Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
DESEMPREGO
Novas PERSPETIVAS SOBRE O TRABALHO E ITS ABSENCE
EDITADO POR Jong BUM Kwon e Carrie M. Lane
ANTHROPOLOGIES
DE DESEMPREGO
ANTHROPOLOGIES
DE < data >
DESEMPREGO
Novas perspetivas sobre o
trabalho e a sua ausência
Publicado pela primeira vez por Cornell University Press, em primeiro lugar, na
imprensa, Cornell Papel, 2016 Estimados nos Estados Unidos da América
Impressão 10 9 8 6 5 4 3 2 1
Impressão em papel 10 9 8 7 6 5 3 2 4 1
Organização do livro 12
LIMITES DE LIMITAÇÃO 19
Conclusões 34
PROFISSÃO 58
Organismos industriais 64
vii
Partes desmontadas 69
Conclusão 75
Conclusão 145
viii
DESEMPREGO DOS JOVENS, PROGRESSOS E VERGONHA NA ETIÓPIA
URBANA 146
Conclusão 165
ix
Todos os valores não são positivos 200
Conclusões 225
Joh Fisher
x
Conteúdo
DESEMPREGO 1
INTRODUÇÃO 1
Organização do livro 12
LIMITES DE LIMITAÇÃO 19
Conclusões 34
PROFISSÃO 58
Organismos industriais 64
Chongdun ilt « Occupation» 66
Partes desmontadas 69
Conclusão 75
Conclusão 165
Conclusões 225
Este volume existe porque inúmeras pessoas em mais de meia dúzia de países
concordaram em partilhar os seus pensamentos e histórias com os antropologistas
que nele trabalham. Essas pessoas são os protagonistas deste livro e são elas quem o
determinam, independentemente do seu coração e da sua importação. Agradecemos
a sua confiança e a sua confiança. Esperamos ter vivido a tarefa de representar as
suas perspetivas e experiências tão rigorosamente quanto possível nestas páginas.
Os editores gostariam também de agradecer aos nossos maravilhosos
colaboradores, cuja criatividade e colegialidade fizeram com que este projeto se
tornasse um prazer. Este livro é o resultado de muitas conversas e refeições
partilhadas, tendo sido uma alegria conhecer todos, na qualidade de académicos e de
pessoas, ao longo deste longo processo. Agradecemos à Sociedade Antropologia do
Trabalho de patrocínio da conferência da Associação «Antropológica» americana
em que se baseia este volume. Agradece igualmente aos membros do painel e aos
membros do painel, bem como aos membros das suas audiências cujas
contribuições foram realizadas e inspiradas por nós, a compilar este volume.
A FRAN Benson prestou apoio e incentivo a partir do primeiro momento em
que manifestámos a nossa intenção de reunir este volume. Agradecemos a V. Ex.ª e
às equipas editoriais e de design de Cornell University Press, bem como um
avaliador anónimo, que ajudava os pastores a publicar o presente original.
Os editores agradeceram à nossa universidade (universies-Webster University
and California State University), Fullerton-pela concessão de subvenções e outros
recursos que ajudaram a sup porto durante a preparação deste volume. Agradecemos
igualmente aos muitos colegas e amigos que nos encorajamos a continuar a
abordarmos cada uma das fases deste processo. Graças, em especial, ao Caitrin
Lynch, pelo seu excelente parecer sobre o nosso capítulo introdutório. A Carrie
Lane gostaria de agradecer a Matt Sterling pelo facto de lhe recordar que a vida é
muito maior do que o trabalho, e de Frank Sterling, por ter tido realmente grandes
lacunas que lhe permitiram trabalhar neste volume. Jong BUM gostaria de
agradecer à Elaine Chan pela sua boa-fé. Gostaria também de expressar o seu
agradecimento ao Dr. Laurel Kendall, que orientou fortemente o seu trabalho, e ao
seu mentor Dr. Owen Lynch, cujos cuidados eram inestimáveis para se tornar um
antropologista de trabalho.
ix
ANTHROPOLOGIES DE
DESEMPREGO
INTRODUÇÃO
Jong BUM Kwon e Carrie M. Lane
1
2 INTRODUÇÃO
Neoliberalismo
O neoliberalismo é uma palavra pesada, muitas vezes subespecificada e utilizada
como breve para o capitalismo e o seu texto (Ferguson, 2009, 172).No seu centro, o
neoliberalismo faz referência a um conjunto de ideias sobre a forma como o mundo
do trabalho — ou deve trabalhar, no que se refere à relação entre as pessoas, os
governos e o mercado. A ideologia neoliberal privilegia a liberdade individual, a
competitividade sem restrições e o mercado livre autorregulador como o meio mais
eficaz para atingir uma economia saudável. 9 Segundo este modelo, o estado ideal
não é intervencionista, e a sua principal função é assegurar mercados competitivos e
proteger as liberdades individuais (e não as pessoas individuais), em especial a
capacidade inatacável da propriedade das terras.
A partir da década de 1970, os princípios neoliberais foram utilizados para
justificar legislação e programas de privatização de empresas públicas e bens
públicos; a retirada tardia dos mercados, a revogação dos encargos legais e políticos
em função da sua eficiência; liberalizar o comércio, eliminar os direitos aduaneiros
e outros obstáculos ao comércio mundial. As políticas assim concebidas incluem a
atenuação da proteção do ambiente, o enfraquecimento dos direitos laborais, a
retirada de serviços sociais e de programas de proteção social, a redução da
dimensão das administrações públicas e a supressão dos controlos das atividades
financeiras (Steeger and Roy 2010, 14).Para além destas, podemos acrescentar
programas e programas de desenvolvimento global (isto é, ajustamento estrutural e
austeridade) aplicados por poderosas instituições supranacionais, como o Fundo
Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.
De forma mais abstrata, o neoliberalismo descreve a distinção cada vez mais
ténue entre os domínios da administração pública e do setor privado. Este
ofuscamento e as suas implicações são objeto de estudos da administração pública
de Michel Foucault (Foucault 2009; Foucault e Burchell, 2010), que alargam a
análise do poder e da política, para além do Estado, a fim de abranger as
10 INTRODUÇÃO
2007) .Este volume oferece uma investigação fundamentada das ligações entre o
neoliberalismo e o desemprego especificamente; os dois estão sem dúvida
relacionados, mas estes capítulos documentam as formas importantes em que a
forma e o conteúdo dessas ligações variam em função do tempo e do contexto.
Estado de precariedade
A adição de uma terceira variável a esta relação já de si complicada, um dos
principais impactos da propagação do neoliberalismo, foi a produção do que
académicos chamada de urgência, ou a experiência crescente de desigualdade e
insegurança que tem comprometido a desestabilização das instituições, das
expectativas e das trajetórias de vida em torno das quais as pessoas construíram as
suas vidas (ver Alliston 2013; Berlant 2007).Embora o neoliber seja um conjunto de
formas de pensar e governar, a precariedade é um conjunto de formas de se
sentirem.A incerteza e a insegurança não são novos fenómenos, mas nas últimas
décadas o rendimento e a polarização da riqueza aumentaram não só entre os países
mas também entre eles, uma vez que sete em cada dez vivem em países onde o
fosso entre ricos e pobres é maior do que há trinta anos (Seery e Arendar 2014, 8).A
corrupção política, as crises de saúde pública, a estagnação do desenvolvimento
(pessoal e nacional) e o crime e os conflitos violentos estão relacionados com o
forte aumento das desigualdades e do mundo da insegurança, do sofrimento e do
medo (ver também a região Beemla 2009).
No que diz respeito ao desemprego, a precariedade implica a dissolução das
túmulos e expectativas em torno de construções históricas e culturalmente
específicas do trabalho e do emprego. Refere-se ao desmantelamento de estruturas
estáveis de trabalho e emprego e ao aumento do trabalho que é irregular e
contingente, ou seja, «precário» de trabalho (Milar 2014; Muehlebach e Shohan
2012; Neilson e Rossiter 2008; Com 2011 em pé). 11 A falta de meios de
subsistência e a incerteza do emprego sempre fizeram parte da vida dos
trabalhadores pobres, bem como de muitas outras pessoas (Millar 2014, 34; Neilson
e Rossiter 2005). 12 Mas o emprego precário é agora a norma; metade dos
trabalhadores do mundo é informal e casuística ou irregular (Alliston 2012,
368n3).Assim, «a instabilidade do trabalho vive diariamente» (Alliston 2012,
349).Uma vez que certas formas de trabalho estão a desaparecer, também as
estruturas e relações institucionais que moldaram as formas de pensar, o sentimento
e o lugar de um mundo social. Esta situação conduziu a novas configurações de
«normais» — novos estatutos e trajetórias do ciclo de vida, novos modos de
pertença e novas avaliações morais que orientam a ação socioeconómica e as
expectativas. Para serem claros, estas configurações não são simplesmente novas.
Como demonstram muitos dos que contribuem para este volume, as relações sociais,
12 INTRODUÇÃO
Organização do livro
Organizámos os capítulos do livro em torno das três principais contribuições do
volume para o estudo antropológico do desemprego. Em primeiro lugar, apelamos a
que se repense o próprio conceito de desemprego, tanto mais que foi imaginado em
relação ao emprego, à economia e ao sentimento humano. A SEC considera que a
experiência adquirida em matéria de desemprego varia consoante os contextos
nacionais e a forma como o desemprego é posicionado dentro e em oposição aos
discursos nacionais existentes, como os que envolvem a solidariedade, a educação, a
pobreza, a ruralidade e a reciprocidade. Em terceiro lugar, consideramos as novas
relações, relações sociais e movimentos políticos produzidos por experiências
individuais e coletivas de desemprego. Por último, arredondar o volume com uma
epilga de Caitrin Lynch e Daniel Mains, que explora os domínios temáticos entre os
capítulos e aponta novas orientações para a investigação em torno do desemprego.
Carrie M. Lane
Há mais de setenta anos que o consenso geral entre os académicos de trabalho nos
Estados Unidos tem sido o efeito de perda de identidade que daí resulta,
especialmente para os homens da classe média. Com base nos estudos de E. Wight
Bakke, na famosa Depress-era, os antropologistas, os sociólogos e os psicólogos
documentaram amplamente os muitos efeitos negativos do desemprego para a forma
como os homens compreendem o seu próprio valor social e o seu estatuto social
(Bakke 1934, 1940; Newman 1988, 1993; Townsend 2002).Tendo em conta o seu
sentido de quem são o que fazem para viver e o seu sentido do que fazem para viver
num emprego único e estável, nos termos do acórdão Katherine Newman, o estudo
semiinterno de Katherine Newman, «deixar suspenso e socialmente isolado sem
qualquer sentido estável de que são. Formação para ver a identidade como uma
questão de ocupação, mas não pode reivindicar um lugar na cultura empresarial de
que provém, que continuam a ser pessoas com deficiência social e suspensas a
tempo» (Newman 1988, 93).Colada no estado inicial de 1, entre o estado «deserção»
e o de desemprego não desempregado, os gestores despejados, isolados, isolados e à
deriva, uma caracterização dos desempregados que se mostrou bastante resiliente ao
longo do tempo, tanto na doutrina como na cultura popular. 2
E, no entanto, não é o que encontrei durante o meu próprio trabalho no terreno
entre trabalhadores despedidos no início da década de 2000. Entre 2001 e 2004,
passei a falar como a cultura de procura de emprego, participando em dezenas de
diferentes eventos de ligação em rede, feiras de emprego e seminários de procura de
emprego em Dal las, Texas. Reuni centenas de trabalhadores despedidos no setor da
alta tecnologia em domínios tão diversos como as telecomunicações, a conceção de
19
20 CAPÍTULO 1
ano, uma presunção normal de emprego seguro e a longo prazo numa única empresa
e definiu o desemprego em oposição a essa norma. No entanto, esta «carreira
normal» — tanto nos seus formulários reais como idealizados, mudou, e, por
conseguinte, a nossa compreensão do seu alegado desemprego, o desemprego, deve
também alterar-se. A conceptualização do desemprego como um dos Estados exige,
por definição, uma estrutura e um conjunto de papéis e estatutos sociais estáveis, em
que os grupos ou os indivíduos acabarão por ser reintegrados depois de se
encontrarem numa fase tão limitada. Sem a presunção de um eventual regresso à
estabilidade, o enquadramento do desemprego como uma fase inicial destinada à
estabilidade profissional e social cessa de fazer sentido na forma como o fez, e a
clara diferença entre o desemprego e o emprego começa a desvendar.
Com base na minha própria investigação de trabalhadores administrativos sem
emprego nos primeiros anos do século XXI, descreva, neste ensaio, quatro turnos
que contribuíram para o ofuscamento, ou mesmo na separação, entre o emprego e o
desemprego: aumento da frequência da mudança de emprego; mudança de ideias de
sucesso na carreira; a criação de espaços culturais e sociais para procura de
emprego; e novos discursos em torno do trabalho que dependem cada vez menos do
emprego remunerado. Analisarei, em seguida, as implicações destas alterações para
as pessoas que sofrem de perdas de emprego, bem como para as de nós que
estudam.
Para bons ou para maus, os candidatos a emprego, os dias em que o trabalho árduo e
a fidelidade foram recompensados com um emprego seguro. Em vez de optar por
esta mudança, os trabalhadores de alta tecnologia em situação de desemprego falava
a possibilidade de serem tão «negociáveis» quanto possível (uma forma de
automercantilização que me parece mais tarde mais tarde deste ensaio), que se
posiciona de qualquer forma a torná-los mais valiosos, não só para o seu próximo
empregador, mas para a entidade patronal, e, inevitavelmente, depois.
Outras pessoas à procura de emprego partilharam experiências pessoais de se
adaptarem a esta nova realidade e às exigências por ela impostas aos trabalhadores
individuais. Um candidato a emprego no seu atraso explicado «Quando começou a
partir da escola, eaah, pensei ser o terceiro ano [até] a pessoa da reforma. Quando
iniciei o [meu primeiro emprego a tempo inteiro], pensei com a empresa para
sempre.» Quando o seu contrato de um ano com essa empresa não foi renovado,
LIMITES DE LIMITAÇÃO 23
encontrou rapidamente uma nova posição, desta vez numa empresa de Internet;
voltou a assumir a sua posição a longo prazo. Na sequência de um outro
despedimento, que chegou no dia em que a sua mulher entregou os seus filhos
gémeos, chegou a ver as coisas de forma diferente.«A minha visão mudou muito
hoje». hoje, adverte regularmente os amigos e os colegas para não presumir que o
seu atual emprego será duradouro.«Refiro-me a todas as pessoas, sempre que
encontrar um emprego, na procura do seu próximo emprego. Uma vez que três anos
a partir de agora vai passar por uma redução de algum tipo e em dez anos o mercado
vai voltar a diminuir, como tem de séculos.
Quer se trate de um emprego voluntário ou não, a mudança frequente de
emprego tornou-se a nova normalidade. O trabalhador médio americano muda agora
de emprego pelo menos dez vezes ao longo de uma carreira e tende a permanecer no
mesmo emprego por um pouco menos de quatro anos e meio. Os trabalhadores mais
jovens que se mantêm em empregos cerca de metade do tempo e estão no bom
caminho para deter entre quinze e vinte posições ao longo da sua vida profissional
(BLS 2012; Meister 2012).Uma vez peonde foi rejeitada como «alternância de
emprego» e considerada como um sinal de frivolidade ou de «deslealdade», a
mudança frequente de emprego para um emprego foi reenquadrada como uma
mudança de carreira, uma forma de ganhar promoções e de aumentar mais
rapidamente, ao mesmo tempo que impede o crescimento de uma das suas
competências e redes profissionais. 6
Esta perspetiva foi entusiasticamente apoiada por uma equipa de consultores de
carreira entrevistados em Dallas. Estes consultores aconselharam regularmente os
seus clientes — a maioria dos quais eram, ou tinham sido, empresas de execução —
a devolver a expectativa de segurança do emprego a favor de um modelo de
emprego mais perípótico:
Uma coisa que têm de compreender, e não o fazem ainda, é que tivemos
tempo em que as empresas assumimos o cuidado de nós para dez ou vinte
anos, trinta anos. Na realidade, as organizações de recursos humanos
dessas empresas geriram as nossas carreiras. O que têm de compreender
quando saem [para o mercado de trabalho] é que pensam que vai ser
difícil encontrar um emprego, mas quando tenho essa tarefa I há dez anos.
Não é isso que acontece. Está a mudar de três em três anos. E, por
conseguinte, têm de aceitar que o facto de ir mudar de três em três anos.
Não se trata de uma [situação em que] aí esteve há vinte anos, foi
arrancado e agora vai encontrar outra empresa e que vai ser lá para os
próximos vinte anos. Não vai acontecer. Estão enganados se consideram
que é isso que consideram.
de alterar a sua opinião e as suas expectativas (e, de facto, cobraram aos clientes
para os ajudar a fazê-lo), a maioria dos candidatos a emprego entrevistei, na
realidade, já partilhada esta prática e também crítica de quem não o fez.
Um engenheiro de software, em finais de dois anos, lamentou o seu
despedimento de uma empresa de avia, mas afirmou que era pouco inesperado e, de
alguma forma, bem-vindo. Era com a empresa cinco anos e meio à data do seu
despedimento. No seu entender, já tinha «ultrapassado» o seu tempo e preocupado
com o facto de o correio ser transferido para um papel ou estatuto
particular.«Embora estive a fazer mais do que eu estava a fazer mais cedo, e
certamente eu tive progressos na carreira e a progressão na carreira e os aumentos
salariais, tive conhecimento do meu nome como um determinado [tipo de
engenheiro].» Suspeito ter sido promovido tão elevado como alguma vez nessa
empresa e acreditava que já tinha ganho tanto que poderia trabalhar nesse país.«Há
uma determinada quantidade de competências que pode ir de um só local. Depois de
ter tomado conhecimento de todos os artigos do comércio, a menos que faça uma
mudança na empresa para se deslocar para outras áreas de incidência ou outros
grupos, o que é uma opção se ficar satisfeito com a empresa. Mas, de outro modo, o
mesmo é o mesmo, uma vez que, ao mesmo tempo, o seu tipo de escavar. Chegou o
momento de mudar.» Ser despedido, concluiu que, na realidade, tinha sido bom para
a sua carreira, uma vez que tinha decidido que nunca era do seu interesse
permanecer numa empresa há mais de cinco anos.
Outro jovem trabalhador, um pai casado de um, que tinha perdido o seu
emprego nas comunicações por ano mais cedo, reiterou este sentimento:
Penso que, se permanecer num local demasiado longo, perde o seu bordo.
Penso que as empresas valorizam muito menos os seus trabalhadores,
talvez quando costumavam trabalhar quando o meu pai trabalhava. Isto e
eu como o sentido da aventura. Penso que se eu próprio ficar há muito
tempo, há uma tendência para se conseguir uma boleia, para ser
complacente. Ora, tudo isto disse, se fosse a empresa perfeita com a
cultura perfeita, com a gerência que gostava realmente de trabalhar,
estarei para aí permanecer quinze ou vinte anos?Certo. Enquanto existir
um desafio coerente para o trabalho, enquanto existirem oportunidades de
aprender, aumentar. Mas não penso, neste dia e na idade, que exista
verdadeiramente com uma determinada empresa.
empresa única, geralmente numa única empresa. Este modelo colado, e através dos
anos 1960 seguros, foi considerado como a justa recompensa dos homens e das
organizações de trabalho leais e leais. Nesta última parte do século, começou a
surgir um modelo alternativo de carreira, que sublinhou a flexibilidade em matéria
de previsibilidade e, na sua capacidade, deixou uma margem decisiva para que os
trabalhadores possam traçar as suas próprias vias únicas para o seu sucesso
profissional. Na década de 1970, a expressão «carreiras sob a forma de proteínas»
foi criada por um perito de gestão, Douglas T. Hall, na década de, que se destina a
satisfazer pessoalmente e a satisfazer pessoalmente. Em vez de permitir que um
empregador decida uma trajetória de carreira, foi deixado ao indivíduo planear se e
de que forma se pode fazer avançar os interesses pessoais e profissionais (Hall
1976).Este novo modelo foi alegadamente concebido para servir tanto os
empregadores como os trabalhadores, criando mais trabalhadores satisfeitos e
produtivos. Nesta nova conceção, o emprego estável era, na realidade, o inimigo da
liberdade individual, uma perspetiva que embateu plenamente com os princípios e
as políticas neoliberais que ganharam a força cultural na história americana. 8 Como
único executivo, «dar aos meus empregados segurança de emprego seria
descapacitá-los e libertá-los da responsabilidade que estes têm de sentir para o seu
próprio sucesso» (Ross 2003, 17).
Apesar do seu potencial para capacitar os trabalhadores, o consenso reside no
facto de a transição para um trabalho mais flexível ter feito o contrário. Ao mesmo
tempo que fez ao mesmo tempo que as empresas norte-americanas aproveitaram a
dimensão para reduzir as despesas e aumentar as avaliações das existências, a
carreira proteica começou a olhar menos como um instrumento emancipatório para
os trabalhadores do que uma desculpa para os empregadores separarem-se da
responsabilidade pelo bem-estar dos trabalhadores e pelos futuros profissionais. É
certo que alguns trabalhadores altamente qualificados conseguiram beneficiar do
aumento do trabalho condicional e dos contratos e conseguiram, voluntariamente,
comercializar um emprego tradicional a tempo inteiro por conta de carreiras menos
seguras, mas potencialmente mais lucrativas e interessantes enquanto contratantes
independentes (Cevley e Kunda 2004; Marschall 2012; Osnowitz 2010).Na maioria
dos casos, porém, a flexibilidade é apenas um eufemismo para a eliminação, e a
liberdade de construir uma própria carreira foi criada na obrigação de navegar nas
águas profissionais cada vez mais incertas sem orientação ou apoio. Os custos
elevados desta transição para os trabalhadores, as suas famílias e a sociedade
americana foram bem documentados. Mesmo Hall, a entidade de origem do termo «
proteínas» e um dos defensores mais ativos do conceito defendem, mais tarde, a
forte pressão exercida por este tipo de carreira para os trabalhadores individuais, que
se viram confrontados com as exigências do planeamento e da preparação para os
futuros profissionais que se veem cada vez mais incertos (Harrington 2001).As
LIMITES DE LIMITAÇÃO 27
perdas daí resultantes não são apenas uma questão de dificuldades emocionais, de
dificuldades financeiras, ou de redução das oportunidades profissionais; Também se
apresentam sob a forma de um capital humano desvalorizado, de um potencial
desadaptado e da erosão de uma certa lealdade de valor, de um compromisso e de
uma mobilidade ascendente que, uma vez servido como base das ideias americanas
sobre o trabalho e as suas recompensas. 9
No entanto, a carreira proteica, pelo menos na sua forma idealizada, continuou a
ganhar terreno cultural e goza agora de uma popularidade generalizada muito para
além dos meios de gestão. Hoje em dia, a expectativa de que os indivíduos assumam
a responsabilidade pela gestão das suas próprias carreiras é imbuída de que se
afigura pouco digna de referência, e o atributo da flexibilidade é agora apreciado
muito mais elevado do que os traços de lealdade ou de perseverança. Para ser
flexível, neste processo, significa estar disposto a ser tudo ou tudo o que um
empregador possa exigir. Como é o caso da imag, este esforço requer um processo
complexo e contínuo de gestão de impressão, a fim de reformular de forma contínua
a perceção de um grupo de empregadores de vasos. Por conseguinte, o processo de
procura de trabalho tem vindo a diminuir em termos de autopromoção e de
automercantilização, uma vez que os candidatos a emprego são incentivados a ver
as marcas ou os produtos a ser comercializados e vendidos a potenciais
empregadores. Apesar de os críticos culturais terem manifestado a sua consternação
perante as implicações psicológicas e políticas desta mercantilização da automarca,
«a marca chamada você,» como a carreira proteica, tornou-se tão comum que as
pessoas à procura de emprego I entrevistei regularmente as suas «mercadorias de
marketing» e a elas próprias como «produtos de base» a serem «utilizadas» pelos
empregadores, sem reconhecer que poderiam existir outras formas de
conceptualização menos orientada para o mercado de trabalho para si próprio e para
o seu trabalho. 10
Juntamente com esta ênfase na flexibilidade e na possibilidade de
comercialização, é necessária uma definição mais capacitiva do que uma boa
carreira é, de facto, semelhante. Com êxito, o sucesso não é definido pelo facto de
nunca ter perdido um emprego, mas sim pela capacidade de encontrar sempre um
novo, mesmo que isso implique a invenção de um para si. De acordo com este ponto
de vista, uma carreira é algo que deve ser abatido em conjunto a partir de uma série
de situações diferentes, por vezes sobrepostas, de emprego a tempo inteiro, trabalho
a tempo parcial, contratos e posições de consultoria e trabalho por conta própria.
Entende-se que os períodos de desemprego serão, por vezes, colocados entre estas
diferentes posições e que a perda de um único emprego, mesmo de vários postos de
trabalho, pode facilmente camuflar, quer em relação à retoma, quer no interior de
uma narrativa mais pessoal do progresso profissional. Com efeito, como vimos
acima, a perda de postos de trabalho pode também ser enquadrada como o
28 CAPÍTULO 1
catalisador de mudança para diferentes e melhores coisas, mesmo que não tenha
sentido no dia a chegada do deslizamento de cor de rosa.
Entre os candidatos a emprego, esta reforma conduz, por vezes, a um
interessante novo valor da hierarquia entre os trabalhadores e os desempregados.
Em vez de ver os trabalhadores por conta de outrem, escolhidos poucos, os
candidatos a emprego são por vezes despejados com posições seguras como
dependentes feminizados, qualificando-os como dependentes feminizados,
qualificando-os como «filhos», «crianças,» e «vítimas à disposição.» 11 Um
candidato a emprego masculino nas suas dificuldades, por exemplo, descreveu a sua
decisão de começar a sua própria empresa como forma de escapar a «uma empresa,»
uma forma claramente baseada no género de enquadrar a dependência de um único
empregador. Outro jovem candidato a emprego, também masculino, efetuou uma
rusga aos seus empregados para esperar que o seu empregador lhes forneça tudo
mais do que uma remuneração de trabalho concluída.«Vocês não são crianças»,
afirmou.«É necessário gerir as suas próprias carreiras.» Assumindo a perspetiva da
empresa para a qual trabalhou, continuou, «Podemos ajudá-lo, mas se não assume a
responsabilidade pelo crescimento da sua carreira, está a perder mão a si próprio.
Por que razão uma empresa tem de o fazer para si?» Os desempregados à procura de
emprego, em contrapartida, foram posicionados como agentes livres independentes,
os capitães dos seus próprios destinos, contudo, financeira ou profissionalmente,
esses destinos poderão vir a revelar-se.
Para além de reverter pelo menos uma parte do estigma tradicionalmente
associado à perda de emprego e ao desemprego, este novo modelo compromete
também a linha de demarcação entre o emprego e a sua alegada folha, o
desemprego. Afinal de contas, o facto de estar desempregado e de procurar a sua
próxima carreira é muitas vezes feito simultaneamente; a criação de uma empresa
pode considerar muito como o desemprego até os primeiros lucros ou investimentos
a realizar; e mesmo a entidade contratante mais popular inevitável em períodos
durante os quais os seus serviços não estão envolvidos. Assim, o desemprego tem a
característica de representar o fim de uma carreira ou, pelo menos, de um desvio
grave da sua carreira, até mesmo uma parte natural da progressão da carreira
moderna.
Criação de uma cultura de desemprego
Tal como referido anteriormente, a experiência de desemprego hoje é muito baixa,
como a estigmatiza, a «Newman», e outras foram descritas. Parte deste aspeto tem
de fazer com as mudanças estruturais e comportamentais acima descritas, mas esta
formação trans é também o resultado de uma terceira mudança, que envolve as
experiências de vida quotidiana dos desempregados.
No meu estudo, os trabalhadores Tech referiram muitas vezes a procura de
emprego como «o mais difícil emprego que alguma vez terá» «Reaproximar a
LIMITES DE LIMITAÇÃO 29
benefício dos rituais para os desempregados, mas perde a marca quando sugere a
reforma como um paralelo adequado. Uma vez que a estrutura e o conteúdo das
reuniões em rede acima descritas sugerem, os trabalhadores despedidos não querem
passar à reforma; Querem sentir-se ativos e, por isso, participam ativamente numa
cultura de procura de emprego que se assemelha mais do que a uma estrutura e o
ritmo da vida profissional. Estão dispostos a trabalhar, a apresentar-se como se
estiverem efetivamente a trabalhar e, nas suas reuniões semanais de trabalho em
rede, reproduzem a estrutura e o tom das reuniões de nível corpo, corpo, sem fim,
da maioria das pessoas empregadas.
Com o advento desta nova cultura de procura de emprego, completada com os
seus próprios ritmos, os papéis e os rituais, a diferença entre o emprego e o emprego
torna-se cada vez mais pouco clara. Este ofuscamento é apenas pretendido pelas
recentes configurações da estrutura e das práticas de trabalho remunerado
propriamente dito. À medida que cada vez mais os sul-americanos começam as suas
próprias empresas ao domicílio e trabalham em empregos que são contratos, a curto
prazo ou a tempo parcial, quer por escolha, quer por necessidade, a experiência
quotidiana do trabalho começa a ter em conta a experiência de procura de emprego.
Uma vez que tive, na sessão, com os meus colegas membros do painel que inspirou
este volume, não é que, na maior parte dos casos, os quadros mais difíceis,
incluindo trabalho académico nessa categoria. Sentimo-nos em frente a
computadores, enviam mensagens de correio eletrónico e de sítios de pesquisa,
escrevem e reveem documentos e, ocasionalmente, sentimos em reuniões que
encontrámos intermináveis. Tal é o caso, em termos gerais, do tempo que as pessoas
empregadas dedicam aos seus dias de trabalho. Por conseguinte, os funcionários
administrativos têm vindo a registar uma situação notável como o emprego de
quadros, mas sem o pagamento dos salários, uma dis tingir o que passo agora.
Apesar das suas frustrações, a experiência lhe deu, de facto, um novo classar sobre a
sua própria identidade.«sabia com absoluta certeza», explicou «que, para que
alguém tomasse uma ideia do que me poderia dizer, «Isto não é a minha vida.»
Porque sabia que, enquanto no caso de um vivo que estava à espera, não era um
empregado de mesa. Comecei a refletir mais em termos de recolha de competências
e de traços que poderiam ser aplicados a qualquer número de coisas». para si, tal
como para muitos outros, o seu trabalho temporário não era «real» porque não era
proporcional à sua educação, experiência e níveis de remuneração e estatuto
anteriores. Os quadros de espera não se conformaram com o seu sentido de que é e o
que faz, pelo que se comprometeu a adotar um ideal flexível em que não era um
único trabalhador, mas sim um feixe de atributos negociáveis em constante
mutação.
Para estes trabalhadores, a identidade profissional já não depende de um
emprego estável e estável na alegada profissão. As suas identidades profissionais
foram apoiadas por outros meios, nomeadamente através da adoção do conceito de
carreira pro Tean e da participação nos eventos de identificação da rede acima
descritos. Se eu for portador de um cartão de empresa que me identifique como
programador de software, participe regularmente em eventos de ligação em rede
para os criadores de software, tenha recebido recentemente a minha certificação
numa nova linguagem de programação e dê o meu tempo a desenvolver software
para a minha filha, depois por qualquer outra definição, mas a muito menor das
definições, sou, de facto, um programador de software, independentemente da
minha situação profissional. Em conjunto, o declínio do emprego seguro, o aumento
da carreira proteica, o crescimento da cultura de procura de emprego e a alteração
das noções do que conta como trabalho tem em conta para a erosão do que foi, uma
vez entendido, como uma clara delimitação entre o emprego e o desemprego.
34 CAPÍTULO 1
Conclusões
A profunda implicação deste desmascarar o binário emprego/desempregado para as
bolsas de trabalho, tanto no trabalho como no desemprego, perder-me muito depois
de concluir a minha investigação. Apesar das vias óbvias em que as atividades e as
perspetivas dos trabalhadores do setor das tecnologias desempregadas puseram em
causa a fronteira dos trabalhadores por conta de outrem/desempregados, quando
escrevi sobre este trabalho de campo, enviei continuamente o meu entender como
«desempregado» e «desempregado». na introdução ao meu livro A Com algum de
um, explicámos sucintamente essa decisão. Escrevi, entre parênteses, entre
parênteses:
David Karjanen
para as indústrias como a venda a retalho, em que a tesouraria que envolve a gestão
do numerário exige frequentemente um controlo de crédito e, por vezes, uma
pontuação mínima de crédito a utilizar. É evidente que também é difícil construir
um historial de crédito sem um rendimento regular. Assim, uma parte significativa
dos candidatos a emprego com rendimentos mais baixos ou das cidades internas já
se encontra numa situação de desvantagem significativa na tentativa de encontrar
emprego, devido à importante questão da história do crédito. Os efeitos deste
obstáculo único são múltiplos e interativos. Podemos acrescentar novos níveis de
relações sociais que tornem mais difícil: Muitos Latinos no Sul da Califórnia podem
ter questões relacionadas com a cidadania e, por conseguinte, não podem recorrer a
bancos convencionais para o financiamento do receio de serem expostos como sem
documentos. Como resultado, têm menos opções de financiamento,
independentemente da sua pontuação em termos de crédito. Do mesmo modo, os
americanos africanos também têm um banco de retalho e uma utilização de
financiamento muito mais baixos.
Estes casos de indivíduos com preferências de emprego que não se enquadram
bem nos modelos de procura de emprego não sugerem que a modelização não seja
útil, mas apresentam as limitações da mais elevada. Ao dispor de um conjunto de
variáveis muito restrito, puramente quantitativo, no âmbito de uma compreensão do
comportamento em matéria de procura de emprego, não se compreende a
perplexidade com os que procuram trabalho e impede uma melhor compreensão da
razão pela qual as pessoas podem ou não estar a trabalhar ou a encontrar o trabalho
que desejam. Tendo em conta a clara complexidade da procura de emprego, bem
como do múltiplo, interagem frequentemente com os obstáculos que os habitantes
do centro da cidade, em especial os africanos americanos e da Latinos, podem
enfrentar, é altamente redutor e excessivamente simplificado para presumir que a
procura de emprego é um processo homogéneo em diferentes populações. Além
disso, se as partes anal da procura de emprego permanecerem centradas em
variáveis convencionais, como a inadequação espacial e de competências, alguns
dos aspetos extremamente importantes da mediação ou, ainda mais importantes,
independentes podem ser totalmente ignorados. A insegurança financeira e a
concessão de empréstimos predatórios não são analisadas em nenhuma bolsa de
estudo sobre o desemprego, mas são claramente fatores importantes; para algumas
pessoas, são os fatores mais importantes.
Os exemplos de insegurança financeira e pontuações de crédito como obstáculos
à contratação não só demonstram que os diferentes fatores relacionados com a
procura de emprego são complexos, sobrepostos e interativos, mas sugerem também
que se manifestam em importantes dimensões temporais. Uma questão financeira
pessoal não planeada pode levar a catástrofes do mercado de trabalho. Estes tipos de
processos sociais não lineares, frequentemente complexos, podem ter uma maior
44 CAPÍTULO 2
tema.) Podemos tirar uma conclusão clara a partir deste caso único de que se deve
fazer mais investigação para analisar a dimensão do setor financeiro e do setor dos
transportes para o emprego no centro das cidades e dos residentes com rendimentos
mais baixos. Mas estes são, evidentemente, apenas dois entre muitos fatores
igualmente complicados e pouco estudados que afetam a procura de emprego no
mundo real. As grandes e complexas forças que influenciam a procura de emprego
e, em última instância, o emprego no centro das cidades e nas populações mais
pobres continuam a ser muito pouco estudadas. Em vez disso, as declarações
inexatas, frequentemente tendenciosas sobre as minorias étnicas ou a falta de ética
laboral, dominam frequentemente o discurso público sobre esses temas. É evidente
que o papel de uma investigação qualitativa e etnográfica pormenorizada, empírica e
bem documentada pode contribuir positivamente para aprofundar a nossa
compreensão destes processos sociais.
que teve de regressar no dia seguinte para tentar completar o seu pedido. Depois de
um terceiro dia de tentar apresentar o seu pedido, passou ao longo do tempo e
esperou uma resposta.
