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INTRODUÇÃO

Com o aumento do número de veículos automotores e intensas atividades


industriais nos grandes centros urbanos e regiões metropolitanas , a poluição vem
alcançando níveis alarmantes nessas regiões.
Muitas partículas poluentes podem ser originadas por fontes naturais ou
antrópicas, mas as de origem antrópica são as que estão na atmosfera em grandes
quantidades. Apesar dos ventos e correntes de ar dificultarem o acumulo de partículas
poluidoras, é a frequência de lançamentos em áreas industrializadas e com intenso
trafego de veículos que aumentam problemas de poluição.
Nas últimas décadas, os processos de industrialização, desenvolvimento urbano
e crescimento econômico têm sido apontados como as principais causas de alterações
da qualidade do ar, principalmente em áreas urbanas. A urbanização gera uma serie de
mudanças no estilo de vida das pessoas, gerando hábitos que modicam o ambiente,
que por sua vez provocam impactos negativos na saúde em seus aspectos físicos,
psíquicos, global ou individual.
A organização mundial da saúde, em 2014, publicou dados que confirmaram a
morte de 7 milhões de pessoas no mundo tendo como causa a poluição do ar em 2012.
3,6 milhões devido a poluição do ar externa e 3,4 milhões devido a poluição
intradomiciliar. Isto significa que, uma em cada 8 mortes no mundo são causadas por
exposição ao ar poluído.
O material particulado é constituído por um conjunto de poluentes como
poeira, fumaça e todo tipo de material liquido e solido que se mantém suspenso na
atmosfera devido ao seu pequeno tamanho. As principais fontes de emissão de
particulado são os veículos automotores, processos industriais, queima de biomassa,
ressuspensao de poeira do solo e etc.
A poluição do ar, principalmente em ambientes urbanos, tem sido relacionada
ao agravamento de doenças cardiovasculares, respiratórias e neurológicas. No caso do
material particulado, ao ser inalado, as partículas são depositadas em diferentes
regiões do trato respiratório.
A fim de quantificar e caracterizar o material particulado inalavel, é necessário
ter conhecimento sobre suas fontes de poluição, seus efeitos, controle, concentrações
máximas permitidas pela legislação nacional e internacional.

METODOLOGIA

Foi obtido, através de referencias de dados de artigos encontrados na base


cientificas de literatura, no período entre 1976 – 2016, somando-se 1567 artigos, o
qual foram selecionados 120 para leitura e resumo e excluídos os que não atendiam
ao proposito do estudo.

SISTEMA ATMOSFÉRICO
A atmosfera é determinada como uma fina camada de ar que envolve o planeta
terra e, é nela onde permanentemente ocorrem reações químicas.
É formada por uma variedade de sólidos, gases e líquidos que podem se
dispersar, reagir entre si ou com outras substancias já existentes na mesma.
Constitui dessa forma, o principal meio de transporte e depósito para os
compostos orgânicos e inorgânicos emitidos por fontes naturais ou antrópicas.
Os componentes principais de uma versão não poluída da atmosfera são:
nitrogênio (78%), oxigênio (21%), argônio (0,93%) e dióxido de carbono (0,03%). Porem
a atmosfera não é composta apenas por gases. Existe material solido nela disperso,
como poeira, pólen, microrganismos, etc. há também em sua porção liquida, na forma
de nuvens, neblinas e chuvas. Contudo, em termos de massa relativa, sem duvida, sua
maior parcela é gasosa.
A classificação mais adequada para descrever a atmosfera em camadas é em
função da variação da temperatura com a altitude. Esses gradientes específicos de
temperatura estão diretamente relacionados com as propriedades físicas e químicas
apresentadas nessas camadas. Porém, somente a troposfera mantem contato direto
com a superfície terrestre, sendo essa camada responsável por 85% de toda massa da
atmosfera.
A poluição do ar pode ser definida como o resultado da alteração das
características físicas, químicas e biológicas normais da atmosfera, que podem causar
danos aos seres humanos, à fauna a flora e aos materiais.
Um poluente atmosférico é qualquer forma de matéria solida, liquida ou
gasosa que, presente na atmosfera, poderá torna-la poluída.

