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C O N T. LEu A L Jr
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ANO I **s***,Ti*mmav*'f ¦-•
NUM. 1

GAZÔMETRO (Quadro de I. Faria Vianna)

*•

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7ío«<dod
LETRAS
— RADIO — ARTES
Colaboradores
LIVROS

Diretor Prof. Dr. Armando Pereira da

VACONCELLOS Câmara, Dr. Armando Dias de


JTJSTINO
Azevedo, Manoelito de Ornellas,

Dr. Vitor de Brito Velho, Dr. Al-

varo Magalhães, Dr. Laudelino

Teixeira de Medeiros, Pe. Dr. A'-


'»miW.".»'..-i.'-:',Jj|
p——i
¦ iM»i.'.".M.i.'J).'»..nf;,in '"
berto Etges, Ru; Rodrigo Azambu-
Pe. Joaquim Cardoso, S. J.
ja,
(México), iProf. Ernani Cardoso,
Prof. Dr. Paulo Ferline e Prof.
______Sj;__|f__ *
Dr. Amadeu de Oliveira Freitas.

^^B ___________I________k^»S

DR. NEY CÂMARA

Diretor-Secretário

*•

DR. AI-DO OBINO


é
Cinema e Teatro

Sumário
iPórtico

TRADIÇÃO E PÁTRIA

por Manoelito de Oraellas

VIDA E MORTE DE MARIO DE


ANDRADE

por Dante de Laytano

__| _n_Lv''' LIVROS EM REVISTA


JOSUÉ FAVARO
g Josué Fávaro
por
Livros em Revista
TEATRO DE AMADORES

por Ary Martins

NOSSA BIBLIOTECA

LIVROS E AUTORES
Redação: Andradas, 1201 — 1.° andar — Sala, 3
Pe. Joaquim Cardoso
Alegre —
CINEMA RADIO
fôrto
Aldo Obino
Assinatura anual: Cr$ 20,00
LÍNGUA BRASILEIRA
Núcnero avulso: Cr$ 2,00
Aldo Obino
Julho de 1946
.''' +f l \

(PMttca
¦

Mais uma revista literária. Seria, sim, apenas


mais uma revista literária si publicar artigos e cro-
nicas de inteletuais afamados ou de obscuros
provin-
ckmos fosse sua principal finalidade.
Acolher em suas paginas escritos especialisados
sobre arte e literatura; publicar ensaios subscritos
por escritores de renome nacional; cooperar com
aqueles que, autênticos valores, ainda não tiveram
oportunidade de serem conhecidos do público ledor,
evidentemente tudo isso será sumamente honroso e
em grande parte pagará nosso esforço para dotar o
Rio Gramde e o Brasil de uma publicação seria e que
"Le-
pretende estar acima de grupos e igrejinhas.
\
trás" se propõe, naturalmente, a tudo isso: deseja ser
um caderno de literatura, de arte e de novidades.
Mas acima das novidades e do vão orgulho de fcu-
zer aparecer novos e velhos nomes em sioas paginas '-s:4

espera ser um fiel espelho de nosso movimento edito-


ria! e um criterioso guia de leitores nesta verdadeira

floresta de publicações e neste mar imenso de livros

que inwida nossas livrarias.


Entre as díias concepções de vida que, hoje
(como sempre) se defrontam e que em todos os tem-

pos estão prontas a entrar em luta velada ou aberta;


entre a concepção cristã da vida e o materialismo

''¦%
'¦>¦'

sórdido, pagão e sensual, nós nos colocamos corajosa


e abertamente ao lado daquela que vem iluminada

pelo fídgor do Espirito.


No exato momento mesmo em que o materialis-
mo distila seu veneno sutil, dis solvente, desagregador
e anárquico em nossa Pátria através de livros, revis-
tas e publicações, "Letras" deseja trazer sua contri-
buição e tomar sua posição.
Eis porque não tememos vaticinar que a nossa
secção bibliográfica será o que de mais útil nossa re-
vista trará ao Brasil. Nela pretendemos reunir às
criticas originais dos livros aparecidos as que forem
sendo publicadas em todas as revistas bem orientadas

que circulam em nossa Pátria. Sempre dentro de


?wsso critério cristão, nela pretendemos registrar o
aparecimento de todos os livros e de todas as revistas
nacionais.
. -¦

Neste primeiro numero de "Letras" nossos leito-


res terão apenas polida idéia do que esperamos fazer
da seção que reputamos fundamental em nossa revis-
ta. Temos, entretanto, intima convicção que ainda po-
deremòs faze-la crescer muito mais, torna-la adulta,
viril. Sem nenhum intuito polemico (tão a gosto dos
brasileiros), estamos certos de que poderemos fazer
dela até uma necessidade para aqueles que, tia luta
tremenda entre o materiaUs-mo e o cristianismo, to-
maram ou tomarão posição antagônica à nossa. O tem-

po dirá se temos ou não razão.


Que Deus nos guie nesta jornada e nos ilumine
em nosso caminho.

88 88

- 2 —
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3àacUçã&

(PátHa
"LETRAS")
(Especial para
MANOELITO DE ORNELLAS

— Diretor do Arquivo Pcíbli-


co e da "Estante do Pensamento
Brasileiro, através da literatura
re-
gional", — da Editora Tabajara.
Como escritor conquistou urro lugar
privilegiado nas letras nacionais.
Convidado pelo governo uruguaio
visitou as Repúblicas do Prata,
em missão cultural. E, brevemen-
te, pronunciará conferências cm
S. Paulo e Rio.

Parece que a Espanha, revel e imor- pela miséria, quasi no pária deslembrado
tal, que absorveu
tantas correntes raciais dos subúrbios das cidades — nem por
que se infiltraram no corpo da nacionali- isso morreu, tal cerno o invoca, heróico
dade, transmitiu aos
países que colonisou, e aventureiro*, a lembrança, do povo.
na América, a mesma
pujança de espírito Si Ortega
y Gasset viu-o entre não a
capaz de enfrentar e dominar as mais uma realidade sinão a uma imagem,
fortes influências estranhas ao na-
gênio vivendo da contemplação do foi,
que
cional.
não deixa de ser? no entanto, um
No Prata, símbolo imortal. E' o símbolo da
como hoje no Rio Grande
do Sul, ninguém América Espanhola Nisto, ainda, uma
terá a ingenuidade de
herança de Castela, porque nenhum país
pensar na ressurreição de tipos e costu-
mes que foram característicos dos séculos do mundo deu à história da humanidade
maior quantidade de Símbolos do que a
passados, que pertenceram à época da
formação Espanha: Quixote, Sancho, D. Juan, o To-
heróica mas, no Prata, mui-
to reiro e Celestina, sem falarmos nas figu-
mais do
que no Rio Grande do Sul
ras místicas, em
ponto grande, de Inácio
ninguém será capaz de esquecer ou menos-
de Loyola e Santa Tereza de Jesus,
prezar os motivos e as figuras que deram que o
a seu povo um caracter à tempo circundou de mistério e
grandeza.
parte entre os
O vem da invocação
povos da terra, uma vóz diferente, na poe- gaúcho, que do
sia e na música e uma indumentária e século XVIII, não morreu nos do
países
costumes típicos e originais. Prata. Resiste à força desagregadora do
tempo, nas máscaras de cera dos museus,
Si
o gaúche —,
não é mais o garboso nas figuras de bronze das
praças públi-
andarengo de chapéus de abas largas e cas, nas imagens de mármore dos
pala-
pala flutuante ao vento, hoje convertido, (Continua á pág. 29)
.-.*-"
— 3 —
ÜANTE DE LAYTANO

VIDA E MORTE de
Mario de Andrade
'¦ *.'+';'-
"Letras")
(especial para

-
Mário de Andrade desaparece num dioso e acaso o mais puro de todos cs

momento em que sua pátria toma novas prosadores da nossa lingua, como ensina

políticas e o mundo entra no o velho e ameno João Ribeiro? Não quer


posições
caminho da paz. São fatos históricos tão dizer, estáque o poeta viva
claro, de ti-

grandes que assim mesmo não


mas ate- radas clássicas, não, mas que êle seja se-
nuaram a dôr brasileira pela morte de nhor de um enorme lastro cultural nin-
um poeta ágil, revolucionário e transbor- guém terá a coragem de negar e a leitura
dante de personalidade, poeta ao mesmo não é o apanágio dos poetas, conve-
tempo rausicólogo e contista, pesquisador nhamos.
do folk-lore nacional e animador dos Que valoriza a atitude intelectual de
mais arrojados movimentos literários e um poeta modernista. Atitude aqui ape-
artísticos de nossa terra. nas é empregada como sinônimo de con-
A biografia do
poeta tem duas partes duta espiritual. Seus verses estão longe
absolutamente distintas: antes de Pauli- de qualquer monotonia, não se repetem,
ceia Desvairada e depois dela. Antes seu portanto, e refletem os sentimentos mais
pensamento literário ou emoção poética contraditórios, agitados e originais. E'

pagam tributo ainda aos remanescentes do uma poesia que marcou um período da

parnasianismo e enfilera-se aos simbolis- literatura indígena. Outra vez a afirma-


tas velhos e novos. E o estado de poesia, çao duma segura individualidade. Êle
"Há
como êle mesmo dirá, de uma Gota aparece nos lugares mais avançados dos
de Sangue em cada Poema...". Depois fronts literários. Se não é o primeiro, é
virá a sistematização do
processo da nítida um dosprimeiros. Vem o Clan do Jaboti
separação entre o estado de poesia e o e o Remate de Males e em ambos o poeta
estado de arte, mesmo na composição dos erudito e reformador enleia-se ainda para
poemas nitidamente dirigidos, para usar sempre nos temas brasileiros. E o início
sua própria linguagem. Chega então o da obra de assuntos nacionais. Dos mo-
instante da Paulicéia Desvairada. Mas é tivos de poesia, vai ao sentimento do pró-
um desvairo naturalmente de belesa e de prio povo, às raizes da imaginação pepu-
erudição, assim de bom e revelador lar. Mesmo ao reunir as suas
gosto poesias na
de ótimas leituras. Opoeta jura que se série de obras completas êle corajosamen-
inspirou apenas na sua terra, na sua São te não desprezou os versos da mocidade
Paulo que afinal era a comoção da vida que ficaram ao lado dos versos da ma-
dele embora as elegâncias sutis sem es- turidade. Da poesia, êle se passaria
para
cândalos, sem ciúmec, com perfumes de a miúsica e isso foi um passo rápido. Tor-
Paris e bofetadas líricas no Trianon. nou-se mais uma vez o primeiro, o
pio-
Afinal aquilo era um
galicismo a berrar neiro, o homem de idéias e o
próprias
nos desertos da América. Mas o primeiro pesquisador explêndido e encantado. Sua
poema donde recolhemos as imagens ei- obra de musicólogo é festejada com sin-
tadas inicia com uma tirada de Frei Luís ceridade. O
que escreveu em livros como
de Sousa. E o Frei não é o mais melo- Ensaio sobre a Música Brasileira, Com-
7^>-.T7

pendio de História da Música, Música do


-
Brasil, O Samba Rural Paulista, Música, - ¦

Doce Música, além de outros trabalhos


como Modinhas Imperiais, A Música e a
Canção Populares no Brasil, Cultura Mu- "
sical e infinidades de artigos o colocam __r ^Ifl _¦
entre as autoridades de verdade no assun-
to. Existirão muitas outras autoridades
-
como êle? Seu senso então o le-
poético
vou com facilidade à ttllllllllllMllltlllMIMH;
pesquisa do cancio- a.

neiro dopovo. Sua poesia toda embebida


Dante
do fascínio nacionalista mas de um nacio-
nalismo lírico e
de {
portanto sentimental deu
ao rapsodo de Macunaíma uma plastici- Laytano |
dade rara de obter-se. A fusão da música Do Instituto |
e da poesia ou melhor a fusão do poeta Hílstórico e jj
com a música sempre tão separados um Geográfico §
do R. G. S. jj
do outro ao se falar de homens cultores
de música que não sabem poesia e poetas Historiador, §
ignorantes em matéria de música. Os Geógrafo, =
= Pesquizador do nosso Folclore. Escre- =
seus estudos de folk-lore o transportaram ¦¦.-

\ veu trabalhos de fôlego sobre o gaúcho §


para diversos campos de ação. Não quis Eo açoriano e o negro. =
apenas fazer um exame das formas e ma- §
?HiiiiiiiiiiniiiuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiMiiiiiiaMiiiiiiifiifiiiiiiiit.t
neiras poéticas do povo. Nesse gênero
bem se sabe que sua Nau Catarineta é o

que melhor se escreveu em Portugal e ção neste necrológio do grande escritor


Brasil. Entretanto, para tratar de folk- patrício mas apenas a intenção de mos-
lore, êle chegou, e parece incrível, à Me- trar que sua vida será bela grande e
e
dicina. Namoros com a Medicina é um que a morte não apagará jamais o nome
de seus livros mais curiosos onde faz uma do criador de Belazarte. Contista ainda
extravagante associação da medicina com se apaixona pelos motivos de nossa terra.
o folk-lore. O amor pelo Brasil o levaria O sortilégio do fabulário, o inesgotável
ainda para os temas de lingüística. Dessa das canções, quadras e trovas e mistério
maneira, realizou um Congresso de Lín- animista do fetichismo afro-ameríndio do-

gua Nacional Cantada, cujas reuniões ti- minariam como dominaram por completo
veram lugar na capital bandeirante, e poeta, o
prosador, o rniúsico e o ensaísta
para
assentar a exata pronúncia do português que procurou auscultar todas as fontes do
do Brasil. A importância do con clave pa- tradicionalismo brasileiro e garimpar
ra o exame das questões fonéticas e musi- através dos veios sem fins do passado de
cais da língua declamada, cantada ou sim- um povo jovem mas herdeiro da tristeza
plesmente falada constituiu um aconteci- e da alegria, do sonho, esperança e de-
mento de rara importância onde intervie- sespero de velhas raças.
ram os melhores nomes da filologia e Ninguém poderá falar de Mário de An-
musicologia nacionais. Foi uma obra ima- drade, o artista do verso, o contista e en-

ginada e criada pelo escritor de Amar. saista primorosos, o rausicólogo deste-


Verbo lntransitivo. A poesia não pertur- mido, trabalhador ou o crítico, historiador
bou o prosador. Pelo contrário, adquiriu e conferencista, sem falar no homem.
até mais densidade literária e o fez escre- Certo escritor anotou mesmo em livro
ver contos que são obras primas da lite- que Mário jamais deixou de responder
ratura do Não há nenhuma exalta- uma carta. Bem ae sabe que isso nfio é
país.

