo: Makron Books, 1995.
SOARES, C. M. B. Guia de interpretação e implementação “Compromisso com a
excelência” Critério 7 – Processos. Belo Horizonte: Instituto Qualidade Minas, 2009.
TEIXERA, T. M. Organização e métodos: arranjo físico. Caderno de Administração.
Unigoiás – Anhanguera. Goiás, v. 1, n. 1, jan., 2003.
Unidade 4

Processos e operações
Eduardo Costa Estambasse

Objetivos de aprendizagem
Nesta unidade você estudará as técnicas de processos e
operações industriais visando a aplicação na gestão da produção
industrial, aprenderá os conceitos relacionados aos processos
produtivos, as fases de uma operação e como gerenciar toda
cadeia produtiva atrelada a outros conceitos, como arranjo
produtivo, tempo de produção, ferramentas administrativas,
enfim, você estará diante de conceitos fundamentais para
seu aprendizado. Verá também como as empresas produzem
bens e serviços. Não temos como destacar este ou aquele
produto, visto que processos e operações dizem respeito a
tudo que foi produzido e está a nossa volta, como veículos,
roupas, remédios, alimentos, etc.

Seção 1 | Fundamentos dos processos e operações


Uma das maiores aplicações da simulação está na manufatura.
Entre os benefícios que a aplicação da simulação pode fornecer,
revela-se a necessidade e a quantidade de maquinário ou
funcionários extras necessários para produção, há a avaliação
de desempenho e dos procedimentos, assim como a atuação
profissional. As medidas de desempenho mais utilizadas são peças
produzidas, tempo de espera das peças para serem processadas e
porcentagem de utilização dos funcionários e das máquinas.
Seção 2 | Planejamento - operações estratégicas
Para o bom andamento de qualquer projeto que você
pretenda desenvolver, construir ou realizar, é necessário um bom
planejamento, nesta seção serão apresentados alguns conceitos e
dicas necessárias para o conhecimento do planejamento estratégico
de produção industrial.
Seção 3 | Preparação da produção
Após o planejamento, é hora de realizar, então, mãos à obra. A
produção deve ser estrategicamente preparada, note que os recursos
produtivos devem estar alinhados às demandas dos seus clientes,
produzir sem saber a real necessidade certamente se traduzirá em
prejuízos para sua empresa, portanto, prepare cuidadosamente
cada detalhe do processo produtivo. Para a maximização dos seus
recursos, procure atrelar indicadores para nortear seu sistema de
produção, isto fará com que você tome decisões baseadas em
dados reais.
Seção 4 | Execução da produção
Depois de tudo bem preparado, é hora de executar e colher
os frutos, o sucesso só virá após muita dedicação, então, é hora
de encarar os desafios, executar os planos e atender seu cliente
no tempo certo, na qualidade que ele deseja, com os custos
que lhe deem margem de lucros. É fundamental destacar que o
acompanhamento da tecnologia também faz parte do processo
produtivo, investimento em máquinas, equipamentos, treinamento
e formação de pessoas.
Introdução à unidade
Esta unidade é sobre o gerenciamento do processo produtivo e a
forma como torná-lo eficiente e operacional. O assunto é fascinante
e lhe dará base para assumir grandes desafios.
Vemos constantemente nos noticiários as manchetes estampadas
sobre produção, qualidade, negócios, concorrência, tudo isso faz
parte do gerenciamento da produtividade.
Veremos nesta unidade a apresentação de uma introdução e
visão geral da gestão de operações mostrando e abordando os
conceitos do que são operações, pois esse fator é importante, quais
as atividades de um gestor de processos e operações, além de uma
evolução histórica da gestão de processos e operações industriais
e os problemas que impactam diretamente quando se tem um
gerenciamento ineficiente de processos e operações industriais.
Seção 1
Fundamentos dos processos e operações
Introdução à seção

Você pode estar se perguntando por que precisa estudar o


gerenciamento de processos e operações. Na verdade, existem
vários motivos, um deles é que as atividades de gerenciamento de
operações estão no centro de todas as organizações de negócios,
independentemente da atividade em questão. Estima-se que 50%
ou mais de todos os trabalhos de uma indústria estão em áreas
relacionadas a gerenciamento de operações, áreas como serviço ao
cliente, garantia de qualidade, produção, planejamento e controle,
agendamento, design de tarefas, gerenciamento de inventário
e muito mais. Por fim, a interação entre todas as outras áreas de
organizações empresariais, tais como finanças, contabilidade,
recursos humanos, logística, sistemas de informações gerenciais,
marketing, compras, entre outras, estão diretamente ligadas com
outras atividades de gerenciamento de operações.

1.1 | O que é processos e operações

Operações é a parte de uma organização comercial responsável


pela produção de bens e/ou serviços. Bens são itens físicos que
incluem matérias-primas, peças, subconjuntos, e produtos finais,
como telefones celulares e automóveis.
Serviços são atividades que fornecem alguma combinação
de tempo, localização, forma ou valor psicológico. Exemplos de
produtos e serviços são encontrados a sua volta constantemente.
Todos os livros que você lê, vídeos que você assiste, e-mails que
você envia, conversas telefônicas que você tem e cada tratamento
médico que você recebe envolve a função de operações de uma ou
mais organizações. O mesmo acontece com tudo que você veste,
come, quando viaja e acessa a internet.

106 U4 - Processos e operações


A função de processos e operações nos negócios também pode
ser vista de uma perspectiva mais abrangente: o sucesso coletivo ou
o fracasso das funções operacionais das empresas tem um impacto
sobre a capacidade de uma nação para competir com outras nações
e com a sua economia.
A situação ideal para uma organização empresarial é conseguir
uma correspondência de oferta e demanda. Ter excesso de oferta
ou excesso de capacidade é um desperdício e dispendioso.
Apesar de a função de operações é ser responsável pela
produção de produtos e/ou entrega serviços, ela precisa do apoio
e da contribuição de outras áreas da organização. As organizações
de negócios têm três áreas funcionais básicas, finanças, marketing
e operações, conforme ilustrado na Figura 4.1. Não importa se o
negócio é uma loja de varejo, um hospital, uma fábrica, lavagem
de carros ou algum outro tipo de negócio, todas as organizações
empresariais devem ter essas três funções básicas.

Figura 4.1 | Funções básicas de uma organização

Finanças
Empresa

Operações
Mercado
Fonte: elaborada pelo autor.

