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Organizadores:
Atílio G. B. Barbosa
Sandriani Darine Caldeira
Débora de Alencar Soranso
Fernanda Antunes Oliveira
Victor Ales Rodrigues
ISBN 978-85-7925-390-4
2013
Proibida a reprodução total ou parcial.
Os infratores serão processados na forma da legislação vigente.
Direitos exclusivos para a língua portuguesa licenciados
à Medcel Editora e Eventos Ltda.
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STA. CASA
*De acordo com o curso.
2. O recém-formado ........................................................................................................................ 8
4. Acesso Direto
1. Acupuntura ......................................................................................................................................... 11
2. Anestesiologia .................................................................................................................................... 13
3. Cirurgia Geral ..................................................................................................................................... 15
4. Clínica Médica .................................................................................................................................... 17
5. Dermatologia ..................................................................................................................................... 19
6. Genética Médica ................................................................................................................................ 21
7. Ginecologia e Obstetrícia ................................................................................................................... 23
8. Homeopatia ....................................................................................................................................... 25
9. Infectologia ....................................................................................................................................... 27
10. Medicina de Família e Comunidade ................................................................................................. 29
11. Medicina do Esporte ......................................................................................................................... 31
12. Medicina do Tráfego ......................................................................................................................... 33
13. Medicina do Trabalho ........................................................................................................................ 35
14. Medicina Física e Reabilitação .......................................................................................................... 37
15. Medicina Legal .................................................................................................................................. 39
16. Medicina Nuclear ............................................................................................................................. 41
17. Medicina Preventiva e Social ............................................................................................................ 43
18. Neurocirurgia .................................................................................................................................... 45
19. Neurologia ........................................................................................................................................ 47
20. Oftalmologia ..................................................................................................................................... 49
21. Ortopedia e Traumatologia ............................................................................................................... 51
22. Otorrinolaringologia ......................................................................................................................... 53
23. Patologia e Patologia Clínica ............................................................................................................. 55
24. Pediatria ........................................................................................................................................... 57
25. Psiquiatria ......................................................................................................................................... 59
26. Radiologia e Diagnóstico por Imagem .............................................................................................. 61
27. Radioterapia ..................................................................................................................................... 63
5. Clínica Médica
28. Alergia e Imunologia ......................................................................................................................... 65
29. Cardiologia ........................................................................................................................................ 67
30. Endocrinologia .................................................................................................................................. 69
31. Gastroenterologia ............................................................................................................................. 71
32. Geriatria ............................................................................................................................................ 73
33. Hematologia e Hemoterapia ............................................................................................................ 75
34. Medicina Intensiva ........................................................................................................................... 77
35. Nefrologia ......................................................................................................................................... 79
36. Nutrologia ......................................................................................................................................... 81
37. Oncologia Clínica .............................................................................................................................. 83
38. Pneumologia ..................................................................................................................................... 85
39. Reumatologia .................................................................................................................................... 87
6. Clínica Cirúrgica
40. Angiologia e Cirurgias Vascular e Endovascular ................................................................................ 89
41. Cirurgia Cardiovascular ..................................................................................................................... 91
42. Cirurgia de Cabeça e Pescoço ........................................................................................................... 93
43. Cirurgia do Aparelho Digestivo ......................................................................................................... 95
44. Cirurgia do Trauma ........................................................................................................................... 97
45. Cirurgia Oncológica ........................................................................................................................... 99
46. Cirurgia Pediátrica .......................................................................................................................... 101
47. Cirurgia Plástica .............................................................................................................................. 103
48. Cirurgia Torácica ............................................................................................................................. 105
49. Coloproctologia .............................................................................................................................. 107
50. Urologia .......................................................................................................................................... 109
51. Videolaparoscopia .......................................................................................................................... 111
A ARTE DA MEDICINA
A medicina tem como uma de suas raízes mais conhecidas a desenvolvida por Hipócrates,
considerado o “pai da medicina”. Ele viveu na Grécia Antiga e lá desenvolveu inúmeras teorias e teve
vários discípulos sob seus ensinamentos. Foram eles uns dos pioneiros na arte de entender os sintomas
causados pelas patologias.
A partir daí e à medida que os séculos passavam, cada vez mais surgiam questionamentos
sobre as práticas médicas e o quão necessárias se faziam perante a população. Na Idade Média, era
comum o médico procurar curar praticamente todas as doenças utilizando o recurso da sangria, feito,
principalmente, com a utilização de sanguessugas. Porém, nesse período, os conhecimentos avançaram
pouco, pois havia uma forte influência da Igreja Católica, que condenava as pesquisas científicas e as
considerava práticas demoníacas.
No período do Renascimento Cultural, nos séculos XV e XVI, houve um grande avanço da medicina.
Movidos por uma grande vontade de descobrir o funcionamento do corpo humano, médicos buscaram
explicar as doenças por meio de estudos científicos e testes de laboratório. Posteriormente, descobriu-se
o funcionamento do sistema circulatório, e mais ensinamentos foram construídos baseados na anatomia
e na fisiologia.
No século XIX, todo o conhecimento ficou mais apurado após a invenção do microscópio
acromático. Com essa invenção, Louis Pasteur conseguiu um enorme avanço ao descobrir que as
bactérias são as responsáveis pela causa de grande parte das doenças.
Atualmente, temos uma medicina moderna e em constante renovação por meio das pesquisas,
nada comparável a todos esses séculos de acúmulo de conhecimento. É uma medicina que proporciona
maiores técnicas de diagnóstico, medicamentos mais potentes e capazes de melhor combater inúmeras
doenças. Os procedimentos cirúrgicos contam com instrumentos mais delicados e técnicas cirúrgicas
menos invasivas que propiciam melhoras mais rápidas no pós-operatório.
É um ciência mutável e que vai se construindo a cada descoberta realizada. É por meio de estudos
de décadas e na prática médica diária que a medicina se renova e quebra tabus. Mas, mesmo com as
diversas melhorias, muito ainda há de ser descoberto ou reestruturado. São as infinitas doenças que
acometem o homem que ainda precisam de tratamento ou mesmo de diagnóstico. Por isso, muito se
fez, mas muito ainda se fará por uma ciência tão nobre e enriquecedora que é a arte de curar, a medicina.
7
O RECÉM-FORMADO
A medicina é uma profissão construída após 6 anos de estudo integral, passando por suas cadeiras
básicas, avançadas e pelo internato. São muitos anos de dedicação e de abdicação, mas sempre em
busca do propósito de ser um estudioso da arte médica, entender a base das doenças e, a partir disso,
poder desenvolver técnicas de diagnóstico e tratamento, seja ele curativo ou paliativo.
Após esse embasamento, o recém-formado, e agora um jovem médico, deve escolher e se dedicar
a um estudo de uma das várias subdivisões da medicina, seja ela a Clínica Médica, a Cirurgia Geral, a
Ginecologia e muitas outras. Essa especialidade será alcançada por meio de um estudo na Residência
Médica, que terá duração de acordo com o programa escolhido.
É durante a Residência Médica que o jovem médico se tornará apto a exercer plenamente uma
área com mais dedicação e com ensinamento mais aprofundado, deixando de ser generalista. Para que
isso ocorra, o médico deve estar consciente de suas escolhas e de que a área que escolheu o preencherá
como profissional e pessoalmente, para que possa estar satisfeito diante das escolhas feitas.
Já ao concluir a especialidade, novos desafios surgem a esse jovem profissional, novas dificuldades
apresentam-se na carreira e outras tantas devem ser ultrapassadas para somente então conseguir se
firmar, em um emprego em serviço público ou privado, abrindo o próprio consultório ou realizando
procedimentos mais invasivos.
Para o jovem médico, o que permanece são os ensinamentos de construir aos poucos sua
carreira, em bases sólidas e com decisões precisas, onde as escolhas tomadas irão refletir no seu futuro
mais distante.
8
RESIDÊNCIA MÉDICA NO EXTERIOR
Existe a possibilidade de esse recém-formado realizar a sua Residência Médica fora do país. Esse
é um processo bastante complexo e varia de país para país.
Aqui abordaremos apenas de maneira geral o tema, e como exemplo explicaremos os passos
gerais para o ingresso nos Estados Unidos (EUA).
O fato de haver uma avalição e de ser um processo extenuante não é regra apenas para aqueles
que saem daqui. Se um profissional de outro local desejar ingressar na carreira médica em terras
brasileiras, deve fazer uma validação de seu diploma, processo que é sabidamente muito complicado.
Para se ter uma ideia, o processo Revalida, que revalida os diplomas de médicos formados fora do Brasil,
já teve 1.184 candidatos, com apenas 67 aprovados (cerca de 5%).
O consenso para atuar em outros locais é a realização de avaliações de conhecimento básico,
clínico e prático, bem como o conhecimento aprofundado do idioma local. Além disso, existem as
peculiaridades da medicina em cada local, nas condutas propriamente ditas ou nos aspectos legais e
culturais. Dessa forma, essas particularidades também são cobradas nas avaliações para iniciar a carreira
em outros países.
Nos EUA
O médico formado fora dos EUA interessado em fazer Residência nesse país deve submeter-se a
alguns exames a fim de se qualificar. Eles constam de um conjunto de provas concentradas nas áreas de
Ciências Médicas e Ciências Clínicas (o chamado USMLE).
As avaliações são dividas em etapas, os chamados steps, e funcionam da seguinte forma:
- Step 1: é a 1ª etapa do processo e tem como objetivo avaliar se o candidato tem a capacidade
de compreender e aplicar conceitos importantes das ciências básicas para a prática médica.
De maneira geral, abrange os seguintes temas: Anatomia Humana, Fisiologia, Bioquímica,
Farmacologia, Patologia, Microbiologia, Epidemiologia e Tópicos Interdisciplinares, como
Nutrição, Genética e Envelhecimento.
Os resultados, então, são relatados com uma pontuação de 3 e outra de 2 algarismos. A pontua-
ção mínima para ser aprovado é de 189, no escore de 3 algarismos. Teoricamente, a pontuação
máxima é de 300.
- Step 2: essa é a 2ª etapa do processo. Tem o objetivo de avaliar se o candidato possui
conhecimentos, habilidades e compreensão da ciência clínica essencial para a prestação de
assistência ao paciente, sob supervisão. O Step 2 é subdividido em 2 exames:
· Step 2 CK (do inglês, Clinical Knowledge) é um exame de múltipla escolha com o intuito de
avaliar a clínica por meio de um conhecimento tradicional. O exame dura 9 horas e é constituído
de 8 blocos de 46 perguntas cada. Uma hora é dada para cada bloco de perguntas. Os temas
inclusos nesse exame são as Ciências Médicas, como Clínica Médica, Cirurgia, Pediatria,
Psiquiatria, Ginecologia e Obstetrícia.
· Step 2 CS (do inglês, Clinical Skill) é um exame prático que pretende avaliar habilidades
clínicas simuladas com pacientes por meio de interações, em que o examinando interage com
doentes padronizados retratados por atores. Cada examinando enfrenta 12 casos clínicos e
tem 15 minutos para concluir a anamnese e o exame clínico de cada paciente, e depois mais
10 minutos para escrever uma nota descrevendo os resultados, o diagnóstico diferencial e a
9
solicitação de exames complementares. O Step 2 CS é aplicado desde 2004 e, ao contrário
do Step 1 e do Step 2 CK, deve ser obrigatoriamente feito nos Estados Unidos. O exame é
oferecido em 5 cidades americanas: Philadelphia (PA), Chicago (IL), Atlanta (GA), Houston (TX)
e Los Angeles (CA).
- Step 3: é a 3ª e última etapa do processo e se destina a avaliar se o candidato consegue aplicar
desacompanhado o conhecimento e a compreensão da Ciência Biomédica e clínica essencial
para a prática da medicina. Os diplomados em escolas médicas americanas normalmente
realizam esse exame no final do 1º ano de Residência. Médicos estrangeiros recém-licenciados
poderão fazer o Step 3 antes de começar na Residência, em cerca de 10 estados americanos.
O Step 3 ocorre em 2 dias de exame. Cada dia de testes deve ser concluído dentro de 8 horas.
O 1º dia de testes de escolha múltipla inclui 336 itens divididos em blocos, cada um constituído
de 48 itens. Examinandos devem preencher cada bloco dentro de 60 minutos. O 2º dia de testes
de escolha múltipla inclui 144 itens, divididos em blocos de 36 itens. E os examinandos devem
completar cada bloco dentro de 45 minutos.
Fellowship
Fellowship é uma especialização realizada após a Residência Médica, que tem por objetivos a
atuação clínica e/ou a pesquisa. O fellowship clínico (clinical fellowship) de modo geral pressupõe uma
Residência Médica feita nos Estados Unidos. Esse tipo de fellowship, por envolver contato clínico com o
paciente, requer também que o candidato siga as mesmas normas estabelecidas para uma Residência,
submetendo-se, inclusive, às provas.
