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Exame de avaliação do Módulo de Aprofundamento Teórico-Prático da Sistémica Inter-

Relacional

Sabes que a eficácia e a eficiência de um sistema depende muito do estilo de comunicação e


de interacção que estabelece com o seu ambiente:

1. Quais os conceitos chave usarias como terapeuta sistemico para descrever as


relações existentes entre a família/comunidade e outros contextos ambientais
onde elas são chamadas a construir o seu habitat.

Como terapeuta sistêmica usaria os seguintes conceitos para descrever as relações


existentes entre a família e a comunidade e outros contextos ambientais:

- Comunidade: unidade psicossocial e terriorial onde há uma interacção de elementos


psicológicos que desenvolvem relações significativas, sentido de pertença em busca de
objectivos comuns para um bem-estar psicocossocial dos membros daquela comunidade.
Refere-se à qualidade daquilo que é o homem pelo que permite definir, distinguir tipo de
conjunto de pessoas que fazem parte de uma população, religião ou raça que partilham
um modus vivendi comum.

- Sociedade: É um grupo de indivíduos que formam um sistema semi-aberto, no qual a


maior parte das interações é feita com outros indivíduos pertencentes ao mesmo grupo.
Uma sociedade é uma rede de relacionamentos entre pessoas.

- Relacionamento interpessoal é um conceito do âmbito da sociologia e psicologia que


significa uma relação entre duas ou mais pessoas. Este tipo de relacionamento é
marcado pelo contexto onde ele está inserido, podendo ser um contexto familiar,
escolar, de trabalho ou de comunidade. Implica uma relação social, ou seja, um
conjunto de normas comportamentais que orientam as interações entre membros de
uma sociedade.

- Comunicação: é um processo Interativo e Transacional (no qual as pessoas constroem o


significado e desenvolvem expectativas sobre suas experiências, o que está acontecendo e
o mundo que as cerca, compartilhando assim esses significados através da troca de
símbolos.) Os signos podem se dar através das linguagens verbal e não verbal
influenciados por fatores intencionais ou não (tais como emoções e sentimentos). Implica
em reciprocidade entre as partes envolvidas; é um fenômeno na interação, devendo,
portanto, ser um processo cíclico. (Pimentel, 2010)

- Cultura conjunto de costumes, de instituições e de obras que constituem a herança


social de uma comunidade ou grupo de comunidades. Conjunto de acções do meio que
asseguram a integração dos indivíduos numa colectividade.

- Grupo: sistema de relação social de interacção.

- Sistema: conjunto organizado e complexo, uma reunião de coisas ou partes, inter-


relacionadas e inter-dependente que formam um todo unitário, usando a realização de
um ou mais objetivos.

2. Explica segundo a teoria de Broenfenbrenner como acontece a inter-relacção


sistemica ao nivel micro, meso, eso e macrosistema.

Segundo Delgado (2009), a obra de Bronfenbrenner os sujeitos, longe de serem um


produto passivo do ambiente, são agentes dinâmicos do mesmo, edificando realidades,
através da interacção com os elementos demográficos, físico-naturais, sociais e culturais
de uma comunidade. O espaço ecológico “é concebido como uma série de estruturas
encaixadas, uma dentro da outra, como um conjunto de bonecas russas” (Bronfenbrenner,
1996, p.5 citado por Delgado, 2009), mas que não estão hermeticamente fechadas, umas
em relação às outras, das mais pequenas à maior. Ancorada na teoria sistémica, a
perspectiva ecológica reconhece a interdependência e a interrelação entre os diferentes
níveis ambientais e os componentes que os compõem, produzindo, no seu conjunto, um
meio que é globalmente distinto (pode ser mais ou pode ser menos) da mera soma de cada
uma das suas parcelas (Relvas, 1996; Alarcão, 2000 citado por Delgado). Um sistema
ecológico caracteriza-se ainda pela reciprocidade entre as suas partes, pelo facto da
mudança numa delas afectar o todo, por ser uma estrutura flexível e adaptativa que tende
para o equilíbrio e se prolonga no tempo, gerindo a abertura (ou fecho) das suas fronteiras
face aos restantes sistemas ou sub-sistemas (Thomas & Pierson, 1995; Ander-Egg, 1997
citado por Delgado, 2009).
São quatro os círculos que, segundo Bronfrenbrenner (1996), rodeiam ou integram a
pessoa no seu núcleo. O microsistema é o primeiro, o mais íntimo e imediato, ou mais
conhecido, que envolve o indivíduo desde os primeiros anos de vida, e as interacções que
desenvolve em territórios como a casa / família, com os pais e os irmãos, a sala de aula ou
o parque infantil. Bronfenbrenner denominou mesosistema às relações ou interconexões
que cada um destes micro espaços estabelece entre si (relação escola/família, ou família/
amigos da vizinhança), sublinhando a importância que têm no desenvolvimento, a par dos
acontecimentos que ocorrem num desses espaços, uma vez que a capacidade de
aprendizagem de uma criança “pode depender tanto do como ela é ensinada quanto da
existência e natureza de laços entre a escola e a família” . Em suma, o mesosistema é um
sistema composto por microsistemas e será tanto mais poderoso e rico para o
desenvolvimento da criança quanto mais diversos e fortes são os vínculos entre os meios,
com particular destaque para o que liga a família à escola (Garbarino & Eckenrode, 1999,
citado por Delgado, 2009).
O exosistema constitui o terceiro nível ecológico e refere-se as conexões ou processos
entre dois ou mais sistemas, “um dos quais, pelo menos, não integra normalmente a pessoa
em desenvolvimento, mas no qual ocorrem eventos que influenciam os processos dentro
do sistema que contém aquela pessoa (Alberto, 2004 citado por Delgado, 2009). São
ambientes mais afastados, nos quais o indivíduo pode nem estar presente, mas cujos
acontecimentos influenciam o seu desenvolvimento, como por exemplo o desemprego ou
as condições de trabalho dos pais, a sua rede de amigos, a sala de aula de um irmão mais
velho.Isto é, são eventos que, acarretam um duplo risco quando afectam os pais e adultos,
o que por sua vez, empobrece o microsistema (por exemplo um horário de trabalho muito
longo ou a necessidade de viajar muitas horas para chegar ao local de trabalho) ou se são
decisões que afectam de forma adversa a criança.
O macrossistema remete para a cultura social, para os valores, as crenças e os modos de
agir de uma determinada sociedade, para a forma como ela se organiza, desde o espaço
mais privado (microsistema) à esfera nacional (Política Social e de Serviço).