A área financeira é responsável por garantir recursos financeiros


e alocar esses recursos em toda a organização, bem como
orçamentar, analisar propostas de investimento e fornecer fundos
para operações. O marketing é responsável por avaliar os desejos e
as necessidades do consumidor, bem como vender e promover os
bens ou serviços da organização.
As operações são responsáveis pela produção das mercadorias
ou prestação dos serviços oferecidos pela organização. De uma
maneira didática, se uma organização comercial fosse um carro,

U4 - Processos e operações 107


as operações seriam o motor e o gerenciamento de operações é
responsável por controlar esse motor. Portanto, o gerenciamento
de operações é o processo que cria bens e/ou fornece serviços.

1.2 | Cadeia de suprimentos

Operações e cadeias de suprimento estão intrinsecamente


ligadas e nenhuma organização empresarial poderia existir sem as
duas funções. De acordo com Moreira (2012 p. 427) entende-se
que a cadeia de suprimentos é “a rede complexa de atividades que
acaba por entregar um produto ou serviço final ao cliente. Esta rede
inclui elementos de dentro e de fora da empresa, residindo aqui a
novidade do conceito e o seu alcance para a gerência de operações”.
A sequência começa com os fornecedores básicos de matérias-
primas e se estende até o consumidor final, como mostra a Figura
4.2. As instalações podem incluir armazéns, fábricas, centros de
processamento, escritórios, centros de distribuição e lojas de varejo.
Funções e atividades incluem previsão, compras, gerenciamento de
estoque, gerenciamento de informações, garantia de qualidade,
agendamento, produção, distribuição, entrega e atendimento
ao cliente. A Figura 4.2 fornece a ilustração de uma cadeia de
suprimentos, uma cadeia que começa com o cultivo de madeira
em uma fazenda e termina com um cliente comprando um móvel
para sua residência. Entende-se que o valor do produto aumenta à
medida que se move pela cadeia de suprimentos.

Figura 4.2 | Cadeia de suprimentos

Fonte: adaptada de <https://portogente.com.br/portopedia/91207-o-que-e-a-gestao-da-cadeia-de-suprimentos-e-


como-funciona>. Acesso em: 2 maio 2018.

108 U4 - Processos e operações


Para saber mais
Ficou interessado neste assunto? Veja o vídeo a seguir e entenda
melhor sobre a cadeia de suprimentos. Disponível em: <https://goo.
gl/Rfzr3v>. Acesso em: 2 maio 2018.

Cadeias de suprimentos estão dispostas externamente e


internamente às organizações. As partes externas fornecem matérias-
primas, peças, equipamentos, suprimentos e/ou outros insumos
à organização. As partes internas de uma cadeia de suprimentos
fazem parte da própria função de operações, fornecendo serviços
com peças e materiais, realizando trabalho e serviços em produto,
passando o trabalho para o próximo passo no processo.
A criação de bens ou serviços envolve transformar ou converter
entradas em saídas.
Diversos insumos, como capital, trabalho e informações são
usados para criar bens ou serviços usando um ou mais processos
de transformação (por exemplo, armazenar, transportar e reparar).
Para garantir que os resultados desejados sejam obtidos, uma
organização faz medições em vários pontos do processo de
transformação (feedback) e, em seguida, compara-os com padrões
para determinar se é necessária uma ação corretiva (controle). A
Figura 4.3 mostra o sistema de conversão.

Figura 4.3 | Processo de conversão de matéria prima em produto acabado

Fonte: elaborada pelo autor.

U4 - Processos e operações 109


Podemos ainda destacar que muitos fatores afetam o projeto
e o gerenciamento de sistemas operacionais. Entre eles estão
o grau de envolvimento dos clientes no processo e a tecnologia
usada para produção e/ou entregar um produto ou serviço. Quanto
maior o grau de envolvimento do cliente, mais desafiador pode ser
projetar e gerenciar a operação. A escolha de tecnologias modernas
e inovadoras pode ter um grande impacto na produtividade, nos
custos, na flexibilidade, na qualidade e na satisfação do cliente,
podemos entender que a satisfação dos clientes é fundamental
para uma organização e muitas ferramentas podem ser utilizadas
para este indicador, uma delas é a pesquisa de satisfação, conforme
ilustrado na Figura 4.4.

Questão para reflexão


Você já participou de alguma pesquisa de satisfação? Em caso
afirmativo, quais foram as perguntas que você respondeu? Você
estava satisfeito ou insatisfeito com a organização que realizou esta
pesquisa? Certamente a empresa responsável estava interessada em
saber o que como os clientes se sentem em adquirir seus produtos
ou serviços.

Figura 4.4 | Exemplo de pesquisa de satisfação dos clientes

Fonte: <https://goo.gl/Gs6T95>. Acesso em: 2 maio 2018.

110 U4 - Processos e operações


1.3 | Evolução histórica do gerenciamento
de operações

De acordo com Moreira (2012 p. 1), “a palavra “produção” liga-se


mais de perto as atividades industriais, enquanto “operações” refere-
se às atividades desenvolvidas em empresas de serviços”.
Os sistemas de produção existem desde os tempos antigos.
A produção de bens para venda tinha suas raízes na Revolução
Industrial, porém, antes dessa época, as mercadorias eram
produzidas em pequenas lojas de artesãos e seus aprendizes. Nesse
sistema, era comum para uma pessoa fabricar um produto do início
ao fim, pois apenas ferramentas simples estavam disponíveis, visto
que as máquinas em uso hoje ainda não tinham sido inventadas.
Então, uma série de inovações no século XVIII mudou a forma
produtiva para sempre substituindo o poder da máquina pelo
conhecimento humano. O mais significativo deles foi o motor a
vapor, que forneceu uma fonte de energia para as máquinas nas
fábricas. Amplos depósitos de suprimentos de carvão e minério
de ferro foram necessários e forneciam materiais para geração de
energia e fabricação de novas máquinas, além de produtos para o
consumo. Portanto, as novas máquinas, feitas de aço ou materiais
de engenharia, eram muito mais fortes e duráveis do que as simples
máquinas de madeira que foram substituídas, o que potencializou o
sistema de produção.

Figura 4.5 | Exemplo de uma réplica da máquina a vapor

Fonte: <https://goo.gl/xFMEja>. Acesso em: 9 maio 2018.

U4 - Processos e operações 111


Definimos sistema de produção como o conjunto de
atividades e operações inter-relacionadas envolvidas
na produção de bens (caso de indústrias) ou serviços. O
sistema de produção é uma entidade abstrata, porém
extremamente útil para dar uma ideia de totalidade.
(MOREIRA, 2012, p. 7)

Atividades de aprendizagem
1. De uma maneira didática, se uma organização comercial fosse um
carro, as operações seriam o motor. O gerenciamento de operações é
responsável por controlar esse motor. Portanto, o gerenciamento de
operações é o processo que cria bens e/ou fornece serviços.