— <5 —
pouco entie nós e pelo contrário até é
muito de coragem, coragem de expandir- EDITORA 7ABA)ARA
se e estimular os
que principiam e todoi apresenta
afinal que pediam alguma coisa embora suas quatro primeiras
fosse um simples conselho. O de respon- edições:
der cartas constitue um dos grandes tra-
ços do mestre Mário, traços morais de ho-
mem acolhedor e animador. Marcel-Marie Desmarais
Mário de An-
Daniel A. Lord, S. J.
drade foi durante toda sua curta vida,
apenas o Brasil inteiro tinha lhe festejado MOCIDADE
o cinqüentenário, um homem cordialíssi-
mo, fino, educado, incapaz de urna gros-
e AMOR
seria, portanto, e que não sabia, além de 1.° Volume
tudo, tentar intrigas, aliás tão abundantes
-
Para Rapazes
nos meios literários e artísticos. A casa
dele era o retiro obrigatório de todo bra- EDITORA TABAJARA
sileiro ou estrangeiro, amantes da litera-
tura e da arte, Kohler, S. J
que passassem por
São Paulo. EXAMINA-TE
A casa da rua Lopes Chaves guardará
para sempre presença. sua
E no gabinete BEM!
de trabalho, com as paredes cobertas de Coleção "Âs
ArmasT
livros que como heras caminham
pelo res-
to das peças, sobressairá agora seu 1.° Volume
re-
trato. Retrato de um Portinari anterior àa
pinturas da Library of Congresso EDITORA TABAJARA
de Was-
hington mas já um artista tão grande A. B. Eiizalde
como é hoje. Num fundo azul, talvez um
céu de poesia, está com cores fortes a CARTAS
cabeça de Mário e seu longo rosto, os SOBRE
olhos penetrantes e os lábios
grossos.
Nada mais real.
Deste momento em di- 0 MATRIMÔNIO
ante aquele retrato falará. Os amigos
de
(No Prelo)
Mário que são todos aqueles
que escrevem ?
um dia poderão ouvi-lo ainda naquele
"memorial" EDITORA TABAJARA
que será o velho sobrado pau-
lista onde Mário residiu Agustin b.
junto com a sua Elizalde
biblioteca de milhares de volumes, seu
fi-
chário fantàsticamente rico de informa-
CARTAS
çoes brasileiras, sua de DE UM PADRE
galeria preciosos
quadros, seu piano de onde
espécie de
ia sair uma COMUNISTA
oratório russo seria a
que
grande ópera escrita por Mário (No Prelo)
e final-
mente seu pequeno mas afetivo museu. "-
Mário de Andrade EDITORA TABAJARA
que sempre respeitou
a dignidade humana terá respeitada
a sua
e não apenas
¦¦¦¦
pela estima mas pela consa- Pedidos à:
gração da admirável obra realizada, tão Editora TABAJARA
explêndida quanto a vida do
próprio can- Andradas, 120 7-7. °
tor. Nossa geração não o esquecerá.
Porto Alegre

6
cCiuJiOA em fieaUta

E' indiscutível
que o sr. Malba
Tahan se tornou o maior orienta- Toda correspondência para esta Secção
a
lista dentro das nossas fronteiras. deve ser dirigida a "Letras" — RUa das
Depois "0
do sucesso de Homem Andradas, 1201 — 1. andar — P. Alegre
que Calculava", foi que realmente Rio Grande do Sul
eu cri nas possibilidades
quase sem
limites do escritor.
A
juventude encontrou em Malba MALBA TAHAN
Tahan um amigo dedicado. No sa- Ronaance — 194/5
bor de areia de seus contos, na Ed. Getúlio Costa Bán
sombra de tamareira de seus roman-
ces, no exótico drapejar das tendas
e albornozes brancos,
A SOMBRA DO ARCO-ÍRIS
vive, palpita
e sonha um coração sincero, sadio
e cristão, que leva como estandarte
a educação da mocidade e Tahan estaremos faltando cataventos de Mário Quin-
a sua moralização como
com a verdade. Este ro- tana tinham deixado de ro-
1C"^1- mance tem quase um mi- dopiar à carícia da brisa.
Poderíamos esquecer os lhar de autores. A Som- Mas agora vejo
"Maktub", que tomam
contos de as bra do Arco-íris uma
é novo alento e continuam a
centenas de distrações ma- sombra,
grande projetada girar lançando uma modu-
temáticas "0
de Homem do arco-iris maravilhoso da lação luz
de e sombra sô-
que Calculava", e o brasileira. Cada bre
pers- poesia as páginas deste livro,
picaz encadeamento das Se "Co-
"Mil poeta, como o pintor, dá asseverei que o
lendas de Histórias sua produção uma cor, um ração Verde" de Augusto
sem Fim", mas nunca matiz, uma cambiante,
po- que Meyer sofrerá um colapso,
deremos olvidar o seu úl- será o seu caraterístico fiquei estupefato, vendo
timo romance: A Sombra através dos tempos. E as- que êle ressurgia, palpi-
do Arco-íris. sim, unindo todos os mati- tante, sobre as areias da
A Sombra do Arco-íris zes, todas as combinações, Arábia como um grande
não só é a sombra de foi Malba Tahan criou casis.
que
Malba Tahan, como tam- o arco-iris da bra O
poesia príncipe dos poetas . :
bem a sombra de centenas sileira. E olhando a som- sulinos, Zeferino Brasil,
de poetas do Brasil bra deste arco-iris, êle de- também
que está no livro,
naquelas páginas encontra- buxou o quadro inesqueci- Igualmente Eduardo Gui-
ram o sopro da vida. Sim, vel de seu romance. marães, Paulo Corrêa Lo-
porque os poemas, insertos A poesia gaúcha encon- pes, Lila Ripoll, Múcio
no decorrer do livro, não trcu um lugar honroso, ali. Teixeira, Fernando Albino
lhe conturbam a ordem, Deveras, são os gaiúchos os e muitos outros que por
nem a clareza; ao contra- mais se distinguem, ora não me vêm
que à mente,
rio, dão-lhe uma sensibili- quer pela quantidade, quer Enfim, poderíamos qua-
dade toda nova e uma ori- extensão de sombra Hficar o livro
pela de Malba
ginalidade nunca vista. que Malba Tahan veiu bus- Tahan como um escrínio
Se dissermos
que este li- car aqui no sul. de sombras, onde se agi-
vro foi escrito
por Malba Certa vez afirmei que os tam e vivera e sentem um
\

grande número de sombras


que hoje em dia está na parece não terem alma,
gaúchas. moda. nem arte. São fotógrafos,
Talvez se queira repro-
Às meros copistas da natu-
var o seu mais das vezes chego
sentimentalismo
reza. Mas, devemos levar
exagerado. a duvidar as futuras
Talvez se de- que
em conta que a
seje taxá-lo gerações criem em poesia não
de poeta, e poetas
poderá viver se não existir
não contista. Consideran- seu seio. Duvido porque
o seu oxigênio, a sua
do, a crueza das vejo na literatura esta ten-
porém, atmosfera de sentimento,
cenas, e o sem-sentimenta- dência de ser retratista e de almae de arte.
lismo do romance moder- não pintor. Os escritores
Convenhamos,
no, sentimos românticos eram portanto,
que Malba pintores;
que Malba Tahan vai dar
Tahan vai preencher uma punham na sua obra toda ao espírito da
triste lacuna no espírito da a sua alma, juventude
punham na co- um pouco da sombra ami-
juventude. Vai sanar o loração ambiente toda a
ga do Oásis da Poesia.
grande mal de ser cru, in- sua arte. Os realistas, ao
sípido e sem-saboroso, o contrário, são homens
que /. F.

Nadegradação moral em
que o
mundo se agita — e, creio, sempre
se agitou — existem a cada
passo
pessoas cultas que se dedicam à
missão áridn e muitas vezes infru- FRIEDA STADLJER
Atlântica -— Editora — FLo
tífera de educar a
juventude para
seus deveres futuros. Educar as
moças para serem esposas. E es-
posas para mães. Educar
chefes
jovens ALGUÉM ESTA A
para de família. Educar as
filhas. Educar os namorados. Edu-
car os noivos.
MINHA ESPERA
Convenhamos. Se o mau exem-
pio entra pela janela do espírito,
quem abre estas clara-bóias são os
teatr°S C °S H" ^ 3S J'°VenS qUe ° lêem ° * na mcnte ™™ num cal-
vroíT^r- "A
que Casta Adc- deirão onde se fundem
Portantocombatam-se
Portanto, K fesrno to-
03 lescência'" significou
para dos os metais.
C Para mUÍt°S ra°5°S A m°Sa não
HzTdTre;00^ ire™™" tem ^as
mÍm
1ue P^curavam uma mão dificuldades. Contudo, seu
ZttT
teatro amoralfdlfl,quese
pelo menos, amiga
que os guiasse na espírito leviano e aLTe
para substuuir o teatro senda da vida.
Quando sua imaginação excitS

'maus e inter- de m.sténos


seu temperamento amoroso
des ru'iramq tenas
rogaçoes, quando a força e sentimental,
F„mfy Vi-
E uma dessas felizes im- podem leva-
vital cresce com fúrias Ia a ansiar aneUr por
" eferVeSCentCS'
qUand° ° j°" Uma felicidade tal^e
Atlam-ca ET?
"f* "^ C?*d° d<? fantástica no matrimônio.
do ^
em aíraSl 7*
desenvo,vl^nto
,• físico e E esta ilusão de que o ma-
tll TraStadíe°r
A ° T
"f1 "* "éd~ * *™ tri»ôni° »a°
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Fsáà Sa Vsn.r
PT ^ SC ,He acumulam> raíso na terra, -
Este E
Es. esta ilu-
hvro stgnifica
pa- amontoam-se, embaralham- são traz
depois de algum
I
— * —
- -•'•. •
¦ ' "•-'¦» *•

«
tem|)o cruéis decepções ra
pa- mãe. Aconselha. Mos- momentos,
ra estas que fique sem-
jcvens sonhadoras, tra. Ensina. Guia. E con- a teu lado.
educadas pre que te es-
entre os muros duz.
pere sempre de sentinela,
do internato, alimentadas Minha leitora. numa estante
queres da tua biblio-
com páginas de romances uma companheira sincera leca ?
e poesias. e boa? Uma amiga experi- Aí
"Alguém está ela: Erieda Sta-
Eis porque Es- mentada nas discórdias do dler. encerrada na torre de
tá à Minha Espera" c a casamento, sem inveja, sem marfim —
do seu livro Al-
palavra de uma irmã mais ci/úmes? Uma colega de to- Está à
guém Minha Es- -
velha, ou de uma verdadei- das as horas, de todos os pera. /. />.
Com este volume, traduzido do francês, a Bi-
blioteca "Vida e Educação", dirig da
por Álvaro
de Magalhães e editada pela Livraria do Globo,
enriquece a sua coleção'de um dos números
mais
interessantes. A ESTRADA REAL
Ooriginal tem por título a frase de Monta-
"La
gne: tête b!en faite", a cabeça bem forma-
da, que o célebre humansta
preferia, no educa-
dor, à cabeça atravancada de muitos conhecmen-
DA INTELIGÊNCIA
tos.
O título indica bem a orientação e a final:-
dade pedagógica do livro. A por F. CHARMOT S. J.
primeira parte ana-
lisa com fnura psicológica o»3 defeitos Liv. do Globo — P. Alegre
ma\s co-
muns na formação das inteligências. Em fileira
numerosa passam diante do leitor desde
os espí-
ritos falsos, geométricos e rentes - cien-
disciplina- mem integral, com a totali-
efeminados até os caledicen- cias, história, filosof a, lín- dade das exigências de seu
te«3 e apaixonados, sem cíoqí- vivas
guas e humanidades a^to destino e imprescritível
tir os superficiais, irrealis- greco-latinas é estudado com dignidade, uma lição, como
tas e estreitos. Quem não carinho por um mestre qu^ a que encerram as
encontrou na sua experlên- í*alar páginas
pode em nome de uma de Charmot aprende-se com
cia de cada dia muitos larga experiência pessoal, avidez e util-za-se uma bus-
exemplares de cada um dês- coroborada e amparada
por rola indicadora de roteiro
tes espécimens de espír.tos uma longa experiência h's- seguro.
defeituosos e unilaterais? tórica.
Quem quer que tenha res-
A segunda parte é cons- O livro é de um interês-
ponsabilidade na formação
trutiva. Mostra-nos, no hu- se que empolga até de uma de homens, — pais e profes-
manismo, em que ee deve atualidade viva. Num mo- sores, — deveria lê-lo com
inspirar todo curso secun- mento em que a psicologia e atenção e meditá-lo com
dárlo bem orientado, a es- a política, a pedagogia e a
propósitos real zadores, Ca-
trada real da foi mação das economia — depois de exclu- becas bem formadas é o de
inteligências. A contribui- i ivismos funestos e unilate-
que mais precisamos, e é o
ção que para este objetivo raüsmos fatais — parecem ideal imediato na tarefa
supremo pode dar as dife- redescobrir o homem, o ho- educadora. L. Franca, S.J.
O movimento editoral de divu'gação MARIE BEYNON RAY
científica é ótimo e no Brasil já se vem fa-
Livraria do Globo — P. Alegre
zendo sentir.
A Livraria do Globo, não fugindo a es>
ea exigência da época, vem de traduzir do MÉDICOS DO ESPÍRITO
original norte-americano um1 livro de mu- (o Romance da Psiquiatria)
iher: MÉDICOS DO ESPIRITO, cujo sub-
RO,MANCE-DA PSIQUIATRIA, O panorama traçado é sugestivo
íítUK0,u \ e da- '*
garSaÇa°' eSCHt° P°r MaHe Senvolvid°- Trata da evolução da Palquí
Brev^°RfvVU
essa ciênca reservada antes
"m
Aw tria' dos últi
*„ eXpos'?ao.«entifica em técnica mos cinqüenta anos. Forjado
„„J£r
novelistiea babel cu-
de seqüência que nem um filme tural estadunidense e em consonância
cmematografico ianque, com
o presente livro o tecnic smo saturante ^e amplas
desperta interesse e logo as suas trezentas camada
da medicina da
poderosa nação noZmf
paginas de texto são devoradas. ricana. esse llvro^eflete
a oÃntaçl^eX

— 9 -
«,<y*»*"»V

alvista da corrente de Freud eonciente.


