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VELOCIDADE EM ESPORTES COLETIVOS

Luiz Antonio O. Ramos Filho; Silvia Teixeira de Pinho; Daniel Medeiros Alves1

Resumo

A velocidade é uma capacidade importante para o desempenho do atleta quer


em esportes coletivos como individuais. Porém as exigências de velocidades nos
esportes são diferentes, não cabendo um conceito único para resumir a capacidade. O
objetivo deste estudo foi o de procurar levantar dados e informações sobre a
velocidade nos esportes coletivos, de forma a contribuir para uma melhor
compreensão desta capacidade, por parte de acadêmicos e profissionais do esporte,
abrindo assim, caminho para novos questionamentos e estudos a respeito do tema. A
metodologia empregada na realização do estudo foi pesquisa bibliográfica, que se
baseou em livros e estudos a respeito de velocidade, treinamento desportivo e
esportes coletivos. Foi possível constatar que a velocidade em esportes coletivos esta
relacionada a aspectos táticos, técnicos e cognitivos, assim como fatores
neuromusculares e metabólicos.

Introdução

Na atividade desportiva, o praticante procura, através do seu corpo, que é,


simultaneamente, sujeito e objeto da ação, jogar sobre o tempo no sentido de
modificar as suas ações para melhor se adaptar ao envolvimento.
Neste contexto, a velocidade motora, entendida como uma capacidade
humana que condiciona a realização dos movimentos desportivos constitui um fator do
rendimento ao qual se tem vindo a atribuir grande importância. Treinadores e
investigadores têm voltado as suas preocupações, não só para as formas de
manifestação que a caracterizam, mas também para o modo de transformá-las em
indutores de eficiência e eficácia das ações desportivas.
Curiosamente, este realce dado à velocidade parece faz parecer omisso o
velho ideal olímpico grego, segundo o qual o desporto constituiria a via para o Homem
chegar mais longe, saltar mais alto e ser mais forte (Citius, Altius, Fortius).
De fato, à luz das exigências do desporto atual, não basta chegar mais longe,
nem saltar mais alto, nem ser mais forte, é preciso ser mais rápido, mais veloz. Mais
rápido, não apenas a chegar ao local desejado, ou a realizar uma ação, mas também a
pensar, a encontrar soluções, a perceber o erro, a decodificar os sinais do
envolvimento. Em síntese, mais rápido e melhor, a perceber, a pensar e a agir.

1
ESEF/UFPel.
XXIV Simpósio Nacional de Educação Física 2
II Seminário de Extensão

Capacidades Motoras

Tem-se estudado muito, nas últimas décadas, o corpo humano durante o


movimento, seja no esporte ou na vida cotidiana. A determinação das bases ocorre por
meios de classificações, organizações e conceitos, fundamentado na experiência.
Quando o corpo humano executa um movimento, sabemos que é a resultante
da aplicação de forças, porém não conseguimos vê-las. A busca do entendimento do
que está por trás do movimento tem sido fundamentada na fisiologia do exercício e o
treinamento físico tem avançado consideravelmente nesta área. O termo "Capacidades
Motor" tem sido introduzido gradativamente na terminologia da Ciência do Esporte,
sendo que é utilizada em todo o mundo.
Para que qualquer atividade motora possa ser executada com êxito necessita-
se das capacidades motoras, e no esporte o desenvolvimento do rendimento está
diretamente ligado ao desenvolvimento das diferentes capacidades motoras. Em 1968,
Gundlach, propôs uma classificação que as divide em dois grupos fundamentais: as
Capacidades Condicionais e as Coordenativas.
As Capacidades Condicionantes são fundamentadas na eficiência do
metabolismo energético. Elas são determinadas pelos processos que conduzem a
obtenção e transformação de energia, isto é, os processos metabólicos nos músculos e
sistemas orgânicos. Elas são basicamente três: as Capacidades de Força, de
Resistência e de Velocidade.
A flexibilidade também é classificada como uma capacidade motora
condicional, mas isto ainda é motivo de discussão. O mesmo acontece com a
Velocidade, considerada condicional, mas que também depende dos processos do
sistema nervoso central, portanto, para alguns autores, ela seria uma capacidade
intermediária entre a Condicional e a Coordenativa.
As Capacidades Coordenativas são determinadas essencialmente por
componentes onde predominam os processos de condução nervosa (Hirtz & Schielke,
1986), isto é, elas possuem a capacidade de organizar e regular o movimento,
constituindo-se, portanto na base para o aprendizado, execução e domínio dos gestos
técnicos. Aquilo que se denomina "técnica" no esporte apóia-se e é determinado
preponderantemente pelas capacidades coordenativas.
A seguir, um diagrama que resume as Capacidades Motoras (Hirtz & Schielke,
1986).
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Fonte: Barbanti (1996)