Após duas semanas sem receber uma chamada telefónica, Ronaldo verificou a
conta de correio eletrónico que tinha utilizado aquando do registo, mas não houve
qualquer mensagem sobre o trabalho (houve várias ofertas para refinanciar a sua
casa, um ativo que não tem efetivamente, e uma mensagem sobre a obtenção de
riqueza durante o trabalho a partir de casa).O peticionário partiu do princípio de que
não obteve a posição, mas quis saber que a sua informação estava no sistema de
modo a que ele pudesse, pelo menos, voltar a candidatar-se a uma posição diferente
no futuro e não ter de voltar a fazer parte do processo. Depois de tentar chegar ao
telefone, enviou-lhes uma mensagem de correio eletrónico. Algumas semanas mais
tarde, respondeu que as suas informações se encontravam no sistema, mas que o seu
primeiro pedido não tinha sido bem-sucedido; também teve conhecimento de que
poderia ter verificado o seu estado de candidatura no sítio dos recursos humanos,
tudo isto ao longo de, o que lhe permitiria poupar muito tempo e esforços se lhe
tivesse sido informado desde o início.
De acordo com as estimativas, a sua candidatura e o seu seguimento foram
estimados em quatro horas de trabalho. Lamenta o facto de não poder fazê-lo a
partir de casa, mas não faz sentido comprar um computador e pagar o acesso à
Internet quando era gratuito na biblioteca. No entanto, para um pedido de emprego
sem sucesso, teve de investir um período de tempo tremendo. O problema mais
amplo indica que o distrito do Colégio de San Diego aceita as candidaturas em
linha. Esta limitação reduz efetivamente um grande segmento da mão de obra do
centro das cidades. O pessoal está disponível para responder a perguntas sobre o
sítio, mas não fornece qualquer quadro com a conclusão de qualquer pedido. Por
outras palavras, este tipo de sistema de aplicação de emprego já inclui a maioria das
pessoas que não dispõem de acesso regular e fiável a um computador e a uma
ligação à Internet.
A investigação sobre estratégias de procura de emprego por parte dos
trabalhadores dos EUA é limitada por fontes de dados, com uma investigação
recente com base em inquéritos realizados no início dos anos 2000 (Suvanku- lov
2010).De um modo geral, nos Estados Unidos, apenas 25 % dos desempregados
procuram comunicar regularmente através da Internet a procura de emprego em
2004 (Hadburss 2004).Estudos mais recentes sugerem que este valor duplicou na
maioria dos adultos dos EUA (54 %), com quase 45 % a candidatar-se a um
emprego em linha, embora muito menos minorias étnicas ou pessoas com níveis
mais baixos de educação utilizem a Internet para a procura de emprego (Smith
2015).Além disso, a maioria dos anúncios de emprego em linha destina-se a pessoas
com um diploma do ensino superior ou, pelo menos, com um diploma de ensino
48 CAPÍTULO 2
3,000 dólares em livros e material de transporte, bem como outras comissões (a taxa
de serviço de saúde, a taxa de seguro de responsabilidade e as licenças de
estacionamento totalizavam outras centenas de dólares).O custo total do programa
registou, em média, cerca de 6,000 dólares. Trata-se de um valor muito mais
acessível do que alguns gramas do colégio, em especial os gramas com fins
lucrativos, que atingem 40,000 dólares, mas continuam a ser um investimento
significativo. O Salvador acabou por decidir manter o curso indefinidamente, não só
para os custos, mas também porque tem dois filhos e a sua mulher, que só
recentemente regressou ao trabalho, teve um emprego estável a baixos salários. Foi
qualificado para algumas subvenções e apoio financeiro, mas considerou a
perspetiva de contrair empréstimos sem recurso.
Salvador ponderou igualmente a possibilidade de tomar os cursos num período
de alguns anos, devido ao facto de ir ao encontro e de se assistir apenas à noite. De
acordo com esse plano, embora as listas de classificação sejam flexíveis, o resultado
inevitável seria o de pernoitar algumas noites na classe e nas restantes noites de
estudo. Nessa altura, o programa demoraria três anos e não apenas dois. No entanto,
como observou, não se sabe qual é o mercado de trabalho para os sistemas de
climatização (AVAC) em três anos, «pode ser outra barra de construção, ou busto.»
Após assistir à primeira classe, pergunta se foi ou não um erro: Todos os outros
estudantes eram muito mais jovens. Por que razão uma empresa contrataria se
pudesse contratar metade da sua idade e pagá-la menos?Tinha ouvido histórias
preocupantes de amigos e familiares que tinham adquirido diplomas de associado
em diferentes domínios, apenas para concluir que não havia empregos, nem que não
pagassem efetivamente o que os recrutadores disseram que estariam a pagar. Assim,
poderiam ter poupado todo o tempo e dinheiro e apenas colado ao seu antigo
emprego. Por fim, Salvador abandonou o programa, mas espera regressar se se
sentir confiante de que o investimento será compensado.
Quando a crise económica atingiu em 2008 e a indústria da construção entrou
em colapso no sul da Califórnia, o Salvador estava desempregado, mas, de certo
modo, libertou que tinha optado por não completar o curso de climatização, porque
o tinha feito, teria encontrado uma dívida e sem emprego. No entanto, sem um
conjunto de competências a nível superior à procura, continua a estar em
desvantagem no mercado de trabalho.
É neste contexto que, apesar dos enormes recursos para a educação e parecem
ser extremamente acessíveis, o investimento no capital humano entre as populações
pobres comporta riscos significativos e recompensas pouco claras. Para aqueles que
lutam pelo pagamento de faturas mensais, que são compreensivelmente avessos ao
risco, a obtenção de competências de mercado de trabalho potencialmente úteis em
vários milhares de dólares podem não ser o objetivo mais atrativo. Muitos postos de
trabalho que oferecem salários e benefícios mais elevados, em especial os que se
50 CAPÍTULO 2
destes modos de deslocação pode não ser fiável. Não ter um transporte fiável de e
para o trabalho é muitas vezes considerado crítico para a contratação; os
empregadores não podem dar-se ao luxo de dar provas de atraso ou de não saber se
vão mostrar de todo. Os retalhistas, por exemplo, têm frequentemente uma política
de «três greves» na chegada tardia; se um transporte não for fiável, uma interrupção
de serviço de um automóvel, uma viagem não indicada ou um trânsito público que
não funciona de acordo com o calendário, três chegadas tardias ao trabalho
resultarão no despedimento. Embora todos os trabalhadores enfrentem a mesma
procura de chegada ao trabalho em tempo útil, a sua capacidade para satisfazer essa
procura é muitas vezes moldada por circunstâncias económicas e não uma vontade
de trabalhar ou a pontualidade de uma pessoa. Com efeito, o trânsito público ou a
partilha do trabalho exige, de facto, exigências estruturais impostas aos
trabalhadores sobre os quais não têm qualquer controlo.
O fracasso dos modelos económicos e a maior parte dos dados quantitativos para
ver estas forças no trabalho também deixam-nos com uma visão distorcida do
funcionamento do discriminatório em relação aos trabalhadores desempregados. A
economia, a raça, a discriminação e o desemprego do centro do centro estão
claramente ligados ao facto de as relações sociais entre a dinâmica do mercado de
trabalho e a sociedade serem, de um modo mais geral, estreitamente ligadas à
dinâmica do mercado de trabalho. Como referi anteriormente com o caso de Ellison
e as suas questões financeiras e de transporte interligadas, a corrida não era a única
questão. No entanto, de outras formas, a raça e a etnia podem desempenhar um
papel importante na definição das decisões relativas à contratação e ao
despedimento. O que consideramos quando se analisam os diferentes desafios e as
complexidades da procura de emprego, em especial para as pessoas pobres ou que
são minorias étnicas, é que o mercado de trabalho não é apenas segmentado, mas
também muito complexo, e os obstáculos ao exercício de uma atividade profissional
são muitas vezes numerosos e sobrepostos, além de desmascarar as respetivas
soluções. Estes podem incluir o racismo estrutural e institucional, mas também o
papel da raça e das redes sociais nos sistemas de contratação. Uma vez que o
medicamento Deidre Royster (2003) demonstrou que as redes de machos brancos
para os empregos manuais excluem frequentemente os homens de cor, o que impede
os homens de trabalhar de forma azul. Encontrei processos semelhantes no trabalho
de contratação de empresas no sul da Califórnia. Alguns indicam claramente uma
preferência pelo Latinos. Outros seres humanos indicam algumas preferências, mas,
quando avaliadas mais aprofundadamente, os sul-americanos situam-se no fundo da
distribuição das perceções sobre características preferidas dos trabalhadores por
conta de trabalhadores (Karjanen, 2008).Em algumas indústrias, existem redes de
contratação claras que incluem ou excluem, à semelhança da raça, como práticas de
contratação em alguns hotéis e restaurantes têm sido muitas vezes orientadas ao
LIMITES AO PENSAMENTO QUANTITATIVO 53
longo das redes sociais, frequentemente muito homogéneas. Assim, embora não
haja discriminação racial direta, as pessoas remetem frequentemente amigos ou
familiares para o trabalho e, se essas pessoas forem todas da mesma origem racial
ou étnica, a empresa, ou mesmo a indústria, poderá vir a ser dominada por um único
grupo étnico ou racial.
e não pelo empregado. Por último, também não é o preço dos serviços de
mão de obra, uma vez que estes são produzidos por ações de trabalho e
pertencem ao empregador..O salário é a compensação pela perda de
liberdade, ou seja, que deve ser paga; a obediência é uma relação social e
não uma mercadoria.(2001, 16)
A minha própria explicação tem sido, normalmente, a razão pela qual os salários
e o pagamento dos salários diminuíram apesar do aumento da procura de
trabalhadores do setor devido à reestruturação; nomeadamente, o movimento de
lojas e estabelecimentos de venda a retalho de lojas especializadas ao desconto tem
vindo a provocar a erosão da taxa de remuneração do setor, eventualmente
reduzindo a densidade sindical numa indústria já fortemente não sindical (Basker
2007), reduzindo potencialmente ainda mais as taxas dos salários e das prestações
(Bernhardt 1999).Além disso, a passagem para o mercado retalhista de descontos
eliminou muitas das escadas de carreira na indústria. Por exemplo, há vinte anos,
uma pessoa poderia obter um emprego num armazém de venda de sapatos, como a
macy e a Nordstrom, sendo este o modelo primário de venda a retalho do tempo,
com exceção das pequenas lojas de especialidade. Um trabalhador poderia circular
nessas empresas através de mercados de trabalho internos; podem ganhar a vida,
criar uma família, mesmo comprar uma casa, trabalhar em comissão, bem como o
salário de base, progredir através de programas de formação, passar para os cargos
de gestão do homem ou para os compradores. Não se trata da mesma escada que a
Wal-Mart, o Alvo, ou outros retalhistas com desconto têm: não existem
«vendedores de calçado» em Wal-Mart nem no Alvo, ou seja, apenas as «vendas
associadas», um termo que as pessoas reconhecem como uma forma de dizer «um
cofre ou caixa com uma oportunidade limitada».
Os trabalhadores sabem isto. Os desempregados sabem isto. Têm boas
informações sobre o mercado de trabalho sobre a qualidade do emprego no setor
retalhista. Durante a última década, os desempregados, os trabalhadores a tempo
parcial e as pessoas que exercem uma atividade de trabalho com salários baixos,
considerámos, em San Diego, Minnepolis-Saint Paul, e Detroit, geralmente postos
de trabalho na venda a retalho, quando suscitei a perspetiva de um emprego a tempo
inteiro neste setor. As razões invocadas para a sua retirada das posições de retalho
variam, mas normalmente apontam para baixos salários, benefícios limitados, más
condições de trabalho e uma verdadeira margem de manobra para a promoção de
conhecimentos. Citar uma jovem de Minneapolis que trabalha a tempo parcial e tem
estado à procura de um emprego a tempo inteiro durante mais de um ano, apesar da
forte procura de trabalhadores do setor retalhista nas duas cidades:
«Retalho!Trabalhei em todos os estabelecimentos que podia, durante dez anos,Dez
anos!Onde obtive?Cofre da cabeça, escrivão, e não em lado algum. Adquiri quase o
mesmo número de empregos temporários com menos horas, mas menos loshit.» She
também descreveu o que considerava ser a discriminação dos empregadores no setor
do comércio a retalho: «Alguns locais que sabe não estão a promovê-lo. Só sabe.
Podes encontrar pessoas de cor que sejam gestores, assistentes, mesmo pessoal de
caixa?* * * * * * * * * * * *...Que tipo de mensagem faz essa mensagem?»
No caso desta jovem mulher e de outras pessoas com a sua perceção da
56 CAPÍTULO 2
indústria, o seu salário de reserva não se alterou; do mesmo modo, não querem o
que consideram como um posto de trabalho sem carga. Por outras palavras, a
qualidade do emprego é importante. Não há margem para estas preferências na
economia convencional do trabalho quando se analisam o desemprego ou os salários
de reservas. O meu ponto aqui é que não são características dos trabalhadores, mas
as estruturas institucionais do capitalismo que mudaram, encorajando mais
desemprego; a eliminação da sindicalização e a desclassificação do comércio
retalhista abalaram o potencial de ganhos e de progressão na carreira do setor, e não
a falta de mão de obra disponível no mercado de trabalho. Temos demasiados
desempregados, e também temos demasiados empregos de má qualidade para eles.
Em seguida, voltemos à procura de desafios tradicionais para determinar de que
forma os fatores de nível microeconómico influenciam a experiência do
desemprego, o que tem consequências para os efeitos do desemprego nos
trabalhadores despedidos. Mario é um cidadão africano que tem trinta anos.
Trabalhou em vários empregos durante a sua década e meia na força de trabalho. É
um bom exemplo da forma como a dicotomia laboral/desemprego simplesmente não
obtém. De facto, os modelos convencionais de economia do trabalho que visam
compreender o estado de emprego e a procura de emprego por Mario não captam
nenhum dos fatores substantivos que Mario enfrenta no seu processo de tomada de
decisões em matéria de emprego. O peticionário foi vítima de discriminação racial,
tem limitado as suas redes de contratação, vive num mercado de trabalho urbano
segmentado em que o acesso a um lote de informações relativas à contratação é
insuficiente. Não possui os tipos de competências traduzíveis para postos de
trabalho típicos, apesar de ter as competências constitucionais de elevada escola e
alguns cursos de escolas superiores da comunidade. Em suma, contesta muitos dos
pressupostos convencionais da teoria do mercado de trabalho no que diz respeito à
procura de emprego e ao emprego, na medida em que enfrenta obstáculos ao
emprego com base na sua posição socioeconómica, e não as características de si
próprio como indivíduo (vontade de trabalhar, aptidão, etc.).
A teoria convencional e a modelização da economia do trabalho, como se vê no
caso de Mario, não é bem sucedida. Por conseguinte, Mario mostra como alguém
que trabalha a tempo parcial e que deve facilmente passar para um emprego a tempo
inteiro, em vez de recorrer ao seguro de desemprego após o seu despedimento. Em
consequência, pouco da economia convencional do trabalho ajuda-nos a
compreender a persistência e a incapacidade crónica de Mario. Durante um período
de cinco anos, sabe-se que Mario teve mais de duas dezenas de empregos
«formais», mas nenhum teve uma duração superior a um ano, sendo todos eles
apenas a tempo parcial. Reflete a crescente distorção da economia dos EUA, uma
vez que tenta adaptar-se a um período longo de reestruturação, redução de efetivos e
deslocalização durante um ano.
LIMITES AO PENSAMENTO QUANTITATIVO 57
O que nos diz, então, todos nós?Se as críticas são exatas, como podemos
compreender o desemprego?Em primeiro lugar, é razoável afirmar que precisamos
de um modelo, precisamos de economia do trabalho, precisamos de estatísticas
macroeconómicas e precisamos de formas de refletir sobre a procura de emprego e a
sua conservação de uma forma mensurável. Contudo, precisamos também de
compreender o desemprego como mais do que um simples modelo, mas antes como
um processo social. Precisamos de uma sensibilidade e de uma compreensão da
forma como o desemprego é, em parte, uma função não só da oferta e da procura e
das forças abstratas, mas também de aglomerações reais de poder numa sociedade
de capitais. Em resumo, as instalações existentes são pouco profundas, estreitas e
não perdem a mais vasta dinâmica do mercado de trabalho. Devemos admitir que a
perda de postos de trabalho não é uma experiência homogénea (no local).Um
imigrante da América Latina que trabalha com salários baixos no setor da
restauração, apoiando uma grande família fora dos Estados Unidos, considera que a
perda de emprego é muito diferente de um advogado do sexo masculino para um
grande banco dos EUA.A corrida, a classe e as grandes diferenças no contexto
socioeconómico e cultural tornam o desemprego uma força social muito desigual e
heterogénea.
O que é o desemprego?Trata-se de uma perturbação social e económica, em
graus e de magnitude variáveis, em função das circunstâncias. O que proponho aqui
é uma abertura de economia, um impulso para uma economia social mais social e
uma economia política dinamizada, todos os esforços que possam ser promovidos
por explorações e conhecimentos lógicos e uma visão lógica.
3
PROFISSÃO
Jong BUM Kwon
sido inestimáveis para analisar a imbricação do desemprego com o sexo (2003; PAT
a 1989); Estado social e classe (Dudley 1994); e, mais recentemente, ciclos de vida
e temporalidade (Jeffrey 2010; 2007).Os desempregados estão sujeitos a
interpretação, ajustando-se à mudança (bem como crónica) e reredação (o número
de desempregados destina-se) a formas de significado e de valor. Não obstante as
trocas evidentes de opinião, o corpo e o auto, é evidente que os formulários
idenacionais (a média do tratamento) são privilegiados e que o corpo continua a ser
relativamente pouco e ininteligível.
O presente capítulo centra-se na nossa atenção para o trabalhador incorporado, a
fim de, em conjunto, suportar o sofrimento corpóreo dos desempregados. O
emprego é uma experiência incorporada; a experiência e a interpretação dos seus
órgãos estão integradas na estrutura e na organização do trabalho formal
(Wolkowitz 2006, 1).Embora tal possa não ser um conhecimento profundo, é
necessário recordar que o trabalho é um dos principais locais em que o poder (em
termos de relações de autoridade, tecnologias, regimes disciplinares) se situa dentro
e fora do corpo. O poder está registado na normalização da forma, do
comportamento, da compra e da emoção do homem. Faz-se sentir a fadiga, os
braços com rampas de acesso e as pernas, bem como as costas, quer da sessão em
gabinetes em frente de um computador para servir clientes e da marcha mecânica da
linha de montagem. Os nossos organismos continuam a ser fabricados e
refabricados através de formas específicas de emprego. O meu ponto de vista é que
a experiência corporal do desemprego está intimamente relacionada com as
construções específicas dos corpos dos trabalhadores durante o emprego.
Os meus centros de análise sobre as entidades de sofrimento dos trabalhadores
despedidos da Daewoo Motor Producer da Coreia do Sul (a seguir designada
«Coreia»).Durante os meus dois anos de trabalho no terreno (2000-2001), com as
quatrocentos homens que participaram na luta contra o risco de despedimento em
massa (a seguir denominado «Struggle»), associei as suas fileiras a manifestações
de trabalho, legitimidade contra a polícia antimotim e a segurança das empresas,
bem como imagens comuns da soju (um espírito claro comum, frequentemente
comparado com o vodka) após eventos da União. Escutei as suas observações
muitas vezes sobre a tensão familiar, a alienação social, o agravamento da saúde e
os DIMIN com perspetivas de regresso à fábrica. Numa igreja católica local, e em
tendas de protesto (locais de concentração diária para os homens), estive a
deterioração dos seus corpos e assistiu às suas observações acerca da dores físicas e
da disfunction-crónica e da dor das ancas, com uma despreparação frequente de
dores de cabeça, sensações de vertigens e perturbações constantes do estômago,
entre outras. 1 Para além da experiência de atordoamento com violência estatal, que
tiveram de enfrentar regularmente, ou com a evolução do movimento de mão de
obra, a vida quotidiana dos trabalhadores foi puncionada em comentários sobre o
60 CAPÍTULO 3
seu isolamento social, juntamente com a preocupação com as suas perturbações, que
tinham chegado ao pedúnculo.
Trabalhadores da Daewoo descritos como sendo seccionados
(charuta).Enquanto os homens a utilizaram de forma idiomaticamente, muito como
a de «cozedura» em vernacular americana, a sua dor evidente revelou a emergência
de violência física. Quando combinada com a sua experiência na linha de
montagem, a frase foi registada como uma metáfora incorporada. Tal como muitos
que trabalham com os seus órgãos para viver, tomam a iniciativa de compreender e
avaliar eles próprios e o seu lugar no mundo social, que passou de anos de trabalho
físico na linha de montagem, o que revela uma epistologia corpóreo (Zandy 2004, 3-
4; ver também ScheperHughes 1992, 185).Os seus organismos de fixação, que me
distinguem como «organismos Daewoo,» con stituem um tipo de fundos próprios
para a integridade física (Wacquant, 1995).Os seus corpos foram reunidos e
obtiveram valor através dos seus rótulos na fábrica. Referindo-se ao processo «fac»
como chongdun ilt, que pode ser traduzido grosso modo por «local de trabalho».
esta frase integra as noções coreanas de afetar e afetar a ligação com o trabalho e
com a fábrica. A idiom sugere uma compreensão e uma riência em matéria de
rotulagem na linha de montagem como um processo mútuo de constituição de
corpo. Com o seu trabalho diário, incorporaram a fábrica no seu sentido próprio de
autodiagnóstico, mesmo que as ferramentas, as máquinas e o chassis de automóveis
absorviam a sua sudação e tolo. Por conseguinte, a sua identidade não era
simplesmente uma cessação do seu emprego no sentido tradicional do seu emprego.
Pelo contrário, como defendo, foram cortadas de uma parte essencial dos seus
próprios órgãos.
A fábrica não era apenas um local de trabalho, um abstrato, um espaço fungível
para obter um salário. Por conseguinte, o desemprego não era uma mera perda de
emprego. A minha análise etnográfica sugere a necessidade de repensar a nossa
compreensão da ocupação como algo para além do emprego ou da forma de
emprego. gestos de ocupação no sentido de que a outra dimensão seja o meio de
habitar. Neste ponto, definirei a profissão como a habitação, mas sublinham a
natureza mútua do corpo e do corpo, de modo a que o próprio local e o próprio lugar
sejam concorridos.A atividade profissional é um produto na articulação com,
ligando-se ao passado, que reside e é habitável por locais e práticas especiais. A
fábrica, como chongdun ilt o, é o local da sua montagem, do seu espírito de
integridade física e do seu bom senso, como é o dos automóveis.Na sua atividade,
os organismos de trabalhadores Daewoo tornaram-se organismos da Daewoo. Em
seguida, devia ser colocado em situação de afastamento à força não de um espaço,
mas, nas suas palavras, de ser separado de chongdun ilt o, ou do que eu definir
como ocupação.As suas dores físicas e disfunções indexadas podem ser entendidas
como um processo de desmontagem do corpo que resulta num estado de
PROFISSÃO 61
desmontagem.
Em primeiro lugar, começo com a ascensão do neoliberalismo e a transição da
Coreia para uma economia pós-Fordist assinalada pela crise financeira asiática
(1997-2001).Os organismos Chongdun ilt e Daewoo foram produzidos no âmbito
do modelo de produção industrial de devel opmental e a sua dramática dissolução
foi marcada pela desvalorização e pela eliminação dos organismos industriais.
Seguidamente, examinarei o local de trabalho e os organismos de trabalho de menor
importância na investigação cultural contemporânea. Os organismos industriais, em
particular, foram ignorados devido à associação de longa data do trabalho industrial
com a degradação pessoal e física. O tecido conjuntivo do meu capítulo está
chongdun ilt o;na presente secção, analiso em pormenor a experiência de
trabalhadores da Daewoo em matéria de trabalho na linha de montagem. Com base
no pensamento recente sobre os órgãos relacionais e de afetar, demonstrei a melhor
forma de entender os organismos da Daewoo como um tipo de conjunto humano e
não humano. Esta investigação leva a entender que as experiências dos
trabalhadores são retiradas como seccionadas.
Organismos industriais
Há uma longa história de ambivalência sobre o significado e o valor do trabalho no
pensamento ocidental (Applebabaum 1995).O termo « trabalho» é aplicável tanto à
atividade produtiva como à atividade produtiva, bem como à realização de esforços
difíceis e humilhantes. O trabalho pode estar associado ao autocumprimento, à
capacidade moral e à atividade social. No entanto, também pode estar relacionado
com a negação pessoal, a degradação moral e a apresentação social. Com o advento
dos modos de produção pós-Forde, bem como o crescente domínio do setor dos
serviços, o trabalho tem sido cada vez mais associado ao sofrimento e à alienação.
A partir do final do século XX, tendemos, como Sabores (1994, 52), a «envolver» o
«jogo» e o «desejo» com conotações de inventividade, de consciência, de
consciência, com consciência da consciência (talvez mesmo sem consciência ou
consciência).» Esta observação reflete o que se pretende ser visto como uma
mudança fundamental nos locais de valor e de produção da identidade, do local de
trabalho e da mão de obra, para as culturas públicas expansionistas de consumo
(Comaroff e Comaroff 2001, 4).Naturalmente, a ironia é que a maior parte das
pessoas gasta tempo e energia consideráveis para trabalhar, especialmente se
tivermos em conta a formação (incluindo a educação), a procura, a recuperação e a
preparação para o trabalho (semanas 2011, 2).
Embora exista uma longa ambivalência no sentido do trabalho em geral, o
trabalho é menor em termos de mão de obra industrial. O trabalho é associado, em
parte, a dor e toil, uma vez que é identificado com esforço (Williams 1983, 334-
335).Desenvolvimento industrial do trabalho. Está ligado não só a um esforço físico
mas também à sujeição à integridade física. O organismo industrial é constituído por
um objeto de controlo externo e de manipulação que degrada inevitavelmente a
pessoa. Com a industrialização, Adam Smith, por exemplo, previu que a divisão do
trabalho em tarefas manuais repetitivas resultaria numa degenerescência mental e
moral (tornando-se um «stupid e ignorant»..Seres humanos»).Karl Marx descreve
graficamente o desmembramento corporal («apendimento para a máquina») como
uma metáfora para a alienação socioeconómica. Esta forma de pensar continua a
estar em causa. Harry Braverman Labor and Monopólio Capital (1974) é o
moderno manual clássico. Uma crítica à gestão científica do Taylor, o volume
exionate a expropriação e o controlo da mão de obra através de uma obra
fragmentária das tarefas, que resultou na diminuição do trabalhador humano. As
análises culturais contemporâneas baseiam-se frequentemente na ideia de emer de
uma «anatomia política moderna». embora o Foucault tenha transferido a ênfase
para a produção de indivíduos, os regimes disciplinares ao abrigo das quais as
normas de conduta e as aptidões são formadas são concebidas como o
desmantelamento, a reorganização e, por conseguinte, a produção de «organismos
portuários» (Foucault 1979, 138). 6
PROFISSÃO 65
interpessoais, pode também exprimir uma relação com um objeto ou lugar. A mais
representativa de uma relação entre Chong/local é a sua cidade natal ou o local onde
se cresceu. Tal como muitos outros coreanos, os trabalhadores também descreveram
frequentemente as suas cidades natal (kohyang) em termos de Chong.Nas suas
discussões, havia o sentimento de que as cidades de origem fazem parte delas, não
só em memória, mas também nos seus órgãos. As suas cidades no domicílio
formaram o seu corpo, as formas dos seus corpos, as suas penas, e as suas primeiras
relações íntimas.
Afirmar que a fábrica como chongdun ilt é afirmar que é tão formativa como as
suas cidades de origem, os locais de nascimento e a integração original num mundo
social da INTI.Numa entrevista com dois autores, um dos homens explicou esta
interpretação de chongdun ilt:
Trabalhei aqui durante quase dez anos, desde os meus tempos, e educou a
minha família, e agora..Por exemplo, a Chong está a entrar. Durante
quanto tempo me foi viver aqui, quanto tempo durante o qual I..Dito de
outro modo, abei-me aqui os meus jovens. A cidade natal, tal como a
nossa reflexão sobre a casa, foi o meu primeiro local de trabalho, o que é
importante. Foi o meu primeiro emprego e o local de trabalho a longo
prazo. Há Chong para as máquinas, para os meus colegas.
Na sua declaração, o sentido da duração era crítico para a compreensão de
chongdUn ilt. esteve na sua sede; tinha passado quase dez anos na fábrica. Como
afirma, foi o lugar onde enterrou os jovens, onde se tornou um homem, um marido e
um pai. Além disso, tal como a sua cidade natal, onde começou a vida, esta fábrica
era o seu primeiro local de trabalho, o início da sua vida de trabalho. Noutras
entrevistas e conversas, os trabalhadores fizeram declarações semelhantes sobre a
extensão dos seus anos de trabalho na fábrica. Tornando claro o número de anos do
entrevistador, muitos registaram as suas narrativas, com declarações como «dei os
meus jovens à fábrica» ou «deixei a minha vida à fábrica.» Em vez de se limitar a
melancia, as declarações de sacrifício pessoal para a empresa, essas observações
indicaram a profundidade da sua ligação como produto de ocupação sustentada.
Um elemento de provocação na declaração acima é o navio «Chong» do
trabalhador com as máquinas. Mais tarde, na entrevista, observou: «Quando
dizemos o nosso tongdn ilt o, por um longo período de tempo, concedemos os
nossos corpos ao nosso trabalho, à nossa Chong, às máquinas e aos produtos
[chaepum;Principalmente automóveis], as pessoas que nos rodeiam.» Há uma
equação do seu corpo com Chong e de mão de obra física como um processo que
pode produzir Cong.A expressão «labor» é entendida como uma forma de
intercâmbio, mas não a troca formal e calculada de uma potência laboral abstrata
para um salário, é um intercâmbio de Chong com o que deve ser considerado um
local de trabalho «íntimo» e «animate» de máquinas, veículos automóveis na linha
68 CAPÍTULO 3
Partes desmontadas
Após o seu lançamento, os trabalhadores da linha de montagem da Daewoo
queixaram-se da dor e de uma série de disfunções físicas. Pediram aos advogados
dos médicos, mas muitos comunicaram que os diagnósticos e os tratamentos
atenuaram apenas parcialmente os sintomas. Embora o seu sofrimento possa ser
atribuído, em parte, aos ferimentos sofridos em confrontos com a polícia de choque,
como a maioria dos tipos de dor crónica, as suas dores e maladies tiveram pouca
certeza clínica; de acordo com as perspetivas biomédicas convencionais do
organismo, não foram especificadas. Ouvir as suas descrições de sintomas
específicos e as suas narrativas sobre a utilização da linha, a causa do seu
sofrimento, como se tornou evidente: Foram separadas de uma parte vital para si
própria e dos próprios processos através dos quais as suas entidades sólidas eram
montadas. Os «arrepios» não se limitaram a uma formulação idiomática, mas
também a uma metáfora, e não apenas à ligação entre o pensamento e a imagem,
mas também à divulgação do significado mútuo do significado, do organismo e do
mundo da vida (Kirmayer 1992).Não se trata apenas de um modo de falar.
70 CAPÍTULO 3
Uma vez que não tenho qualquer desejo de [ uiyok — será a motivação, a
motivação], a minha entidade mudou, tornando-se presente. Na minha
opinião, os meus serviços estão e existem aqui. Dirigi-me a um médico
tradicional coreano e a fonte do meu dores [disse] ser o trabalho que fiz. O
meu trabalho estava a colocar as portas dos automóveis. Colocaram as
portas e utilizei as portas em. Trago para o automóvel, a metade superior
do meu corpo e a metade mais baixa em suspenso do lado. Fazem parte
das suas tarefas e estão na origem do meu problema. A minha saúde não é
boa, normal. Considera que esta forma de proceder; é um facto que se tem
prejudicado no emprego.Agora não tenho qualquer desejo, e a minha
defesa, não sei se posso trabalhar [mais].(sublinhado nosso)
Na sua declaração, existe uma tensão entre o seu entendimento dos organismos
industriais: Afirmar que não têm nada, mas os seus órgãos, têm de reconhecer o seu
baixo estatuto numa sociedade que, cada vez mais, valoriza os conhecimentos
intelectuais e técnicos, caracterizados pela educação e pelas credenciais, mas, para
dizer que não têm nada, mas os seus órgãos devem igualmente reclamar o valor dos
seus órgãos. O valor reside nas suas capacidades produtivas, aptidões do corpo e
conhecimento obtido através de mão de obra. Com os seus órgãos eles montaram os
carros e os salários, e com os seus órgãos alimentados e reportados as suas famílias.
Os trabalhadores compreendiam, tal como os seus organismos em dificuldade
podiam comunicar, «o que [eram] vendidos no ponto de produção é um par de
mãos, um dorso, um conjunto de músculos» (Donaldson, 1991, 17).Os seus órgãos
eram a sua riqueza, os investimentos corpóreos que produziram os seus meios de
subsistência e a sua posição social. Como indicado por um dos dirigentes da União,
tem de ser saudável para o trabalho, mas a experiência dos homens de ser sev de
chongdun ilt também demonstrou que o trabalhador tem de trabalhar para ser
saudável, ser «inteiro» na aceção figurativa e propriamente dita. Já foram
despedidos, os quais se tornaram ongshina.Os meios vitais para reproduzir
(montam) os seus órgãos industriais foram, de facto, imbuídos. Para ser separada,
não se trata apenas de uma mudança de frase, mas sim de luxação real e violenta a
partir da fábrica e de uma parte da própria fábrica.
«Criple» é um poderoso estigma social. É um marcador da perceção do uso
social e da dependência. Na década de 1980 e no início da década de 1990, o
potencial económico da Coreia e o seu progresso foram simbolizados pelo gigante
PROFISSÃO 75
Conclusão
O objetivo deste artigo não é analisar a nostalgia da fase de Forst, mas refletir de
forma crítica sobre a fase contemporânea do capitalismo na sua aparência
neoliberal. O neoliberalismo ideológico é a promessa de «emancipação» — o
estabelecimento livre de uma iniciativa individual e de talentos, o espírito
empresarial entre espírito empresarial e o organismo de identificação da «jaula de
ferro» do capi industrial. A mão de obra industrial está, no entanto, profundamente
associada a um dirículo, a rotina monótona, a rotina monótona e uma fonte de
degradação profunda do corpo, bem como o sofrimento físico. O princípio da
Daewoo não está totalmente de acordo com esta perspetiva. Também eles se
queixaram do caráter menal dos manuais automatizados de mão de obra;
reconheceram igualmente que este tipo de trabalho foi considerado baixo e baixo.
Mas recordam a ambivalência do líder da União que declarou que os trabalhadores
da fábrica não tinham educação, todos eles tinham sido os seus órgãos. E como os
seus órgãos atestam, embora o trabalho da fábrica possa, por um lado, degradar o
trabalhador, por outro, também pode permitir a sua ocupação.
Chongdun ilt, defenderei, foi a ocupação.A sua descrição dos rótulos nas linhas
de montagem revelou que a fábrica era um ambiente sensual, utilizado com efeitos e
significados profundos. Tratava-se de composições e movimentos de assustadores e
movimentos distintos de organismos humanos e não humanos. Estes não definiram
o contexto, o contexto espacial dos seus rótulos.Através do seu trabalho diário
76 CAPÍTULO 3
John P. Murphy
Libertação do solo,
galite...Solidariedade:Solidariedade na
História e o Pensamento da França
As conceções francesas de solidariedade remontam ao revolucionário da
fraternidade fraternidade (Borgetto 1993), ele próprio enraizado no Iluminismo de
reflexão sobre a pobreza. Em França, antes da revolução, a pobreza era
habitualmente associada a um posto de imutável na vida, tendo sido considerada
fraca redução da pobreza como a província da Coroa ou a Igreja. No entanto,
durante o século XVIII, os pensadores do Iluminismo começaram a ligar a grande
parte dos pobres à mudança social e económica. O progresso económico ECO, de
acordo com este novo entendimento, não só criou riqueza; além disso, produziu a
pobreza. Em vez de fecharem os pobres, a sociedade tinha, por conseguinte, uma
«obrigação social» para com os seus membros mais desfavorecidos. Para pagar esta
dívida, os legisladores foram propostos por legisladores públicos orientados para o
80 CAPÍTULO 4
Embora o meu projeto se centrasse nos jovens dos dezasseis aos vinte e quatro
anos de idade no processo de transição entre a escola e o mundo do trabalho, os
meus primeiros interlocutores em Limoges eram assistentes sociais e gestores de
processos, educadores de rua (responsáveis pelo ensino) e consultores em matéria
de emprego, líderes de associações e coordenadores pro grama. 9 Com a ajuda destes
prestadores de serviços sociais, identifiquei os pontos de entrada em três dos
maiores projetos de habitação. Entre estes incluem-se um bar «seco», financiado a
nível mundial (bar sans alcool), que funciona também como centro de informação
sobre o emprego dos jovens, uma casa de jovens ( maison des jeunes) que ajuda na
coordenação das atividades profissionais dos jovens, e um centro de apoio ao
trabalho de casa após o horário de trabalho em horário pós-escolar, no qual se
voluntariaram vários dias por semana. Tornou-se também ativa no capítulo local da
Jeunesse Ouvriere chretienne (JOC), uma organização internacional religiosa para a
juventude de colarinho azul. Através destas associações e organizações, consegui
reunir muitos jovens locais e, graças às suas redes sociais, estive aliado em
condições de alargar a minha base de informadores de modo a incluir os jovens que
não tenham necessariamente frequentado nenhum deles.