psicanalitica Freud é influenciado
por Breuer,
tendo á frente Franz Alexandre, de resto, Charcot, Bleuler,
Meininger, Bernheiím,
talentoso escritor e médico. Grasset, Janet, que lhe fornecem o material
Procurando enlaçar a ciência com a ar- e orientam sua formulação pessoal. A ex-
te, a. autora traça um esboço amplo em re-
posição do método e da doutrina de Freud
lação a orientações importantes e Tevolucio- c feita
por Mario Rass ás cegas, isto é, in-
nárias, não estando contudo ao
par de po- condicionalmente, chegando mesmo a caiu-
derosas correntes que levaoi além a niar o
pesqui- mov mento sobrepujador de Adler
za e a teorisação da Psiquatria na Europa.
e de Jung de maneira incrível, dando esses
Acentuando com propriedade o debate dois gênios como dominados por razões e
entre as correntes e fisiológi-
psicológicas comportamento não científicos. Os dialo-
cas, bem no centro do livro Maria Beynon
gos travados são imaginados pela autora.
Ray esboça o desequilibrado capitulo. "Três
velhos ilustres" Voltando á ordem objetiva, a divulgado-
em que são estudadas as
contribuções de Freud, de Adler e ra da
psiquiatria trata dos processos
de Jung. pera
Registra favoravelmente o dito de um dis- insulina, metrazol, choque elétrico, atingin-
cipu o para o qual "um do as pesquizas endocrinológicas, em busca
homem é Deus:
Freud", afirmando que aquele "não "a do mito do "Super-hormem", idéia de Nietzs-
podei
ser censurado se tivesse proclamado che e de Freud.
que o
austríaco prestara a maior contribuição in- Num termo que busca o equilíbrio da
dividual de todos os tempos á sabedoria, para Oonfucio está no meio
que
psicologia".
Oom o psicólogo termo e para a Escolastica a virtude estan-
Mc Dougall, apresenta a
Freud como "a do no meio, Marie Beyon Ray mostra ori-
maior contribuição desde
Aristóteles". entação nvxta que propõe para as doenças
Contrastando à crítica ex
tremada, fala do psiquismo a combinação
ambas as de
que do complexo
in- de
inferioridade ou da arrogância, a escritora teraupeuticas: a psico e a fisiológica.
diz que uma "coisa é certa: êle nos deu o O livro conclue com o "nosso" caso, is-
:%.
método to é o estado comum dos homens normais
psicológico jamais descoberto, pa-
ra penetrar na mente, normal ou anormal. e em liberdade, mas que não deixam de ter
Esquece que a psicanálise há dois mil anos a sua pequena telha, impulso, fobia, comple-
está consagrada numa expressão superior á xo ou defeito, dando
indicações práticas e
terminando, ianquemente, "podemos
sugestão, à hipno-:e, na confissão cristã, que
apenas acreditar que — Deus é um cava-
para cujo processo, dessacralisado, apelará
em emergência, Freud. »Santo .Agostinho faz lheiro".
introspeção e, portanto, psicanálise nas suas Interessante, embora e incom-
"Confissões". parcial
O Aquinatense trata do incon- pleto, eis o que 6 esse livro MÉDICOS DO
ciente. Leibniz divide o psiquismo pe'a con- ESPIRITO, romance da infe-
psiquiatria,
ciência, sub e inconciência. Eduardo Von rior ao livro vertido para o espanhol de
Hartman é o filósofo do inconc ente. A f- Fritz Künkel sobre as NOVAS ORIENTA-
losofiaromântica alemã versa o tema em COES DA PSICOTERAPIA
forma.geral. William James analisa o sub- A. O

Alguns crítcos acharam que Caçulinha é de


tamanha personalidade que se tornou uma nova
aquisição do romance brasileiro, uma personagem
AMANDO FONTES
característica, sem semelhança dentro da nossa li-
teratura. Romance — 6.» edição
Caçulinha é uma personagem comum, comu- Editora José Olympio
níssima. Ê a heroína de quase todos os romances
modernos. E, ademais, tem
pouca vida. Ccmo
as duas outras irmãs, trabalha nas fábricas de
tecidos, namora um rapaz que a engana e ca n (
vida.
Eram cinco os irmãos. Deixaram o Interior
calmo, para morar numa cidade grande, Aracaju,
afim de acertar a vida. Era idéia dos vemos pa s,
Os Corumbas
Geraldo e Sá Josefa, largar a terra suja, abando-
nar o sertão onde não chova nem um
pingo. As
filhas, em Aracaju, teriam sujas de terra poderiam eeiro do que aqueles cabo-
vida mais distinta, não pre- encontrar um marido um cios lá do Interior.
cisariam viver com as «mãos pouco menos bronco e gros-

»" 10

-.
¦Sfjk* ",.•*- -. • ¦?
-v"»* . -,"

Mas sucedeu bem o con- doe. Voltavam «osinhos. invade


que a caea, tudo se
tário. Quanta tristeza! Sonhos es- reflete na velha. As filha»
Uma filha, Bela, morreu magados, pela crueldade da não tem bom fim, —
quem
tuberculosa. Pedro, o arr:- vida. Vidas esmagadas pela sente, quem recebe os gol-
mo da família, foi preso e irrealidade dos sonhos.
p©3 é Sá Josefa. Pedro par- <¦-

desterrado por participar de Caçulinha não é a princi- te para o Rio e a velha, no


um movimento comun'sta. pai protagon sta deste ro- cais, vê o navio dobrando a
E as três outras irmãs, ca- mance. E'a aparece mais do Barra, e aperta o peito com
da qual confiando na Bua que as outras, é fato. Con- força !
e os olhos se enchem
própria coragem para en- tudo, aparece como as ou- de lá.grimas. outros
Os fa-
frentar a existência, trás, como o comunista Pe- —
perde- zem, quem sofre é ela.
ram-se. dro, como a tísica Bela, — Os outros vivem, amam, —
Depois, os velhos voltaram surge de quando em quan- Sá Josefa é quem fica em
para sua cabana no Inte- do, como as caipas na su- casa, vegetando, e sabendo
rior, onde
não batia chuva, perfície do lago. Enquanto dos desatinos das filhar* de-
onde nasceram as finas, que este lago. este meio a#n-
on- sobedientes.
de floresceram muitos so- bente, esse elemento que so- Enfim, ela é quem perma-
nhos que não chegaram a íre quar^e que impassível to- nece inteira, imutável em
frutiíicar. Antes nunca dos os relhaços da»s baib;*- todo
t- o romance. Ê a figu-
vessem abandonado aquele tanas, o calor do sol e aço!- ra princ pai deste livro de
lugar: as filhas teriam outra te do vento, sem se pertu:- Amando Fontes.
sorte. . . bar, ou melhor sem dar mos- Ela sente tudo resignada.
Sá Josefa, no trem. não trás exter ores das revolu- Chora escondidas,
ás e ás
olhou para Geraldo. E Ge- ções que se passam no seu vezes nem chora: senta num
raldo não viu os o?ho& de Sá â,mago, — esse lago, degrau da
quase eecada e f ca
Josefa. Mas os dois estavam morto, ainda que muito sen- olhando ao longe, perdida-
chorando. sível — é Sá Josefa. mente, enquanto o seu co-
Voltavam, sós, sozinhos. Sá Josefa é um ração chora sozinho, sem
grande
Odiavam aquela terra bar- receptor. Recebe todas ác lágrimas, sem soluços. Sá
renta dos arrabaldes, tinham desilusões, todos os desen- Josefa sofre tanto como só
medo das chamnés fume- ganos. A queda das finas, as mãeg sabem sofrer..
gantes das fábricas de teci- a moi te de Bela, a miséria J.F.
^«•^—
Mocidade e Amor, pelo P.
'yioÜCÍaé: Mareei Marie Desmarafs; ^^^+ ""^

Próximo
lançamento da Edi-
tora Tabajara que está divi-
dido em dois volumes: o 1.° para rapazes
os quais, respondendo ás 30 perguntas do
questionário prático, poderão saber
qual seu
grau de egoísmo e possbilidades de serem
ou não felizes no casamento. No 2." volu-
co*foee»-
me, dedicado ás moças, o autor resolve

«l0*LaVut»
av
O*'
três
importantes problemas: t>euV° Wtet» se-
I
0s*a
"K*""0^* eS'
Por que agradar? Ao *» I

A
quem agradar?
Como agradar? W"
Explica porque e quando esse desejo de
\ &üt° ; Vaàte
VlXP*
agradar, tão natural na mulher, caVt
pode ser le-
gítimo ou pecaminoso;
y teá****
é um livro que as Nao jjt**^
sv ai *
jovens todas, procurarão u^ be^
lêr e... cot^ -te
viver; principalmente o ultimo ca-
"Como
pítulo: encantar"...
CARTAS SOBRE O MATRIMÔNIO
por Austin B. ElizaMe os^
"Faltava a !>c
em nossa bibliografia,
um li-
vro muito simples e muito claro, ameno até,
se possível, que tratasse, com critério mo-
ral, tudo quanto se refere aos noiva?, aos

I
esposos, aos pa;s e aos filhos, e
que os jo-
vens todos em idade de noivar
pudesse ler Editora Tabajara, Andradas, 1201 - P. Alegre
com interesse e proveito",

— 11 —
n

do seu barco naufragou numa daquelas ear-


reiras malucas, êle salvou várias
pessoas e
depois descansou no fundo do rio. E o po-
vo comentava "Até
o seu último ato foi
heróico!" Foi. Mas, ningu.m lhe conhecia o
Romance de ANYA SETON íntimo, aquele verdadeiro íntimo
Editora do Brasil - Rio — 1946 perverso
e cruel.
Outra figura
pitoresca, pouco comum,
ó a primeira esposa de Van Ryn o senhor
de Dragonwyck. Uma mulher que
poderia-
O Solar de Dragonwick mos chamar gastronoma. Não parava de
comer, nem mesmo enquanto trabalhava.
:? ¦
¦ As tortas, os bolos e
pudingis viviam ao la-
do dela como dama de companhia. Aquilo,
Ninguém, com certeza, terá a coragem e a
gordura balouçante daquela mulher ti-
de grande número de pormenores
elogiar o nham atraído o desinteresse do marido e
que infestam este livro. logo mas o próprio asco. Mas êle sabia
Contudo, bem que devemos admirar a ser cínico bastante
para não dar demons-
eubtileza das mulheres. Para elas até o trações do seu horror.
crime é um ato lento, pensado, subtil. Na-
Entretanto, acima
de tudo e de todos
da se faz e nada sucede sem um pesado
está Miranda,
a camponesinha ingênua, com
exame, sem um ponderado raciocínio. E
manias de grandesa,
assim á o crime de Van Ryn, aquele fidalgo que veiu a ser a se-
gunda esposa de Van Ryn. Nela, porém,
rijo, que não admitia a mínima derrota
há a satisfação completa deste
diante dos seus concidadãos. Era um cri- desejo de
ser grande, e compreendendo,
minoso, um marido que assassina a própria em tempo, to-
do o mal que isto causou a
esposa para casar com uma jovem que ama. si, e aos outros,
tornou-se a verdadeira mulher
Assassino s4 próprio mas he- que a tsua
para educação cristã e sua origem humilde re-
róipara o povo, para os aldeães e
para os
queriam.
nova-iorquinos que muito bem o conheciam
O final do romance é um verdadeiro
naqueets longuinquos anos do, século 19.
Confiteor, dois orgulhos e duas
Van Ryn. Eisse nome impunha respeito. vaidades
que reconhecem o seu erro: Van Ryn e Mi-
Van Ryn, um homem admirável que era
randa. Um contudo arrependeu-se
capaz de vida em público para
arriscar a tarde
demais, era Van Ryn.
ser admirado. Lembro-ane de uma passa-
num hotel de vera- De Miranda a gente fica
gem, quando estavam gostando por-
neio. Todos os hóspedes o consideravam oi- que um fim nobre devia
esperá-la. De Van
Ryn a gente tem
gulhoso, inabordável, superior. Mat?, Van pena, compaixão. Não sei
Ryn queria sempre transformar o conce to porque um homem que foi o escravizador
dos seus rendeiros, o assassino
de orgulho em admiração, e para isso, não da esposa,
o egoísta, o carcereiro
temia até de oferecer a vida ao fundo de de Miranda, — este
homem ainda consegue
um precipício. nos despertar um
sent mento de dó, de
Bem, estávamos no hotel. Van Ryn e a pena.
esposa passeavam pelo parque no momento Aí está a arte de ser escritor; tornar
em que um menino se pôs a chorar simpático o mais ignóbil
perdida- dos personagens.
mente, porque o cachorrinho havia caído
no ab-sano, e ficara
preso nunG arbustos que J. F.
cresciam nas bordas. As pessoas da famí-
lia, estáticas, sofriam também, vendo a im-
possibilidade de salvar o cãozinho, e a es-
tima que o menino lhe dedcava.
doía o coração. Mae, e êle? Van Ryn?
A cena Srs. Livreiros e Editores
Não
agiria num momento destes?
Imediatamente,
pediu os casacos dos pre- ° 0BSÉQU10 DE NOS EN-
sentes, fez uma corda e íá se foi u!^M0S
abaixo cm busca do cão.
precipício DE SUA* "¦
Trouxe-o. Entre- v^u^°JNmRE^°
EDÍT°MS, PARA OR.
gou ao menino soluçava
que anda, não cmAIJS
GAN1ZARM0S
crendo no milagre. Mas, depois do ato he- UMA LISTA COMPLE-
ro.co, voltava a vaidade de MESMAS E PUBLICARMOS
ouvir por toda
a parle os comentários sobre a tua nobre
lí£AS
NESTA REVISTA PARA
ação. E assim foi em toda a A CONSULTA
parte. Quan- DO PÚBLICO LEITOR

S 12 ~
Chega á quinta edição, este livro
de
Dom João Becker . Se bem
que um
pouco tarde para se escrever um co- DOM JOÃO BECKEK
mentário, é, contudo, o momento
exa-
to para aparecer em 5.» edição — Editara "A
público, Nação"
fi precisamente o momento
em que Porto Aleyr*
o materialismo, baseado na história,
tenta destronar o espiritualismo,
ba-
seado em Deus. Ê
justamente o mo-
mento em que alguns monstros tentam O Comunismo Russo
escravizar o restante da
manada hu-
mana diante da máquina. Sufocar
a e
consciência no estrugir dos estalei-
ros, no gritar rouco das fábricas, A Civilização Cristã
no
soluçar macabro dos motores.
fi o
en? quet ° «" ne*a e excomunga, em
ta,fí™ quatro vezes foi um antídoto
Oomumsmo tenta levantar nome de um fanatismo inex- violento contra o veneno
do
Plioável- ei» n<*»e de um di- comunismo que se infiltrava
rlío onT,l >.P°S° -PetroH"
chamine de si- letantismo de crente apaixo- no sangue dos brasileiros.
áZr*rLf. ^
gre" naÍ°' Nesta <!Unta vez> contudo,
***-, ias eSir o6 brac°s
°s h°rlaS Para Para estes
últimos não há ele apareceu como um bote
í,*sl^ ™pJ?rando a miser'- margem no livro do Rvmo. salvador na linha do hori-
córdin
° D' Joao~Becker.
_ >^«..,_.., Porque to- zonte
<-v»j»^ marítimo.
iiionumu. Hoje
«f«^-«fem "*' o 6Ste
momento j^vjxvjuc iu- xaoje que
que
que Comunis- do o seu livro é uma prova o comunismo levantou a ca-
mo Rujsso e a Civilização cabal de raciocínio, de estu- beca e pisou o nosso- chão
Cristã devia ser e foi reedi-
do e de escolha entre a gan- como dono de tudo istq aqu;,
tado.
ga da prolixidade e a precio- é precisamente o momento
Na massa leitora há sem-
sidade de tudo o que mais para se lançar uma obra de
pre duas correntes. Uns, util e concreto s<e escreveu vulto e divulgação sobre o
preferem o livro simples, sobre o assunto. que
-a.»»-' é \jo comunismo
-- ^v//uuiuouiu russo.
russo.
sem prolixidade, sem arre- A argumentação do autor Este livro está fadado a dar
batamentos de entusiasmo, não poderia ser mas convin ao Brasil os homens de
mas onde haja uma argu- que
cente porquanto argumenta ele necessita reter
mentação convincente, onde para a
com as palavras dos pró- invasão vermelha.
impere Esta
uma documentação russos.
prios jornais Suas obra está destinada a levan-
irrefutável. Outros, mais afirmações não poderiam tar os quebra-mares contra
ciosos de vibração e verba- ser mais
— ^ ,.„ concretas,
^^.*«,_,* ^„„,«, porquan-
.yv.. vjucwa- a
c* impetuosidade
luípcuutomauü dos vaga-
uuh vaga-
lismo, descuidam completa- to, são reforçadas pela do- lhões do ateísmo e matéria-
mente a argumentação, o cumentação fotográfica que lismo erguido pelo máremo-
juizo crítico, para somente está incluída no livro. to do Comu^iismo Russo.
se deleitarem com o livro Por quatro vezes este li-
que condena e prescreve, vro surgiu nos prelos. E por j f

Para quem conhece uma . •» •


personali-
dade, universal e curiosa, como
é a
de Gandh , através de GANDHI
jornais e dos
raros artigos biográficos das nossas Editora José Olímpio
revistas, fica decepcionado, e ao
mes- Rio — 1945
mo tempo admirado, ao ler uma obra
como Memoriais de Gandhi.
Nunca pensei que Gandhi fosse
o .¦

que ele realmente é.