MATERIAL PARTICULADO
Os poluentes atmosféricos podem ser classificados quanto a sua origem
(primários e secundários). Os poluentes considerados primários são aqueles lançados
diretamente das fontes fixas (indústrias em geral) para a atmosfera como o monóxido
de carbono, dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio e materiais particulados, como a
poeira.
Os poluentes secundários ocorrem na atmosfera através de reações químicas a
partir de poluentes primários com material existente na atmosfera, como exemplo o
acido sulfídrico que precipita dando origem à chuva ácida.

Por material particulado entende-se uma complexa mistura de partículas nos


estados líquidos e solido, emitidas por processos naturais ou antropogênicos ou
mesma aquelas formadas na atmosfera.
O tamanho das partículas está diretamente associado ao seu potencial para
causar problemas à saúde, sendo que quanto menores maiores os efeitos provocados.

Partículas Inaláveis (MP10)


Podem ser definido como aquele cujo diâmetro aerodinâmico é menor ou igual
a 10 µm. (micrometro)
Dependendo da distribuição de tamanho na faixa de 0 a 10 µm, podem ficar
retidas na parte superior do sistema respiratório.

Partículas Inaláveis Finas (MP2,5)


É definido cujo diâmetro aerodinâmico é menor ou igual a 2,5 µm. Devido ao seu
tamanho diminuto, penetram profundamente no sistema respiratório.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Com composição diversificada, o MP pode conter poeira mineral, metais,
metalóides, sais marinhos, íons inorgânicos solúveis em água, como os íons Na+, NO3 - ,
SO4 2- , NH4 + , Cl- , Ca2+, Mg2+ , K + , etc, compostos orgânicos como os hidrocarbonetos
policíclicos aromáticos (HPAs), carbono elementar, etc.
No material particulado inalável grosso (MP10) encontram-se
predominantemente na composição: solo suspendido ou poeira de rua; cinzas de
combustão incompleta de carvão, óleo e madeira; nitratos/cloretos/sulfatos de reações
de HNO3, HCl, SO2, óxidos de elementos da crosta terrestre (Si, Al, Ti, Fe), sais de
CaCO3, CaSO4, NaCl, sal marinho; polén, fungos, esporos de fungos; fragmentos de
plantas e animais; desgaste de pneus e pavimentos de estradas.
Na composição do material particulado inalável (MP 2,5) fino observa-se a
predominância de: íons de sulfato, nitrato, amônio e hidrogênio; carbono elementar;
grande variedade de compostos orgânicos; metais, compostos de Pb, Cd, V, Ni, Cu, Zn,
Mn, Fe, e outros.

EFEITOS NA SAÚDE HUMANA

A poluição atmosférica por material particulado é um tema que tem


despertado interesse científico devido aos danos causados principalmente à saúde
humana.
Lançado em 2012, o Relatório: Perspectivas Ambientais para 2050: as
Consequências da Inalção, pela OECD - Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (em inglês: Organization for Economic Co-operation and
Development) enfatiza que em relação à poluição atmosférica, se não houver a
implementação de novas medidas ou políticas, a qualidade do ar continuará a se
deteriorar globalmente e que, por volta de 2050, as doenças cardiorrespiratórias
agravadas pela poluição por material particulado (PM) serão a principal causa de morte
relacionada ao meio ambiente mundialmente, superando as mortes por malária,
consumo de água insalubre e falta saneamento básico (OECD, 2011).
O potencial em provocar efeitos adversos à saúde humana está diretamente
relacionado ao tamanho da partícula. Assim quanto menor o tamanho da partícula,
mais profundamente ocorrerá à deposição no sistema respiratório e
consequentemente maior o impacto sobre a saúde. Os sistemas principalmente
afetados são os sistemas cardiovascular e respiratório. Na Figura podem ser observadas
as áreas de deposição das partículas no sistema respiratório conforme o diâmetro
aerodinâmico (Da). A fração inalável constituída por partículas com Da < 10 μm, se
depositam principalmente no trato respiratório superior. A fração torácica inclui
partículas com Da < 2,5 μm, que penetram além da laringe. Finalmente, a fração
respirável, com Da < 1 μm, é capaz de alcançar os alvéolos pulmonares.