Para além da observação etnográfica e do debate informal, registei narrativas do
ciclo de vida. Estas entrevistas formais, realizadas em duas ou três sessões de uma
hora ao longo de vários meses, permitiram-me analisar
O AUMENTO DO NÍVEL PRECÁRIO? 85
fazer. Que dados existem sugerem que a discriminação racial durante a contratação
é um problema generalizado. Em vários estudos de grande divulgação (ADIDA,
Laitin, e Valfort 2010; Duguet et al.2007), os investigadores responderam a
anúncios de emprego em França com aplicações fictícias com uma única diferença:
o nome do candidato. Em cada estudo, os candidatos com nomes «tradicionais» (por
exemplo, Nicolas) receberam muito mais chamadas de retorno do que os candidatos
a emprego cujas denominações «estrangeiras» são «estrangeiras», em especial as de
origem africana do Norte.
A análise da importância do preconceito de género nas decisões de contratação é
algo menos problemática, uma vez que as estatísticas relativas a esta questão estão
mais facilmente disponíveis. Até muito recentemente, estavam desempregados mais
jovens do que homens jovens
França. No entanto, de acordo com um novo estudo encomendado pelo Centro de
Investigação da França sobre as qualificações (Barret, Ryk, e Volle, 2014), esta
tendência inverteu-se nos últimos anos, com uma média de 23 % de homens jovens
que não foram afetados contra 20 % das mulheres jovens. Os autores do estudo
atribuem esta mudança a um aumento do nível de habilitações das jovens, que, em
geral, ultrapassam os seus homólogos masculinos em termos de número e nível de
certificados e diplomas obtidos. Não obstante esta evolução, o relatório conclui que,
em geral, as mulheres em França continuam a ganhar menos do que os homens e são
mais suscetíveis de manter um trabalho de curta duração e a tempo parcial.
Como é evidente, a discriminação racial e a discriminação em razão do género
no emprego podem sobrepor-se, mas as leis francesas que determinam que tipos de
estatísticas podem e não podem ser recolhidas asseguram que os efeitos combinados
são mais difíceis de distinguir. Como vimos, a ascendência estrangeira parece
representar uma grande desvantagem no mercado de trabalho, independentemente
do sexo. A título de exemplo, os interlocutores em Limoges disseram-me que as
jovens mulheres de origem imigrante tendiam a obter melhores resultados quando
procuram trabalho do que homens jovens que partilham as mesmas raízes. A razão
foi que os empregadores potenciais, em geral, consideram as mulheres menos
«perigosas» ou «agressivas.»
Os interlocutores em Limoges se queixaram, por vezes, da desigualdade racial e
das desigualdades entre homens e mulheres. No entanto, nunca utilizaram estas
categorias para se apresentarem como diferentes dos seus homólogos da sua
vizinhança e, portanto, merecedoras de um exame especial no mercado de trabalho.
Pelo contrário, denunciou todas e todas as formas de discriminação, incluindo a ação
positiva americana, que se traduz em francês como uma discriminação positiva
(discriminação positiva).Insistiram em que todos os candidatos a emprego devem
beneficiar da igualdade de tratamento, que as diferenças físicas, tais como a raça e o
género, não devem ser relevantes. Dois exemplos das minhas notas de campo, um
90 CAPÍTULO 4
que se depararam entre os seus pares. Trata-se, pelo contrário, de problemas sociais
perpetuados pelas gerações mais velhas, cujos membros diminuíram ou não tiveram
acesso às mesmas oportunidades de ensino que elas. A frustração destes jovens, uma
vez que entraram no mercado de trabalho, resultou da rutura brutal que descobriu
entre os universos universalistas e igualitários proclamados pelo sistema de ensino
público francês e pela verdadeira realidade carga que se encontrou no terreno. Esta
situação não é nova, mas o peso da sua presença foi sem dúvida maior nas últimas
décadas devido à forte contração do mercado de trabalho, que, por sua vez, tem um
número cada vez maior de jovens a prosseguir os seus estudos. A consideração da
raça e do género é, por conseguinte, essencial para avaliar as alegações feitas sobre a
expansão da precariedade e o aumento das chamadas situações de precariedade,
alega que as ondas e os meios de comunicação não inundadas, não inundadas,
durante as reuniões de 2005 e os protestos do CPE, não estavam inundados. Como
veremos em seguida, tendo em conta os marcadores da distinção social,
historicamente, a posição da classe é tão crítica, especialmente neste contexto
francês.
respondeu que não era. Embora hoje este comportamento não pareça surpreendente,
dada a popularidade do Facebook, do Instagram, do Twitter ou do Tumblr, o meu
trabalho de campo teve lugar em 2005 e 2006, antes do advento de tais aplicações
para telemóveis inteligentes. Para quase todos os meus interlocutores, os telemóveis
também substituíram relógios de pulso, graças aos relógios digitais fabricados na
maior parte dos modelos.«continua a usar um relógio?», questionou Karim, a
partilha de quatro anos de 14 anos I tutored num dos projetos de habitação.«Isso
pasa,» em sua opinião. Toda e qualquer consideração das atuais tendências da moda,
utilizando os telemóveis a partir do tempo oferecido aos jovens, dispensa mais a
apresentação destes bens apreciados, reforçando o seu estatuto entre pares.
Devido aos seus recursos financeiros limitados, fez sentido para os jovens, como
o Rachid, Yasmine, e Karim, optar por um contrato menos dispendioso quando
optou por um plano de serviços; no entanto, poucos foram os que o tinham feito. Em
vez disso, escolheram sobretudo a conta mais onerosa pré-paga. Esta decisão não
resultou, em geral, do desconhecimento da diferença de custos, nem de um caráter
«caprichoso» ou «de difícil eliminação», uma vez que alguns prestadores de
serviços humanos em Limoges atribuíram aos jovens do município de Limoges.
Pelo contrário, a maioria dos jovens reconheceu que uma trato teria pousado
dinheiro e informou-me de que teria facilmente escolhido esta opção. Simplesmente
não obtiveram os rendimentos estáveis necessários. Com efeito, embora nos
contratos de longo curso sejam menos dispendiosos do que as contas, mesmo os
menos caros, são necessários pagamentos mensais de cerca de 40 EUR.Em
contrapartida, os cartões pré-pagos podem ter apenas cinco euros. Com um contrato,
o cus tomers corre também o risco de se adquirirem encargos adicionais se a ata
mensal do plano for ultrapassada. A opção por uma conta pré-paga é uma forma de
evitar este resultado prático. Em vez de acumular encargos adicionais quando os
mínimos disponíveis são gastos, a linha é colocada «no porão» e o telefone deixa de
funcionar até que a conta volte a ser enchida com fundos. Por outras palavras, as
contas pré-pagas proporcionam flexibilidade a estes jovens.
Na realidade, muitos jovens dos projetos de habitação fizeram muitas vezes
minutos. Mais do que uma vez, os interlocutores que se comprometeram a chamar-
me nunca o fizeram. Mais tarde, quando desenvolverei, explicaram quase sempre
que se encontravam em minutos. Naturalmente, isto só pode ter sido um pretexto, o
seu modo de me deixar ficar a saber que não estavam interessados em falar com
uma base de origem estrangeira de origem estrangeira. Contudo, aqueles que
cheguei por telefone pareciam, de um modo geral, satisfeitos por falar, muitas vezes
por períodos mais longos do que durante os convites à apresentação de propostas,
constatei entre si. Uma interpretação mais provável, então, é a sua resistência ao uso
das suas próprias atas, se tivessem qualquer ata que tenha deixado de ser utilizadas.
Ao contrário dos Estados Unidos, onde tanto as chamadas de entrada como as
O AUMENTO DO NÍVEL PRECÁRIO? 99
que de forma superficial, a sua diferença. De um modo mais geral, pode ser vista
como parte de uma estratégia de grupo para o cofinanciamento coletivo de uma
experiência que partilham: galere.
Voltando então às suas interpretações da mudança de residência do CPE, se o
CPE estivesse efetivamente orientado para a sua juventude e a sua galere, por que
razão lhes perguntou, por que razão eram estudantes de classe média, que teriam
provavelmente um bom emprego graças às suas credenciais académicas e ligações
sociais, por isso, em vez disso, nas armas?O CPE não tinha o objetivo explícito de
levar os jovens a trabalhar, pelo menos temporariamente?Deste modo, o movimento
anti-CPE poderia pouco fazer com a «solidariedade» ou, pelo menos, isso é o que os
meus interlocutores defendiam.«Quando veem todos os alunos do ensino secundário
em greve, mesmo alguns dos estudantes universitários, eu não concordo, «Lionel»,
que me disse. Explicou ainda que, durante as greves que, por vezes, tiveram lugar
quando era na escola elevada, ele e os seus colegas nem sempre sabem (ou cuidado)
o que procuram: «Só quis saltar a classe tem um bom tempo.» suspeita de motivos
semelhantes entre os manifestantes do CPE: «A coisa é, foi agradável em abril. Não
quer trabalhar quando está numa escola elevada, pelo que o CPE foi uma boa
desculpa para ir à greve.» Rachid, outro jovem em cidade que teve um emprego
como auxiliar no que foi considerado um prestigiado centro de estudos de prestígio,
confirmou as suspeitas de Lionel, explicando que tinha perguntado aos arguidos que
protestavam. A sua resposta foi a de que estavam em greve «porque estavam à
procura de uma desculpa para fora das aulas». para Lionel e Rachid e muitos outros
jovens na cidade externa de Limoges, a juventude da classe média que participou
nas manifestações do CPE foi muito menos motivada por um compromisso de
solidariedade social do que a procura de recreio individual.«C’est chacn pour soi»,
insistiram.
Mesmo os poucos jovens que sabia que estavam ativos no movimento tendiam a
separar-se dos manifestantes estudantis. A Yanis, que era de 18 anos e vivia num
espaço de residência para jovens trabalhadores (foyer de jeunes travailleurs),
participou no movimento, mesmo com destino a Lyon (a uma distância de cerca de
250 milhas) para participar numa reunião regional da organização. Falou a mim
sobre a liderança do movimento:
Uma vez que o movimento anti-CPE ganhou a tração, Bruno Julliard, presidente da
UNEF, tornou-se o porta-voz mais visível da oposição. Os comentários do Yanis
sugerem que não acreditava que os manifestantes estudantis, cujos interesses deviam
representar, compreendessem realmente as dificuldades que ele e os seus pares
enfrentam, e ainda menos a elite política da França. Na sua estimativa, ambos os
grupos atuam em egoísmos calculados.
Por que razão, se nos seus contactos com os jovens que eu tive a oportunidade
de saber na cidade externa de Limoges tão vigorosamente contra a pretensão de
precariedade do CPE, não falava publicamente?Por que razão não solicitaram o
reconhecimento do que consideravam ser a sua difícil situação?O que impede, em
última análise, a sua experiência coletiva de gale de traduzir para uma voz
coletiva?Um último exemplo das minhas notas de campo, que envolve a produção
de um filme de teur da rama, ajuda a triagem através deste puzzle.
No início da primavera de 2006, fui convidado por vários jovens a participar no
rebento de um filme que estavam a trabalhar. Com um vazamento de onze (todos os
jovens desempregados, os jovens fora da cidade), este forças da polícia era a
iniciativa de um grupo próximo de três amigos, que, juntamente com outras pessoas
recrutadas através das suas redes sociais, estavam «à procura de uma forma de
ocupar o seu tempo.» Recorda-se com uma câmara de vídeo de mão ao longo de
vários meses, o filme tornou-se mais do que apenas uma atividade de lazer. Os seus
participantes foram tratados como se se tratasse de um emprego.Filmagens muitas
vezes com a duração de dias inteiros e porque os jovens envolvidos no projeto
esperavam que os seus filmes fossem exibidos no festival de bairro que teve lugar
em junho, a produção passou a ser assegurada à medida que se aproximava este
evento. Em um dia particularmente «de grande atividade», as pausas habituais dos
cigarros foram mesmo perdidas.«Podemos trabalho para fazer», disseram-me que «e
vamos fazer!»
Nesta altura, um dos seus membros deixou de assistir de forma abrupta à
presença de rebentos. Um novo emprego (um contrato semestral), aprendi, a
impediu de o fazer. A fim de evitar atrasos, o resto do vazamento reescreveu o
guião, explicando a ausência do jovem por um rapto. Esperou que regressasse a um
filme final, no qual seria libertado do seu teto pelos dois dois heróis pouco
prováveis. No entanto, a jovem nunca voltou ao projeto, o que mergulhou o grupo
num pânico. Têm vindo a reformular o papel e a recuperar todas as imagens que lhe
foram apresentadas. Embora os membros do vazamento negassem quaisquer
sentimentos em relação à mulher jovem, estava visivelmente ausente durante a
despistagem do filme, e depois, depois, apenas viu a sua vez com este grupo de
amigos, apesar de antes do filme ter sido uma presença regular sempre que recolheu.
102 CAPÍTULO 4
Sentindo todo o dia no canto e na casa dos cigarros, é que aquilo que
chama a solidariedade?Ou vai à minha porta e diz-me que me gostaria de
trabalhar consigo?É uma verdadeira solidariedade, mas não vemos que
hoje. Hoje em dia, é apenas um cacho de cabritos, que se estão a deixar
cair uns com os outros. Se quiser fazê-lo, se quiser sair aqui, tens de
acabar por si próprio [tu de te bois te derouiller tout seul].C’est chacn
pour soi.
Tal como este comentário sugere, a solidariedade dos meus interlocutores foi
sobretudo a inclusão social, que, na medida do possível, apenas se referiam ao
emprego.Sem um trabalho estável e estável, os homens e as mulheres franceses
insistiram em poucas hipóteses de conseguir a plena participação na vida social e
económica da nação. Embora não tenham necessariamente um desconto sobre o
apoio emocional, inter alia, com outras nos seus bairros de vizinhança, consideraram
estas circunstâncias que oferecem poucas hipóteses de conduzir a um emprego de
longa duração.
Em última análise, esta conceção da solidariedade talvez não seja única no caso
francês. Mesmo que os meus interlocutores vistos « galere» como uma
característica essencial da sua existência e, por conseguinte, uma parte da sua
identidade social, não tenham pretendido ser esse o caso. Redação escrita sobre o
conceito de precariedade do acervo de Wacquant:
Como sugere Wacquant, estes jovens fugiriam à sua condição na primeira unidade.
Por conseguinte, é difícil imaginar como é que a gale pode ser uma fonte de
solidariedade para elas. Para lutar contra a eliminação do grupo, o grupo constitui o
104 CAPÍTULO 4
grupo que constitui. Do mesmo modo, parece pouco provável que a precariedade
possa, em qualquer caso, formar uma classe para si própria na revista de Marxista,
ou seja, um determinado estrato social organizado para promover os seus próprios
interesses. Isto não significa que o conceito de precariedade não possa ser
mobilizado como uma estratégia política popular, como forma de organizar essas
pessoas pertencentes ao género, que são mais ou menos afetadas pela precariedade
laboral, a fim de melhorar a sua semelhança, mas não ao mesmo tipo de condições.
Mas, como sugere este estudo de caso francês, para tal, será necessário fazer a
ligação entre as várias linhas de culpa que as separam.
Mundial, mas com a convicção popular de que o contrato republicano francês deve
proteger as pessoas contra abusos de classificação racial ou étnica arbitrária, tal
evolução é muito mais suscetível de gerar preocupação do que a celebração. A
questão de saber se os jovens nas cidades francesas estão a utilizar ou não
marcadores raciais ou étnicos para situarem-se a si próprios ou a outrem, estou
preocupado com a forma como esta leitura cultural poderia comprometer algumas
das fontes ou consequências da desigualdade social hoje em dia. 20 Para ilustrar este
ponto, ponderar a forma como Gerard Larcher, o ministro do trabalho francês no
momento do Rio de 2005, cultiva a agitação sobre as práticas poligâmicas de alguns
imigrantes do Norte e da África Subsariana: «Uma vez que uma parte da nossa
sociedade apresenta este comportamento anticoncorrencial [poligamia], não
surpreende que [os jovens do município] tenham trabalho de descoberta
cultural....Se as pessoas não forem empregáveis, não serão empregadas (Le Monde
2005).A questão de saber se os meus interlocutores provinham ou não de famílias
poligâmicas, duvido muito que apontassem a poligamia como causa de abandono do
seu trabalho. Em vez disso, foram vítimas de desigualdades estruturais decorrentes
de um novo paradigma de emprego em que os empregadores têm flexibilidade em
termos de estabilidade e os trabalhadores, especialmente os menos qualificados, são
totalmente descartáveis.
Tudo isto significa que, hoje em dia, em resultado de uma tendência para um
mercado de trabalho mais flexível, estamos confrontados com um problema de
atribuição de nomes.21 não podem continuar a ser dispostos em diferentes classes
sociais. Ao mesmo tempo, categorias mais amplas, como as que se encontram em
estado precário, parecem incapazes de captar a experiência de vida das pessoas,
frágeis, uma vez que se encontram ao longo de várias condutas de culpa, algumas
antigas, outras emergentes. Perante esta capacidade, os antropologistas, que me
parecem particularmente importantes, têm um papel particularmente importante a
desempenhar, na medida em que procuramos compreender os problemas que as
pessoas enfrentam para ajudar a propor soluções. Com a sua atenção intensa nas
perspetivas e práticas quotidianas das pessoas em contextos específicos, a
investigação etnográfica é especialmente bem poderizada para oferecer uma visão
clara da evolução do emprego no século XXI.
5
CONTESTAÇÃO DO DESEMPREGO
O caso das Cirújas em Buenos Aires
Mariano D. Perelman
Desde que era jovem, Osvaldo tinha trabalhado na canalização, em primeiro lugar
como canalizador de canalizador e, em seguida, como canalizador. No entanto, em
2001, para milhares de argentinos, os postos de trabalho começaram a desaparecer.
A Argentina entrou numa crise política, social e económica sem precedentes. 1
Osvaldo e a sua mulher, que também não conseguiram encontrar um emprego,
tinham quatro crianças a cuidar de. Como tempo passado e sem outras
oportunidades de emprego, o Osvaldo dirigiu-se à atividade estigmatizante de
recolha de lixo (conhecido como cirujeo).Em primeiro lugar, reuniu-se com
Osvaldo, em junho de 2003, com trinta e oito anos de idade e com uma colheita de
junk (resíduos de resíduos para utilização ou venda) durante cerca de dois anos.
Eram homens na sua própria vizinhança, eles próprios cirujeando, que, em primeiro
lugar, enlutámos com ele para começar a recolher: «Eles disseram-me que «Buddy,
serve de carrinho para a recolha. Tal como explica o Osvaldo, «Não há labiuro [
trabalho], as empresas e as indústrias estão mortas e a construção também está
morta. Há muitas pessoas que trabalharam na construção ou em fábricas, pessoas
que trabalharam todas as suas vidas numa fábrica e que, infelizmente, têm de
recolher cartão.»
Após dois anos de círculo, passou a fazer referência à atividade sob a forma de
lauro (trabalho).No entanto, nunca deixou de se considerar como desempregado
uma pessoa que não é livre. Uma tarde, solicito-lhe que «Se alguém o solicitar num
inquérito sobre se é um indivíduo ocupado ou desempregado, qual é a sua
resposta?» Sua resposta foi enfática: «inativo.» «Unolupied?» I pediu de novo.«Sim,
porque esta atividade não me garante nada. Sou um desempregado. Sou um
desempregado, trabalhador sem emprego!»
106
CONTESTAÇÃO DO DESEMPREGO 107
própria experiência. Para si, estar empregado (ou seja, «para trabalhar») continua a
depender de determinadas atividades que tinha executado e que, como disse, oferece
algumas «garantias» (como a segurança social, um salário normal e o
estatuto).Sublinha uma série de notas sociais sobre o facto de o trabalhador ser um
trabalhador e o imaginário social da figura do trabalhador como ator com os meios
de acesso a uma vida condigna. Em 2003, o cirujeo, para a maioria dos argentinos
(Perelman 2012), não era visto como um «trabalho» ou como uma forma legítima de
ganhar dinheiro (Perelman 2011b).Alguns anos mais tarde, cirrujeo tinha
significados diferentes para o Osvaldo e outros, uma vez que muitas cirujas
contestaram durante esses anos os ideais hegemónicos de trabalho e de nontrabalho
como relacionados com cirujeo.
O desemprego é uma categoria social que transforma os significados de
situações sociais diferentes e de trajetórias individuais. Esta categoria exprime
processos complexos que implicam mais do que um simples desequilíbrio
quantitativo entre a oferta e a procura de emprego. A construção social do
desemprego é, por exemplo, altamente baseada no género, bem como específica da
classe (Fernandez Alvarez e Mana- zano 2007, 145-146).Existem visões normativas
e estatísticas de recrutamento: Algumas relações de troca são consideradas no
âmbito do emprego, enquanto outras não. No entanto, isto não significa que as
pessoas desempregadas não trabalhem. Também intimamente ligadas à média social
do desemprego são os processos subjetivos que servem tanto o trabalhador ideal
como o «trabalhador desempregado» em contextos históricos específicos.
Para o caso do cirujeo, estou interessado, neste capítulo, na especialização da
sobrevivência por atividades consideradas não profissionais. Abordemos a
construção social de «estar desempregado» como forma de enraizar as ideias
normativas do desemprego e do emprego e a perceção subjetiva destas ideias. No
caso da Argentina, argumento, as pessoas que começaram recentemente a
cirujouvido são consideradas desempregadas porque têm uma história ligada a
formas hegemónicas de trabalho. Em contrapartida, os cirujeos que nunca tiveram
um emprego normal têm uma experiência muito dif de cirujeo, uma não localizada
no âmbito do desemprego. Para os que exercem a profissão depois de terem
trabalhado noutras profissões de estatuto superior, o recurso a cirujeo surge como
um modo de sobrevivência legítimo entre muitas outras opções possíveis, mas
requer um processo de adaptação.
Os cientistas da Argentina tenderam a ver o cirujeo como uma «novidade» e
centraram-se principalmente na tentativa de compreender a nova estrutura da
atividade. Esta série de investigações progrediu fundamentalmente em dois eixos.
Um grupo centrou-se na relação entre cirujeo e o ambiente (Suarez 1998; Suarez
2001; Schamber 2008; Paiva 2006, 2007, 2008).Um segundo grupo abordou o
cirujeo como uma atividade de sobrevivência. Este grupo pode ser dividido entre os
CONTESTAÇÃO DO DESEMPREGO 109
que veem o cirujeo como uma resposta (positiva) à pobreza (Reyals 2002; Koehs
2005, 2007) e os que analisam a atividade no contexto das consequências das
políticas neoliberais de desintegração no mercado de trabalho (Buso e Gorban 2004;
Gorban 2004, 2006; Dimarco 2005; Gutierrez 2005; Perelman 2007a).Estabelecer
uma distinção entre os que recorreram recentemente à atividade («diminuição da
pobreza») e os que têm uma trajetória ligada à tarefa, investigações diferenciadas
entre as nuevos cirujas (novas cirujas) e vijos cirujas ou cirújas (Paiva, 2008)
(Paiva; Perelman 2007a; Suarez 2001; Schamber e Suarez 2007; Schamber
2008).Num artigo anterior (Perelman 2007a) adquiri a diferença entre as novas
cirujas ( as que começaram recentemente a cirújouvido e tinham uma trajetória
como trabalhadores formais) e de cirujas estruturais (as que tinham «sempre»
cirujas).Defendi que, neste segundo grupo, a lavagem é vista como um modo de
vida «normal».Em contrapartida, no primeiro caso, quem começou a desenvolver a
atividade, foi registado como uma quebra acentuada na sua carreira profissional.
Neste capítulo, aprofundarei a minha investigação dessas diferenças, analisando
as experiências quotidianas de um grupo específico de trabalhadores num
determinado momento. Defenderei que os discursos e as ideologias do desemprego
são produzidos e reproduzidos nestas experiências históricas. Tendo em conta o
modo como o peso da carne e do sangue nos processos de trabalho é demonstrado, o
navio demonstra que a relação entre o emprego e o desemprego não é fixada. Em
vez disso, como mostrei, uma atividade pode ser vista como trabalho, ao mesmo
tempo que as pessoas que o executam são consideradas desempregadas.
Este capítulo baseia-se no trabalho de campo etnográfico que decorreu entre
2002 e 2009. Ao longo de oito anos, segui, observou e entrevistei (individual e
coletivamente) diferentes cirujas diferentes.Alguns deles têm exercido a sua
atividade há várias décadas; outros começaram a fazê-lo apenas alguns anos antes;
outros começaram a fazê-lo durante o meu trabalho de campo. Embora todos
tenham trabalhado na cidade de Buenos Aires, alguns deles viviam na cidade e
noutros países nos subúrbios. A investigação incidiu sobre os homens e as mulheres
que, devido à sua idade, poderiam ter tido uma carreira precirujeo. Tal como em
qualquer abordagem etnográfica, o trabalho de campo combinou diferentes
metodologias e baseou-se na minha presença alargada no domínio, nas observações
e nas entrevistas formais e informais. Durante o longo processo de trabalho de
campo, posso ver como as coisas mudaram. Vi como as novas circunstâncias
construíram a atividade num modo de vida legítimo (Perelman 2011b) e como as
pessoas com experiência na atividade foram reconfigurar o seu passado e a sua
trajetória no presente (Perelman 2010).
110 CAPÍTULO 5
providência social sob Peron deu uma nova centralidade cultural ao trabalho, ao
consumo e aos direitos sociais. No início da década de 1970, a Argentina era
diferente de outros países da região, na medida em que havia mais postos de
trabalho por conta de outrem, a dimensão da mão de obra subutilizada era inferior e
os que procuram trabalho eram menores. As chamadas ocupações de baixa
produtividade não tiveram grande presença, o poder de compra salarial era elevado e
as diferenças salariais entre os setores eram pequenas (Beccaria 2001, 19-20).
O estado do século XX iniciou a sua atividade como interveniente ativo na
política económica, alinhando as suas ações com o estabelecimento de uma ordem
que colocou o trabalho e a categoria de trabalhadores no centro da cena, em relação
à construção jurídica e de identidade do sujeito (Grassi, Hintze e Neufeld 1994;
Grassi 2003b).Os direitos sociais, incluindo, por exemplo, as férias pagas e os
cuidados médicos, salientaram a importância da filiação sindical, impedindo assim o
acesso a muitos dos direitos dos intervenientes no mercado de trabalho informal.
Não foi tida em conta a indisponibilidade do emprego, nem a possibilidade de um
salário de base poder não satisfazer as necessidades de um trabalhador, muito menos
a sua família.
Na véspera do golpe de Estado de março de 1976, que deu origem a sete anos de
uma regra militar emprestada por vio, muitas consideraram a Argentina uma
associação quase completa de emprego para a Argentina. O argentinas compreendeu
a sua participação na forma de trabalho formal, muitas vezes através do Estado
Peronista e dos seus êxitos, como forma legítima de consumir e reproduzir modelos
de vida (Beccaria e Lopez 1997; Grassi 2003b).Se a década de 1960 era um período
de elevado crescimento do emprego e de melhorias socioeconómicas para muitas
(Lindlenboim 2008), o inverso foi o caso após o golpe de Estado militar de 1976 e
as condições agravaram-se a um ritmo acelerado durante a década neoliberal longa
(1989-2002).Ao longo de todo este período, o desemprego cresceu a um ritmo
acelerado, afetando setores anteriormente menos vulneráveis às mudanças
económicas. Entre 1975 e 2001, o inquérito aos agregados familiares realizado pelo
Instituto Nacional de Estatística e Censos revela um aumento do desemprego em
mais de 2.4 % em abril de 1975 para 17,4 % em 2001, com um pico em maio de
1995 de 20.2 %.O subemprego passou de 4,7 % em 1975 para 15,6 % em 2001 (ver
o mapa estatístico do Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina).A
política neoliberal provocou um aumento acentuado do desemprego após 1990. O
processo baseou-se numa série de políticas adotadas pelo Estado no âmbito da
privatização dos serviços públicos e na correspondente redução dos programas
sociais estatais. A abertura ao capital financeiro especulativo e a posição dominante
do modelo especulativo de capital produziram uma contração do mercado de
trabalho, com uma onda de desemprego. 5
A orientação política predominante sugeriu que as questões políticas eram
112 CAPÍTULO 5
ocorre nos bairros onde vivem e nos casos em que recolhem e têm diferentes
implicações subjetivas em cada um. Tal como no caso de Daniel e Noemi, não quis
recolher perto do local onde viveram, por ter estado vergonha para ser vista como
recolhendo os seus vizinhos.
Ao mesmo tempo, as zonas de vizinhança viveram, porém, fundamentais para o
processo através do qual começaram a cobrar. Informações sobre cirrujeo
circulando nos arredores: a forma de o realizar, o que recolher, como aceder aos
empréstimos e alugar um carrinho, e com quem para o fazer. Mas, acima de tudo,
legitimando os discursos e a avaliação coletiva do cirujeo como atividade
merecedora de difusão no espaço próximo da lata de lata. Os vizinhos com alguma
experiência fizeram cirujeo lecionou o veículo aquático. Os compradores de
materiais locais forneceram carts (como no caso da Estela) aos que iniciaram a
atividade. O número crescente de pessoas dedicadas ao cirujeo transformou a
primeira visão da atividade de algo invulgar, anormal e estigmatizante para um
modo de vida «comum». 6
Como os casos acima referidos mostram, as perceções e as conceções dos novos
colecionadores têm uma dimensão de género. Historicamente, os homens argentinos
são os fornecedores de rendimentos dos agregados familiares. No entanto, uma
disposição adequada não foi alcançada por qualquer meio que ganhasse dinheiro,
mas estava reservada a determinadas formas de trabalho socialmente reconhecidas
como trabalho. Neste sentido, como no caso de Daniel, os novos colhedores
parecem estar em situação de vergonha, uma vez que está desempregado e incapaz
de apoiar a sua família e também porque tem de ser apoiado por uma mulher. A
vergonha surge também porque recorreu a uma atividade que, historicamente, não
era vista como trabalho.
Embora, antes da crise de 2001, fossem poucas as mulheres que recolhem, nos
últimos anos, houve uma feminização do círculo.Tal como nos casos de Estela e
Noemi, muitas mulheres foram as primeiras a começar a recolher o apoio às suas
famílias. Esta mudança não só alterou o lugar das mulheres, mas também dos
homens. Sob a forma de Cross e Ullivri (2013, 16), escreveu: «É possível pensar em
crises como perturbadoras dos papéis atribuídos. As crises são circunstâncias em
que as lacunas são de certo modo abertas. Entre o desespero e a necessidade, as
mulheres encontram espaços para quebrar ou desarmar as suas obrigações e alargar
os seus âmbitos de aplicação a um ponto exterior que, embora não abranja os
espaços de produção clássicos, constituem cenários extradomésticos» 7. seria,
contudo, redutor afirmar que era mais fácil para as mulheres começarem cirujeando
do que para os homens. Embora as experiências de trabalho dos homens e das
mulheres e as expectativas de acesso legítimo à reprodução social tenham sido
diferentes, no caso das mulheres com base no direito a um círculo vicioso, o papel
dos homens e das mulheres é superior ao das instalações: Eram eles que tinham de
CONTESTAÇÃO DO DESEMPREGO 117
suportar o «ónus de suportar» 8 cirujemando por estas mulheres como uma obrigação,
mas também, em muitos casos, também como uma forma de sair do espaço de
vizinhança (Gorban 2009).
Em muitos casos, as mulheres foram as que começaram a apoiar as suas
famílias, recolhendo e os homens seguiram mais tarde. Esta situação produziu novas
formas de cicatrizes corporais com base no género (Sutton 2008), devido ao facto de
as suas atividades domésticas terem sido recolhidas. Para as mulheres, a vergonha
foi rapidamente ultrapassada pela necessidade de cuidar das suas famílias.
Manifestaram o seu orgulho nesta situação, bem como na proximidade da rua, da
noite e do transporte de cargas pesadas que eram vistas como masculinas e
perigosas. Este processo transformou a exposição das mulheres e a atenuação ou,
até, erradicava todos os vergonha que sentiam em relação à recolha.
A relação complicada e variável entre cirrujeo e vergonha é ainda demonstrada
nas minhas conversas com cirújas estruturais — aquelas que têm sempre sido as
empresas de recolha e vivem o desempenho da atividade como o modo de vida
«natu rial».Para eles, não só não havia vergonha da atividade, uma vez que estavam
efetivamente orgulhosos do seu trabalho como colecionadores. Para os cirúres
estruturais, sendo um ciruja, não pode ser considerado como no caso dos novos que
ainda esperam ser profissionais formais — uma carreira — ou uma carreira moral
— para utilizarem o quadro de Goffman 2009).O orgulho de ser ciruja refere-se à
ideia de que estavam a fazer qualquer coisa, que sempre viviam do lixo e que esta
atividade era tão natural como qualquer outra. E ainda mais, há uma indicação da
sua trajetória. Uma vez que Juan Carlos me disse, «To estar em La Quema [a cidade
onde trabalha] estava em casa, pelo que dizo-vos tudo» A mesma ideia foi expressa
por Jose, que ainda afirma que «sou Quemero», fazendo referência a uma identidade
pertencente a pessoas que viveram e trabalharam na Quema. A natureza é também
expressa em atos constantes de diferenciação com as novas circunstâncias.Aqueles
que sempre foram cirujas ( a tradução espanhola é cirúja ser cirúja e não estear
ciru- jeando, fazendo a distinção entre a recolha como identidade permanente em
relação a alguma coisa que está atualmente a fazer) consideraram as cirujas «reais»,
as que trabalharam na Quema, onde as condições de trabalho foram reduzidas e
onde a recolha foi muito mais socialmente estigmatizada do que atualmente.
Como tem escrito a Lei de Gaulekonjac (1996), surge uma situação de vergonha
quando a pessoa em causa está confrontada com uma confusão extrema entre o que
é para outros e o que é para si próprio. Vergonha quando o subj género tem uma
imagem estigmatizada, fixa e petrificada de uma imagem própria e independente dos
olhos de terceiros, uma imagem humilhante e incapacitante que não pode ser
quebrada nem modificada. Em muitas circunstâncias, vergonha surgiram quando
deixaram de ser trabalhadores formais ou quando não podiam continuar a realizar
tarefas remuneradoras que consideravam merecedoras. Esta situação complicou o
118 CAPÍTULO 5
seu processo de identidade como trabalhadores. E esta vergonha pode ser entendida,
como referi, como não individual, mas como cultural e social.
Para os novos colecionadores, ser um ciruja significa fazer algo que, para
outros, não foi considerado trabalho. Nestes sentimentos e práticas, é possível
determinar a forma como a construção do «homem» assenta na noção de trabalho, a
forma como o trabalho está relacionado com o género. Em Daniel, tal como em
muitos homens, a experiência de ser um homem e de ser um trabalhador (mais uma
vez aqui é possível afirmar que se trata de um trabalhador-trabalhador, mas este é
um trabalhador desempregado) estava a funcionar como experiência específica.
Como já referi, são geralmente as mulheres que decidiram deslocar-se à orelha.Nos
casos da Estela e da Noemi, a sua vergonha resultava da ideia de que estavam a
fazer algo que não era digno. E este sentimento só pode ser entendido como parte
das suas expectativas sociais. Como disse-me Estela: «Somos todas as pessoas que
trabalharam e queremos trabalhar, bem como as outras.», mas para os homens, a
experiência de desemprego e o receio de vir a cirucja eram diferentes. Para os que
tinham sido trabalhadores formais ou que tinham oscilado entre atividades formais e
informais, não ter um emprego (ainda mais, ser ciruja) tornou-se um estigma
permanente vergonhoso. Este estigma tem por base um atributo desacreditar
profundamente: Existem alguns atributos (como a ciruja) que estigmatizam,
confirmando a normalidade daqueles que não têm o atributo. No caso dos
selecionadores, trata-se de um «atributo» impossível de esconder: Uma vez na rua,
não podem esconder quem são, embora muitos gostariam de o fazer.