Observação e pesquisa
Médicos com Residências completas podem passar uma temporada de observação e/ou pesquisa
em hospitais ou clínicas, em programas menos formais que o fellowship, sem contato clínico com pacientes.
A possibilidade de fazer isso, no entanto, depende de vários fatores: primeiro, a entidade precisa dispor
de tempo e de pessoal para acomodar o observador e/ ou pesquisador. Segundo, é necessário saber
onde existe a possibilidade de fazer um desses programas. Geralmente, é preciso ter um conhecimento
pessoal com um profissional envolvido nos projetos. Sempre que o médico estrangeiro pedir permissão
para se incluir nesses projetos, ele deverá esclarecer muito especificamente suas qualificações e objetivos
profissionais. Para o médico que não tenha conhecimentos pessoais com profissionais de destaque, pedidos
de orientação poderão ser feitos diretamente para as faculdades de medicina.
Esse foi o exemplo de Residência Médica nos EUA. Para maiores detalhes sobre outros lugares
do mundo, devem-se procurar informações nos programas de Residência Médica do país em questão.
Existem, ainda, diversas organizações que trabalham apenas com programas de intercâmbio e podem
auxiliar os candidatos nos diversos trâmites do processo.
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ACUPUNTURA
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GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
A acupuntura promove uma ótima qualidade de vida.
Além de ser uma área que não possui plantões nem aten-
dimento de urgência, os profissionais que a escolhem geral-
mente são adeptos da filosofia de medicina oriental e gostam
muito do que fazem, o que contribui para a plena satisfação
profissional. A remuneração também costuma ser boa, mais
um fator positivo para um estilo de vida gratificante.
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2
ANESTESIOLOGIA
O anestesista atua em ambulatórios, fazendo triagem e - Dominar a técnica da intubação e do acesso venoso, central
ou periférico.
avaliação de pacientes que irão se submeter a algum pro-
cedimento cirúrgico. Posteriormente, realiza procedimentos
anestésicos nos centros cirúrgicos; avalia pacientes em UTI e 4. Situação atual e perspectivas
enfermarias para cuidados e controles da dor.
O anestesista pode também trabalhar em equipes cirúr- A Anestesiologia é uma área de suma importância asso-
gicas específicas, como de cirurgias pediátricas, gástricas, ciada à Cirurgia Geral e suas subespecialidades. Antes de seu
vasculares, ginecológicas, entre outras. desenvolvimento, os procedimentos cirúrgicos requeriam
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GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
A qualidade de vida é um dos pontos fundamentais em
uma carreira profissional, e essa especialidade tende a pro-
porcionar uma tranquilidade profissional e pessoal, sem
muitas dificuldades e demonstrando o quão satisfeito se
está com a profissão escolhida.
No começo de todas as carreiras profissionais, temos
maior dificuldade de nos ajustar ao mercado de trabalho e
ultrapassar barreiras para só então alcançar a estabilidade
tão almejada.
6. Subespecialidades
- Estudo da dor.
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3
CIRURGIA GERAL
1. Introdução 1.070:
- Norte: 68;
A Cirurgia Geral constitui-se numa área médica complexa - Nordeste: 181;
e especializada, envolvendo diversos procedimentos neces- Média de vagas no país
- Centro-Oeste: 88;
sários para um adequado funcionamento dos órgãos e siste-
- Sul: 197;
mas. Sendo a Cirurgia Geral embasada nesse pilar, os proce-
dimentos realizados pelos especialistas incluem cirurgias no - Sudeste: 536.
compartimento abdominal, de cabeça e pescoço, do tórax,
dos tecidos mole e musculoesquelético, trauma, oncologia e 2. Áreas de atuação
doentes em fase crítica.
Ao realizar uma Residência em cirurgia, o médico tem O cirurgião geral pode atuar em setores como a enfer-
como objetivo desenvolver um aprendizado teórico e prá- maria, fazendo visita em pacientes internados para pré e
tico a respeito dos cuidados clínicos e cirúrgicos, básicos e pós-operatório, assim como realizar intervenções caso
avançados, e da tecnologia atualizada para solucionar da necessário em algum momento da internação. Atua no
melhor maneira as afecções de maior prevalência popula-
pronto-socorro, atendendo urgência e emergências de pa-
cional, nas diferentes áreas cirúrgicas.
cientes que, por ventura, sofreram acidentes por diversos
O programa de Residência visa proporcionar conheci-
mecanismos, como automobilísticos, motociclistas, atro-
mento na assistência ambulatorial, em enfermarias, serviços
pelamentos, queimados e inúmeras outras afecções. Pode
de urgência e emergência, terapia intensiva e, tecnicamen-
trabalhar diretamente no centro cirúrgico, realizando pro-
te, uma visão ampliada sobre o ato operatório e seus diver-
sos instrumentos. cedimentos marcados eletivamente em ambulatório. Atua
também avaliando os pacientes cirúrgicos na Unidade de
Residência Médica Terapia Intensiva (UTI).
Entrada Acesso direto. Diversos são os procedimentos que podem ser realiza-
Duração 2 anos. dos pelo cirurgião geral, pois é portador de um conhecimen-
- Cirurgia Geral; to abrangente nesse campo. A seguir, alguns procedimentos
- Cirurgia do Aparelho Digestivo; realizados por esse profissional:
- Coloproctologia;
- Transplante; - Abdominal: apendicite, diverticulite, pancreatite,
- Cirurgia do Trauma; obstruções intestinais, herniorrafias ou hernioplastias, pa-
- Cirurgia de Cabeça e Pescoço; tologias orificiais, esplenectomias, colecistectomias, gas-
- Cirurgia Cardíaca;
Rodízio nas áreas trostomias, gastroenteroanastomose, abordagem hepática
- Cirurgia do Tórax;
- Urologia;
e esplênica pós-traumatismos, paracentese, laparotomias
- Cirurgia Vascular; exploradoras;
- Cirurgia Pediátrica; - Torácico: drenagem torácica, toracocentese, toracoto-
- Cirurgia Plástica; mia de emergência;
- Terapia Intensiva; - Membros superiores e inferiores: flebotomias, acesso
- Técnica Cirúrgica. venoso central, queimaduras.
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GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
A qualidade de vida é um dos pontos fundamentais em
uma carreira profissional, demonstrando o quão satisfeito se
está com a profissão escolhida, podendo-se conciliar profis-
são, família, viagens e lazer.
No começo de todas as carreiras profissionais, temos
maior dificuldade de nos ajustar ao mercado de trabalho e
ultrapassar barreiras para só então alcançar a estabilidade
tão almejada. Na Cirurgia Geral, não é diferente; no come-
ço o profissional acaba tendo de fazer muitos plantões no-
turnos e em diversos serviços, até conseguir se fixar em um
hospital que possa lhe oferecer mais estabilidade.
6. Subespecialidades
- Cirurgia Plástica;
- Cirurgia Torácica;
- Cirurgia Vascular;
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4
CLÍNICA MÉDICA
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GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
O estilo de vida do profissional vai depender somente do
que ele estiver programando para sua vida. Pode ter uma
vida mais corrida, trabalhando em 3 ou 4 empregos, mas po-
dendo ganhar bons salários, ou pode trabalhar em apenas
1 lugar ou ter um consultório, levando, dessa forma, uma
carreira um pouco mais tranquila, conseguindo conciliar a
profissão com outras atividades diárias, como família, via-
gens e lazer.
18
5
DERMATOLOGIA
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GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
A Dermatologia é, atualmente, uma das áreas médi-
cas mais bem conceituadas no sentido de ofertar um bom
campo de atuação profissional, voltado para o atendimento
em consultórios particulares, o que proporciona ao médico
maior comodidade em estabelecer seus horários de traba-
lho. Assim, esse profissional consegue manter uma atuação
profissional sem que o impeça de ter tempo para os seus
afazeres.
6. Subespecialidades
- Cirurgia Dermatológica;
- Cosmiatria.
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6
GENÉTICA MÉDICA
1. Introdução 18:
Média de - Centro-Oeste: 2;
vagas no país - Sul: 3;
Essa especialidade foi criada em 1977, no Hospital das Clí- - Sudeste: 13.
nicas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, e só
foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina em 1983.
Os membros da Sociedade Brasileira de Genética, em 1986, 2. Áreas de atuação
fundaram a Sociedade Brasileira de Genética Médica. As 60
Está embasada na pesquisa sobre os transtornos da genéti-
horas semanais da jornada de trabalho do residente são divi-
ca humana. Trabalha com o diagnóstico, tratamento e controle
didas desta forma: 40 horas de atividades rotineiras dentro da
dos distúrbios hereditários, além disso faz parte da pequena
genética e 20 horas de plantões definidos a critério do progra-
parcela de médicos que estuda a barreira do conhecimento hu-
ma, que decidirá como e quando utilizar essas horas. mano, analisando os determinantes da variabilidade e heredi-
De modo geral, essa especialidade permitirá que o médico tariedade no homem. O público-alvo dos médicos geneticistas
residente saiba o diagnóstico patológico e clínico das enfermi- são crianças com algum dismorfismo e toda a sua família, adul-
dades genéticas e das síndromes teratogênicas, capacitando- tos que necessitem de aconselhamento genético, como testes
-o a realizar condutas clínicas e tratamento quando necessá- de DNA para paternidade e criminalística. Para o profissional
rio, e também a fazer aconselhamentos genéticos seguindo que se sente à vontade trabalhando em laboratórios, essa é
os princípios da bioética. Muitas vezes, o médico geneticista uma área que possibilita concretizar esse desejo, como os estu-
não cuidará apenas do paciente sindrômico, mas também se dos cromossômico, metabólico básico e molecular.
envolverá com a família e com parentes próximos para estu-
dá-los geneticamente e procurar descobrir qual erro genético
permitiu a criança ter nascido daquela forma, ou porque o 3. Vantagens e dificuldades
casal não consegue ter filhos, ou porque o bebê não nasceu.
Também terá contato com a parte de laboratório, envolvendo A área está crescendo e se desenvolvendo principalmen-
bioquímica, citogenética e genética molecular. te no fator tecnológico relacionado ao diagnóstico, à preven-
ção e ao tratamento das síndromes genéticas. Porém, faltam
Residência Médica a inserção e a comunicação entre outros profissionais médi-
Entrada Acesso direto. cos com relação às questões da Genética na saúde pública.
Duração 3 anos.
- Atividades práticas: Pediatria, Clínica Mé- O que o tornará um bom geneticista?
dica, Neurologia, Endocrinologia, Medicina - Gostar do funcionamento laboratorial;
Fetal, atendimento clínico supervisionado de
pacientes do Serviço de Genética (dismor- - Se dar bem com as cadeiras médicas básicas;
fologia, aconselhamento genético, genética - Ter raciocínio lógico para associar os achados clínicos com a
pré-natal, tratamento de doenças genéticas) gama de síndromes genéticas conhecidas.
Rodízio nas e complementação laboratorial (Citogenética,
áreas Erros Inatos do Metabolismo e Biologia Mo-
lecular);
- Atividades teóricas: seminários, revisão bi- 4. Situação atual e perspectivas
bliográfica, sessões clínicas e pesquisas com-
postas por módulos nas áreas de Genética
Básica, Genética Clínica, Citogenética e Epide- Os defeitos congênitos passaram a ser a 2ª causa de mor-
miologia. talidade em 2000. Com isso, aumenta o papel do médico ge-
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GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
O profissional de Genética é geralmente vinculado a
grandes serviços de referência. É uma área de atuação cujas
patologias são muito raras. Por isso, trabalha em regime am-
bulatorial e de interconsultas hospitalares. Dessa forma, o
profissional tem muita qualidade vida por não fazer longas
jornadas, pois deve cumprir as horas no serviço como qual-
quer outro médico que trabalha em regime CLT. Obviamen-
te, não há emergências.
22
7
GINECOLOGIA E
OBSTETRÍCIA
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GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Assim como em todas as carreiras médicas, o início da
vida profissional sempre é difícil. Durante os anos de Resi-
dência, não há quase nada além da sua formação.
Não é segredo que o estilo de vida desse profissional não
esteja entre os melhores. Poucos profissionais lidam apenas
com a Ginecologia, por isso acabarão recebendo chamadas
de urgências de pacientes gestantes nos horários mais inu-
sitados.
O profissional que acaba a Residência provavelmente
trabalhará, inicialmente, com os plantões de Obstetrícia em
hospitais ou serviços públicos, o que o levará a ter uma gran-
de carga horária.
Ao longo do tempo, passará a ter seus próprios pacientes
em consultório particular e possivelmente em bons hospi-
tais, o que levará a uma melhora da qualidade de vida e boa
remuneração.
