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Luiz Antonio O. Ramos Filho; Silvia Teixeira de Pinho; Daniel Medeiros Alves1
Resumo
Introdução
1
ESEF/UFPel.
XXIV Simpósio Nacional de Educação Física 2
II Seminário de Extensão
Capacidades Motoras
A velocidade pode ser definida com precisão exata. Sua ordem de grandeza é
dada pela relação entre o espaço percorrido e o tempo necessário para percorrê-lo.
Com isto, pressupõe-se que as ações motoras sejam executadas o mais rápido
possível. De acordo com Zaciorsky (apud Barbanti, 1996), a velocidade motora é a
capacidade de executar, num espaço de tempo mínimo, ações motoras sob exigências
dadas.
Velocidade é conhecida como sendo a capacidade de se realizar um
movimento ou de correr uma determinada distância no menor tempo possível
(Fernandes, 1981).
Fauconier (apud Fernandes): "é a qualidade particular dos músculos e das
coordenações neuromusculares, permitindo a execução de uma sucessão rápida de
gestos que, em seu encadeamento, constituem uma só e mesma ação de uma
intensidade máxima e de uma duração breve ou muito breve".
Segundo Hollman (1976), entende-se por velocidade "a máxima rapidez de
movimento que pode ser alcançada", cujo grau de aperfeiçoamento depende dos
fatores: força básica, coordenação, velocidade de contração da musculatura,
viscosidade das fibras musculares, relação de alavancas extremidades-tronco e a
elasticidade muscular.
A relação das alavancas do tronco e das extremidades, a viscosidade das
fibras musculares e a velocidade de contração da musculatura são constitucionais e
não podem ser influenciadas pelo treino.
A força básica, manifestada sob a forma de força rápida (potência), é
particularmente importante na capacidade de aceleração do corpo nos movimentos
cíclicos e também, na capacidade de realizar uma alta freqüência de movimentos.
A coordenação envolve os processos nervosos. Uma velocidade motora
elevada e uma freqüência máxima de movimentos só podem ser alcançadas se houver
mudanças rápidas da excitação para a inibição nas regulações correspondentes do
sistema neuromuscular (Harre, 1975). Quanto mais coordenado, mais rápido poderá
ser executado o movimento.
A elasticidade muscular é importante para a velocidade de contração. Na
musculatura de atividade antagônica, uma elasticidade limitada refreia fortemente as
ações motoras na sua fase final, reduzindo a velocidade do movimento. Ainda, para
uma elevada velocidade de contração é necessário um ótimo relaxamento da
musculatura não atuante no movimento, o que só pode ser conseguido com uma ideal
elasticidade dos músculos (Barbanti, 1996).
A velocidade de contração muscular depende também da estrutura da fibra
muscular. A velocidade de contração das fibras musculares lentas (vermelhas) é
inferior a das fibras rápidas (brancas). Estas são dotadas de maior cota fosfato de
creatina e realizam uma atividade enzimática fosfolítica maior.
Do ponto de vista bioquímico, a qualidade da velocidade depende do teor de
ATP no músculo e da rapidez de sua decomposição sob influência do impulso nervoso,
bem como o tempo de ressíntese do ATP (Zaciorsky, 1972).
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II Seminário de Extensão
FERNANDES (1981) diz que, entre todos os fatores dos quais depende a
velocidade, apenas podem ser melhorados mediante treinamentos a reação, a força, a
coordenação e a técnica (velocidade específica de jogo).
A reação: segundo algumas pesquisas, a reação pode ser ligeiramente
melhorada mediante jogos de reação, saídas de todas as maneiras e jogos coletivos.
A força: por meio de movimentos rápidos contra resistências maiores como
nas corridas de tração, corridas em ladeira e exercícios com pesos, sem aumentar
exageradamente a força para não prejudicar a técnica do movimento.
A coordenação: exercícios executados lentamente no início, até que o atleta
adquira a coordenação necessária para a sua realização, para então aumentar a
velocidade de execução.
Velocidade de Reação
Reação Complexa
Velocidade de Locomoção
Velocidade de Força
Conclusão
Referências Bibliográficas
BARBANTI, V. Treinamento Físico: bases científicas. 3 ed. São Paulo; CLR Balieiro,
1996.
DINTIMAN, G. WARD, B. & TELLEZ, T. Velocidade Nos Esportes. São Paulo, editora
Manole, 2ª edição, 1999.
FRISSELLI, A.; MANTOVANI, M. Futebol: teoria e prática. São Paulo; Phorte, 1999.