Julgava-o um homem estranhamen-
te dotado de faculdades morais eleva-
das desde a mais tenra idade. Um
homem criado num ambiente fora do emórias de Gandhi
normal, educado á
parte, com outros
métodos e outros mestres.
Foi um homem como qual- nar-se quase que um idolo si próprio .
quer outro do povo, foi meramente pelo Nas suas MEMÓRIAS,
Se conseguiu vencer, tor- domínio exercia sobre
que Gandhi relata fatos os'mais

13
interessantes e significativos a pressão das mãos ingle- toda a covard'a dos explora-
da vida hindu. E'e era as- sas. Descortinam-se os dra- dores, toda a miséria de um
sim: apedrejado, preso, in- mas sangrentos das revolta? povo inteiro se patenteia
sultado, e quando lhe davam neste volume.
que o desejo da liberdade •
liberdade e o deixavam em atiça. Refletem-se os pe
paz, doutrinava, escrevia, sadelos profundos de um po- As memórias de Gandhi
fazia discursos, jejuava vá- vo cuja sina parece ser — não são as suas -memoriais,
ros dias seguidos!. .. Viver escravo! são, isto s?m, as memórias,
a história da índia.
Neste livro aparece toda Toda a ambição dos co-
aquela luta intest na contra Sempre
afirmei que Tago-
mercantes ineserupuloso?,
re era um sorriso da índia
distante. Hoje, ouso asseve-
rar, que Gandhi é um soluço
da Inda amordaçada.
V&Men&l 3, F
.¦•¦¦¦

"Pomo»
nas drogas nocivas o rótulo 'VE- Entre as
grandes iniciati-
NENO!*
vas nacionais no ramo ed -
Isto fazermos por segurança.
tor ai temos a reg strar o
Entretanto, enqitanto uma
pessoa se envene- notável plano de atividade.3
na pela boca, milhares o fazem pe!o pensa- da Livrara AGIR Ed tora.
monto.
Suas instalações que so
A alimentação da mente é muito mais iiri
acham em plena construção
portante do que a do corpo o alimento fí~ vão abranger uma aréa de
tfco afeta somente esta vida, ao
passo que o 3.000 m. quadrados, com-
aumento mental se torna
parte integrante da preendendo: cem casas para
vfda futura, tanto quanto da presente."*
operários; um edifício com
Edgar Earle Piarínto (em V*da Eficiente)
apartamentos opera-
Tivemos erra vista esse conceito magníficos
e "ros; paia
R6S rios sol te um ed.fício
verdadeiros sem dúvida,
quando organisamos a de apartamentos
Editora Taba.iara: para ope-
queremos dar ao gnibMco
rárias .íolteiras; um edifício
ledor brasileiro livros bons
de apartamentos para casair>
atuais
% sem filhos; um edfício pa-
m
'¦.
bem escritos e
ra Administração; um edifí-
bem apresentados,
cio para Creche e assistên-
que satisfaçam p'eiiamente nossos leitores e
lhes dêm uma cultura sólida e viva. cia Socai; um ed'fíc:o .para
Clube e Cinema; uma esco-
Por isso contamos com o seu apoio, amigo
Ia; um campo de esporte
feitor e assim leitor e editora, unidos pelo mes-
um resturante; dois ahno-
mo interêssse, arearemos uma grande força
pa- xari fados; uma fábrica
Itt o maior desenvolvimento cultural de noeea de
tintas; um de refundição e
Pátria
uma garage.

No plano edtorial já fo- Peixoto; e -muitos outros. A Secretaria Gerai de Edu-


ram lançados vários livros Acham-se programados ain- cação
e Cultura do Distrito
que obtiveram sucesso: A da 1 vros de eminente»? escri- Federal distnbuu
"Descoberta como pre-
do Outro", de tores como: Jacques Mari- mios de aplicação e
Gustavo "O Diseí- ritain, presen-
Corção; George Bernanos, P. tes de Natal e Ano Bom,
pulo de Emáus", de Murlo Leonel Franca S.J., Ches- cerca de 10.000 volumes de
Mendes; "Voz
de Minas", de terton, Franz Werfel Cha~ obras educativas
entre os
Alceu Amoroso Lima; Rre- teaubriand, e vários -outros. alunos das escolas munici-
vário da Baía", de Afranio
pais.
_

PEÇA UMA ASSINATURA DE "DOCUMENTOS"

REVISTA DE COMBATE AO COMUNISMO


10 NS. CR$ 15,00 — ANDRADAS, 1201 — 1.» — PORTO ALEGRE

14
boa8 recitas de artistas profissionais.como
Jeatro à leitura e ao estudo dos
poucos manuais
de arte de representar
por aí andam, que
de jÇmadores escritos especialmente para servirem de
guias aos af cionados, não será difícil to-
ARY mar a si a responsabilidade
MARTINS peTa elaboração
"Letra*") cênica duma peça.
(especial para
Entretanto, mister
se faz que ajunte a
essas qualidades adquiridas- uma lhe
que
Porto
Alegre, metrópole indiscutívelmen- deve ser inata: a energia. Mais que o di-
te favorável a todos os empreendimentos retor artístico profissional, o amador
de preci-
natureza teatral, — do sa possuir em elevado grau aquela virtude
que faz prova o con-
eeito em que a têm os tão preciosa a quem comanda, se o
profissionais, de pra- pois
ça das pr ncipaig para a exploração do ra- ator, por força de d spositivo contratual,
mo — vem-se revelando, outrossim, é de natureza • ubordmado e aceta em ge-
desde
já há muito tempo, um reduto propício à ral com o devido acatamento as observa-
expansão do amadorismo ções do
ensaiador, o amador é sempre, tam-
cênico. Dir-se-ia
bém — ainda
mesmo que revive aquela
gloriosa época, an- por natureza, que pertencendo
terior à eclosão do cinema e ao rol dos mais entusiastas pelo brinque-
do futebol,
em que as soledades dramáticas do... — remesso a ensaies, faltoso em quês-
partícula-
res estiveram em grande tão de pontualidade e presto em geral a
voga, realizando
concorridíssimos espetáculos no velho São antepor emendas e reparos àqirlo
que Ire
Pedro. for ensnado
por quem de direito. E desse
Atualmente, são procedimento, infelizmente freqüente nos
em
grande número as
organizações locais de aficonados do amadores de toda parte, i esulta na maioria
palco. das
Representando vezes um dilema que se pode conside-
quer no centro da cidade,
quer nos salões da zona suburbana, apresen- rar sinônmo de fracasso: ou o ensaiador
tam, em seus elencos cede, paia não estremecer amizades pes-
qua.ie sempre !m provi-
sados às roa s, e de sua fraqueza resulta o despres-
pressas, de par, é verdade, com
alguns elementos em tígic e conseqüente orientação errada im-
que só se notará uma
dec dida boa vontade, — infelizmente insu- prknida aos seus trabalhos, ou o ensaiador
f ciente confirma o seu ponto de v sta, o amador
para o fim em vista, — figuras que,
não se conforma e. . . caput!
pela sua inteligência, pe^ pronunciada vo-
cação para a cena e, principalmente,
pe o Meditem, os senhores amadores
esforço bem ntencionado pois,
que empregam,
porto-alegrenses nes^e ponto e verão que
tornar-se-iam seguramente valores aprecia-
a razão está do nosso lado. Ê indispensá-
veis do nosso teatro se o3 orientasse a di-
vel que cada conjunto se organize tendo por
reção eficiente de um ensaiador.
mira primordial sempre a consecução de um
Porque infelizmente esse ó o mal maior
bom e exper mentado ensaiador.Só dessa
dos nossos amadores: a falta de ensaador.
forma poderão resutar eficientes os esfor-
Entre eles, comumente, a direção da
parte inteligências e boas vonta-
cênica ços de quantas
dos espetáculos fica sempre afeta
des por aí tentam o teatro de amadores em
àquele do
que por mas vezes defron-
grupo nossa Capital.
tou uma platéia. Ora, é lógico que isso não
é bastante, pois, em todas as atividades
— e no teatro também, nem sempre a
assidudade no exercício de uma função
confere a quem a desempenha a competêii
fiHiiiiiiimiiiiitiiiiiiriiiMiiiiiiiii/
cia precisa para poder-se d zer um mestie
na matéria. E o "mettcur-en-scéne"
consti- ARY MARTINS
tui fator \
indispensável, primordial mesmo,
m

para a apresentação correta de um bom Da Sociedade Bra- =


espectáculo, como é sabido. De nada adian- sáleira de
Autores |
ta que se reunam bons galãs, excelentes Teatrais — Dele- \
"centros", "damas"
distintas e ativos auxi-
gado da Associação |
liares da contra-regra e da maquinaria se Brasileira de Auto- =
faltar à ação conjugada de todos a super- res Teatrais. Da =
visão do diretor de cena. = Academia Sul-Riograiidense de Letras
jj
15 que, para o amador que pos-
verdade = Teatrólogo, crítico e bibliógrafo. =
sua atilado espírito de observação e se de-
dicar, com amor, não só à assistência de
i
tllllilMIlIlIlllllllllliliiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiitiHillllllltiliiiiiiiiiiirvfiii.-.

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*££> •¦¦•¦",'65t-**i*
Ate"*
,ci°s
a/i****

_
INFORMAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
/

Se no.% ativessemos, nesta secção, ex- K


clusivamente às críticas de nossos colabo-
radores, ou só apresentaríamos
poucos
livros oferecidos, em cada núia ,t ou
haveríamos de esquecer a qualidade pela
quantidade. Ora, como diversos outros nr-
gãos da nossa imprensa, dispõem de se-
cção de crítica literária, assinadas
por no- * >
mes
mo
de
ainda,
segura
seria
orientação ortodoxa, e, co- JS55 3*4**
difícil ao leitor obter tô-
das essas revistas, resolvemos transcrever
em nossas também apreciações
páginas
alheias. Assim não
faltaremos quanto à
quantidade, nem lesaríamos tão
pouco a
qualidade, porque transcrevemos apenas
de órgãos cuja idoneidade não '"'
foi menos, B. !> * A
nem pode ser discutida.

YUTANG, Lin —
Minha ferra r meu
povo. Rio, Irmãos Pongetti Editores, 'Os "e
19)3, , , I:
rrs p., Cr$ 1-5,00 (II, D, 2, d).
E> um estado sobre a China, seu povo,
características próprias, vida política, artis-
tica, literária, etc. Faz também um pequeno
histórico sobre a recente sino-japo-
guerra
nesa. Há capítulos monótonos e sem interês-
*e, devido à nomenclatura demasiada, dinas-
iias e datas, que pouco significam para
quem nada conhece sobre a China, princi-
palmentc se o objetivo do autor foi dar uma
idéia geral sobre o seu Há outros ca-
país.
pitulos bastante interessanies especialmente SEXO e MEDICINA
o final do livro. JATY

SCOTT, Walter — Ivanhoé. Rio, A luz da.s últimas


Centro conquistas
Braaileiro de Publicidade Ltda., 1937, 158 Cri*
p., das ciências médicas, o autor,
6,00 (II, A, 1, a).
Adaptação
dr. Carlos de Brito Velho,
correta e conscienciosa do célebre
romano* de Walter Scott. Nâo tem, é claro, o
nome de
grande relevo nos meios ..-•
vigor e o interesse do original, mas agradará cjentífico-intelectuais
gaúchos, es-
a um
publico que, nâo conhecendo a obra
por tuda os problemas que
extenso, terá uma idéia pesam sô-
clara dos principais fa-
bre a juventude.
toe do famoso romance. TOIA "Sexo
e Medicina" será um li-
MAUGHAM, Somerset — Servidão hu>
vro decisivo para quantos tiverem
mana. Porto Alegre, Ed. Globo, (II, E, 3,
o-d-e). a felicidade de o ler, adolescentes

E' um livro
ou moços feitos.
que faz pensar. Sua leitura
nem sempre agradável, far-se-à sempre lem- (No Prelo)
brada pelo problema angustiante que levan-
ta em nossa conciência: é o homem mero
joguete de sua hereditariedade e dag cir- editora Tabajara
cunstâncias do meio que o cerca, ou é um Andradas, 1201 - 1.°
ser racional, capaz de reagir espiritualmen-
Porto Alegre
te, como senhor do seu arbítrio? Somerset
parece decidir-se, como o indica o próprio

17

*
9
estudo filosófico. Bis um livro necessário às nos-

sas moças da JUC


COTAÇÃO FAirL X.TTSSAC.
"¦•

'

*.

