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TOPOGRAFIA APLICADA AO
GEORREFERENCIAMENTO
MAIO 2009
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4
2. OBJETIVOS .............................................................................................................. 5
3. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA TOPOGRAFIA .............................................. 6
3.1. Definições ........................................................................................................................ 6
3.2. Objetivos e o Problema da Topografia ............................................................................ 6
3.3. Divisão da Topografia ..................................................................................................... 8
4. ORIENTAÇÃO........................................................................................................ 10
4.1. Azimute ......................................................................................................................... 10
4.2. Declinação Magnética ................................................................................................... 14
4.3. Rumo ............................................................................................................................. 16
2. OBJETIVOS
3.1. Definições
A palavra topografia deriva etimologicamente do grego TOPOS, que significa “lugar” e
de GRAPHEN, que significa “descrição”. Desta derivação surge as definições atribuídas à
Topografia:
Segundo UZEDA (1963), a Topografia “é a arte de representar em uma folha de papel,
determinada superfície do solo terrestre, com todos os detalhes naturais e artificiais que aí se
encontrem, dando, ao mesmo tempo, uma representação expressiva e rigorosa do seu relevo”.
“A Topografia tem por finalidade determinar o contorno, dimensão e posição relativa de
uma porção limitada da superfície terrestre, sem levar em conta a curvatura resultante da
esfericidade terrestre” (ESPARTEL, 1987).
Cita-se ainda definições mais elaboradas como:
Topografia é “a ciência aplicada, baseada na geometria e na trigonometria plana, que
utiliza medidas de distâncias horizontais, de diferenças de nível, de ângulos e de orientação, com
o fim de obter a representação, em projeção ortogonal sobre um plano de referência, dos pontos
que definem a forma, as dimensões e a posição relativa de uma porção limitada do terreno, sem
considerar a curvatura da terra” (LOCH e CORDINI, 1995).
Por se tratar de uma projeção ortogonal têm-se como conseqüência, a não consideração da
superfície curva da terra fazendo com que as projetantes (verticais) sejam paralelas entre si e
normais (ortogonais) a este plano tangente (LOCH e CORDINI, 1995).
3.3. Divisão da Topografia
3.1.1. Topometria:
4.1. Azimute
É o ângulo que um alinhamento forma com a direção norte, contado no sentido horário,
variando, portanto, de 0º a 360º. Em topografia, utiliza-se o norte verdadeiro, ou geográfico, que
é direção dada pelo meridiano que passa pelo ponto em questão, sendo que em alguns casos
admite-se o norte magnético, que é direção indicada por uma agulha imantada quando suspensa
(bússola). O problema que se apresenta é a determinação do norte verdadeiro, uma vez que uma
planta topográfica deve ser orientada nesse sentido.
LE − AE = LM − AM e logo AM = LM − LE + AE
α α
4º 1º
3º 2º
α α
ΔX
α = arctan
ΔY
Assim o azimute será calculado da seguinte forma:
1º QUADRANTE AZ =α
2º QUADRANTE AZ = 180 − α
3º QUADRANTE AZ = 180 + α
4º QUADRANTE AZ = 360 − α
A bússola nada mais é que uma agulha imantada (imã) suspensa pelo seu centro de
gravidade por meio de um pivô que oferece um mínimo de atrito, de modo que a agulha ao
girar livremente acusa a direção do azimute magnético em um limbo graduado.
O emprego da bússola é baseado na propriedade que tem a agulha imantada de se
orientar sempre na direção do pólo magnético terrestre, quando da possibilidade de se mover
livremente sobre o pivô. O magnetismo terrestre submete a agulha imantada a um movimento
de rotação, pela ação de duas forças iguais, em sentido contrário (binário), e aplicadas em
cada pólo da agulha, de modo que o momento provocado pelo binário somente se anula
quando a agulha ocupa a direção norte-sul magnética.
Existem uma infinidade de bússolas, desde as bússolas simples de mão até bússolas
montadas sobre tripés e dotadas de lunetas.
O norte magnético não coincide com o norte verdadeiro, formando um ângulo
denominado declinação magnética. Sabe-se, contudo, que a direção para onde aponta a agulha
imantada varia de um lugar para o outro (com a posição geográfica) e ao longo do tempo, de
maneira que a declinação magnética torna-se variável.
NV NM
4.3. Rumo
O rumo de um alinhamento é o menor ângulo que este forma com a direção do norte
ou do sul. Varia de 0º a 90º contados a partir do:
- norte para a direita - quadrante NE
- norte para a esquerda - quadrante NW
- sul para a direita - quadrante SE
- sul para a esquerda - quadrante SW
Desta forma o rumo é sempre expresso por um ângulo entre 0º a 90º seguido pelas
duas letras que indicam o quadrante.
N
0º
NW NE
W 90º
90º E
SW SE
0º
S
Figura 4.4 – Os quadrantes do Rumo
5. SISTEMA DE COORDENADAS
Definições:
Latitude geodésica ϕ: ângulo, que a normal ao elipsóide, passante por um ponto P, forma
com sua projeção equatorial. É contado ao longo do meridiano de P.
Longitude geodésica λ: ângulo que mede o diedro formado pelos meridianos geodésicos
do ponto considerado de Greenwich, contada a partir deste positivamente por leste.
Altura geométrica h: ou altura elipsoidal, é o segmento da normal compreendida entre o
ponto P e o elipsóide. Pode ser positiva ou negativa conforme P esteja acima ou abaixo da
superfície elipsoidal.
Meridiano de
Greenwich
N= Y
0º
0º
B
α ic a
ráf
o g
p
To
ist
D
90º 270º 90º 90º
O E= X
0º
180º
Figura 5.3 – Sistema de coordenadas polar
5.2.1. Coordenadas Retangulares
N= Y
B(X,Y)
YB
E= X
O
XB
N= Y
AZBC
C(?,?)
