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CÉLIO ROBERTO JANUÁRIO

01 DOBRADURAS
SUMÁRIO
02 LEI DE BENFORD

03 MONTY RALL

04 MÁQUINA DE GALTON

05 EVENTO CERTO

06 INFLUÊNCIA TRIANGULAR

07 QUADRILÁTEROS

08 QUEBRANDO A INTUIÇÃO

09 CICLÓIDE

10 CATENÁRIA

11 PI

12 CORRIDA AO 12
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DOBRADURAS

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Quem disse que em matemática não tem
experiência? Eu já ouvi de alunos e professores
que não tem nada para fazer em feira de
ciências quando o assunto é matemática. Já
ouvi as mais diversas lamentações quando o
grupo é agraciado com matemática. Todas as
vezes que alunos vêm me procurar para buscar
sugestões sobre o que apresentar na feira de
ciências eu indiquei uma das 12 experiências
que trago neste e-book. E o mais importante,
todas as apresentações que fizeram foram
elogiadas pelos professores que avaliaram e
pelos alunos que participaram das
experiências.

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Os alunos vão fazer as dobraduras, falar da
influência do origami como ciência e apresentar
uma aplicabilidade pelo menos das dobraduras
que têm disponíveis. Sempre que falo sobre
dobraduras para meus alunos, indico alguns
vídeos e os que indico aqui são duas palestras,
uma de Robert Lang e a outra de Shannon Zirbel.
As duas apresentadas no TED x.

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O octaedro é um exemplo claro de arte e
necessidade. A marca do canal a cabo megapix
é um octaedro que o aluno pode levar para a
apresentação da mesma forma do canal, um
octaedro verde.

O octaedro também é vendido para


embarcações, é chamado de refletor de radar
para barcos.

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Os icosaedros truncados além de chamar muito
a atenção pela beleza singular é um objeto
perfeito para unir química e matemática. O
icosaedro truncando é a representação química
do FULERENO, estrutura envolvida em um
prêmio Nobel de química de 1996. A história
fica ainda mais interessante quando decidem
homenagear um arquiteto que trabalha com

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estruturas geodésicas. Richard Buckminster
Fuller tem milhares de trabalhos geodésicos
espalhados pelo mundo.

Os alunos terão uma gama de pesquisa


relacionando matemática, química, prêmio
Nobel, estrutura geodésica, design e
arquitetura.

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TRABALHO FEITO POR ALUNOS DO SEGUNDO ANO

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LEI DE BENFORD

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Outro tema muito interessante para a feira de
ciências. Um campo das probabilidades pouco
explorado no ensino médio. É uma oportunidade
para ver como funciona a matemática aplicada.
Conhecida também como a lei contra fraude, este
título por si só já diz o que os alunos estão
apresentando.

"Se a certeza absoluta é definida como 1 e a


absoluta impossibilidade como 0, então a
probabilidade de um número “d” de 1 a 9 ser o
primeiro dígito é o logaritmo de base 10 de (1 +
1/d)". Frank Albert Benford.

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Ou seja, dado um conjunto de dados, por
exemplo, a população de todos os municípios
do estado de São Paulo, listamos estes
números e contamos quantos começam com o
dígito 1, quantos começam com o dígito 2 e
assim até o 9. Segundo a lei de Benford vamos
encontrar aproximadamente 30.1% dos
números com primeiro dígito igual a 1, 17.6%
para o dígito 2, 12.5% para o dígito 3, 9.7%
para o dígito 4, 7.9% para o dígito 5, 6.7% para
o dígito 6, 5.8% para o dígito 7, 5.1% para o
dígito 8 e 4.6% para o dígito 9.

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Encontramos aplicabilidade para população,
densidade demográfica, PIB, área, comprimentos de
rios, em listas de contratos, em eleições, imposto de
renda e em muito outros tipos de dados.

Os alunos podem levar os gráficos comparativos


prontos e o ponto forte será a explicação, ou seja,
precisam estudar muito, só assim terão segurança
na explicação.

Este trabalho pode ser facilitado utilizando as


fórmulas do Excel. Isto simplificará, por exemplo a
análise de 10 mil itens.