LEGISLAÇÃO E MONITORAMENTO
No Brasil os padrões nacionais de qualidade do ar foram estabelecidos pelo
IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e aprovados pelo CONAMA – Conselho
Nacional de Meio Ambiente, por meio da Resolução CONAMA n° 03 de 28/06/90.
Os padrões de qualidade do ar definem legalmente o limite máximo para a
concentração de um poluente na atmosfera, que garanta a proteção da saúde e do
meio ambiente.
Os padrões de qualidade do ar são baseados em estudos científicos dos efeitos
produzidos por poluentes específicos e são fixados em níveis que possam propiciar
uma margem de segurança adequada.
A Resolução CONAMA 03/90 em seu Artigo 2º e 3º classifica e define os
padrões primários e secundários que devem ser atendidos para fins de saúde
ambiental.
 Padrões Primários de Qualidade do Ar são as concentrações de poluentes que,
ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população;
 Padrões Secundários de Qualidade do Ar são as concentrações de poluentes
das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem-estar da população, assim
como o mínimo dano à fauna, à flora, aos materiais.
A legislação vigente do CONAMA (1990) não considera os metais nem
metalóides. Comparando-se as legislações de outros países, observa-se que os
parâmetros considerados para avaliação da qualidade do ar em sua maioria são os
mesmos, salvo algumas exceções. Isto se revela principalmente em se tratando de
elementos traço como poluentes atmosféricos.

TÉCNICAS ANALÍTICAS E ESTUDOS DE DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO


INORGÂNICA DO MATERIAL PARTICULADO

A composição química do material particulado tem sido obtida pela sua coleta
sobre filtros, normalmente por um período de 24 horas, com posterior análise química
em laboratório. A análise química do material particulado é realizada com a finalidade
de detectar a composição das partículas grossas e finas.
A composição e abundância do MP variam de local para local. Nessas partículas
são geralmente investigadas pelas técnicas analíticas a presença de componentes
específicos nesse tipo de amostra tais como, metais, metalóides, cátions, ânions,
compostos orgânicos, etc .
Uma variedade de técnicas analíticas espectroscópicas tem sido utilizada na
determinação de elementos traço em amostras de material particulado atmosférico.
São elas: Espectrometria de absorção atômica (AAS), espectrometria de fluorescência
atômica (AFS), espectrometria de emissão óptica com plasma indutivamente acoplado
(ICP OES), espectrometria de massas com plasma indutivamente acoplado (ICP-MS),
fluorescência de raios-X (XRF), análise por ativação de nêutrons (NAA) e emissão de
raios-X por partículas induzidas (PIXE) e por fim, a cromatografia iônica (IC).
O princípio das técnicas espectroscópicas de análise baseia-se na medida da
quantidade de radiação produzida ou absorvida pelas moléculas ou pelas espécies
atômicas de estudadas.

MONITORAMENTO DA COMPOSIÇÃO DO MATERIAL PARTICULADO


O monitoramento da fração inorgânica associada ao material particulado é
citado por diversos estudos científicos. Zhou et al. (2014) estudaram metais traços
associados ao material particulado na cidade de Ji’nan, leste da China. Os resultados de
concentração para o PM2,5 foram de 130 μg/m3 e para os metais traços de 4,03 μg/m3
nas zonas industriais e 101 μg/m3 para o PM 2,5 e 2,4 μg/m3 para os metais traços nas
zonas urbanas.
Liati et al. (2012) e Patel et al. (2012) observaram que o diesel é a principal
fonte de metais como Al, Ca, Cu, Fe, Mg, Mn, V, Zn que frequentemente se associam ao
MP.
Gidney et al. (2010) estudaram a emissão da queima da gasolina como
combustível e verificaram que a utilização desta gera um aumento na concentração de
Sr, Cu, Mn na composição do MP, enquanto que a concentração de Fe, Ca, P, Zn, Mg são
associadas ao uso de óleo lubrificante.
Souza et al. (2014) realizaram estudos de caracterização química do aerossol
coletado nos centros urbanos das cidades de São Paulo e Piracicaba. Os principais
componentes encontrados apresentaram uma abundância no MP foram,
respectivamente nas seguintes proporções: 12% para o NH 4 + , 21% para o SO4 2- , 31%
para o NO3 - e 36% para outros íons e 34% para o NH4 + , 28% para o SO4 2- , 12% para
NO3 - e 26 % para outros íons, respectivamente. (Fazer Gráfico).

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