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Cáceres/MT
2019/2
RAFAEL CEBALHO CAMBARA
Cáceres/MT
2019/2
BANCA EXAMINADORA
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Profª Me. Maria da Penha Fornanciari Antunes (Orientadora)
Departamento de Pedagogia (Unemat)
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Profª Drª Graciela Constantino (Membro)
Departamento de Pedagogia (Unemat)
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Profª Drª Lígia Cappi Manzini (Membro)
Departamento de Pedagogia (Unemat)
RESUMO
Este estudo monográfico tem como objetivo analisar os olhares das instituições e familiares
sobre a atuação de acadêmicos homens na educação infantil ocorrido durante o estágio
curricular supervisionado nessa modalidade. A pesquisa foi realizada através das percepções
de 7 acadêmicos homem do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. E para darmos inicio
falaremos sobre a representação social a partir da ótica de Moscovici e Jodelet, para dar
continuidade conceituaremos o que é gênero e como essas práticas sociais ocorrem nas
instituições escolares infantis, também mencionaremos a respeito das orientações dos
comportamentos considerados representativos do masculino e feminino, e em suma será
contextualizado a educação infantil e as leis como as RCNEI que pautam no cuidar, educar
pensados para o masculino e feminino e por fim analisaremos as impressões e percepções dos
acadêmicos. A metodologia da pesquisa tem abordagem qualitativa e descritiva, e a forma de
coleta de dados foi a partir do questionário contendo uma pergunta, que foi realizada com 7
acadêmicos homem do curso de Pedagogia. Questionário esse que trouxe muitos
esclarecimentos e contribuiu para minha pesquisa. Esta pesquisa contou com artigos e livros
de muitos autores como: Moscovici (1995, 2010), Jodelet (2001), Scott (1995), Grossi (2000),
Louro (1997), DCNEI (2010), LDBEN (1996), Sayão (2005), RCNEI (2001), Miskolci
(2005), Gil (1991, 2008) dentre outros.
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................9
1 A CONSTRUÇÃO DA REPRESENTACÃO SOCIAL NOS SUJEITOS.......................10
1.1 Representação social na ótica de Moscovici e Jodelet..................................................10
1.2 Construção das concepções de gênero............................................................................11
1.3 Identidade...........................................................................................................................12
1.4 Gênero, educação e docência..............................................................................................13
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................26
REFERÊNCIAS......................................................................................................................27
APÊNDICES...........................................................................................................................29
APÊNDICE A..........................................................................................................................29
APÊNDICE B..........................................................................................................................31
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como temática o olhar institucional e familiar sobre a atuação
do de acadêmico homem na educação infantil. Nesse sentido, procuramos analisar a
percepção dos acadêmicos homens sobre suas atuações no estágio curricular supervisionado
na Educação Infantil.
A escolha do tema surgiu a partir do primeiro estágio supervisionado I na Educação
Infantil, pois percebi que quando um acadêmico homem faz a escolha para o curso de
Licenciatura Plena em Pedagogia, e se insere nas creches e pré-escola para estagiar, os olhares
dos profissionais da instituição e dos pais se voltam para eles.
Verifica-se, então, que isso ocorre devido a pouca representatividade do sujeito
homem nesse espaço, pois na visão da sociedade, a educação infantil é um espaço materno, ou
seja, somente de mulheres. Entretanto, os homens do século XXI vêm conquistando seus
espaços quebrando preconceitos que enfrentam nessa área da educação.
Em suma, se faz necessário desmistificar esses pensamentos, pois a educação infantil é
um espaço homogêneo onde tanto homem quanto a mulher podem estar atuando, pois não há
nenhuma lei que proíba a atuação do homem nesse espaço.
Este trabalho foi organizado em III capítulos, no primeiro capítulo apresentamos as
visões de Moscovici e Jodelet a respeito da construção e representatividade social dos
sujeitos, abordaremos também como se dá a construção das concepções de gênero,
definiremos o que é identidade e por fim será discutido gênero educação e docência.