Segundo Barbanti (1996), para desenvolver uma de nossas capacidades,


todas as outras são influenciadas. A grandeza desta influência depende de dois
fatores: a característica da sobrecarga usada e o nível de treinamento físico. Nas
pessoas com níveis baixos de preparação física, os exercícios para desenvolvimento de
uma capacidade específica terão atuação nos demais. Contudo, mais tarde, este
paralelismo cessa, em razão da sua dissociação. Com isto, os exercícios que antes
desenvolviam todas as capacidades motoras, agora só afetarão algumas delas. Um
pouco mais tarde, com mais treinamento físico, poderão até aparecer relações
negativas entre algumas das capacidades motoras.
É preciso considerar o fato de que o maior grau de desenvolvimento de uma
capacidade motora específica (força, velocidade, resistência e etc.) pode somente ser
alcançado se as outras forem também desenvolvidas a um certo nível. Por isso, o
desenvolvimento de todas as capacidades motoras deve ser harmonioso.
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A Capacidade de Velocidade Motora

A velocidade pode ser definida com precisão exata. Sua ordem de grandeza é
dada pela relação entre o espaço percorrido e o tempo necessário para percorrê-lo.
Com isto, pressupõe-se que as ações motoras sejam executadas o mais rápido
possível. De acordo com Zaciorsky (apud Barbanti, 1996), a velocidade motora é a
capacidade de executar, num espaço de tempo mínimo, ações motoras sob exigências
dadas.
Velocidade é conhecida como sendo a capacidade de se realizar um
movimento ou de correr uma determinada distância no menor tempo possível
(Fernandes, 1981).
Fauconier (apud Fernandes): "é a qualidade particular dos músculos e das
coordenações neuromusculares, permitindo a execução de uma sucessão rápida de
gestos que, em seu encadeamento, constituem uma só e mesma ação de uma
intensidade máxima e de uma duração breve ou muito breve".
Segundo Hollman (1976), entende-se por velocidade "a máxima rapidez de
movimento que pode ser alcançada", cujo grau de aperfeiçoamento depende dos
fatores: força básica, coordenação, velocidade de contração da musculatura,
viscosidade das fibras musculares, relação de alavancas extremidades-tronco e a
elasticidade muscular.
A relação das alavancas do tronco e das extremidades, a viscosidade das
fibras musculares e a velocidade de contração da musculatura são constitucionais e
não podem ser influenciadas pelo treino.
A força básica, manifestada sob a forma de força rápida (potência), é
particularmente importante na capacidade de aceleração do corpo nos movimentos
cíclicos e também, na capacidade de realizar uma alta freqüência de movimentos.
A coordenação envolve os processos nervosos. Uma velocidade motora
elevada e uma freqüência máxima de movimentos só podem ser alcançadas se houver
mudanças rápidas da excitação para a inibição nas regulações correspondentes do
sistema neuromuscular (Harre, 1975). Quanto mais coordenado, mais rápido poderá
ser executado o movimento.
A elasticidade muscular é importante para a velocidade de contração. Na
musculatura de atividade antagônica, uma elasticidade limitada refreia fortemente as
ações motoras na sua fase final, reduzindo a velocidade do movimento. Ainda, para
uma elevada velocidade de contração é necessário um ótimo relaxamento da
musculatura não atuante no movimento, o que só pode ser conseguido com uma ideal
elasticidade dos músculos (Barbanti, 1996).
A velocidade de contração muscular depende também da estrutura da fibra
muscular. A velocidade de contração das fibras musculares lentas (vermelhas) é
inferior a das fibras rápidas (brancas). Estas são dotadas de maior cota fosfato de
creatina e realizam uma atividade enzimática fosfolítica maior.
Do ponto de vista bioquímico, a qualidade da velocidade depende do teor de
ATP no músculo e da rapidez de sua decomposição sob influência do impulso nervoso,
bem como o tempo de ressíntese do ATP (Zaciorsky, 1972).
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Como os movimentos são muito rápidos, a ressíntese do ATP se dá quase que


