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DELEUZE, G. Diferença e repetição (mayllon.lyggon@gmail.

com)

- Seu destaque ou posição 1900-1901 | Adicionado: quinta-feira, 20 de julho de 2017 22:05:34

O hábito transvasa à repetição algo de novo: a diferença (inicialmente posta como


generalidade). Em sua essência, o hábito é contração.

A linguagem testemunha isto quando fala em "contrair" um hábito e só emprega o verbo


contrair com um complemento capaz de constituir um habitus. Objeta-se que, no caso do
coração, não se tem mais hábito quando ele se contrai do que quando ele se dilata. Mas a
objeção confunde dois gêneros de contração totalmente diferentes: a contração pode designar
um dos dois elementos ativos, um dos dois tempos opostos numa série do tipo tic-tac...,
sendo, o outro elemento, a descontração ou a dilatação.

Quando dizemos que o hábito é contração, não falamos, pois, da ação instantânea que se
compõe com outra para formar um elemento de repetição, mas da fusão desta repetição no
espírito que contempla.

É contraindo que somos hábitos, mas é pela contemplação que contraímos.

Somos contemplações, somos imaginações, somos generalidades, somos pretensões, somos


satisfações.

Contemplar é transvasar.

Não nos contemplamos, mas só existimos contemplando, isto é, contraindo aquilo de que
procedemos.

Ninguém melhor que Samuel Butler mostrou que não havia outra continuidade a não ser a do
hábito e que não tínhamos outras continuidades a não ser aquelas dos nossos mil hábitos
componentes, formando em nós outros tantos eus supersticiosos e contemplativos, outros
tantos pretendentes e satisfações:

É fácil multiplicar as razões que tornam o hábito independente da repetição: agir nunca é
repetir, nem na ação que se prepara nem na ação totalmente preparada. Vimos como a ação
tinha, antes, o particular como variável e a generalidade como elemento. Mas, se é verdade
que a generalidade é coisa totalmente distinta da repetição, ela remete, todavia, à repetição
como à base
Sob o eu que age há pequenos eus que contemplam e que tornam possíveis a ação e o sujeito
ativo.

Não dizemos "eu" a não ser por estas mil testemunhas que contemplam em nós; é sempre um
terceiro que diz eu.

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DELEUZE, G. Diferença e repetição (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 1946-1947 | Adicionado: quinta-feira, 20 de julho de 2017 22:16:07

Transvasar à repetição algo novo, transvasar-lhe a diferença, é este o papel da imaginação ou


do espírito que contempla em seus estados múltiplos e fragmentados.

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DELEUZE, G. Diferença e repetição (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 1949-1950 | Adicionado: quinta-feira, 20 de julho de 2017 22:16:31

A repetição imaginária não é uma falsa repetição que viria suprir a ausência da verdadeira; a
verdadeira repetição é a da imaginação

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- Seu destaque ou posição 1950-1951 | Adicionado: quinta-feira, 20 de julho de 2017 22:16:42

Entre uma repetição que não pára de se desfazer em si e uma repetição que se desdobra e se
conserva para nós no espaço da representação, houve a diferença, que é o para-si da
repetição, o imaginário.

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- Seu destaque ou posição 1950-1952 | Adicionado: quinta-feira, 20 de julho de 2017 22:17:06

Entre uma repetição que não pára de se desfazer em si e uma repetição que se desdobra e se
conserva para nós no espaço da representação, houve a diferença, que é o para-si da
repetição, o imaginário. A diferença habita a repetição.

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- Seu destaque ou posição 1952-1954 | Adicionado: quinta-feira, 20 de julho de 2017 22:17:41

da repetição instantânea, que se desfaz em si, à repetição ativamente representada por


intermédio da síntese passiva. De outra parte, em profundidade, a diferença nos faz passar de
uma ordem de repetição a outra e de uma generalidade a outra nas próprias sínteses passivas.