6. Subespecialidades
- Algia Pélvica;
- Climatério;
- Endocrinologia Ginecológica;
- Ginecologia Geral;
- Ginecologia Infantopuberal;
- Infecção Genital;
- Mastologia;
- Medicina Fetal;
- Oncologia Clínica e Cirúrgica;
- Patologia do Trato Genital Inferior;
- Planejamento Familiar;
- Reprodução Humana;
- Uroginecologia e Cirurgia Vaginal.
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HOMEOPATIA
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GUIA DE ESPECIALIDADES
3. Vantagens e dificuldades
O especialista em Homeopatia tende a encontrar uma
carreira mais tranquila, com um mercado de trabalho pouco
conhecido, mas com muitas perspectivas de atuação. É um
profissional diferenciado que busca auxiliar seu paciente de
uma maneira específica para seu problema, sem lhe acres-
centar uma grande carga medicamentosa.
Uma das dificuldades encontradas nessa área, atualmen-
te, é que há uma competição entre as diferentes áreas de
atuação, pois outras áreas da saúde podem trabalhar como
homeopata, como o veterinário e o dentista. Contudo, a par-
tir do reconhecimento dessa área como especialidade e o
surgimento da Residência Médica, isso vem deixando de ser
um empecilho.
O que o tornará um bom homeopata?
- Ser confiante e transmitir confiabilidade ao paciente;
- Manter uma boa relação médico–paciente, pois dela depende-
rá o sucesso ou o fracasso do tratamento;
- Ter carisma e transmitir fatos coerentes e viáveis aos pacientes;
- Não fazer promessas ou estimular ideias fantasiosas frente aos
resultados esperados;
- Não ser intempestivo e saber o momento certo de agir e parar
perante uma patologia mais grave e que carece de atenção;
- Tomar condutas coerentes e, se for o caso, até individualizadas
perante cada caso;
- Buscar sempre estar atualizado diante das pesquisas em sua
área de atuação;
- Conhecer as técnicas de manipulação das substâncias.
5. Estilo de vida
A Homeopatia é uma área médica que tende a propor-
cionar uma vida mais tranquila, pois o profissional que a
escolhe tende a atuar em consultórios particulares e em al-
guns hospitais, o que proporciona maior comodidade em es-
tabelecer seus horários de trabalho. Assim, esse profissional
consegue manter uma atuação profissional sem impedi-lo
de ter tempo para os seus afazeres.
26
9
INFECTOLOGIA
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GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
A Infectologia tende a proporcionar boa qualidade de
vida aos seus especialistas, pois ao atuar têm a comodidade
de se abster de plantões noturnos e optar por trabalhar no
período do dia e longe das portas de prontos-socorros. Isso
faz que ele tenha tempo de se dedicar um pouco aos seus
familiares e ao lazer, podendo conciliar a vida pessoal com
seus horários de trabalho.
28
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MEDICINA DE FAMÍLIA
E COMUNIDADE
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GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
O médico de família e comunidade precisa cumprir uma
carga horária de 40 horas semanais, entrando às 8 e saindo
às 17 horas, de segunda a sexta. O horário pode ser flexibili-
zado, dependendo da Unidade Básica de Saúde em que es-
tiver atuando. Pode trabalhar até em 2 unidades ao mesmo
tempo. Consegue conciliar o serviço com outras atividades
semanais ou até mesmo trabalhar em outros locais. Esse
profissional não passa por muitas dificuldades no começo
da carreira, por sobrar vagas na área, logo pode ser admi-
tido em um serviço e desfrutará de uma carreira tranquila,
podendo conciliar trabalho, família e lazer.
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MEDICINA DO ESPORTE
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GUIA DE ESPECIALIDADES
3. Vantagens e dificuldades
A principal vantagem da área é a pequena quantidade
de profissionais no mercado, o que abre um enorme leque
de possibilidades. Há grande carência desses profissionais
para exercer suas funções em clubes, equipes, agremiações
esportivas e mesmo em escolas e no Programa de Saúde da
Família, onde o estímulo e a orientação adequada de ativi-
dade física devem ser obrigatórios.
As principais dificuldades são a pequena quantidade de
vagas disponíveis em todo o Brasil e a falta de conhecimento
da área por grande parte das pessoas.
O que o tornará um bom médico do esporte?
- Gostar de atendimento clínico;
- Estar preparado para lidar com atletas e profissionais de todos
os níveis;
- Ter raciocínio lógico, visando relacionar os achados clínicos
com as principais patologias do aparelho locomotor ou do orga-
nismo como um todo.
5. Estilo de vida
Por ser uma área com poucos profissionais e uma gran-
de demanda, deve haver propostas muito interessantes aos
médicos que a escolherem.
O profissional também poderá escolher a melhor manei-
ra de levar seu cotidiano, decidindo as formas de atuação. Se
escolher trabalhar em clubes de futebol ou de outros espor-
tes, deverá ter em mente que poderá viajar constantemente
acompanhando o clube.
32
12
MEDICINA DO TRÁFEGO
A Medicina de Tráfego é o ramo da ciência médica que O médico do tráfego pode atuar em diversas áreas:
trata da manutenção do bem-estar físico, psíquico e social - Medicina do Tráfego Preventiva, que identifica fatores
do ser humano que se desloca, qualquer que seja o meio. etiológicos dos acidentes, promovendo diversas ações a fim
É reconhecida como especialidade médica pela Associação de reduzir a morbimortalidade por acidentes de trânsito.
Médica Brasileira, pelo Conselho Federal de Medicina e pela Dentre as ações, está o Exame de Aptidão Física e Mental,
Comissão Nacional de Residência Médica. Propõe-se, por- de grande importância para a condução de veículos hoje;
- A Medicina de Tráfego Legal, que realiza perícias, ava-
tanto, a estudar as causas do acidente de tráfego, a fim de
liações e colabora com o Poder Público para segurança de
preveni-lo ou mitigar suas consequências, além de contri-
trânsito;
buir com subsídios técnicos para a elaboração do ordena-
- Medicina de Tráfego Curativa, que cuida do atendimento
mento legal e a modificação do comportamento do usuá-
pré-hospitalar no local do acidente e do transporte da vítima;
rio do sistema de circulação viária. Suas principais áreas de - Medicina de Tráfego Ocupacional, que cuida da
atuação são Medicina de Tráfego Preventiva, Curativa, Legal, prevenção das doenças dos motoristas profissionais, sejam
Ocupacional e Medicina de Viagem. elas orgânicas ou psíquicas;
A Medicina de Tráfego surgiu em 1960, em um Congres- - Medicina do Viajante que, entre outras ações, visa o
so de Medicina Legal em Nova York. Os médicos legistas lá planejamento da viagem, as doenças infectocontagiosas
reunidos, impressionados com o volume que chegava às prevalentes no percurso etc.;
suas mãos, relatando as consequências mais dramáticas - Medicina de Tráfego Aeroespacial, que especializa
dos infortúnios do tráfego e sensibilizados por essa trágica médicos para trabalharem em empresas aéreas, no trans-
evidência, tomaram a histórica decisão de se reunir, ainda porte aéreo de doentes, nos aeroportos etc.;
naquele ano, em San Remo, na Itália, ocasião em que funda- - Dentre outros.
ram a Associação Internacional de Medicina dos Acidentes e
do Tráfego (IAATM). O 1º congresso dessa associação acon-
3. Vantagens e dificuldades
teceu em Roma, em 1963.
Residência Médica A principal vantagem da área é a grande demanda, prin-
Entrada Acesso direto. cipalmente no que diz respeito aos exames de aptidão para
Duração 2 anos. a direção, já que, a cada dia, mais condutores são formados.
Também a grande flexibilidade de horário que a carreira per-
- Medicina do Tráfego Ocupacional;
- Medicina de Viagem; mite, pois há possibilidade de pequenas cargas horárias pela
Rodízio nas áreas - Medicina de Tráfego Aéreo; semana, por exemplo.
- Medicina do Tráfego Aquático; Já uma das dificuldades consiste em acomodar essa faci-
- Medicina do Tráfego Ferroviário. lidade de carga horária à remuneração, o que pode levar a
2: falta de atualização e busca por novas oportunidades e co-
Média de vagas no país
- Sudeste: 2.
nhecimento.
33
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Essa é uma área onde o profissional pode fazer seus ho-
rários da maneira que melhor lhe convier. Por ter diversas
opções de atuação e carga horária diversificada, o estilo de
vida pode ser ideal para aqueles que querem conciliar o tra-
balho e as diversas atividades do dia a dia.
34
13
MEDICINA DO TRABALHO
35
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Possui, como vantagem, uma grande flexibilidade de ho-
rários, optando por quantas horas ou mesmo quantos dias
se quer trabalhar durante a semana. Com isso, é possível
dedicar-se somente à carreira ou conciliá-la com outras ati-
vidades.
36
14
MEDICINA FÍSICA
E REABILITAÇÃO
37
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Como na grande maioria das especialidades da medici-
na, o estilo de vida acaba sendo moldado pelo próprio pro-
fissional, já que isso depende da dinâmica de vida que ele
almeja. Pode optar por trabalhar em menos locais e fazer
outros tipos de atividades semanais, desfrutar de tempos
maiores com a família e tirar férias. Mas também é possível
se dedicar somente à carreira, trabalhando em mais de 1
emprego e, com isso, com menos tempo livre para realizar
outras atividades.
38
15
MEDICINA LEGAL
39
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Esse profissional ainda não tem um campo de trabalho
muito concorrido, pela falta de conhecimento da especia-
lidade e pela recente criação do curso de Residência. Com
isso, logo que se forma, o profissional não tem dificuldades
em encontrar 1 ou mais empregos, obtendo uma remune-
ração consideravelmente boa e conseguindo conciliar a sua
carreira com uma vida saudável e com tempo para lazer, fa-
mília e viagens.
6. Subespecialidades
- Medicina Legal;
- Bioética;
- Medicina Social e do Trabalho;
- Medicina Forense.
40
16
MEDICINA NUCLEAR
41
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Permite uma ótima qualidade de vida. Existe flexibilida-
de de horário, e normalmente se trabalham de 30 a 40 horas
semanais, recebendo bons salários. Isso permite ao profis-
sional passar mais tempo com a família, ter suas atividades
de lazer e desfrutar de férias.
42
17
MEDICINA PREVENTIVA
E SOCIAL
43
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
A rotina desse profissional não possui carga horária que
o impossibilite de realizar tarefas além do seu trabalho. São
30/40 horas semanais, permitindo ao médico outras ativi-
dades durante a semana, ficar com a família, ter um lazer e
tirar férias.
44
18
NEUROCIRURGIA
1. Introdução 101:
- Norte: 3;
A Neurocirurgia é a especialidade que se encarrega do Média de
- Nordeste: 14;
diagnóstico e do tratamento de pacientes com lesões ou vagas no
- Centro-Oeste: 6;
doenças do cérebro, da coluna, da medula e dos nervos pe- país
- Sul: 14;
riféricos. Oficialmente, é definida como uma especialidade - Sudeste: 64.
cirúrgica que executa tratamento cirúrgico e não cirúrgico
(incluindo prevenção, diagnóstico, avaliação, tratamento,
cuidados intensivos e reabilitação) das desordens ou doen- 2. Áreas de atuação
ças do sistema nervoso central, periférico e autonômico, in-
cluindo em sua atuação as estruturas de suporte e proteção, O neurocirurgião trabalhará em consultórios particula-
assim como suprimento vascular. res, em hospitais de vários tipos, em serviços de alta com-
Trata de pacientes com trauma cranioencefálico, de co- plexidade e sob a forma de plantões ou sobreaviso.
luna vertebral, doenças vasculares (como aneurismas e obs- Ao se formar, o profissional deverá trabalhar em serviços
truções arteriais cerebrais e na região cervical, que podem
de emergência ou se integrar em alguma equipe de cirurgi-
levar a uma isquemia cerebral), com dor crônica na coluna,
defeitos congênitos de nascimento em crianças e adultos, ões já formada. Ao longo do tempo, esse especialista poderá
tumores do cérebro, da coluna e medula, assim como lesões abrir seu próprio consultório.
de nervos periféricos na face, nos braços e nas pernas. Vale lembrar que dificilmente um neurocirurgião per-
manecerá atuando em todas as áreas dessa disciplina,
Residência Médica
tendo que, invariavelmente, especializar-se em alguma
Entrada Acesso direto.
subárea.
Duração 5 anos.