DY
Dh B
C
YC B(X,Y) DX
YB
XB
E= X
O
XC
X C = X B + DhBC ⋅ sen( AZ BC )
(5)
YC = YB + DhBC ⋅ cos( AZ BC )
ou
EC = EB + DhBC ⋅ sen( AZ BC )
(6)
N C = N B + DhBC ⋅ cos( AZ BC )
onde:
NB e NC coordenadas Norte dos pontos B e C;
EB e EC coordenadas Este dos pontos B e C;
DhBC distância horizontal entre os pontos B e C
AzBC azimute do ponto B para o ponto C.
DhBC e AzBC são as coordenadas polares do ponto B para o ponto C e devem ser
obtidas conforme o 3.6.2.1.
Nota1: Observe que só faz sentido falar em coordenadas polares relativas, isto é,
os valores de distância e o azimute de um ponto em relação a outro ponto.
Nota2: Já as coordenadas retangulares (ou coordenadas topográficas o que aliás é
mais correto por ser um termo específico), são absolutas uma vez que está referenciada a
origem do sistema topográfico adotado que pode ser local ou vinculado ao SGB,
conforme visto.
Nota3: Todavia, pode-se falar, também, em coordenadas topográficas relativas (ou
projeções), que nesse caso seriam expressas pelas equações (3) e (4) respectivamente.
5.3.1. Conversão de Coordenadas Retangulares em Polares
Nesse caso a operação é inversa, sendo que, para isso, deve-se aplicar a
formulação a seguir:
C(X,Y)
θ DY
B(X,Y) DX
6.1. Escalas
Aplicação Escala
Detalhes de terrenos urbanos 1:50
Planta de pequenos lotes e edifícios 1:100 e 1:200
Planta de arruamentos e loteamentos urbanos 1:500
1:1.000
Planta de propriedades rurais 1:1.000
1:2.000
1:5.000
Planta cadastral de cidades e grandes 1:5.000
propriedades rurais ou industriais 1:10.000
1:25.000
Cartas de municípios 1:50.000
1:100.000
Mapas de estados, países, continentes etc. 1:200.000 a 1:10.000.000
Tabela 6.1 – Principais escalas e suas aplicações
1 - Formato de acordo com a Norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), linha de
corte com 210 x 297.
Campo Um folha nº.
Cabeçalho descrevendo tipo de levantamento - Planimétrico e ou Planialtimétrico
Campo Dois
3.2.1. – Nome do Imóvel;
3.2.2. – Nome do Proprietário;
3.2.3. – Código do Imóvel;
3.2.4. – Transcrições e ou matrículas;
3.2.5. – Município, Comarca e Estado;
3.2.6. – Área do imóvel e perímetro;
3.2.7. – Data da elaboração dos Trabalhos;
– Escala
Campo Três Campo Quatro
1 – Descrição e somatória das áreas ( Reservas 1 – Assinatura do Proprietário;
Legal, Pres. Permanente, Estradas ) etc.; 2 – Assinatura do Resp. Técnico, contendo CREA
e Qualificação Profissional;
Campo Cinco
Espaço que deverá estar livre para apor carimbos, registros e assinaturas de órgãos oficiais.
QUADRO DE CONVENÇÕES:
NO MEMORIAL DESCRITIVO:
Cabeçalho contendo:
1 – Propriedade; Proprietário; Município; Comarca; Área; Perímetro; Transcrição e ou matrícula do
imóvel;
RELATÓRIO TÉCNICO
3 – Poderá o INCRA, a qualquer tempo, promover vistorias e checar tais declarações sobre a
veracidade das informações prestadas e do requerido, bem como solicitar ao CREA, informação sobre
atribuições da área do profissional responsável.
1 FL .
3 4
B C
Formato ABNT - linha de corte
Medida de A a B = 297 milímetros
Medida de B a C = 210 milímetros
7. MEDIDAS ANGULARES
Teodolitos
Segundo a Norma, os “teodolitos são classificados de acordo com o desvio
padrão de uma direção observada em duas posições da luneta (CE/CD). O valor da
precisão interna de cada modelo é normalmente definido pelo fabricante. Não havendo
indicação deste, a precisão angular poderá ser aferida por entidade oficial habilitada a
partir de testes efetuados em campo de prova ou laboratório de aferição”.
Estações Totais
Com o intuito de se obter melhores resultados nas medidas angulares, uma vez que a
obtenção destas medidas é uma das maiores fontes de erros nas medições, são utilizados
diferentes métodos de observação os quais devem ser selecionados segundo o tipo de aparelho
utilizado e o nível de precisão exigida.
Dentre os métodos utilizados para obtenção dos ângulos horizontais o mais preciso
possível, destacam-se os seguintes:
Cada medição será denominada uma série de leitura, onde deve-se definir o número de
séries adequado para cada caso. Dependendo da precisão exigida, deve-se utilizar 3 a 8
séries de leitura. O ângulo horizontal final (Af) obtido será calculado pela seguinte
expressão:
An − A1
Af =
( n − 1)
Σ ( Hz 2 − Hz 1 )
Hz =
n
Onde:
Hz2: é a leitura do ângulo horizontal (na ré).
Hz1: é o ângulo horizontal de partida utilizado (na vante).
n: número de leituras efetuadas na vante.
7.1.3. Método das Direções
Di
B
A Dh
Figura 8.1 – Elementos definidores do cálculo da distância horizontal
Dh = Di × sen(Z )
Onde:
Dh é a distância reduzida ao horizonte;
Di é a distância inclinada; e
Z é a distância zenital.
Uma terceira baliza deve ser utilizada para orientar as trenadas. Durante a
medição a trena deve ser mantida, o máximo possível, na horizontal, a partir de uma
maior tração em suas extremidades.
Para a medição de alinhamentos maiores que o comprimento da trena, se utilizam
marcadores denominados fichas (peças metálicas pontiagudas em uma extremidade
terminando em argolas na outra).