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- Seu destaque ou posição 1952-1954 | Adicionado: quinta-feira, 20 de julho de 2017 22:17:49

a diferença nos faz passar de uma ordem a outra da repetição: da repetição instantânea, que
se desfaz em si, à repetição ativamente representada por intermédio da síntese passiva. De
outra parte, em profundidade, a diferença nos faz passar de uma ordem de repetição a outra e
de uma generalidade a outra nas próprias sínteses passivas.

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DELEUZE, G. Diferença e repetição (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 1958-1963 | Adicionado: quinta-feira, 20 de julho de 2017 22:18:42

A diferença está entre duas repetições. Não quer isto dizer, inversamente, que a repetição
também está entre duas diferenças, que ela nos faz passar de uma ordem de diferença a
outra? Gabriel Tarde assinalava assim o desenvolvimento dialético: a repetição como
passagem de um estado das diferenças gerais à diferença singular, das diferenças exteriores à
diferença interna - em suma, a repetição como o diferenciante da diferença40. A síntese do
tempo constitui o presente no tempo. Não que o presente seja uma dimensão do tempo. Só o
presente existe. A síntese constitui o tempo como presente vivo e constitui o passado e o
futuro como dimensões deste presente.

Todavia, esta síntese é intratemporal, o que significa que este presente passa.

Pode-se, sem dúvida, conceber um perpétuo presente, um presente co-extensivo ao tempo;


basta fazer com que

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DELEUZE, G. Diferença e repetição (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 1963-1963 | Adicionado: quinta-feira, 20 de julho de 2017 22:22:26

Todavia, esta síntese é intratemporal, o que significa que este presente passa.

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- Seu destaque ou posição 1977-1978 | Adicionado: quinta-feira, 20 de julho de 2017 22:26:57

A partir de nossas contemplações, definem-se todos os nossos ritmos, nossas reservas, nossos
tempos de reações, os mil entrelaçamentos, os presentes e as fadigas que nos compõem.

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DELEUZE, G. Diferença e repetição (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 1997-2000 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 01:55:17

a repetição está entre duas diferenças e nos faz passar de uma ordem a outra da diferença: da
diferença externa à diferença interna, da diferença elementar à diferença transcendente, da
diferença infinitesimal à diferença pessoal e monadológica. Portanto, a repetição é o processo
pelo qual a diferença não aumenta nem diminui, mas "vai diferindo" e "se dá como objetivo
ela mesma" (cf.

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DELEUZE, G. Diferença e repetição (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 1997-2000 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 01:55:42

a repetição está entre duas diferenças e nos faz passar de uma ordem a outra da diferença: da
diferença externa à diferença interna, da diferença elementar à diferença transcendente, da
diferença infinitesimal à diferença pessoal e monadológica. Portanto, a repetição é o processo
pelo qual a diferença não aumenta nem diminui, mas "vai diferindo" e "se dá como objetivo
ela mesma"

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DELEUZE, G. Diferença e repetição (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 2024-2026 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:38:23

Estes mil hábitos que nos compõem symbol 190 \f "Symbol" \s 12 estas contrações, estas
contemplações, estas pretensões, estas presunções, estas satisfações, estas fadigas, estes
presentes variáveis - formam, pois, o domínio de base das sínteses passivas.

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DELEUZE, G. Diferença e repetição (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 2026-2027 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:38:29


O Eu passivo não se define simplesmente pela receptividade, isto é, pela capacidade de ter
sensações, mas pela contemplação contraente que constitui o próprio organismo antes de
constituir-lhe as sensações.

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DELEUZE, G. Diferença e repetição (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 2029-2031 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:39:00

Há eu desde que se estabeleça em alguma parte uma contemplação furtiva, desde que
funcione em alguma parte uma máquina de contrair, capaz, durante um momento, de
transvasar uma diferença à repetição.

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DELEUZE, G. Diferença e repetição (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 2031-2032 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:39:13

O eu não tem modificações; ele próprio é modificação, sendo que este termo designa,
precisamente, a diferença transvasada.