Embora o trabalho de campo relacionado com o trabalho no terreno não fosse o
mesmo do que nas décadas anteriores, os intervenientes continuaram a sentir que a
dignidade é definida através do emprego formal. Esta noção foi construída pelas
narrativas da nação, mas foi também apresentada de forma moral e em detenções
sociais (políticas) que, mesmo na era neoliberal, proporcionam benefícios aos
trabalhadores formais em detrimento dos trabalhadores informais ou dos
desempregados.Sendo ciruja, não fazia parte deste discurso moral sobre o trabalho,
nem forneceu prestações sociais.
Neste contexto, a questão que se coloca é a razão pela qual, apesar do estigma,
da falta de prestações sociais e do forte aumento das taxas de emprego desde 2003,
muitas destas pessoas continuam a recolher. 9 acredito que dois processos podem dar
alguns instrumentos para a compreensão da estabilização do cirujeo.Um deles é a
extensão natural da atividade que ocorre quando o cirujeo é transformado em
trabalho, um processo que, como demonstram os exemplos acima e abaixo, nunca é
totalmente com um pleito ou não contestado. O outro processo, relacionado com o
primeiro, é a forma como a atividade está estruturada.
CONTESTAÇÃO DO DESEMPREGO 119
quando era condutor: «Juro as passei e senti que passei e senti-me como uma
braçadeira, «Go to work, lazy shit.» Now I tem uma visão diferente. Não se trata de
cirlujas por opção, mas porque não têm outra alternativa. Além disso, o meu
trabalho não é errado [ trabalhar].Trabalho onde tem de fazer todos os dias, chuva
ou brilho, se estiver doente ou doente, porque se não sair, não obtenha dinheiro»
Nos processos descritos, podem observar-se algumas semelhanças. Todos eles
são famílias que costumavam vender o seu trabalho no mercado formal (alguns
deles através de empregos não registados na economia informal, alguns em
empregos formais precários e outros em empregos formais seguros).Foram
utilizados para fazer parte do sistema de segurança social e para ter capacidade de
compra. Depois, quando ficaram desempregados, recorreram a cirujeo.Todos eles
mencionaram que estavam vergonha e passaram por um processo de ajustamento da
atividade. Não se trata de uma experiência individual. Daniel recordou que pensar
em cirujas era «fusa lazy», mas «tomou consciência» de que a colheita era um
emprego como qualquer outro. Mas, no que se refere a Daniel, no que se refere a
Felipe e Estela, o ajustamento também foi possível porque não foram os únicos.
Como me disse Estela, «vi muitas pessoas a começar a sair, não era um coisa
singular.» 13
Uma perspetiva importante que pode ser retirada destas e de muitas outras
histórias é a forma como se estabelece a relação da dignidade com a dignidade.
Como já referi, a tarefa mais fundamental consiste em estabelecer a ideia de que a
atividade é exercida. Neste caso, o conceito de trabalho parece ser fetizado, pois
parece que ela própria confere dignidade a si própria. A ideia de trabalho é
frequentemente acompanhada da ideia de que se trata de um emprego digno
(trabajo Digno).Por conseguinte, é necessário não só estabelecer o trabalho como
«um emprego como qualquer outro», mas também distanciar-se das atividades que
parecem ser socialmente «indignas», como por exemplo o roubo.
Ao contrário de outros casos que surgiram com a crise, tais como fábricas
controladas por trabalhadores, em que os trabalhadores ligavam a noção de trabalho
digno ao conceito de trabalho digno, a razão para recuperar a central era manter os
seus empregos na fábrica (Fernandez Alvarez 2007) — no caso destas novas
circunstâncias, uma vez que o seu trabalho não é amplamente considerado como
trabalho, a ideia da dignidade só pode emergir de um conceito puramente abstrato de
trabalho. Muitas vezes, as próprias cirujas mencionam esta atividade como não
trabalho (Perelman 2011b).Este ponto de vista está na base de respostas como Felipe
Felipe («Se for possível obter um emprego num restaurante, utilizo-o») ou, como é
habitual durante o meu trabalho de campo, quando cirujas se introduziram como
desempregadas, apesar de ganhar dinheiro através da sua recolha. No entanto, a sua
posição como trabalhadores do setor da colheita é uma tentativa de se manter dentro
do quadro de imalidade e, assim, de se tornar matérias merecedoras para os seus
CONTESTAÇÃO DO DESEMPREGO 123
próprios olhos, bem como aos olhos de outros. É por isso que os esforços «para
obter dinheiro» e «criar trabalho», mesmo quando estão desempregados, estão no
centro das suas descrições de quem são e do que fazem.
A dignidade, para o círculo, está relacionada com o orgulho de criar trabalho e
com o esforço de «sair todos os dias», mesmo que esteja doente ou se sinta dor,
independentemente das condições meteorológicas, quente ou frio, se chove ou é
soalheiro. Esta ênfase no orgulho e no esforço é necessária para superar o
sentimento de vergonha e os stres dos outros. Para se construir como pessoas que
exercem uma atividade digna, os cirujas questionam as imagens hegemónicas sobre
os trabalhadores, mas, ao mesmo tempo, recorrem ao discurso hegemónico de
trabalho para descrever cirujeo.Existe um processo de ajustamento moral no qual
surgem sentimentos que são aparentemente contraditórios, orgulho e vergonha.
Previsibilidade e estabilidade
no desemprego
As Cirújas não só procuram ativamente determinar a sua situação de rendimento
como trabalho, mas também produzem constantemente previsibilidade. 14 Para essas
pessoas, a atividade de recolha torna-se apenas o trabalho através da criação de um
tipo de relações sociais e económicas previsíveis e estáveis que se lembra de
experiências de trabalho anteriores. Através da criação destas relações estáveis, os
cirujas são considerados trabalhadores.
Este tipo de processos é também um aspeto económico:As Cirújas dependem do
que podem encontrar diariamente. Por conseguinte, têm de transformar a
recuperação proibida de resíduos que se encontram nas ruas para uma forma de
trabalho legítima e previsível. Para o efeito, as cirujas interagem com os vizinhos
da cidade de Buenos Aires e com os compradores destes materiais. Os
selecionadores constroem geralmente clientes em rotas estáveis:as pessoas ou os
estabelecimentos que mantêm materiais de reciclagem para eles. A geração e a
presença destas relações pessoais constituem uma prática que reforça a sua
capacidade de obtenção de materiais, gerando um sentimento de segurança e
obtendo acesso a outros «benefícios», como o vestuário, a alimentação ou o
mobiliário, que os vizinhos já não querem.
Os colecionadores dedicam uma grande quantidade de tempo a gerar e manter
essas relações. Um dos aspetos mais importantes consiste em agir bem: Deixar tudo
limpo após o rum através dos sacos; não impedem o tráfego com os seus
automóveis; não deve esmorecer; não se encontrem em estado de embriaguez; ter
conversações amigáveis com os clientes, etc. Esse «bom comportamento» foi para
muitos homens de portas e vizinhos a explicação da razão pela qual mantiveram os
124 CAPÍTULO 5
sacos de lixo para algumas cirujas.Um edifício de um homem que gostou de ajudar
Daniel depois de me disse-me, «está desempregado, mas é bom.» A ideia de que
Daniel é um «bom guy» fez referência a um conhecimento pessoal criado com o
decurso do tempo e através de conversações e mensagens diárias, bem como do
homem que observou as ações de Daniel durante a sua recolha. Daniel tentou ser
cordial e respeitador dos seus vizinhos. Depois de me disseme, «Quando fiz uma
pesquisa em sacos, tenho de tomar as precauções necessárias para não os quebrar,
porque, se isso fosse, as pessoas não me dão mais. Devo deixar tudo limpo. Passo a
apresentar-vos; Devo ser espécie. Os sacos de sacos de saco são aqueles que não
dispõem de itinerários fixos.
Os conhecimentos pessoais têm também outro efeito estabilizador. Entre as
cirujas e os «clli», circulam não apenas elementos materiais. Outra forma útil de
manter relações leais e de comportamento é a expectativa criada para a mobilidade
ascendente e a possibilidade de deixar para trás a atividade de recolha.As Cirújas
veem os vizinhos como pessoas que os podem empregar para outras tarefas, a fim de
as ajudar a ir além do cirujeo.Durante o meu trabalho de campo, ouvi notícias de
objetos de coleção sobre outros colecionadores que, ao falar com pessoas, se
revelaram a si próprios e a outros que tinham um veículo aquático e que estavam
empregados. Um dos colecionadores disse-me que «a fim de o conseguir, deve
mostrar outros que é bom, que trabalha, um homem digno».
Em duas vias diferentes (e aparentemente contraditórias), esta consideração
imaginária que afeta uma espécie de «bem» fazia algumas cirujas melhores.Por um
lado, para ser um bom cirluja que recolhe lixo, o lixo implica um trabalho diário
que contribui para a estabilização da tarefa. Por outro lado, a possibilidade
imaginária de abandonar esta situação também contribui para ser melhor circuja.
A intenção de criar uma rede a fim de obter um certo grau de estabilidade não é
apenas alcançada através das linhas gerais das vias de recolha, mas também no
processo de venda. Tal como no seu relacionamento vizinho ou — cirluja, as
empresas de recolha de relações estabelecem com os intermediários dos armazéns
onde vendem os seus materiais não só económicos. Estas relações incluem
diferentes tipos de intercâmbios, bem como formas variadas e níveis de
conhecimento pessoal.
As Cirújas não são empregados dos armazéns. No entanto, num esforço mútuo
para garantir a estabilidade, a interdependência é gerada como se fossem
trabalhadores. Uma forma de estabelecer obrigações recíprocas é o aluguer de um
carrinho. Para o fazer, os depósitos exigem que as cirujas lhes vendam os seus
produtos. Esta situação implica que as cirujas estão a seu cargo, mas, ao mesmo
tempo, são libertadas de ter de investir tempo e dinheiro na aquisição do carrinho.
Os armazéns localizados em zonas onde as cirujas vivem lhes permitem realizar a
atividade com um investimento relativamente reduzido do seu capital próprio.
CONTESTAÇÃO DO DESEMPREGO 125
que têm uma força de trabalho pronta para serem fiéis aos mesmos; em
contrapartida, os utilizadores têm a oportunidade de trabalhar e obter um «estatuto
social mais elevado».
Na interação entre clientes e cirujas, é necessário prever a sua capacidade através
de relações diárias, o que produz um efeito estabilizador sobre a atividade. Com o
tempo, as cirujas estavam cada vez mais ligadas à atividade, a beco mais estável no
seu desemprego, tornando-se assim, em termos de Osvaldo, pessoas não
empregadas.
A estabilização e a previsibilidade fazem parte da pesquisa de um «larela rela-
».As «garantias» e as ideias que Osvaldo, Felipe, e Estela falou estão relacionadas
com a procura de estabilidade. A estabilidade e a previsibilidade são fundamentais
não só como vetor económico, mas também como parte do modo como as relações
sociais são
construídos. Trata-se de uma forma de relações e de laços sociais, mas também de
ideias morais, valores em que os intervenientes acreditam. Tudo isto nem sempre é
transparente para os próprios intervenientes. Em muitos casos, não estão conscientes
de que a estabilização esteja a ser produzida. Ainda mais, dado que, em muitos
casos, vi durante o meu trabalho de campo, as ações dos intervenientes contribuem
para uma estabilização indesejada, uma vez que se verificou uma enorme diferença
entre o que pretendiam pelos seus futuros e a forma como se relacionavam com
outros intervenientes. Assim, as ações dos intervenientes contribuíram para a sua
estabilização num período ainda estigmatizado e ainda não queriam continuar.
Ann E. Kingsolver
Experiências diferenciais de
precariedade económica na Carolina do
Sul
A Carolina do Sul tem uma população de pouco mais de 4,75 milhões de habitantes
a viver em cerca de trinta mil quilómetros quadrados de terra, desde o «país de
baixo país» até ao «país de topo», na parte ocidental do Estado, que inclui um
pequeno número de distritos na área de serviço da Comissão Regional do Estado, de
15. Três quartos dos milhões de Carinianos do Sul são considerados rurais pelo
recenseamento dos EUA; cerca de dois terços das pessoas que residem nos seus
habitantes tificam como brancas (ou europeias), 28 % como África e mais de 5 %
como Latino/a. residentes que identifiquem como Latino/a, da América da Ásia, da
América Nacional e de outras formas não estão frequentemente representados em
discursos estatais, devido à divisão binária branca binária dos processos de raça
branca (Omi e Winant 1994), que organiza a distribuição de poder simbólico,
económico e político no Estado (ver Kingsolver 2006).De acordo com o
recenseamento dos EUA, a taxa de desemprego rural em 2012 era superior a 12 %,
enquanto a taxa de desemprego urbano era inferior a 9 %.Mesmo antes da crise
económica nacional de 2008, já se salientavam economicamente; muitos dos
residentes do Estado têm vindo a cobrar faturas e faturas dos cartões de crédito ao
longo de vários anos, o que tornou muito difícil lidar com a crise de crédito e as
alterações nos regulamentos de falência dos EUA que tornaram a dívida mais difícil
para os indivíduos e menos difícil para as empresas (ver Kingsolver 2008).Um
grande número de agregados familiares satisfaz as necessidades básicas, incluindo o
seguro de saúde. Entre 2000 e 2007, um período em que o número de crianças não
seguradas a nível nacional sofreu uma redução de 2,8 %, o número de crianças não
seguradas na Carolina do Sul aumentou 76 % (Estados Unidos, Cen, valores anuais
da Mesa, em comparação com AFL-CIO 2009).Em 2007, mais de 20 % das crianças
ZONAS DE VISIBILIDADE/VISIBILIDADE131
com menos de 18 anos viviam em situação de pobreza (Food Research and Action
Center 2008).Entre 2007 e 2009, o desemprego e a insegurança alimentar
aumentaram drasticamente no Estado. No início de 2009, a taxa de desemprego do
Carolina do Sul foi apenas em segundo lugar no que se refere ao Michigan nos
Estados Unidos, e o número de famílias que procuram assistência alimentar junto do
Banco Alimentar da Carolina do Sul aumentou 142 % entre janeiro de 2008 e
janeiro de 2009 (The Harvest 2009).
Estes dados sobre o desemprego e a insegurança económica não tornam
necessário ter em conta a ocorrência, por vezes extrema, das desigualdades
económicas, o que requer uma melhor ilustração. O corredor rural I-95 Norte-Sul,
situado apenas a oeste da zona costeira de baixo país e documentada no corredor de
Shame — é constituído por províncias com populações rurais maioritariamente
africanas deslocadas pelo desenvolvimento costeiro (controlado principalmente por
investidores europeus, ou branco, investidores) e que, muitas vezes, prestam o
serviço para as comunidades costeiras (frequentemente reunidas).Mesmo antes da
crise económica de 2008, registou-se uma insegurança alimentar e uma elevada taxa
de desemprego em Alendale, Carolina do Sul, uma dessas comunidades. Os
residentes de Allenale registaram mais de 25 % de desemprego, e muitos
trabalhadores registaram mais de quatro horas por dia em autocarros para trabalhar
em autocarros de baixa remuneração para os consumidores de maioria branca em
zonas costeiras como o Hilton Head. Na região de Beaufort, imediatamente fora das
comunidades abrangidas do Hilton Head, arrangan e Glameier (n.d. 3), calculada
que, em 2000, a taxa de desemprego branco era 247 % mais elevada do que a taxa
de desemprego de cor branca, uma disparidade racial que não demonstrou nos dados
publicados sobre o emprego do condado. O desemprego rural é, paradoxalmente,
insuficiente ou «hid den» em termos claros (Orenstein 2011, 38), como as zonas de
comércio externo que se encontram cada vez mais nas zonas rurais quando se trata
de debater o desemprego rural como uma questão social, mas hipervisível quando é
mercantificada e comercializada junto de potenciais empregadores. A
mercantilização das taxas de desemprego nas zonas rurais baseia-se em pressupostos
sobre a conveniência de potenciais consumidores de uma empresa justa (em parte
devido ao acesso ao transporte), com salários baixos e não sindicalizados.
Quando mudei para a Carolina do Sul em 1996 para ensinar na Universidade da
Carolina do Sul e estava a trabalhar nas histórias da NAFTA: Esperanças e Dreams
no México e nos Estados Unidos (Kingsoliver 2001), assisti a um grande interesse
nas zonas de comércio externo que tinham sido estabelecidas para comercializar a
disponibilidade de impostos baixos e salários baixos na Carolina do Sul junto dos
fabricantes internacionais e como a maioria dos residentes do Estado parecia estar
ao corrente da existência dessas zonas. As zonas de comércio externo foram
estabelecidas nos Estados Unidos através do Foreign Trade Zone Act de 1934 e
132 CAPÍTULO 6
famílias que vivem abaixo do limiar de pobreza como Greer e Greenville. Isto
ilustra a impossibilidade de compreender o desemprego através de uma lente
unificada de identidade urbana/rural ou de país/país de topo/país/identidade baixa do
país na Carolina do Sul.
Há micropolítica de marginalização e de marginalização social ou reivindicações
de recursos económicos, sociais e políticos, mas também existem padrões de
disparidade nas zonas rurais em todo o Estado. Em 2013, por exemplo, o Governo
de Gov ou a Nikki Haley propôs o encerramento de todos os serviços de
desemprego nas zonas rurais: «O Department of Employment and Workforce
(Ministério do Emprego e da mão de obra) anunciou que iria acabar com a
assistência ao desemprego em 17 escritórios rurais, forçando os residentes nessas
áreas a conduzirem a outro serviço para uma ajuda personalizada» (Largen
2013).Devido à falta de acesso a transportes públicos (e privados, em muitos casos)
e a outros desafios relacionados com a organização de uma viagem para os serviços
de desemprego urbano, tal teria sido uma dificuldade desproporcionada para os
desempregados rurais. A falta de acesso à Internet para poder utilizar os serviços de
desemprego à distância também constitui um problema que foi articulado pelos
opositores a esta medida proposta para o Estado. A Associação de Segurança do
Trabalho do Carolina do Sul, que tinha sido uma comissão independente com
liderança na América largamente africana, foi reestruturada após a crise económica
de 2008 e 2009 para comunicar diretamente ao governador da Carolina do Sul como
parte do gabinete, e passou a designar-se Department of Employment and
Workforce (Ministério do Emprego e dos Trabalhadores).Defendi que tal reflete
uma mudança na ênfase da segurança económica dos Carolingue do Sul para as
necessidades de potenciais empregadores empresariais que o Estado estava a tentar
atrair, sendo o próprio desemprego mercantificável nesse projeto para atrair novos
empregadores para o Estado. Em movimento neoliberal paralelo, verificou-se uma
passagem de uma conta de entidades patronais capaz de assegurar o bem-estar dos
trabalhadores, a fim de proteger os empregadores da responsabilidade dos
trabalhadores em geral com a contratação através de agências de pessoal temporário.
O papel das agências de pessoal temporário aumentou fortemente no Sul da
CARO desde a crise económica de 2008. Um profissional dos serviços de emprego
informou-me numa entrevista:
essas agências de pessoal e é por isso que muitas empresas estão a puxá-
las. Assistimos a um aumento das agências de pessoal que utilizam os
nossos serviços durante o último ano, devido ao facto de tantas empresas
terem de entrar na empresa. Tem de o fazer através dessa agência. Vimos
algumas novas. Nunca ouvi ouvir. E estão constantemente a mudar os
seus nomes. Estão a ser adquiridos por outras empresas. Existem, em todo
o lado, empresas de pessoal. É o que está a ver. Alguns deles nem sequer
põem em pessoal o seu pessoal. Verificou-se, com certeza, um aumento
das agências de pessoal desde 2008. A Bosch, mesmo a Boeing a contratar
por intermédio de empresas de pessoal e, em seguida, terá a seu cargo a
partir desse país. A agência de pessoal é responsável por tudo....As
empresas de pessoal cresceram tão.
em vez de todo o fabrico ter ocorrido nas fronteiras nacionais. A Boeing fez uma
forte utilização das zonas de comércio externo, copiando as técnicas de fabrico
internacional da Toyota «just-in-time» e «pobre» e passando de uma estrutura
familiar «familiar» com uma sede geográfica no Puget Sound, em meados do século
XX, para uma mão de obra transnacional que se expande e contratos com as
necessidades do mercado (Greenberg et al.2010).A empresa foi objeto de uma fusão
com a empresa aeronáutica concorrente aeronáutica McDonnell Douglas, grande
redução de efetivos após 9/11, incerteza no planeamento dos contratos de defesa dos
EUA devido à crise económica, a pressão sobre a união maquinadora em
Washington, que pressiona para enfraquecer o seu contrato ou perder postos de
trabalho às fábricas em Estados de direito à obra, como a Carolina do Sul, e a mis
haps com baterias de lítio em 787 Dreamliner com baterias de lítio.
O estado da Carolina do Sul investiu muito para se tornar um dos sítios na ténia
da Boeing da assembleia transnacional: 450 milhões de dólares em incentivos em
2009, com mais 120 milhões de dólares oferecidos à empresa em 2013 (Wise
2013).Uma vez que os países estavam em concorrência com a produção de
aeronaves da Boeing 777X, a Governadora Nikki Haley afirmou que a aresta sul da
Carolina tinha sobre o Estado de Washington o seu estatuto de trabalhador:
Conclusão
Este capítulo descreve o desemprego rural como um fator cada vez mais baseado na
venda das regiões, como o país de baixo país e o país de topo da Carolinga em
condições de concorrência, em locais de produção, distribuição e consumo
transnacionais. Uma vez que os consumidores exigem preços mais baixos, esta
pressão continua. Trata-se de uma estratégia paradoxal, na medida em que a retórica
do desenvolvimento económico é utilizada para promover o bem-estar das pessoas
em situação de precariedade. Mas isto não é de modo algum o fim da história. A
Caroliniana do Sul não é apenas o homem nem os trabalhadores, mas também os
consumidores e os eleitores e, como tal, participa em muitos discursos complexos e
transversais relacionados com a identidade, o emprego e os pontos de vista do
futuro. Existe uma agência rural na construção de meios de subsistência sustentáveis
e colaborativos em várias divisões; O meio rural não significa «isolado», embora
este seja invocado simbolicamente (trabalhadores rurais há muito envolvidos em
muitos circuitos de mão de obra); além disso, existem trabalhadores estatais que não
reproduzem o discurso do Estado. Todas as pessoas com quem falámos no âmbito
deste projeto acreditavam que estavam a contribuir, de algum modo, para o bem-
estar dos Carolinanos do Sul através das suas ações. De que forma poderá ser
possível contestar a visibilidade seletiva e a frequência de um maior cuidado e
oposição à naturalização e à mercantilização da precariedade?Os trabalhadores
rurais, marginalizados e desempregados têm frequentemente excelentes análises
deste processo, como já foi ouvido no âmbito deste projeto etnográfico na Carolina
do Sul, e debates transregionais como os que são facilitados entre os trabalhadores
das fábricas em Chihuahua e Guanjuato, no México, e o Tennessee Este, através da
Rede de Renovação Industrial (Ans- ley e Lewis, 2011), são uma excelente forma
de demonstrar que uma força flexível de mão de obra pode significar que uma força
flexível de mão de obra não é a única imaginada como passiva mercantificada.
7
DESEMPREGO DOS JOVENS,
PROGRESSOS E VERGONHA NA ETIÓPIA
URBANA
Daniel Mains
Os grupos inativos dos jovens dependem do seu calçado de couro engrossado, mãos
em bolsos, vestir-se com as camisas limpas e vestir-se com camisolas não montadas
de cenas que são comuns nas cidades etíopes no final da década de 1990 e no início
da década de 2000. Na Etiópia urbana, a taxa de desemprego dos jovens com idades
compreendidas entre os 18 e os 30 anos foi estimada em mais de 50 % e a maior
parte dos desempregados eram pessoas à procura de emprego pela primeira vez sem
trabalho durante três a quatro anos (Serneels 2004). 1 Desempregados de Jimma,
uma cidade étnica e religiosa de cerca de 120,000 habitantes situados no sudoeste do
país, joga-se com frequência de que a única alteração das suas vidas diz respeito aos
contornos da sombra de um lado da rua para outra com a passagem do sol. estes
jovens usam do tempo como uma quantidade demasiado abundante e
potencialmente perigosa. Passaram os dias para mastigar o chat, um estimulante
produzido localmente; ver os vídeos mais recentes de Hollywood, Bollywood, ou,
muito mais raramente, Etiópia; E, acima de tudo, dialogar com uma outra em
mastigação, a conversa divertida que é um favorito de muitos etíopes.
Quando pedi aos jovens sobre o desemprego, afirmaram que simplesmente não
havia trabalho a ter, mas, quando empurra, apontando para outros jovens que
estavam a trabalhar, alegaram que era impossível trabalhar na Etiópia devido a
yilunnnta.Tem yilunnnta é a experiência de vergonha, com base no que outros
pensam e afirmam sobre a sua família (Polluha 2004, 147; Heinonen,
2011).Yilunnnta é como um mosqueado que se encontra ao ar livre no ouvido,
recordando que outros estão a assistir e julgar. Durante um debate de grupo, um
jovem desempregado explicou que «nunca trabalharíamos como um porter. Neste
146
DESEMPREGO DOS JOVENS NA ETIÓPIA URBANA 147
caso, o tipo de trabalho não é respeitado e este tipo de trabalho não é respeitado. As
pessoas vão parar por si, prevendo-se que respeite. Se avançarmos no estrangeiro,
podemos trabalhar sem ser insultado. Não é possível ver outros países, mas
queremos ser livres de trabalhar e ajudar as nossas famílias.»
No presente capítulo, analisarei o iiluncta e o estatuto profissional a fim de
chamar a atenção para a importância das relações sociais para a compreensão do
desemprego, bem como para o problema conexo de registar progressos ao longo do
tempo. Na Etiópia, o emprego é muitas vezes concebido não só em termos de mão
de obra e salários, mas também em relação às interações sociais associadas a
determinadas profissões. SiMI lar na sua perspetiva de trabalho, os jovens dos
homens na Etiópia avaliam os progressos em termos de relações sociais e
consideram o movimento espacial como a solução para a sua incapacidade de sofrer
mudanças na sua posição social ao longo do tempo.
Descreverei o desenvolvimento de uma população de grande dimensão, jovem,
urbana na Etiópia, como um processo em três partes que inclui a expansão da
educação, a redução das oportunidades de emprego no setor público e o
funcionamento de valores culturais que provocam que as formas de trabalho
disponíveis sejam consideradas indesejáveis. Enquanto os dois primeiros aspetos
deste processo são comuns a muitas regiões do mundo, o terceiro é específico do
caso etíope. A segunda metade do exame de capítulo segue os discursos dos jovens
do sexo masculino sobre o progresso e a migração. Os jovens de Jimma fazem
frequentemente observações como: «Podemos viver como o frango, estamos a
comer e dormir» para expressar as suas frustrações com a sua incapacidade para
progredir ao longo do tempo. 2 Uma vida de «comer e dormir» era contrastada com
uma que implicava uma mudança ou uma melhoria. Os frangos vivos, como os
frangos, implicavam que o tempo de vida carecesse de significado, que um só se
mudou para aqui e aí não tinha qualquer finalidade para além de preencher o
estômago de um. Idealmente, para os jovens do sexo masculino, a vida teria lugar ao
longo de uma série de melhorias progressivas, mas a maior parte dos homens
continuou a viver com os seus pais em dez anos e a não conseguir casar ou iniciar as
suas próprias famílias.
A «solução» para este problema temporal de realização de progressos, tanto
imagindi como em termos de estratégias sociais efetivas, envolveu uma espécie de
«solução espacial», mas bastante diferente daquela que se tornou famosa por David
Harvey (1991).Os jovens homens procuraram mudar-se, tanto na Etiópia como fora
dela, para a África do Sul, para a Europa e, mais frequentemente, para os Estados
Unidos — para escapar a yilunnanta e para assumir o trabalho que nunca teriam
realizado no seu país de origem. Neste discurso, foi restabelecida uma visão
progressiva do tempo que o migrante bem sucedido foi imaginado para regressar a
Jimma para levar a cabo projetos como a construção de hotéis de quatro histórias e
148 CAPÍTULO 7
salário reduzido por trabalhos exigentes (mesmo o calçado de brilha pode, por
vezes, trazer consigo um rendimento com receitas elevadas), mas devido a yilunnat,
especificamente o medo do que outros poderiam pensar ou dizer sobre uma ou uma
família se se considerasse este tipo de trabalho. Como um jovem explicou, «Na
Etiópia há trabalho, mas a maioria das pessoas não o faz. Os jovens dependeriam,
pelo contrário, dos seus pais do que um trabalho mais baixo. Se não conseguirem
trabalhar com o governo, apenas sentariam e esperariam. Receiam o que as pessoas
irão dizer sobre o seu trabalho.»
Embora o trabalho de baixo estatuto não tenha fixado as restrições estabelecidas
em termos culturais quanto às interações sociais associadas a profissões artesanais
no passado, este tipo de trabalho ainda coloca um tipo de pessoa singular de
categoria A, que é tratado de forma diferente dos outros. 5 Uma vez que um jovem o
colocou no que se refere ao trabalho mais baixo, «Se alguém afirma «chegar»,
trabalha em profissões mais baixas para se colocar no fim das relações de
autoridade, e um teve de estar preparado para aceitar esta transformação. Durante a
minha investigação, passei longos períodos de tempo a desenvolver a observação
dos participantes entre os jovens do sexo masculino que trabalham como
replecionos de bicicleta, os vendedores de relógios, os barberes e outras profissões
que foram estigmatizadas num contexto urbano contemporâneo. Nas interações com
outras, eram sistematicamente faladas por um imperativo e raramente puderam
participar em debates equitativos. Os homens jovens que se queixam de terem sido
vítimas de insultos, por exemplo, são chamados «ladrões», não sendo, de um modo
geral, convidados a casamentos ou a outros eventos sociais importantes. Se eles
próprios chegaram por si próprios, não seriam afastados, mas a sua presença seria
muito provavelmente ignorada, não sendo possível cumpri-las nem incentivá-las ou
incentivá-las a comer.
As relações hierárquicas estão generalizadas na Etiópia, mas existe uma
diferença entre a sujeição da pessoa em causa com base na idade ou no sexo e a
possibilidade de o fazer em troca de dinheiro. Para que uma mulher se submeta a um
homem ou a um jovem para se apresentar a um idoso, é considerado como
comportamento do modelo que se deve procurar emulate (Poluha 2004).Nestes
casos, a manifestação de respeito ou deferência é a de cho, de modo livre, e um sinal
de bom caráter. A pessoa que é diferida deverá proporcionar um certo nível de
proteção ou orientação para o seu ou o seu jantar. As relações entre professores e
pais constituem bons exemplos desta dinâmica. Em contrapartida, demonstrar
deferência no contexto do trabalho não implica uma relação pessoal. O trabalhador
está apenas a seguir ordens para aceder a dinheiro e não existe qualquer expectativa
de uma relação mais profunda. O trabalhador existe na parte inferior de uma
hierarquia de poder sem relação de proteção e obediência pessoais correspondente.
Em alguns casos, existe uma forma positiva de relação entre o trabalhador e os
DESEMPREGO DOS JOVENS NA ETIÓPIA URBANA 151
seus clientes. Em Amaric, tanto o vendedor como o cliente são designados como
demibena se existir uma relação entre eles. A existência de uma relação de
demonstração implica um grau de lealdade. O cliente não deve comprar noutro
local, e a dor deve oferecer um preço favorável. Embora a relação de demonstração
seja impressor, só existe no momento da transação. O vendedor e o vendedor estão,
em igualdade de circunstâncias, em condições de igualdade de momento, cada um
em que ajuda a outra a obter as suas necessidades e, em seguida, essa relação
termina até que seja feita outra compra. Não abrange geralmente outros aspetos da
vida social. Não seria de esperar a presença de uma deibena num casamento. O
formulário é um meio de estabelecer a civilidade numa outra interação sensata, mas
não implica a existência de uma relação que se assemelha ao modelo de cliente e se
estende para além do momento do intercâmbio.
A relação demibena pode ser comparada com a natureza prestigiosa do
emprego público que desempenhou um papel fundamental nas aspirações dos
jovens. Quando questionados sobre o tipo de trabalho que pretendiam, a maioria dos
jovens respondeu simplesmente «trabalho do governo» («mentista»).O trabalho do
Governo engloba uma vasta gama de profissões, desde o serviço até ao
administrador, e a juventude manifestou um desejo geral de emprego público e não
de uma determinada profissão. O desejo de estatuto tem limites. Com início em
cerca de 2008, a Etiópia registou uma inflação rápida e os salários do Estado não
acompanharam o custo de vida. Embora seja cada vez mais raro que os jovens
aspiram a um emprego público, tal foi bastante comum em Jimma no início da
década de 2000.
O prestígio do governo decorre do facto de a subordinação e o intercâmbio
relacionados com o trabalho serem realizados com base em relações que se
estendem a todos os aspetos da vida e não se limitam ao momento da transação. Tal
como no caso do trabalhador de fraco estatuto, a concessão, a concessão e a
subordinação são indicadas. Mas há pouco sentido que um esteja diretamente a
trocar o trabalho do que um recebe. Ao contrário do dos trabalhadores mais baixos,
o salário dos funcionários públicos não corresponde diretamente à produção. É
frequente o trabalho do governo passar longos períodos de tempo longe de trabalhar
em funerais e noutros eventos sociais, o que implica que o seu salário não se baseia
diretamente no tempo passado no trabalho. Além disso, as relações entre os
trabalhadores do governo não se estendem para além do local de trabalho. Por
exemplo, um administrador assiste normalmente ao funeral de um serviço, se os
dois forem empregados no mesmo composto governamental. Muitos dos benefícios
materiais controlados pelos trabalhadores do governo estão ligados ao acesso a
indivíduos poderosos e à oportunidade de distribuir melhor habitação, educação e
emprego. A atribuição e receção neste contexto ocorre porque existe um «navio»,
não apenas no momento da transação, mas em todos os aspetos da vida.
152 CAPÍTULO 7
Este contraste não deve ser concebido como uma troca de lucros versus uma
forma de intercâmbio com base na relação, com uma troca de lucros que representa
a intrusão de uma economia de mercado (Tausig 1980).Os etíopes urbanos não
avaliaram, de forma negativa, a acumulação através do intercâmbio de resultados.
Os proprietários de empresas bem sucedidos dependem de um intercâmbio
impessoal para acumular riqueza e, como tal, manifestam elevados níveis de
prestígio. No entanto, contrariamente aos jovens que trabalham, os proprietários de
empresas nunca estavam em condições de vender o seu trabalho diretamente a um
cliente. Isto significava que a sua interação com outros não implicava subordinar
eles próprios a intenção de aceder à riqueza. Os proprietários de empresas
participaram diretamente em relação a navios com os seus trabalhadores, mas
estavam em posição de poder e muitas vezes procuraram imbuir estas relações com
qualidades pessoais que iam além de uma simples troca. O estatuto de baixo estatuto
estava associado não tanto à intenção de acumular lucros como à subordinação de si
próprio sem a presença de uma relação alargada a outros aspetos da vida para além
do momento do intercâmbio.
Neste sentido, os jovens avaliaram uma ocupação não só com base na sua
atividade de acumulação de riqueza, mas também em termos da sua associação com
uma qualidade específica das relações sociais. O emprego do governo que a maioria
dos jovens pretendia proporcionar uma forma segura de rendimento, além de ter
colocado no interior de uma hierarquia de poder que era acompanhada de relações
pessoais estreitas. Como expliquei na secção seguinte, devido a mudanças
económicas locais e internacionais, o trabalho do Governo não estava disponível e a
maioria dos jovens escolheu o desemprego. No entanto, não é bastante exato
conceber que os jovens escolham entre o desemprego e o emprego. A juventude foi
confrontada com uma escolha entre formas contrastantes de se posicionar
socialmente, e a vergonha de yiluncta impediu os jovens de se dedicarem a um
trabalho socialmente indesejável. Isto era válido não só para os jovens do sexo
masculino relativamente abastados, mas também para os que provêm de famílias
com poucos recursos económicos. 6 Para trabalhar ou não trabalhar foi uma decisão
social.