- Embriologia e Neuroanatomia;
- Fundamentos de Neurofisiologia Clínica;
- Clínica Neurológica; 3. Vantagens e dificuldades
- Bioética e Responsabilidade Médica;
- Neurorradiologia; Essa pode ser dita como uma das especialidades mais
- Clínica Neurocirúrgica;
- Técnica Neurocirúrgica; nobres da medicina. O especialista geralmente é muito bem
- Anatomia Microcirúrgica; visto, existem muitos procedimentos e, em geral, é uma área
- Neuropatologia;
- Cirurgia de Coluna e Nervos Periféricos; bem remunerada. Há bastante mercado, e os profissionais
Rodízio nas - Neurocirurgia Pediátrica, Funcional e Vascular; estão satisfeitos com a área.
áreas - Base de Crânio;
- Neuro-Oncologia; Da mesma forma que é considerada uma especialida-
- Doença Encefalovascular Isquêmica; de rica em diversos aspectos, possui diversas dificuldades,
- Doença Encefalovascular Hemorrágica; como o fato de ser uma Residência extremamente longa,
- Comas;
- Neuropatologia; além de ser uma das mais difíceis de serem acessadas. Não
- Métodos de Estudo Anatomopatológico do Sis- obstante, a permanência não é fácil, já que em geral há uma
tema Nervoso;
- Colorações Especiais; prova anual para avaliar a qualidade do residente; muitas
- Imuno-histoquímica; vezes, lida com pacientes mais graves e com prognósticos
- Princípios de Neuroendoscopia. sombrios.
45
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Esse profissional, em geral, trabalha bastante. Por ser
uma área em que os plantões e sobreavisos são interessan-
tes, o médico acaba tendo um prejuízo em qualidade de vida
e tempo livre.
Vale lembrar que muitas cirurgias são extremamente ex-
tensas e as jornadas de trabalho acabam sendo longas de-
vido a isso.
A remuneração em geral é boa, mas o profissional não
deve ter muito tempo livre durante a semana ou mesmo aos
finais de semana.
6. Subespecialidades
- Microcirurgia (Oncologia, Vascular, Base de Crânio);
- Exames de Imagem;
- Neuronavegação;
- Radiologia Intervencionista;
- Doppler Transcraniano;
46
19
NEUROLOGIA
47
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Como uma boa área clínica, o profissional escolherá, ao
longo do tempo, como melhor atuar. O começo com certe-
za será trabalhoso, pois a baixa remuneração, pelo período
ainda em formação ou mesmo pela clientela ainda não con-
solidada, será compensada por plantões, em Clínica Médica
ou mesmo como especialista.
Ao longo do tempo, os profissionais tendem a abandonar
os plantões, elevando a qualidade de vida, lidando apenas
com hospitais ou com diversos serviços em que estará ligado,
além de, é claro, atendimento em consultórios particulares.
6. Subespecialidades
- Distúrbios do Movimento;
- Doenças Neuromusculares;
- Epilepsia;
- Neurofisiologia Clínica;
- Neurologia do Comportamento;
- Neurologia Infantil;
- Neuro-Oncologia;
- Neurovascular;
- Cefaleia.
48
20
OFTALMOLOGIA
1. Introdução 293:
- Norte: 7;
A história da Oftalmologia ocupa um lugar especial na - Nordeste: 41;
Média de vagas no país
- Centro-Oeste: 18;
evolução da medicina, em virtude das peculiaridades do
- Sul: 39;
órgão da visão: a importância de sua função e o mistério - Sudeste: 188.
de seu funcionamento fizeram que, durante muito tempo,
fossem atribuídos ao olho poderes mágicos, benfazejos ou
nefastos, capazes de lançar mau-olhado ou quebranto. 2. Áreas de atuação
A Oftalmologia é a especialidade médica à qual cabem o
estudo, o diagnóstico e o tratamento das doenças e lesões Muitos médicos trabalham em serviços públicos. Esses
do olho e seus órgãos anexos. O oftalmologista dedica-se não são tão bem pagos, mas o profissional não precisará
não só aos aspectos patológicos da visão, mas também à desembolsar grandes quantidades de dinheiro para montar
análise de sua fisiologia. seu próprio consultório e será um funcionário público, o que
possui suas vantagens.
Residência Médica
Outra forma de entrar no mercado é trabalhando em clí-
Entrada Acesso direto.
nicas de outros médicos. Há os pontos positivos e negativos.
Duração 3 anos. Mas de forma geral, esse é o ponto inicial de muitas carreiras.
- Plástica Ocular; Ainda, muitos se aventuram montando a própria clínica.
- Laboratório; Sabe-se do custo para isso, mas, em geral, muitos oftalmo-
- Tumores;
- Úvea e AIDS; logistas têm a clínica cheia de pacientes. O fator negativo é
- Banco de Olhos; que os convênios pagam muito mal pela consulta.
- Vias Lacrimais; Já em relação a trabalhar sob plantão, geralmente os
- Doenças Externas e Córnea; médicos ficam em esquema de sobreaviso. Há poucas emer-
- Motilidade Extrínseca Ocular;
- Retina e Vítreo; gências. No entanto, o plantão desse especialista é um dos
- Ultrassom; mais mal pagos.
- Pronto-Socorro;
- Glaucoma;
Rodízio nas áreas
- Órbita; 3. Vantagens e dificuldades
- Trauma Ocular;
- Neuroftalmo;
- Óptica Oftalmológica; O oftalmologista está preparado para tratar diversas
- Cirurgia Refrativa; afecções do olho. É uma área que evolui a cada dia, neces-
- Catarata; sitando de profissionais sempre atualizados como referên-
- Catarata Congênita;
cia. No entanto, cabe ao oftalmologista ir atrás daquilo que
- Anatomia Patológica Ocular;
- Visão Subnormal; deseja. Se em pouco tempo as técnicas e as máquinas evo-
- Eletrofisiologia Visual; luem, o médico deve saber manuseá-las com destreza.
- Psicologia/Psicoterapia/Oftalmo- Além disso, as máquinas são equipamentos muito caros.
logia e Bioengenharia Ocular.
Para aqueles que desejam montar o próprio consultório, um
49
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Não há uma regra acerca da vida que o oftalmologista
terá. O que acontece é que muitos médicos têm a oportu-
nidade de ter a agenda feita por eles mesmos. Dessa forma,
oftalmologistas trabalham muitas horas seguidas durante a
semana (consultórios cheios), no entanto podem se dar ao
luxo de não trabalhar em outros dias. Além disso, poucos
médicos vivem em esquema de plantão, tornando a especia-
lidade cada vez mais longe das emergências.
6. Subespecialidades
- Banco de Olhos;
- Bioengenharia;
- Catarata e Catarata Congênita;
- Córnea;
- Cirurgia Refrativa;
- Doenças Externas e Córnea;
- Eletrofisiologia;
- Estrabismo;
- Farmacologia;
- Glaucoma;
- Lente de Contato e Refração;
- Motilidade Extrínseca;
- Neuroftalmologia;
- Oftalmopediatria;
50
21
ORTOPEDIA E
TRAUMATOLOGIA
51
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Existe uma boa imagem com relação à qualidade de vida
dos ortopedistas. Apesar de a carga horária ser extenuante,
o profissional pode escolher entre dar e não dar plantões,
o que acrescenta muito em relação à qualidade de vida. Há
boa remuneração, e, ao longo do tempo, com consultório
particular e fazendo parte de uma equipe, esse médico po-
derá contar com maior qualidade de vida. Vale lembrar que,
excetuando os plantões e traumas, os procedimentos cirúr-
gicos da área são, em geral, eletivos.
6. Subespecialidades
- Ortopedia Geral;
- Ombro e Cotovelo;
- Mão e Microcirurgia;
- Joelho;
- Pé;
- Coluna;
- Quadril;
- Medicina do Esporte;
- Ortopedia Pediátrica;
- Traumatologia.
52
22
OTORRINOLARINGOLOGIA
53
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Apesar de ser uma especialidade cirúrgica, a Otorrinola-
ringologia promove boa qualidade de vida aos seus profis-
sionais. Há muito atendimento em consultórios, particulares
ou mesmo convênios, o que leva o médico a escolher a me-
lhor maneira de atuar, com carga horária muito flexível.
A relação de possíveis procedimentos diagnósticos ou
terapêuticos agrega valor às consultas, o que é muito bom
para esses profissionais.
As cirurgias, de modo geral, não são muito demoradas e
também não levam a complicações frequentes, sem contar
o fato de que a grande maioria delas é eletiva, o que eleva a
qualidade de vida.
6. Subespecialidades
- Rinologia;
- Otologia;
- Laringologia e Voz;
- Bucofaringologia e Estomatologia;
- Otoneurologia;
- Otorrinopediatria;
- Medicina do Sono;
- Estética Facial.
54
23
PATOLOGIA E
PATOLOGIA CLÍNICA
55
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
São campos de atuação profissional que possibilitam
melhor qualidade de vida, pois trabalham em locais mais
tranquilos, distantes do estresse dos corredores hospitala-
res. E, mesmo a carga horária sendo extensa, podem optar
por não trabalhar como plantonistas noturnos, o que possi-
bilita manter boa qualidade de vida.
6. Subespecialidades
A patologia clínica possui áreas de atuação específicas
como:
- Química Clínica;
- Hematologia, Imuno-Hematologia e Hemoterapia;
- Imunologia;
- Microbiologia (bactérias, fungos, vírus);
- Parasitologia;
- Uranálise;
- Biologia Molecular;
- Genética Médica.
56
24
PEDIATRIA
Até o século XIX, muitas crianças faleciam devido à falta A Pediatria cuida das crianças desde o período neonatal
de entendimento, higiene, diagnóstico e tratamento infantil. até a adolescência. Além do tratamento, precisa haver um
No final desse século, iniciou-se a criação de algumas especia- bom entendimento com a família, para poder aconselhar
lidades médicas, dentre elas a Pediatria. A institucionalização sobre como devem ser os hábitos alimentares e de vida da
da área foi difícil, pois não se compreendia a diferença entre criança e ter uma boa influência na adesão ao tratamento.
a medicina voltada para o adulto e a medicina voltada para a O pediatra trabalha com puericultura, desenvolvendo a pre-
criança. Para a criação da especialidade, foi defendido que as venção e o acompanhamento de todos os sistemas, e pode
crianças necessitavam de uma semiologia e de um tratamen- trabalhar na área curativa, aplicando técnicas de tratamen-
to para suprir todas as singularidades e fragilidades infantis. tos das mais diversas e fazendo pesquisas para métodos que
Para especializar-se em Pediatria, o acesso é direto e tem desenvolvam mais rapidamente os diagnósticos. O campo
a duração de 2 anos. de prestação de serviço pode abranger clínicas, consultórios,
hospitais e ambulatórios tanto particulares quanto públicos.
Residência Médica
Entrada Acesso direto.
Duração 2 anos. 3. Vantagens e dificuldades
- Unidade de Internação Geral;
- Ambulatório; As principais dificuldades que o pediatra sofre, no início
- Urgência e Emergência; da carreira, são a princípio pela falta de experiência, fato co-
- Neonatologia;
- Unidade de Internação; mum entre qualquer recém-formado, por não possuir inti-
- Unidade de Terapia Intensiva Pedi- midade com os familiares da criança e pela dificuldade de
átrica/Neonatal; escolher a especialidade ou a subespecialidade dentro da
- Cursos obrigatórios: Atenção Pe-
Rodízio nas áreas rinatal (binômio mãe–feto e reani-
Pediatria. O que é gratificante ao pediatra é poder observar
mação neonatal), Treinamento em a melhora do seu paciente, pois a criança transparece ver-
Aleitamento Materno, Controle de dadeiramente o que está sentindo, e quando está doente
Infecção Hospitalar, Controle de Do- fica totalmente indisposta, gerando um enorme mal-estar
enças Imunopreveníveis, Prevenção
de Acidentes na Infância e na Ado- em todos que a cercam. Porém, ao se recuperar, logo volta
lescência, Crescimento e Desenvol- a brincar e a sorrir. Outra vantagem é a grande possibilidade
vimento e Atenção a Saúde do Ado- de empregos e variedade de subespecialidades.
lescente.
O que o tornará um bom pediatra?
1.074:
- Norte: 48; - Ser atencioso com a criança e com os familiares;
- Nordeste: 162; - Ter facilidade de lidar com pessoas;
Média de vagas no país
- Centro-Oeste: 107;
- Sul: 161; - Ser bom observador;
- Sudeste: 596. - Ser paciente.
57
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Devido ao amplo campo de atuação, o pediatra pode de-
finir como quer dividir os seus horários de trabalho, de lazer
ou de descanso. Existem 2 caminhos que podem ser segui-
dos: dedicar-se somente à carreira, tendo menos tempo livre,
o que é plausível dentro da Pediatria, diante de tantas possibi-
lidades de emprego; e dividir o tempo de serviço com outras
atividades, o que também é possível, dedicando parte de seu
tempo aos pacientes e à família, ao lazer e às férias.