Assinale a alternativa em que apresenta a responsabilidade das operações.

a) As operações não têm responsabilidade dentro de uma organização,


elas estão dispostas somente nos fornecedores de serviços.
b) As operações são treinamentos específicos para gestores de produção
utilizar na venda das mercadorias produzidas.
c) As operações são responsáveis somente pelas vendas internacionais de
uma organização.
d) As operações são responsáveis pela produção das mercadorias ou
prestação dos serviços oferecidos pela organização.
e) Em uma instituição, as operações representam o departamento de
manutenção responsável por manter o pátio fabril.

2. Os sistemas de produção existem desde os tempos antigos. A produção


de bens para venda tinha suas raízes na Revolução Industrial, porém, antes
dessa época, as mercadorias eram produzidas em pequenas lojas de
artesãos e seus aprendizes.

Algumas inovações foram importantes para a produtividade, entre as


invenções destacadas a seguir, assinale a que foi significativa neste
processo produtivo.

a) Lâmpada elétrica.
b) Roda.
c) Bicicleta.
d) Máquina a vapor
e) Linhas produtivas de Taylor.

112 U4 - Processos e operações


Seção 2
Estratégia de operações nas organizações
Introdução à seção

A gestão do processo e das operações significa muito e pode ser


decisivo para o sucesso ou o fracasso de uma indústria. Caso sejam
bem geridos, os procedimentos e as operações podem contribuir
para o impacto estratégico do negócio de quatro formas: custo,
receita, investimento e capacidade. Como a função de operações
é responsável por grande parte dos custos de uma empresa, sua
primeira determinação é manter os custos sob controle. Além
disso, pela forma como fornece serviço e qualidade, deveria
também voltar-se para o aumento da capacidade do negócio em
gerar receita, além de tentar obter o melhor retorno possível desse
investimento, visto que as operações são frequentemente a fonte
de maior investimento.
Finalmente, a função de operações deveria preparar as
competências que formarão a longo prazo as bases para a
competitividade futura de uma determinada organização.

2.1 | Estratégia de produto, ciclo de vida e função


da produção

Todas as organizações empresariais estão preocupadas em


como elas sobreviverão e prosperarão no futuro. Uma estratégia de
negócios é vista como plano ou conjunto de intenções que definirão
a direção de longo prazo das ações que são necessárias para garantir
o sucesso organizacional da instituição no futuro. Contudo, não
importa quão grande seja o plano, ou quão boa seja a intenção, a
estratégia de uma empresa só pode se tornar realidade, na prática, se
for operacionalmente eficiente. As operações de uma organização
são estrategicamente importantes porque a maioria das atividades
organizacionais compreende as atividades do dia a dia dentro da

U4 - Processos e operações 113


função de operações. Isto é, as ações diárias de operações, quando
consideradas em sua totalidade, constituem a direção estratégica
de longo prazo da organização. A relação entre a estratégia de
uma organização e suas operações é uma determinante chave de
sua capacidade de alcançar sucesso a longo prazo ou mesmo de
sobrevivência no futuro. O sucesso organizacional só é possível
se as atividades de operações de curto prazo forem consistentes,
com intenções estratégicas de longo prazo e contribuírem para a
vantagem competitiva.
Nesta seção, apresentaremos alguns conceitos de
competitividade, estratégia e produtividade, três tópicos
separados serão apresentados, mas relacionados entre si,
que são de importância vital às organizações empresariais. A
competitividade diz respeito à eficácia de uma organização
no mercado em relação as outras organizações que oferecem
produtos ou serviços similares. Operações e marketing têm um
impacto importante na competitividade. Estratégia refere-se aos
planos que determinam como uma organização persegue seus
objetivos. A estratégia de operações é particularmente importante
e relaciona-se com o uso efetivo de recursos, tem um impacto
direto na competitividade. Gerenciamento de operações é o
principal responsável pela produtividade.

2.1.1 | Competitividade

As empresas devem ser competitivas, oferecerem qualidade e


principalmente solução para seus clientes de modo a vender seus
produtos e serviços no mercado. A competitividade é um fator
importante para determinar se uma empresa prospera, permanece
ou fracassa. As empresas competem através de alguma combinação
dos seguintes itens: preço, entrega, tempo e diferenciação de
produto ou serviço.

114 U4 - Processos e operações


Figura 4.6 | Perspectiva de crescimento industrial

Fonte: <https://goo.gl/ogyszF>. Acesso em: 3 maio 2018.

O marketing influencia a competitividade de várias maneiras,


incluindo a identificação dos desejos do consumidor, necessidades,
preços, publicidade e promoção.
1. A identificação dos desejos e/ou necessidades do consumidor
é um item básico na organização é o processo decisório e
central para a competitividade. O ideal é conseguir uma perfeita
correspondência entre esses desejos e necessidades e os bens e
serviços fornecidos pela organização.
2. Preço e qualidade são fatores-chave nas decisões de compra do
consumidor. É importante entender a decisão que os consumidores
fazem entre preço e qualidade, ou seja, quais são as buscas que o
cliente efetua. É comum encontrar um cliente que busca qualidade
e não se preocupa com o preço a ser pago, já em outros casos,
vemos a busca por um produto de menor valor, mesmo não sendo
de qualidade.
3. Publicidade e promoção são formas pelas quais as organizações
podem informar os clientes em potencial sobre os recursos de seus
produtos ou serviços e atrair compradores.
As operações em uma indústria têm grande influência na
competitividade através do design de produtos e serviços, custo,
localização, qualidade, tempo de resposta, flexibilidade, inventário,
gerenciamento da cadeia de suprimentos e serviço. Muitos desses
estão inter-relacionados.

U4 - Processos e operações 115


a) O design de produtos e serviços deve refletir os esforços
conjuntos de muitas áreas da empresa para alcançar uma
correspondência entre recursos financeiros, de operações, da cadeia
de suprimentos e o que o consumidor necessita. Características
especiais de um produto ou serviço pode ser um fator-chave nas
decisões de compra do consumidor, entre eles, podemos destacar
a inovação e o tempo de colocação no mercado.
b) O custo da produção de uma organização é uma variável-
chave que afeta as decisões e os lucros de venda. Os esforços
de redução de custos geralmente estão em andamento nas
organizações empresariais.
c) A localização pode ser importante em termos de custo e
comodidade para os clientes. Estar localizado próximo a mercados
fornecedores pode resultar em menor custo de transporte e tempo
de entrega mais rápidos.
d) Qualidade refere-se a materiais, mão de obra, design e serviço.
Consumidores julgam a qualidade em termos de quão bem eles
pensam que um produto ou serviço satisfará sua funcionalidade. Os
clientes geralmente estão dispostos a pagar mais por um produto
ou serviço se perceberem que possuem uma qualidade superior à
de um concorrente.
e) Resposta rápida ao cliente pode ser uma vantagem competitiva.
Uma maneira é trazer rapidamente produtos novos e melhores
ou serviços para o mercado. Outra vantagem competitiva é a
de ser capaz de entregar rapidamente um produto ou serviços
existentes para um cliente logo após a sua encomenda. Devemos
destacar ainda uma vantagem competitiva lidar rapidamente com
reclamações de clientes.
f) Flexibilidade é a capacidade de responder às mudanças.
Mudanças podem estar relacionadas a alterações características do
design de um produto ou serviço, ou ao volume demandado pelos
clientes. A alta flexibilidade pode ser uma vantagem competitiva em
um ambiente mutável.
g) O gerenciamento de estoques pode ser uma vantagem
competitiva ao combinar efetivamente suprimentos de mercadorias
com demanda.