Educação e Expectativas
A função de iilunnnta e os valores que rodeiam a situação profissional na criação de
um grande número de jovens desempregados é um fenómeno historicamente
específico. O facto de trabalhar em determinadas profissões deve ser considerado
vergonhoso devido às expectativas em torno da educação e da estrutura de
oportunidades urbanas. Estas dinâmicas são também parcialmente responsáveis pelo
DESEMPREGO DOS JOVENS NA ETIÓPIA URBANA 153
de se deslocarem para casa dos pais para se casar e iniciar as famílias. Por último, os
jovens consideram que um homem deve apoiar os pais e, se possível, criar um
projeto ou uma empresa que possa ser útil à comunidade. A maior parte dos jovens
urbanos conseguiram atingir o primeiro passo neste nar rativo e prosseguir a sua
educação ao nível secundário, mas não conseguiram encontrar emprego, o que criou
um ponto morto na prossecução de outras aspirações.
Muitos jovens consideraram que os obstáculos financeiros quase
inultrapassáveis impediram a sua data, casamento e filhos. Alegaram que não
estariam caindo antes da idade de trinta ou cinco anos e apenas se tivessem sido
ricos. As crianças foram consideradas como um resultado natural e desejável do
casamento, o próximo passo no discurso dos jovens sobre a aspirina e o encargo
financeiro da educação das crianças foi um fator adicional que impede os jovens de
alcançarem as suas aspirações. Pura e simplesmente, as crianças não implicam
grandes custos, mas a maior parte dos jovens pretendia um futuro para os seus filhos
que seriam apostados do que o seu. A citação seguinte provém de um jovem
desempregado que me explicou, em primeiro lugar, que não aceitaria formas de
trabalho como as peças de carpintaria ou de espera, uma vez que não lhe
permitiriam obter progressos:
Sem algo grande [uma fonte de dinheiro], não posso sequer pensar no
casamento ou nas crianças. Mesmo se for rico, nunca terei mais do que
duas crianças. Com duas crianças, posso informá-las adequadamente de
modo a poderem chegar à universidade. Se não chegarem à universidade,
enviá-los-ei à América. É claro que poderia obter um emprego e ter filhos.
Mesmo que fosse de apenas 100 bir um mês, poderia alimentá-los com
shuro [ uma pasta de bico picante], mas este tipo de vida não é bom para
as crianças. Não aprenderão de forma adequada, e irão acabar com
calçado ou algo semelhante. Quer que os seus filhos tenham uma vida
melhor do que ela. Quer melhorar e ter uma vida boa.
Uma perspetiva semelhante provém de um jovem que auferia dinheiro com a venda
de sandálias com pneus de pneus, mas que continuou a viver com os seus pais:
A tónica colocada na criação de uma criança de uma forma diferente foi elevada,
de modo a que pudessem ter uma vida melhor comum entre os jovens. Estas
declarações contrastam a educação e as famílias pequenas, com símbolos da vida
urbana de menor classe, como o shuro e a partilha de salas para construir diferentes
trajetórias futuras.Os espaços de alojamento e partilha representam os erros dos pais,
ao passo que se pensa que há menos crianças a permitir um investimento pesado na
educação e a criar mais oportunidades para uma aprendizagem mais elevada e um
emprego desejável. Cada uma destas narrativas exprime a vontade de passar de uma
posição de dependência em relação a um mesmo número para apoiar os próprios
filhos. Os jovens de homens foram concebidos, não só em termos de
reposicionamento próprio nas relações sociais, mas também para garantir que os
filhos de um deles também beneficiam desse estatuto.
O problema subjacente à realização desses progressos foi a rutura do equilíbrio
entre a educação e o emprego público. Muitos jovens puderam encontrar trabalho
em profissões de baixo estatuto, mas tal não lhes teria permitido desenvolver as
relações sociais associadas ao par de noções de sucesso em matéria de sucesso
urbana em cidades da Etiópia ou aceder a um rendimento adequado para a educação
dos filhos. Os jovens procuraram, por um lado, preservar a qualidade das suas
relações sociais com outras pessoas, evitando o trabalho de baixa qualidade e, por
outro, criar uma família em que os seus filhos conduziriam a uma vida moderna e
progressiva, mais do que «comer e dormir». para alcançar este objetivo, muitos
jovens optaram por permanecer desempregados. Não podiam aceder aos recursos
económicos necessários para se tornarem adultos em sentido normativo e, por
conseguinte, não podiam circular ao longo do tempo da forma pretendida. Os jovens
estavam numa posição ambígua de continuar a aspirar a tornar-se adultos e a
reposicionarem-se nas relações sociais, mas sem qualquer fé que este processo
pudesse ser realizado a nível local.
James Ferguson (2006) argumenta que as mudanças económicas associadas à
neolib desviaram os africanos da participação em discursos progressivos de
desenvolvimento, criando uma situação em que a melhoria do nível de vida através
de progressos lineares deixou de ser possível. Por outras palavras, a separação entre
a experiência e as expectativas de que Kosellek colaboradores com progressos
160 CAPÍTULO 7
transformação interna para si próprio. Esta tarde, um dos jovens wers « chat» deu-
me a palavra «antes e depois» das suas fotografias antes e depois da sua partida para
os Estados Unidos e outra depois. A diferença não me parece imediatamente visível,
mas explicou: «É claro que se tornou gordura, mas a pele é, na realidade, a sua pele.
Os seus perfis de «pele».De acordo com estes jovens, os Estados Unidos são jovens
e saudáveis.» Segundo estes homens jovens, os Estados Unidos são um terreno em
que não há principiantes, qualquer pessoa é gordura, e as pessoas pagam o
equivalente a meio mês de salário a um trabalhador governamental da Etiópia de
baixo nível que tenha lavado os cães lavados. Em resposta às minhas tentativas de
fornecer uma imagem mais completa da vida nos Estados Unidos, um dos jovens
gritos, «Listen Danny, a vida de um cão na América é melhor do que um ser
humano na Etiópia!»
Nos debates que referem a cultura pop ocidental e comparam a Etiópia com os
Estados Unidos, os jovens definem a sua própria vida em termos de ausência de
entretenimento, ausência de saúde, ausência de modernidade. Estas narrativas são
semelhantes ao conceito de Charles Piot (2005) de «viver no exílio» dentro do
próprio país da vida moderna que um desejo. A migração devia ser completamente
transformada. A afirmação «Podemos viver como frangos vivos» e a comparação
negativa de uma vida etíope com a de um cão nos Estados Unidos implicam que não
há nada de ser humano na vida na Etiópia. É certo que um não pode ser
verdadeiramente uma pessoa sem abandonar o país.
Apesar de poderem conceber a Etiópia como intrinsecamente «retrospetivos»
através da circulação de homens jovens, os jovens passam rapidamente de «viver
como um frango» para o tipo de vida saudável e com significado que se presume
existir noutras partes do mundo. No discurso da juventude, são espaços e não
pessoas que são fixados atempadamente, permitindo assim que os indivíduos
realizem progressos através do movimento espacial. A mudança ocorre não só com
a mudança, mas também através da referenciação de qualidades simbólicas
associadas a outros espaços. Neste sentido, é possível obter progressos através da
manipulação das qualidades espaciais, apesar da incapacidade de participar em
narrativas temporais dos progressos.
A utilização do espaço para superar problemas de tempo num contexto de
declínio económico é uma estratégia amplamente utilizada em África e noutras
partes do mundo. Na Etiópia urbana, o movimento espacial não era apenas um
instrumento para contornar o problema de se tornar, permitia também aos jovens
escapar às relações locais. Em geral, a lei dos Estados Unidos da América Ocidental
foi concebida como um espaço em que a liberdade social era possível. Um jovem
com um interesse particularmente forte em viajar para o estrangeiro explicou «Na
Etiópia, há yilunnta.Não estamos aqui livres. Na América, fá-lo-ia muitas coisas.
Gosto de praticar desporto, mas na Etiópia não posso usar calções (shorts).As
DESEMPREGO DOS JOVENS NA ETIÓPIA URBANA 163
Todos querem sair da Etiópia. Tal deve-se ao facto de o trabalho não ser
apreciado neste contexto. Uma pessoa que faça obras de rua como calçado
de limpeza e carros de lavar roupa será insultuosa, especialmente se forem
educadas. Não serão aceites pela sociedade. O meu pai tem um amigo que
trabalha na África do Sul que vende peúgas na rua. É adulto com uma boa
educação. Alguém como ele nunca o faria na Etiópia. Obviamente, pode
fazer mais dinheiro na África do Sul, mas também não existe yilunnta
nesse país. Uma pessoa instruída como a amiga do meu pai será insultada
aqui, e poderá ter de lutar.
Conclusão
Muitas das dinâmicas descritas neste artigo são comuns à juventude que vive em
diferentes áreas do mundo. Em diferentes graus, uma diminuição do valor da
educação, da constrição no setor público, da dificuldade de assumir as
responsabilidades associadas à idade adulta e do interesse crescente pela migração
são temas de estudos recentes sobre a juventude. O argumento específico que
desenvolvi, contudo, tem por base uma nova reflexão sobre estes processos através
de uma análise aprofundada da iilunna e dos valores relativos ao estatuto
profissional. Defendi que a juventude urbana na Etiópia avaliou o emprego não
tanto com base no rendimento e no tempo de trabalho, mas sim em termos do modo
166 CAPÍTULO 7
como o trabalho se situa no âmbito das relações sociais. Ao alargar este argumento
aos cursos e práticas relativos ao progresso e à migração internacional, demonstrei
que tanto o tempo como o espaço são indissociáveis das relações sociais.
O caso dos homens jovens na Etiópia demonstra o problema de uma dicotomia
rigorosa entre desemprego e emprego. A classificação de jovens urbanos como
trabalhadores por conta de outrem ou desempregados ignora a questão mais
importante da sua posição nas relações sociais. Os jovens estudados estavam
principalmente preocupados com a forma como interagiram com outros na vida
quotidiana e com a sua vontade de se reposicionar nas relações de reciprocidade. Os
homens jovens desejavam mudar-se para os Estados Unidos não simplesmente para
encontrar trabalho, mas também para utilizar a distância espacial para se separarem
das relações. Isto não significa que o emprego não é importante. Contudo, uma
dependência excessiva em relação ao (des) emprego como uma categoria analítica
oculta as lutas com relações sociais fundamentais para a vida dos jovens. Em vez de
classificar os jovens com base no seu estatuto de trabalhador, é muitas vezes mais
útil examinar a sua localização no âmbito das relações sociais, tanto no presente
como em relação a um futuro imaginado.
8
TRABALHO EM MOVIMENTO
Parentesco, redes sociais e trabalho precário entre os
migrantes mexicanos
especial os que não têm membros da família, a maioria afirmou que perdeu as suas
famílias. Salientaram também a necessidade de trabalhar e de dispor de dinheiro
para sobreviver. Como disse uma mulher, «Terá de trabalhar, as faturas da
Mucho». outro homem observou que, se não dispunha de dinheiro, não tinha
quaisquer alimentos nem qualquer outro alimento. Esta diferença é muito diferente
da de Mazatecochco, onde todos têm a família, os alimentos e um telhado sobre o
seu chefe, ainda que não estejam presentes ou subempregados. Assim, o
desemprego no contexto da vida nos Estados Unidos foi conhecido de forma muito
diferente, tanto emocional como financeiramente, do que o desemprego em
Mazatecochco.
Em Nova Jérsia, a maior parte dos homens I falou com uma casa ou apartamento
arrendado com um certo número de outros homens e, por vezes, de mulheres.
Geralmente, várias pessoas dormem em camas estreitas numa sala única. Na maioria
dos casos, uma pessoa prepara os seus próprios alimentos ou compra alimentos
prontos a usar. Embora algumas das mulheres que conheço nos Estados Unidos
vivam em condições semelhantes ou tenham vivido em condições semelhantes, é
muito mais provável que vivam com kin, quer porque vieram com os maridos ou
pais ou, mais frequentemente, porque são familiares. Embora os homens também
formem uma família neste caso, o rácio entre os homens migrantes mexicanos e as
mulheres migrantes mexicanas é a vantagem das mulheres, devido à maior
capacidade de sucesso dos homens. 13 Embora os casais e as famílias tenham
regressado a Mazatecochco, a minha investigação sugere que as mulheres e as
famílias são mais suscetíveis de permanecer nos Estados Unidos do que os homens
que vivem sós ou com outros homens, mesmo que os outros sejam filhos ou irmãos.
A presença de kin nos Estados Unidos apresenta inúmeras vantagens. Viver com
kin, em especial uma ou mais mulheres, oferece segurança adicional e uma rede de
segurança. Não só a maioria das mulheres trabalha em matéria de remuneração, mas
a maioria dos homens que comi em Nova Jersey também trabalha na construção ou
na paisagismo. As mulheres trabalham no trabalho doméstico. Embora os homens
ganhem mais (15 dólares por hora em comparação com 8 ou 10 dólares por hora
para as mulheres), o seu trabalho é sazonal. Mesmo quando os tempos são bons, os
homens que trabalham na construção ou na paisagística muitas vezes se encontram
desempregados no inverno. Durante a Recessão, os homens consideraram muitas
vezes que há menos horas de trabalho durante outras épocas. Embora a remuneração
das mulheres seja inferior, o seu trabalho é válido durante todo o ano. O trabalho
doméstico das mulheres parecia também ser menos afetado pelo declínio da
economia dos EUA.
A presença das mulheres é também crucial para a manutenção de mais amplas
redes sociais e kin através da celebração de acontecimentos rituais e rituais como o
Carnival, o dia de santos da comunidade, o Natal e os dias de nascimento.
TRABALHO EM MOVIMENTO 179
não podem ou não os ajudam, muitos San Cosmeros/como parecem ter evitado tais
desnomeações porque, como sempre fizeram, são flexíveis no que se refere às suas
expectativas em relação aos seus familiares (Rothstein 2016).
Nos Estados Unidos, como no México, San Cosmeros/tal como integram novos
contactos através do casamento ou da coresidência, compadrazgo e cooperação no
local de trabalho. Assim, integram novos amigos e conhecidos através de novos
recursos nas suas redes sociais. Isto deve-se à flexibilidade do sistema de
parentesco/sistema rituais com que se depararam no México.
Mas o sistema precisa de mulheres. As mulheres mantêm os contactos; através
do seu trabalho que organiza os contactos, os seus familiares e os seus amigos são
reforçados e alargados. Por exemplo, numa celebração recente em «New Jersey» na
véspera de Natal, cerca de setenta e cinco pessoas reuniram-se em casa de vários
agricultores que vivem numa casa de grande dimensão. Incluíam o seu núcleo
biológico, affinal e rituais que vivia na zona, bem como amigos e trabalhadores. As
cinco mulheres (duas das quais se casaram, uma única mãe, e duas dos seus
adolescentes) que viviam na casa e dois dos seus amigos prepararam pratos
tradicionais, incluindo barras de borrego de cozedura lenta e ponche (punção de
fruta) para todos os hóspedes, muitos dos quais não eram conhecidos antes.
Tal como acima referido, a presença crescente de mulheres permitiu um sistema
de parentesco flexível, semelhante ao de Mazatecochco, também para funcionar nos
Estados Unidos. Para os migrantes dos Estados Unidos, a presença das mulheres
facilita a criação, a manutenção e a adaptação de práticas e valores anteriores de
kkinship e ritual que ajudam os migrantes a sobreviver e desafiam os
condicionalismos da classe, do género e da legalidade 15.
No entanto, muitos migrantes estão, sem mais, no seu lado. Isto parece ser mais
com os homens. Alguns podem ser «trabalhadores por conta de outrem», cujas
mulheres se encontram no México. Van Hook e Zhang consideraram não só que um
maior número de homens mexicanos regressam ao seu país de origem, mas também
que os homens solteiros e os homens casados cujas mulheres estavam no México
eram mais suscetíveis de regressar (2011, 17).Os homens e os homens com
mulheres no México passam a maior parte do seu tempo de trabalho, gastam pouco
dinheiro nos Estados Unidos e enviam a maior parte dos seus rendimentos. Quando
pedi um homem nos Estados Unidos da América cuja mulher e filhos se
encontravam no México por que razão trabalhou durante muito tempo sete dias por
semana, afirmou que o facto de ter pouco tempo de lazer significava que não tinha
muito tempo para gastar dinheiro e, por conseguinte, tinha mais dinheiro para enviar
casa à sua família. 16 Mesmo aqueles que não têm mulheres em casa passam
frequentemente a maior parte do seu tempo de trabalho para poderem guardar o seu
dinheiro quando regressam ao seu país de origem. Os migrantes também evitam
socializar em público, pois isso pode chamar a atenção das autoridades.
TRABALHO EM MOVIMENTO 181
sua participação nas redes sociais. Como o Hellman (2007) sug, os que não têm uma
rede própria do seu próprio «fecho em redes» de outros. A Delunay e a Lefase
(1998) registaram igualmente que, em comparação com os agregados familiares do
México, os agregados familiares dos migrantes mexicanos nos Estados Unidos
incluem frequentemente familiares e amigos colaterais. Sugiro, no entanto, que seja
necessário analisar mais aprofundadamente a relação entre o género, o parentesco,
as redes sociais, o emprego (incluindo o desemprego e o desemprego) e o regresso à
migração. Os antropologistas têm uma longa história de estudo de parentesco e
registam a sua relação com todos os aspetos da vida. Contudo, por alguma razão, o
parentesco e o trabalho (ou a falta de trabalho) não foram amplamente estudados.
Em abstrato para o painel em que se baseia este volume, a Carrie Lane e a Jong
BUM Kwon observaram que «o painel procura..Analisar de que forma o
desemprego e o subemprego podem não ser antropológicos periféricos, mas críticos
para a vitalidade e a pertinência dos projetos antropológicos contemporâneos
(2012).
Concluo salientando este ponto. O subemprego e o subemprego estão
estreitamente ligados a muitas das preocupações mais duradouras e centrais da
antropologia: parentesco e identidade. A forma como a parentesco, a família, a
identidade e o trabalho estão interligados exige a nossa atenção. Tal como referido
pelo estudo da Lane, Katherine Newman, na década de 1980, o estudo da Newman
Newman, refere que os gestores de desempregados «são suspensos e socialmente
isolados sem qualquer sentido estável de que são» (1988, 93).Do mesmo modo, os
trabalhadores despedidos da Coreia, Kwon discute neste volume, consideraram-se
«seccionados». por outro lado, para os trabalhadores de alta tecnologia que a Lane
escreve neste volume, a perda de trabalho não levou a uma perda de identidade.
Também não o fez em relação aos membros da Nicarágua da cooperativa de
Genesis, descrita pelos Fisher neste volume, ou muitos dos migrantes mexicanos
que sei em Nova Jersey, especialmente os que são ou fazem parte de famílias.
Há muitos anos, a investigação sobre o parentesco entre os pobres e os
trabalhadores da classe trabalhadora fami, como a Carol Stak (1975), demonstrou a
incorporação dos trabalhadores em relações e redes familiares complexas. Mais
recentemente, a Stack (1996) seguiu as mesmas famílias que migraram para o Norte,
tendo regressado décadas mais tarde às suas comunidades de nascimento nas zonas
rurais do Sul. Constatou que, embora os problemas económicos fossem importantes,
o «apelo ao domicílio» era muito próximo da família. Como já foi referido, como a
Castles sugere que os processos de transformação social associados à reordenação
das relações de trabalho (que incluem o trabalho migrante) podem ser mediados
através de estratégias a nível familiar ou, como salienta a Harvey, «a fragmentação e
a insegurança nomica» podem conduzir a uma «maior ênfase na autoridade das
instituições de base», como a família.«Tais ligações», digamos, «são, pelo menos
184 CAPÍTULO 8
plausíveis, e devem ser objeto de uma análise mais cuidadosa» (1990, 171-
172).Desta forma, podemos não só compreender melhor o que as pessoas em
trabalho precário fazem, mas também o que não fazem e porquê.
9
UMA REFLEXÃO POSITIVA SOBRE O
ABANDONO DO TRABALHO NA
CALIFÓRNIA DO SUL APÓS A GRANDE
RECESSÃO
Claudia Strauss
Não é o problema que nos ocupa, mas sim a forma como lida com ela.
Não tenho de ver a minha situação, mas posso ter um conteúdo suficiente
para saber que, todos os dias, um dia novo, todos os dias tem a
oportunidade de o começar mais uma vez, cada um «não» pode ficar mais
próximo de um «sim.» permanece positivo....Não existem dias maus, ou
seja, apenas más situações. Porque se chegou ao dia um bom dia. Muitas
pessoas não chegaram a cabo. Muitas pessoas com empregos hoje em dia
estão mortas. Apenas porque estou desempregado, não significa que seja o
fim do mundo. Trata-se apenas de uma tentativa mais difícil de fazer para
que as coisas aconteçam.
185
186 CAPÍTULO 9
Perto do final da entrevista, quando pedi nas suas esperanças para o futuro, afirmou
que «acredito ser positivo. É a única coisa de olhar para a esperança na esperança de
um melhor amanhã.»
As observações da Carl Mathews são um excelente exemplo de pensamento
positivo. O pensamento positivo obriga as pessoas a ver o lado brilhante das
circunstâncias negativas, tais como as doenças e os reveses financeiros, para manter
o otimismo que as coisas estão a ser melhores e a tentar mais duramente. Um deles
deve considerar esta posição positiva mesmo quando as circunstâncias não o
justificam, uma vez que o pensamento positivo, que corresponde a esta ideologia, é
uma força que ajuda a criar as circunstâncias.
O pensamento positivo, neste sentido, não é o mesmo que a mera esperança; É
mais ativa. 1 Claranzano (2003) escreve «a inação, a demissão e a passividade que a
esperança pode promover» por «oferecer possibilidades pouco prováveis»
(19).Contrasta com a esperança passiva com «filosofias de otimismo mais
responsáveis, que salientam o «poder de pensamento positivo»», que, de acordo com
a motivação, «pode ser ensinada e aprendida» (2003, 18).
Um exemplo de pensamento positivo está presente na sociedade americana
contemporânea. Pamela Druckerman observa que, ao contrário do que acontece com
as histórias de crianças francesas em que os carateres não conseguem resolver os
problemas, «no mundo anglófono, cada problema parece ter uma solução, e a
prosperidade está à volta do canto» (Drukerman 2012, 162).O psicólogo narrativa
Dan McAdams considerou que, nas histórias de vida dos americanos que tentam
fazer uma diferença positiva, existe muitas vezes uma parcela de resgate: «As cenas
emocionais negativas conduzem, muitas vezes, diretamente a resultados positivos. O
sofrimento será sempre reembolsado» (McAdams 2006, 5, 9). 2 McADAMS
identifica as raízes das histórias americanas de resgate de fontes judaico-cristãs (a
entrega de Israel a partir da servidão no Egito, salutar do sin em contos de conversão
cristã) e «que as ideias essencialmente americanas são um destino manifesto, [e] as
pessoas escolhidas» (McAdams 2006, 11, sublinhado no original), salientando a
forma como o reembolso pode ser uma narrativa pessoal e nacional.
Ainda assim, o pensamento positivo não é uma perspetiva temporal menos
americana; o seu autor cultural e as suas manifestações mudaram. No ponto de
partida: De que forma é que a «UnderPositive Threing Is Undermining America»,
Barbara Ehrenreich (2009a) traça o início da moderna ideologia positiva do
pensamento positivo nos Estados Unidos para o movimento do novo pensamento,
em meados do século XIX.Os seguidores do novo pensamento, como Mary Baker
Eddy, fundadora da Christian Science, rejeitaram a engloomy empha sobre a culpa e
o sin de um rigoroso protestante, salientando, em vez disso, o poder de pensamentos
positivos para uma boa fortuna. O Ehrenreich explica que estes temas foram
promulgados em livros tão influentes do século como «Napoleão» e «Grow Rich
RESULTADOS POSITIVOS DO TRABALHO 187
nos Estados Unidos para a importância de criar uma boa «química» com um
potencial empregador. 4 Em Israel, ter as competências adequadas é mais importante,
uma vez que as projeções iniciais dos candidatos a emprego são realizadas por
agências de pessoal de terceiros.
Para os desempregados nos Estados Unidos, o que é novo é a necessidade de
manter as suas bebidas espirituosas e de permanecer otimistas durante longos
períodos de ausência de emprego. A partir desta redação, em 2014, a taxa de
desemprego de longa duração nos Estados Unidos é o mais elevado desde o
momento em que começou a acompanhar estas estatísticas em 1948 (Mayer 2010, 3;
Lee 2014).Poderá não precisar de guardar para se manter positivo se estiver
desempregado durante apenas alguns meses. Tais lembretes tornam-se mais
insistentes quando os meses de trabalho durante um longo período de tempo se
tornam mais uma greve contra um requerente no espírito dos empregadores
(Rampell 2011; Lowrey 2013) e quando os recursos financeiros descem e as opções
são pouco animadoras, especialmente tendo em conta a insegurança das prestações
sociais nos Estados Unidos.
O que também pode ser novo é a aceitação generalizada da importância do
«bem-estar» e de uma boa «qualidade de vida», bem como a ênfase no otimismo no
domínio da psicologia positiva (por exemplo, Seligman 1990).As revistas, os
debates televisivos e os conselheiros de carreira transmitem estes pontos de vista.
Como se verá, houve também uma mudança importante em muitas igrejas
cristãs, das mensagens que Deus pune a lazy e a vontade de o amor incondicional de
o amor incondicional. Muitos movimentos espirituais novos diferem de Chris
tiandade na sua teologia, mas também promovem o otimismo, uma vez que tudo
está disponível através do poder de um espírito. A fé é, muitas vezes, um elemento
de pensamento positivo.
O pensamento positivo é subornado não só a partir destas fontes intelectuais;
está também disseminado através de hábitos quotidianos de falar sobre a situação de
uma pessoa. As formas de falar e de pensar que são típicas de um pensamento
positivo são um exemplo do que tenho designado «discursos tradicionais».Um
discurso convencional é um esquema simples que é frequentemente expresso numa
comunidade de opinião (Strauss, 2012).Ao longo do tempo, as comunidades de
opinião desenvolvem pontos de vista com formas práticas de expressar esses pontos
de vista. O pensamento positivo como um conjunto de práticas inclui tais métodos
normalizados de interpretação e fala de circunstâncias negativas. Até que ponto é
que o pensamento positivo não é apenas um discurso convencional; além disso, é
uma gestão emocional que mantenha o medo e o desespero. Assim, estou a tratar de
forma positiva não como uma resposta natural aos reveses, por um lado, nem como
um tema cultural indelével, por outro, mas como um autoprojeto, um esforço
deliberado para pensar e sentir uma certa forma que é divulgado através de uma
RESULTADOS POSITIVOS DO TRABALHO 189
variedade de canais, mas que chega e apela a algumas pessoas mais do que outras. 5
O pensamento e a prática de pensamento positivo têm efeitos surpreendentes,
outros que não são exatamente os que alguns comentadores esperavam. O
hrenhrenich (2009a) considera que a ideologia do pensamento positivo é uma nova
forma de culpar a vítima: Se ainda está fora de trabalho ou se o seu cancro está a ser
menos favorável, talvez não tenha tentado encontrar o suficiente para disciplinar as
suas emoções para manter uma atitude positiva. Além disso, informar as pessoas
sobre as suas atitudes depende das causas estruturais do desemprego. Assim, embora
o pensamento positivo pareça ser menos punitivo do que as versões clássicas da
ética do trabalho protestante, inclui a mesma culpa (Ehrenich 2005, 2009a; ver
também Sharone 2014).
No entanto, apesar de o Ehrenich apresentar observações mordentes sobre os
propágulos em nome de um pensamento positivo, não fornece muita informação
sobre o modo como os candidatos a emprego americanos reagem, interpretam e
utilizam essa ideologia. Para os homens e para as mulheres, falo, o pensamento
positivo é, sem dúvida, uma forma de trabalho emocional, mas tem outro lado de
autossuficiência perante a rejeição repetida e a insegurança financeira. Embora
coloque a tónica na gestão do auto, em vez de se organizar para a mudança, a auto-
afirmação que promove é consistente com a presença de forças externas em vez de
si próprio. Assim, embora individualista, é um vidualismo que também é compatível
com a crítica social.
Outros críticos sociais descreveram os efeitos psicológicos da «precariedade», a
perda de carreiras estáveis e a vida nas economias neoliberais (Sennett 1998; Ross
2009).Lauren Benceta procede a uma visão completa do atual momento como um
«impasse», que define como «uma exploração agrícola que não está em segurança,
mas que se abre em ansiedade..Dogmas à volta de um espaço cujos contornos
permanecem obscuros.» Trata-se de uma descrição «spot-on» da vida incerta
daqueles que entrevistei, mas estou de acordo com a sua alegação de que «o impasse
é um espaço de tempo viveu sem um género preventivo» (Berlant 2011, 199).É nos
casos em que as vidas são precárias que os discursos e as práticas de gestão dessa
insegurança, como o pensamento positivo, são mais suscetíveis de proliferar. O
pensamento positivo é, como o «Jong BUM Kwon», «cerca de um projeto para um
futuro, um futuro sem garantias» (comunicação pessoal com munição, junho de 28,
2013).
Encontrar os desempregados
Entre setembro de 2011 e junho de 2012, entrevistei cinquenta e dois
desempregados ou subempregados para homens e mulheres da Califórnia do sul. 6
190 CAPÍTULO 9
Sei algo que irá acontecer. É apenas o tipo de vendas. Gota deformada,
tanto aqui como terreno. Mas vou ser honesto, ou seja, quantas
ocorrências esta semana?Quatro. E estou cansado.[..É necessário manter o
rosto e o sorrismo. A [orador] última noite, disse saber, «You gotta tem
resultados positivos», mas sabe. 11
Não conclui a última reflexão, mas a implicação é que há momentos em que é difícil
manter uma perspetiva positiva, compreensivelmente.
Manter uma atitude positiva no futuro sobre o futuro, ao longo de uma procura
prolongada de emprego. É difícil convocar a energia para procurar trabalho, caso se
ressente, pelo que é necessário manter as suas bebidas espirituosas. E é natu a
sensação de se ter procurado em vão durante mais de um ano. O meu inquirido
Phoenix Rises (o seu pseudónimo escolhido, que reflete as suas expectativas de
resgate) estava a tentar mais de dois anos para assegurar outro emprego como
professor de ensino especial na sequência de um prejuízo que sofreu no emprego.
Com uma margem de desespero e determinação, afirmou: «A única forma de a
perder é se eu parar.Se me deixar de crer em mim, se me deixar de acreditar no
facto de que existe algo que me resta para lá me perder. E deixarei de perder se não
me deixar o controlo do meu espírito.«Compreender todos os dias». «A sua opinião
era necessária por se ter admitido a ser deprimida, depois de perto de um sistema
nervoso, e mesmo de sentir um suicídio por vezes. Não podia desistir, uma vez que
o seu marido tinha vendido a sua casa, as suas poupanças foram quase nulas, a filha
adulta telefonava para um «perdedor», tendo necessitado de obter um rendimento.
Seja qual for a razão, muitos dos desempregados que me reuniram acreditam,
como professor da ajuda ao despedimento, a Della Jones, colocou a questão, «se eu
for negativo, que tudo sou até agora para chegar e
Estou a residir nesse país.» Quando a Ann Lopez obteve finalmente um emprego,
escreva-me que mostrou, «THINK POSIITIVE E POSITIVO DE POSITIVO DE
QUAIS.»
De acordo com esta ideologia, o pensamento positivo conduz a resultados
positivos e nega resultados negativos, pelo que é necessário manter-se positivo
durante a procura de emprego.
RESULTADOS POSITIVOS DO TRABALHO 195
não tem de agir com eles. Alguns dos meus entrevistados, como Lisa Rose, a saber,
e como eu discutirei mais tarde, a espiritualidade era importante para vários: a fé em
Deus ou no poder de visibilidade. Um orador foi ouvido num aconselhamento de
carreira da igreja evangélico, o que é recomendado para evitar as notícias porque
destaca negatividade. 14 Elizabeth Montgomery, o vendedor mencionado acima,
concordou: «Os nossos meios de comunicação social não podem ouvir todos os dias.
Acaba de o fazer baixar. É uma forma de o conseguir. Tudo isto é negativo e não é
positivo. "trata-se de um discurso convencional de oradores motivadores e
advogados de carreira; outros investigadores apresentam um relatório com o mesmo
parecer (Ehrenreich 2009a, 57 ff.; Sharone 2014, 39).
A manutenção de emoções positivas significa igualmente reenquadrar a situação
de um lado positivo de perder um emprego ou de estar fora de serviço, por exemplo,
utilizando o que poderíamos chamar uma «bênção do discurso convencional».A
«bênção do discurso disfarçado» poderia assumir a forma de que estavam
descontentes com o seu último emprego, pelo que, quando foram disparados, era
realmente bom. Callie, o amigo da Phoenix Rises, que nos juntou para uma
entrevista, observou que, quando perdeu o emprego como trabalhador por conta de
outrem, «parte da mesma era felizes I. ficou satisfeito. É um ambiente com álcali.
«Lisa apresentou um exemplo alargado da narrativa da «bênção por dissimular»
sobre o seu último emprego. É interessante notar que a peticionária criticou os seus
antigos empregadores por criarem um local de trabalho onde não era possível
manter uma imagem positiva: «Todos os dias são dolorosos.[..Tentava realmente ser
positivo, mas estive a trabalhar realmente de forma muito difícil para ser positivo
nesse dia.[lughs] So que vamos pôr fim a este capítulo, afirmando ser o melhor que
alguma vez aconteceu.» 15
Não só a perda de um emprego poderia ser tratada como uma «bênção» por
dissimulação, pelo menos durante algum tempo, pelo menos durante algum tempo.
Lisa prossegue as suas observações:
LR: Vou pôr fim a este capítulo, afirmando ser o melhor que alguma vez
me aconteceu.
CS: A sério?
LR: Sim. Porque me deu a oportunidade de analisar o papel do trabalho na
minha vida. Era demasiado forte, uma dimensão demasiado grande.
Quero que o trabalho se tornasse uma parte demasiado grande de quem
estive eu próprio. E, na ausência de um emprego, pode ver este mais
claramente do que quando está a trabalhar.
Lisa referiu também que, embora não estivesse a trabalhar, a sua sogra ficou doente
e pôde ajudá-lo a: «Não tenho a certeza de como posso fazê-lo se tivesse trabalhado
a tempo inteiro. Assim, muito agradeceria que, nesse momento, fosse livre de o
RESULTADOS POSITIVOS DO TRABALHO 197
fazer.»
Estreitamente relacionado com a narrativa sobre a perda do seu último emprego,
verificou-se também o discurso convencional sobre as suas posições atuais em
situação de insegurança I, denominado «contabilizar as minhas bênações.» O ponto
da expressão «contabilizar os meus resultados» é que não é importante saber em que
medida uma má situação parece, mas há outras pessoas que se encontram em pior
situação, pelo que é muito grato. Por exemplo, Anastasia Tang, um imigrante da
Ásia, em comparação com alguém que leu sobre a sua área de recursos humanos que
foram despedidos:
Afirmou não ter um carro no mês passado. Estou a imaginar como é que
vai para as entrevistas e tudo isto?E tenho um telhado sobre a minha
cabeça, estou em condições de comer, pelo menos a minha vida nesse
sentido. Estou em condições de fazer alguma jardinagem porque quero dar
algo a olhar para o futuro, estou em condições de passar algum tempo com
os meus filhos, cozinhar e tudo o que é. Por isso, penso que estou muito
batido. Tenho sorte.[..Porque olhamos para outras pessoas que descobrem
e, por vezes, afirmam que, por vezes, deixam o seu último pão, não pode
pagar esta fatura, não pode pagar que fatura nem sequer um dólar em
poupanças. Refiro-me, em minha opinião, à direita?Não posso deixar de o
fazer.[..Não posso deixar de recordar a minha atenção, apesar de eu que eu
saiba que o corny, ou seja, deveria ser corrente. Mas a minha tentativa é
dizer eu próprio, «Look, aí não há dias e bons dias», mas tento manter a
sua bebida espirituosa.[..E pensei que isso. Se assim não for, o que espera
se for deprimida todos os dias...?
Quando a Anastasia Tang afirma que «o tempo deve ser anoso», parece existir
simultaneamente um lado moral e pragmático de que «deve.», moralmente,
transformar a sua personalidade junto de outras pessoas que se encontram em pior
situação do que a sua parte. O que nos leva a pensar de forma positiva como o que é
socialmente esperado. Ao mesmo tempo, a Anastasia agradece o que acaba de lhe
fazer para se sentir melhor. Ambos os elementos estão presentes. Não é a
possibilidade de a Anastasia ser ideal para uma ideologia positiva, de trabalhar na
sua atitude e de não se queixar da sua ação. Que, na sua redação, há uma história
mais complexa que, «então, penso dever ficar a saber?Não posso deixar de o fazer»,
o que sugere que se sabe como deveria pensar, e não como tem tendência a pensar.
