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Israel e Palestina: Da “Terra Santa” a um território em conflito.

LIMA E SILVA, João Ubiratan; PHILLIPPINI, Ruth Aparecida Sales: São Paulo:
Revista Ciência Contemporânea, jun.dez 2017, v.2, n.1, p. 163 – 180.

O texto “Israel e Palestina: Da “Terra Santa” a um território em conflito.”,


apresenta-se como uma proposta analítica sobre os desdobramentos políticos
e históricos do conflito entre Israelenses e Palestinos.

Os autores iniciam sua exposição tomando por base a narrativa, do que teria
sido, a origem dos povos árabes e hebreus. Aliás, uma das observações feitas
no texto que ajudam a compreender a construção da gênese desses povos é a
forma como a religião está intrinsecamente arraigada nos fundamentos
culturais desses povos. Por isso, é tão árduo, e quase impossível compreender
os motivos, a historicidade e até mesmo conseguir separar o que é mítico
dentro da narrativa tradicional daquilo que é factual.

O artigo se utiliza de trechos de Flávio Josefo e da Bíblia, a fim de embasar


e dar forma a explicação da origem dos povos semitas, apontando para a
civilização pós-diluviana descendente de Noé. Especificamente seus três filhos:
Sem, Cam e Jafé que segundo a tradição judaico-cristã teriam sido os
primeiros a deixar as montanhas e povoar as planícies após o dilúvio bíblico.

Após a descrição da rebelião de Babel, o texto aponta para os seus


desdobramentos, o processo de migração e povoamento de diversos territórios,
o descendente de Cam que deu origem a região da Filístia (da qual parte foi
denominada pelos Gregos de Palestina) e o descendente de Sem, Éber que
deu origem aos hebreus e por fim, a Abrão ou Abraão.

A partir do patriarca Abraão, os autores afirmam que a história deixa de ser


contada de maneira inclusiva, pelo menos do ponto de vista hebreu e passa a
ser narrada de maneira exclusiva, onde um monoteísmo ainda incipiente
aponta para uma única deidade como criadora de todo o universo e para a
linhagem do patriarca como povo escolhido e nação separada. Isto é, os
descendentes dele e suas histórias passariam a ser os principais atores e
fatores políticos, econômicos para o desenvolvimento social. Isso pode ser
observado desde Isaque e Jacó, onde a posse da terra de Canaã é reafirmada
(Gn 26. 3 – 4; 28. 13-15), até o Êxodo e as campanhas militares de ocupação
da Palestina.

Fora a ideia religiosa, cultural e histórica, há a fundação do Estado moderno


de Israel que teve como pano de fundo, diversas motivações políticas e
econômicas. Como por exemplo, o movimento Sionista que com “aspirações
nacionalistas”, buscava, de certa forma, combater o antissemitismo gerado
pelas diásporas e defendia a criação de um Estado nacional, independente,
soberano e judaico. A princípio, o movimento não prosperou, todavia, teve
como principal conquista anos depois a criação do Estado de Israel.

Outro fator apontado foi a influência britânica na Palestina que facilitou a


imigração e o assentamento, nem sempre de maneira legal, de milhares de
judeus vindos da Europa e de diversos outros países.

Além disso, é muito bem observado pelos autores os muitos conflitos


militares modernos que ocorreram a partir de 1947, como os ataques durante o
“Yom Kippur”, os conflitos com o Al-Fatah, a Jihad Islâmica, os grupos
terroristas como o Hamas e o Hezbollah e a guerra dos seis dias que de certa
forma serviu para afirmar a superioridade bélica e tática de Israel sobre países
como Egito, Síria e Jordânia, bem como para expandir o território judeu.

Os autores chegam às considerações finais observando que os conflitos que


permeiam a região da palestina, também conhecida como a região do “barril de
pólvora”, são frutos não só da guerra religiosa ou do debate entre narrativas da
origem dos povos que habitam aquela região, mas também e principalmente,
da existência de jazidas riquíssimas de petróleo que existem naquela região,
área geográfica e estratégica que Israel ocupa, isto é, o caminho para o golfo
de Suez e para o mar vermelho que tem importância econômica e militar, e a
constante intervenção imperialista de nações como Inglaterra e EUA nas
políticas dos povos árabes e na região da Terra Santa.
Bibliografia

Israel e Palestina: Da “Terra Santa” a um território em conflito.


LIMA E SILVA, João Ubiratan; PHILLIPPINI, Ruth Aparecida Sales: São Paulo:
Revista Ciência Contemporânea, jun.dez 2017, v.2, n.1, p. 163 – 180.
FAECAD - FACULDADE EVANGÉLICA DE TECNOLOGIA,
CIÊNCIAS E BIOTECNOLOGIA DA CGADB

CURSO DE BACHAREL EM TEOLOGIA

RESENHA: ISRAEL E PALESTINA: DA “TERRA SANTA” A UM TERRITÓRIO EM


CONFLITO

Jonnathan Andrade Pires


JONNATHAN ANDRADE PIRES

ISRAEL E PALESTINA: DA “TERRA SANTA” A UM TERRITÓRIO EM


CONFLITO

Resenha apresentada para a disciplina de


História de Israel, no curso de Bacharel em
Teologia da Faculdade Evangélica de
Tecnologia, Ciências e Biotecnologia da
CGADB como requisito de segunda
avaliação sob orientação do Prof. Célio
César de Aguiar Lima.

Rio de Janeiro
2019

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