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INTRODUÇÃO
Salvação para os mortos é um das doutrinas distintivas do mormonismo que por sua vez os
separa do Cristianismo histórico. Nota-se, contudo, que o Livro de mórmon se silencia a
respeito da salvação para os mortos e também do batismo para os mortos. Outros livros de
revelações posteriores da seita que explicitamente mencionam estes assuntos são em
grande parte interpretações de um punhado de passagens da Bíblia (dois em particular—1
Pedro 3.19 e I Coríntios 15.29). Assim, o real fundamento da doutrina da salvação para os
mortos, é sua própria interpretação deturpada destas passagens.
“Este artigo começa com uma introdução ao ensino bíblico básico relativo ao destino eterno
da humanidade, e então examina em alguns detalhes a interpretação de que Cristo estava
pregando aos espíritos em prisão como descrito em I Pe 3.19”
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O que acontece a esses que morrem sem um conhecimento de Jesus Cristo e da Bíblia? Eles
terão uma oportunidade para ouvir o evangelho e se arrepender depois da morte? Seria
injusto se Deus os negasse tal oportunidade? Porque a Bíblia declara que as pessoas têm
que ouvir e têm que acreditar no evangelho de Jesus Cristo primeiramente para então
receber o perdão de seus pecados e escapar do julgamento de Deus (João 3.36; Romanos
10.13-17). Às vezes é dito que esses que morrem sem ouvir o evangelho são inocentes.
Como eles podem ser culpados e responsáveis, quando de fato morreram em ignorância?
Deus não é obrigado pela sua justiça lhes dar uma oportunidade para ouvir o evangelho e
se arrepender no mundo dos espíritos? Estas e outras perguntas levantadas pela religião
mórmon serão satisfatoriamente respondidas neste artigo.
Estas perguntas parecem lógicas e justas, pelo menos em parte. Certamente nós sentimos
intuitivamente que Deus tem de fazer o que é certo e justo. Porém, a visão humana de que
esses que morrem sem um conhecimento do evangelho são inocentes, são no mínimo
passíveis de questionamentos.
Por exemplo, a Bíblia é a única fonte de conhecimento sobre Deus; este Deus não pode
julgar razoavelmente a menos que todos tenham a mesma oportunidade; e, que esses têm
o desejo do evangelho para adorar e obedecer a Deus, mas são privados de o fazer assim
por uma falta de conhecimento. Todavia estas suposições estão em conflito com o ensino
bíblico. Nos primeiros dois capítulos da epístola de Paulo aos Romanos, o apóstolo mostra
que o problema espiritual mais profundo da humanidade não é uma falta de conhecimento
sobre Deus, mas uma atitude do coração rebelde. Esses que não têm a Palavra escrita de
Deus (revelação especial) está não obstante sem desculpa, de acordo com Paulo, porque
eles rejeitaram a revelação que Ele deu através da criação e da consciência humana
(revelação geral):
“Porquanto, o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho
manifestou. Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são
claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas,
de modo que eles são inescusáveis” Romanos 1.19,20
“Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei
pecaram, pela lei serão julgados. Pois não são justos diante de Deus os que só ouvem a lei;
mas serão justificados os que praticam a lei (porque, quando os gentios, que não têm lei,
fazem por natureza as coisas da lei, eles, embora não tendo lei, para si mesmos são lei.
pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua
consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os)” Romanos
2.12-15
Esses que morrem na ignorância terão que dar conta no juízo final pelos seus pecados e
responderem pela luz que tiveram. Porém, a Bíblia nos assegura que onde há corações
minuciosos verdadeiramente, Deus providencia a luz necessária para a salvação (por
exemplo, o funcionário etíope de Atos 8:26-40, e o centurião, Cornélio, Atos 10:1-48).
(Esses que morrem ainda crianças em caso especial, desde que eles não são de responder
pelo bem ou mal que fizeram terão sua compreensão diante de Deus.
Um dos obstáculos para aceitar a doutrina da salvação para os mortos é o ensino bíblico de
que nosso destino eterno é fixo pela morte. Hebreus 9:27 declara exatamente isso.