Com efeito, as observações da Anastasia foram feitas ao longo de uma hora para a
entrevista, tendo sido precedidas de longas queixas sobre a sua última posição, onde
pareciam contra ela depois de ter licença de maternidade e de dar prioridade aos
seus filhos em relação aos acontecimentos da empresa. Deveria agora pedir ao
antigo chefe da empresa «asshole», para que pudesse obter outro emprego.
198 CAPÍTULO 9
controlo.»
Nesta conceção, o seu afastamento do trabalho é parte integrante do plano de Deus.
Como explicou a lâmina, «Deus pode tê-lo em transição precisamente para que
possa ajudar outros», talvez para Cristo, uma vez que o fundador desse ministério
tinha quando estava desempregado. Em contrapartida, para os que aderem a uma ou
outra filosofias novas, por oposição, uma vez que não se trata de um plano para si, é
necessário que domine os segredos do universo para atrair o que quiseres.
Por outro lado, no entanto, existem semelhanças importantes entre as convicções
Christian e New Age sobre o pensamento positivo contemporâneo. Ambos podem
explicar a razão pela qual se deve considerar que a vida de uma só será melhor.
Para os cristãos, o otimismo assenta numa conceção contemporânea de Deus
como lov e benigna. A ética do trabalho protestante era praticamente inexistente:
para ser virtuosa, foi necessário autorizar a dispensa de trabalho. A felicidade não
era importante. A ética do trabalho protestante não proporcionou conforto às pessoas
incapazes de trabalhar e não prosperaram. Hoje em dia, embora alguns pregadores
continuem a retratar um Deus que pende o seio, é, pelo contrário, mais comum
apresentar um Deus que quer que possa prosperar (Ehrenreich 2009a; Luhrmann
2012).A primeira lâmina da «Will W’s w’’ s Wild & Direction For Your Life Para a
sua vida», afirmou Jeremiah 29: 11 («Para sei que o plano tenho para si», declara o
Lord, «tenciona prosperar e não o prejudica, planeia dar-lhe a esperança e o
futuro»).Alguns dos meus entrevistados tiveram um conforto neste contexto. Fred
Hernandez, que não pôde encontrar um emprego devido às suas condenações
anteriores, afirmou que se encontrava em desespero se não acreditava que estava «à
mão de um edifício, de cuidados, de Deus.» Della Jones declarou: «O que tem o
poder de criar o mundo estava à nossa frente e tem um plano para mim.»
Também há uma base para o otimismo nas filosofias novas. Se tudo for inferior
ou inferior, a realidade pode ser alterada simplesmente através de uma atenção
mental específica e da visibilidade. Além disso, «O universo é uma obra-prima de
abundância», de acordo com o bestvendedor de Byrne Rhonda, The Secret
(2006).«Quando se abre a sentir a abundância do Universo, terá a experiência de
alegria, alegria, bliss e tudo o que é que o Universo tem para a boa saúde, boa
riqueza, boa natureza» (Lisa Nichols, citada em Byrne 2006, 126-127).No momento
em que me encontro com Gabriella Gomez, um instrutor a tempo parcial, um
instrutor de massagens a tempo parcial, a peticionária estava em perigo de perder o
seu alojamento, mas, quando surgem preocupações, repete «vivo, vivo, move, e
respira, e tenho o meu campo de abundância. Todas as coisas estão a acontecer.»
Ambos os sistemas espirituais fornecem técnicas que os crentes podem utilizar
para tentar obter os seus objetivos, como o oração para os cristãos (Carl Mathews,
afirmou que ele se manifestou sobre a sua situação) e a visualização, a colocação e
as técnicas conexas em varás, as novas práticas. Gabriella Gomez utiliza painéis de
200 CAPÍTULO 9
visão; Phoenix Rises e o seu amigo Callie, que eram budistas na seita Soka Gakkai,
de Nichiren
Budismo, decantado para o que pretendiam. 17 Tanto os cristãos como os autores de
práticas nas novas idades utilizaram as suas práticas espirituais como complemento,
e não um substituto, das atividades de procura de emprego de sítios Web de
digitalização, de envio de candidaturas, de criação de redes, etc.
Se a oração e a visualização não produzirem os resultados pretendidos, tanto os
cristãos como alguns novos crentes têm formas de explicar essas anomalias. No caso
de Chris haitianos, respostas de Deus, mas «no seu modo e no tempo», por isso a
sua resposta não pode ser imediata ou no formulário que achou que quiseres. 18 Em
alguns sistemas de confiança novos, não se vê como obter o objetivo que se
centrava no universo até ao universo. Os resultados podem ser imprevistos. Callie, o
budista de Soka Gakkai, não gostou do seu emprego anterior e, posteriormente, o
fez. Jogou que o universo dizia que «A sua oração obteve resposta. Da próxima vez,
tem de ser um pouco mais específico!»
Por último, tanto os cristãos como os profissionais do emprego têm a convicção
de que, para alcançar os objetivos materiais, o ato de elevar os objetivos materiais,
se os seus preçários para os materiais não forem respondidos, podem ajustar a sua
atitude e agradecer-lhes o sofrimento que lhes foi feito. Neste quadro espiritual,
trata-se ainda de uma espécie de resgate.
Conheça toda a sua situação. Para uma pessoa que trabalhou durante todo
o tempo para o fazer, nunca lhe aviso.Sabe. Hoje em dia, abei-me mais do
que anteriormente. Estive numa entrevista de emprego uma vez, estive
corretamente a rua com o Jack na caixa. E eu percebi este guy de cor
branca, era o dia, ele próprio nas tracinzas pode, durante o dia, retirar
alimentos e comer o alimento. E não o cuidado de quem está a olhar para
ele alimentá-lo e de o comer. E todos os alimentos que não podiam comer
o fazer no bolso. E quase não queria comprar nada [a] a esse ponto, não
porque festejo-me com o calçado. Não me foi desgaste porque tive
conhecimento das pessoas antes de o fazer. Acabou por encontrar os Deus.
Dechamei que tinha de fazer o mesmo. Geralmente é o tipo de guy a sair e
a comprar algo a comer. Mas eu considero-o e abalo-o tão mau porque
disse, «Sou um passo desse facto. Uma vez que se pode comer fora das
mesmas pessoas, as mesmas pessoas podem olhar para mim.» e quase não
quero comer.[..Sei que estou limpo, procuro bom agora, estou a ir em
entrevistas, mas quanto tempo será necessário?Quanto tempo seria antes
de [sair] da minha casa?Quanto tempo ir antes de me divorciar ou de
tudo, não terá quaisquer benefícios e não terá nada a nada para ocultar?
Solicitei a Mathews se fosse necessário mudar para a casa dos pais se fosse
necessário. Disse talvez, mas recusou ser descarrilado pelo que poderia ter sido um
tentativa incentosa da minha parte para transformar a conversa num sentido mais
positivo:
A coisa é, porém, isto..É triste, mas estive sempre a dizer de que forma
202 CAPÍTULO 9
alguém pode matar osi, mas posso compreender por que razão. Por vezes,
é melhor morrer do que ir através de tudo isso. Sabe, e não quero morte
por ninguém, mas todos sabem o que podem tomar. Sabe, como tal, se é
isso que acontece....Sabe, não estou a comer fora de latas de lixo. As
pessoas mortas não têm de se preocupar com comer. As pessoas mortas
não têm de se preocupar com nada mais.
Estas observações não foram objeto de resolução. No entanto, o valor atualizado dos
jovens é, no entanto, muito positivo, tenta contabilizar as suas prestações e
permanecer positivo, vê-se confrontado com a realidade de viver num país que pode
sair por si só nas ruas com «em lado nenhum para se esconder.»
O pensamento positivo não é completamente penetrante. Estes discursos não
chegam nem convencem a todos e mesmo aqueles que a acolhem também podem ter
perspetivas de fuga do futuro.
Quem é???????????????????
Segundo Barbara Ehrenreich, «O pensamento positivo tornou-se útil como um
pedido de desculpas para os aspetos da economia de mercado»:
empresa de fabrico de móveis. Explicou que o seu trabalho cumpriu sempre ou tinha
ultrapassado os objetivos, mas que as empresas eram mal geridas a níveis mais
elevados. Este era no seu final dos cinquenta anos e estava à procura de trabalho
para cerca de um ano e meio «porque existe atualmente uma base tão elevada de
talento no setor da indústria». comentou também «É difícil para mim obter um
emprego porque sou chamado «sobrequalificados». sei que, em alguns casos, o
«excesso de qualificações» significava que eu era apenas um pouco demasiado
antigo.» Além disso, a fraca economia teve uma procura reduzida: «E ter ouvido
falar estou certo de que todas estas empresas estão sentadas e dinheiro e dinheiro
que todas estas empresas estão sentadas; é porque a procura não existe para o seu
produto e desde que a procura não exista para o produto [..Não têm de adquirir os
talentos necessários». lamenta o facto de ter seguido uma carreira no fabrico de bens
de uso doméstico duradouros, uma vez que esse trabalho estava em movimento no
estrangeiro. No entanto, não foi responsável pelo facto de não poder prever esta
alteração nas tendências económicas trinta anos antes, quando iniciou a sua
carreira?Comentou, «à medida que as tecnologias surgem [..E coloca limitações às
pessoas.»
Num questionário escrito, distribuído no final das entrevistas, solicitei: «Na sua
opinião, que é mais frequentemente competente se uma pessoa for pobre, a falta de
esforços por parte do próprio, ou circunstâncias que não estão sob o seu controlo?»,
quase dois terços dos meus entrevistados (65 %) responderam «ambos» e mais 22 %
escolheram as circunstâncias que estão para além do seu controlo. apenas 12 %
foram afetadas exclusivamente à falta de esforço da pessoa singular.
Houve variações na medida em que as pessoas pensavam que poderiam chegar à
cota se tivessem um esforço maior para crer na inevitabilidade do seu êxito. Os
responsáveis pela adoção das filosofias novas eram mais pesados de tentar, à medida
que a Phoenix Rises o colocou, ao «comandante da minha memória» devido ao seu
poder de pensamento. Ainda assim, tal não impediu a sociedade Phoenix Rises e
outras de criticar a economia de mercado. Em resposta a outra pergunta escrita, a
Phoenix Rises foi um dos catorze entrevistados que concordaram com a afirmação
«A esquerda em si mesma com a economia de mercado livre cria mais problemas do
que «oportunidades», uma vez que gera demasiada desigualdade e deixa demasiadas
pessoas em pov.» Doze mais acordo com essa declaração e com o seu inverso: «O
mercado livre cria mais oportunidades do que problemas.» Por outras palavras,
quase metade dos meus entrevistados teve dúvidas sobre as forças de mercado que
criaram as dificuldades que atravessavam.
A expectativa de que a ideologia do pensamento positivo forçará os
desempregados a culpas, esquecendo-se do facto de os candidatos a emprego
deverem estar autoconfiantes (Lane 2011). 19 São informados de que há «histórias de
poder»: os desafios que enfrentam no emprego e o modo como foram bem
204 CAPÍTULO 9
A maioria dos meus entrevistados não estava pronta para aceitar armas, mas ouvi
um pouco de cólera com os grandes bancos e a ganância das empresas. Alguns
entrevistados, em vez disso, adotaram uma abordagem neoliberal, culpam o excesso
de regulamentação e outros fatores que criam um mau clima empresarial na
RESULTADOS POSITIVOS DO TRABALHO 205
Como já encontrei na minha investigação prévia (por exemplo, nos anos 2002,
2012), as pessoas são capazes de combinar ideias que os analistas pensam ser
incompatíveis, como o pensamento positivo e críticas sociais e políticas ativas.
Joh Fisher
206
COOPERATIVA DE DESEMPREGADOS 207
solitária que um indivíduo assume com o grande dano de ser excluído do que os
valores da sociedade, de forma produtiva e de outra forma. Outras vezes é o encargo
de uma comunidade que tenta apoiar uma outra nas suas dificuldades mútuas, para a
política económica longa, ou mesmo para pistas novas e para criar alternativas
económicas viáveis. São exemplos de cada um, das economias de artesãos que
dependem das suas energias criativas para fazer face aos fins (Chibnik 2010; Grécia
e
Milgram 2000; Nash 1993), aos «clubes de emprego» que ajudam as pessoas a
navegar pelas byzanas em matéria de políticas sociais e de procura de emprego
(Brodkin e Marston 2013), para a comunidade «met-ups», onde as pessoas que
podem ou não se conhecem previamente entre si da rede, de partilhar recursos, ou
apenas de comunicar entre vírgulas. 1 Em alguns casos, o que começa por vir a
surgir na altura em que as pessoas em atividade acabam por surgir com uma
vantagem significativamente mais política. Na Argentina, após a crise económica de
2001, por exemplo, o Movimento para os Trabalhadores Desempregados (MTD)
organizou os barragens de Buenos Aires em zonas autónomas, cada um com a sua
própria economia comunitária, constituído por projetos de alimentação, escolas e
centros comunitários. Os residentes assumiram mesmo as fábricas abandonadas que
tinham sido abandonadas pelo acidente (Chatterton 2004; Dinerstein 2001; Petras
2002).Do mesmo modo, no Brasil, o conhecido Movimento dos Trabalhadores Sem
Terra (MST) criou um espaço autónomo para os desempregados, coordenando as
apreensões de terras e lançando economias comunitárias semiautónomas (Wolford
2010; Wright e Wolford 2003).Os dados de montagem sugerem que, embora as
alterações sistemáticas possam estar fora do alcance das pessoas regulares que não
estão bem situadas no interior desses sistemas, as comunidades podem criar bolsas
de esperança, de possibilidade e de alteração (Cameron e Gibson 2005).
Neste capítulo, exemplificarei o potencial das respostas de cooperativas ao
desemprego. Ao longo da última década de Ciudad Sandino, a Nicarágua, com a
assistência de uma organização não governamental dos EUA denominada Centro
para o Desenvolvimento Sustentável (CSD), um grupo de homens e mulheres
desempregados tem vindo a trabalhar no sentido de encontrar uma solução para o
grande prejuízo que o desemprego generalizado causou na sua comunidade.
Construíram o que prometeu ser a primeira cadeia de produção de vestuário,
propriedade biológica, e uma cadeia de produção de vestuário certificada pelo
comércio justo do mundo. Em 2007, a terceira e última fase deste projeto teve início
com a construção de uma pequena cooperativa de algodão, denominada Genesis.
Não há muito que a sua história não seja um êxito. Os meses foram rapidamente
convertidos em anos e, por fim, planos para a pulverização catódica, que chegou ao
fim. A génese e a CSD alegam que uma empresa de comercialização de máquinas
baseada nos EUA os defraudou em milhares de dólares que tinham por objetivo
COOPERATIVA DE DESEMPREGADOS 209
fornecer o equipamento do projeto. Depois, em 2012, cinco anos após a sua primeira
rutura, que nunca assola um só fio de fio ou recebeu um só pagamento para o seu
trabalho, os quarenta e dois mulheres e os homens de Genesis votaram quase
unanimemente a abandonar o projeto de fiação de algodão. O que é talvez a mais
notável na história da Genesis é que, depois de todos esses anos, os desempregados
ainda desempregados, os membros continuaram a mostrar, a realizar reuniões
formais, a debater e a delinear estratégias, a partilhar no espaço comunitário e a
promover um porto um outro material, financeiro, social e emocionante, em termos
concretos, em termos financeiros e sociais. Com efeito, a partir desta redação, apesar
de o projeto de fiação de algodão ter sido suspenso por tempo indeterminado, a
Genesis persiste. Reúnem-se com base numa escola primária local, onde continuam
a reunir recursos, debates, estratégias e, de um modo geral, a partilhar neste espaço
comunitário.
A minha investigação assenta no trabalho de campo etnográfico entre 2007 e
2012, incluindo cerca de cinquenta entrevistas individuais e coletivas e mais de um
ano de observação contínua dos participantes, entre 2007 e 2008 (financiado pela
Fundação Nacional para a Ciência).A investigação baseia-se igualmente na minha
experiência profissional como diretor técnico de um seminário sobre a criação de
emprego intitulado «Workshop de Organization», que teve lugar durante as fases
iniciais da construção da Genesis (Fisher 2010).Assim, para falar de forma
recíproca, os meus próprios esforços provêm de um impulso mais amplo para
compreender e situar o trabalho como uma prática social, em vez de simples ajudas
de custo, e para permitir o empenhamento ético e político dos que considero amigos,
colegas, professores a emergir como tal. Alegam, a este respeito, que um estudo de
caso da cooperativa de Genesis é muito mais do que outro elemento de prova que
sugere que as pessoas são criativas em «lidar com» com a marginalização de um
modo mais geral. É necessário considerar os esforços em curso, tanto como os
esforços de qualquer pessoa que possa trabalhar na prática como prática social. Não
se limita a tentar fazer face às despesas. Não respondem de modo algum ao
desemprego. Pelo contrário, a Genesis demonstra o potencial das respostas de
cooperativas ao desemprego a outro nível. Perante o desemprego sistemático,
demonstram a capacidade de reflexão através das ideologias económicas hualist, que
podem conduzir a conflitos e a concorrência entre si, a fim de construir formas de
desemprego de que J. K. Gibson-Graham (2006) chama «economias da
comunidade». neste capítulo, considero que o que está em jogo no desemprego não
é apenas a vida «nua nua», uma vez que as chamadas «Agamben (1998)» não se
limitam à produtividade, ao lucro ou à mera subsia. Pelo contrário, com esta questão
quantitativa complexa, enredada sobre o que merece — os filósofos que chamam
esta «justiça distributiva», é uma questão bastante mais qualitativa sobre quem é —
«a vida qualificada», para utilizar o termo menos publicitado. No seu inquérito sobre
210 CAPÍTULO 10
A única coisa que os gestores têm feito com sucesso é proporcionar politi
em poti para falar sobre o momento em que precisam de demonstrar que
criaram postos de trabalho....A verdade é que quase não é possível obter
qualquer tipo de subsistência numa comunidade onde os rendimentos de
base continuam a faltar devido à ausência de trabalho. Enquanto
organização que se centra na ação devel da comunidade, ou seja, que
coloca o bem-estar da comunidade acima e para além da economia, não
nos podemos dar ao luxo de esperar pelas mãos do capitalismo de
mercado livre, criar um emprego mágico e, de certo modo, aumentar esta
comunidade de pobreza. O nosso objetivo com estas cooperativas é a
criação de uma alternativa viável e justa para as obras de maquinismo. Um
deles entra em concorrência com eles e, talvez num mundo ideal, os gere a
partir da sua empresa um dia.
Para as CDT, as cooperativas são o modelo preferido para «manter dólares locais»,
uma vez que enquadram frequentemente os seus esforços. Ao contrário das
empresas convencionais, os trabalhadores cooperantes, que formam um coletivo, são
os proprietários da empresa e geri-la democraticamente. Além disso, uma vez que
esses trabalhadores são normalmente membros da comunidade local, em vez de
COOPERATIVA DE DESEMPREGADOS 213
pequena secção de carpintaria), da sua irmã (a quem ajuda a sua irmã ou a pequena
loja de bairro) e os seus dois filhos a trabalhar. Apesar de o projeto não ter dado
qualquer garantia de êxito, nem de um salário a curto prazo, poderia suportar o
risco. Ao mesmo tempo, a peticionária reconhece que existem muitos em Ciudad
Sandino, que poderiam, na prática, desviar a sua atenção da tarefa diária que
consiste em simplesmente fazer cumprir os fins. Por si, o pagamento foi mais do que
o risco. Ximena explica: «Sabia o que significa fazer parte de uma
cooperativa?Significa que nunca pode ser substituído. nunca pode ser substituído
por uma máquina. Significa que é a empresa e não pode existir sem o fazer.»
É também de salientar o acentuado diferencial de género entre aqueles que, em
última análise, se tornaram membros da Genesis e aqueles que não o fizeram.
Adilia, mãe de meia-idade de três trabalhadores, proprietária da «Fair Trade Zone»,
a «Genesis», em cooperação, alega que um dos principais fatores é a diferença de
atitudes entre homens e mulheres no desemprego:
Os homens sentam-se à volta de todo o dia, ver televisão, sentir-se mal.
Que bebem qualquer dinheiro que tenham. Afirmam que «sou um pintor e
não há pinturas de trabalho», pelo que se mantêm fora de trabalho..Porque
o seu orgulho é prejudicado. Então são deprimidos e descontentes porque
não estão a contribuir, sentem que não têm qualquer valor e o fazem no
resto de nós. As mulheres são mais empreendedoras.Digamos, «Oh, há
trabalho em que há alguma coisa a fazer. mesmo que não estamos
habituados ao trabalho, estamos sempre a encontrar uma forma de
contribuir. Mantemos fortes mulheres, uma vez que temos de, porque os
nossos filhos dependem de nós, e não podemos desistir.
Por outras palavras, de acordo com a Adlia, a identidade dos homens está
estreitamente ligada ao emprego formal, à conceptualização da atividade económica
no cálculo (rua ou esfera pública), bem como à função de provisionamento do
agregado familiar (Babb 2001; Gutmann 2006, 158-159).Por conseguinte, a falta de
trabalho implica, por um lado, uma consequência financeira e, por outro, uma
portagem sobre a dignidade e a autonomia. E, no entanto, a falta de capacidade para
preencher em torno da casa, para desempenhar as funções mais estreitamente
associadas ao «trabalho das mulheres», ou mesmo para procurar formas alternativas
de géneros pode ser vista como uma inversão ameaçadora dos papéis em função do
género e potencialmente escalada para a violência doméstica (Olavra 2003; Vigoya
2001; Galês 2002).Por outro lado, para muitas mulheres e mães nicaraguenses, o
que está em jogo no emprego é menos uma questão de estatuto, por si só, do que a
capacidade de a casa e a manutenção de um nível mínimo de subsistência, de
natureza cultural (Mulinari 1995; Schmalzbauer, Vergese e VADERA
2007).Segundo a Adlia, em tempos de escassez, o trabalho de uma mãe, em
COOPERATIVA DE DESEMPREGADOS 215
Tem de fazer tudo o que for para os seus filhos [ Uno hoce curaquier
cosa por los hijos]....Tem de cuidar delas, certificar-se de que comem e ir
à escola. Mas também tem de lhes dar esperança e certificar-se de que são
queridos e que crescem de forma a serem bons.
Além disso, para as pessoas que tinham passado muito do seu tempo em torno da
casa, o ato de compensação do terreno, criando um espaço para si próprio, era um
ato social e SYM significativo do ponto de vista social e SYM, se não houvesse
qualquer outra razão para além de as ter fornecido algures a ser diariamente.
Literalmente e em sentido figurado, la oficina (o gabinete) — o espaço que se
encontra por baixo da árvore de Guanacastia era um local para se reunir e para fazer
o importante trabalho de construção de um futuro no presente.
No mesmo ano, a Genesis eclodiu no seu projeto, iniciei a realização de
investigação etnográfica a longo prazo na Nicarágua. O meu calendário foi
chocante, na medida em que não só tive a oportunidade de testemunhar as primeiras
fases de organização da equipa de trabalho, mas também foi convidado a
desempenhar as funções de diretor técnico de um seminário de criação de emprego
de grande escala e de grande escala, designado «seminário da Organização».O
objetivo deste seminário foi duplo. O primeiro centrou-se no desemprego na
comunidade «Ciudad Sandino».Como modelo, o OW visa um excedente de
desemprego da com comunidade e dá-lhes um quadro no âmbito do qual podem
reunir-se, congregar recursos e desenvolver soluções criativas (incluindo novas
empresas) para fazer face ao seu próprio desemprego. O segundo centrou-se na
própria Genesis. De acordo com o patrocinador da oficina, uma ONG com sede em
Manágua denominada Vientos de Paz, uma cultura organizacional eficaz é crucial
para o êxito de uma cooperativa de produtores. Assim, o outro objetivo do OW era
fornecer aos membros da cooperativa de Genesis um meio para desenvolver uma
«cultura de produtividade» que lhes permitiria ter êxito num mercado concorrencial
(Porter 2000, 25).
Muito sucintamente, o OW foi desenvolvido pela primeira vez na década de
1960, no Brasil, por bolseiros Clodomir Santos de Morais (de Morais 1969,
1987).De Morais acreditava que o desemprego era a questão mais premente no
mundo em desenvolvimento, tendo concebido o seu seminário como o equivalente
de criação de emprego de seminários de literacia famosos de Paulo Freire.(os dois
homens eram amigos próximos, tendo partilhado uma célula de prisão durante o
golpe de Estado de 1964). de acordo com a De Morais, a maior parte dos projetos
estão inscritos em relações de poder hierárquico muito desiguais, de tal forma que se
considera que uma classe privilegiada («técnicos», «especialistas», «especialistas»)
possui conhecimentos, competências ou recursos e que os transmite aos
«populações-alvo».Pelo contrário, não os impede-os de lhes retirar o controlo sobre
os instrumentos do seu próprio desenvolvimento (por exemplo, Carmen 1996).Os
OW são constituídos por esforços para reforçar a capacidade de as populações
COOPERATIVA DE DESEMPREGADOS 217
De facto, de facto, tal como o OW, em quase todos os aspetos do seminário por
peritos, o grupo dos peritos não se baseou na caridade de conhecimentos
especializados de outros países (ONG ou outros).Baseiam-se quase exclusivamente
nos recursos da sua própria comunidade. Até à conclusão do seminário, quarenta
dias mais tarde, muitos participantes testemunharam que adquiriram competências
profissionais valiosas, o que, por sua vez, lhes deram novas oportunidades,
permitiram-lhes a transição para novas carreiras, dando-lhes inclusivamente os
meios para construir as suas próprias empresas. Um grupo lançou um
estabelecimento Comedor, um estabelecimento informal gerido normalmente fora
de casa. Um outro lançou um pequeno café na Internet e o desfile de jogos de vídeo,
gerido fora do domicílio de um participante, no qual criaram computadores de
secretária, um PlayStation, uma Xbox e um Super Nintendo para arrendar a um
custo por hora baixo. Um outro grupo iniciou um negócio informal de construção,
canalização e soldadura. É claro que algumas destas empresas não conseguiram
sobreviver para além do primeiro ano importante, o que aponta para desafios
estruturais mais amplos, como o acesso ao capital ou a crédito. Mas o impacto do
OW na vida dos participantes da comunidade «Ciudad Sandino» era, no entanto,
duradouro e significativo, quanto mais não fosse porque, enquanto exercício social,
criou um espírito de cooperação e colaboração. Mesmo quando os projetos
falharam, os participantes começaram a aproximar-se dos seus vizinhos com a
pergunta, o que podemos fazer em conjunto?Assim, como escrevi no meu relatório
final, o LOW não aborda questões estruturais fundamentais, mas também oferece
uma lição importante na economia da arte. As sociedades e os magnatos de negócios
não são os únicos «candidatos a emprego» numa dada economia. Tendo em conta a
autonomia mínima em termos de terrenos e de recursos de base, devemos
reconhecer que mesmo aqueles que mais não dispõem de recursos são criadores de
emprego no importante contexto das suas próprias comunidades.
Quanto aos impactos do seminário sobre a «cultura da produtividade» do
Genesis, os sucessos e fracassos continuam a ser objeto de debate (ver Fisher
2010).A verdade é que as cooperativas não são organizações «produtivas» em
sentido estrito do ponto de vista económico. As cooperativas são organizações
sociais e culturais complexas, compostas por relações humanas complexas e
dinâmicas, cuja natureza não pode, em caso algum, ser determinada a priori.A
génese tinha desenvolvido o seu «estilo» de organização próprio, se, muito antes da
sua chegada, vier a ser conhecido. Mas, ao contrário do OW e da sua ênfase na
produtividade e na eficiência, as suas atividades foram organizadas não em torno da
«produtividade» em si, mas outros valores como a igualdade, o respeito e a
transparência. A este respeito, a UIC Sandino OW teve alguns efeitos não
intencionais e não totalmente positivos. A injeção súbita de fundos e o impulso a
favor da produtividade e da eficiência, combinados com a capacitação de um grupo
COOPERATIVA DE DESEMPREGADOS 219
restrito para gerir e dispersar esses fundos com pouca supervisão, o que deu azo a
fricções novas e imprevistas. Até ao final dos quarenta dias, as fricções interpessoais
transformaram-se em acusações generalizadas de fraude e roubo contra a liderança
conjunta. Embora a maior parte não tenha fundamento, na minha avaliação são, no
entanto, ilustrativas da fragilidade da confiança coletiva, que têm o potencial de
queima de divi muito maiores. No Genesis, os efeitos destas divisões foram
permanentes. Nos meses que se seguiram ao seminário, a generalidade dos membros
votou a favor do líder do coop, muitos dos quais decidiram partir do co-op de forma
permanente.
No entanto, é seguro afirmar que, no que se refere ao Genesis, estes conflitos
mitigam a determinação da co-op e resultaram numa comunidade mais forte, um
facto que se revela particularmente importante nos próximos anos. Quando o
colapso financeiro foi atingido em 2008, as instituições financeiras ampliaram a
concessão de empréstimos em todo o mundo, atiram os proprietários em vasos, os
proprietários de casas de saúde nos Estados Unidos, os beneficiários do bem-estar
do Estado na Grécia e a totalidade do setor da ajuda e desenvolvimento (ONUDI
2009).Felizmente, a CDT esteve parcialmente protegida contra as consequências
mais graves da recessão mundial, uma vez que estas tendiam a financiar projetos
como o Genese através de pequenas subvenções e de indi vidual, mais de 60 % dos
quais foram assumidos menos de 100 USD de cada vez, em vez de empréstimos ou
de grandes subvenções. Mesmo assim, os donativos para os seus proj na Nicarágua
diminuíram significativamente, uma vez que a ansiedade económica generalizada
aumentou nos Estados Unidos. Por outras palavras, os doadores tornaram-se cada
vez mais preocupados com os seus próprios livros de bolso e mostraram-se muito
relutantes em gastar muito em projetos idealistas, como a Genesis. A construção da
unidade de fiação de algodão, que tinha começado no momento preciso da queda da
bolsa, prosseguiu, mas, de forma mais lenta e mais lenta e mais lenta, o seu
progresso interrompido cada vez mais os recursos da estação. No final, a co-op era
financiada por uma campanha de angariação de fundos realizada em tershot, que era
denominada «Making Stone Soup.» O título foi uma referência a uma história
popular da Europa Ocidental em que um grupo de viajantes, começando com uma
simples pedra, convenceu uma comunidade a contribuir com todos os ingredientes
que podem ajudar a partilhar uma sopa rica a ser partilhada por toda a comunidade.
A partir do momento em que os fundos se iniciaram finalmente, o orçamento
apertado significa que o trabalho efetivo de lançar a fundação, mesmo aumentando a
estrutura propriamente dita, foi deixado ao critério dos membros em conjunto.
Nomeadamente, durante os dois anos em que os membros da Genesis trabalharam
neste projeto de construção, não foram remunerados pelo seu trabalho. Ao invés, de
acordo com o modelo cooperativo de Mondragon em Espanha (ver Kasemir 1996),
receberam «sudação de capital» ou «capital social». no caso da Genesis, os
220 CAPÍTULO 10
membros foram creditados 50 cêntimos por hora para o seu trabalho, que foi
depositado nas suas contas individuais na cooperativa (caja laboratorial);os fundos
só se tornarão acessíveis se deixarem a coop. Apesar da intensidade do trabalho e
das muitas dificuldades ligadas ao trabalho efetivo sem remuneração, os
trabalhadores-proprietários de Genesis abordaram a sua tarefa com muita esperança
e entusiasmo. Com efeito, mesmo tendo em conta que continuavam a estar
tecnicamente desempregados dois a três anos no projeto, o seu trabalho foi, por
definição, um investimento no futuro.Na qualidade de Giselle, membro conjunto
com um diploma universitário em economia da Universidade da América Central,
calculado: «Direito agora a todos os desempregados, não é diferente de todas as
outras pessoas na Ciudad Sandino. Mas a diferença reside no facto de que, dentro de
alguns anos, serão os nossos chefes!Estamos a investir no nosso futuro. Dentro de
alguns anos, vou continuar a conduzir o meu próprio camião a trabalhar todos os
dias.»
Naturalmente, o trabalho sem pagar era uma tarefa onerosa. As pessoas com as
mais fracas redes de apoio fora da coop tiveram a maior dificuldade de participação
no projeto. Várias delas terminaram devido ao caráter imediato das suas
responsabilidades para com os familiares e para as famílias. Por outro lado, aqueles
que se mostraram dispostos a apoiá-los no esforço por proporcionarem às filhas de
apoio financeiro, social e emocional, assim como aos irmãos, às irmãs e aos irmãos,
as mães e os pais tenderem a beneficiar de melhores preços. Mesmo com esse apoio,
no entanto, como ano após ano e ainda sem rendimentos, essas redes de apoio
também faltaram. A família que foi favorável acabou por exigir que o membro
«obtenha um verdadeiro emprego». para as mulheres, a pressão de participar no
projeto (tomando assim tempo fora do fornecimento do agregado familiar) provocou
a violência doméstica ou o fracionamento dos sindicatos. Noutros casos, os
membros coop abandonaram voluntariamente, quando a culpa sobre o encargo que
colocaram em família, financeira ou de outro tipo, se tornou insuportável. As coisas
tornaram-se particularmente difíceis quando o custo do apoio a uma pessoa não
ativa na Nicarágua aumentou para níveis sem precedentes dur um fenómeno de
mercado altamente destrutivo denominado «crise alimentar mundial» nos Estados
Unidos, entendido pelos economistas como uma «correção» de mercado e entre a
maioria dos nicaraguenses, como prova adicional de um sistema injusto (Gilbert
2010; Heady e Fan 2008).No prazo de um ano, em qualquer caso, os preços dos
produtos alimentares de base, como o arroz e o feijão, quase duplicaram.
Em resposta à diminuição do apoio externo à cooperação, os membros da
Genesis começaram a desenvolver mecanismos de apoio no âmbito da cooperativa.
Em 2009, começaram a recolher frutos (mangas, limas, bananas) das árvores
circundantes. Depois, plantaram um jardim importante (huerto) a nível da
comunidade em coOP, deixando uma margem suficiente para que os membros do
COOPERATIVA DE DESEMPREGADOS 221
O fato de direito
Em fevereiro de 2010, a Genesis concluiu a construção da planta de fiação de
algodão: uma fábrica com vinte pés, com paredes de vinte pés e verduras, com seis
pisos de betão, de seis pés e seis pés. Em comemoração, reuniram todas as sucatas
metálicas deixadas à volta, vendidas a um comerciante local («chatarrero») e por
elas próprias uma parte com frango frito, sodas e pintas cheias com rebuçados para
as crianças. Entretanto, em áreas à volta da Nicarágua, o setor agrícola que
cooperara em cooperação agrícola estava a plantar algodão, antecipando o facto de,
no momento da maturidade das culturas, a Genesis estar aberta às empresas. As
«sementes de uma esperança» — las selhas de la esperanza — imaginadas já se
encontravam no terreno.
222 CAPÍTULO 10
Conclusões
O que obriga uma pessoa a ir trabalhar durante cinco anos sem pagar?Quais os PEL
com que a mesma pessoa continua a demonstrar trabalho mesmo depois de tudo se
afigurar que tudo se perde?A resposta, defenderei, está na base do que está em causa
no emprego social, culturalmente, emocional, psicológico e financeiro, bem como
226 CAPÍTULO 10
indigente. Os guys que estudavam os seus pais eram o partido que havia
perdido os seus empregos nas docas de São Francisco, que trabalhavam
nas fábricas de aço, trabalhando nos armazéns que serviam o setor
industrial da fábrica de São Francisco como cidade industrial
portuária.(Davis 2009)
Aqui, trata-se de uma descrição de um mundo do trabalho e o desemprego mudou
profundamente na segunda metade do século XX e na primeira década do vigésimo
primeiro. Uma grande parte do mundo tem vindo a diminuir as oportunidades e a
mudar as suas expectativas em relação ao trabalho, pelo que, em 2014, o repórter
Thomas Friedman, ele relator, descreveu a necessidade de os jovens candidatos a
emprego inventarem os seus próprios empregos, ao passo que a Friedman (nascido
em 1953) e muitos dos seus pares podiam legitimamente esperar trabalhar para a
mesma empresa em toda a sua vida. Referindo-se às suas filhas que se encontram
nos dois anos, afirmou numa entrevista, «Quando eu licenciou o colégio, tive de
encontrar um emprego. As minhas raparigas terão de inventar um emprego....Já
não pensa ter um emprego, penso que tem de pensar em si próprio como empresário
de rendimentos». explicou ainda que os candidatos a emprego necessários devem
dirigir-se a um empregador e dizer: «Posso criar valor. Nenhum chefe quer ter uma
oportunidade. Querem saber que não foi só um patrão preparado para a escola. cada
chefe está à procura de pessoas com um espírito empreendedor incansável.» 3
«Friedman» não é o único a mandatar efetivamente o empreendedorismo e a criação
de valor (ver a contribuição da Lane neste volume); estas expectativas invadam o
panorama da educação e do trabalho em 2014 e constituem o contexto mais vasto da
economia de estágios, em que vivem e estudam hoje os estudantes dos EUA.Este
volume mostra como as pessoas fazem sentido das suas próprias aspirações nesta
nova economia.