exclusivamente por mecanismos anaeróbios, ou seja, pelo fosfato de creatina (CP) e
pelo mecanismo glicolítico (Yakovlev, apud Barbanti, 1996).
No treinamento físico, a terminologia diferencia as seguintes formas de
velocidade, que são importantes para os jogos coletivos: velocidade de reação,
velocidade de locomoção (sprint) e velocidade de força.

Quanto ao treino da velocidade, WEINECK (1986) coloca que deve ser


conduzido de diferentes formas em diferentes idades, pois a velocidade e as
capacidades que a condicionam tem manifestações prioritárias em períodos sensíveis
distintos durante o processo de formação desportiva. A freqüência de movimentos
apresenta um período particularmente satisfatório de treinos entre os 7 e 15 anos, e
tem seu ponto máximo situado dos 13 aos 15 anos e após isso mal será modificada.
Os ganhos acentuados nas capacidades de velocidade observados no final da
adolescência devem-se, sobretudo, ao aumento da capacidade anaeróbia e força de
explosão.
Para HOLLMANN & HETTINGER (1989), a velocidade máxima é alcançada nos
rapazes entre 18 e 22 anos de idade; ressaltando que há condições particularmente
favoráveis entre os 7 e 15 anos. As suas constatações mais importantes são que: entre
8 e 11 anos há um aumento, na freqüência dos movimentos, aumentando assim a
velocidade máxima de corrida, porém observando-se uma diminuição do tempo de
reação, após essa faixa etária o aumento é desprezível. Nos jovens de 12 a 15 anos o
aumento da velocidade está intimamente relacionado com a elevação do nível de
esforço em velocidade e da força estática, mas não ocorre com a freqüência de
movimentos.
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Divisão de 3 autores sobre os períodos sensíveis das capacidades de


velocidade.
Autores Idades 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
CARVALHO l l l l l l l l l l
ZAKHAROV l l l l l l l
FILIN l l l
Fonte: Frisselli & Mantovani (1999)

FERNANDES (1981) diz que, entre todos os fatores dos quais depende a
velocidade, apenas podem ser melhorados mediante treinamentos a reação, a força, a
coordenação e a técnica (velocidade específica de jogo).
A reação: segundo algumas pesquisas, a reação pode ser ligeiramente
melhorada mediante jogos de reação, saídas de todas as maneiras e jogos coletivos.
A força: por meio de movimentos rápidos contra resistências maiores como
nas corridas de tração, corridas em ladeira e exercícios com pesos, sem aumentar
exageradamente a força para não prejudicar a técnica do movimento.
A coordenação: exercícios executados lentamente no início, até que o atleta
adquira a coordenação necessária para a sua realização, para então aumentar a
velocidade de execução.

Velocidade de Reação

A velocidade de reação expressa-se pelo tempo de reação, que é "o tempo


entre um sinal até o movimento muscular solicitado" (Steinbach, 1966). Neste tempo,
importa a captação do estímulo pelos órgãos sensoriais, a condição para os locais de
percepção central, os fenômenos de percepção central e os impulsos até o estímulo no
músculo, onde há a representação do movimento.
O tempo de reação é positivamente influenciado pela concentração, atenção,
aquecimento e por uma pré-tensão muscular. Ele é influenciado negativamente pelo
frio, por fatores ambientais (barulho,...) e por uma concentração deficiente (Grosser,
1972).
ZACIORSKY (1972) diferencia as reações simples e complexas. Reação simples
é a resposta por um movimento anteriormente conhecido, por um sinal conhecido (tiro
de saída nas provas de corridas). A forma mais conhecida para desenvolver a
velocidade de reação simples é uma reação repetida, o mais rápido possível a um sinal
repentino ou a uma mudança do meio ambiente.
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Reação Complexa