8.1.2. Piquetes
São necessários para marcar, convenientemente, os extremos do alinhamento a ser
medido. Normalmente feitos de madeira roliça ou de seção quadrada com a superfície no
topo plana, onde se crava uma tachinha de cobre, ou até mesmo um prego, para
materialização do ponto topográfico. Seu comprimento varia de 15 a 30 cm, e o diâmetro
varia de 3 a 5cm.
É cravado no solo, porém, parte dele (cerca de 3 a 5 cm) deve permanecer visível.
8.1.3. Estacas
As estacas são utilizadas como testemunhas da posição do piquete, para facilitar a
localização do piquete. São cravadas próximas ao piquete cerca de 30 a 50cm, onde seu
comprimento varia de 15 a 40cm;
São chanfradas na parte superior para permitir uma inscrição numérica ou
alfabética, que pertence ao piquete testemunhado.
8.1.6. Dinamômetro
Destinado à medição das tensões que são aplicadas aos diastímetros para fins de
correção dos valores obtidos no levantamento em função do coeficiente de elasticidade
do material com que o diastímetro foi fabricado.
8.1.7. Termômetro
8.2.1. Horizontalidade:
Em qualquer medição com um diastímetro, deve sempre ser observada a sua
horizontalidade no momento da medição. Os erros cometidos serão sempre proporcionais
ao comprimento do diastímetro, que será maior quanto maior for o seu comprimento.
Este erro será sempre positivo, ou seja, a distância medida será sempre maior que a
medida real.
8.2.2. Dilatação:
Os fabricantes em geral graduam as trenas na temperatura de 20º. Para corrigir o
efeito de dilatação devido ao efeito da temperatura, que causa um erro negativo para
temperaturas de trabalho acima da de aferição, deve-se aplicar a equação:
ct = S ⋅ (t − t 0 ) ⋅ α
onde :
t0 é a temperatura de aferição da trena
t é a temperatura de trabalho
S é o comprimento da trena
α é o coeficiente de dilatação da trena
8.2.3. Catenária:
A catenária é a curva descrita pela trena quando suspensa do solo e tracionada,
sendo ocasionada pelo seu próprio peso.
A B
T T
f
S
P
Figura 8.8 – Catenária.
Observe que para uma flecha de 0,10 m em uma trena de 20 m o erro é de 1 mm,
evidenciando-se a pequena influência do efeito da catenária. Isto mostra, também, que é
desnecessário tracionar demasiadamente a trena no afã de neutralizar a catenária. Para
produzir efeito mais positivo, pode-se colocar vários suporte intermediários que,
praticamente, eliminam o efeito da catenária; ou aplicar-se a correção conforme
formulação apresentada.
8.2.4. Elasticidade:
Para minimizar o efeito da catenária, e em alguns casos, para vencer a força do
vento, a trena é submetida a uma força de tração superior aquela com que foi aferida.
Quando a tensão é assegurada a mão (ao invés do dinamômetro), pode-se cometer erros
sensíveis para trabalhos de precisão. Neste caso o erro é negativo, já que se obtém uma
medida menor que a real.
A variação do comprimento da trena (c), pode ser calculada por:
S ⋅ (σ − σ 0 )
c=
s⋅E
onde:
S é o comprimento da trena (m)
σ é a tensão de aferição da trena (kg)
σ0 é a tensão de trabalho (kg)
s é a área da seção da trena (mm2)
E é o módulo de elasticidade da trena (kg/mm2)
8.2.5. Padronagem:
Erro ocasionado pelo uso contínuo do diastímetro que produz deformações que
causam o seu alongamento, apresentando comprimento diferente do valor que indica. É
um erro sistemático cumulativo e pode dar diferenças razoáveis. Para evitá-lo deve-se
adquirir trenas de boa qualidade e fazer constantes aferições, comparando-se com outra
trena confiável ou com um distanciômetro (MED). O erro cometido pode ser corrigido
após a correta aferição da trena.
Da figura tem-se:
f = distância focal da objetiva
F = foco exterior à objetiva
c = distância do centro ótico do aparelho à objetiva
C = c + f = constante do instrumento
d = distância do foco à régua graduada
H = AB = B - A = FS - FI = diferença entre as leituras
M = FM = leitura do retículo médio
Pelas regras de semelhança pode-se escrever que:
a ' b' AB AB f
= d= .f a ' b' =
f d a ' b' 100 → fornecido pelo fabricante
AB. f
d=
f
100
d = 100 × H DH = d + C
Portanto
DH = 100 × H + C
C é a constante de Reichembach, que assume valor 0 cm para equipamentos com
lunetas analáticas e valores que variam de 25 cm a 50 cm para equipamentos com
lunetas aláticas.
DH = 100 × H × cos2 α + C
( )
RM = 100 × H × cos 2 α + C × tg α
RM = 100 × H × cos 2 α × tg α + C × tg α
senα
RM = 100 × H × cos 2 α × + C × tg α
cos α
RM = 100 × H × cos α × senα + C × tg α
DN = 50 × H × sen ( 2α ) − FM + I
Logo:
DN = −50 × H × sen (2α ) + FM − I
4 - verticalidade da mira: assim como para a baliza, ocorre quando não se faz uso
do nível de cantoneira.
5 - pontaria: no caso de leitura dos ângulos horizontais, ocorre quando o fio
estadimétrico vertical do teodolito não coincide com a baliza (centro).
6 - erro linear de centragem do teodolito: segundo ESPARTEL (1987), este erro
se verifica quando a projeção do centro do instrumento não coincide exatamente com o
vértice do ângulo a medir, ou seja, o prumo do aparelho não coincide com o ponto sobre
o qual se encontra estacionado.
D d
Do Triângulo ABC tem-se = . Entretanto sabemos que
senα sen[180 − (α + β )]
sen[180 − (α + β )] = sen(α + β ) .