116 U4 - Processos e operações


h) O gerenciamento da cadeia de suprimentos envolve a
coordenação de operações internas e externas de fornecedores
para obter uma entrega oportuna e econômica das mercadorias em
todo o sistema.
i) O serviço pode envolver atividades de pós-venda que os
clientes percebem como valor agregado, entrega, configuração,
garantia de trabalho e suporte técnico. Ou pode envolver atenção
extra enquanto o trabalho está em andamento, como atenção aos
detalhes e cortesia, mantendo o cliente informado. A qualidade
do serviço pode ser um diferencial importante e é aquele que é
frequentemente sustenta as próximas vendas. Além disso, empresas
classificadas positivamente pelos seus clientes na qualidade de
serviço tendem a ser mais lucrativas e a crescerem mais rapidamente
do que as empresas que não recebem essa classificação.

2.2 | Sequência de operação

De acordo com Moreira (2012, p. 15), “não existe uma forma


padronizada para se elaborar o Planejamento Estratégico de
Manufatura que se adapte a qualquer companhia, com qualquer
passado, com quaisquer características e operando em qualquer
meio. Dessa forma, qualquer lista de passos se reveste meramente
de um caráter sugestivo e deve sofrer modificações competentes,
caso a caso.”

Ainda, para Moreira (2012, p. 15), uma sequência de roteiro para o


desenvolvimento do Planejamento Estratégico de Manufatura deve
ser seguida:

a) “Escrever a estratégia de manufatura e as ações correspondentes


de forma clara, evidenciando como isso será uma arma competitiva
para a empresa.

b) Estabelecer necessidades e restrições sobre a produção, derivadas


da estratégia da empresa como um todo, das políticas de mercado

U4 - Processos e operações 117


e de finanças, da tecnologia e do meio econômico onde se insere
a empresa.

c) Determinar as implicações dessas necessidades e restrições


sobre as principais variáveis da produção, tais como nível de
investimento, riscos, tempos de espera de matérias-primas e
de entrega de produtos, programação e controle da produção,
estoques, flexibilidade, qualidade, força de trabalho, etc., bem como
sobre os principais departamentos e funções.

d) Estimar um prazo para a reavaliação da estratégia de manufatura.

e) Estabelecer quais operações deverão desempenhar especialmente


bem na produção, para suportar a estratégia e como isso difere do
usual até o momento.

f) Definir os padrões (custo, qualidade, produtividade, etc.) pelos


quais será julgado o desempenho da produção.

g) Identificar as ações mais difíceis de serem cumpridas e seus


principais impedimentos.

h) Verificar e detalhar se alguma medida de desempenho deverá


sofrer temporariamente para que ações necessárias sejam cumpridas.

i) Identificar elementos dentro do sistema de produção que


apresentem as maiores possibilidades de falhas, de maneira que
recebam atenção especial.”

2.3 | Fatores que levam indústrias a falharem

As organizações falham ou apresentam um desempenho


ruim por diversos motivos. Estar ciente dessas razões pode
ajudar os gerentes a evitar erros semelhantes e impedir que o
desempenho industrial possa ser indesejado. Entre as principais
razões estão as seguintes:

1. Negligenciar a estratégia de operações.

118 U4 - Processos e operações


2. Deixar de aproveitar os pontos fortes e as oportunidades e/ou
não reconhecer ameaças competitivas.

3. Dar demasiada ênfase ao desempenho financeiro a curto prazo


em detrimento de pesquisa e desenvolvimento.

4. Colocar demasiada ênfase no design do produto e serviço e


não o suficiente no processo, projeto e melhoria.

5. Negligenciar investimentos em capital e recursos humanos.

6. Não estabelecer boas comunicações internas e cooperação


entre diferentes áreas funcionais.

7. Não considerar os desejos e necessidades do cliente.

A chave para competir com sucesso é determinar o que os


clientes querem e direcionar os esforços para atender suas (ou
mesmo exceder) expectativas. Duas questões básicas devem ser
abordadas. 1) O que os clientes querem? 2) Qual é a melhor maneira
de satisfazer esses desejos?

As operações devem trabalhar com marketing para obter


informações sobre a importância relativa de vários itens para cada
cliente principal ou mercado alvo. A compreensão de questões
competitivas pode ajudar os gerentes a desenvolver estratégias
de sucesso.

Questão para reflexão


Você certamente deve se lembrar de alguma empresa ou
indústria que fechou as portas, pense em uma loja que vendia
eletrodomésticos, uma fábrica de brinquedos, e até mesmo um
banco. Em sua opinião quais foram os fatores que levaram esta
organização a encerrar suas atividades?

2.4 | Objetivos das organizações


A missão de uma organização é a razão de sua existência,
ainda no objetivo principal de uma indústria deve estar expressa

U4 - Processos e operações 119


sua missão e os seus valores. Para uma organização empresarial, a
declaração de missão deve responder à pergunta “Em que tipo de
negócios estamos? ” As missões variam de uma organização para
outra, dependendo da natureza de seus negócios. Uma declaração
de missão serve como base para os objetivos organizacionais e
fornece mais detalhes descrevendo o escopo da missão.

A missão e os objetivos geralmente se referem a como uma


organização quer ser conhecida pelo público em geral e por seus
funcionários, fornecedores e clientes. Os objetivos servem de
base para o desenvolvimento de estratégias organizacionais. Estes,
por sua vez, devem fornecer a base para estratégias e táticas das
unidades funcionais da organização. A estratégia organizacional é
importante porque guia a organização ao fornecer orientação para
o alinhamento dos objetivos e estratégias das unidades funcionais.
Além disso, estratégias podem ser a principal razão para o sucesso
ou o fracasso de uma organização.