A grande maioria das reações nos esportes coletivos é complexa, isto é,


reações a um objeto em movimento. Se analisarmos as ações de um goleiro durante
um ataque ele precisa, inicialmente, ver a bola, calcular a direção e velocidade do vôo,
escolher a ação, e poder realizar o plano. Quando a bola no jogo é fixada usualmente
antes de sua colocação, o tempo de reação é muito mais curto. Vale aqui a capacidade
de prever a trajetória de vôo da bola ou a ação dos adversários. A velocidade de vôo
da bola no jogo pode ser tão grande que uma reação imediata sobre a bola em
movimento é impossível. Por exemplo, no voleibol, a bola, após uma cortada, alcança
valores aproximados de 30m/s e o tempo de vôo da bola até o solo vai de 0,10 a
0,12s. Apesar disso, os jogadores de voleibol conseguem recuperar tais bolas, algumas
vezes. Isto só é possível por uma antecipação da trajetória de vôo da bola (Barbanti,
1996).
Outro tipo de reação complexa nos jogos coletivos é a reação por escolha,
que está ligada a escolha de uma reação de movimento necessária a possíveis ações
que resultam do comportamento dos adversários, dos parceiros ou da situação. A
dificuldade deste tipo de reação reside no fato das numerosas mudanças de situações
no jogo e no comportamento dos adversários.
ZACIORSKY (1972), diz que a reação complexa de um atleta de alto nível
realiza-se rapidamente, quase tão rápida que uma reação simples. Isto ocorre porque
o atleta não reage tanto aos movimentos do adversário, mas sim as ações
preparatórias que precedem os movimentos.

Velocidade de Movimentos Acíclicos

É a rapidez de movimentos com mudanças de direção. A velocidade de


movimentos acíclicos é conhecida como agilidade e pode ser exemplificada num
drible de futebol, num arremesso do handebol, num salto do voleibol e etc. Ela
depende do mecanismo biomecânico da musculatura, do corte transversal dos
músculos, da elasticidade muscular, da flexibilidade articular, da coordenação e do
perfeito domínio da técnica do movimento (Grosser, 1972).
A maioria dos autores considera que a melhora desta forma de velocidade
deve-se ao aperfeiçoamento do processo nervoso (coordenação). Pelo treinamento da
força rápida, também há uma elevação desta capacidade, mas isto não pode ser
compreendido como um aumento da espessura muscular (massa), como um
treinamento extremo de força, pois outros fatores, como a mobilidade articular, a
elasticidade muscular e mesmo a coordenação, poderiam regredir e atuar de forma
inibitiva. O treinamento deve ser específico da modalidade (Barbanti, 1996).
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Velocidade de Locomoção

Também chamada de velocidade máxima ou velocidade de sprint. É a


velocidade máxima que pode ser aplicada a qualquer movimento e depende do
desenvolvimento da rapidez, do nível da força dinâmica, do domínio da técnica do
movimento, da elasticidade muscular, da freqüência do movimento e da coordenação
(Grosser, 1972).
Sabe-se que a velocidade máxima só é alcançada por volta dos 25-30m
(Ballreich, 1969), por isso é bastante discutível se esta forma de velocidade manifesta-
se nos esportes coletivos, pelas pequenas dimensões da área de jogo. Apenas o
futebol é jogado em espaço que permite a manifestação desta forma de velocidade.
Como forma de treinamento da velocidade máxima, devem ser aplicados exercícios
executados na maior rapidez possível, mas para isso, eles devem estar bem
dominados, para que durante a execução o maior esforço esteja concentrado na
velocidade de execução e não na técnica dos movimentos (Zaciorsky, 1972). Também
a duração dos exercícios não deverá ser longa, para que a velocidade de execução não
diminua em conseqüência do cansaço.
Corridas lançadas, em descidas e com velocidade variadas são indicadas por
BARBANTI (1996), como formas de treinamento.