Logo temos que:
senα
D=d∗ 9.3.1 (a)
sen (α + β )
Avaliação de Erros:
sen α
Tomando-se β = 90º tem-se que D = d ∗ = d ∗ tgα 9.3.1 (b)
cos α
Aplicando a lei de propagação de erros na equação 6.1.1 (b) temos que:
2 2
⎛ δD ⎞ ⎛ δD ⎞
σ 2
D =⎜ ⎟ ∗σ d + ⎜
2
⎟ ∗σα
2
⎝ δd ⎠ ⎝ δα ⎠
Assim, temos que:
d2
σ 2
D = tg α ∗ σ d
2 2
+ ∗ σ α rad
2
9.3.1 (c)
cos α
4
BC d
Do Triângulo ABC tem-se = . Entretanto sabemos que
senα sen[180 − (α + β )]
sen[180 − (α + β )] = sen(α + β ) .
Logo temos que:
senα
BC = d ∗
sen (α + β )
9.3.1 (d)
BE d
Do Triângulo ABE tem-se = . Entretanto sabemos que
senλ sen[180 − (δ + λ )]
sen[180 − (δ + λ )] = sen(δ + λ ) .
Logo temos que:
senλ
BE = d ∗
sen (δ + λ )
9.3.1 (e)
D 2 = BC + BE − 2 ∗ BC ∗ BE ∗ cos(δ + β )
2 2
9.3.1 (f)
ou ainda:
Aplicando-se a lei dos co-senos no triângulo CAE, após calcular Ac e AE temos:
D 2 = AC + AE − 2 ∗ AC ∗ AE ∗ cos(α + λ )
2 2
9.3.1 (g)
8.4.2. Medição de Distâncias com Teodolito e Mira Horizontal
Avaliação de Erros:
⎜ 2 ∗ tg ⎜ ⎟ ⎟ ⎜ 4 ∗ sen ⎜ ⎟ ⎟
⎝ ⎝ 2 ⎠⎠ ⎝ ⎝ 2 ⎠⎠
Por se tratar de uma mira de ínvar o desvio padrão para o comprimento b da mira
pode ser considerado igual a zero ( σ b = 0 ), e como se trabalha em pequenas distâncias
2
⎛α ⎞ ⎛α ⎞
tem-se que o ângulo α é pequeno. Logo sen⎜ ⎟ = tg ⎜ ⎟ e assim tomando-se também a
⎝2⎠ ⎝2⎠
equação 9.3.2 (a) tem-se que:
D2 σ α"
σD = σ
∗ σ α rad . Mas α rad = onde p = 206.265 e b = 2,00 m.
b p
Assim, a equação para determinação do desvio padrão da distância medida D será dada
por:
D2
σD = ∗σα " 9.3.2 (f)
2p
D2
Como exemplo, se σ α = ±1" então σ D = ±
412.530
Sabemos que a mira horizontal deve ser utilizada para pequenas distâncias, pois
quando se utiliza de um teodolito com precisão angular de 1” é possível medir até uma
distância de 100 m para se obter uma precisão aceitável para a distância D. Em caso de
necessidade de obtenção de distâncias maiores, deve-se recorrer ao método de Divisão do
Alinhamento em Seções conforme a figura abaixo:
Figura 8.22 – Dividindo o alinhamento em seções na medição de distâncias com mira horizontal.
σ D2 = σ d 2 +σ d 2 +σ d 2 +σ d 2 +K+σ d
1 2 3 4 n
2
Se σd 2 = σd 2 =σd 2 = σd 2 =K = σd 2 = σd2
1 2 3 4 n
então
σ D 2 = n ∗σ d 2
Ou ainda:
σ D = n ∗σ d
n ∗d2
σ =
Logo, da equação 9.3.2 (f) temos que D
∗σ α " 9.3.2 (g)
2∗ p
prefixado σD?
D
Sabe-se que d = . Substituindo d na equação 9.3.2 (g) temos que:
n
n ∗ D2 n 1
σD = ∗ σ α =
2 ∗ p ∗ n2 " . Mas
n2 n3
e logo
D2 D4
σD = ∗σα" n=3 ∗σα"
2∗ p∗ n 3 ou seja
4 ∗ p2 ∗ σ 2D
8.5. Medida Eletrônica de Distâncias
A medida eletrônica de distâncias utiliza como princípio básico o tempo que uma
onda eletromagnética leva para percorrer duas vezes (ida e volta) a distância a ser
determinada. Baseia-se na emissão/recepção de sinais luminosos (visíveis ou não) ou de
microondas que atingem um anteparo ou refletor. A distância entre o emissor/receptor e o
anteparo ou refletor (prisma) é calculada eletronicamente e, segundo KAVANAGH e
BIRD (1996), baseia-se no comprimento de onda, na freqüência e velocidade de
propagação do sinal.
Uma vez conhecendo-se a velocidade (v) de propagação da radiação
eletromagnética e se o tempo (t) for medido, a distância a ser determinada seria obtida
pela equação:
v∗t
D=
2
Considerando v = 3 x 108 m/s (velocidade da luz) e aplicando a lei de propagação
de erros à equação anterior tem-se:
v2 3 × 10 8
σ 2
D = ∗σ 2t isto é: σ D = ∗σ t
4 2
Dessa maneira, admitindo-se σt = ±10-7 s então σD = ± 15 m. Assim, um
pequeno erro na determinação do tempo (10-7 s) acarretaria uma imprecisão considerável
na distância D.
Nos MED’s que utilizam como sinal emitido o infravermelho, a onda portadora é
gerada pr um diodo luminescente de arseniato de gálio (GaAs) com comprimento de onda
variando de 0,80 a 0,93 μm, os quais possuem menor eficiência em condições de altas
temperaturas, necessitando-se, portanto, protegê-los contra a luz solar direta.
Segundo (HERREWEGEN, 1977), a precisão do instrumento ou o perfeito ajuste
de uma série de medidas em comparação a valores padrões, basicamente depende da
estabilidade da freqüência de modulação f e da acuracidade das medidas das diferenças de
fase, enquanto que a acurácia depende da distância medida. Para obter precisão razoável
para a determinação da distância a partir da medida da diferença de fase deve-se
determinar um certo intervalo de tempo com precisão na ordem do intervalo de 1 x 10-11 a
1 x 10-14 do segundo.