3. Faça uma analise critica sobre a reconstrução sistémica tendo em consideração


os contextos culturais: europeu e africano.

Pelo facto das famílias europeia e africana serem constituidas de forma distinta. A européia é
fechada (pai, mãe e filho) e a africana é aberta, podendo não apenas ser constituida pelo casal
e sua prole, mas pela família de orígem (avós, tios) e aceitar na sua configuração membros
por laços de amizade (vizinhos, colegas de trabalho, padrinhos, afilhados). Sendo por isso, a
vida africana constituida em comunidade.

Na família africana, as diferentes etapas do ciclo de vida (nascimento, casamento, morte) são
acompanhados por ritos, de forma a assegurar a boa relação com a comunidade de vivos e
mortos (antepassados) tais como: remédio da lua que se dá ao bebé recém-nascido para
prevenir a epilepsia, os ritos de iniciação que são realizados em algumas partes do País para
assinalar a transição da infância para a vida adulta preparando o indivíduo para o casamento,
o lobolo, que é a compensação em forma de dinheiro e/ou outros bens (animais, roupa) á
família da noiva pela parte do noivo; e por fim, os rituais fúnebres.

4. Apresente um caso clinico (familiar ou comunitário), indicando os instrumentos


a usar para o psicodiagnóstico assim como o plano de intervenção.

Expomos em seguida excertos de um caso clínico de um adolescente que demonstra o


procedimento de avaliação inicial, delineamento de objectivos e conclusão do processo
terapêutico. O caso clinico é real tendo, obviamente sido salvaguardados todos os dados
pessoais do paciente e da sua família.

- Apresentação do paciente:

Nome do paciente: D.

Idade: 13 anos

Género: Masculino

Profissão: Estudante da 8ª classe

Derivação: Quem referenciou o inicio do acompanhamento psicológico foi a mãe que refere
que D. tem dificuldades de aprendizagem e é muito agitado. Sendo D uma criança simpática
e sem problemas de comportamento agressivo, a mãe acredita que esse mau aproveitamento
escolar deve-se ao facto de D ser uma criança muito agitada e distraida. Com o desenrolar das
consultas, existe um pedido latente que se refere a problemas da mãe de D., devido a sua
grande ansiedade – frequentemente durante as consultas, a senhora E., afasta-se da
problemática de D. e centra-se na sua, referindo como sofreu no passado (depressão e ataques
de pânico) e como ainda está dependente de medicamentos para evitar recaídas.
- Problema apresentado

Défice de atenção e falta de motivação académica que conduzem a fracos resultados


escolares.

- Genograma e outros instrumentos utilizados com cada membro da família

Genograma

Sociograma

Mãe Avô

Escola Tia 2

Igreja D. (PI) Tia1

Terapeuta

Alberto Alex

(amigos / Grupo de pares)


Hipótese Sistemática

A família é desestruturada, as fronteiras são difusas e a senhora E não está a conseguir dar o
apoio e atenção que D.(PI) precisa, por estar desequilibrada emocionalmente.

Pelo facto de E ter uma péssima relação com a família do marido, D se encontra isolado da
família paterna. Tem uma boa relação, porém distante com o avô paterno e a rede secundária,
terapeuta, escola e igreja. Tem poucos amigos e pouco sai.

Plano de intervenção (tendo em consideração a anamnese e provas aplicadas)

Finalidade

Criação de um padrão de relacionamento familiar mais positivo e que forneça mais suporte ao D. No nível
emocional e Dar apoio ao D. No plano afectivo e compreensivo, de forma a fomentar um sentimento de
securização que permita aumentar os seus níveis de motivação académica.

Meta 1 –Teoria Cognitiva Comportamental Meta 2 – Teoria de Cognitiva Meta 3 – Teoria Sistémica aumento
de concientizar a familia sobre o problema Desenvolver a sua capacidade de. de autoestima
manutenção da atenção

Técnicas Técnicas Verbatização dialogo experimental


- interrogação -jogos,puzzles
-clarificação -memorização -cadeira vazia
-reformulação
-sonho fantasiado

Referências Bibliográficas

- Pimentel, B. (2010). Comunicação: Relações Interpessoais. Acessado aos 26/02/14.


Disponível em http://www.slideshare.net/BrunoLevi/comunicao-5226021

- DELGADO, Paulo. O acolhimento familiar numa perspectiva ecológico-social.


Rev. Lusófona de Educação [online]. 2009, n.14, pp. 157-168. ISSN 1645-7250.
http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/pdf/rle/n14/n14a11.pdf
- OLIVEIRA, Cynthia Bisinoto Evangelista de and MARINHO-ARAUJO, Claisy
Maria. A relação família-escola: intersecções e desafios. Estud. psicol. (Campinas)
[online]. 2010, vol.27, n.1, pp. 99-108. ISSN 0103-166X. ->
http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v27n1/v27n1a12.pdf

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