LITERÁRIA — I = Ótima; II = Boa; —


ALDRIDGE, James Voando ao sol. S.
IIIMedíocre; IV = Má.
=
aulo. Ed. Martins, 1944, 389 p., Cr$ 20,00 (II,
MORAL — A — Recomendável; B =
D. c).
Boa; = Inócua; D = Suspeita;
C Livro guerra e por isso de in-
da atual
E — Perigosa; F = Má. Romance vivo, alegre,
terêsse passageiro.
— =
DOUTRINÁRIA 1 Segura; 2
fácil, dos primeiros dias da guerra na Gré-
Insegura; 3 Errada; Má.A = combates aéreos de ingleses
cia. Cenas de
PÚBLICO A QUE SE DESTINA — a
italianos e alemães. Há de fato um
contra
= Todos ( de interesse para todo na figura central, mas heroismo
heroismo
b = Adolescentes; c = ainda chamássemos
público) estoico, talvez melhor
Adultos (maiores de 20 anos) d = "instinto conservação".
esse heroismo de de
Espiritos bem formados (maiores de nos filmes de há no livro ca-
Como guerra,
25 anos e Espíritos cultos. bares, libações, bebedeiras ,etc. James Al-

dridge conta tudo isso porque parece per-


tencer à vida de soldado de
guerra; entre-

destas hipóteses: tra- tanto, são descrições rápidas, sem a vivaci-


título, pela primeira
ça-nos, sobretudo através da vida de Filippe dade eque se encontram na maioria
cores
o quadro doloroso do romance, vitima dos autores que romanceam sobre a guerra.
da herança biológica, dos complexos adqui- Há algumas irreverências em certas compa-
ridos, do influxo do meio. .. Marcado por rrções com o Santo Nome de Cristo e do»
— hu-
um defeito no pé defeito que lhe foi Santos.
milhação e desenvolveu um PAUL LUSSAC.
permanente
complexo de inferioridade jamais superado
Louis — Enquanto não
Filipe mesmo, um BROMFIELD,
é um escravo de si
surge o dia. S. Paulo, Livraria Martins Edi-
triste pária da eterna Servidão Humana.
As conseqüências filosóficas e morais desta
tora, 19Jf3, 280 p., (III, D, 3, d).
O livro desenrola-se no ambiente depri-
conclusão são condensáveis na completa ne-
mido e cheio de ódio de Paris, qua:do ocu-
gação da liberdade hum*?na, da consciência
da reparação; en- pada pelos alemães. O autor parece ter de-
da culpa, da necessidade
sejado dar «os* alemães a pior impressão
fim, do dogma da queda é da redenção.
ao leitor, esquecendo-se por vezes
possivel
de se manter coerente ou imparcial. O en-
BIOGRAFIA
rêdo não consegue interessar profundamen-
ZWEIG, Stefan — Fernão de Magalhães. te. O livro é bastante medíocre, repetindo-se
Rio, Editora Guanabara, 1938, p., ilust.
361 o autor de maneira a cansar o lei-or. Uma
Livro fundo histórico
de cuida dosa men- passagem {página 209) convém, no entanto,
te documentado. Não fosse o talento liíe- destacar. E' aquela em q>ue Bromfield diz:
"Talvez
rário do autor, a leitura seria fatigante. fosse essa a ynaior vitória de Hitler
Não apresenta inconveniente algum para a de persuadir os alemães de que o mal

aprendeu História Universal, com im- era o bem, e que a sua fraqueza era força.
quem
parcialidade, encarando a ação da Igreja Conseguira inverter todos os valores morais,
dentro do quadro da época em que se pas- tornando essa inversão lógica e aceitável

saram os fatos. para a'alma alemã".


8. F. R. MARIA CARNEIRO.
FILOSOFIA
OOI-LINS Wilkie — A dama de branco. Rio,
AMEAL, Joáo — Sâo Tomás de Aquino. Por- 428 d., Cr* 15,00 B, a).
Ed. Vecchi, 1944, (I,
to, lavraria Tavares Martins, 1941 477 p., CrS Interessante romance de enredo ao sabor
35,00 (I. A. 1, e). antigo, mas vivo e empolgante.
Depois da carta prefácio de Maritain, E3ria STELA MARANHÃO.
unia redundância afirmar o valor dosta obra.
não tem uma GUERREIROS -
Creio que a literatura portugiiêsa JORNADA ENTRE
síntese da doutrina filosófica do Angélico tão Eve Curie — Ed. Nacional - Rio — 1944

interessante e pex*feita como esta de João Ameal. Boa reportagem. Demonstra na autora
Note-se que o autor começa a sua obra com um uma absoluta despreocupação filosófica ou
estudo biográfico do Santo, feito comperfeição religiosa. E ignorância nestes assuntos. A
e cuidado sin^fular. Conhecedor profundo e de- entrevista com Gandhi é um ponto alto do
votado estudioso da filosofia escolástica, João livro.
Ameal deu-nos um belíssimo e perfeito livro de (Rev. Juventude)

— 18 -
APENAS UM CORAÇÃO SOLITÁRIO "Jí
— Richard lAewellyn — Porto Alegre, Ed. DmfpbenAa
Globo, 191,5, 1,15
pág., (III, D, 2, c).
E' um romance de ambiente, senão sór- "
FEZ A REVOLUÇÃO FRANCESA
dido, pelo menos bastante baixo, poderia ter
um grande valor, se o autor procurasse pe-
netrar mais profundamente o sentido da mi- É o depoimento de Voltaire sg-
séria moral e material que o livro apreseyx-
ta, não se coyitentando com a conclusão de bre o poder imensurável do livro, ¦¦¦"iS
que é um mal irremediável, pelo menos indi- que agita o pensamento dos leito-
vidualmente. A parte literária é fraca, há
re$, move os corações, arrasta a
partes confusas, comparações pouco felizes,
muita gíria em palavras grosseiras. vontade, sugerindo e insinuando-
(Rev. Juventude)
i se nas vimas. 1
LESTE, VENTO OESTE —- Pearl
VENTO Por isso a palavra de todos os
Buck — Rio, Jo»é Olímpio, 327 pág. Cr$ 15,00
(II, B, c.)
ultimes Pontífices exige como de
Livro nos conta as lutas das velhas tra-
que necessidade absoluta, o apoio dos
djíçõcs chinesas — vento leste — contra a influên-
cia estrangeira — vento oeste.
católicos à imprensa moral e sa-
Ituta de famílias, de costumes e de
precon- dia, em contra revolução aos li-
oeitos. Pais contra filhos uns fascinados pelas
vantagens da civiUzação, outros oiosos de um vros perniciosos que transbordam
passado milenar. assustadoramente das tipografias
E" uma leitura interesante, agradável, com

descrições locais bastante sugestivas.


modernas, a tal ponto que? hoje,
Deixa-nos, por fim, uma lição: é de que em é de fato
perigoso adquirir-se
qualquer pais, com qualquer raça, as famílias
qualquer obra sem prévia mfor-
precisam da mesma garantia para sua estabili-
dade. Só o amparo a fideUdade e o respeito do mação sobre seu valor.
marido podem fazer a felicidade de uma mulh?* resolvemos
que se deu inteiramente, porque se deu por por isso
Foi que
amor. editar esta revista: para que nas
(Rev. Juventude)
suas páginas, os pais de familia
ALCEU AMOROSO LIMA — Vários e todos os educadores encontrem
te?*temunho. Ed. Lumen Christi, (II, A. I, a)
uma crítica sincera e sem precon-
Como explica a introdução, é este um
livro de homenagem que quizeram prestar ceitos sobre autores e livros, sob
Amoroso Lima os seus amigos
ao dr. Alceu
o ponto de vista de sua moral e
e admiradores, por ocasião de seu 50:° ani-

versário. Como testemunho,pre- que é o que orientação. ¦

tende ser, o livro é impressionante pelo nú- Estamos certos, amigo leitor,
mero e autoridade dos que testemunharam.
Entre eles conta-se 37 bispos! de merecermos seu inteiro apoio
"Testemunho Interior" vem "LETRAS"
'
A
parte
para que se àifunãa
completar o retrato moral que desse homem

extraordinário quizeram fazer: são instantâ- mais e móis e leve sua influência , -

dr. Alceu os
reos que em escritos o próprio benéfica e construtiva a todos
em sua evolução e atuação.
(Rev. Juventude) recantos do Brasil.

ALMA DA RÚSSIA Helena Ilswols-


— Ed. Ocidente — (I. A, 1, a).
ki Rio
bem feito e bem traduzido; a au-
Livro CONSTANTINO — Jean-remy Palanque —
tora, admirável equilíbrio, julgai sabe
com Rio, Ed. Atlântica, (II, B, 1, a).
e os fatos e as
pessoas objetivamente e dá
Biografia do imperador romano Constanti-
impressão de conjunto da alma
uma forte no. Leitura interessante • instrutiva. Ralat-
russa, de suas aspirações e suas tendências.
sua situação na política e no cristianismo.
Livro altamente útil na hora presente.

(Rev. Juventude)
(Rev. Juventude)

IràLr^
DEr8C0BERTA- DO OUTRO - de «BKÔMAS
ruJ BB OAWBHI _ Tr*lnç*o
Llvlo Xavier - ^
Sao paginas densas Coleção Biarlos, Memória.,
de
meditação e L Oon-
e*per,ência, em
¦
out cada vírgula tem
JV. VOU,r o stu (II, C, 3, e).
e cada vocábulo pareJter
Ha7 ooJeZ O mahatn.a Oaadhi relata
todas as sitas pa.
ripéoia. para dar • índia
um pouco mal. d» ta-
dependência, üm
Vágin°* c°™-e«" e pouoo d, consciência d* qm
tia. 8ã0 pôH •xl«te uma índia no
concerto daa naçôe.. Apa»*r
UmV°> "'"^ <*«
ÍÍ£ OU"'*'"*-'?0
tona, tan-
quo não e desligamento com a realida
d- ter uma filosofia errada
o livro apresenta*»-
rio» caractère. da religião
cristã: auxílio do.
fraco» ooutra os forte,
oprerooree, a «siffuaofco
o amor à Pátria, o sacrifloio.
"do Sao podemo. dW-'
«bertar-se seuca^eX
xard» admirar a
per.ouaUd.do do Oauohl. aua
^Tu^Z atividade, sen dinamismo.
°afOÍS mÍt°S E' bom ler este livro,
VZ*7T «™ ^entTZ para coidieoer totalmente
«****«*».• o mito dn este «nl^ma que é
¦\6cnica
TécZcaee o da
,° VUa
Revolução. Sob esse
duplo
^ nl9UnS **» ^rds.^Xt
tZ«?7Ja
o dtaJZ conversa° é Por isto mesmo
l°nge de t"9ir ao
cnüô n9 2 fü*' seu té- Ed
Olympio ~ José
int^ralmente, r.t edição — 19L* _
acorrentado
ZorrLZ século — (I, d, s,
Romance
a T?^
três cadeias: da aj.
Ciência da Vida de uma
Revolução e do Divertimento familia pobre que vai mo~
rar na capital, afim
** ^ °™t™<> Corç&o, de melhora-,- o
á de existência e casar padrão
VertJ0^**0
Verdade Trinitária não se as quatro filhas
fez vor ^\S morre Uma
Púãio qualquer a essas tuberculosa. O
calia^I Z filho é preso como co-
uma verdadeira por muntsta. As tres outras
transfiguração dessas 7a- descuido filhas, devido ao
™mPlet«nd° da mãe, e devido à sua
• trantmutando desobc-
o£L~~
Ciénca a diêncw (elas
pela Fé, a Revolução ganhavam sua vida e portanto
pela Espera".
Ça e o Divertimento quermm ter plena liberdade),
pela Caridade. cairam nas
mãos de homens inescrupulosos
qne as en-
(TRISTÀO DE ATHAYDE) gamaram. O livro omite as cenas -pode-
/ que
riam ser imorais sendo
VOITASTE? ~ TaSSO assim bastante boa
da Silveira - a sua leitura,
»ioSo,T»ü
*io a,ob<>* Wnl, 242 principalmente p+las lições
pá*. - (II, i) que encerra.
'nelOS o*»™™'
Uma realidade
muitt ^Tj10S
T1P°» ^fundamente
Z^l
****»• •1^r*tW-
e s°»tarioS. onde cada destino i»_ ALGUÉM ESTA' A' MINHA
Po-m-e como a chave de ESPERA-
***** misterioso
vl,io total <****- - 5? plano Frieda Stadler Tradução
de "Quelau'n
£¦32?ouja mattend", coieção Juventude Católica Id"
tora Atlântica, 1944 - C.r$ 12,00
A I ) (I
(Rev. Juventude)
qUf Pr6nde ]ogo as
ni.-j.tVt? P"meiraS li-
EDMEA - nhas pela orlgmalidade do estilo e
Lourdes G. Silva - riqueza
Pan Rio de conclusões e orientações
Americana, S. A., 1944. - (in, 2 c)' para a vida de
Q todos os dias. Conhecedora
segurança profunda da ai-
Dios
Pios òndP
ande ^e.estréia.sem princi! ma humana e
o teor ingênuo principalmente da
por vezes o é me- psicolo-
nos. O final confunde e gia feminina, sabe a autora
decepciona dirigir-se às
"^ quanto maneÍra tâ° ínUma e
daS SltUaÇÕ6S e a° car*nhosa
-rateT^ !££?£,
herói quanto forte e rigorosa em tudo
que diz res-
peito a principio de moral e de
(Rev. Juventude) doutrina. No
de graÇa' senso
f^.i
ideal, Cheluhumor, Prático,
A ULTIMA AO CADAFALSO poesia, encontra cada leitora
_ Qer-
trude Vonle Fort - Editora a sua carapuça bem
talhada. Porém nada
Stella - m* disso aborrece ou faz desanimar; ao con-
trário, cada uma se sente
C°Ta ° marHrÍ0 estimulada ao en-
de ** c">™- contrar, ao mesmo tempo,
lit»sAemVrn
C°mv%éPne o conhecimento
**rante a revolução
f^leT de seus defeitos e os
% """^ ** h°r°ina meios tão
B^cHed°e fáceis práticos e
la Force VemOS as fiffuras para corrigi-los. Deve .'er
<^S religiosas lido por
Z' todas pela orientação
*ue sabiam transfigurar em segura que oferece à

:: zz:M° •morreram «"•*-*» C


alegria tôZl mulher, em
qualquer estado ou situação
se encontre na vida. que

<Rev. Juventude)
v. Juventude)