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O gráfico abaixo é a análise de 7000 contratos
de empresas terceirizadas, disponível no portal
da transparência do estado de São Paulo. E
percebemos que a aproximação da lei de
Benford é muito parecida

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Vou deixar aqui um link de uma publicação no
meu blog sobre o trabalho que meus alunos
fizeram sobre a lei de Benford, alunos do
primeiro e segundo ano do ensino médio. E
vou deixar também um link para você baixar
um simulador para a lei de Benford.
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MONTY HALL

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Outro problema muito interessante para o
aluno falar de probabilidade condicional. O
paradoxo de Monty Hall foi um programa de
televisão americano que oferecia aos seus
participantes três portas, em uma delas estava
um carro e nas outras duas , bodes. Uma vez
escolhida um porta o apresentador revela uma
com um bode e com essa informação dada ele
te pergunta se aceita trocar de porta. É uma
brincadeira que os alunos gostam e depois de
algumas explicações entendem que quando
você troca de porta suas chances aumentam de
1/3 para 2/3.

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Sobre a probabilidade condicional eu uso o
exemplo da Angelina Jolie que retirou as
mamas baseada em probabilidades, no
teorema de Bayes mais precisamente. O que
precisa fixar nas cabeças dos alunos é que dada
uma informação adicional a probabilidade
muda.

Ainda sobre o problema, eu fiz em algumas


salas e a melhor situação foi quando em uma
dessas salas eu ofereci um ponto na média,
mas a decisão tinha que ser em conjunto.
Todos ganhavam ou todos perdiam. Coloquei
três folhas de A4 devidamente dobradas e colei
na lousa, opção 1, 2 e 3. O ponto estava na

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Opção 1 e a sala decidiu pela opção 3. A partir
daí começamos a brincadeira. Expliquei tudo,
tentando convence los a mudar de opção uma
vez que tinha mostrado que não era a opção 2.
Apenas uns dois ou três alunos acreditaram
que mudar era realmente a melhor opção.
Depois de muito suspense, depois de implorar
para mudarem a opção, decidir revelar se
tinham ganhado ou perdido o tão precioso
ponto. Para a revolta de alguns a melhor opção
seria mudar e como não mudaram, não
levaram. Interessante que nas aulas seguintes
eles continuavam discutindo o ponto perdido.
Aprenderam na marra que a intuição sempre
perde contra a matemática.

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04

MÁQUINA DE
GALTON

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A máquina de Galton é bastante simples para
fazer e trata da distribuição binomial de
probabilidades. Uma área cheia de exemplos
para ilustrar a máquina de Galton. A curva que
a máquina produz aproxima de uma
distribuição normal de probabilidades. Um dos
exemplos que sempre sugiro para os alunos é
sobre nossa pressão sanguínea que segue uma
distribuição normal. A pressão diastólica e
sistólica medida em milímetros de mercúrio
(mmHg). Considerada normal em 120 x 80 que
popularmente é conhecida como 12 x 8.

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Exemplificar objetos matemáticos usando
exemplos presente no dia a dia de todos como
este, ajuda a desmistificar a máxima de. ‘onde
eu vou usar isso na minha vida’.

Uma pergunta um pouco mais singela seria:


professor onde aplica este conceito? Enquanto
isso é vida que segue.

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05

EVENTO CERTO

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O que chamei de evento certo nada mais é do
que uma mesa de snooker. E para o aluno ou
grupo de alunos fazer é simples, eles vão
precisar de uma tábua de madeira, definir dois
pontos centrais para traçar a elipse, usando um
barbante e ir em uma marcenaria para cortar e
cercar a mesa com algum objeto que rebata a
bola usada. O evento certo ocorrerá da
seguinte forma: em um dos focos faz se um
furo servindo de caçapa e no outro fica o ponto
de saída da bola branca. A brincadeira pode
ocorrer com as pessoas tentando acertar a
caçapa, coisa que nunca irá acontecer se você
mudar o ponto de partida da bola branca, o
que seria um evento certo pode tornar se em
um evento impossível.

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O desafio de quem participar é tentar encaçapar
a bola branca, ou seja, encontrar lo outro foco
da elipse. E não se preocupe, se você convencer
que a ideia é boa seus alunos vão atrás e vão
fazer o experimento. Veja este vídeo do canal
Numberphile para entender melhor a ideia de
evento certo e evento impossível. E para o aluno
que nunca viu uma elipse, pegue um copo de
água e incline um pouquinho que a elipse
aparecerá.
06

INFLUÊNCIA
TRIANGULAR

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Outra forma bacana e simples para a feira de
ciências são os triângulos. Tarefa dos alunos: falar de
triângulos. Eles podem começar analisando a
influência que o triângulo exerce em marcas
diversas. Quando mostrei isso para meus alunos eles
passaram a olhar para tudo com mais cuidado e
atenção. Eu lembro de alunos que ficou
‘decepcionado’ quando descobriu que no i do posto
Ipiranga tinha um triângulo e ele sempre pensou
que era um A. Depois no face book uma aluna
postou: nossa estou vendo triângulo em tudo agora,
na novela também tem professor, era a força do
querer a novela em questão. Vão analisar os
triângulos nas marcas, na engenharia, nos cenários
de televisão e onde mais descobrirem.