Para saber mais


Certamente, você deve estar imaginando como criar para sua
empresa uma missão e um valor, sendo que é fundamental e
importante o desenvolvimento destes pontos na indústria, acesse o
link e confira mais detalhes. Disponível em: <https://goo.gl/WgJ1Jt>.
Acesso em: 3 maio 2018.

Muitas empresas são forçadas a adotar estratégias que moldam o


futuro de seus negócios e alcançar as vantagens competitivas para
sobreviverem no mercado. A principal preocupação dos gestores
com foco estratégico é identificar e desenvolver competências
essenciais, podendo dar valor aos consumidores por meio da
diferenciação dos seus produtos em relação aos que são oferecidos
por seus concorrentes no mercado. Os negócios devem ser feitos
para equilibrar sua eficiência e capacidade de resposta, a fim de se
alcançar vantagem. A Figura 4.7 pode dar a dimensão dos níveis de
produção industrial.

120 U4 - Processos e operações


Figura 4.7 | Níveis hierárquicos na produção industrial

Fonte: <https://goo.gl/EQPWBn>. Acesso em: 3 maio 2018.

A vantagem competitiva advém de muitas atividades que as


organizações de negócios realizam que contribuem para criar uma
base para a diferenciação no mercado. A adoção de estratégias sem
levar em consideração componentes fundamentais, como clientes
e concorrentes na definição da direção dos planos de negócios
é um grande erro, já a escolha certa das estratégias depende da
contingência de variáveis como tamanho, produção, qualidade,
custos, entre outros.

Atividades de aprendizagem

1. Influencia a competitividade de várias maneiras, incluindo a identificação


do consumidor desejos, necessidades, preços, publicidade e promoção.
Assinale abaixo o termo que define o conceito citado.

a) Gerenciamento produtivo. d) Manutenção Planejada.


b) Ciclo PDCA. e) Marketing.
c) Benchmarking.

U4 - Processos e operações 121


2. Diversas empresas são obrigadas a adotar estratégias que moldam
o futuro de seus negócios e alcançar as vantagens competitivas para
continuar a se manterem no mercado. Explique o que pode ser considerado
como vantagens competitivas.

122 U4 - Processos e operações


Seção 3
Preparação da produção
Introdução à seção

Nesta seção, você conhecerá os conceitos básicos para o


planejamento estratégico da produção, verá os passos básicos para
atividade industrial que se destina a produção de bens e serviços.
Entendemos que a gestão de processos e operações é a técnica
voltada para a produção e, principalmente, é a organização de todo
o processo produtivo, também é um campo muito vasto, pois a
definição do planejamento da capacidade produtiva deve ser uma
abordagem de determinação do nível de transformação de matéria-
prima em produto ou até mesmo em serviços.
A preparação da produção envolve uma sequência de atividades
que se iniciam no desejo ou na necessidade dos clientes que chegam
ao departamento de vendas que, por sua vez, transforma tudo isso
em solicitações. Podemos considerar isso como uma demanda, a
qual deve se tornar em produtos realizados, para isso ocorrer, há
a necessidade de matéria-prima, que deve ser transformada com
a finalidade de atender aos requisitos que o cliente estipulou ou
necessita. Ao analisar desta maneira, observamos a cadeia produtiva,
ou seja, o ciclo de produção.

3.1 | Sistema produtivo

Para Moreira (2012, p. 12), “capacidade é competência que


pode ser entendida como as condições de atingir determinadas
quantidades (ou níveis).” Entende-se aqui a necessidade de se prever
a capacidade produtiva de uma indústria, qualquer sistema projetado
deve ter uma capacidade bem definida, a qual, evidentemente, pode
aumentar ou diminuir.
As estratégias fornecem dados para a tomada de decisão e, de
modo geral, as organizações têm estratégias globais que devem ser
influenciadas pelas estratégias industriais. Imagine que você utilize

U4 - Processos e operações 123


táticas para a realização do seu processo, uma delas está em como
fazer, o roteiro utilizado para a realização das tarefas industriais, que
devem utilizar a metodologia de BPF (boas práticas de fabricação).
Diante disso, deve estar claro que o relacionamento global, ou seja,
a relação entre fornecedor e cliente deve existir desde a criação da
missão até o final da operação.
Uma das definições de capacidade no dicionário é “a habilidade
de manter, receber, armazenar ou acomodar”. No âmbito comercial,
a capacidade é considerada com mais frequência como o resultado
que um sistema pode obter em um período de tempo específico. A
Figura 4.8 apresenta um sistema produtivo do segmento de injeção
plástica, em que uma demanda transformada em solicitação de
produção é iniciada na fábrica, o gestor comanda o processo e
aciona os operadores que realizam o processo produtivo, ao final,
tem-se a matéria-prima transformada em produto acabado.

Figura 4.8 | Sistema de produção injeção plástica

Fonte: elaborada pelo autor.

No cenário de serviços, poderia ser o número de clientes


atendidos entre meio-dia e uma da tarde. No âmbito da
produção, poderia ser o número de automóveis produzidos em
um único turno.
Para Jacobs (2009 p. 67), também “é enfatizada a dimensão do
tempo da capacidade, ou seja, a capacidade também precisa ser
declarada em relação a um período de tempo. Isso é evidenciado
na distinção comum existente entre o planejamento de capacidade
a longo, médio e a curto prazo”. Geralmente, o planejamento da
capacidade é percebido de acordo com três durações de tempo:
Longo prazo – mais de um ano. Recursos produtivos (como
prédios, equipamentos ou instalações) demoram muito tempo para

124 U4 - Processos e operações


ser requisitados e adquiridos, o planejamento da capacidade de
longo prazo requer a participação e aprovação da gerencia sênior.
Médio prazo – planos mensais ou trimestrais para 6 a 18 meses
seguintes. Nesse caso, a capacidade pode ser variada por alternativas,
como contratações, dimensões, ferramentas novas, compras de
equipamentos menores e terceirização.
Curto prazo – menos de um mês. Está ligado ao processo de
programação diária ou semanal e requer ajustes para eliminar
a variação entre o resultado planejado e o real. Isso abrange
alternativas, como horas extras, remanejamentos de pessoal e
roteiros alternativos de produção.

3.2 | Localização das instalações

Existem fatores peculiares que devem ser levados em conta no


andamento de escolha da localização de uma instalação industrial
ou de uma prestação de serviços. Há afinidades e diferenças nos
dois casos. Não é a mesma coisa determinar onde deve ficar um
ponto de taxi, uma farmácia ou uma indústria de cosméticos,
conforme ilustrado na Figura 4.9. Como exemplo, geralmente a
dimensão do mercado é menor para a unidade de serviços (bairro,
cidade ou região) em relação à fábrica (regiões maiores, país ou
mercados no exterior).