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DELEUZE, G. Diferença e repetição (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 2032-2032 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:39:33

só se é o que se tem ; é por um ter que o ser aqui se forma ou que o eu passivo é.

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DELEUZE, G. Diferença e repetição (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 2041-2042 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:41:21

O tempo não sai do presente, mas o presente não pára de mover-se por saltos que se
imbricam uns nos outros. É este o paradoxo do presente: constituir o tempo, mas passar neste
tempo constituído.

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DELEUZE, G. Diferença e repetição (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 2044-2045 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:42:06

A primeira síntese, a do hábito, é verdadeiramente a fundação do tempo; mas devemos


distinguir a fundação e o fundamento.
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DELEUZE, G. Diferença e repetição (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 2045-2047 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:42:18

A fundação concentre ao solo e mostra como algo se estabelece sobre este solo, ocupa-o e o
possui; mas o fundamento vem sobretudo do céu, vai do ápice às fundações, avalia o solo e o
possuidor de acordo com um título de propriedade.

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DELEUZE, G. Diferença e repetição (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 2047-2047 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:42:27

O hábito é a fundação do tempo, o solo movente ocupado pelo presente que passa.

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DELEUZE, G. Diferença e repetição (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 2052-2053 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:43:35

O Hábito é a síntese originária do tempo que constitui a vida do presente que passa; a
Memória é a síntese fundamental do tempo que constitui o ser do passado (o que faz passar o
presente).

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 52-53 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:49:47

ao invés de uma linha de tempo, tem-se um emaranhado de tempo, em vez de fluxo, uma
massa; em lugar de rio, um labirinto; não mais um círculo, porém um turbilhão em espiral;

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 57-61 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:50:33

Esse movimento difuso, anti-linear, rizomático, se dá devido a existência de outra modalidade


de temporalidade, chamada por Bergson de duração, que faz com que o tempo fuja da
linearidade e da circularidade e avance por outras trajetórias (Deleuze, 1966/1999). A duração
se aproxima do tempo subjetivo, ao invés do “tempo objetivo” (Cronos – cronológico). É o
tempo das vivências, das intensidades, dos devires, é o tempo que não está sob a égide de
Cronos e sim de Aion.
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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 61-64 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:51:12

Segundo Aion, apenas o passado e o futuro insistem ou subsistem no tempo. Em lugar de um


presente que absorve o passado e o futuro, um futuro e um passado que dividem a cada
instante o presente, que o subdividem ao infinito em passado e futuro, nos dois sentidos ao
mesmo tempo. Ou antes, é o instante sem espessura e sem extensão que subdivide cada
presente em passado e futuro, em lugar de presentes vastos e espessos que com preendem,
uns em relação aos outros, o futuro e o passado (Deleuze, 1969/2003, p. 169).

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 75-76 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:52:34

Nesta perspectiva entende-se seu funcionamento como fluxos, movimentos, ao invés de


estratos e de algo estático.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 73-73 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:52:43

o hábito, a memória e a repetição enquanto eterno retorno.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 80-81 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:53:23

Para o filósofo o dado pode ser entendido como o “fluxo do sensível, uma coleção de
impressões e de imagens, um conjunto de percepções, (...) o movimento, a mudança, sem
identidade nem lei” (Deleuze, 1953/2001, p. 95).

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 83-84 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:55:17

o conhecimento provém do dado e não da experiência do cogito;

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 84-85 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:55:32

as relações que estruturam a experiência não derivam da natureza das coisas, mas sim de suas
articulações.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 87-89 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:56:10

o sujeito não é nem senhor, nem objeto passivo do campo experiencial, mas sim em que é
produzido pelas condições a priori e pelas afecções, que ao atuar por princípios de associação,
produz um sistema, uma regra geral de associações dentro da imaginação, chamada de hábito.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 98-100 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:57:30