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Uma demonstração com triângulos também pode
ser feita, quando eu fiz, usei ripas de caixa de feira,
furei as ripas e parafusei. Para mostrar como um
triângulo é forte basta fazer um triângulo e compara
lo com um quadrilátero. Depois de parafusado o
triângulo não se moverá, não haverá deformação,
diferentemente do que o quadrilátero de deformará
com o mínimo de força exercida. Baixe PDF com 59
slides.
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QUADRILÁTEROS

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Os quadriláteros seguem os mesmos princípios dos
triângulos. E um fato muito importante para ser
discutido e apresentado é o fato do triângulo ter
uma estrutura muito forte e quadrilátero não. E é
justamente o fato do quadrilátero deformar
facilmente que lhe dá feitos incríveis como por
exemplo, alguns modelos de macacos de
automóveis, mecanismos de portas entre outras. O
eixo central tem a missão de deformar e ao mesmo
sustentar, uma vez que dois triângulos são
formados.
08

QUEBRANDO A
INTUIÇÃO

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Tem várias formas de provar que matemática e
intuição não andam lado a lado, mas um jeito
simples e prático para feira de ciências é
comparando a capacidade de recipientes. Uma
forma bem fácil é usar algum material, por
exemplo, papelão, para fazer dois cilindros do
tamanho de uma folha de papel A4. Ou seja,
fazer dois cilindros com o mesmo material. Um
ficará alto e fino; o outro ficará baixo largo, mas
feito com mesma matéria prima. E a pergunta é
qual dos cilindros cabe mais? Maioria absoluta
irá dizer que os dois tem a mesma capacidade
pois o material usado é o mesmo. Mesmo
perguntando qual cabe mais, as pessoas
tendem a responder uma coisa que não foi

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perguntada. O cilindro de raio maior cabe mais
de 40%, não é pouca coisa.

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CICLÓIDE

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A cicloide é a curva mais rápida e para
demonstrar isto, basta construir uma cicloide e
compara lá com outras curvas e com uma reta
ou só com a reta. Temos na cicloide comparado
com a reta, um caminho maior, mas a cicloide é
mais rápida. A menor distância entre dois
pontos é uma reta, mas pode não ser o melhor
caminho. Para desenhar uma cicloide, basta
fixar um ponto em uma estrutura circular e
girar. Quando sugerir a cicloide para uma turma
de primeiro ano eles fizeram usando uma roda
de bicicleta, passaram para uma cartolina,
riscaram em uma madeira e levaram em uma
marcenaria para cortar. Depois da feira eles me
deram a cicloide que ainda tenho aqui em casa.

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Na foto abaixo a cicloide que alunos do
primeiro ano construíram e me presentearam.
Fotografei para fazer análise em um programa
chamado Tracker, muito bom o programa, vale
a pena conferir. Fiz um pequeno vídeo
utilizando este programa, confira neste link.
Acessando este link você pode aprender a criar
uma cicloide no geogebra. É um tutorial passo
a passo. E neste outro link você tem um vídeo
que faz o este experimento. O mesmo processo
que a aluna faz nesse vídeo, meus alunos
fizeram com uma roda de bicicleta.

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Além do experimento comparando a chegada
de dois objetos partindo do mesmo ponto a
cicloide tem também uma outra propriedade
muito interessante para ver que é a
tautócrona. Confira neste link.

Em termos práticos não é difícil entender que


devido a estas propriedades uma pista de skate
tem este formato e os escorregadores nos
parquinhos não.

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CATENÁRIA

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A catenária também é uma curva fantástica
para a feira de ciências. É fácil de fazer e tem
diversas aplicações que pode ser demonstrada.
Para fazer uma curva catenária basta ter uma
corrente em mãos e suspender seus extremos,
a curva obtida é uma catenária e suas
aplicações? Esta curva está presente em algo
muito comum à todos, o ovo, que parece ser
muito frágil, mas quando pressionado em suas
extremidade você não consegue quebrar, faça
o teste. Então temos a seguinte condição: se a
cicloide é a mais rápida a catenária é a mais
forte. A partir daí o aluno tem algumas opções
para exposição e demonstração.