N ∗ C0 φ C
D= + ∗ 0
2nf 2π 2n2 f 8.5.1
λ ∆λ
λ/2 λ/2 2π
b”
A B
a a’ b b’
D
Figura 8.24 – Aspectos gerais de determinação da distância.
Sendo ∆φ a diferença de fase correspondente ao intervalo de tempo ∆t, referente a
um sinal com a forma senoidal, como na Figura 8.24, tem-se:
Δφ = ω ∗ Δt = 2 ∗ π ∗ f ∗ Δt 8.5.1 (a)
onde ω é a velocidade angular da onda e f a freqüência de modulação.
O sinal recebido pelo refletor em B (prismas) estará em fase com o sinal emitido
em A (distânciômetro) sempre que a distância D for tal que:
Δφ = N ∗ 2π 8.5.1 (b)
Substituindo a equação 8.5.1 (b) na equação 8.5.1 (a) tem-se que:
D = v ∗ Δt 8.5.1 (d) ou
N
D = v∗ 8.5.1 (e) ou ainda D = N ∗λ 8.5.1 (f), onde λ = v / f.
f
Segundo LOCH e CORDINI (1995) as ondas emitidas pelos MED’s tem a forma
senoidal e são representadas pelas expressões:
⎛ D⎞
vB = VB sin ⎜ ω ⋅ t + ⎟ 8.5.1 (i)
⎝ v⎠
onde vA e vB são as tensões instantâneas em um ponto A (emissão) e B (reflexão)
respectivamente, e VA e VB são as tensões máximas do sinal.
O medidor de fase é capaz de medir a diferença de fase dentro do intervalo de 0 a
2π (∆φ’). A partir de um mecanismo que determine o número N de meio-comprimentos
de onda, a medida de diferença de fase de sinais entre os pontos de emissão e reflexão
permite calcular a distância a ser determinada:
D = N ∗ λ + Δλ 8.5.1 (k)
Em caso do refletor estar instalado em a, a’, b, b’ (conforme Figura 6.8), o
instrumento não registrará diferença de fase e a distância D será determinada apenas em
função do número N de meio-comprimento de onda (λ/2).
D = N ∗ (λ / 2) 8.5.1 (l)
Entretanto, quando o refletor está em uma posição qualquer (maioria das vezes), o
instrumento é capaz de registrar não só o número N de meio-comprimento de onda, bem
como a diferença de fase b” (Figura 6.8) equivalente ao comprimento de onda ∆λ, que é
uma fração do meio-comprimento de onda.
Assim, a equação 5.2.1 (k) assume a forma:
D = N ∗ (λ / 2) + Δλ 8.5.1 (m)
Esta equação é basicamente a mesma da equação 8.5.1, retirando a constante
aditiva Z0, porém representada de uma forma mais simplificada.
v C0
λ= = 8.5.2 (a)
f nf
Em condições ambientes específicas, pode ser representada como:
v1 C0
λ1 = = 8.5.2 (b)
f n1 f
onde λ1 = comprimento de onda padrão
η1 = índice de refração padrão.
Nestas condições, a distância calculada pelo distânciômetro será:
C0
D1 = N ∗ + Δλ1
2n1 f 8.5.2 (d)
v2 C0
λ2 = = 8.5.3 (a)
f n2 f
onde λ1 = comprimento de onda padrão
η1 = índice de refração padrão.
Nestas condições, a distância calculada pelo distânciômetro será:
C0
D2 = N ∗ + Δλ2
2n2 f 8.5.3 (c)
n1 φ C0
Δλ2 = Δλ1 ∗ = ∗
Segundo GRIPP JR. (1986),
n2 2π 2nf 8.5.3 (d).
N ∗ C0 φ C
D= + ∗ 0
2nf 2π 2n2 f 8.5.3 (e)
Segundo GRIPP JR. (1986), o erro de zero ou constante aditiva é a distância entre
o centro eletrônico e o centro geométrico do aparelho. Nos MED’s mais modernos, tem-se
procurado anular este erro, entretanto sempre é necessária uma aferição periódica do
equipamento devido ao uso constante e envelhecimento do aparelho. Em aparelhos em
que este valor deve ser considerado, normalmente o fabricante fornece o valor admissível
para este erro. Um procedimento que se estabelece para determinar o valor da constate
aditiva consiste em determinar uma distância entre dois pontos segundo o esquema
representado na Figura 8.25 a seguir:
d’1
d’2 d’3
C
A B
Considere:
onde d’1, d’2 e d’3 são as distâncias medidas e d1, d2 e d3 são as distâncias
verdadeiras. Assim acrescentando esta constante à formula 8.5.3 (e) obtém-se a fórmula
inicial apresentada para o cálculo da distância a partir de um distânciômetro.
a) Correção Meteorológica(Cm).
n0
Cm = , onde n0 = índice de refração para a atmosfera padrão e n = índice de
n
refração no local da determinação,
4,8864 0,0680
(n0 − 1) ∗ 10 6 = 287,604 + + onde λ = comprimento da onda
λ 2
λ4
portadora, que é fornecido pelo fabricante e
⎛ t' ⎞
e = e'−0,0006606 ∗ P ∗ (t − t ') ∗ ⎜1 + ⎟
⎝ 872,778 ⎠
Com t = temperatura do ar (bulbo úmido) em ºC;
t’ = temperatura do ar (bulbo seco) em ºC;
e’ = pressão do vapor saturado em mmHg, obtido pela equação
Recomendações:
Durante os trabalhos de campo as temperaturas (seca e úmida) e a pressão
atmosférica devem ser obtidas nas extremidades da linha medida. Recomenda-se utilizar
um aneróide com precisão de ±0,2ºC.