20 ^
Ccrrespondêneia

Estrangeira

LIDR05 E RUT0RE5
-
• "' i

JOAQUIM CARDOSO S 1
[México)
Menii Ardei — Novelista ("La fábrica de piones")
franceza. Suas "A e Nota da Redação:
novelas contra os "republicocaninos" Em
Ia vuelta", "Renata suas aprecações, o
de Or- como chama a certos Pe. Car-
Hs", "Todo «Sueno politi- doso se refere aos
llega", cos. Publicou mais tarde livros sò-
blanco", La ai- mente na tradução
falta de otro" castelha-
"Corazón gumas novelas que se apre- na, omitindo o títu0
perigosas. de es- sentam oriei-
como históricas- nal.
céptico" (bem urdida); "So- "Cagliostro"; "Los
ia", Mi primo "La caminos
guy", ho- rojos"; "Las devotas
ra decisiva", "El de Ro- Para orientação
mai de bespierre"; "Fabre de Eglan dos nos-
amor", "La sos leitores, damos
passaveis. au- tine"; "Barras abaixo
sencia" (de um amante; "Concini"; y $u tiempo"; a relação dos livros
es- "El traduzi-
Marisca! dé dos para o
candaiosas desordens português.
de uma Ancre" das cjuaes se
prostituta), e um livro máu. pôde
"El dizer que o melhor é. . . não
verano 1>E OCTAVIO AUBRY
de Guillemete", lê-las. -
bem escrita e muito
apaixo-
nada; "La noche liega", O Rei
de Roma -,
dei- Octavio Aubry — (GIo-
Nove lis bo Porto Alegre).
xa uma impressão má; "El ta e mais tarde historiador.
camino que baja"; "El abra- Santa Helena — (Pom-et-
Publicou "SorAna", notável í
ti — Rio).
r zo dei pasado", regulares;
"El pintura do mundo político Maria Waleska
llamado soberano", his- - (Edito-
mas com um idilio
toria muito que ter- liai Peixoto — Rio).
bonita de uma mina em suicídio. "El bom-
vocação religiosa, A vida íntima de
bre sobre Napo-
para adul- la cima" multo leão — (Ed. Vecchi —
tos. "Un
cuento azul", ba.s- edificante. Rio)
pouco Sob o t-tu-
tante bonita e boa; "La "La
im- Io geral de Novela en la DE HENRI ARDEI
prudente aventurera", rela- História" "El
publicou Rey
\ç agradável mas completa- perdido" (Luis XVII), bem Sozinha! Editora
mente amoral; "El suefio de feita, apaixonante e Na-
para to- conal.
Suzy", amores honestos dos os "El
de leitores. As
uma jovem dama de compa- gran férias da família Bryce
amor oculto de Napoléon: — Ed.
nhia; "La Getúlio Costa.
pequena Moune", Maria Waleska",
que não Meu
não serve para adolescentes. primo Guy —-
serve para toda a classe de A dor de amar —i Ed.
"Las Na-
vacaciones de la família leitores. "El lecho dei Rey"; cionai.
Bryce", excelente; "El "Casanova", "Luis
juego XV" e O outro milagre —
bajo Ias cenizas", muito ar- '"La Ed.
seflorita De Romaus", Nacional.
dente e perturbadora;
y Fia serpiente",
"Eva
perigosas para a maioria dos
"La
Os dois
amores - Ed. Ge- 1
perigoza; leitores; nove'a de Na- túlio
"Es Costa.
precizo casar a Juan", poleon", para leitores pre- Filha e Rival — Editora
atmosfera variável em suas Com grande tino
parados. Nacional.
obras e, quando se trata de das
passou novelas históri- Abandonada — Ed.
leitores "Napo- Nacio-
jovens, deve-se ter cas para a historia. nal.
bastante cuidado na
escolha. léon III"; "La
Emperatriz Sonho —
"El de Virgem Ed.
Enrique de Almeras — Eugenia" e Rey de Ro- Nacional.
Panfletário ardente contra ma" é o melhor de tudo o O Primo Guy —- Ed.
i

o Universidade Na-
de Paris que escreveu. cionai.

- 21

'

'^to.
? . _>. . ,'..i.;í «i-»i-..L. ,
Sabemos de experiência di*
própria quanta
ficuldade se encontra para formar uma boa bi-
blioteca tanto num colégio ou associação
qual-
quer. Nem tão é escolher um bom
pouco fácil
livro para presente.
¦;>, ~i

Por isso resolvemos criar esta secção:para


indicar
biblioteca.
os livros que merecem figurar numa boa OixbUa
E este o critério seguimos: em nossas
que
estantes poremos apenas os livros que forem
bons e possam ser lidos com verdadeiro pro-
veito.
Para isso criamos diversas estantes: Estan-
SMUsteca
te de Formação; Estante de Cultura; Estante de
Recreio; Biblioteca Infantil.
Haveráquem julgue infeliz o critério que
criou essas diversas secções. E têm razão. Mas
também hão de concordar conosco em
que se
fossemos juntar numa secção os livros para os
adolescentes, noutra os
para os rapazes, noutra
os para moças, noutras os
que se destinam às
donas de casa e ainda noutra os escritos
para
os maridos, etc., etc.. . . nem haveria sala sufi-
cientemente grande
para comportar tantas estan-
tes e. . . não é verdade
que as estantes hoje es-
tão por um preço exorbitante?.. .
Por isso, na Estante de Formação,
por
exemplo, reservaremos apenas uma prateleira
jxtra os rapazes, outra as moças e assim
para
por diante. . .
Creio que deste modo todos saüs-
ficarão
feitos conosco, não é?
.

Estante de Formação
Educação Moral k Religiosa

CASAMENTO E FAMÍLIA Tihamér Tóih


Editora S. C. J. Taubaté.
IDADE, SEXO E TEMPO Alceu Amoroso Lima
Livraria José Olímpio Editora.
FELICIDADE CONJUGAL D. Antônio Maria
Barbieri
Editora Tabajara, Porto Alegre.
A REBELIÃO DOS JOVENS - Daniel A. Lord.
S. J.
Editora Tabajara, Porto Alegre.
'.-J- •
,-


<T

Estante de Recreio
-

Romances - Contos - Poesia

A CANÇÃO DE
BERNADETE Franz Werfel
Romance — Ecl. Pongetti.
A INCREDULIDADE DO P. BROWN
CONTOS Gilbert K. Chesterton
Livraria do Globo, Porto Alegre.
ISTO E" UM PEDAÇO DA INGLATERRA
Nina Fedorowa
Romance - Ed. José Olympio - Rio.
A CIDADELA A. J. Cronin
Romance — Livraria José Olímpio
Editora. Rio.
0 LIVRO DO MEU EILHINHO José Pinos
Pereira
Poesias — Editora "A —
Nação97
Porto Alegre.

Estante de Cultura
Ensaio - Sociologia - Política - Biografias

CHESTERTON, O Aventureiro da Ortodoxia


Karl Pfleger
Stela Editora, Rio.
POLÍTICA Tristio de Ata ide
Editora Getúlio M. Costa.
DANTE VIVO — Giovanni Papiní
Livraria do Globo, Porto Alegre.
PREÇOS. SALÁRIO, CRISES E A ECONOMIA
ORGANIZADA — Daniel A.
Faraco
Distribuidora: Livraria Tabajara,
Porto Alegre.
SMLts^eca
veniente,é que haja em todos os lares
alguns livros, embora poucos, mas
bem escolhidos, que distraiam e se-
Os livros dão encanto parti- jam fonte de orientação pura e sadia
cular a qualquer casa de fa- para os membros da familia.
milia. Um vão de janela, uma prateleira
Por isso, hoje em dia,
pro- simples, uma táhoa com guardas nos
vam máu gosto, os moradores lados, suspensa
junto à parede e. . .
da casa em que não fiaja uma pronto! basta um bilhete seu para
pequena biblioteca. que a Livraria Tabajara lhe sugira
Mas esses livros encomendados alguns livros bons
upor
metro" com o fim único de en- atuais
cherem algum armário estilizado. . . bem escritos
e e

evidenciam apenas a completa falta bem apresentados.


A*lS
de cultura de seus possuidores. para formarem uma encantadora bi-
O que é necessário, porém, e con- blioteoa familiar pam sua casa.

Livraria Tabajara, Andradas 12Q1 — Porto Alegre

- 23 -

M.: -
___. s.- * .
¦
/.:
«:\*,VV->

ALDO OBINQ

a língua brasileira

n. beraçao pessoal, de nenhum áto ™ * '* mesnMOS>


e afeto Z *™ ^éia
nenhum ideal liferár o. político, de ^
fi um fato taÍS adversár?os admi-
què se ti, o fato d, ' "*"*?
explica, entre o mate, sociologicamente brasi'ei!^
H?„,-!
intenção de trazè-lo '^ blasileira,
ao pia,,., da cc.nscie.t- •? que
cm e posterior á cooperação percebe™1"^ C°m
dos fatores M «"íeranças
raia que o trouxeram do Se- SSSSStaL fa*'^*0" e*?eS aÜÍt°S>
mundo das não nos
pof.:- damos conta S '
bmdades para o mundo real ^T"1*- Há tamW™
e concreto, em ™n'teènt,•
que o Brasil ocupa longas dimensões n°SSa Ungua e no*sa *°r,
e mar- 1^ i« &
ltter^ramatical
ca rtmos na temporalidade que recebemos
O fato é real ZIT na
O problema resultante nasce ''* erud»«âo. * o chamado
de um conflito mobwL"^ 1 w
entre 0 fato de nossa em
^^ e o £ ££ «™ a
conaScia da Íf^ í?l,ta*'
cultura extravagante litero-gramatical ° PalHÓt Smo
atra- poHtíco e „ tsnf^°n k ^e'
vez dos c àssicos de determinado das ciências
período da DoaitiVas ae é^h»f f*'™
literatura portuguesa. Só é possível contra a rotina, a filo-
sabe- K?. debatem
se desse problema * ° d"etattt,M»°-
depov, de uma W- co-
penosa mo VrfuWrfm !
maquiagem gramatical e uma M a'8Uma« cidades bra-
perigosa lei- «n.iJl ma
tura das polêmicas, que o têm
almentado NoJmtÍf"'
há quasi um século e me;o uma profunda ,
cotamos confusão entre
O fato de nossa *%. s,amat.ica> da filologia
língua poderá ser en- kL,™^ e da
contrado em muitos caminhos dlf'culdade nos vem
da vida quo- fórt de
Herhp.^rf
tidiana: na, censuras de Fortes há vinte e
qualquer língua es- cinco ano Palentes
trangera e especialmente no tese complexo
ridículo das di- dê oonf^fi» „dlscernindo
ferença, portuguesa* atitudes
que nada têm õftrf f"?1"*8-
de convencional ou acidental, pa.ls aspétos da linguagem,
sendo, ao con- e™ fWs!f T'1110
trário, espontâneas, aí estão caracterisa-
gerais e constantes *rL. „™ espírito,
Entre os nossos filólogos, '^T^T' Um °Ptati™ e um indi-
verificamos a cativn
existência de uma confusão de ativi«ade intelectual
no seu esrtrite 1, /M°d°S a
° «spondem respetivamente, três
a sua relutância em aceitar o for-
fatoda Tu t ,
brasileira, não está na CU'tUfa,: a
impossibilidade maticT para cofrf6 ^T «™-
conhecê-la, mas na repugnância ** Ce'1SUra eSp0n"
de lhe atri- ânea
buir um valor equivalente e mLlTT™ * ngua^em
ao va^or cláss!co cotidiana; a
frnWi! a
files ouvem a nossa língua. C°0rdena«ao e exegese dos mo
mas i egímVhe numentos^^
o direito 1,tera»<* e iniciação das vocações
de representar a nossa cultura
e ES'!? *•
o poder de traduzir "guistlca-
as nossas mais altas P*ra ajuntar ao
seo«m^frt
emoções. Para ê'es nossa língua é ^ 1ÍngUa Um sa"
um jogo 11'"!™
de gpn. Falta-lhe vigor, discipüna, ??
finura, * C°m° P°deia
dochdade, musical dade... 3 volunta iament88 i%
E êles não têm dlrglda e™ suas trans-
formai „«*
espirito bandeirante. A folTOacão da cons-
Querem a natureza á cSa
sua imagem orónrF^u*'
e semelhança: trajada Ungua com "berda-
a ri- dl L\n\ "lma
gor, maneirosa, conversável, talvez exótica, de CrÍar nâo é
mas, um procedo ««n^'
sempre, fácil de aproximação £er retaidado
e de diverso,'r fafniS' COmo P°de por
conqu.sta. Só assim lhe ensina a Hnguisfca
reconhecem um 1 n^« i
va<or. Não têm e!áu transfigurado! atPr°Veitar-
nem UmalinS6™0'
o compreendem ou o admtem. «.ante» de tudo um
Não usam instru-
botas nem facão de mento d»g comunicação
mato. de das almas de um
Para muitos dos adversários C°m° SÍmbol° d« valores
da língua coZfn, 1 ' reai,3
brasileira, o caso se grUp°- Uma ]lns"a
resume numa d^fn h-í?? 6SSe é um
Ou ela se lhes entrega Um comPlex° condicionado
prominnToar! u™ "m ' que S-
imediata adatação * ° ^r6"16 •••SS
ás fõr^a fiteSs 2S" ^

é certo^ue esse desprezo de QU<? ° BraSÜ tem Uma lín^a


LslTn^ , P-pria
anda sempre irmanado d& Paixã°
ao descaso ^"udo Ceare"-
ela com v™™N ?8tUl°
«u. representa: a gente COm Euclid«» da Cunha,
e a terra do °'
(Continua á pg. 28), -
— ai
QjünjemcL
RETOMANDO O FIO DO NOVELO DESTINOS, dirigido por Alfredo Hitchock,
belo ensaio. A CANÇÃO
Ha um ano
e meio que não escrevemos DE BERNARDE-
TE, d ngida Henry
sobre o movimento cinematográfico em Pôr- por King, labor com
lampejos, MADAME CURIE, obra
to Alegre. Vamos, pois, retomar o fio sugesti-
per- va pelo tema e tratamento,
dido da meada. O BOM FAS-
TOR, singelo e UM RETRATO
A pitoresco,
guerra de sete anos
prejudicou o in- DE MULHER, de urdidura vigorosa,
tercâmbio. Em compensação, VAI-
notamos DOSA, de Bette Davis, bastante
surtos prodigosos. O cinema norte-america- dramática,
MEIA LUZ, de Charles Boyer, muito
no regenerou-se. Marco de sua renovação bom,
CONCERTO MACABRO, sugestivo, MRS
foi o CIDADÃO KANE. O cinema argen- PARKINGTON, dir gido por Tay Garnett,
tino afirmou-se com a vitalidade
peculiar a ot mo, TRIUNFO SOBRE a DÔR,
essa exuberante nação latino-americana. dirigi-
O do saborosamente por Preston Sturges em
c netna brasileiro continua em marca-passo
estilo caricatural, AS CHAVES DO REINO,
e quando não a regredir. Consta que um regular, PACTO DE
SANGUE, regular,
filme, no momento em exibição no Rio de
VOCÊ JÁ FOI A BAIA? desenho deWalt
Janeiro, assinala que a nossa marchafoi Disney, desigual, mas com ótimos motvors
retomada. A apresentação de TIRADEN- em parte. APENAS UM CORAÇÃO
SOLI-
TES, elaborado durante cinco anos, é ou- TARIO, de Gari Grant, trabalho com aspe-
tra promessa. tos extarordinários, ainda que relativamente
Olhemos o movimento
de vanguarda, teatral. ESTRELA DO NORTE, de Milesto-
pos a mediania e mediocridade standarti- ne, é uma ambiencia russa forjada nos pa-
zadas nem merecem outra coisa si não um de HoLwood:
pelões artificial. BUFALO
absoluto silencio. BILL, regular. MISSÃO EM MOSCOU, pro-
Em 1945, tivemos UM BARCO E NOVE fundamente artificial. Á NOITE SONHA-

"PREVIDÊNCIA
A DO SUL"


Ia) a única Companhia de eeguroa
E PREFERIDA de vida a emitir, no Braeil, apóli
POR ces com LUCROS ANUAIS a con-
tar do 2o ano de vigência;

5 RAZOES 2a) As qucxtae de lucros que propor-


ciona aos segurados são as maio-
res;

3a) Os prêmios que cobra são dos


menores;

4a) Sua margem de garantia é excep-


cional;

5a) Fundada em 1906, conta 40 anos


de devotamiento aos lares do
Brasil.