No hábito opera-se uma força de contração do presente, uma ligação entre as imagens
captadas, que é uma apreensão pré-reflexiva do dado, sendo assim um dispositivo subjetivo de
síntese do tempo; o hábito é considerado essencialmente contração do dado e está ligado ao
presente.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 100-101 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:57:44

Portanto, o hábito é um modo de afecção que aparece como regra geral de associação no
interior da imaginação, como disposição que opera uma contração, uma espécie de síntese,
sobre o dado.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 101-101 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:58:08

Então é a partir do hábito que há a formação do sujeito.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)


- Seu destaque ou posição 102-107 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:58:30

o hábito não aparece como algo exercido por um sujeito, mas sim como algo que em sua
repetição permite a produção desse Eu. O sujeito não é o responsável pela reprodução do
hábito, pois a repetição de atos e operações do hábito não é operacionalizada pelas faculdades
do entendimento e “o hábito não tem necessidade da memória” (Deleuze, 1953/2001, p. 106).
O hábito então aparece como a primeira síntese do tempo (mas uma síntese passiva) e como
elemento constituinte do Eu, em que se constitui o sujeito porque o hábito aparece como
“princípio ativo que fixa e desdobra as sínteses passivas da associação” (Prado Jr, 2000, p. 44).
É tamanha a importância do hábito na

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 102-103 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:58:39

o hábito não aparece como algo exercido por um sujeito, mas sim como algo que em sua
repetição permite a produção desse Eu.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 102-103 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:58:41

o hábito não aparece como algo exercido por um sujeito, mas sim como algo que em sua
repetição permite a produção desse Eu.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 102-103 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:58:46

o hábito não aparece como algo exercido por um sujeito, mas sim como algo que em sua
repetição permite a produção desse Eu.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 103-105 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 09:59:16

O sujeito não é o responsável pela reprodução do hábito, pois a repetição de atos e operações
do hábito não é operacionalizada pelas faculdades do entendimento e “o hábito não tem
necessidade da memória” (Deleuze, 1953/2001, p. 106).
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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 107-108 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 10:00:00

“Somos hábitos, nada más que hábitos, el hábito de decir yo... Acaso no haya habido una
respuesta más sorprendente para el problema del yo” (Deleuze, 2007, p. 330).

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 110-111 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 10:00:08

passado e futuro estão contidos nesse presente vivo do hábito, do sujeito e da experiência.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 129-131 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 10:04:03

É o agenciamento entre sujeito e mundo, entre sujeito e campo experiencial, agenciamento


fluxo do sensível-sujeito formado, em que o sujeito não pode ser pensado separado do seu
“mundo exterior”, que no caso não é tão exterior, pois o forma e faz parte de si.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 129-131 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 10:04:10

campo transcendental “não é”, funciona, maquina, mais verbo no infinitivo do que adjetivo. É
o agenciamento entre sujeito e mundo, entre sujeito e campo experiencial, agenciamento
fluxo do sensível-sujeito formado, em que o sujeito não pode ser pensado separado do seu
“mundo exterior”, que no caso não é tão exterior, pois o forma e faz parte de si.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 129-131 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 10:04:13

campo transcendental “não é”, funciona, maquina, mais verbo no infinitivo do que adjetivo. É
o agenciamento entre sujeito e mundo, entre sujeito e campo experiencial, agenciamento
fluxo do sensível-sujeito formado, em que o sujeito não pode ser pensado separado do seu
“mundo exterior”, que no caso não é tão exterior, pois o forma e faz parte de si.
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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 134-135 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 10:04:48

O sujeito nessa primeira síntese torna-se assim agenciamento, maquinação e articulação com
o mundo, produção do hábito, enfim, acontecimento.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 136-139 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 10:05:13

Em síntese, ao discutir a constituição do sujeito, Deleuze (1953/2001) opera uma reflexão que
versa sobre sua relação com o mundo e os objetos, culminando na constituição do que
denomina de “campo transcendental”, em que sujeito e campo formam uma inter-relação, um
agenciamento, no qual os fluxos de afecções do mundo constituem a subjetividade. O sujeito,
dotado de agência, também agirá no mundo, constituindo outros acontecimentos e
agenciamentos.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 141-143 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 10:06:00

Na formação de um campo transcendental pela força do hábito, na primeira síntese do tempo,


há a operação de formação de uma dobra (Deleuze, 1988/1991) no fluxo do sensível, dobras
no fluxo do hábito, que constitui um movimento de invaginação no campo e o posterior
processo de subjetivação.