Igualmente a história de Jesus sobre o rico e Lázaro em Lucas 16:19-31, prova que não há
nenhuma oportunidade para se arrepender depois da morte. Nesta história, o homem rico
morre e vai para o " inferno " (grego: hades)—que a Bíblia descreveu como um lugar de
tormento consciente.contrastando com isso, o mendigo Lázaro vai para um lugar de bem-
aventurança, o seio de " Abraão". Estes dois lugares são descritos como separados por um
abismo.
Tudo aponta para o fato de que nosso destino eterno é fixo pela morte que exclui a
possibilidade de arrependimento no mundo dos espíritos.
1.Quando e onde?
Considerando a primeira pergunta, Quando e onde Cristo fez esta proclamação? —note a
sucessão de eventos nos versos 18-19: (1) Cristo foi morto, (2) Ele tornou a viver
(ressuscitou), e (3) Ele foi e pregou aos espíritos em prisão. Veja que quando diz que Cristo
pregou aos espíritos, não aconteceu entre a morte dele e a ressurreição, mas DEPOIS da
ressurreição, evidentemente como uma parte de sua ascensão. Isto refuta a interpretação
de que Cristo desceu à mansão dos mortos durante o tempo em que seu corpo ainda estava
no túmulo.
Também note que o texto na verdade não diz nada sobre uma descida. Simplesmente diz
que Cristo " foi " e pregou aos espíritos. Esta mesma palavra traduzida aqui como " foi "
(grego: poreutheis) aparece novamente no verso 22, onde, fala da ascensão de Cristo, diz
—Que tem entrado no céu. . ." os versos 19-22 descrevem evidentemente logo atrás a
viagem do espírito de Cristo ao céu (ascensão) depois da ressurreição, e a proclamação aos
espíritos aconteceu como parte desta viagem.
Eles são descritos no verso 20 como " rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava,
nos dias de Noé". Desta descrição, concluem alguns que a referência é a seres humanos dos
dias de Noé que recusou a pregação deste patriarca e foi destruído subseqüentemente na
inundação. Porém, até mesmo se a pessoa aceitar esta interpretação, não é muito forte
como um apoio para a doutrina da salvação dos mortos. O texto só fala de um grupo
específico—a geração de Noé—não todos os mortos que incluem àqueles que morreram em
ignorância do evangelho. Além disso, se a proclamação de Cristo aqui fosse uma oferta do
evangelho, uma pergunta natural seria: Por que somente os contemporâneos de Noé é que
teriam oportunidade para se arrepender no mundo dos espíritos? Segundo o profeta
mórmon, Smith, esse povo não morreu ignorantes do evangelho (veja Pérola de Grande
Valor/livro de Moisés 8:19-24, o qual descreve explicitamente como as pessoas do dia de
Noé rejeitaram a pregação do evangelho feita por ele). Por que eles teriam uma segunda
chance no mundo dos espíritos?
Além disso, na Segunda Epístola de Pedro usa as pessoas destruídas na inundação como
um exemplo sendo reservado para castigo eterno:
“...se não poupou ao mundo antigo, embora preservasse a Noé, pregador da justiça, com
mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios;se, reduzindo a cinza as
cidades de Sodoma e Gomorra, condenou-as à destruição, havendo-as posto para exemplo
aos que vivessem impiamente” II Pedro 2:4,5,6,9
O fato é que II Pedro 2:4 usa os contemporâneos de Noé como um exemplo daqueles que
estão sendo reservados para o castigo eterno, e isto é um obstáculo muito grande para a
idéia de que após a morte estes receberam nova oportunidade para a salvação através do
evangelho. Por que?
A idéia que a salvação está sendo oferecida no mundo dos espíritos está fora de cogitação
com o desenvolvimento do argumento em 1 Peter 3:17-22.
3. O PROPÓSITO
O fato é que a interpretação mórmon resulta em uma total disjunção e isto pesa
grandemente contra sua validez.
UMA INTERPRETAÇÃO DEFEITUOSA
Porém, nota que aqui D&C 138 contradiz I Pedro diretamente. Também há duas razões
adicionais por concluir que D&C 138 é uma interpretação defeituosa de I Pedro 3:19:
A reivindicação que seres humanos levam o evangelho para o mundo dos mortos
desobedientes, contradiz o próprio Jesus na passagem do rico e Lázaro em Lucas16:26.
Jesus deixou bem claro que não é possível que o espírito do justo atravesse para o lugar do
morto injusto.