6. Subespecialidades
- Oncologia;
- Cardiologia;
- Endocrinologia;
- Pneumologia;
- Neurologia;
- Gastroenterologia;
- Infectologia;
- Medicina Intensiva;
- Nefrologia;
- Nutrologia;
- UTI;
- Neonatologia;
- Hebiatria;
- Hematologia e Hemoterapia.
58
25
PSIQUIATRIA
59
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Assim como as diversas outras áreas médicas, esse pro-
fissional almeja uma qualidade de vida que lhe proporcione
satisfação profissional somada aos cuidados com a família
e momentos de lazer. Muitos profissionais, para conseguir
essa estabilidade, buscam atuar em seus próprios consultó-
rios ou atender pacientes em enfermarias, longe das portas
de prontos-socorros de urgência e emergência.
6. Subespecialidades
- Psiquiatria da Infância e do Adolescente;
- Psiquiatria Geriátrica;
- Psiquiatria Forense.
60
26
RADIOLOGIA E
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
61
GUIA DE ESPECIALIDADES
62
27
RADIOTERAPIA
63
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Área que, com certeza, leva a grande qualidade de vida,
por trabalhar com regime ambulatorial, sem procedimen-
tos de urgência/emergência. O profissional poderá esco-
lher qual esquema de trabalho melhor se encaixa em suas
pretensões e assim flexibilizar seus horários. A rotina com
pacientes mais debilitados pode ser fator de certo desgaste
emocional, o que pode ser compensado com tratamentos
bem-sucedidos em muitos doentes.
64
28
ALERGIA E IMUNOLOGIA
1. Introdução 9:
Média de vagas no país - Nordeste: 1;
- Sul: 1;
A Sociedade Brasileira de Alergia foi criada em 1946 no Rio - Sudeste: 7.
de Janeiro. Já em São Paulo, 25 anos depois, foi criada a Socie-
dade de Investigação em Alergia e Imunopatologia. Finalmen-
te, em 1972, essas 2 sociedades uniram forças e formaram a So- 2. Áreas de atuação
ciedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia. Os pilares dessa
O campo de atuação é bastante amplo, podendo tra-
especialidade estão sobre a ciência básica e a Epidemiologia. O
balhar em consultórios, clínicas, hospitais, como docente e
médico alergista tem como objetivos o diagnóstico e o trata-
pesquisador. Está diretamente envolvido com a prática clí-
mento de doenças alérgicas. Para ser um especialista, depois nica, por isso precisa aliar-se às 2 maiores fontes de infor-
de terminar o curso de medicina, é necessário cursar 2 anos de mação: a experiência obtida no dia a dia do trabalho com
Clínica Médica e, em seguida, fazer mais 2 anos de Residência pacientes únicos; e a reflexão sobre essa experiência e as
em Alergia e Imunologia. O alergista-imunologista é capacitado informações vindas da pesquisa clínico-epidemiológica de
principalmente para realizar e interpretar procedimentos e tes- qualidade sobre domínios básicos da atividade clínica: diag-
tes que vão auxiliar o diagnóstico e o tratamento dos doentes. nóstico, tratamento, prognóstico e etiologia.
Residência Médica
Entrada Pré-requisito: Clínica Médica. 3. Vantagens e dificuldades
Duração 2 anos.
- Treinamento básico: asma, rinite, A vantagem dessa carreira é que pode agradar tanto quem
alergia cutânea, reações adversas a admira a Clínica Médica, o contato com o paciente, quanto
drogas, reações a venenos de inse-
tos, imunodeficiências primárias e quem prefere desenvolver pesquisas para a busca de novas
secundárias (AIDS e desnutrição), fontes de diagnósticos precoces e tratamentos. Desse modo,
autoimunidade, incluindo imunoge- o profissional tem um amplo campo de trabalho em que pode
nética, imunoterapia e vacinas;
- Laboratório abrangendo imuno- desenvolver a sua carreira. Outro ponto gratificante é saber
logia, citologia nasal, realização e que pode melhorar a vida de, por exemplo, um paciente asmá-
interpretação de testes imediatos e tico, que, se não tratado, pode vir a falecer devido à doença.
tardios, preparo de extratos alergê-
Rodízio nas áreas nicos, realização e interpretação de Como em toda carreira, as dificuldades estão no começo
provas de função pulmonar, identi- da profissão. É difícil estabilizar-se em um emprego, princi-
ficação e contagem de alérgenos, palmente em se tratando de consultório próprio, pois mui-
testes de provocação com drogas
e alimentos, provas de provocação tas vezes há demora em conseguir um número de pacientes
brônquica e nasal, indicação e ava- que possam sustentá-lo financeiramente.
liação de imunoterapia, dessensibi-
lização por drogas, noções fisioterá- O que o tornará um bom alergista e imunologista?
picas e de reabilitação do asmático; - Ter bom raciocínio clínico;
- Unidade de treinamento: ambu-
latório, enfermaria e laboratório de - Ter bons conhecimentos gerais de Medicina Interna e de Pe-
provas especiais (provas “in vivo”). diatria;
65
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
O estilo de vida que esse profissional terá ele mesmo de-
cidirá, pois, com um campo de atuação tão amplo e com a
falta de profissionais em algumas regiões do Brasil, ele po-
derá definir o que realmente quer para a sua vida futura.
Existem aqueles que irão dedicar-se quase integralmente à
carreira, trabalhando em mais de 2 empregos, envolvidos
na área acadêmica e na pesquisa, e existem outros que irão
optar por uma carreira menos atarefada, tendo, com isso,
tempo livre para ficar com a família, fazer atividades físicas
e tirar férias.
66
29
CARDIOLOGIA
67
GUIA DE ESPECIALIDADES
Cardiologistas em atividade
Cerca de 9.054 em 2012
5. Estilo de vida
Devido à grande disponibilidade de empregos na área,
o profissional pode optar em como deseja se realizar pro-
fissionalmente e como quer que seja a sua vida pessoal. Se
o cardiologista deseja se dedicar somente à carreira, pode
trabalhar em mais de 2 empregos, trabalhar na área acadê-
mica e desenvolver pesquisas, sobrando pouco tempo para
a vida social. Porém, se pretende ter um tempo para família,
tirar férias, entre outras atividades pessoais, esse profissio-
nal também consegue desenvolver a sua carreira, fazendo o
que gosta e tendo um bom salário.
68
30
ENDOCRINOLOGIA
69
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
O estilo de vida dependerá do que esse profissional es-
pera para o futuro, pois pode querer se entregar totalmente
à profissão, trabalhando em diversos lugares e não desfru-
tando de muito tempo livre. Ou, pode optar por mais tempo
livre para ter vida social, estar presente com a família, pra-
ticar algum esporte e viajar, devendo escolher trabalhar em
menos locais ou ter apenas o seu próprio consultório, além
da possibilidade da carreira acadêmica.
70
31
GASTROENTEROLOGIA
A especialidade surgiu no Brasil em meados da década Tem como vantagem a grande disponibilidade de áreas de
de 1940. Para ser um gastroenterologista, é necessário fa- atuação, podendo trabalhar em diversos locais e com varieda-
zer primeiramente 2 anos de Residência em Clínica Médica e de dentro do próprio sistema, já que é responsável por diagnós-
mais 2 anos dentro da própria especialidade. O profissional, tico, tratamento e disfunções do sistema digestivo por comple-
quando terminar a Residência, será capaz de lidar com as to (boca, faringe, esôfago, estômago, intestino, ânus, e órgãos
anexos como fígado e pâncreas). A dificuldade da especializa-
doenças do sistema gastrintestinal, podendo fazer a preven-
ção está relacionada à sua complexidade e aos obstáculos que
ção, o diagnóstico e o tratamento clínico das diversas enfer-
os profissionais da área atravessam para se firmarem.
midades que acometem o sistema. O profissional também
faz a leitura de exames e pode realizar a endoscopia. O que o tornará um bom gastroenterologista?
- Facilidade de lidar com pessoas;
Residência Médica
- Ter bom raciocínio lógico;
Entrada Pré-requisito: Clínica Médica.
- Capacidade de diagnóstico.
Duração 2 anos.
- Unidade de Internação;
- Ambulatório; 4. Situação atual e perspectivas
Rodízio nas áreas
- Urgência e Emergência;
- Serviço de Endoscopia Digestiva. O mercado de trabalho é amplo e com grandes perspec-
111: tivas de crescimento. O especialista encontra amplo campo
- Nordeste: 28; de atuação na área clínica, diagnosticando, tratando e fazen-
Média de vagas no país - Centro-Oeste: 9; do a prevenção das enfermidades, como a mudança de hábi-
- Sul: 14; tos alimentares e realizando exames.
- Sudeste: 60.
Gastroenterologistas em atividade
Cerca de 2.244 em 2012
2. Áreas de atuação
71
GUIA DE ESPECIALIDADES
6. Subespecialidade
No Brasil, a hepatologia não é considerada uma especia-
lidade médica, mas uma área de atuação da Gastroentero-
logia. Dessa forma, para seguir carreira, é necessário fazer 2
anos de Clínica Médica, depois 2 anos de Gastroenterologia
e mais 2 anos de treinamento focado na fisiologia e nas fisio-
patologias do fígado. Depois disso, esse será o profissional
capacitado e qualificado para tratar pessoas com doenças
hepáticas.
72
32
GERIATRIA
A Residência em Geriatria teve início na década de 1980 Pode atender em diversas áreas, como consultórios ou
no Brasil. Para se especializar o médico precisa, primeira- ambulatórios, hospitais (acompanhando os seus próprios
mente, fazer 2 anos de Residência em Clínica Médica e, em pacientes ou em interconsultas para outras especialidades),
seguida, mais 2 anos de Geriatria. Depois de formado, será atendimento domiciliar, instituição de longa permanência
responsável pelas características clínicas do envelhecimento para idosos, programas de promoção em saúde, avaliação
e pelos variados cuidados de que o idoso necessita. Traba- clínica, solicitação de exames, saúde pública (em atenção
lha com aspectos mentais, sociais, físicos, funcionais e nos secundária ou terciária), hospital-dia geriátrico, gerencia-
tratamentos crônicos, agudos, preventivos, de reabilitação mento de pacientes crônicos, cuidados paliativos e, por fim,
e paliativos dos idosos. Oferece um tratamento complexo, a carreira acadêmica como professor universitário. O salário
muito além da medicina focada em órgãos e sistemas, com é variável, dependendo do local de atuação do profissional.
envolvimento interdisciplinar promovendo a capacidade O geriatra atua com uma visão total no idoso e tem a capa-
cidade de priorizar o que é mais urgente naquele momento.
funcional e aperfeiçoando a qualidade de vida e a autono-
mia dos idosos.
É imprescindível relembrar que a Geriatria não é a Clínica 3. Vantagens e dificuldades
Geral dos idosos; há variadas diferenças entre os jovens adul-
tos e os idosos, desde o que é senilidade (desenvolvimento A gratificação com a especialidade é imensa, fundamen-
patológico do envelhecimento), senescência (desenvolvimen- talmente quando se trata da otimização que pode ser ofereci-
to natural do envelhecimento), até a clínica das doenças e as da em relação à qualidade de vida dos pacientes e familiares.
particularidades dos tratamentos farmacológicos. O geriatra Esse acompanhamento e cuidado prestados levam a uma pro-
cuida do idoso e não somente de suas enfermidades. funda satisfação, bilateral, já que grande parte das enfermida-
Residência Médica des é crônica ou incurável mas é controlada. As dificuldades
estão relacionadas ao preconceito com a especialidade (pois
Entrada Pré-requisito: Clínica Médica.
muitos ainda não entendem qual é função efetiva do geria-
Duração 2 anos.
tra), o tempo da consulta é mais demorado, precisa-se de
- Unidade de Internação, Ambulató- uma equipe multidisciplinar para aperfeiçoar o diagnóstico e
rio e Assistência Domiciliar, Urgên-
cia e Emergência; tratamento, há preocupação em enfrentar conflitos familia-
Rodízio nas áreas res, falta de suporte social e doenças avançadas.
- Estágios obrigatórios: Medicina
Física e Reabilitação, Psiquiatria e
O que o tornará um bom geriatra?
Neurologia.
- Apreciar o cuidado com os idosos;
70:
- Norte: 3; - Ser paciente;
- Nordeste: 6; - Gostar de tratar pacientes crônicos;
Média de vagas no país
- Centro-Oeste: 7;
- Sul: 5; - Estar acostumado com longos tratamentos;
- Sudeste: 49. - Ser um bom observador;
73
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Essa é uma das especialidades que vão depender de
como o profissional deseja viver, ou seja, diante de tantas
opções de emprego e da pequena quantidade de profissio-
nais na área, se pode escolher um local de trabalho e pro-
gramar em quantos lugares quer trabalhar. Para o médico
que pretende se dedicar inteiramente à carreira, é possível
ter ocupação para todos os dias e horários. Já o profissional
que pretende ter uma vida um pouco mais tranquila conse-
gue um tempo de descanso, ficar com a família, tirar férias e
viajar, além de poder se encaixar em 1 só ou até 2 serviços e
ter uma vida menos atarefada.