Figura 4.9 | Localização de industrias

Fonte: <https://goo.gl/cCJXVF>. Acesso em: 3 maio 2018.

U4 - Processos e operações 125


Entretanto, existem diferentes técnicas para estudar a localização
industrial. O que importa é que a lógica de atuação é sempre a
mesma: minimizar custos, tempos, distâncias, ou outras grandezas
quaisquer ligadas a eficácia das operações.

3.3 | Gestão do processo produtivo


Todo produto ou serviço tem um ciclo de vida que compreende
fases de introdução no mercado, crescimento, maturidade, saturação
e declínio. Na fase de introdução, a demanda pode ser baixa, pois
o mercado ainda não está familiarizado, o preço está alto, ou o
produto e o serviço passarão por melhorias e aperfeiçoamentos. No
crescimento, o produto ou o serviço tornam-se mais competitivos,
contando com o auxílio de publicidade, até sua completa integração
ao mercado, quando atingem a fase de maturidade. Na fase de
saturação, estabiliza-se a demanda, que doravante tenderá a cair, a
menos que o produto passe por inovações. Na fase de declínio, as
mudanças são inevitáveis, senão o produto ou o serviço acabarão
sendo aniquilados.
Além dessas similaridades, projetos são importantes na vida
do produto ou do serviço, tanto na forma, como na aparência ou
na funcionalidade, fatores fundamentais para a sobrevivência e o
crescimento da organização.

Para saber mais


Uma estratégia para melhoria do processo produtivo é estar próximo
dos seus fornecedores de matéria-prima, isso lhe dará capacidade
para aumentar a produtividade. Para conhecer um APL (Arranjo
Produtivo Local) consulte o link a seguir.
Disponível em: <https://goo.gl/jne2Qp>. Acesso em: 3 maio 2018.

3.4 | Flexibilidade de capacidade


Flexibilidade de capacidade significa ter a possibilidade de
aumentar ou diminuir rapidamente os níveis da produção ou
mudar rapidamente a capacidade da produção de um produto
ou serviço para outro. Essa flexibilidade é alcançada com fábricas,

126 U4 - Processos e operações


processos e operários flexíveis, assim como através de estratégias
que usam a capacidade de outras organizações. As empresas estão
considerando cada vez mais a ideia da flexibilidade ao elaborarem
suas cadeias de suprimentos, oferecendo treinamento e formação
dos colaboradores visto que é fundamental para este processo
de flexibilização. Veja um exemplo de um sistema produtivo na
Figura 4.10. Ao trabalhar com fornecedores, elas podem integrar a
capacidade a todos os seus sistemas.

Figura 4.10 | Sistema produtivo de cadeiras

Fonte: <https://goo.gl/a64nGm>. Acesso em: 3 maio 2018.

Fábricas flexíveis - talvez o máximo em flexibilidade de fábricas


seja a que possui tempo zero de troca do processo de produção da
linha. Usando equipamento móvel, paredes removíveis e utilidades
facilmente acessíveis e que podem ser redirecionadas, uma fábrica
assim consegue se adaptar rapidamente às mudanças. Uma
analogia a um negócio familiar de serviços capta muito bem a ideia:
uma fábrica com equipamento “fácil de instalar, desmontar e mover,
como o circo de lona antigo”.
Processos flexíveis - entre os exemplos de processos flexíveis,
encontram-se os sistemas flexíveis de manufatura de um lado, e os
equipamentos simples e de fácil montagem de outro. Essas duas
abordagens tecnológicas propiciam mudanças rápidas e de custo
baixo de uma linha de produtos para outra, permitindo as chamadas
economias de escopo.
Trabalhadores flexíveis - os trabalhadores flexíveis têm várias
habilidades e conseguem mudar facilmente de uma tarefa para

U4 - Processos e operações 127


outra. Eles precisam de treinamento mais abrangente do que
os trabalhadores especializados, de gerentes e de um quadro
de apoio que possa facilitar mudanças rápidas nas respectivas
atribuições profissionais no menor tempo possível para satisfazer
as exigências da qualidade do projeto, da produção e do custo.
Isso deve acontecer no lançamento de um novo produto, em
mudanças de projeto de produto ou em mudanças na demanda
de um projeto já existente.

Questão para reflexão


Você sabe como são feitas as coisas que estão a nossa volta, como
máquinas, equipamentos e quais foram os processos utilizados?
Vamos pensar em algo fácil, por exemplo uma bicicleta, você sabe
quais foram as etapas de produção, se máquinas e ferramentas foram
utilizadas? Quais?

Atividades de aprendizagem

1. Podemos dizer que manter, receber, armazenar ou acomodar produtos


em uma indústria, ou ainda, outra definição: quantidade máxima de
produção em um intervalo de tempo refere-se a:

Assinale abaixo a alternativa que contempla os conceitos citados:

a) Qualidade.
b) Capacidade.
c) Igualdade.
d) Manutenção industrial.
e) Estocagem.

2. Geralmente, o planejamento da capacidade é percebido de acordo


com três durações de tempo, sendo eles curto, médio e longo prazo.
Comente sobre o planejamento a longo prazo.

128 U4 - Processos e operações


Seção 4
Execução da produção
Introdução à seção

A indústria tem a interligação e a evolução dos sistemas produtivos,


a seleção do processo está relacionada à decisão estratégica de
escolher que tipo de processo de produção deve ser utilizado para
fazer um produto ou fornecer um serviço. Por exemplo, no que diz
respeito aos veículos de uma determinada montadora, se o volume
for muito baixo, um operário poderá montar manualmente cada um
destes veículos. Em caso contrário, se o volume for mais alto, será
conveniente estruturar uma linha de montagem.
Os formatos, segundo os quais uma instalação é organizada,
são definidos pelo padrão geral do fluxo de trabalho e há cinco
estruturas básicas: projeto, centro de trabalho, célula de produção,
linha de montagem e processo contínuo.