— 25 —
¦¦
j :•

MOS, de agrado. A ESTIRPE DRA DO


GÃO, regular. Os
com A VIDA POR UM
argentinos se destacaram Correio Literário
DESEJO, tema de
de F.orencio Sanchez e
translado cinemati-
co. COMO Ê TRISTE RECORDAR, Esta "LETRAS"
secção de
melo- terá a
la Libertad Lamarque. fina-
CASA DE Lidade ãe informar
Í™SÁ o leitor sobre o
BONECA, de Ibsen, argentlnisado, que
:sto é
tornado otimista e não que se refira
quer à literatura. Respon-
sombrio como o ori-
deremos a todas as
ÍTinal. ARCO ÍRIS, regular film cartas nos solici-
russo. que
Eis o que sobrou da tem livros, endereços
peneiragem da pro- de livrarias e edito-
duçao em massa ras, dados
projetada em Porto Ale- biográficos sabre
gre num ano. qualquer es-
critor, sobre o caráter moral de
comeS°«
com o SINO quaisquer
r,p-°*^rC°rrent€
DE livros ou
ADAN, d rígido publicações.
por Henry King de
mane:ra sugestiva. Três Portanto,
habituais filmes de leitor amigo,
podes dispor
NO PACIFICO, 30 MI- desta
SJ^ooENCON"TRC>
NUTOS pagina para formular a
SOBRE TÓQUIO pergunta
e INVASJO
ATÔMICA. SEM AMOR, que qmseres, ou esclarecer a
de SpenceTe hÍp° dúvida que
brurn, regular. tc entriga.
O documentário A CASA
DA RUA 92. O interessante O TEMPO
E Toda a correspondência
UMA ILUSÃO e o impressionante a esta secção
PANTA?- deve ser dirigida a Guilherme Oliveira ---
Revim -LETRAS" -
WILSON, de
Henry King, é u«ia Rua dos Andradas,
be?a apo-
loga em tecnico^or. EVOCAÇÃO, 1201 Sala Porto
dirigia Alegre - Rio
por Clarence Brown, foi um bom filme Grande
O do Sul.
medíocre filme OS SINOS DE STA MA-
RIA, com firme desempenho de I Benr-
mann. RESSURREIÇÃO é um filme wie-
xícano que não resiste ao confronto RALSUVOROV,
das película russa do genial
três versões de Hollrwood, Pudovkm COm dez anos de atrazo,
respectivamente mas urna
com Dolores Del R:0, Lupe Velez e Anna obra esplendida,
máu grado, ser e^dTjá
Stenn (essa, a melhor versão, velha e rasgada.
pois dirigida Culmina tudo em RUBI t
por um rusro: Mamoulien). Dois fiJoie»
oleiros
bra-
DÍterr^^0^' ãMSÍda íS
a nos comprometerem: Eeterle
mestre tedesco, o
JARDIM quai anima num
DO PECADO e SEGURA estilo
original o belo tema
ESTA MULHER de Pirande'o
Um comum filme russo: NÕS VOLTARF Num balanço final, podemos d zer
MOS. UlJUXJLr o que
predominante cinema ianque tem feito
Os grandes fumes têm --- pouco progresso, estando
g;do neste a marca- nasso
mestre a sórdida em torno de uma das
peücula de Fritz Lan- veredas abertas^
pelo
que é ALMAS PERVERSAS, de amargo grano de Oison Welles: a sujetivxação
realismo, da
além de O RETRATO expresssao e o ensobreamento
DE DO- da exposição,
RIAN GRAY, dirigida com mediante o
capricho e de gradual apagamento dos ho^
O VALE DA DECISÃO, orientado fotes e o modo de narrar
por Tay os acontecimentos.
Garnett, que emparelha
com o seu belo fü- WILLIAM DIETERLE 6 a única exceção,
me anterior (Mrs. Parkington). seu
O GENE- por poder renovador de
processos.
A. O

Embora o amigo leitor, não seja crítico de rádio ou de cinema terá


muita, sugestões os
que diretores de emprez.s editora^r"
tanam aSni" '
de conhecer melhorar
para sempre mais a sua écnLa Sé m»t ' T'

Eles também servi-lo.


querem
Faça tanto com sua
por que voz seja ouvida.

— 26 —
'

RADIO
Não vemos porque nessas
emissoras Arraii*-. «rr
louro,», "Hora, do Pato» e sei BiCh°"> "Hora« ** <?«-
Ia qualZcoZÍ^ ,7**°
valores, que venham a constituir '/J*™ €SC°lher
e acionar
pTte ZToranl'Tn ^^
Os programas de Calouros mCsmas estações.
sdo aí Z , ~f ^
missão, com um bom numero ^^ ** tr™*
de anuncios visto ZtT anUnciantes
?*?**"
a estas audições, e visto também **> Preferência
aberta 6éTvrZinai
a Pri™Pal
broacaMings. m e umea cogitação dos nossos

mesmos6 "TS P™~S «*>


^^ ^.Z^^^S^^J^^^ ««^ -
E os "animadores" *eSte 0ênero-
sL oíTo problemai^Ln T***^
irritar o ouvinte com demasia^>' <Z«* chegam
piadas sem araca- «^ ^ a
os "animadores" at<lCad0; *" peI° ^trdrio,
^san^nZ^é ocatôurc
ZanL™ T """"^ Mer<mte
a infeliz idéia de sintonizar ^ <**
umVsseTprogrZas °
Não somos contra estas irradiações
audiçTcT::: Somo* i*tn *.~,
aímweitomew?° ^^sjr^r^r^^SH^dessas ^ *

E, cremos, lt se as emissoras- não têm verhn w,/**^* tlvrescntam.


que
¦

mentos novos, ou oferecer-lhes oporjS^T " **


£2? SfSí^T 2*2?
de uma vez por
todas com estes programazinhos
de calo.uos,
«« calcam, terminem
em que movimentam
gastar um tostão. mazm»°s muita gente sem
Sfi

PROGRAMAS X>E PREFERENCIA DOS VJKE


RADIO.OUVINTES AMERICANOS O DIAt

OERMONT: O barítono cuja


Kftalísa-se anualmente nos Estados ? tLmz voz
Uni- bastante personal colocou-o com de"tami*
doa, um cioncurso entre os assinantes de ™> gênero de músi>cas líricas e
cançõe- ir
um periódico radiofônico de maior
circula- ternacionais brinda aos ouvinte- da Pairou
çao naquele pais, para a escolha dos me P^ha todas as ouintas e sábados ás 22
oores programas ho
radiofônicos, cantores e r^s com suas interpretações. Coipo tal *ra
orquestras preferidas. Esta ano a classifi- de esperar, Luiz Germont não
oaçao tox a seguinte: passou de*
bercebido para os mestres da "divina mú
£ CANTORES: Io lugar — Bing slca"' rece»eu uma proposta
Crósby — para atu*r na
-.ar Kerry Conn —- 3.° lugar temporada lírica oficial do corrente ano,
Frank Sinatra. náo a.ceitando por achar inconveniente ás
Como vemos, Bing Crósby saias
3aias atividades
ativids radiofônicas as quae* dá
continua
mantendo o primeiro
posto na preferência preferênxíia •
dos ouvintes yankes enquanto Frank '-4

Sina-
tra o cantor dos "desmaios" baixou
para o
tenceiro posto.
CANTORAS: Io lugar — Dinah Shore
2o lugar -—
Jimmy Symms.
ORQUESTRAS: Io lugar: Gay Lombard
2o lugar: Tommy —
Dorsey 3o lugar:
"Wbrry.
Freddy
Esta classificação apresentou também
u
uma surpresa, isto (é Toanmy Dorsey cedeu o
seu primeiro posto a G-ay Lombard.
*> RÁDIO TEATRO: Foi classificado una-
nimemente em
primeiro lugar utm progra-
ma. em que radiofonisa os films, com os
próprios artistas que o encenaram. *
<$¦ PROGRAMAS DE AUDITÓRIO: Figu-
ra com relevo na do público
preferência
americano o programa "Consequence",
que
é um verdadeiro pandemônio onde toma
parte até um bezerro....
? PROGRAMA NOTICIOSO: Coube o
pri-
meiro lugar ao informativo daN. B. C. in-
titulado "iníormation free..." LUIZ GERMONT

.„.
-

LINGUA brasileira
(Conclusão)

com Cassiano prosódia e o mais vão tomando corpo, em-


Ricardo, com Mario de Andra-
de. quanto muitos vão fechando os olhos e ou-
tros tapando os ouvidos, despect vãmente,
Mas o fantasma da gramática
portu- para não lêr e não ouvir a língua viva, em
guesa continua a rmalassombrar um mundo elaboração tornada inconciente. Entre-
de professores
que acreditam piamente que mentai os guarda-civis da língua portugue-
sem colocação de
pronomes terão que ser r a apitam e dão batidas na organisação no-
postos em disponibilidade. ou, como glosa va e propugnam uma marcha repressiva
Gilberto Freyre:
para alguns fora da ordem para a mumificação da língua, esquecendo
da gramática portuguesa não
haverá salva- que, sendo vida, é movimento assimilativo.
ção...
O povo forja a língua e os gramáticos
Ê impossível
permanecermos na confu- vêm depois. De resto, os gramáticos em ge-
tíao conteporânea: com uma censura li- ral não são os melhoreis escritores e esses
teraria que reprova a escrita
brasileira em sobrepujam geralmente as barreiras alfan-
nome do prestígio e valor
português classi- degarias da Gramática, que fecha á circu-
co e outra que, a todo momento,
em todo o lação vital. A Gramática é um mapa clássí-
território nacional reprova tudo
que fere o co da língua. Mas propor que olhemos para
habitus nacional de falar,
principalmente o a gramática e não ouçamos a* língua facada
modo de falar do e viva, é sugerir que cultivemos a música
português.
Alega-se, é verdade, olhando para as pautas, em vez de ouvil-a.
para fazer confurão
no caso, que estamos nós Ensina-se preferentemente a decompor, a
divididos em inu-
meraveis dialetos e subdialétos, dissecar, a gramaticar, antes que a compor,
os quais
reunidos aos dialetos e subdialétos nn-mar e crear.
portugue^
ses, constituem o substrato Renato Mendonça, no seu livro "O
português da Por-
literatura portuguesa. Mae
esquecem que não tuguez do Brasil", chega a traçar um
ha brasileiro que não distingua su-
um portu- gestivo e desbravador mapa da geografia
guesa, o que dá á nossa censura um lingüística brasileira,
caráter o glotologo brasilei-
nac:onal em re'ação ao ro
português e só~nen- Jorge Bertolaso Stella nos encaminha
te a êle. *
para a compreensão da língua nativa no
Ante*, pois, seu livro "Vestígios
que a ciência estabeleça o da língua primitiva".
em que reside esse A língua brasilica irrompe no livro de
discernimento, tetnoa Teo-
o dever de o reconhecer doro Sampaio sobre o tupy na
como fato E iss? geografia na-
e tudo na discussão do cional. Afonso Freitas,
problema. Pois ve- também, no seu Vo-
riflada a existência do fato cabulário Nhengatú. fi o que mostra, a seu
de um discer-
nimento expontâneo nacional turno, Ciro de Padua. A língua
da língua da- portuguesa
da a existência de uma censura em irrefreável.
contra o gradação A teoria de que
lusitantemo. dadas as criações o idioma brasileiro é o tupi não vinga, do
literárias
brasileiras e os trabalhe* científicos sobre contrário a nativa de Portugal seria
o ibero
líng-uagem e vocabulários. e na França o celta ou
gaulez.
O debate sobre o tema
está crepitando Alberto Torres, no t?eu livro "Organisa-
Há duas correntes em choque.
çao Nacional", propugna o fato da transfor
Na sua "Filosofia da Linguagem",
Atai- maçao da língua, que se multiplica, em con-
de de Miranda mostra
como a grafolatria sonancia com o destino da vida
lusa atmge gente bôa que é ge-
qual Eduardo Carloe rar e multiplicar-se, como aprendemos
Pereira, que fecha os olhos com
para não regis- Herbert Parentes Fortes.
trar a divergência lingüística
do Brasil em
virtude do nosso complexo
cultural de ínfe-
rioridade e de coragem
mental, que têm im-
ped.do a valoração das comunidades linguis-
tica brasileiras. E o
com Júlio Ribeiro.
que também acontece Letras ~ para o mestre
A língua brasileira corresponde
ao nos-
ro estádio cultural: é mestiça.
Laytano estuda "Os africanismos
Dante de Letras — para o pai
do dialeto
gaúcho". Em Recife se escreve o "Dicio-
nário de Pernambucanismos.
Brasileira de Letras projeta o "Dicionário
A Academia Letras ~ para todos
de Brasileirismos .O léxico, a síntese, a

28 —
S
TRADIÇÃO E PÁTRIA

\ -. conclusão ¦
I

..