74
33
HEMATOLOGIA E
HEMOTERAPIA
2. Áreas de atuação
3. Vantagens e dificuldades
O hematologista/hemoterapeuta é um médico que pode
atuar na Área Clínica, na assistência direta ao paciente, as- Atualizações periódicas e cursos de educação continua-
sim como na área da Hemoterapia e laboratório. da e pós-graduação são fundamentais. Com os avanços da
75
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
A vida é semelhante à das outras especialidades clínicas.
Quando vinculado aos serviços, deve-se cumprir horário
como qualquer outro profissional CLT. No entanto, se tiver
consultório próprio, há maior flexibilidade de horários.
Um bom hematologista/hemoterapeuta deve estar sem-
pre atualizado e, para tanto, deve estar vinculado a alguma
instituição de pesquisa/ensino.
6. Subespecialidades
- Anemias Carenciais;
- Anemias Hereditárias;
- Avanços no Diagnóstico das Leucemias Agudas e Sín-
dromes Mielodisplásicas;
- Citogenética Hematológica: Clássica e Molecular;
- Doenças Linfoproliferativas Crônicas (Linfoma não
Hodgkin e Mieloma Múltiplo);
- Doenças Linfoproliferativas Crônicas (Linfoma de
Hodgkin);
- Doenças Linfoproliferativas Crônicas (Leucemia Linfocí-
tica Crônica);
- Hemostasia e Trombose;
- Hemoterapia;
- Imuno-Hematologia;
- Insuficiência Medular;
- Transplante de Medula Óssea.
76
34
MEDICINA INTENSIVA
77
GUIA DE ESPECIALIDADES
6. Subespecialidades
- UTI em Pediatria;
- UTI Cirúrgica;
- UTI Clínica Médica;
- UTI Neurologia.
78
35
NEFROLOGIA
79
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Assim como em todas as carreiras médicas, o início da
vida profissional sempre é difícil. Durante os anos de Resi-
dência, não haverá quase nada além da sua formação. Ao
final, o profissional ainda terá dificuldades, pois provavel-
mente não terá um consultório particular, trabalhando ge-
ralmente em hospitais, públicos ou privados.
Posteriormente, o profissional começa a juntar uma
gama de pacientes e consegue montar seu consultório, orga-
nizando a vida da maneira que acha ideal ao seu perfil. Cada
profissional acaba escolhendo como vai querer lidar com
suas atividades, sendo que pode aceitar uma carga horária
que tome todos os seus horários e também os finais de se-
mana ou atender em consultório e operar uma quantidade
menor de pacientes.
6. Subespecialidades
- Litíase e Infecção do Trato Urinário;
- Nefrites;
- Insuficiência Renal Crônica, Uremia e Diálise;
- Hipertensão Arterial;
- Nefrologia Pediátrica;
- Transplante Renal.
80
36
NUTROLOGIA
1. Introdução 4:
Média de vagas no país - Sul: 1;
A Nutrologia é a especialidade médica que estuda, pes- - Sudeste: 3.
quisa e avalia os benefícios e os malefícios causados pela in-
gestão dos nutrientes, aplicando esse conhecimento para a 2. Áreas de atuação
avaliação de nossas necessidades orgânicas, visando à manu-
tenção da saúde e à redução de risco de doenças, assim como Nutrólogos podem atuar principalmente em consultó-
o tratamento das manifestações de deficiência ou de excesso. rios, podendo ainda trabalhar em hospitais e clínicas, com
O acompanhamento do estado nutricional do paciente e as unidades de nutrição parenteral e enteral.
a compreensão da fisiopatologia das doenças diretamente Esses profissionais podem diagnosticar e tratar as doen-
relacionadas aos nutrientes permitem ao nutrólogo atuar ças nutricionais (como a obesidade, a hipertensão arterial
no diagnóstico, na prevenção e no tratamento dessas con- e o diabetes mellitus), identificar possíveis “erros” alimen-
dições, contribuindo para a promoção de uma longevidade tares, propor mudanças de hábitos de vida, enfatizar a ne-
saudável, com melhor qualidade de vida. cessidade de acompanhamento sistemático do estado nu-
A Nutrologia foi reconhecida como especialidade médica tricional por meio de uma avaliação nutrológica periódica,
em 1978. Antes disso, era conhecida como Nutrição Clínica, um participar da composição da Equipe Multidisciplinar de Te-
ramo da Clínica Médica, termo ainda usado em outros países. rapia Nutricional para atendimento aos que necessitam de
Nutrição Enteral ou Parenteral.
Residência Médica
Pré-Requisito: Clínica Médica ou Ci-
Entrada
rurgia Geral. 3. Vantagens e dificuldades
Duração 2 anos.
- Geriatria; Essa é uma área com poucos profissionais, o que leva a
- Gastroenterologia; grandes oportunidades a quem escolhe segui-la. Porém, da
- Obesidade; mesma forma que proporciona oportunidades, a população
- Oncologia; em geral não tem muito conhecimento sobre ela, sempre
- Avaliação Nutricional; procurando os nutricionistas para questões da área. Portanto,
- Distúrbios de Conduta Alimentar;
são necessárias campanhas para divulgação da especialidade.
- Nutrição Integral;
- Nutrição Parenteral; O que o tornará um bom nutrólogo?
- Centro Cirúrgico; - Ser profundo conhecedor da fisiologia digestória;
Rodízio nas áreas
- Unidade de Preparo de Nutrição
Parenteral; - Gostar de atendimento clínico;
- Unidade de Preparo de Nutrição - Gostar de trabalhar com uma equipe multidisciplinar.
Enteral;
- Laboratório de Lipídios, Proteínas
e Vitaminas; 4. Situação atual e perspectivas
- Laboratório de Nutrição;
- Ambulatório de Aminoacidopatias; Vivemos em uma sociedade marcada pela obesidade.
- Ambulatório de Enterectomizados.
Dessa forma, os profissionais que escolherem essa espe-
81
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Essa é uma área que pode promover uma excelente
qualidade de vida ao profissional. A forma de trabalho é pri-
mordialmente em consultórios, fazendo o médico escolher
a melhor maneira de atuar, com horários de trabalho total-
mente flexíveis. Obviamente não existem urgências, o que
eleva ainda mais à qualidade de vida dos nutrólogos.
6. Subespecialidades
- Nutrição Parenteral e Enteral;
- Nutrição Parenteral e Enteral Pediátrica;
- Nutrologia Pediátrica.
82
37
ONCOLOGIA CLÍNICA
1. Introdução 127:
- Norte: 9;
A Oncologia Clínica é uma subespecialidade da Clínica - Nordeste: 11;
Média de vagas no país
Médica voltada para a atenção de portadores de algum tipo - Centro-Oeste: 2;
de neoplasia. Tem por objetivo realizar o acompanhamen- - Sul: 22;
- Sudeste: 83.
to desses pacientes a fim de lhes proporcionar tratamento
curativo ou paliativo, administrando quimioterápicos, imu-
nomoduladores ou mesmo indicando a radioterapia. Esse 2. Áreas de atuação
especialista é o profissional que acompanha por mais tempo
um paciente com tumor, trabalhando em conjunto com o O oncologista clínico atua em hospitais e clínicas reali-
cirurgião oncológico no sentido de indicar ou não uma res- zando consultas e acompanhando os portadores de neopla-
secção neoplásica, sendo essa seguida ou não de uma qui- sias nas enfermarias.
mioterapia neoadjuvante.
É uma área que envolve muitas pesquisas clínicas para
identificar os genes envolvidos em um determinado câncer 3. Vantagens e dificuldades
e, com a sua análise, escolher a melhor opção farmacológica
que venha trazer benefícios e reduzidos efeitos colaterais. A Essa especialidade tem como vantagem permitir aborda-
ciência tem avançado muito nessa área: temos o desenvol- gem mais ampla e completa do paciente, pois está apto a
vimento de fármacos cada vez mais específicos e que atuam atuar diante das alterações clínicas que surgem em decor-
de diversas maneiras no tumor, as pesquisas têm descober- rência do desenvolvimento tumoral e de sua disseminação.
to inúmeros genes, proto-oncogenes e receptores envolvi-
As dificuldades encontradas por esse profissional são
dos na patogênese tumoral. Muito se tem avançado nessa
as advindas de sua atuação em hospitais públicos, que pos-
área, o que pode ser notado com a maior sobrevida e a me-
suem restrições de exames e fármacos para um tratamento
lhora da qualidade de vida de quem antes não dispunha de
tratamento e que tinha prognóstico bem reservado. adequado. Essas restrições do sistema de saúde deixam o
O oncologista clínico é um profissional que visa trazer profissional, muitas vezes, frustrado.
maior conforto aos pacientes com câncer e coordena todo o O que o tornará um bom oncologista clínico?
tratamento disponível e necessário a cada doente, de acor- - Ser confiante e ter uma boa prática médica para atuar frente
do com seu estado clínico. Faz o acompanhamento da evo- ao paciente oncológico;
lução tumoral e coordena o atendimento multidisciplinar - Manter uma boa relação médico–paciente, pois dela depende-
que o paciente venha a necessitar, como fonoaudiólogos, rá o sucesso ou o fracasso de um tratamento coerente;
nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e interconsultas - Ter carisma e transmitir fatos coerentes e viáveis aos pacientes;
com médicos de outras especialidades clínicas ou cirúrgicas.
- Não ser intempestivo e saber o momento certo de agir e parar;
Residência Médica - Tomar condutas coerentes e, se for o caso, até individualizadas
Entrada Pré-requisito: Clínica Médica. perante cada caso;
Duração 3 anos. - Buscar sempre estar atualizado frente às pesquisas.
83
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Assim como as diversas outras áreas médicas, esse pro-
fissional almeja uma qualidade de vida que lhe proporcione
satisfação profissional somada aos cuidados com a família
e a momentos de lazer. Pode buscar a atuação em grandes
centros de Oncologia, com mais recursos disponíveis e que
lhe proporcionem maior tranquilidade em sua prática diária,
com a oportunidade de uma vida mais tranquila e podendo
decidir como quer estabelecer sua rotina.
84
38
PNEUMOLOGIA
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GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Pneumologistas, por atuarem em uma área muito gran-
de, podem escolher o tipo de vida que desejam levar. Aque-
les que se vinculam ao regime ambulatorial podem manipu-
lar horários e pacientes da maneira que desejam. Já os que
trabalham em regime hospitalar (enfermaria/interconsultas
hospitalares) estão sempre sob aviso do hospital. Há tam-
bém aqueles ainda em regime de plantão.
86
39
REUMATOLOGIA
87
GUIA DE ESPECIALIDADES
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40
ANGIOLOGIA E CIRURGIAS
VASCULAR E ENDOVASCULAR
89
GUIA DE ESPECIALIDADES
- Acidente vascular encefálico decorrente de estenose e As dificuldades encontradas nessa especialidade se en-
oclusão de artéria carótida; contram em seu início, pois o profissional deve buscar con-
- Pé diabético; tatos e se associar às sociedades de vasculares para buscar
- Claudicação intermitente; melhores empregos e, com isso, obter maior tranquilidade
- Aneurismas de aorta e outras localizações; em sua atuação médica.
- Tromboses arteriais; O que o tornará um bom cirurgião vascular?
- Isquemias dos membros inferiores;
- Ser criativo e detalhadamente orientado e cobrar de si mesmo
- Obstrução arterial aguda; alto padrão de postura;
- Debridamentos, amputações e fasciotomias;
- Permanecer relaxado e confiante, mesmo sob extrema pressão;
- Arterites e vasculites.
- Ter uma ótima destreza manual;
Patologias venosas como: - Ter um olhar estético;
- Varizes, microvarizes e telangiectasias; - Ter atenção redobrada frente aos casos mais graves;
- Varicorragia; - Ficar atento às patologias vasculares;
- Úlceras venosas; - Ter domínio sobre os procedimentos empregados.
- Tromboflebites e tromboses venosas;
- Acessos venosos profundos para diálise e quimiote-
rapia; 4. Situação atual e perspectivas
- Correção de fístulas arteriovenosas.