Na investigação a longo prazo de Lynch numa fábrica de agulhas dos subúrbios
de Boston, a idade média dos trabalhadores é setenta e quatro e o trabalhador mais
velho cessou a sua atividade em 2013 uma semana antes de ter completado cem e
uma (ver Lynch 2012).Lynch centrou-se nos trabalhadores nascidos em torno da
Segunda Guerra Mundial, na sua maioria homens de cor branca, que beneficiaram
da prosperidade económica pós-guerra nos Estados Unidos. O pologist Jane Guyer
descreveu a «solidez previsível desta estrutura de vida» nessa era: «pensões,
seguros, 30 anos de hipotecas, subsídios de desemprego e invalidez, empréstimos a
estudantes para a progressão na carreira, etc., que a um novo nível de segurança
pessoal» (Guyer n.d.).Mas os homens no estudo de Lynch encaravam gradualmente
esta arquitetura quebrável em frente. Um trabalhador designado Grant tinha
trabalhado vinte e sete anos no setor da construção de automóveis na fábrica da
General Motors, em Framingham, Massachusetts etts-até ao encerramento da
fábrica para a deslocalização de operações no México, a fim de ter em conta os
EPÍLOGO 233
custos de produção mais baratos nos denominados campos frescos. A concessão foi
levantada na era do «Fordísmo», que o historiador Victoria de Grazia descreve
como «o sistema de fabrico eletrónico concebido para emitir bens de baixo custo
normalizados e de baixo custo e proporcionar aos seus trabalhadores salários
suficientes para os comprar» (Grazia 2005).Nesta era, os americanos ouviram
muitas vezes a expressão «O que era bom para o nosso país era bom para a General
Motors e vice-versa. A diferença não existe» (Bose, Lião, e Newfield 2010, 3). 4 O
conselheiro social David Harvey contrasta com esta fase Forgista com um «regime
flexível de acumulação» que teve início grosso modo com a recessão de 1974
(Harvey, 1991, 147).Esta nova fase caracteriza-se pela flexibilidade do trabalho e do
capital, com as empresas a transferir a ópera a nível internacional através da ajuda
de comunicações e sistemas financeiros interligados a nível mundial. A capacidade
dos trabalhadores de pagar as mercadorias que produzem é a exceção e não a regra,
sendo difícil para muitos os benefícios a preços acessíveis ao longo da vida e a
preços acessíveis. Em vez disso, a nova norma consiste em que os trabalhadores a
tempo parcial não sejam elegíveis para as prestações de saúde e de reforma.
Os trabalhadores das fábricas de agulhas de flexibilidade típica em termos de
idade de reforma: Procuram algo profundamente diferente do trabalho atual do que
quando estavam a subir as famílias e a pagar os créditos hipotecários — e o seu
trabalho atual lhes permite relógio mais ou menos trabalho. Estas opções sem
precedentes são o tema de uma política positiva e de uma avaliação científica das
formas como as políticas de emprego flexíveis podem beneficiar os empregadores,
mas também os trabalhadores que procuram equilibrar o seu trabalho e a sua vida
familiar. Ouvimos casos de inserção profissional, de reingresso das mulheres na
mão de obra depois de ter filhos, de uma licença de paternidade, de uma reforma
progressiva. A flexibilidade é um elemento central para a análise das políticas de
emprego dos idosos. O Center on Aging and Work at Boston College, um líder
nacional nos estudos sobre a política de emprego dos idosos, destaca a
flexibilidade no local de trabalho para os trabalhadores mais velhos, em que «os
trabalhadores e os seus supervisores têm alguma possibilidade de escolha e
controlo quando, onde, como o trabalho é feito, e que tarefas são assumidas pelos
empregados/equipas de trabalho.» 5 Este centro realizou muitos estudos que
mostram a importância das horas flexíveis, das tarefas e da programação aos
reformados e às massas dos baby boomers à medida que se preparam para a sua
reforma.
Mas a flexibilidade da mão de obra é objeto de uma análise crítica considerável
por parte dos técnicos ativos e académicos que estão preocupados com a
dependência crescente das empresas em relação às forças de trabalho flexíveis, às
pessoas que podem ser contratadas a tempo parcial ou temporariamente, que são
facilmente alimentadas e que, por conseguinte, não podem contar com um trabalho
234 EPÍLOGO
controlo mais elevado e mais elevado. Como tão importante como esta dinâmica, os
estudos de caso sobre este volume obrigam-nos a ter em conta outros tipos de
relações sociais em relação ao trabalho.
As diferenças nas interações diárias e nas relações são fundamentais para
compreender a experiência qualitativa do desemprego. Mais importante ainda, estas
relações não dependem necessariamente da questão de saber se uma pessoa exerce
ou não um trabalho remunerado. Tal como nos seus empregos anteriores, os
selecionadores de cartão que a Perelman descreve continuaram a ganhar dinheiro
com as suas atividades diárias, embora devido à natureza do seu trabalho, à sua
posição no âmbito das relações sociais modificadas drasti; A Perelman sublinha o
sentimento de vergonha do seu trabalho. Descreva os jovens etíopes que preferem
permanecer desempregados em vez de se dedicarem ao trabalho que não é
respeitado pelos seus pares e pela sua família. Para estes jovens, as decisões sobre o
emprego baseiam-se, em grande medida, na forma como o trabalho as coloca nas
interações quotidianas. Os jovens evitam postos de trabalho que os obrigam a
subordinar eles próprios a outras pessoas fora do contexto de uma relação de longo
prazo. O significado do trabalho depende das atividades que preenchem o dia da
pessoa. Se estas ligações permitem a uma pessoa interagir com outras de uma forma
socialmente valorizada, o trabalho pode ser avaliado de forma positiva,
independentemente da forma como uma é compensada pelo tempo.
As atividades correntes que não são remuneradas são igualmente importantes
para a definição das relações sociais. Murphy traça as ligações que são construídas
entre os jovens franceses da cidade, uma vez que passam no tempo e partilham os
cigarros e os cartões telefónicos. Apesar das alegações dos jovens do município de
que todas as pessoas se encontram por si sós, recorrem a um processo constante de
intercâmbio de assistência que é essencial para manter e cultivar as relações. No
capítulo de Fisher, na ausência de trabalho remunerado, os membros da cooperativa
nicaraguenses trabalham em conjunto nas tarefas quotidianas essenciais para a
formação de relações. Ao tomarem decisões em conjunto, trata-se, em parte, de um
eventual acesso aos recursos que apoia planos para uma vida comum no futuro.
Embora estas atividades não sejam remuneradas, continuam a implicar uma tomada
de decisão económica através de trocas de tempo e de recursos.
A dinâmica económica é também muito importante para as relações de
dependência. Por um lado, as oportunidades de emprego são avaliadas em termos da
sua eficácia, permitindo um apoio a outros. Por outro lado, a dependência em
relação a outras formas determina a experiência do desemprego e a oferta
económica de opções económicas. Tal como a Perelman explica, a vergonha
associada a cirujeo não é apenas a estigmatização e a localização do próprio
trabalho numa posição de subordinação nas interações quotidianas. Talvez mais
importante é a incapacidade de apoiar a família devido à redução significativa do
EPÍLOGO 239
tudo?
A experiência dos jovens desempregados e dos trabalhadores reformados
levanta questões que revelam as interligações entre as preocupações financeiras e
sociais. Mesmo em casos de desemprego extremamente elevado, o que pode parecer
um problema financeiro ou económico de sobrevivência é muito mais do que o
seguinte: A forma como as pessoas são afetadas e fazem com que o desemprego
faça sentido do ponto de vista social, cultural, ecológico, político e político. Fazer
sentido de uma elevada taxa de desemprego na Nigéria (com uma taxa de
desemprego de 38 %), 7 um artigo da BBC de 2011 de um artigo da BBC por um
recrutador nigeriano segundo o qual «a parentalidade» pode ser «parcialmente
responsável» por tantos jovens que não trabalham (Wale-Abacre 2011).O autor,
Funmi Wale-abditudo, sugeriu que «a parentalidade» contribui para a falta de
motivação para encontrar trabalho entre os jovens. Escreve:
O autor lamenta que os pais asfixiantes e sobre os pais impeçam que as crianças
possam crescer. A sua crítica aos pais ressente-se com debates nos Estados Unidos
sobre os desafios dos «accordion families» para utilizar a frase de uso antro pologist
Katherine Newman, do contrato e da sua expansão para fazer face às flutuações do
mercado de trabalho dos jovens (Newman 2012).Os debates nos meios de
comunicação social das crianças adultas da classe média que «não crescem» e os
países que regressam ao seu país de origem como «boomers ang crianças» expõem
as expectativas culturais implícitas sobre a forma como a entrada da mão de obra é
um rito de passagem para as suas recompensas materiais e uma série de serviços
sociais (Parsons 2012).A Wale-abdiacre continua a:
Embora seja provável que o Wale-Adegre exagre o número de nigerianos que são
confortavelmente apoiados pelos pais e fornecidos com um condutor, a ação in situ
na Nigéria demonstra claramente que o desemprego não pode ser entendido apenas
em termos de oferta e procura de oportunidades de trabalho e de emprego. As
expectativas e o entendimento acerca da classe e do género, o entendimento local do
ciclo de vida e as expectativas em relação às relações familiares são todas as
experiências de desemprego. Na Nigéria, tal como em muitos locais do mundo, os
marcadores de uma primeira divisão para a idade adulta mudaram radicalmente à
medida que a escola, o casamento e as crianças se tornaram fora do alcance dos
jovens adultos. Considerando que as transições do ciclo de vida, como as
graduações e os casamentos, podem ter sido um marcador claro da idade adulta,
como é que as crianças atingem a idade adulta quando esses marcadores não
existem?O sociólogo Michael Kimmel sugeriu que nos Estados Unidos, no final da
década de 1990 e no início da década de 2000, a transição se tenha tornado mais
psicológica. Alega que, em vez disso, os rapazes se tornaram «guys» durante uma
década antes de se tornarem «homens» (2008).
Podemos comparar as lutas dos jovens e dos reformados com as aspirações de
trabalho noutras fases da vida. Para os jovens, a ausência de trabalho remunerado é
particularmente importante, uma vez que entrava o processo de maturação social. É
evidente que muitos jovens ainda não estabeleceram uma identidade clara e estável
em relação à sua profissão. Embora possam assumir um emprego específico no seu
futuro, ainda não exerceram papéis profissionais, como o soldador, o professor ou o
trabalhador postal. Por exemplo, muitas das pessoas no capítulo da faixa de
rodagem estão a trabalhar em serviços de restauração ou outros postos de trabalho
decididamente não administrativos, mas é o seu anterior emprego profissional que
constitui um ponto de referência fundamental nas suas vidas e faz com que eles se
identifiquem como desempregados, apesar de participarem no trabalho remunerado.
Não é claro se e quando a sua identidade como «colarinho branco» vai passar a
refletir os tipos de trabalho que exerce de facto. Em certa medida, para os jovens
que o Murphy analisa, a classe dos seus pais pode influenciar as suas expectativas
para o futuro, mas a sua relação com o desemprego e o trabalho é claramente muito
diferente da dos adultos. A antropologista Jennifer Cole argumenta que as pessoas
de idades diferentes são moldadas por narrativas seletivas e simplificadas do que
uma «geração» deve ser e espera estar a fazer as suas vidas (Cole 2013).A
frustração e a deceção em relação a um presente que não coincide com o passado
(ver os capítulos de Strauss, Lane, Perelman e Kwon) não são relevantes para a
juventude. Pelo contrário, o seu ponto principal de luta diz respeito ao acesso aos
futuros imaginados.
A ausência de uma identidade profissional anterior torna as atividades correntes
da juventude todas as mais significativas. A vergonha associada a certos tipos de
EPÍLOGO 243
emprego para os jovens etíopes é duplamente importante, uma vez que pode
constituir uma identidade semipermanente. Ao contrário dos apanhadores descritos
pelo Perelman, que pode fazer referência a uma ocupação anterior, os jovens etíopes
temiam que se coloquem numa categoria social indesejável da qual seja difícil
escapar. De igual modo, a antropologista Jane Guyer e o sociólogo Kabiru Salami
debatem a situação de endividamento na Nigéria, bem como o número de pessoas
que pensam sobre o futuro em relação à dívida (Guyer e Salami, 2013).
Na investigação de Lynch sobre os trabalhadores mais velhos das fábricas perto
de Boston, os trabalhadores do sexo masculino, na sua maioria, constituem um
exemplo de um leque de personalidades e de antecedentes e de uma diversidade de
razões para trabalhar. Mesmo aqueles que trabalham a partir de necessidades
financeiras procuram também o seu empenho e a sua finalidade social. Com efeito,
os trabalhadores invocam frequentemente os riscos para a saúde da passagem à
reforma e alegam que «trabalhar aqui mantém vivas» os trabalhadores a tempo
parcial e os trabalhadores que trabalham a tempo parcial e não recebem nenhuma
prestação médica ou de reforma — o empregador está bem ciente da elegibilidade
dos trabalhadores para a assistência social e a segurança social. O empregador alega
que presta um serviço social a pessoas que de outra forma não são suscetíveis de
encontrar trabalho remunerado, e admite a manutenção do modelo. Por seu lado, a
Vita os trabalhadores querem ter o controlo do seu tempo, e querem ser capazes de
se afastar num momento de frustração ou em que as necessidades de mão de obra e
o gestor da produção tenham concebido o processo de produção de modo a permitir
que (uma característica surpreendente numa instalação de montagem).Tal como a
subvenção, um antigo trabalhador da linha General Motors, afirmou a favor do
Lynch, «É uma vantagem vantajosa para todas as partes. Para nós, e tenho um
pouco dinheiro adicional, e eu não utilizo todo o meu tempo.» Estas noções de
tempo na fase de vida de reforma são muito diferentes das das fábricas de vestuário
do Sri Lanca, para as quais o Lynch foi o primeiro a estar habituado, num estudo
anterior, onde os trabalhadores dedicaram todo o seu tempo a trabalhar e tinham
uma capacidade muito limitada para tomar tempo. muitos dos trabalhadores
argumentam que estão dispostos a pagar os salários mais elevados e outros
benefícios se puderem manter um estilo de vida qualitativamente diferente do
utilizado para eles. Embora possamos participar num debate sobre a questão de
saber se se trata de um trabalho de exploração, mais relevante é a observação de que
os significados associados à remuneração, ao tempo e à câmara social não são
estáticos na vida das pessoas. Podem tornar-se mais importantes em diferentes
pontos do ciclo de vida.
Do mesmo modo, como se pode ver em casos deste volume, a flexibilidade do
trabalho significa algo diferente para aqueles que apoiam as crianças e para os quais
é provável que os elevados rendimentos e benefícios sejam muito mais importantes
244 EPÍLOGO
INTRODUÇÃO
1. Ver relatório de 2012 do U.S. Bureau of Labor Statistics, «A Recessão de 2007 2009»
www.bls.gov/spotlight/2012/recession/pdf/recession_bls_spotlight.pdf.
2. «Experiência de desemprego de longa duração dos desempregados,» Questões
relacionadas com as estatísticas sobre o trabalho, www.bls.gov/opub/ils/
summary_10_05/long_ter_unemployment.htm
3. Os números são o atordoamento, mas também é enganoso. Os números de emprego
adquiriram a aura de um feciado. Aguardamos com expectativa cada relatório mensal sobre a retoma
da recuperação económica. No entanto, como a trajetória dos valores oficiais indica, o emprego tem
sido, em certa medida, desassociado da economia. Além disso, a medida do desemprego (uma
proporção da mão de obra ativa) tem artifício, o que esconde os indivíduos «desencorajados» que
optaram por renunciar ao mercado formal de trabalho e aqueles que estão apenas marginalmente
ligados ao mercado de trabalho (não tendo procurado emprego ativo nas quatro semanas anteriores).
4. Durante esta última recessão, as pessoas expostas ao sofrimento e as lutas com o
desemprego nas séries de jornais alargados (por exemplo, «Help Wanted: Histórias de desemprego»
em Washington Post, setembro de 2011) e de um blogue popular (por exemplo, «histórias de
desemprego» em Gawker.com, que abrangeu 40 volumes semanais em 2012 e 2013; casos de
desemprego na secção «Carreiras» da About.com).
5. Para exemplos da complexa relação entre autonomia e subordinação em contextos
industriais, ver Kim 1997; Lynch 2007; ONG 1987; Ngai 2005; Rofel 1999; e Wolf 1994; em
contextos não industriais, ver Alliston 1994; Dewey 2011; Gunewardena e Kingsolver 2008; Kang
2010; e Freeman 2000.
6. É muitas vezes chamada a atenção para as culturas públicas de consumo cada vez mais
expansionistas, enquanto principais localizações da automoda contemporânea, desmentindo a
produtividade sociocultural do trabalho e do emprego, mesmo em caso de perda (desemprego).Um
dos dispositivos ideológicos primários do neoliberalismo, como assinalado pelas Comretiradas
(2001), é o apagamento do trabalho e do emprego como locais protegidos da pessoa e das relações
sociais. Kati Weeks (2011) observa também a surpreendente falta de atenção prestada ao trabalho e
ao emprego na teoria política, apesar da sua centralidade na vida social e política moderna.
7. Um exemplo flagrante é o tráfico ilícito de droga. O estudo etnográfico que teve lugar em
El Barrio (cidade de Nova Iorque), realizado a 1995, dos traficantes de crack (Nova Iorque)
apresenta um retrato do tráfico de droga que reflete as estruturas e as relações do comércio a retalho
legal, incluindo as repressões de clientes, as comissões, a gestão de laboratórios e a promessa de
promoção.
8. Em seguida, o desemprego fará igualmente referência ao subemprego (incluindo o
trabalho tempo e o trabalho contingente), bem como a várias formas de atividade económica
informal não abrangidas por medidas oficiais. A decisão não foi tomada apenas por conveniência
estilística. Como defendemos neste volume, o desemprego não tem em conta de forma precisa as
várias formas de emergência de que as pessoas excluídas de um emprego estável e estável em
conjunto, ou a forma como o emprego é experimentado como intermitente. Além disso, mesmo os
que vivem em condições de emprego formal a tempo inteiro estão muito finos devido à insegurança
e à degradação dos salários e das prestações sociais.
9. Para uma história clara e sucinta e explicação do neoliberalismo, ver Ganti 2014;
Hackworth 2007; Harvey 2005; e Steeger e Roy 2010. Esta parte da introdução é orientada pelo seu
trabalho.
246
247 NOTAS ÀS PÁGINAS 8-24
10. Para exemplos de trabalho etnográfico sobre a adoção da governação neoliberal nas ONG,
ver Adams 2013; Elyachar 2005; Karim 2011; e ong 2009. No ensino, ver Lipman 2011 e Urciuoli
2008. No contexto político americano, um dos aspetos principais em que a escolha é totalmente
posta em causa é o dos direitos reprodutivos das mulheres. As críticas culturais feministas Lisa
Duggan (2004) e Wendy Brown (2003) têm escrito insidioso sobre a coprodução de impulsos
antidemocráticos e ideologia neoliberal na política americana contemporânea. Em condições de
maior insegurança económica, a aplicação neoliberal das liberdades individuais e a
responsabilidade, bem como a identidade e o modo de vida «americanos» de defesa da identidade e
do modo de vida americano.
11. A nossa análise é influenciada pela recente investigação sobre os programas pós-Forde e
que afeta, na sua maioria, a Muehlebach e a Shohan 2012; Mole 2012; Berlant 2007.
12. A expressão precariedade, tal como salientado pelo Milar (2014, 34), veio destacar entre
os ativistas dos movimentos sociais na América do Norte, na Europa e no Japão, países onde a
produção industrial de Forgist e as consequentes expectativas de segurança do emprego de classe
média tinham tido um forte lugar (ver também o Alliston 2012; Neilson e Rossiter 2005).
CAPÍTULO 3: PROFISSÃO
1. A polícia emitiu mandados para muitos dos altos dirigentes sindicais após o insucesso da
ocupação da fábrica em fevereiro de 2001. Os dirigentes escaparam à agressão da polícia e
encontraram refúgio numa Igreja Católica próxima.
2. Durante a crise, quase 20 % (dois milhões de pessoas) estavam sem emprego. Nos últimos
anos, entre 236,000 e 2002, os funcionários administrativos e administrativos perderam o emprego
entre 1997 e (Chun 2009, 78).Segundo as notas de Pire, «mais de 90 % de todos os novos postos de
trabalho criados entre 1998 e 2002 foram não permanentes» (2008, 184) e o trabalho temporário no
setor dos serviços continua a ser o setor económico de mais rápido crescimento (Chun 2009).
3. Em 1997, em empresas com mais de quinhentos trabalhadores, os trabalhadores
beneficiavam de 72,3 % de salários mais elevados do que os de empresas com entre dez e vinte e
nove empregados. Uma vez que o prémio salarial aumentou para 99,2 % em 2005, o número de
trabalhadores principais diminuiu significativamente (Pirie 2008, 184).
4. Embora o presente artigo incida sobre estes trabalhadores, é necessário deixar claro que as
mais precárias são e continuam a ser as que trabalham em pequenas empresas. Com efeito, é a
intensificação da exploração do menos segura que tenha mais permitido aumentar a flexibilidade
laboral e aumentar a produtividade do trabalho. As mulheres, em especial, foram vulneráveis à
reestruturação da mão de obra. Devido à longa discriminação institucionalizada entre homens e
mulheres, a maioria das mulheres trabalhou como trabalhadores temporários, muitas vezes com
salários inferiores a metade dos salários dos homens. Mesmo as mulheres que ocupam lugares
permanentes nas grandes empresas estavam sujeitas a um risco acrescido de despedimento,
frequentemente pressionadas a deixar «voluntariamente», a fim de prestar serviços de emprego aos
homens em períodos de recessão económica (ver Chun 2009).
Embora o número de trabalhadores permanentes do sexo masculino em grandes empresas
esteja a diminuir devido a despedimentos e incentivos à reforma antecipada e «honorário»
combinados com a sua substituição por trabalhadores contratados a curto prazo e subcontratação,
continuam a ser alguns dos trabalhadores mais seguros do mundo. De 1997 a 2002, a proporção de
todos os trabalhadores empregados em grandes indústrias transformadoras passou de 30,7 % para
20,6 % (Pirie 2008, 183).
5. É evidente que as noções e práticas culturais de masculinidade são disposições importantes
em termos de formação e experiência dos organismos destes trabalhadores; infelizmente, devido à
NOTAS ÀS PÁGINAS 74-88 249
incidência temática específica deste artigo, não poderei aprofundar o tema. No entanto, importa
sublinhar que a masculinidade foi estruturada de acordo com a produtividade económica. Deve
também notar-se que todas as mulheres I inquiridas revelaram que não trabalham fora de casa,
dependendo financeiramente dos maridos. Consideraram-se, em primeiro lugar, como «donas de
casa», o estatuto social é um sinal de prestígio relativo e a estabilidade económica. Embora as
contribuições sociais e económicas das mulheres para a vida familiar sejam muito mais substanciais
e complexas, a divisão do género dos domínios público e privado é uma proteção ideológica de
proteção do privilégio masculino e do privilégio da classe (Kim 1993; Nelson 2000; Yi 1998).Além
disso, alguns dos mais velhos, que começaram a trabalhar na fábrica na altura do desenvolvimento
industrial da Coreia na década de 1980, identificaram como «sol industrial», reconhecendo a
associação da produção industrial com o direito nacional. Os trabalhadores industriais masculinos
sem caixa, sem o estatuto de empresa de colarinho branco, simbolizam, por sua vez, a disciplina
masculina da modernização da Coreia. Como Lua (2005) demonstra, a masculinidade, a
militarismo, a modernização e o nacionalismo eram fortes áreas de discurso na modernidade da
Coreia.
6. Os exemplos dignos de nota incluem o espírito de Resistência e de Capitalismo ( 1987) e
a «Made in China» da Ngai (2005), que ilustram a mortificação do organismo moral com base no
género por força de uma disciplina de fábrica autoritária e autoritária.
7. Este sintoma de sensação não é raro entre os desempregados (Newman 1988) e os que
foram social e politicamente deslocalizados (Kleinman e Kleinman 1994, 714-715).
17. Na realidade, poderia ter assinado um plano de repartição assim que cheguei em França,
mas preferia esperar pelo meu cartão de residência a compra de um contrato, beneficiando assim da
redução de custos que este regime oferecia.
18. Jennifer Patico (2008), no seu trabalho sobre a Rússia pós-soviética, chama a atenção para
o facto de o intercâmbio de bens não essenciais ser uma forma de promover a sociabilidade numa
economia de escassez.
19. A título de exemplo, após a apresentação de uma versão anterior deste documento, um
membro do painel sugeriu que ignorou a «religião» aquando do debate sobre a vida em cidade. Esta
observação refere-se a uma inclinação em certos trimestres (americana e francesa) para ver os jovens
«outer-cidades», «imigrantes,» e «muçulmanos» como quase sinónimos. Embora alguns dos meus
interlocutores na cidade externa de Limoges, identificados como muçulmanos, certamente nem
todos o fizessem, e sendo muçulmanos não tinham qualquer relação com a participação no tipo de
socialidade que descrevi aqui.
20. Para um debate sobre a forma como os meus interlocutores consideraram e utilizaram a
noção de raça, ver Murphy 2011a.
21. Independentemente de poderem ou não ser uma questão importante que exceda o âmbito
do presente documento.
etnográfico proveniente da Etiópia para fazer uma intervenção interessante nesta literatura. A
peticionária alega que as raízes do estigma profissional se encontram nas deslocações locais de
pessoas e nas relações de posição dominante, em vez das qualidades simbólicas de produção e
transformação que têm sido associadas ao corte de ferreiro e a outras profissões artesanais.
4. A importância do dinheiro para as relações sociais estava a mudar e os indivíduos
extremamente ricos puderam aceder ao estatuto (Ellison, 2006, 2009).No entanto, no início da
década de 2000, embora o trabalho dos jovens tenha muitas vezes tido mais acesso a dinheiro do
que os seus pares desempregados, o seu maior poder de compra não parece trazê-los para o nível
comunitário.
5. Ao contrário do que acontece com os artesãos tradicionais, os estigmas ligados ao trabalho
em profissões inferiores eram muito flexíveis no momento da minha investigação. As histórias do
ShoeShine, que se tornou um poderoso proprietário empresarial, eram comuns. Além disso, a forma
como um trabalhador tratado em profissões mais baixas variou com a qualidade das suas relações
com os mesmos. James Elli son (2006) argumenta que os grupos profissionais não têm sido
historicamente rígidos, tendo observado que o estatuto é particularmente flexível num contexto
urbano contemporâneo.
6. No limite mais baixo da escala económica, muitos jovens desempregados viviam com as
suas mães sós, que obtivera pão ou cerveja para panificação. Embora, em comparação com a
juventude da classe média, fosse mais comum para os homens jovens de famílias pobres participar
em trabalhos de baixo estatuto, muitos ficaram desempregados por longos períodos de tempo.
7. O aumento do número de estudantes que fazem progressos na universidade é uma das
razões pelas quais o desemprego urbano começou a diminuir nos últimos dez anos, especialmente
entre os homens. O número de estudantes que ingressaram na universidade aumentou quase dez
entre 2003 e 2013. Resta saber se a maioria destes novos licenciados poderá encontrar trabalho na
sua área de estudo.
8. Este não é um fenómeno novo na Etiópia, e Donald Levine (1965) descreve os jovens
formados que, incapazes de encontrar emprego e não querem trabalhar no setor agrícola tradicional,
migraram para as cidades em busca de oportunidades que eram largamente inusáveis. O aumento
drástico do número de jovens formados sem um aumento correspondente do emprego público criou,
no entanto, uma população muito maior e mais visível de jovens desempregados.
9. Para debater algumas das formas como as empresas ( comerciantes) sobreviveram, por
exemplo vendendo o vestuário em mercados mais distantes, como Guanajuato ou Chi apas ou
diversificando os seus investimentos em tais atividades, como lojas de têxteis, camiões, e bens
imóveis, ver Montel Torres 2014.
10. Em 2012, foi efetuada uma venda de uma ordem de um abile en nogada para 50 pesos (o
que um trabalhador ganhara por meio dia numa oficina de vestuário); foi necessário encomendar
mais cedo na semana por venda.
11. Gostaria de ver o método de análise dos dados do INEGI, que me agradeço.
12. Ver, por exemplo, Greenwood 1969; De 1999 em; Menjivar 2000; Aguilar e Massey 2002;
Aguilar 2003; Amuedo-Durantes e Mandra 2007.
13. As mulheres são cerca de 44 % dos imigrantes dos EUA provenientes do México (Donato
et al.2011).
14. Para as discussões sobre a forma como a San Cosmeros/tal como recorreu às redes de
parentesco e às redes sociais para ajudar os seus filhos a avançar quando as oportunidades
económicas estão a expandir-se nas décadas de 1960 e 1970 e para lidar com a perda de emprego na
década de 1980, ver Rothstein 1999 e 2007 (chs.3 e 4).
15. Para um debate sobre a desigualdade de género no trabalho de prestação de cuidados, ver
Rothstein 2015.
16. Embora alguns homens casados façam, na sua maioria, sindicatos nos Estados Unidos.
17. Para exemplos semelhantes, ver Alice 1997; Ariza 2002; Hellman 2007.
amostra incluía uma jovem que tinha coubstado mais de quarenta horas por semana de trabalho a
tempo parcial, mas queria algo melhor. No outro extremo, tinham um pequeno número de
participantes que estavam empregados mas não à procura, como um engenheiro masculino no seu
final dos cinquenta anos, que tinham sido despedidos em 2009 e tinham chegado à conclusão de que
era fútil manter a procura, pelo que estava a contar com o rendimento da sua mulher e a ajuda dos
seus pais. Mas se incluo, devo excluir duas donas de casa que tenham procurado trabalho apenas
enquanto os seus maridos estavam desempregados?E sobre a mulher com deficiência devido aos
seus maus joelhos?Embora nenhum deles seja citado no presente documento, todos estes casos
marginais são incluídos nos totais comunicados aqui. Ver também o capítulo sobre as dificuldades
em definir o desemprego neste volume.
9. Outro problema reside no facto de as respostas a uma pergunta de duas partes («O que
pensa da sua situação em geral?Como pensa que se sente?») pode ser difícil interpretar.
10. A faixa de rodagem cita um candidato a emprego que comentou «a sua disciplina»» (clines
2009, citada na faixa de rodagem 2011, 162).
11. As suas convenções de transcrição são as seguintes: [...] = supressão; ...= pausa;Em itálico
= sublinhado do orador;[itálico] = aditado pelo autor para clarificação.
12. A minha utilização de estruturas de autocuidado difere, mas difere da de Brown (2006),
que a leva a ter capacidade neoliberal «para satisfazer as suas próprias necessidades e assegurar o
serviço das suas próprias ambições, seja como beneficiários de assistência social, doentes,
consumidores de farmacêuticos, estudantes universitários ou trabalhadores em profissões efémeras»
(694).
13. O Ehrenreich (2005) considerou que os trabalhadores administrativos desempregados
foram aconselhados a exercer regularmente. Contrariamente ao que sucede com a Sharone (2014,
55), os entrevistados não sentem que tiveram de limitar o exercício às horas de trabalho.
14. Este parecer surge na segunda metade da sua conferência, na qual alegou que estava mais
felizes depois de ter cancelado a sua assinatura do Wall Street Journal, ainda que, na primeira
metade do seu discurso, citou os recentes artigos do Wall Street Journal.
15. A observação lisa da Lisa reforça a ideia de que se espera uma positividade para o sem
emprego, e não apenas para os desempregados. Para mais exemplos do que é «bênção das narrativas
dos nomes das pessoas», ver Duckerman (2012, 9) e Lane (2011, 148).
16. A nova Idade foi definida como um «grupo eclético de atitudes culturais que surjam na
sociedade ocidental do século passado no final do século 20, adaptado às de uma grande variedade
de culturas da antiga e mod a, que salientem as crenças (como recriação, olismo, pantoísmo e o
ocismo) fora do contexto principal, e que se avance com abordagens alternativas para a
espiritualidade, o liv direito e a saúde» (acórdão Merrim-Webster em linha, consultado em 2013 de
junho de 17).O único entrevistado que utilizou esta expressão foi de tal modo apoogeticamente:
«Rei, não é a uma boa idade para a nova Age-y, mas...»
17. Ao contrário de outras versões do budismo, em que o budismo, «Niichren Daisonin», se
esforça por «comprovar» a «capacidade real» do poder de ensinar», os resultados aqui e agora (
www.sgi-usa.org/newmem bers/dailypractices.php).
18. Ver, por exemplo, www.christianbiblereference.org/faq_prayer.htm.
19. Sobre a tendência dos americanos para a autovalorização em vez de autocríticas, ver
também Kitayama et al.(1997).
20. Estima-se que, nesta recessão, a procura de emprego fosse seguida de dois meses e meio
por cada 10 000 dólares dos antigos salários de um; o rendimento mais elevado de um, o mais
longo, pode contar com o abandono do trabalho.
21. Reagiu, em particular, à opinião expressa por outros entrevistados de que Deus tinha um
plano para eles.
preenchem os critérios de seleção; estes sítios servem também de fórum para o seguimento das
pesquisas, para o aconselhamento e até mesmo com as centenas de outros que desejam desembarcar
os postos de trabalho cada vez mais escassos.
2. Roberto Somoza (antigo presidente da Câmara de Ciudad Sandino), comunicação pessoal,
2008 de agosto de 15.
3. A Alex Ning (2014) apresenta uma excelente panorâmica das muitas «enredes» de
natureza, cultura e política na formação de Ciudad Sandino («a cidade de emergências»).
4. Os pseudónimos são utilizados em todo o texto.
5. Embora a «consciência artesanal» se refira às mentalidades individualistas, voluntárias e
autossuficientes que acabam muitas vezes por encerrar a maior escala da coordenação e da
cooperação entre os pobres, «a consciência organizacional» invoca todas as comunicações, técnicas,
sociais e de organização (ou seja, a «cultura da produtividade») necessárias para assegurar o bom
funcionamento das empresas coletivas.
6. Ou Marx escreve: «A realiza operações semelhantes às de um armadura e uma abelha é
colocada em vergonha de arquiteto na construção das suas células. Mas o que distingue o pior
arquiteto do melhor das abelhas é o facto de o arquiteto aumentar a sua estrutura na imaginação
antes de o apresentar na realidade» (Marx 1977 [1867], 178).
Tanto na parte como na Hyunhee Kim.2009«O Colégio, o estatuto e a dependência neoliberal dos
países da Coreia do Sul: «Encargos de autodesenvolvimento.» Estudos culturais entre a
Ásia 10, n.º 2: 229-247.
Adams, Susan.2011«The W’s Pior Cities for aching a Job» (As piores cidades para encontrar um
emprego), Forbes, novembro de 23. Consultado em 2015 de setembro de 26. Disponível em
www.forbes.com/sites/susanadams/ 2011/11/23/americas-worst-cities-for-finding-a-job/.
Adams, Vincanne.2013Mercados de Dores, rótulos de Faith: Nova Orleães na Wake of
Katrina.Durham: Press University Press.
ADIDA, Claire L., David D. Laitin e Marie-Anne Valfort.2010«Identificar barreiras à integração
muçulmana em França», Processos da National Aacdemy de Ciências dos Estados Unidos
da América 107, n.º 52: 22384-22390.
Agamben, Giorgio.1998Homo Sacer: Poder soberano e Bis Life.Stanford, Califórnia: Meridiano
AFL-CIO.2009South Carolina, Health Care. Consultado em 2009 de março de 14.
www.aflcio.org/
Aguilar, Michael Bernabe.2003«O impacto do trabalhador: De que forma a Capital Social e o
Capital Humano Influem o cargo de Antigas Immigrants Immigrants. « Sociological
Inquiry 73», n.º 1: 52-82.