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Para a apresentação o grupo pode falar da
força dessa curva começando pelo próprio ovo,
essa curva está presente em garrafas de vinhos,
em spray em geral, em túneis do metrô, em
pontes, a curva da barriga de uma gestante
tem essa curva, nossa cabeça tem essa curva e
em outros diversos lugares o aluno ou grupo de
alunos encontrará aplicabilidade da catenária.
E para demonstrar a força existem algumas
opções: uma ponte de macarrão, na internet
tem vários tutoriais e para testar a força basta
ir adicionando peso até a ponte quebrar,
alunos de engenharia sempre fazem pontes de
macarrão, a última que vi na internet feita com
a catenária suportou mais 400 kg.

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Outra opção é testar estas duas embalagens
como estruturas com quatro garrafas, com seis e
ir testando. A embalagem da esquerda suportará
muito mais peso devido a curva catenária
presente em seu formato. Seguindo este mesmo
princípio, o aluno poderá usar uma cartela de
ovos e ir testando a quantidade de peso
suportada, claro que devem fazer testes antes.

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Matematicamente a catenária é obtida com a
função f(x) = (e^x + e^-x)/2. Mas para a
praticidade dos alunos melhor mesmo é ter
uma corrente.

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11

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Todo mundo conhece o número 𝜋 e também
sua aproximação mais usada 3,14 que é o
resultado da divisão da circunferência pelo
diâmetro. O que muitos ainda não sabe é que
𝜋 pode ser encontrado usando probabilidades
e o nome dessa experiência chama se agulhas
de Buffon. A experiência é muito simples e isso
é tudo que os alunos precisam, eles não
precisam demonstrar até porque a
demonstração exige muita matemática e isso
levaria muito tempo.

Os materiais necessário são, uma folha grande,


pode ser uma cartolina e palitos de fósforos.
Basta traçar retas paralelas com distância de

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de dois palitos entre uma reta e outra. A
mágica acontece quando você espalha muitos
palitos nessa folha, por exemplo, uns 200
palitos e conta quantos deles cruzaram as
linhas paralelas. Divida os 200 palitos pela
quantidade que cruzaram as linhas e terá uma
bela aproximação para 𝜋. Isso pode ser feito na
hora para quem assiste e pode também ser
mostrado uma simulação on line, onde você
aumenta o número de ‘agulhas’ e a
aproximação vai ficando cada vez melhor. O
aluno pode também imprimir a demonstração
e mostrar. É bem provável que o professor que
irá avaliar pergunte, por que isto funciona?

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CORRIDA AO 12

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A corrida ao 12 é muito simples para
apresentar. Os alunos vão precisar de dois
suportes para fazer um pequeno varal onde
vão pendurar 12 pregadores. É um jogo e como
tal tem suas regras.

O objetivo do jogo é chegar ao décimo segundo


pregador primeiro e para isso cada jogador em
sua vez pode retirar 1, 2, ou 3 pregadores por
vez. Quem chegar no décimo segundo
primeiro, venceu. O legal deste jogo é que
pode se ganhar sempre.
Em termos didáticos para sala de aula
podemos fazer alguns questionamentos, antes
seria bom que os alunos descobrissem porque

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Um jogador sempre ganha. Depois de jogar
com o professor e sempre perder, eles devem
jogar entre si e tentar descobrir. Quem começa
sempre ganha? Quem começa sempre perde?
Descobrindo isto podemos perguntar, É
POSSÍVEL GANHAR SEMPRE COM 16
PREGADORES? E COM 20 PREGADORES?
TERÍAMOS SEMPRE O MESMO VENCEDOR
COM 13 PREGADORES? É POSSÍVEL CRIAR
REGRAS PRÓRIAS PARA GANHAR SEMPRE COM
UM NÚMERO DE PREGADORES PAR OU UM
NÚMEROS DE PREGADORES ÍMPARES? E SE
FOSSE NÚMEROS PRIMOS, COMO O 13? Enfim,
as perguntas são diversas. Isto envolverá
sequências, divisão, estratégias para criar

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Regras vencedoras entre outras. Mas em
termos de apresentação de fera de ciências o
que fica é a apresentação e a demonstração e
se alunos abraçarem a ideia, o que é esperado,
eles podem apresentar a Teoria dos jogos, algo
muito estudado e aplicado em diversos campos
acadêmicos. É um campo vasto para encontrar
aplicabilidade e a principal valor da teoria dos
jogos é a cooperação.

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