4.1 | Introdução à produção

É uma característica das organizações industriais que as


mercadorias sejam produzidas por meio de matérias-primas. A
produção pode ser conceituada como um caminho unidirecional
de extensão finita que leva a transformação de matéria-prima em
produtos e serviços, ou ainda, uma série de produtos intermediários,
ou bens de capital a bens de consumo.
Para Moreira (2012, p. 19), o “sistema de produção” é “um
conjunto de elementos físicos e informacionais e de operações que,
trabalhando harmonicamente, produz bens ou serviços. Um sistema
de produção apresenta insumos, um processo propriamente dito e
os resultados (produtos ou serviços).”
Existem sistemas de produção extremamente variados e
diferentes entre si. Entretanto, pense na operação de uma barbearia
de bairro que funciona com dois ou três barbeiros e, eventualmente,
uma ou duas manicures. Pense também na operação de uma fábrica

U4 - Processos e operações 129


montadora de automóveis. Obviamente, há mais de uma diferença
entre esses dois sistemas de produção.
No caso da manufatura, duas grandezas servem de base à
diferenciação: o volume de produção (quanto se produz) e a
variedade produzida (grau de padronização). Na visão clássica, em
geral, quanto maior o volume produzido, menor a variedade de
produtos. O leitor deve ficar alerta, pois essa situação não é absoluta,
a tecnologia avançada de produção (flexível ou programável) permite
altos volumes de produção com grande variabilidade de produtos.
Você já ouviu falar em Just in time? Esse sistema pode melhorar
e muito a produção industrial. Just in time é um termo em inglês
que quer dizer ao pé da letra “bem a tempo”, é uma metodologia
que propõe a produção na quantidade certa no momento certo, ou
seja, produzir num dado momento o que vai ser de uso imediato
nem mais nem menos.
Essa técnica foi elaborada pelos japoneses e difundida no
mundo como método de provocar uma pequena revolução na
forma produtiva de bens e serviços para produção do necessário no
momento certo, assim como mostra a Figura 4.11.

Figura 4.11 | Sistema Just in time

Fonte: adaptada de <https://goo.gl/Uevasv>. Acesso em: 4 maio 2018.

130 U4 - Processos e operações


Vamos tomar como exemplo uma fábrica que já trabalha com o
sistema Just in time. Não existe desperdício, toda matéria-prima já
vem na quantidade e qualidade certa, além disso, ela está disponível
no momento exato em que ela será utilizada. Outro ponto de
destaque é que uma fábrica que trabalha na metodologia Just in
time só produz o que foi encomendado pelo cliente na quantidade
que ele deseja.

Para saber mais


Certamente que você ficou interessado nesse assunto, quer conhecer
mais? Acesse o link a seguir e veja mais dicas sobre o assunto Just
in time.
Disponível em: <https://goo.gl/o43wo7>. Acesso em: 4 maio 2018.

Tradicionalmente, uma empresa de manufatura compete em


preço, qualidade, variedade, ou serviço com seus concorrentes.
Agora, essas condições são meramente pré-requisitos para
funcionalidade dos sistemas e permanência no mercado. Todas
as empresas estão em busca de soluções para seus clientes, isso
implica oferecer preços baixos, alta qualidade e bom atendimento.
O principal fator competitivo torna-se então a velocidade e a
qualidade na produção. Quanto menor o tempo de espera em
que um fabricante pode fornecer nos seus produtos, maior será a
probabilidade de que ele continue no mercado.

4.2 | Tipos de produção (puxada – empurrada)

Este é um sistema muito importante dentro das organizações


produtivas, diante disso, vamos conhecer os sistemas de produção,
com exceção dos sistemas que trabalham por encomenda, são do
tipo “produção empurrada” que procuram prever as necessidades
de produção e se preparar para elas. A produção é baseada em uma
previsão da demanda, ou seja, a ideia é produzir antes para dispor
dos produtos quando ela ocorrer. Em outras palavras, os produtos
são “empurrados” pela previsão da demanda, pelo fluxo de produção
como podemos ver na Figura 4.12. Se não houver demanda ou

U4 - Processos e operações 131


demorar a ocorrer nas quantidades previstas, haverá acúmulo de
estoques com os consequentes custos associados.

Figura 4.12 | Conceito de produção puxada versus empurrada

Fonte: <https://goo.gl/KWDBdP>. Acesso em: 4 maio 2018.

Para Moreira (2012, p. 59), “na filosofia Just in Time (JIT), a


produção é puxada em vez de ser empurrada pela previsão da
demanda. Qual é a lógica? Simples: os comandos para produzir
em JIT começam no término da linha de produção, com a última
estação de trabalho ou, alternativamente, começam com o cliente.
A partir desse começo, caminham de trás para frente. Na sequência
dos postos de trabalho, cada um requisita, do posto imediatamente
anterior, a quantidade de produtos necessária. Não havendo essa
requisição, não há produção. A consequência direta é que não são
produzidos estoques em excesso. Para coordenar esse movimento
de peças ou produtos de um posto de trabalho a outro, existem
cartões chamados kanban que registram o que se necessita de um
posto de trabalho e que deve ser transportado a outro. Esta é a
razão pela qual o sistema é “puxado”, uma vez que o kanban “puxa”
o que é preciso e não permite que haja produção em excesso. Os
únicos produtos e as quantidades produzidas são aquelas que o
cartão kanban especificou.”

132 U4 - Processos e operações


Figura 4.13 | Sistema Kanban de produção

Fonte: <https://goo.gl/ZSaz5x>. Acesso em: 4 maio 2018.

Para saber mais


Imagino que você quer saber mais sobre Kanban, então acesse o
link e confira a explicação dessa metodologia tão importante para as
organizações produtivas. Disponível em: <https://goo.gl/edo576>.
Acesso em: 4 maio 2018.

4.3 | Conceito de produção enxuta

A produção enxuta é um termo utilizado para definir uma filosofia


de gerenciamento que procura otimizar a organização de forma a
atender as necessidades do cliente no menor prazo possível, na mais
alta qualidade, no mais baixo custo e, ao mesmo tempo, procura
aumentar a segurança dos operadores envolvendo e integrando-os
na manufatura.
Para Moreira (2012, p. 60), “a produção enxuta abrange
toda a organização, começando com as operações industriais
(desenvolvimento de produtos, manufatura, organização e recursos

U4 - Processos e operações 133


humanos e apoio ao cliente), incluindo as redes de consumidores
e fornecedores. O posto-chave é sua estruturação por meio de um
conjunto de princípios, métodos e práticas, como qualidade perfeita
logo na primeira vez, minimização de desperdício pela eliminação de
todas as atividades que não acrescentam valor, melhoria contínua,
flexibilidade e desenvolvimento de relacionamentos de longo prazo
com clientes e fornecedores. Como você já deve ter percebido, a
expressão “produção enxuta” é sinônima da filosofia JIT (que muitos
chamam de Sistema Toyota de Produção [STP]).”

Questão para reflexão


Agora você conhece o sistema de produção Just in time, que
utiliza como ferramenta de produção o Kanban, o qual visa não
deixar faltar produtos para produção, ele pode ser utilizado
apenas para sistemas de produção? Quais outras atividades
podem utilizar esta ferramenta?