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Mar Me Quer (Mia Couto)

- Seu destaque ou posição 387-388 | Adicionado: sábado, 22 de julho de 2017 11:04:54

Nessa tarde, eu me varandeava, olhando o oceano. Não é que eu olhasse aquele todo azul. O
mar levava era os meus sonhos a passear. E eu ficava cego para lembranças,

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 150-151 | Adicionado: domingo, 23 de julho de 2017 08:29:57


O passado não segue o presente e o presente não precisa se efetuar para que se constitua um
passado, pois ambos se atualizam ao mesmo tempo.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 151-153 | Adicionado: domingo, 23 de julho de 2017 08:30:20

A duração se define pela coexistência, virtual, de tempos heterogêneos, ao invés da sucessão


de eventos, ou seja, há a coexistência de múltiplos planos temporais distintos.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 165-165 | Adicionado: domingo, 23 de julho de 2017 08:32:13

O filósofo considera que a duração também é memória, é vida, então a memória comporta-se
da mesma forma que a duração.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 181-184 | Adicionado: domingo, 23 de julho de 2017 08:35:57

Dessa forma, compreende-se que a memória enquanto duração é: movimento, alteração,


simultaneidade de fluxos, atualização da diferença, multiplicidade contínua que não pára de se
dividir, dobrar-se e atualizar-se, coexistência virtual de todos os graus no mesmo tempo,
virtualidade coexistindo com o atual, ou seja, é o ser do devir, a temporalidade de Aion.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 186-186 | Adicionado: domingo, 23 de julho de 2017 08:36:18

a experiência dos atores sociais, dando às suas histórias sua conectividade e dinamicidade.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 186-186 | Adicionado: domingo, 23 de julho de 2017 08:36:23

a memória constitui e estrutura a experiência dos atores sociais, dando às suas histórias sua
conectividade e dinamicidade.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 233-235 | Adicionado: domingo, 23 de julho de 2017 08:42:54

Nas suas sínteses do tempo tudo é repetição, no caso do hábito, repetição de instantes e
elementos associados e no caso da memória, repetição de um todo de planos de
temporalidades virtuais coexistentes.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 237-238 | Adicionado: domingo, 23 de julho de 2017 08:43:34

O que repete sempre é a diferença, a emergência de uma novidade, uma diferença que é a
afirmação da positividade e não da negatividade; a repetição é uma transgressão do que está
aí.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 242-243 | Adicionado: domingo, 23 de julho de 2017 08:44:14

Então o filósofo entende que o que repete não é a cópia, o idêntico, o mesmo, e sim o novo, o
positivo, a diferença, ou no que resgatou na figura platônica do simulacro.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 246-249 | Adicionado: domingo, 23 de julho de 2017 08:45:01

é necessário distinguir o simulacro de uma cópia degradada e entendê-lo como “uma potência
positiva que nega tanto o original, como a cópia, tanto o modelo como a reprodução”
(Deleuze, 1969/2003, p. 267). O simulacro é compreendido como positividade afirmada da
diferença, anomalia, dispositivo que atualiza a multiplicidade e a novidade através da
repetição; ou seja, aparece como disposição diferencial produzida pela operação da repetição
e é o dispositivo que torna possível a articulação entre diferença e repetição.

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 263-264 | Adicionado: domingo, 23 de julho de 2017 08:49:12

O eterno retorno é a produção do absolutamente diferente, rompendo com o modelo circular,

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HUR, D. Memória e tempo em Deleuze (mayllon.lyggon@gmail.com)

- Seu destaque ou posição 273-276 | Adicionado: domingo, 23 de julho de 2017 08:51:05

Esta memória é: Faculdade de prometer, engajamento do futuro, lembrança do próprio futuro.