Assim, a distância inclinada (Dm) corrigida dos efeitos metereológicos será
dada por:
D m = Di × C m
⎛ h⎞
Dg = Dh ∗ ⎜1 − ⎟
⎝ R⎠
onde h = altitude do MED
R = raio médio terrestre.
d) Redução ao elipsóide (De)
⎛ h h2 ⎞
De = Dh ∗ ⎜⎜1 − + 2 + .... ⎟⎟
⎝ R R ⎠
onde Dh = distância reduzida ao horizonte
R = raio de curvatura da seção normal ao elipsóide
H = altitude geométrica ou elipsoidal que é dada por h = h+ N
Com h = altitude ortométrica e N = ondulação geoidal.
d n = Dm ∗ senα + (i − l ) + (E − r )
ou ainda
d n = Dm ∗ cos Z + (i − l ) + (E − r )
onde: r = efeito da refração atmosférica;
E = efeito da curvatura terrestre.
D2
r = k∗E e E= com k = 0,1306 (coeficiente de refração de
2R
Gauss).
9. MÉTODOS DE LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS
∆Y
∆X
A partir do azimute inicial (AZ0) de partida e do ângulo horário α1 (Ah E0–E1–E2) se calcula o
azimute da estação E1 para a estação E2, através da seguinte expressão:
AZ E1− E 2 = AZ 0 + α1 − 360º
Sabendo-se as coordenadas do ponto de partida E1 e azimute de E1 para E2 calcula-se as
diferenças de coordenadas entre os pontos E1 e E2, através das seguintes expressões:
ΔX = D × senAZ
ΔY = D × cos AZ
X E 2 = X E1 + ΔX
YE 2 = YE1 + ΔY
Σ α e = (n + 2) × 180º Σ α i = (n − 2) × 180º
n n
i =1 i =1
Caso sejam medidos em campo os ângulos internos, deve-se utilizar a seguinte expressão:
n n
ea = Σ α m − Σ α i
i =1 i =1
Este erro terá que ser menor que a tolerância angular estipulada, a qual pode ser
entendida como o erro angular máximo aceitável nas medições. Se o erro cometido for
menor que o erro aceitável, procede-se à distribuição do erro cometido entre as estações e
posteriormente se inicia o cálculo dos Azimutes.
Normalmente a tolerância angular pode ser calculada pela expressão
Ta = p × N , onde p é a precisão nominal do equipamento utilizado. Para fins de
α2
AZE1 Æ E2
E2
α1
E3
E1
AZE1 Æ E0
E0
Figura 9.6– Cálculo de azimute.
onde:
d i −1,i d i −1,i
Cxi = −e x × Cyi = −e y ×
Σd Σd
onde:
Cxi = Correção para a coordenada Xi Σd = Somatório das distâncias
Cyi = Correção para a coordenada Yi di-1,i = distância parcial.
Estas correções deverão ser somadas às coordenadas calculadas para o ponto em questão.
10. PLANO TOPOGRÁFICO LOCAL
Verifique que:
D1 = A1B1 = R . tan α (1)
Admitindo-se que α é um ângulo muito pequeno, pode-se escrever:
D = arco A1B2 = R.α (2)
A diferença entre D1 e D é denominada de erro planimétrico (ΔD) devido à curvatura da
Terra, portanto:
ΔD = D1 – D (3)
ΔD = R . tan α – R.α = R (tan α – α) (4)
Sendo o ângulo central α muito pequeno, convém desenvolver a função tangente em série
de potências:
tan α = α + α3/3 + 2α5/15 + 17α7/315 + ... (5)
ΔD = D3/3R2 (8)
ΔD = ε/E (9)
• Os valores ideais para a extensão do Sistema Topográfico Local são admitidos como sendo
de 80 km para um erro relativo máximo de 1:15.000;
• Para cartografia de âmbito municipal: 70 km para em erro relativo máximo de 1:20.000;
• Para cartografia, em áreas urbanas e especiais: 35 km para um erro relativo máximo de
1:100.000
O sistema topográfico local, conforme consta na NBR 13133 (1994), pode ser descrito
pelas seguintes características:
Conforme a alínea (e), temos que, em um levantamento topográfico a posição relativa dos
pontos da superfície terrestre é caracterizada pelas coordenadas num sistema cartesiano
ortogonal, em duas dimensões (Ver Figura 2.2). A origem dos dois eixos cartesianos coincide
com a origem do sistema topográfico local, onde o eixo das ordenadas (Y) está orientado segundo
a direção Norte-Sul verdadeira coincidindo-se com a linha do meridiano na origem. O eixo
positivo das abscissas (X) forma 90º na direção Leste.
Figura 10.3 – Coordenadas Plano Retangulares no plano topográfico local.
O sistema topográfico local, face às suas limitações quanto à sua extensão (conforme
visto no item 5.2), permite tratar a superfície matemática da terra, dada pelo elipsóide de
revolução, como sendo supostamente uma esfera (esfera de adaptação de Gauss), onde o raio da
Terra é dado pelo raio médio do elipsóide de referência no ponto definido como sendo a origem
do sistema topográfico local (ver Figura 2.3).
Figura 10.4 – O sistema topográfico local.
Para que todas as distâncias e ângulos determinados nas operações topográficas sejam
considerados como sendo a projeção em verdadeira grandeza sobre o Plano do Horizonte Local,
faz-se necessário elevar o plano à altitude média do terreno, transformando-se assim no plano
topográfico local (ver Figura 2.4).
Figura 10.5 – Conceitos básicos do sistema topográfico local.
• c= (Rm+Ht)/Rm.
ou aproximadamente:
• c = 1 + 1,57 x 10 -7 x Ht.
Para o caso da origem do sistema se situar exatamente no equador, conforme pode ser
visto pela Figura 2.7, tem-se as seguintes situações.
Pontos situados no eixo dos X (linha do equador): γ = 0;
Pontos situados no primeiro quadrante: γ > 0;
Pontos situados no segundo quadrante: γ < 0;
Pontos situados no terceiro quadrante: γ > 0;
Pontos situados no quarto quadrante: γ < 0.