Velocidade de Força

Segundo BARBANTI (1996), é a capacidade de executar movimentos rápidos


contra determinadas resistências. Num movimento cíclico de corpo todo, por exemplo,
é a capacidade de acelerar o próprio corpo, como ocorre após a saída de uma prova de
velocidade. Também num salto qualquer, quando se procura acelerar o próprio corpo,
horizontal ou verticalmente.
Esta forma de velocidade é a mais requisitada nos esportes coletivos e pode
ser bastante melhorada por um aumento da força rápida e da coordenação
neuromuscular. Aqui também é necessário realizar o treino de força rápida específica
do movimento, isto é, utilizar cargas em movimentos que contenham a estrutura total
ou parcial daqueles realizados no jogo.
BARBANTI (1996) propõe os seguintes meios de treinamento: corridas rápidas
em subidas, corridas rápidas com tração, com sobrecarga, na areia, saltos pliométricos,
saltos com sacos de areia ou sobrecarga, empurrar resistência elevada (carro,...) etc.

Velocidade Específica de jogo

Define BARBANTI (1996) que é a capacidade de executar os movimentos ou


deslocamentos específicos do jogo no menor tempo possível.
No treinamento, para desenvolver a velocidade específica de jogo é necessário
levar em consideração o seguinte:
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• os exercícios devem ser executados após um bom aquecimento, com


preparação de todo o corpo para as ações motoras;
• o tempo de duração dos exercícios deve ser suficiente para que os
mesmos sejam executados sem diminuição da velocidade máxima;
• o número de repetições deve ser tanto, que não permita uma diminuição
da velocidade de execução;
• a duração dos períodos de descanso entre as repetições deve ser o
necessário para que a próxima série de exercícios comece com a mesma
velocidade;
• os exercícios de velocidade devem ser executados na primeira sessão do
treinamento. Se realizados quando há fadiga, desenvolve-se a resistência
e não a velocidade.
Meios de treinamento propostos por BARBANTI (1996): jogos de reação de
todas as formas, saídas de todas as formas, acelerações, jogos com bolas em campos
com dimensões menores, corridas curtas com saídas variadas, corridas com mudanças
de direção e etc.
De acordo com FERNANDES (1981), o tempo de execução dos exercícios deve
ser curto, possibilitando a manutenção da máxima velocidade durante a execução.
Outros aspectos relevantes são as pausas entre os exercícios, que devem proporcionar
total descanso aos atletas. São as chamadas macropausas: pausas longas que
asseguram a completa recuperação. O autor coloca que as pausas devem ser longas
para assegurar uma completa recuperação, mas não muito a ponto de diminuírem a
excitabilidade do sistema nervoso central.
BARBANTI (1996) coloca que, exercícios com bola (principalmente corrida)
produzem um estímulo de treino fisiologicamente maior do que o exercício sem bola.

Conclusão

A velocidade é uma capacidade importantíssima para o desempenho dos


atletas e em muitos casos tendo um caráter determinante. A velocidade é composta de
vários fatores que envolvem a reação, tomada de decisão, contração muscular,
deslocamento, sistema energético e habilidade especifica, onde todos juntos levam ao
desempenho final.
Foi possível evidenciar diferenças entre a velocidade em esportes coletivos em
relação a outros esportes como atletismo, em que a reação é simples. Os esportes
coletivos possuem velocidade de reação complexa, onde são inúmeros os estímulos e a
capacidade de diferenciação, tomada de decisão é imprescindível.
Os esportes coletivos envolvem interação entre companheiros de equipe,
adversários, bola, levando a se tornar bem sucedido o atleta que tem não só a sua
capacidade metabólica e muscular de realizar movimentos, mas também a sua
capacidade cognitiva e sensorial.
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Referências Bibliográficas

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1996.

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FERNANDES, J. L. Futebol: Ciência, Arte ou... Sorte! Treinamento para Profissionais de


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FERNANDES, J. L. O treinamento desportivo: procedimentos, organização e métodos.


São Paulo, Ed EPV, 1981.

FRISSELLI, A.; MANTOVANI, M. Futebol: teoria e prática. São Paulo; Phorte, 1999.

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TUBINO, M. J. G. Metodologia Científica do Treinamento Desportivo. São Paulo,


IBRASA, 1979.

WEINECK, J. Futebol Total, São Paulo, Phorte, 2000.

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