Lembrarse da promessa feita não é lembrar-se de que foi feita em tal momento passado, mas
de que se deve mantê-la em tal momento futuro. Eis aí precisamente o objetivo seletivo da
cultura: formar um homem capaz de prometer, portanto dispor do futuro, um homem livre e
poderoso. Só um homem assim é ativo; ele aciona suas reações, nele tudo é ativo ou acionado
(Deleuze, 1962/1976, p. 111).

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- Seu destaque ou posição 276-279 | Adicionado: domingo, 23 de julho de 2017 08:51:38

a terceira síntese do tempo abre uma brecha, uma rachadura, uma fissura para o futuro, em
que vai além das outras duas sínteses do tempo, o hábito e a memória-tempo, e instaura uma
abertura para a indeterminação, o acaso e o acontecimento. O eterno retorno é a potência de
afirmar, do novo, do descentramento, da divergência, do caos e do futuro; ou seja, é a
afirmação de um futuro incondicionado a se produzir e a se criar.

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- Seu destaque ou posição 291-292 | Adicionado: domingo, 23 de julho de 2017 08:53:03

das três sínteses do tempo temos elementos para pensar a experiência do sujeito num campo
experiencial formado originariamente pelo hábito e a memória enquanto multiplicidade e
como geradora de futuro.

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- Seu destaque ou posição 293-296 | Adicionado: domingo, 23 de julho de 2017 08:53:28

um trânsito, um deslocamento, uma transversalidade de distintos planos e dobras de


temporalidade, coexistentes, que conformam a memória muito mais como um espaço de
abertura e construção, do que algo já feito, determinado, realizado e fechado: a memória é
algo a se construir através da múltipla conexão entre os planos distintos e não é algo
delimitado que apenas deve ser acessado ou restituído.

Aí está o primeiro paradoxo: o da contemporaneidade do passado com o presente que ele foi.
Ele nos dá a razão do presente que passa. É porque o passado é contemporâneo de si como
presente que todo presente passa, e passa em proveito de um novo presente. Um

Ele nos dá a razão do presente que passa. É porque o passado é contemporâneo de si como
presente que todo presente passa, e passa em proveito de um novo presente. Um segundo
paradoxo deriva daí, o paradoxo da coexistência, pois se cada passado é contemporâneo do
presente que ele foi, todo o passado coexiste com o novo presente em relação ao qual ele é
agora passado. O passado não está "neste" segundo presente como não está "após" o
primeiro.

quando dizemos que ele é contemporâneo do presente que ele foi, falamos necessariamente
de um passado que nunca foi presente, pois ele não se forma "após".

presente que só advém contraindo-o. O paradoxo da preexistência, portanto, completa os dois


outros: cada passado é contemporâneo do presente que ele foi, todo o passado coexiste com
o presente em relação ao qual ele é passado, mas o elemento puro do passado em geral
preexiste ao presente que passa42.

O paradoxo da preexistência, portanto, completa os dois outros: cada passado é


contemporâneo do presente que ele foi, todo o passado coexiste com o presente em relação
ao qual ele é passado, mas o elemento puro do passado em geral preexiste ao presente que
passa42.

Há, portanto, um elemento substancial do tempo (Passado que jamais foi presente)
desempenhando o papel de fundamento. Ele próprio não é representado. O que é
representado é sempre o presente, como antigo ou atual.

O primado da identidade, seja qual for a maneira pela qual esta é concebida, define o mundo
da representação.

Mas o pensamento moderno nasce da falência da representação, assim como da perda das
identidades, e da descoberta de todas as forças que agem sob a representação do idêntico.

Todas as identidades são apenas simuladas, produzidas como um "efeito" óptico por um jogo
mais profundo, que é o da diferença e da repetição.

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