Nos dois hemisférios, pontos situados exatamente no mediano da origem têm valores
nulos para a convergência meridiana γ.
Figuras 10.8 – Exemplo da convergência meridiana quando a origem se
situa na linha do equador.
11.1.1. Problema
11.1.2. Fórmulas
X 0 = x0 + k x
Y0 = y0 + k y
x 0 = y0 = 0
k x , k y = constantes arbitrárias
X = x + kx
Y = y + ky
x = − Δλ 1 .cos ϕ 0 . N p .arc1" .c
y=
1
B [ ]
Δϕ 1 + C . x 2 + D .( Δϕ 1 ) + E .( Δϕ 1 ) x 2 + E .C . x 4 .c
2
⎛ Δx ⎞
A = tan −1 ⎜ ⎟
⎝ Δy ⎠
Δx = x − x0 = x
Δy = y − y0 = y
Δλ = λ − λ 0
Δϕ = ϕ − ϕ 0
⎡ (sen 1")2 ⎤
Δλ 1 = Δλ " × correção arco-seno = Δλ"×⎢1 − × (Δλ" ) 2 ⎥
⎣ 6 ⎦
Δϕ 1 = Δϕ" × correção arco-seno =
⎡ Δϕ 3⎤
ΔA = − ⎢Δλ" .sen ϕ m .sec + F .( Δλ" ) ⎥
⎣ 2 ⎦
A' = A + ΔA ± 180 o
1
B=
M 0 × arc1"
tan ϕ 0
C=
2 × M 0 × N 0 × arc1"
1 + 3 × tan 2 ϕ 0
E= 2
6 × N0
M 0 × N 0 + Ht
c=
M0 × N0
ϕ +ϕ0
ϕm =
2
M0 =
(
a × 1 − e2 )
(1 − e )
3
2
× sen 2 ϕ 0
a
N0 =
1 − e × sen 2 ϕ 0
2
a
Np =
1 − e 2 × sen 2 ϕ
a 2 − b2
e= = f × (2 − f )
a2
a −b b
f = = 1−
a a
onde:
11.2.1. Problema
11.2.2. Fórmulas
X 0 = x0 + k x
Y0 = y0 + k x
x 0 = y0 = 0
k x , k y = constantes arbitrárias
x = X − kx
y = Y − ky
x
x' =
c
y
y' =
c
M 0 × N 0 + Ht
c=
M0 × N0
Ht = altitude ortométrica do plano topográfico
M0 =
(
a × 1 − e2 )
(1 − e )
3
2
× sen 2 ϕ 0
a
N0 =
1 − e × sen 2 ϕ 0
2
a
Np =
1 − e × sen 2 ϕ
2
⎛ (arc1")2 2⎞
− Δϕ " = Δϕ1 "×⎜⎜1 + × (Δϕ1 ") ⎟⎟
⎝ 6 ⎠
λ = λ 0 + Δλ
ϕ +ϕ0 Δϕ
+ F × ( Δλ" )
3
− ΔA = Δλ" × sen × sec
2 2
A' = A + ΔA ± 180o = azimute geodésico da direção PO
PROVA: N 0 × sen A × cos ϕ 0 = − N p × sen A' × cos ϕ
onde N 0 , N p , M 0 , a , e, c
têm as mesmas definições apresentadas em 5.2. e os coeficientes B, C, D, E e F têm
também as mesmas expressões.
11.2.3. Observações:
9 A prova serve apenas para detectar erros grosseiros no cálculo dos valores de
A e A' que são, neste caso, o azimute geodésico direto da direção OP e o seu
azimute geodésico recíproco, respectivamente, cuja diferença é a convergência
meridiana em P.
11.3.1. Problema
11.3.2. Fórmulas
(
P xp, yp ) (
Q xq , yq ) O( x 0 , y 0 ) O(φ 0 , λ 0 )
xq − x p
( PQ) t = tan −1
yq − y p
( PQ) g = ( PQ) t + γ p
x 0 = y0 = 0
X 0 = x0 + k x ∴ kx = X0
Y0 = y0 + k y ∴ k y = Y0
k x , k y = constantes arbitrárias
xp = X p − kx
y p = Yp − k y
⎛ ⎞
⎜ ⎟
γ p = −(Δλ p "× sen(ϕ m )× ⎜
⎜
1
(
+ F × Δλ p "3 )
⎟
⎟
⎛ Δϕ ⎞
⎜ cos⎜ ⎟ ⎟
⎝ ⎝ 2 ⎠ ⎠
onde
11.4.1. Dados
- Origem O
ϕ0= 22°42’34.87698” S
λ0= 50°38’14.56789” W
X0= 150.000,000 m
Y0= 250.000,000 m
• Altitude do plano topográfico Ht= 567,00 m
a = 6378160,000
e = 0.081820180369054
1-e2= 0.993305458
- Ponto P
ϕ = 22 o 34'23.67892" S
λ = 50 o 32'23.43874"W
a
N0 = = 6381344,3852
1 − e .sen 2 ϕ 0
2
a
Np = = 6381308,20401 m
1 − e 2 .sen 2 ϕ
M0 =
(
a. 1 − e2 ) = 6344955,0806
(1 − e .sen ϕ0)
2 2 3
Δϕ = ϕ − ϕ 0 = 0.136443905556°
Δλ = λ − λ 0 = 0.097535875°
ϕ +ϕ0
ϕm = = - 22.6414660972°
2
arc1" = 4,8481368111× 10 −6
1
B= = 0,0325084738389772
M 0 .arc1"
tan ϕ 0
C= = -1.066 × 10-9
2. M 0 . N 0 .arc1"
1 + 3.tan 2 ϕ 0
E= = 6.24340176535 × 10-15
6. N 02
M0 .N 0 + Ht
c= = 1.000089107
M0 .N0
11.4.3. Cálculo de x
11.4.4. Cálculo de X
X = x + k x = 160031.704379
11.4.5. Cálculo de y
y=
1
B
[ ]
Δϕ1 + C.x 2 + D.(Δϕ1 ) + E.(Δϕ1 ).x 2 + E.C.x 4 .c
2
y = 15107.761308
11.4.6. Cálculo de Y
Y = y + k y = 265107.761308
OBS.: Neste caso A é também o azimute geodésico da direção OP, porque a convergência
meridiana (γ) em O é nula.
