História do Brasil Contemporâneo – avaliação nº 1

1. Leia com atenção, nas transcrições abaixo, os trechos de Francisco Weffort e os

textos que ele cita.
2. Escolha uma das questões abaixo para responder. Ao elaborar a resposta, trabalhe
com as duas transcrições, independentemente da questão que escolher.
Questão nº 1 Explique o que entende que Francisco Weffort quis dizer com a
expressão “emergência política das massas”, relacionando-a com as transformações
pelas quais a sociedade brasileira passou a partir da década de 1940.
Questão nº 2: Explique o que entende que Francisco Weffort quis dizer com a
referência a manifestações de “perplexidade amarga”, relacionando-as com as
transformações pelas quais a sociedade brasileira passou a partir da década de 1940.
ATENÇÃO: as transformações mencionadas nas duas questões dizem
respeito a processos intensificados no pós-Segunda Guerra Mundial –
industrialização, urbanização etc. – e inovações, como a adoção de novas
práticas políticas, ascensão de propostas ideológicas até então pouco
expressivas etc.
3. IMPORTANTE: responda com base na bibliografia do curso e usando trechos das
transcrições para demonstrar ou ilustrar as suas afirmações. Isto será considerado na
avaliação. Outros materiais poderão ser utilizados acessoriamente.

Transcrição nº 1
“Escrevendo sob o impacto do fracasso de seu partido [UDN] nas eleições de 1945, um
liberal* anota os seguintes ‘conselhos’ a quem pretenda êxito na política:
‘Evite por todos os meios obrigar o povo a refletir. A reflexão é um trabalho penoso
a que o povo não está habituado. Dê-lhe sempre razão. Prometa-lhe tudo que ele
pede e abrace-o quanto puder. [Pois as massas têm] uma irresistível tendência para o
pulha’”.
*(Plínio Barreto, em O Estado de São Paulo, 26 de janeiro de 1947, citado em
WEFFORT, Francisco. O populismo na política brasileira. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1978 , p. 24.).

Transcrição nº 2
“A perplexidade amarga dos liberais vinculados às classes médias tradicionais diante da
vitória de Getúlio Vargas em 1950 é muito elucidativa a respeito do caráter explosivo da
emergência política das massas:
‘No dia 3 de outubro, no Rio de Janeiro, era meio milhão de miseráveis, analfabetos,
mendigos famintos e andrajosos, espíritos recalcados e justamente ressentidos,
indivíduos tornados, pelo abandono, homens boçais, maus e vingativos, que
desceram os morros embalados pela cantiga da demagogia berrada de janelas e
 automóveis, para votar na única esperança que lhes restava: naquele que se
proclamava pai dos pobres, o messias-charlatão (...)”.**
**(Do editorial da revista Anhembi, São Paulo, n. 1, vol. 1, dez. 1950, citado em
WEFFORT, Francisco. O populismo na política brasileira. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1978 , p. 21-22).

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