A Angiologia e as Cirurgias Vascular e Endovascular têm
Assim como nas patologias dos vasos linfáticos: caminhado para uma junção em suas áreas de atuação, e
- Linfangites; o cirurgião vascular deve se mostrar um profissional mais
- Linfedema; completo para auxiliar o paciente frente à sua comorbidade,
- Celulite; clínica ou cirurgicamente. Isso é observado pela maior bus-
- Erisipela. ca na área cirúrgica do que na área clínica. Outra mudança,
ainda em andamento, mas que marca a especialidade, é a
É uma área que também permite a atuação para realiza- realização cada vez mais frequente de procedimentos en-
ção de exames de imagem como ultrassonografia com Dop- dovasculares e minimamente invasivos. O que antes eram
pler, laser e vários outros procedimentos de angiorradiolo- cirurgias extensas e dramáticas de correção de aneurismas
gia e hemodinâmica. têm dado abertura à realização de procedimentos sem cica-
trizes e guiadas por vídeos e imagens quase em tempo real.
Portanto, a Angiologia e a Cirurgia Vascular têm tido, nos
E quem tem a ganhar são os pacientes, que tendem a se
últimos anos, um papel importante como a ciência e a arte
submeter a procedimentos com menos riscos e com recupe-
na vanguarda das pesquisas inerentes à circulação, o que
rações mais rápidas, aumentando, portanto, sua sobrevida.
tem traduzido uma melhora no tratamento dessas enfermi-
dades e, como consequência, na melhora da qualidade da
vida das pessoas. 5. Estilo de vida
A qualidade de vida é um dos pontos fundamentais em
3. Vantagens e dificuldades uma carreira profissional, demonstrando o quão satisfeito se
está com a profissão escolhida, podendo-se conciliar profis-
A vantagem proporcionada pela Angiologia e pelas são, família, viagens e lazer.
Cirurgias Vascular e Endovascular é a oportunidade de No começo de todas as carreiras profissionais, temos
atuação em diversas frentes de trabalho, onde o profis- uma maior dificuldade de nos ajustar ao mercado de traba-
sional pode atuar em consultórios particulares voltados lho e ultrapassar barreiras para só então alcançar a estabili-
para os cuidados estéticos ou patológicos de varizes e mi- dade tão almejada.
crovasos. Pode trabalhar em prontos-socorros de trauma Com toda a abrangência de sua área de atuação, o pro-
onde realiza abordagem nos grandes vasos para estancar fissional vascular tende a ficar mais satisfeito por conseguir
sangramentos profusos. E, se preferir uma atuação mais conciliar sua vida profissional e pessoal com mais tranqui-
tranquila, pode realizar exames de imagem em ambien- lidade do que seus outros colegas cirurgiões. Pode, em al-
tes distantes das correrias de situações emergenciais, ou guns patamares da carreira, não trabalhar como plantonista
seja, é um profissional que tem um campo de trabalho e atuar em consultórios, hospitais públicos e privados reali-
mais abrangente. zando interconsultas e avaliações durante o dia.
Muitos profissionais, principalmente mulheres, têm bus-
cado essa especialidade cirúrgica justamente pela sua diver-
sidade de campo de atuação, onde podem conciliar a família
e o lazer com mais flexibilidade.
90
41
CIRURGIA
CARDIOVASCULAR
Desde a época colonial, há registros sobre tentativas de O cirurgião cardíaco pode atuar em diversos hospitais,
intervenções cardíacas no Brasil, porém, todas mal-sucedi- fazendo cirurgias de pequeno, médio e grande portes. As
das. Somente em 1927 foi constatado o 1º caso bem-suce- cirurgias podem ser abertas, fechadas, em hipotermia e
dido de uma cirurgia cardíaca e a, partir de então, diversos minimamente invasivas, que utilizam o auxílio da robótica.
aprimoramentos e aperfeiçoamentos foram sendo feitos Algumas das cirurgias que os profissionais serão capazes
dentro da cadeira. Hoje, apresenta avanços tecnológicos de realizar são: revascularização do miocárdio, valvulares,
incríveis, e o Brasil não está fora desse desenvolvimento, aneurisma de aorta, implante de marca-passo, implante de
pois se encontra em nível semelhante ao dos países de- desfibriladores, transplantes e cardiopatias congênitas.
senvolvidos. Normalmente, a Cirurgia Cardiovascular é
feita para tratar as doenças isquêmicas, a doença cardíaca 3. Vantagens e dificuldades
congênita, as doenças das válvulas cardíacas, incluindo o
transplante cardíaco. Essa é conhecida tradicionalmente como uma especiali-
dade nobre, porém não mais a “menina dos olhos” entre os
Residência Médica
estudantes de medicina. Mesmo com todo o desenvolvimen-
Entrada Pré-requisito: Cirurgia Geral. to e por promover a melhora da qualidade de vida de muitas
Duração 4 anos. pessoas, diversos fatores ainda deixam em dúvida e afastam
- Ambulatório; alguns candidatos a cirurgiões cardíacos. Alguns dos proble-
- Centro Cirúrgico;
mas que afastam os recém-formados a seguirem essa carrei-
- Urgência e Emergência;
- Radiologia Cardiovascular e Hemodi- ra é o longo período de formação, o desencorajamento por
nâmica; outros colegas, informações falsas sobre o encerramento da
- Estágios obrigatórios: Radiologia Car- especialidade e a baixa remuneração no início da carreira.
diovascular e Hemodinâmica; Métodos Contudo, a carreira ainda está crescendo e se desenvol-
Rodízio nas áreas
Vasculares Diagnósticos não Invasivos;
Unidade de Terapia Intensiva; Pós-
vendo, e pode-se adquirir uma sólida formação teórico-práti-
-Operatório de Cirurgia Cardiovascular; ca e se destacar no mercado. O que incentiva a optar por essa
Cirurgia Torácica; Angiologia e Cirurgia especialidade é que a população está aumentando sua expec-
Vascular; Circulação Extracorpórea; Ci- tativa de vida e, com isso, cada vez mais, precisa de interven-
rurgia Experimental; Anatomia Patoló- ções cardiovasculares, que se tornarão mais prevalentes.
gica e Hemoterapia.
44: O que o tornará um bom cirurgião cardiovascular?
- Norte: 1; - Saber trabalhar em equipe;
Média de vagas no - Nordeste: 9; - Suportar operações de grande porte;
país - Centro-Oeste: 2;
- Sul: 9; - Ter ótima destreza manual;
- Sudeste: 23. - Conseguir lidar com cirurgias robóticas.
91
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Para o recém-formado, é importante que procure se fa-
miliarizar com uma equipe já formada, com o objetivo de
desenvolver sua formação e viabilizar seu trabalho. E, como
em qualquer profissão, essa principalmente precisa de bas-
tante dedicação e trabalho para que o profissional consiga
atingir a realização profissional. A vida desse médico pode
ser bastante ocupada, pois essa área permite que ele tra-
balhe em diversos hospitais em São Paulo e no Brasil. Esse
profissional está mais predisposto a uma vida mais ocupada
pela profissão, o que diminuirá o tempo livre para outras
áreas particulares.
6. Subespecialidades
- Revascularização do miocárdio;
- Valvulares;
- Aneurisma de aorta;
- Implante de marca-passo;
- Implante de desfibriladores;
- Transplantes;
- Cardiopatias congênitas.
92
42
CIRURGIA DE CABEÇA
E PESCOÇO
93
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
A qualidade de vida é um dos pontos fundamentais em
uma carreira profissional, demonstrando o quão satisfeito se
está com a profissão escolhida, podendo-se conciliar profis-
são, família, viagens e lazer. O cirurgião de cabeça e pesco-
ço não se mostra diferente em desejar conciliar sua prática
profissional com sua vida afetiva, mas tende a ter extensas
jornadas de trabalho, realizando grandes cirurgias para reti-
rada de tumores ou pequenos procedimentos como exames
e biópsias.
94
43
CIRURGIA DO
APARELHO DIGESTIVO
95
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Assim como em todas as carreiras médicas, o início da
vida profissional sempre é difícil. Durante os anos de Resi-
dência, não haverá quase nada além da sua formação. Ao
final, o profissional ainda terá dificuldades, pois provavel-
mente não terá um consultório particular, trabalhando ge-
ralmente em hospitais, públicos ou privados.
Os cirurgiões do aparelho digestivo muitas vezes procu-
ram e montam equipes de cirurgiões e, dessa forma, podem
elaborar uma agenda de atendimentos e cirurgias que me-
lhor se encaixe no perfil desejado.
Há também a possibilidade dos plantões de diversas for-
mas; ao longo do tempo, poderão montar seu consultório,
atendendo as diversas patologias. Geralmente, esse con-
sultório será especializado naquilo que o profissional mais
estudou e em que se dedicou. Hoje em dia, é muito procura-
da a chamada cirurgia bariátrica, pois a população tem bus-
cado resolver o problema da obesidade com cirurgia. Isso
tem rendido grande demanda pelos cirurgiões do aparelho
digestivo que lidam com essa área.
Vale lembrar que a medicina, de maneira geral, propor-
ciona ao médico a oportunidade de escolher o quanto ele
abdicará das atividades de extramedicina para trabalhar,
sempre refletindo o quanto resultará financeiramente no
final do mês, fato que não é diferente com a cirurgia do apa-
relho digestivo.
96
44
CIRURGIA DO TRAUMA
97
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
A qualidade de vida é um dos pontos fundamentais em
uma carreira profissional, demonstrando o quão satisfeito se
está com a profissão escolhida, podendo-se conciliar profis-
são, família, viagens e lazer.
No começo de todas as carreiras profissionais, temos
maior dificuldade de nos ajustar ao mercado de trabalho e
ultrapassar barreiras para só então alcançar a estabilidade
tão almejada. Portanto, na Cirurgia do Trauma, vemos uma
dificuldade do profissional em conseguir conciliar os pa-
râmetros citados, pois a tensão da vida diária impõe uma
carga horária extensa e extenuante, frequentemente impe-
dindo que esse profissional tenha uma qualidade de vida sa-
tisfatória. A carga emocional empregada no atendimento de
pacientes graves faz esse profissional se sentir mais cansado
no final do dia.
Por isso, muitos acabam abrindo mão de trabalhar du-
rante a maior parte do tempo como cirurgiões do trauma
e tendem a procurar uma área de atuação mais tranquila,
como passar visitas em internados em enfermarias e UTI.
98
45
CIRURGIA ONCOLÓGICA
99
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Assim como as diversas outras áreas médicas, esse pro-
fissional almeja uma qualidade de vida que lhe proporcione
lazer e a oportunidade de estar mais perto da família, sem
necessitar trabalhar de forma extenuante, por cerca de 200
horas semanais, como muitos médicos se submetem.
Contudo, o cirurgião oncológico acaba deparando com
a realidade de ter de trabalhar durante muitas horas do seu
dia, fazendo atendimentos ambulatoriais e, posteriormen-
te, indo para o centro cirúrgico, realizando intervenções que
muitas vezes duram 16 horas, dependendo da gravidade de
cada caso operado.
100
46
CIRURGIA PEDIÁTRICA
101
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Todo profissional, da área da saúde ou não, almeja ter
uma estabilidade familiar e financeira para poder desfrutar
de uma melhor qualidade de vida. Para isso, busca manter
um equilíbrio entre sua prática profissional e a vida pessoal.
No início da carreira profissional, há certa dificuldade em
estabelecer vínculos empregatícios fixos, por isso o cirurgião
tende a atuar em vários hospitais, exercendo diversas ativi-
dades, como atendimento no pronto-socorro, ambulatórios
e enfermarias. Com o tempo ele adquire mais experiência e
tende a selecionar os melhores locais para atuar.
6. Subespecialidades
- Neonatal;
- Pré-natal;
- Urologia Pediátrica;
- Trauma;
- Oncologia Pediátrica;
- Videolaparoscopia.