⎛ x ⎞ 10031,704379
A = tan −1 ⎜⎜ ⎟⎟ = = 33.584557565 ⇒ 33 0 35'04.407234"
⎝ y ⎠ 15107,76131 1° quadrante
⎡ ⎛ Δϕ ⎞ 3⎤
ΔA = − ⎢Δλ".senϕ m . sec⎜ ⎟ + F .(Δλ") ⎥
⎣ ⎝ 2 ⎠ ⎦
ΔA = −0 02′15,171983668"
0
11.4.9. Cálculo de A' (somente para aplicação na PROVA)
OBS.: ΔA = γ P
11.4.10. Prova
N 0 = 6381344,38522 N p = 6.381.308,20401
φ 0 = -22°42’34,87698” ϕ = -22°34’23’,67892”
A= 33°35’04.407234” A' = 213°32’34,83525”
N 0 .cos ϕ 0 .sen A = 5.749.919,316 N p .cos ϕ .sen A' = 5.749.919 ,323
11.4.11. Conclusões
11.5.1. Dados
- Origem O
ϕ 0 = 22 o 48' 03.88906" S
λ 0 = 42 o 28' 03,25712"
X 0 = 150.000,000m
Y0 = 250.000,000m
- Ponto P
X = 158.896,891 m
Y = 248076.972 m
a
N0 = = 6381345,6263
1 − e .sen 2ϕ 0
2
M0 =
(
a. 1 − e 2 ) = 6345005,5774
(1 − e 2
.sen ϕ 0
2
)
3
arc1" = 4,8481368 × 10 −6
1
B= = 0,0325082151200513
M 0 .arc1"
tan ϕ 0
C= = −1.07076315807046 × 10 −9
2.M 0 .N 0 .arc1"
1 + 3. tan 2 ϕ 0
E= = 6.26267463693786 × 10 −15
6.N 02
M 0 .N 0 + H t
c= = 1.00000628617276
M 0 .N 0
x = X − k x = 8896.8556
y = Y − k y = −1923.0280
x
x' = = 8896.779636
c
y
y' = = −1923.015912
c
⎛ x' ⎞
A = tan −1 ⎜ ⎟ = 102 011′ 47.864′′ ( 2° Quadrante topográfico)
⎝ y' ⎠
(azimute topográfico da direção OP)
11.5.3. Cálculo de δϕ"
Δϕ 1 = −62,42873649
11.5.4. Correção de Δϕ
⎡ (sen1")2 ⎤
− Δϕ " = Δϕ1 × ⎢1 −
′′ × (Δϕ " ) 2 ⎥ = 62.4287446828721
⎣ 6 ⎦
Δϕ = 0o 01′ 02.42874′′
11.5.5. Cálculo de ϕ
ϕ = ϕ 0 + Δϕ
ϕ 0 = 22 o 48' 03,88906"
ϕ = 22 o 48' 03,88906" +0 o 01' 0242874 = 22 0 49'' 06.31781"
ϕ = 22 0 49'' 06.31781" S
11.5.6. Cálculo de N p
a
Np = = 638133.34075575
1 − e .sen 2 ϕ
2
1
Δλ 1" = × s × sen A.sec ϕ = −311886389415
. "
N p .arc1"
11.5.8. Cálculo de Δλ"
Δλ " = 311.98876285529"
11.5.9. Cálculo de λ
λ = λ 0 + Δλ
λ = 42 0 22' 51268346
. ′′W
11.5.10. Cálculo de F
11.5.11. Cálculo de ΔA
⎡ Δϕ 3⎤
ΔA = − ⎢Δλ" .sen ϕ m .sec + F .( Δλ" ) ⎥ = −0 0 02' 00.9448′′
⎣ 2 ⎦
A' = A + ΔA ± 180 o
11.5.13. Prova:
11.5.14. Resumo
ϕ = 22 0 49 ′06.31781′′ S
Coordenadas geodésicas de P
λ = 42 0 22 ′51.26834" W
• Azimute geodésico da direção OP ⇒ Ag = A + γ , porem, γ = 0
Ag = 102°11’47,864”
• - Azimute geodésico recíproco (direção PO) ⇒ A’g = (A + γ) ± 180
A’g = (102°11’47,864” - 0°02’00,94948”) + 180°
A'g = 282°09’46.915”
• - Convergência meridiana em P
γ p = ΔA = −0 0 02′ 00.94948′′
11.5.15. Conclusões
1. LIMA, Divaldo Galvão. “Sistema Topográfico Local” - São Paulo - 1995 em publicação.
2. LIBAULT, André. Geocartografia. São Paulo: Editora Universitária.,[s. ed.], 1975.
3. LOCH, Carlos; CORDINI, Jucilei. Topografia Contemporânea: Planimetria:
Florianópolis: Ed. da UFSC, 1995. 320 p.
4. GEMAEL, Camil. Astronomia de Campo (1ª parte). Curitiba: UFPR.,[s. ed.], 1971.
5. GEMAEL, Camil. Astronomia de Campo (2ª parte). Curitiba: UFPR.,[s. ed.], 1971.
6. UZÊDA, Olívio Gondim. Topografia. Rio de Janeiro: Ed. Ao Livro Técnico., 1963.
7. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13133:
Execução de levantamento topográfico. Rio de Janeiro, 1994. 35p.
8. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14166: Rede
de referência cadastral municipal - procedimento. Rio de Janeiro, 1998. 23p.
9. ESPARTEL, Lelis. Curso de Topografia. 9ª ed. Rio de Janeiro, Globo, 1987.
10. INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA (INCRA).
Normas técnicas para georreferenciamento de imóveis rurais. 2003.