O objetivo da produção enxuta é a eliminação do desperdício


em todas as fases, também conhecido como um fluxo ideal, uma
ilustração do sistema pode mostrar pontos necessários de atenção
como a Figura 4.14, em que todas as operações são feitas apenas se
solicitado a partir do pedido de um cliente.

Figura 4.14 | Produção enxuta

Fonte: <https://goo.gl/pngiLi>. Acesso em: 4 maio 2018.

134 U4 - Processos e operações


Atividades de aprendizagem

1. Os sistemas produtivos são fundamentais para a realização da produção,


seja ela puxada ou empurrada deve-se observar as necessidades do cliente
e seguir o planejamento. Sobre o grande objetivo da produção enxuta, o
que podemos dizer?

2. Quanto aos tipos de sistemas de produção, definimos que o sistema


empurrado não utiliza estoque, sendo que o cliente é quem determina
a produção.
No sistema produtivo puxado, a produção é baseada em uma
.

Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna:

a) Previsão da demanda.
b) Programação de paradas de máquinas para manutenção.
c) Expectativa de venda dos clientes.
d) Crise internacional.
e) Crise nacional.

Fique ligado

Nesta unidade, você pôde conhecer os princípios dos


processos de produção. Processos e operações se resumem
a uma gestão produtiva, ou seja, a roda que faz a indústria de
transformação de produtos e serviços girar. Os conceitos vistos
nesta unidade são aplicados nas indústrias do mundo todo, sejam
de porte pequeno, médio ou grande, em todos os segmentos, ao
menos em uma das fases do processo produtivo, serão utilizados
os recursos aqui apresentados.

Para concluir o estudo da unidade

Caro aluno, certamente você deseja ser um profissional


de sucesso e se destacar no mercado, para isso, além dos

U4 - Processos e operações 135


conceitos apresentados nesta seção, você deve buscar muito
mais conhecimento, estude sempre todas as técnicas utilizadas
pelas indústrias, mesmo que você não esteja trabalhando em um
determinado setor que adote outras técnicas, o conhecimento é
o que vai transformar você em um profissional de sucesso.
Parabéns, caro aluno, se você chegou até este ponto lendo os
conceitos, você já adquiriu ao menos um pouco do conhecimento
que procuramos transmitir nestas páginas. Desejamos muito
sucesso para você!
Bons estudos!

Atividades de aprendizagem da unidade

1. As organizações de negócios têm três áreas funcionais básicas. Não


importa se o negócio é uma loja de varejo, um hospital, uma fábrica,
lavagem de carros ou algum outro tipo de negócio, todas as organizações
empresariais devem ter estas três funções básicas.

Assinale abaixo a alternativa que apresenta a resposta para as áreas


fundamentais de uma organização:

a) Começo, meio e fim.


b) Qualidade, produtividade, planejamento.
c) Produtividade, limpeza, vendas.
d) Finanças, operações, mercado.
e) Projeto, controle, negociação.

2. As máquinas e ferramentas livram o homem do trabalho pesado,


de certa maneira, as invenções do século XIII revolucionaram e foram
responsáveis pelo aumento da produtividade.

Assinale a alternativa que melhor define sistema de produção.

a) Conjunto de atividades e operações inter-relacionadas envolvidas na


produção de bens ou serviços.
b) Linha de máquinas e ou montagem com objetivo de produzir um
produto especifico para livrar o homem do trabalho pesado.

136 U4 - Processos e operações


c) Os sistemas de produção podem ser definidos somente de duas
maneiras, produção puxada e produção kanban.
d) Sistemas de produção eficientes são aqueles em que não ocorrem
manutenções corretivas.
e) Sistemas de produção são considerados efetivos somente quando
atuam com qualidade e são isentos de manutenção corretiva, atuando
somente na prevenção.

3. O marketing influencia a competitividade de várias maneiras, incluindo


a identificação do consumidor desejos, necessidades, preços, publicidade
e promoção.

Assinale alternativa que apresenta o fator-chave nas decisões de compra


do consumidor.

a) Design e inovação. d) Propaganda e marketing.


b) Preço e qualidade. e) Marketing e qualidade.
c) Tamanho e design.

4. As operações em uma indústria têm uma grande influência na


competitividade por meio do design de produtos e serviços, custo,
localização, qualidade, tempo de resposta, flexibilidade, inventário e
gerenciamento da cadeia de suprimentos e serviço. Muitos desses estão
inter-relacionados.
O design de produtos e serviços deve refletir os esforços conjuntos de
muitas áreas da empresa para alcançar uma correspondência entre
recursos , recursos de , recursos da
e o que o consumidor necessita. Características
especiais de um produto ou serviço pode ser um fator-chave nas decisões
de compra do consumidor, entre eles, podemos destacar a inovação e o
tempo de colocação no mercado.

Assinale a alternativa que complete as lacunas corretamente.

a) Financeiros, operações, cadeia de suprimentos.


b) Materiais, mão de obra, qualidade total.
c) Quantitativos, qualidade, mão de obra.
d) Produtivos, inatividade, interatividade de pessoas.
e) Lógicos, programação, ferramenta de gerenciamento.

U4 - Processos e operações 137


5. O design de produtos e serviços deve refletir os esforços conjuntos
de muitas áreas da empresa para alcançar uma correspondência entre
recursos financeiros, recursos de operações, recursos da cadeia de
suprimentos e o que o consumidor necessita. Características especiais de
um produto ou serviço pode ser um fator-chave nas decisões de compra
do consumidor, entre eles, podemos destacar a inovação e o tempo de
colocação no mercado.

Assinale abaixo a alternativa que apresenta o item relacionado a produção:

a) Definir os padrões (custo, qualidade, produtividade, etc.) pelos quais


será julgado o desempenho da produção.
b) Montar um plano de manutenção eficiente que não deixe o
equipamento falhar.
c) Efetuar uma previsão de clientes satisfeitos e clientes insatisfeitos, atuar
com ferramentas de qualidade para resolução do problema.
d) Vender pelo custo mais baixo, mesmo que a organização não tenha
lucratividade, pois o cliente satisfeito é a melhor estratégia.
e) Economizar em treinamento pessoal, investindo assim em equipamentos
mais tecnológicos, certamente com equipamentos modernos será um
ótimo marketing entre os clientes.

138 U4 - Processos e operações


Referências
MOREIRA, D. A. Administração da produção e operações. 2. ed. Revista e ampliada.
São Paulo: Cengage Learning Editores, 2012.
MOREIRA, D. A. Administração da produção e operações. São Paulo: Saraiva, 2012.
152 p. (Temas essenciais de administração).
JACOBS, F. R.; CHASE, R. B. Administração da produção e operações. Porto Alegre:
Bookman, 2009.
Anotações
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