O documento discute o tema "Como a função legiferante imprópria tem moldado o sistema normativo brasileiro: o ativismo judicial no panorama jurídico contemporâneo". Ele apresenta o tema, pergunta de partida, objetivos gerais e específicos, e justificativa do trabalho, que analisa como a omissão do legislativo tem fomentado o ativismo judicial no Brasil e os efeitos deste fenômeno.
Description originale:
Pergunta de partida, objetivo e referêncial teorico de projeto de tcc em ativismo judicial
O documento discute o tema "Como a função legiferante imprópria tem moldado o sistema normativo brasileiro: o ativismo judicial no panorama jurídico contemporâneo". Ele apresenta o tema, pergunta de partida, objetivos gerais e específicos, e justificativa do trabalho, que analisa como a omissão do legislativo tem fomentado o ativismo judicial no Brasil e os efeitos deste fenômeno.
O documento discute o tema "Como a função legiferante imprópria tem moldado o sistema normativo brasileiro: o ativismo judicial no panorama jurídico contemporâneo". Ele apresenta o tema, pergunta de partida, objetivos gerais e específicos, e justificativa do trabalho, que analisa como a omissão do legislativo tem fomentado o ativismo judicial no Brasil e os efeitos deste fenômeno.
Como a função legiferante imprópria tem moldado o sistema normativo
brasileiro: o ativismo judicial no panorama jurídico contemporâneo.
2 – PERGUNTA DE PARTIDA:
Diante das restrições na função típica do legislativo, quais os fenômenos
que têm fortalecido a atuação legislativa imprópria do judiciário?
3 – OBJETIVOS GERAIS:
Discutir como a omissão do legislativo em sua função própria tem
fomentado o ativismo judicial.
4 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
a) Apresentar as funções típicas e atípicas dos poderes da república e
analisar os excessos no sistema de freios e contrapesos; b) Analisar a evolução do ativismo judicial no Brasil; c) Identificar situações paradigmáticas da atuação do judiciário frente a inércia do legislativo; d) Tratar das posições divergentes acerca da função legislativa imprópria. 5 – JUSTIFICATIVA:
O termo Ativismo Judicial tem despertado forte discussão no meio
acadêmico e na sociedade. Já controvertido desde a sua origem, o ativismo judicial é caracterizado substancialmente pelas decisões judiciais que impõem obrigações ao administrador, sem, contudo, haver previsão legal expressa. Decorre da nova hermenêutica constitucional na interpretação dos princípios e das cláusulas abertas, o que tem despertado questionamentos ao poder judiciário, notadamente, ao Supremo Tribunal Federal.
Após a promulgação da Constituição de 1988, o poder constituinte
originário atribuiu ao poder judiciário a missão de ser o guardião dos valores constantes no texto constitucional. Com objetivo de garantir essa missão, o constituinte assegurou formas e mecanismos para proteger o texto constitucional da ambição da sociedade e limitar os poderes atribuídos ao executivo, legislativo e ao próprio poder judiciário. Ante a recorrente omissão legislativa, o STF tem sido chamado a se pronunciar sobre determinadas matérias, das quais não se limitou a declarar a omissão legislativa, indo além do que a dogmática legalista tradicional convencionou ser o papel do Judiciário, qual seja, a subsunção do fato à norma, e ante a imposição de obrigações aos outros poderes e aos administrados em geral.
A ideia de ativismo judicial está associada a uma participação mais ampla e
intensa do Judiciário na concretização dos valores e fins constitucionais, com maior interferência no espaço de atuação dos outros dois Poderes. A postura ativista se manifesta por meio de diferentes condutas, que incluem: (i) a aplicação direta da Constituição a situações não expressamente contempladas em seu texto e independentemente de manifestação do legislador ordinário; (ii) a declaração de inconstitucionalidade de atos normativos emanados do legislador, com base em critérios menos rígidos que os de patente e ostensiva violação da Constituição; (iii) a imposição de condutas ou de abstenções ao Poder Público.
No Brasil, a partir da criação de um ambiente que viabilizou a participação
cada vez maior do Judiciário na arena política, a intensificação do fenômeno da judicialização convida a uma reflexão sobre suas possibilidades e riscos para a consolidação democrática, a partir da análise do viés político da atuação do Supremo Tribunal Federal, como também a avaliação de algumas posturas da corte enquanto órgão colegiado de cúpula do sistema judiciário (e de seus ministros, individualmente), bem como do poder executivo.
Objetiva-se, portanto, realizar uma análise aprofundada a respeito do
fenômeno do ativismo judicial, haja vista a posição cada vez mais proeminente do poder judiciário nos Estados Democráticos de Direito, com enfoque especial no Brasil, principalmente por meio de análise de julgamentos relevantes que contém inovações ao ordenamento jurídico, por vezes em sentido contrário a texto legal, buscando estabelecer distinção entre o ativismo judicial de fato, que representa judicialização da política, e a produção normativa jurisprudencial necessária ou decorrente, que em regra visa solucionar lacunas do ordenamento jurídico para a efetiva prestação jurisdicional, bem como quais os efeitos positivos e negativos decorrentes da superação da clássica tripartição de poderes do Estado Liberal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TAVARES, André Ramos. A superação da doutrina “tripartite” dos poderes do
Estado. In Direito Constitucional: Organização dos Poderes da República (Coleção Doutrinas Essenciais, Volume IV). Clèmerson Merlin Clève e Luís Roberto Barroso (Organizadores). São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
BARROSO, Luís Roberto. Fundamentos Teóricos e Filosóficos do Novo Direito
Constitucional Brasileiro: pós-modernidade, teoria crítica e pós-positivismo, Revista de Direito Administrativo. Ano V, nº 225, jul-set 2001.
ROUSSEAU, Jean Jacques. Do contrato social. 7. ed. São Paulo: Hemus.
BORBA, Dalton José. O conflito entre legislativo e judiciário nos 25 anos da
Conformação funcional em matéria de saúde: um panorama sobre os limites e potencialidades da participação judicial no desenvolvimento de políticas públicas para efetivação do direito constitucional
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