102
47
CIRURGIA PLÁSTICA
A Cirurgia Plástica consiste na reconstituição ou na mu- A área de atuação mais comum de um cirurgião plástico é
dança de uma parte do corpo humano por razões médicas o consultório particular. Geralmente, profissionais como esse
ou estéticas. Há 2 vertentes na especialidade: a Cirurgia não conseguem abrir um consultório ou obter uma gama de
Plástica Reparadora e a Cirurgia Plástica Estética. A primei- pacientes assim que se formam, então a posição de auxiliar
de cirurgia remunerado permite ao cirurgião plástico jovem,
ra visa corrigir lesões deformantes, defeitos congênitos ou
ao final da sua Residência, trabalhar com Cirurgia Plástica e ao
adquiridos. É considerada tão necessária quanto qualquer
mesmo tempo ser remunerado por esse trabalho, o que lhe
outra intervenção cirúrgica. A segunda é aquela feita com o possibilita um suporte financeiro inicial muito interessante.
objetivo de realizar melhoras na aparência. No sistema público, os especialistas atuam exclusiva-
O paciente que realiza cirurgia estética procura melhorar mente nas cirurgias reparadoras, já que o sistema não co-
algum aspecto físico que não lhe agrada, como uma orelha bre as puramente estéticas. Outra possibilidade é a atuação
proeminente ou em abano, uma mama flácida que pode lhe acadêmica, pois os hospitais universitários realizam tanto as
dificultar um relacionamento afetivo etc. Geralmente essas cirurgias reparadoras quanto as estéticas.
situações não lhe causam prejuízo de ordem funcional, mas
sim de ordem psicológica. Atualmente, as 2 cirurgias plásti- 3. Vantagens e dificuldades
cas estéticas mais realizadas no Brasil são a lipoaspiração e o
implante de prótese de silicone nos seios. Alguns fatores mostram por que a Cirurgia Plástica pode
Residência Médica ser uma boa área de atuação. Por exemplo, o grande número
de cirurgias plásticas que são realizadas no Brasil. Uma das
Entrada Pré-Requisito: Cirurgia Geral.
mais importantes é o fato de que é uma área desvinculada de
Duração 3 anos.
planos de saúde, já que esses não cobrem as exclusivamente
- Cirurgia Craniofacial; estéticas. Estão em grande ascensão o tratamento cirúrgico
- Cirurgia da Mão; e a restauração, associados a um único tempo operatório;
- Unidade de Queimados; reconstruções de mama e mastectomia associadas em um
- Cirurgia Reconstrutiva dos Mem- único tempo cirúrgico e as grandes reconstruções de tumo-
Rodízio nas áreas bros e da Face; res faciais associadas a reconstruções com retalhos compos-
- Cirurgia da Mama; tos transferidos com o auxílio da microcirurgia são situações
- Microcirurgia Reconstrutiva;
bastante comuns no dia a dia do cirurgião plástico.
- Cirurgia Estética;
Porém, alguns fatores são vistos como dificuldades,
- Cirurgia Oncológica.
como o longo tempo de formação, pois além da Cirurgia Ge-
112: ral e da Cirurgia Plástica; hoje o médico deve ter uma subes-
- Nordeste: 16; pecialidade para se destacar no mercado, o que leva a um
Média de vagas no país - Centro-Oeste: 8; aumento maior ainda desse período de formação. Também,
- Sul: 8; hoje o mercado está cada vez mais exigente, o que requer
- Sudeste: 80. desse profissional algo que o faça se destacar dos demais.
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GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Pode-se dizer que pode haver ótima qualidade de vida
para um cirurgião plástico; tudo dependerá do quanto ele se
dedicar ao seu trabalho. Como as cirurgias em geral são ele-
tivas, ele pode adequar seus horários e cirurgias da maneira
que lhe convier nas suas atividades profissionais, intercalan-
do com as demais atividades do dia a dia.
6. Subespecialidades
O cirurgião plástico, em geral, deverá atender todas as
especialidades, contudo acabará tendo preferência por al-
guma abordagem como as da face (pálpebras, nariz, orelha
etc.), mamas, abdome/lipoaspiração, membros etc.
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48
CIRURGIA TORÁCICA
105
GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
A qualidade de vida é um dos pontos fundamentais na
carreira profissional, demonstrando o quão satisfeito se está
com a profissão escolhida, podendo-se conciliar profissão,
família, viagens e lazer.
No começo de todas as carreiras profissionais, temos
maior dificuldade de nos ajustar ao mercado de trabalho e
ultrapassar barreiras para só então alcançar a estabilidade
tão almejada. Portanto, o cirurgião torácico tende a buscar
congregar seus afazeres profissionais com a vida pessoal,
mas tem enfrentado certa dificuldade nessa tarefa, pois
está tendo de atuar, cada vez mais, como plantonista em
hospitais.
106
49
COLOPROCTOLOGIA
A Coloproctologia é a especialidade médica que estuda O coloproctologista pode atuar em diversos locais, tanto do
as moléstias que acometem intestino, cólon, reto e ânus. setor público quanto do privado. Há atendimento em consul-
Anteriormente, era conhecida pelo termo Proctologia, mas tório, lidando com a parte clínica (podendo indicar os procedi-
mentos cirúrgicos), em grandes hospitais e na área acadêmica.
posteriormente passou a ser chamada de Coloproctologia,
uma vez que também abrange estudos e abordagens tera-
pêuticas referentes a afecções do intestino grosso. 3. Vantagens e dificuldades
Essa especialidade é reconhecida pela Associação Médi-
ca Brasileira e pelo Conselho Federal de Medicina, apresen- Existem poucos coloproctologistas no mercado, o que
tando, como órgão difusor, a Sociedade Brasileira de Colo- configura uma ótima área para o profissional médico. É
proctologia (SBCP), que existe há mais de 50 anos e é a 2ª uma especialidade cirúrgica profundamente específica, o
maior sociedade de coloproctologistas do mundo. A SBCP é que demanda grande dedicação e capacidade para atuar,
porém se obtém grande reconhecimento quando se têm
responsável por realizar anualmente um congresso de atu-
essas qualidades.
alização e reciclagem, credenciar serviços médicos habilita- Contudo, o tempo prolongado de formação e a disputa
dos para o ensino da especialidade e emitir certificado de com outros profissionais próximos, como o cirurgião do apa-
qualificação ao exercício da Coloproctologia. relho digestivo e até o cirurgião oncológico geral, podem ser
Residência Médica algumas dificuldades da área.
Entrada Pré-requisito: Cirurgia Geral. O que o tornará um bom coloproctologista?
Duração 2 anos. - Gostar de trabalhar com as próprias mãos;
- Ambulatórios; - Ser um expert numa área médica superespecializada;
- Urgência e Emergências; - Se interessar por novas tecnologias;
- Centro cirúrgicos, passando em
- Ter excelente destreza manual e coordenação “olho–mão”.
Gastroenterologia, Patologia, Co-
lonoscopia, Urologia, Ginecologia,
Rodízio nas áreas
Cancerologia, Diagnóstico por Ima- 4. Situação atual e perspectivas
gem, Estomatoterapia, Nutrologia,
Laboratório de Técnica-operatória Nos grandes centros, é uma área com muitos profissio-
e Cirurgia Experimental, Hemote- nais, porém ainda não está saturada. As maiores oportu-
rapia. nidades, contudo, estão nos locais mais afastados, em que
65: provavelmente não há nenhum ultraespecialista.
- Nordeste: 11; Como perspectivas, as cirurgias por vídeo/minimamente
Média de vagas no país - Centro-Oeste: 7; invasivas e as cirurgias robóticas estão tendo cada vez mais
- Sul: 6; campo e avanços, constituindo-se nas maiores promessas
- Sudeste: 41.
da Coloproctologia.
107
GUIA DE ESPECIALIDADES
Coloproctologistas em atividade
Cerca de 940 em 2012
5. Estilo de vida
O médico coloproctologista realiza atendimentos clínico
e cirúrgico. Trata-se de uma característica que proporciona
ao profissional uma vasta gama de possibilidades no merca-
do. Ele pode realizar seus atendimentos em consultórios, li-
dando apenas com cirurgias eletivas, tendo uma rotina mais
amena e sobrando mais tempo para outras atividades, ou
então mesclar com atividades ou mesmo plantões em hos-
pitais, com cirurgias de urgência/emergência, podendo ter
rendimentos maiores, porém com decréscimo em qualidade
de vida e tempo livre.
6. Subespecialidades
- Doenças orificiais;
- Fisiologia anorretal;
- Cirurgia laparoscópica do colo e reto;
- Cirurgia endoanal e colonoscopia;
- Oncologia.
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50
UROLOGIA
1. Introdução 155:
- Norte: 2;
A Urologia é uma especialidade cirúrgica que estuda e Média de vagas no - Nordeste: 27;
país - Centro-Oeste: 14;
trata as doenças do aparelho urinário e do aparelho sexual - Sul: 17;
masculino. Foi uma das primeiras disciplinas a se individuali- - Sudeste: 95.
zar da Cirurgia Geral, principalmente pela grande especifici-
dade de técnicas de Endoscopia e Radiologia, e pelas parti-
cularidades de algumas de suas cirurgias, como de próstata 2. Áreas de atuação
e das vias urinárias. Há grande proximidade com a Nefrolo-
gia, que estuda e trata as doenças não cirúrgicas do rim e a O urologista atua em diversas áreas da saúde. Esse pro-
insuficiência renal. fissional lida tanto na área clínica quanto na área cirúrgica,
Desde tempos imemoriais se conhece a existência de pa- cuidando de recém-nascidos, passando por homens, mu-
tologias urinárias, como as pedras urinárias descobertas em lheres e idosos. É uma área extremamente abrangente,
múmias egípcias, além de procedimentos cirúrgicos como a permitindo ao profissional atuar praticamente da maneira
circuncisão e a castração. que quiser, seja ela clínica, cirúrgica, minimamente invasiva,
No Brasil, a 1ª reunião de urologistas e cirurgiões acon- diagnóstica etc.
teceu em 1926, e no dia 13 de maio desse ano foi fundada a Vale ressaltar que o urologista não se restringe ao apa-
Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). De lá para cá, muita relho reprodutor masculino, mas ao aparelho urinário como
evolução e avanços tecnológicos ocorreram no setor, com a um todo, de ambos os sexos.
realização de dezenas de congressos.
Muitos personagens importantes figuram na Urologia
brasileira. Dentre eles, podemos citar o ex-presidente do 3. Vantagens e dificuldades
Brasil e médico urologista Juscelino Kubitschek, que inclusi-
As principais vantagens da área são: ser muito ampla,
ve é o patrono da SBU.
permitindo ao especialista lidar com todo tipo de público e
Residência Médica idade, também com todo tipo de procedimento e atuação;
Entrada Pré-requisito: Cirurgia Geral. englobar a Clínica Médica e a Clínica Cirúrgica, o que é ex-
Duração 3 anos. celente àqueles que se dão bem com essas 2 grandes áreas
- Andrologia, Doenças Sexualmente da medicina.
Transmissíveis; Já as dificuldades são aquelas comuns a todos os cirurgi-
- Endourologia e Laparoscopia; ões, como alta carga horária de trabalho, alto estresse em al-
- Imagem em Urologia, Biópsias Dirigidas; guns procedimentos mais delicados e lidar com um sistema
- Litíase e Litotripsia; público deficiente em aparelhos e condições de trabalho.
Rodízio nas áreas - Transplante Renal;
- Urologia Feminina; Além disso, há o preconceito em relação às mulheres na
- Urologia Geral; Urologia, o que pode ser um problema tanto no ingresso na
- Uroneurologia e Urodinâmica; Residência quanto num futuro mercado de trabalho. Porém,
- Uro-Oncologia; existem cada vez mais mulheres na área, e são profissionais
- Uropediatria.
qualificadas da mesma forma que aqueles do sexo masculino.
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GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
Assim como em todas as carreiras médicas, o início da
vida profissional sempre é difícil. Durante os anos de Resi-
dência, não haverá quase nada além da sua formação. Ao
acabar a Residência, o profissional ainda terá dificuldades,
pois provavelmente não terá um consultório particular, tra-
balhando geralmente em hospitais, públicos ou privados.
Geralmente, os urologistas não realizam plantões de es-
pecialistas, porém ficam de sobreaviso caso surja qualquer
intercorrência de sua área no hospital em que está servindo.
Posteriormente, o profissional começa a juntar uma
gama de pacientes, conseguindo montar seu consultório
e organizar a vida da maneira que acha ideal ao seu perfil.
Cada profissional escolhe como vai lidar com suas ativida-
des, podendo aceitar uma carga horária que tome todos os
seus horários da semana e finais de semana, ou atender em
consultório e operar uma quantidade menor de pacientes.
Não há uma regra fixa sobre a qualidade de vida dos uro-
logistas, porém é uma área com bastante flexibilidade e os
profissionais geralmente estão satisfeitos.
6. Subespecialidades
- Disfunção Miccional Masculina: atende pacientes com
problemas miccionais de diversas etiologias;
- Disfunção Erétil: engloba distúrbios relacionados com a
ejaculação, alterações hormonais, disfunção erétil etc.;
- Disfunção Miccional Feminina: atende mulheres com
problemas miccionais e do assoalho pélvico;
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51
VIDEOLAPAROSCOPIA
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GUIA DE ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida
A atuação desse profissional, de maneira eletiva e em
hospitais que oferecem boa qualidade de materiais, pro-
porciona atuação médica mais eletiva, o que lhe permite
a possibilidade de se programar em sua vida profissional e
pessoal, podendo desfrutar de maior comodidade, sem ne-
cessitar trabalhar em serviços de emergência. Porém, como
essa não é a realidade de muitos hospitais, esse profissional
acaba tendo de trabalhar como plantonista em muitos luga-
res para proporcionar estabilidade à família.
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