cios, nas legendas das escolas, nas can-


çoes patrióticas, em tudo.
Si no Prata há um culto religioso
como o de Lujan, exemplo,
por nas suas
grandiosas procissões a que acorrem
pe-
regrinos de todos os
quadrantes meridio-
nais vaqueiros de Tucuman,

fÚSí res de vinhas de Mendonza


da Patagônia, de madrenhas
honras de conduzir a Virgem,
plantado-
ou pescadores
lavradas, as
no seu an-
dor de rosas e de cirios, cabe,
sempre, ao
grupo de homens que veste o chiripá da
tradição e ostenta sobre a fronte
bronzea-
da, como a dos velhos índios,
a vinc/ia
primitiva.
E ao prestito associa-se a carreta, de
ende a Virgem desceu, um dia, às terras
do pampa velar vida
para pela de seu
povo.
Si nos
préstitos do Carnaval
pagãos
contemplamos
quadros da Divina Come-
dia, motivos do Oriente, Palácios
Os pais, os mestres e os eetudio- da Pér-
sos encontrarão aqui os livros que sia, Castelos Medievais — lá virão, ao
realmente podem e devem interes- final, sobrepujando todas as outras ale-
sá-los:
gorias, os sagrados motivos de la pátria
vieja — o o rancho, a carreta,
BIBLIOTECA gaúcho,
"VIDAEEDUCAÇÃO" notas permanentes na vida daquele
povo
e que o povo recebe com frementes aplau-
sos.
1. Ensaio de Bíotipologia Educacional
Si nos
programas de rádio ouvem-se
por Everardo Backheuser $14
2. Comio se Ensina a Leitura as Sinfonias de Beethoven ou os noturnos
por M. Pennell e A. Cusack, de Chopin, os concertos de Tschaikowsky
ene $20 ou canções populares de todas as Améri-
3. Orientação Educacional
cas — lá estará, indispensável, — como
por Isabel Junqueira Schmidt. . $ 8
4. Manual de Pedagogia Moderna si fosse a observância de um rito íitúrgico
a nota nacional, a música típica
por Everardo Backheuser. .exgot. do país.
5. Psicologia Pedagógica Nos museus, nas escolas, nos cinemas,
-
por J. de la Vaissiére $12 nas ruas, na literatura, na imprensa, no
6. Estrada Real da Inteligência
teatro, na
escultura, na pintura, na música
por François Charmot, S.J... $13
7. Metologia do Ensino Primário em tudo — o gaúcho, o pampa, o ca-
por A. Carbonell y Migal $15 valo, a guitarra e a carreta sobrevivem e
8. Filosofia Pedagógica
sobrevivem porque tudo isso fala da epo-
por Ruy de Aires Belio $20
9. Como se Ensina a Aritmética péia que moldou a Pátria — fez a sua ri-

por Everardo Backheuser .... $14 queza, traçou as linhas fundas de sua his-
tória, alicerçou a sua liberdade e assegu-
Edições da Livraria do Globo *
rou a sua soberania.
Rua dos Andradas, 1416 —í P. Alegre
Na vida da urbes civilizada — e que
20 —


¦
• ^>;-*
¦
corpulento e com seus ca- tólico durante tantos anos.
•'.
t>eios e bigodes sempre des- Declarou certa "Sou
vez-
>?rennados constituía o alvo destes indivíduos que acre-
dos caricaturistas. Discur- ditam na necessidade
de ser
sava com freqüência, em dominado pela inclinação
público, e era um ótimo ora- moral. Não prego a arte pe-
dor nos banquetes.
Ia arte. Não sou capaz de
O assunto predominante escrever ou íalar sobre jar-
nos seus livros é o
panora- dins holandeses ou o jogo de
ma religioso do mundo. xadrez, mas se isto aconte-
Chesterton não foi rcebido cet:se, não tenho dii vidas
na Igreja Católica Apostóli- que tudo que escrevesse a
ca Romana até 1022, mas este respeito possuiria o to-
sua concepção da metaíísi- que colorido da minha on~
ca e moral era tao
profun- cepção do cosmos". De-
damente católica que mu-tos monstrou
de seus le.tores, ao recebe- que o catolicismo,
. longe de ser obscuro
G. K. Chesterton foi en- e obso-
rem a- noticia de seu ato de leto, constituía
saista, romancista, polemista um verda-
contrição .ficaram surpreen- dciro reMgio
de grande projeção. d.0 ,mundo de
Muito d!do,-> de que nao fô.a ca- seUs sofrimentos.
*'*

civilização ! — não deve surpreender a


ninguém, como em Buencs Ayres na Praça
do Congresso, a figura "Pen- CARTAS
em bronze do
sador" de Rodin S Ô R R F
e, mais letige, na Avenida
Entre-Rios — La Cabana e La Estância, 0 MATRIMÔNIO
restaurantes magníficos que guardam, ri-
(No Prelo)
gorosamente, as linhas arquitetônicas e
conservam o bizarro colorido das nossas ""Cartas
sobre o Matrimônio"
velhas fazendas de criação.
é um livro escrito com fortes tin-
No Museu Nacional de Relas Artes, * "não
tas realistas e tem
não causar espanto a sala 24 dos que
poderá
cheiro de padre" como dizAgustin
impressionistas franceses — Pissarro,
B. Elizalde, que o escreveu
Monet, Sisley, Renoir, Cezanne, Manet e o "pôr para
um pouco de luz na tua in-
velho flemengo Van Gogh, como também
teligência, um
não deverá surpreender entre as pouco de valor na
pontes tua vontade e um
pouco de de-
metálicas da Boca o Museu Escola de
cura no teu coração".
Quinquela Martin — um monumento vivo
à cultura, destinado tão somente aos fi-
EDITORA TABAJARA
lhos dos estivadores e daquele
pescadores
And radas, 1201-1.°
velho Porto, museu e escola que procura
Porto Alegre
dignificar e valorizar o trabalhador na-
cional, exaltando, em ricos 100.000
painéis de cô-
res vivas, a força e o vigor des homens exemplares vendi-
dos em 1945 na
que estão a serviço da Pátria.
Argentina!
Entre obras de arte dos maiores nomes
universais, entre as mais famosas biblio-
que se pode ser universal, espírito,
pelo
tecas latinas, teatros celebrizados no mun- sem a necessidade de renunciar à terra,
do. onde se divulgam, como no Cclon, a recebendo do mundo o
que o inundo pode
música, o drama e a tragédia clássica, mandar de melhor mas, impondo
ao mun-
jamais há-de faltar a nota nacional, a va- do, pelos que ali aportam, o
lorização do que é do — e que lhes pa-
país que cons- rece de valor
que a terra produziu.
titúe um pronunciamento da sua cultura
E' — sem dúvida — uma lúcida
com-
ou da sua civilização. Compreenderam
preensão do que é pátria.
— 30 —

¦•
Mocidade e •exo
Contando com a valiosa colaboração de
gran-
Estamos frente a uqn tra- des escritores nacionais como Roberto Sabóia de
balho, que; forçosamente, Medeiros, S. J. Leonel Franca, S. J. e Plínio
deveria avançar êxito. "Edições
'mgéive] Salgado, as Vanguarda" estão
Além do mérito publicando
mensalmente magníficos cadernos de cultura.
da obra, devemos levar em
"Primeiro,
conta o interesse temas Já for.m editados Cristo!" e
por ^Páginas
desta natureza
e que aumen- Escolhidas" de Plínio Segado; estãc no
ta sempre mais. Se quizes-
prelo:
semos provar a veracidade "Propriedade
Privada e Propriedade Coletiva"
de nossa assertiva bastaria "Sentido
de Tristão de e Interno das Fórmulas Sociais Cato-
o testemunho
"IDADE li cas".
Ataíde, que teve
SEXO E TEMPO" editado D. Padre Roberto Sabóio de Medeir;. s, S. J.:
6 vezes. "Catolicismo
e Totalitarismo", do Pe. Leonel
Este fato é, em si mesmo, i;A "Ausência
Franca. S. J. e Batalha" e de Cristo"
expressivo. Fala com elo-
quência do quanto de fase- de Plínio Salgado.
nação ex ste no 'Edições
problema Para receber mensalmente as Van-
sexuaí.
guarda", bista remeter o coupon abaixo à
O dr. Irineu Vasconcellos
Rua dos Andradas, 1201-1.° andar Porto
é um profundo analista des
tas questões, por êle debati- Alegre.
das, proíiciênc'a eacn-
com
"MOCIDADE Nome
dade, tm E
SEXO". Num gesto de in-
Endereço
discutivelsinceridade e des-
sassombro veio o ilustre mé-
pede uma assinatura de 10 números das
dico primeiro em nosso Bra-
"E
sil, proclamar os resultados D / Õ E S V A N G U A R D A",
Ç
de biias pesquisas de natu-
reza sexual, expondo-se, des- para o que remete Cr$ 18,00.
tarte, aos mais per gosos
ataques dos céticos dos ne-
conside- MEM! ventude aceitar
princí- os
gativistas, dos que
iam a castidade ante«s do p:os e ensinamentos cont-
Poder-se-ia que o dizer
— dos neste livro admirável,
matrimomo como inde- número considerável de cita-
teremos dada um passo deci-
fensável. ções, aliás dos imais auto-
gívo para o aprimoramento
Vaiendo-se de exper encias rizados higienistas prejudi-
físico e moral de nossa gen-
e observações colhidas aqui, ca, até certo ponto, a homo-
te. Desta forma, não assis-
tanto como no Estrangeiro, geneidade da obra. A nos-
tiremos ao espetáculo des-
o dr. Irineu Vasconcellos so ver, porém as citações "dos
concertante doente.?,
fez um precioso livro. O au- não chegam a diminuir o va-
portadores da,s mas terri-
tor não teve em mira im- lor do trabalho percuciente,
v^eis entidades, nosológicas
pressionar; êle sabe que o que êle planejou e levou a
que, vivendo um grande dia
verbo é um meio, não um cabo com felicidade.
tanta
"MOCIDADE de ilusão, se aprestam para
fim. Por isso, Não. Reforçando os resul-
ser espô»sos e, mais do que
E SEXO" ectâ concebido em tado.3 por si próprio,
obtidos
isso, receber no altar a mis-
proporções duma simplicida- com observações e conselhos
são sublime de perpetuar o
de a toda prova. de outros mestres na ma-
gênero humano".
O que o autor quiz — e teria, o dr. Irineu Vascon-
isto foi alcançado com so- celios deu, uma resposta
Então a frase contristado-
bra — foi demonstrar que a mais convincente aos ad- ra de Miguel Pereira não
castidade antes do casamen- versários da nobre cau«?a mais
terá ressonância, entre
to é, não só possivel, como que objetivou a publicação nós; não teremo.3 dentro
"MOCIDADE E SEXO", já
absolutamente indispensável de de nossos limites geográfi-
por constituir UM DEVER hoje na oitava edição e es- cos — um vasto hospital. . .
SAGRADO a todo aquele palhado pelo Brasil inteiro.
que i~e orguiha de ser HO- No dia em que nossa ju- Walthei Dutra

— 31

*
-

.
-V.^*
iiL ni*- íOtr nrflráihii . . ...
Porto Alegre continua contando com Re-
Radio em Porto Alegre nato Viana no Teatro Anchieta. A Eecola
Dramática é um ninho em que se chocam
PIRATINI: Como o filho ovos de amadores, que logo batem azas pa-
pródigo que
volta à casa paterna, também Piratíni vol- ra outros galhos. Renato Viana, que desço-
tou à Difusora para comandar "A hora do briu Amélia de Oliveira, artista que nunca
bicho". mais voltou á nossa cidade e Ernani For-
nari, ê um animador e construtor destemido
Desta feita, após sua viagem p^ Rio e e de constância rara.
São Paulo, reencetou suas atividades ao
microfone da "mais Nesta temporada, teremos mais novida-
popular" apresentando
«eu programa, dentro da nova feição des graças ao ilustre teatrologo.
atualisada, segundo dados colhidos em sua
viagem feita justamente para este fim. ProcopioFerreira, fez uma temporada
no Cinema Imperial de êxito, graças à pri-
TERESINHA TOTA LEAL: "A sam- vação em que nos vemos e relativa ao tea-
>•>
bista aristocrática", com suas audições na tro emprezado. Um repertório médio, cem
PRH_2, chamou a atenção de important* peças boas, já vistas e algumas novas regu-
firma carioca, e por intermédio de sem lares, eis o que foi a temporada do mais
representantes nesta capital, dirigiu à inte- popular e querido ator cômico do Brasil,
ressante intérprete da música popular bra- atual.
sileira a proposta para uma temporada na
Rádio Tamoyo do Rio. Alda Garrido, ao lado, no Cine Rio,
pas-
sou da revista para a comédia. Com isso, a
veterana artista traz os seus processos e es-
ROBERTO LIS: Também como Piratí-
ni, viajou para Rio e São Paulo, voltando pirito de revista, ambientando-se num pia-
no cômico rudimentar, com tempero api-
segundo dbtem, com-nov-a* e grandes idéias
mentado e beirando os limites da licença.
que porá em prática com a apresentação
doa programas de radio-teatro na Difueora.
"Os Fala-se que em breve um
O oreador do programa Serões d.e D. grupo de ama-
dores arrojados vão animar um original
Generosa" demonstrando o seu alto grau
teatro de câmara, a ser denominado: "Os
radiautoral, destingue ce nos dois extremos.
Comediantes de Câmara".
como seja na comicidade e no gênero sen-
timental, e melhor do que estas linha* po- Oprof. Ernani Corrêa, nos falou num
"Sinfonia
dera falar o ouvinte que escutou projeto em elaboração para o Teatro Muni-
de Outono", trabalho de saia autoria que cipal de Porto Alegre, a ser situado no an-
recebeu a partitura musical, inédita, ?scri- tigo local do Quartel do 7.° Batalhão, no
ta pelo maestro Romeu Fossati,
Pos* diretor mu- largo da Praça Argentina. Construção
para
sical da PRF-9. duas mil pessoas, com técnica bem moderna.

Uma de nossa« Toc-edades bailantes lo-


Teatro em Porto Alegre cais está construindo na sua nova sede,
um pequeno teatro com paico o
giratório,
O tão apedrejado teatro nacional vai que é uma novidade absoluta no Rio Grande
3 do Sul, só Santa Catarina, no Sul,
bem, obrigado. Dulcina de Morais, com já con-
não consegue arredar pé tando com tal progresso.
. sua organisação
J do Rio de Janeiro, onde suas temporadas
A Temporada L»irica está por ser inau-
apresentam um repertório de primeira or-
gurada. Um programa esmerado, um elen-
,dem. Os clássicos e os contemporrâneou
•^internacionais de maior renorme são ence- co seleto, sob a regência de Pablo KonTos,
eis em resumo os elementos de mais esse
mados. Os autores nacionais tem também
empreendimento do Orfeão Rio Grandense.
isua guarida. Agora teremos Genolino Ama-
|do, escritor bem brasile.ro. Três movimentos de bailado se projetam
Bibf Ferreira, a filha de Procopio, eetá
para este ano. O3 bailados espanhóis, já
**¦/*
Jmourejando realmente. Programas capri-
apresentados, com sucesso, Os bailados rus-
assistência de bons técnicos e se-
jjohados, sos para a primavera e Os Ba.lados de Ju-
Iriedade.
ventude, do Rio de Janeiro.

Os Com. \ antes prosseguem no seu iti- O Teatro de 'mereça retornará à nossa


r vjjjnerário, lampejando sua flâmula seguida metrópole, fi o que anuncia a grande im-
^
fmente pelo Rio e São Paulo. prensa.

- ae -
Sm. Sdümedí
MOCIDADE
E A 1H O R Entreguem a distribuição de sua
Marcel-Marie Deamarais Publicidade
S. J.
para o Rio Grande do
Daniel A. Lorl, S. J. Sul á AGENCIA SUL

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nome nas letras canadenses e todos os jornais e revistas do
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