Aguilar, Michael Bernabe e Douglas Massey.2002«Capital social e salários dos imigrantes
mexicanos: Novos Hypoteses e Ensaios.»Departamento de Sociologia. Universidade de
arroz, Houston, Texas.
Ahmed, Sara.2010Promise of Happiness.Durham: Press University Press.
Alba, Francisco.2008«México: Uma rede oficial para as migrações. fonte de informação sobre
migração. Consultado em 2013 de janeiro de 18. Disponível em
www.migrationinformation.org/feature/ desplay.cfm? ID = 772.
Alliston, Anne.1994Trabalho noturno: Sexualidade, licença e masculinidade das empresas num
Clube de Hostess de Tóquio.Chicago: Universidade da imprensa de Chicago.
------ .2012«Refugiados ordinários: Deficiência social e Soul no século 21, Japão.»
N.º 85: 345-370, antropológico, n.º 2: -.
------ .2013Condições precárias do Japão (Crónicas do Novo Mundo Mundial).Durham: Duque
Press University.
Amuedo-Durantes, Catalina, e Kusum Mandra.2007Redes sociais e sua
«Demography 44, n.º 4: 849-863.
Ansley, Frama e Anne Lewis.2011«Going South, Coming North: Migração e
Capacidade de organização da União na cidade de Morrist, Tennessee. «Espaços do Sul»,
maio de 19. Consultado em 2015 de janeiro de 11. Disponível no seguinte endereço: http:
//southernspaces.org/2011/going-south-coming- nor-migratione-union-organismoing-
morristenessee.
Applebaum, Herbert.1995«O conceito de trabalho no pensamento ocidental», nas operações de
trabalho: Considerações para o século XXI, editado por Frederick Gamst, 46-78. Albany:
Universidade Estatal de Nova Iorque.
Arellano, Jorge Eduardo.2009«Nueva Gratica de la Lengua Espanola y el gentilio de Ciudad
Sandino», El Nuevo Diario (Manágua, Nicarágua).Consultado em 2015 de setembro de 27.
Disponível em www.elnuevodiario.com.ni/opinion/63780-nueva-gramatica- lengua-
espanla-gentiligio-ciuad-/.
Ariza, M. 2002.«Migração y transnacionalidad en el contexto da globalização: Algu- nos puntos de
257
258 BIBLIOGRAFIA
Bernhardt, Annette.1999«O futuro dos empregos com baixas remunerações: Estudos de caso no
setor retalhista
Indústria.» Instituto de Educação e Documento de Trabalho sobre a Economia n.º 10. Nova
Iorque: Escola de Professores da Universidade de Columbia.
Bagas, Sara.1985Trabalho do pai para os seus filhos: Acumulação, mobilidade e classe de destino
numa Comunidade alargada.Berkeley: University of California Press.
Besteman, Catherine e Hugh Gusterson.2009The Insecure American: Cálculo e definição de «O
que deve ser feito», editado por Hugh Gusterson e Catherine Besteman, 1-23. Introdução.
Berkeley: University of California Press.
Blackman, Lisa.2008O Organismo: Conceitos fundamentais.Nova Iorque: Berg.
BLS (Serviço de Estatística do Trabalho).2009«Ranks of Disurist Workers and outros Marganish
Attach to the Labor Force Rese Durante a Recessão.» Questões relacionadas com as
estatísticas sobre o trabalho (abril).
------ .2012Número de empregos detidos, atividade no mercado do trabalho e crescimento dos
rendimentos entre
Jovens do Baby Boomers: (ver comunicado de imprensa, julho de 25).Em 2 de abril de
2013.Disponível em www.bls.
Boccani, Paolo, e Francesca Lagomarsino.2011«Migração e a crise mundial: Novas perspetivas para
o regresso?The Case of Ecuatorians in Europe.» Bulletin of Latin American Research 30,
n.º 3: 282-297.
Boehm, Deborah.2008«Now I Am a Man and a Woman!» Genbean Moves e Migran in a
Transnational Community.’ Perspetivas para a América Latina 35, n.º 1: 16-30.
Boeldieu, Julien, e Catherine Borrel.2000Valorização da população 1999: a proporção de
25 anos é mais estável.Paris: INSEE.
Borgetto, Michel.1993Para a noção de Faternite en droit public: Le passse, le present et
l’avenir.Paris: Librairie Generale de Droit et de Jurisprudência.
Bose, Purnima, Laura E. Lião, e Christopher Newfield.2010Cultural Critique e a Global
Corporation.Institui a Comunidade Económica Europeia: Comunicado da Universidade
de Indiana.
Bourdieu, Pierre.1984Distinção: Uma aplicação social da decisão de Taste.Traduzido por Richard
Nice. Cambridge, MA: Harvard University Press.
------ .1992A lógica de prática.Stanford: Imprensa da Universidade de Stanford.
------ .1996«Marginalia: Alumas Notas aditionais Sobre o Dom.» Mana 2, n.º 2: 7-20.
Bourgeois, Leon.1902 [1896].«Solidarite», 3.ª edição. Paris: Armand Colin.
Bourvignon, Yves.2006As gerações «Toutes les gerações se saindo» são confrontadas com a
institucionalização do centro, a saber, 8 de fevereiro.
Este último é constituído por Philippe.1995Em busca do respeito: Venda de crack em El Barrio
(análise estrutural nas ciências sociais).Nova Iorque: Cambridge University Press.
Este último, que é Philippe, e o Jefef Schonberg.2009Rightous Dopefiend.Berkeley: University of
California Press.
Brady, Michelle.2014«etnografias dos regimes de governo neoliberais: Da
Técnica neoliberal para o estado da Neoliberalismo e dos conjuntos de governo.» Estudos
da Foucault 18: 11-33.
Braverman, Harry.1974Capital do trabalho e do monopólio.Nova Iorque: Mensal Review Press.
Brodkin, Evelyn Z., e Gregory Marston, ed.2013Trabalho e bem-estar: As organizações de rua e a
política de trabalho.Washington DC, EUA: Georgetown University Press.
Broussard, Nzinga, e Tsegay Gebrekidan Tekselassie.2012«Desemprego dos jovens: The Etiópia
Country Study.» Documento de trabalho 12/0592. Londres: Centro Internacional de
Crescimento.
Brown, Wendy.2003«neoliberalismo e o final da democracia Liberal.» Teoria e Evento 7, n.º 1: 1-
19.
------ .2006«Nughtmare: Neoliberalismo, Neoconservativism, e
«Teoria Política», 34, n.º 6: 690-714.
260 BIBLIOGRAFIA
com uma Multa de Los 90: Membro da ONU Eestúdio Interdisciplinario En Buenos Aires Y
Tucuman.» Juadas Interesosalelas/Departamentos de Historia 14: 1-19.
Caridade, William, e Patrick Mason.1998«Elementos de prova sobre a discriminação no âmbito do
emprego: Códigos da Color, Códigos do género.» Journal of Economic Perspetives 12,
n.º 2: 63-90.
D Aubterre Buznego, Maria Eugenia.2002«Gero, Paresco y Redes de Migração de Fementinas 12,
n.º 24: 51-60.
Davis, Clark.2001Homens: Quadros de vida e das empresas em Los Angeles, 1892-1941.Baltimore:
John Hopkins University Press.
Davis, Heather A. 2009.«As Ruas.» Penn Compact 2020, Gabinete do Presidente da Universidade
da Pensilvânia. Consultado em 2014 de maio de 15. Disponível no seguinte endereço:
www.upenn.edu/ presidente/compacta/nas ruas.
Davoine, Jerome.2006«Vent de solidariedade rue de la Prefecture.» L Echo de la Haute Vienne,
março de 31.
De Boeck, Filip.1999«Diamantes e dólares»: Identidade, Despesas e Partilha no Sudoeste Zaire
(1984-1997).» Em globalização e identidade: Dialetos do fluxo e do encerramento, editado
por Birgit Meyer e Peter Geschiere, 177-210. Oxford: Blackwell.
de Gaulekonjac, Vincent.1996As fontes de la honte.Paris: Desclere de Brouwer.
de Grazia, Victoria.2005Império irresistível: Adiantamento da América
Twentethe-century Europe.Cambridge, MA: Harvard University Press.
de Morais, Clodomir Santos.1969Algunas consideraciones en Torno a las Organiza- es Campesinas
en Latinoamérica.Genebra: OIT.
------ .1987Condiciones Objetivas y Facctores de la Incorporação de las
Maas Rurales en el Proso de Desarollo Progresistência de la Agricultura en Centroamérica.
N.º E10 M827c. Washington DC, EUA: Banco Mundial.
Denning, Michael.2010«Wageless Life». novo número 66: 79-97.
Desbornes, Chantal.2004Atlas des populations immikers en Limousin.Paris: INSEE.
Daine, Theresa J., e Nicolas Kiefer.1991Estudo empírico do Labor Economics: A abordagem de
pesquisa.Nova Iorque: Oxford University Press.
Dewey, Susan.2011Neon balland: Em Love, Maioexaustor, e Sex Work, numa cidade de Raust
Belt.Berkeley: University of California Press.
Didier, Emmanuel.2007«Estatísticas ‘Do Statistics ‘Perform’ the Economy)?» Nos Economistas
Marca dos Mercados?Sobre o desempenho da economia, editado por Donald MacKenzie,
Fabian Muniesa, e Lucia Siu, 276-310. Princeton: Imprensa da Universidade de Princeton.
di Leonardo, Micaela.1992Variedades de Experiência Étnica: Parentesco, classe e sexo entre a
Califórnia e a Califórnia.Ithaca: Cornell University Press.
Dilley, Roy.2004Islamic and Caste Knowledge Práticas entre Haalapulaar no Senegal.Edimburgo:
Centro de Imprensa da Universidade de Edimburgo.
Dimarco, Sabina.2005«Experiências de Autoorganizacion En Cartoneros: A Informe Final el
Concurso. Programa Regional de Beco. Beunos Aires: CLACSO.
Dinerstein, Ana C. 2001.«A Revolução Silent: O Movimento dos Trabalhadores Desempregados na
Argentina e o Novo Internationalismo. « Labour Capital and Society/Travail, Capital et
Societe 34: 166-183.
Donaldson, Mike.1991Hora da «As nossas vidas: Trabalho e Love na classe de trabalho.Sidney:
Allen e Unwin.
Donato, Katherine.2010«Padrões da migração dos EUA da América Latina: Outono da Academia
Americana das Ciências Políticas 630: 78-92. Donato, Katherine, Joseph Alexander, Donna
Gabaccia e Johanna Leinonen.2011«Alterações na composição de género das populações de
imigrantes: Análise da migração internacional 45, n.º 3: 496-526.
Donham, Donald.1986«Old Abyssino e o Novo Império Etíope: Temas da História Social.» nas
Marches de Sul do Imperial Etiópia: Ensaios de História e Antropologia Social, editado por
Donald Donham e Wendy James, 3-48. Cambridge: Cambridge University Press.
------ .1999Marxist Modern: História Etnográfica da Revolução etíope.
BIBLIOGRAFIA 263
cultura pública.
Berkeley: University of California Press.
Rogers, Ali.2009Documento de trabalho sobre a cessão, os trabalhadores vulneráveis e a migração.
Oxford: COMPAS.Consultado em 3 de fevereiro de 2012. Disponível no seguinte
endereço: www.compas.ox.ac.
UK/fiadmin/fiadmins/Publications/Investiga_projects/Labur_markets/Labour % 20 MKT%
20e% 20Recessão% 20Report.pdf.
Rogers, Jackie Krasas.2000Trabalhadores temporários: Os locais de trabalho em mutação.Ithaca:
Cornell University Press.
Rosa, Nikolay.1992«Direção da Educação para a Cultura das Empresas»: Debate Moral, editado
por Paul Heelas e Paul Morris, 141-164. Londres: Routledge.
Rosa, Dina R., e Tdd R. Clear.1998«prisão, capital social e criminalidade:
Implicações para a Teoria Social Teoria.» Criminologia 36, n.º 3: 441-480.
Ross, Andrew.2003No-Collar: O Local de Trabalho Humano e os seus custos Hidráulicos.Philadel:
«Temple University Press».
------ .2009O trabalho de NiceVida e Labor em Times.Nova Iorque:
Universidade de Imprensa da Nova Iorque.
Rothstein, Frances Abrahamer.1982Três diferentes pontos: Mulheres, homens e crianças no setor
industrial.Westport, CT: Greenwood Press.
------ .1999«Declining Odds: Kkinship, Women’s Employment, and Political Economy in
Rural México. « American Antropologista 101: 579-593.
------ .2007Globalização no México: Três nós de mudança.Austin: Universidade
«Texas Press».
------ .2010«Novos migrantes numa nova idade: Globalização, redes e género no espaço rural
México. "In Class, Conention, and a World in Motion, editada por Winnie Leem e
Pauline Gardiner Barber. Londres: Berghahn Books.
------ .2012«Os migrantes não justa: Homens e mulheres em movimento no México rural.»
apresentada na reunião anual da sociedade americana Etnológica, Nova Iorque, Nova
Iorque, abril de 20.
------ .2014«Kinecards Networks and Cuing parlmicanes at Home and in the United
Documento apresentado na reunião anual da Associação Americana Antropológica,
Washington, D.C., novembro de 19.
------ .2015«‘Porque Las levanta n.º Se Olvidan’: Continuidade e evolução do México
Migrantes em «New Jersey».” Bulletin of Latin American Research 34, n.º 1: 85-98.
------ .2016Mexices on the Move: Migração e regresso à migração.Nova Iorque: Palgrave
Macmillan.
Olivier Roy, Olivier.2005«The Nature of the Franceses Rits». acesso em 2014 de agosto de 12.
Disponível em http: //riotsfrance.ssrc.org/Roy/.
Royster, Deidre.2003Corrida e mão de obra visível.Berkeley: University of California Press.
Sanford, Mark.2009«Governor Sanford Welcome Boeing à Carolina do Sul»
libertação do Gabinete do Governo. Mark Sanford. Benjamin D. Fox, diretor de
comunicações. Colômbia, SC: Outubro de 28.
Assen, Saskia.1988Mobilidade do trabalho e do capital: Estudo do investimento internacional e do
fluxo de trabalho.Cambridge: Cambridge University Press.
Transporte, Elaine.1994Representação refratária.Nova Iorque: Oxford University Press.
Schamber, Pablo.2008De Los Deechos, A. Las Mercancias: Una Etnografia de Los
Cartoneros.Buenos Aires: SB.
Schamber, Pablo, e Francisco Suarez, eds.2007Reicloscopio. Miadas Sobre Reolecctores Urbanos
de Resíduos En Amamercia Latina.Buenos Aires: UNLUNGS-Prometeo.
Schawbel, Dan.2009Me 2.0: Construir uma marca Powerful com o objetivo de alcançar um êxito na
carreira.Nova Iorque: Kaiplan Publishing.
ScheperHughes, Nancy.1992Morte sem eping: A violência da vida quotidiana no Brasil.Berkeley:
University of California Press.
276 BIBLIOGRAFIA
careers-mandas.html.
Staber, Udo.1993«Cooperativas de trabalhadores e o ciclo empresarial: Cooperativas a Resposta ao
Desemprego?» Journal of Economics and Sociology 52, n.º 2: 129-143.
Pilha, Carol.1975Todos os nossos Kin: Estratégias de sobrevivência numa Comunidade
Negra.Nova Iorque: Livros de base.
------ .1996Convite à apresentação de propostas ao domicílio: Africanos Relaiming the Rural
South.Nova Iorque: Básicos
Livros.
Pé, Guy.2011O Acordo: A nova classe perigosa.Nova Iorque: O diploma de estudos é considerado
como sendo o meio académico.
Steeger, Manfred B., e Ravi K. Roy.2010Neoliberalismo: Introdução Muito Curta.Nova Iorque:
Oxford University Press.
Stephen, Lynn.2005-A.Zapoc Women: Igualdade entre homens e mulheres em Oaxaca em
Globalised Oaxaca.Durham: Press University Press.
------ .2005b.«Cooperativas de desgaste das mulheres em Oaxaca: Uma resposta dos povos
indígenas aos
Neoliberalismo.» Critique de Antropologia 25: 253-278.
Streetner, Andrew, e Jeffrey Wenger.2003«O amplo emprego e o desemprego a longo prazo».
Instituto de Política Económica Questão.Nota 194. Maio de 15.
Strauss, Claudia.2002«Not-So-Rudy individualistas: «Partes norte-americanas em conflito com as
ideias em matéria de pobreza». no trabalho, no bem-estar e na política: Combate à pobreza
na reforma da reforma da segurança social, editado por Fraces Fox Piven, Joan Acker,
Margaret Horalk, e Sandra Morgen. Eugene: Universidade de Oregon Press.
------ .2012Parecer da opinião pública: Discursos americanos sobre imigração e
Programas sociais.Nova Iorque: Cambridge University Press.
Strasly, Kate W. 2009.«Job Loss and Health in the U.S. Labor Market.» Demografia 46, n.º 2: 221-
246.
Christophe Suarez, Francisco.1998«Quue Las Rejean Y Arroyen Fuera de La Ciudad, «Historia de
La Gestion de Los Resibildos (las Basuras) En Buenos Aires». documento de Trabajo n.º 8.
Universidad Nacional de General Sarmiento.
------ .2001Acctores Sociales En La Gestion de Resíduos solid de Los Municios de
Malvinas Argentinas YJose C. Paz.Tesis de Maestria en Polish Ambientales y Territoriales,
Universidad de Buenos Aires.
Suser, Ida, e Lila Chatterjee.1998«criticidade do trabalho flexível.» Critique de Antropologia 18:
243-244.
Sutton, Barbara.2008«Genly Bohiy Sacars of neoliberal Globalização na Argentina.» Para as
questões de género da globalização: Mulheres Navigating Cultural e Economic Marsins,
editada por Ann Kingsolver e Nandini Gunewardena, 147-168. Santa Fé, NM: Escola de
Pesquisa Avançada em Investigação.
Suvankulov, Farrukh.2010«Job Search on the Internet, e-recrutamento, and Labor Market
Outcomes.», Ph. D. DISS., RAND.
Svampa, Maristella.2005La Sociedad exclusividade. A Argentina Bajo El ASSIGNO Del
Neoliberalimo.Buenos Aires: Taurus.
Taussig, Michael.1980O fetismo do flagelo e da mercadoria na América do Sul.Chapel Hill:
Universidade da Carolina do Norte.
------ .1987Shamanismo, Colonialismo e o Homem selvagem: Um estudo em Terro e roubo.
Chicago: Universidade da imprensa de Chicago.
Taylor, Charles.1996Fuentes del yo. A construção de la identificdad moderna.Barcelona: Paidos.
Terkel, rebites.1997 [1975].Trabalhar: Talk Talk About What Eles Do all Day and How Eles Feel
About What Do.Nova Iorque: Nova imprensa.
Jean-Pierre Terrail, Jean-Pierre.1990Ouvriers: Na sua opinião?Paris: Prensas Universitaires de
France.
Thompson, E. P. 1963.The Making of the English Working Class.Nova Iorque: Câmara de
278 BIBLIOGRAFIA
Administração.
Torre, Juan Carlos, e Elisa Pastoriza.2002«La democratizacion del bienestar». na Nueva historia
Argentina T. 8, Los anos Peristas (1943-1955), editado por Juan Carlos Torre, 257-312.
Buenos Aires: Editorial Suciana.
Torres, Alicia.1996«No caso de Weik Fries: Vergonha, Reciprocidade e Profissionais
Desempregado», Universidade da Califórnia Santa Barbara.
Townsend, Nicholas.2002O pacote «Package Deal»: Casamento, trabalho e paternidade na vida de
homens.Philadelphia: «Temple University Press».
Turner, Edgar.2010Nascimento do 787 Dreamliner.Kansas City: Andrews McMEEL Publishing.
Turner, Victor.1967A Floresta de Símbolos: Aspetos do Ndembu Ritual.Ithaca: Cornell University
Press.
Uchitelle, Louis.2006Os EUA: Os despedimentos e as suas consequências.Nova Iorque: Livros de
coleção.
ONUDI (Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial)2009A crise financeira
global e o mundo em desenvolvimento: Transmissão de canais de transmissão e queda para
o desenvolvimento industrial.Nova Iorque: Organização das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Industrial.
DESA das Nações Unidas (Departamento dos Assuntos Económicos e Sociais).2011«A crise social
mundial: Relatório sobre a situação social mundial. disponível em www.un.org/esa/
socdev/RWSS/docs/2011/rwss2011.pdf
Urciuoli, Bonnie200835: 211-228.
USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional).2006Avaliação de
Gang da América Central e da América Central.Agência dos Estados Unidos da América
para a Desenvolvimento Internacional. Consultado em 2015 de setembro de 29. Disponível
em http: //pdf.usaid.gov/pdf_docs/ PNADG834.pdf.
Van Hook, Jennifer e W. Zhang.2011«Who Stays?Quem é?Migração seletiva entre as pessoas
nascidas no estrangeiro» Revisão da política de investigação da população 30: 1-24.
Vieilard-Baron, Herve.1998Banliue, gueto impossível?Paris: Edições de l’Aube.
Vigoya, Mara Viveros.2001«Perspetivas da América Latina contemporâneas sobre a
masculinidade», 3, n.º 3: 237-260.
Villarreal, Juan.1985«Los Hilos Sociales Del Poder.» Crisis de La Dictadura Argentina. Politica
Economica Y Cambio Social (1976-1983).Buenos Aires: Siglo veintuno Editores.
Virck, Meghna.2003«Relatório de investigação: The Effect of Layoff in the North Texas Region.
«Dallas: North Texas Technology Council e University of Texas at Arlington.
Wacquant, Lo’ ic.1995«Pugs no local de trabalho: Caixa do corpo e da mão de obra entre o corpo e
a sociedade 1, n.º 1: 65-93.
------ .2008Saídas urbanas: «Sociologia Comparada da Marginalidade Avançada».Cambridge,
Reino Unido e Malden, MA: Política de imprensa.
Wale-Adeacre, Funmi.2011«Young and Desempregado», BBC News Africa.Julho de 20.
Disponível em www.bbc.com/news/world-africa-14201223.
Walkerdine, Valerie.2006«Trabalhadores na nova economia: Transformação como fronteira de
fronteira.» Ethos 34, n.º 1: 10-41.
Semanas, Kathi.2011O problema com o trabalho: O feminismo, o Marxismo, a Política Antiobra e
as imagens de Postwork.Durham: Press University Press.
Weiss, Brad.2002«thug Realismo: Habitar Fantay, na Tanzânia Urban.» Cultural Antropologia 17,
n.º 1: 93-124.
------ .2004«Futuros comuns: No fabrico de futuros africanos: Rituais
Reprodução e reprodução na era neoliberal, editada por Brad Weiss. Leiden: Rodovalho.
William D. 2015.«U.S. Supreme Court May Ulthin Have the Final Word on the Future of não
remunerado Internships in the Private Setor.» 26 de outubro. FLSA Litigation Tracker, Relatório
Especial. Disponível no seguinte endereço: http: //www.unpaidinternslawsuit.
com/imagens/documentos/não remunerados/Special-Report-BNA.pdf.
Galês, Patrick.2002«Los cortes n.º Son de Matre: Desapriendiendo el machinismo en Nicarágua.»
BIBLIOGRAFIA 279
AAC International, 206 a 208 acordeão, cuidados de saúde, 6, 33, 214 banda
acumulação de 224-225, 157-158 ativismo, 189- desenhada («inativo americano»), 1 — 2
190, 193 Adidas, 119, 126 Castles, Stephen, 156, 157-158, 170
idade adulta, 14, 88-89, 143-148, 152, 153, telemóveis e identidade, 88-91 guarda de
223-225 crianças, 126
afetar, 55-57, 60-65, 69 ações positivas, 82 Crianças e filhos, 107, 146-147, 199 investimentos
AFL-CIO, 129-130, 131 africanos americanos chineses nos EUA, 124 Chirac, Jacques, 71, 85
Discriminação e, entre 1 e 2, entre 38 e 48, entre chongdun ILFO, 55,69-70 Cristianismo, 174,183-185
121 e 1 anos de desemprego, — 2, 38-39, 45-48 cirujas ( apanhadores de trash), 6, 14, 97-99, 104-116
Agambinen, Giorgio, 194 anos. Ver discriminação em direitos de cidadania, emprego como base de, 14, 101,
idade de vida, 187-189 Alba, Francisco, 160 Alfonsin, 102, 108, 109, 138 Ciudad Sandino, 193, 195-197,
Raul, 102 Allendale, Carolina do Sul, 121 «Boca 196-211 Cole, Jennifer, 144, 225 estabelecimentos de
americana», 1 — 2 anger, 185, 189 Argentina, 97-117 ensino superior, 44-45 mercantilização
emprego, construção social da pobreza, 118-120, 122, 124-134,217-218
100-104 de auto-, 21, 25-26, 173, 178-179, 188, 231n10
selecionadores de trcinzas nos, 6, 14, 97-99, 104- economia comunitária, 202 economias comunitárias,
116 em ativismo desempregados em 193 Aristóteles, 194 deslocações pendulares.Ver os transportes:
209 artesãos 137-139 empresa de One, A (Lane), 31-32 acesso ao
Crise financeira asiática (1990), 56, 68-69 computador e à Internet, 42-43, 127 indústria da
trabalhadores da assembleia. Ver trabalhadores nas construção, 44-45 cultura de consumo, 229 n 6 Justiça
fábricas contributiva, 194, 210 discursos convencionais, 174
Ver também dissecursos e enquadramento das
Bakke, E. Wight, 18 contas bancárias e crédito, cooperativas, 193, 196-211 COPROEXNIC, 197, 205,
39-41 bancos, papel da recessão, 189 Bauman, 206, 133, 119, 121 — 182, 183 — 72, 73 — 84, 87 —
Zygmunt, 70 prestações e direitos 91, 92 — 96,
Da cidadania, 14, 101, 102, 108, 109, 138 artesão, 137-139 Crapanzano, Vincent, 172
trabalhador, 126, 128, 164, 217, 226 Berlant, Lauren, pontuações de crédito, 39-41 Cross, Cecilia, 107 cruel
175, 190, 213 Black Swan, 212, 227, 181, 183, 124, otimismo, 213
125, 126, 58, 60, 63, 69,, CSD (Centro de Desenvolvimento Sustentável), 193,
fundos próprios, 58, 60 Boeing, 119, 124-125, 196-209
128, 129-131 Bolanos, Enrique, 191 cultura da produtividade, 200, 202-203
boomerang crianças, 224-225 Bosch, 128
modelo de interveniente operacional limitado, Daewoo Lorig workers, 53-70 Davis, Clark, 230n7
36-37 Bourdieu, Pierre, 60 Bourgeois, Leon, dívida, 120
74 De Gaulekonjac, Vincent, 108 desindustrialização, 13,
Pp. 215, 216, 218, 229, 7,, 56-57, 103 Delaunay, Daniel, 169 demibena, 139 de
Braverman, Harry, 59 Morais, Clodomir Santos, 200-201 dependência, 144,
Brasil, ativismo desempregado em 193, 201 221, 223, 231n11 depósitos de água, 114, 115, 177,
Castanho, Wendy, 238 n 12 179, 186, 187, 142, 143, 132, 133,,,
Buenos Aires.Ver Argentina Modelo de estado de desenvolvimento, 55-56, 57, 69-
Byongshin, 66-69 70 projetos de desenvolvimento, 201 Ver também
Byrne, Rhonda, 184 Genesis cooperativa dignidade e trabalho informal,
108, 110-113 di Leonardo, Micaela, 159 diploma
centros de atendimento telefónico, 124 universitário, 143 deficiência, 66-69 discursos e
Acumulação capitalista, 157-158 prestação de quadros
283
284 ÍNDICE
sobre a dignidade do trabalho informal, 108, 110, trabalhadores cooperantes nicaraguenses, 197-209
111-113 Carolinia do Sul, 125-126,
emprego como norma, 4, 5, 6, 100-102, 108 127-129
pensamento positivo, 171-190, estado de Trabalhadores independentes sul-coreanos, 61-69
comercialização do estado de precariedade, 118-120, traficantes de droga dos EUA, 215-216 trabalhadores
122, 124-132 de alta tecnologia dos EUA, 18-31, 222, 225 dos EUA
O subemprego enquanto resiliência, 30-31, 222 com salários precários, 37, 38-45, 50-51 pensadores
desemprego como processo de carreira, 22-26 positivos nos EUA, 175 a 190 anos de exploração,
discriminação em função da idade, 187-189 contra os 220, 221, 231n4
ex-reclusos, 128 contra os desempregados de longa
duração, 187-189 contra grupos de trabalhadores com operários da fábrica
estatuto reduzido, 137-138 raciais, 1 — 2, 38-48, 81, na Nicarágua (cooperativa), 193, 196-211 anos de
83, 85 mulheres e 46,81-82, 83-84,231n4,235n1 idade da reforma, numa fábrica de agulhas, 216,
Justiça distributiva, 194 diversidade do 224, 226
trabalho, 148, 150, 59, 74, 59, 60, 37, 172, na Carolina do Sul, 119-120, 123, 124-132 na
215, 216, 218, 229, 7, Coreia do Sul, 13, 53-70 comércio justo, 197 fé, 171,
174, 183-185 Ferguson, James, 148 projeto de filme
antropologia económica, 34-35 crises (Limoges), 93 crises financeiras
económicas.Ver a teoria económica das Ásia (1990S), 56, 68-69 — Grande Recessão
crises financeiras.Ver economia do trabalho (2007-2009), 3-4, 155, 176, 187-190, 203, 231n2
Eddy, Mary Baker, 172 educação flexibilidade
barreiras ao desinvestimento nos EUA, 42, 44-45 Migração e, 157-158 como positiva, 226, 227
em 119 nos EUA, 129 entidade patronal, nos EUA, precária, 70, 96, 156, 216-219, 226-227 carreira
141 expectativas e, na Etiópia, 148-16 Ehrenich, proteica, 24-26 Ver também precariedade; acumulação
Barbara, 87, 172, 174, 175-187, 231, 10n238, 12n236 flexível de trabalho temporário, 56-57,157-158,173,
Ellison, James, 5n 48, 20 — emigração, 148-151, 153 216-219
— 178 — 180 emprego — gestão de emoção, 180- insegurança alimentar, 120-121, 204
183. Fordismo, 216
cidadania e direitos, em 14, 101, 102, 108, 109, investimento direto estrangeiro, 124, 125-126,
conceito de, 5-7 164, 196
definição de norma, 4, 5, 6, 100-102, 108 como Zonas de comércio externo, 121-122, 124-132
ocupação, 13, 61-63, 69 performance de entre Ver também zonas de comércio livre Foucault,
desempregados, 7, 12, 93, 193-194, 199, 208-209, Michel, 9, 59 França, 71-96
210 como relação social, 15, 139-141 desemprego vs, CPE (Contrato Primeiro Contrato de Hire), 72-73,
ofuscamento da fronteira, 8, 12, 26, 29-33, 214-215 84-87,91-92, 96 cidade externa, utilização
trabalho vs., 5-7, 14, 31-33, 192 «empreendedor por do termo, 232n2 solidariedade nos, 13-14, 73-75,
conta própria» 173 espírito empresarial, 216 Etiópia, 85-87, 93-96 desemprego e precariedade nos, 75-
135-154 84, 87-96
migração como posição espacial, 136, 141-142, Freeman, Densa, 137, 235n3 comércio livre,
148-153 redes 155, 162 zonas de comércio livre, 196-197
sociais Ver também zonas de comércio externo Freire,
na qualidade de condutor de desemprego, 138- Paulo, 201 Friedman, Milton, 118 Friedman,
141, Thomas, 216
144., 151., 152-153. Galrer, 87-95,223, 233 n15 Game, Ann, 62
via de fuga do desemprego, 144, 149, 153 indústria do vestuário, 123, 155, 162-164,
no trabalho, 139-141 196-209,218
Yilunnnta (vergonha social), 135-141, 150-152, 235 Cooperativa de génese, 193, 196-211 GEO Group,
n 3, 236 n 5 132, 133 Gibson-Graham, J.K., 194 globalização,
exemplos etnográficos dos apanhadores de lixo 157-158 Gomberg, Paul, 194, 210 Gondola, Didier,
argentinos em regime de desemprego, 105-106, 110- 149 governos. Ver setor público; Estado de Estado, 9
112, 114-115 Graber, David, 200, 213 Grassi, Estela, 101 Grazia,
Juventude urbana etíope, 135-136, 146-147, 149- Victoria de, 216 Grande Recessão (2007-2009), 3-4,
151 155, 176, 187-190, 203, 231n2 em matéria de
Juventude francesa no domínio da juventude, 75- regresso, e 155, 161-162 Greer Development
84, 87-95 migrantes mexicanos, 165, 167-168 Corporation, 124,
ÍNDICE 285
escolha, 135-136, 137-139, 141, 144, 147, 224-225 Wale-Adeacre, Funmi, 224-225
mercantilização, 118-120, 122, Walkerdine, Valerie, 173
124-134, 217-218 Weber, Max, 220
conceito de, 5-7, 31-33, 192 abordagens analíticas Semanas, Kati, 229n 6
convencionais, Wolf, Eric, 157
36-48 Wolkowitz, Carol, 60
emprego, ofuscamento da fronteira com, 8, 12, 26, mulheres
29-33, 214-215 heterodox abordagem ao (como atitudes em relação ao trabalho, 106, 107, 198-
relação social), 34-36, 48-51, 116-117, 194, 220-223 199, 218 discriminação e, 46, 81-82, 83-84,
neoliberalismo, ligação a, 7-11, 56-57, 103-104, 118, 231n4, 235 n1
143, 162 normalização de, 12, 18-26, 20-24, 104, 106, emigração por, 151, 155, 158-161, 163, 165
219 kinship e, 16, 158-159, 167
definições estatísticas, 33, 36 que trabalham, mas trabalho
«desempregadas» alteração do significado de 215-219
Argentina, selecionadores de lixo, 14, 97, 98- conceito de 5-7, 58-60, 92, 98-101, 111-113
101, 104, 109-113 qualidade dos, 50, 194-195, 198, 209-210,
Nicarágua, trabalhadores em regime de 220-221
cooperação, em 17, trabalhar mas «desempregado»
193, 196-211, 214 Argentina, colhedores de tricinzas, 14, 97, 98-
Trabalhadores de alta tecnologia dos EUA, 30- 101, 104,109-113
31, 33, 214, 222, 225 Nicarágua, trabalhadores em regime de
Ver também as redes sociais: seguro de cooperação em 17, 193, 196-211, 214
desemprego, 133 taxas de desemprego, 229 n 3 Trabalhadores de alta tecnologia dos EUA, 30-
Argentina, 102-103, 234 n 1 definição, 33, 36 Etiópia, 31, 33, 214, 222, 225
135, 142-143 França, 75-76 Nigéria, 224 Ver também o emprego; classe de trabalho não
Estados Unidos, 3-4, 33, 120, 121, 161, remunerada, desintegração de 72, 95-96
231 n 2
Sindicatos, 123, 129-130, 131 Ver Yilunnnta (vergonha social), 135-141, 150-152, 235 n
também leis de direito do trabalho 3, 236 n 5
trabalhadores de alta tecnologia nos, 7, 12, 18-33, jovens
222, 225 com salários baixos e desemprego, 37-48 conceito de, e desemprego, 14,
migrantes mexicanos e 15-16, 155-170 migração para, 88-89, 143-144, 145, 147-148, 223, 224-226
como aspiração, 148-153 pensamento positivo nos, desemprego entre
16, 171-190, 237n4 pobreza rural no período 14-15, na Etiópia, 135-137, 142-154 em
120-124 mercantificação dos, 118-120, 122, França, 75-84,87-96
124-134, 217-218
taxas de desemprego nos, 3-4, 33, 120,
121, 161 trabalho
não remunerado
prestação de cuidados de saúde, 6, 33, 214
estágios, 212-213, 219, 220, 221, 227
trabalhadores cooperantes na Nicarágua, 17, 193,
196-211
trabalho voluntário, 29-30, 203-205, 212-215, 219,
220, 221, 227 desemprego urbano e pobreza na
Argentina, 97-117 na Etiópia, 135-154 nos EUA, 37-
48 vendedores, 139, 147 Vita Needle Factory, 174,
200, 216 formação profissional, 224-226, 44 trabalho
voluntário, 45-129, 29-30, 203-205, 212, 215, 219,
220