No segundo capítulo falaremos sobre práticas sociais em instituições infantis
“Masculinidade e Feminidade”, Educação Infantil: educar, cuidar e brincar e os mesmos
pensados como masculino e feminino. No terceiro capítulo mencionaremos que a pesquisa
foi realizada na Universidade do Estado de Mato Grosso - Campus Cáceres no curso de
Licenciatura Plena em pedagogia, com 4 acadêmicos que durante a coleta estavam no quarto
semestre e três acadêmicos que estudavam no 6 sexto semestre do curso de Pedagogia, a
pergunta foi realizada através de um questionário com uma pergunta dissertativa
argumentativa.
Nas considerações finais verificamos que os professores homens são tão
capazes de atuar na E.I tanto quanto as mulheres, e que eles estão ganhando os espaços nessa
modalidade, e que também nenhuma lei barra o acesso do homem nessa área da educação.
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A pesquisa que deu origem a este trabalho monográfico foi desenvolvida com sujeitos
(acadêmicos) que conviveram durante certo tempo em instituições de Educação Infantil.
Nesse ambiente foram observados a partir da representação social que os sujeitos que fazem
parte da comunidade escolar possuem a respeito do professor ideal para atuar na educação
infantil.
Trataremos aqui da definição de representação social nas concepções de Moscovici e
Jodelet, para facilitar a compreensão e a abordagem do conceito de gênero, identidade e as
relações com a educação.
Nesse sentido, nos pautaremos na ótica de Moscovici (1995, 2010) e Jodelet (2001),
para abordar o que seria representação social, em seguida conceituaremos gênero e como se
constroem as práticas sociais em no âmbito escolar das instituições infantis e as orientações
para os comportamentos considerados representativos da “masculinidade e feminilidade”, e,
por fim, será contextualizada a educação infantil considerando os eixos definidos no RCNEI,
ou seja: o educar, cuidar e brincar e os mesmos pensados para o masculino e feminino.
isto é, saberes que dão significados às diferenças corporais e que implicam numa organização
social a partir delas. Estes saberes não são absolutos, mas sim relativos para cada cultura.
Além disso, Scott (1995, p. 86) ressalta que “[...] o gênero é um elemento constitutivo
de relações sociais fundadas sobre as diferenças percebidas entre os sexos, e o gênero é um
primeiro modo de dar significado às relações de poder”. Na visão da referida autora, a
sociedade é que estabelece essa diferenciação de gênero, e a partir daí são colocadas em
prática a diferenciação sexual do gênero feminino e masculino. O gênero também garantiu as
relações de poderes, que durante séculos submeteu as mulheres aos seus esposos, pois seus
deveres seriam basicamente o cuidar e o educar seus filhos, enquanto aos esposos competia
trabalhar para sustentar a família.
Outrossim, vale ressaltar que a categoria de gênero foi desenvolvida nas teorias do
feminismo contemporâneo com o propósito de entender e explicar, dentro dos parâmetros
científicos, como eles surgem as desigualdades entre homens e mulheres, como operam na
realidade e de que maneira elas se refletem no conjunto de relações sociais.
Segundo Grossi (2000), o conceito de gênero, inicialmente utilizado por pesquisadoras
norte-americanas, tem relação com as identidades subjetivas de homens e mulheres. Tal
conceito surgiu no século XIX e afirma que a biologia determina a essência feminina e
masculina, de forma que os comportamentos podem ser explicados pela genética ou pelo
funcionamento fisiológico. (VIEZZER, 1989, p. 107), ao falar sobre gênero, destaca:
Ela salienta que o termo sexo é fisiológico, enquanto gênero, no seu sentido amplo, é
cultural.
No entender de Louro (1997), é preciso considerar as construções sociais e culturais de
masculino e feminino, e pensar no atravessamento das instituições pelos gêneros. A autora
salienta, contudo que, na escola, as questões relacionadas ao gênero resumem-se,
costumeiramente, em reforçar modos de ser menino ou menina segundo estereótipos.
Portanto, a categoria gênero pode ser usada com o objetivo de distinguir e descrever
problemas (desigualdades, opressão, discriminação) e explicar as condições em aqueles que
surgem e os mecanismos que os produzem, perpetuam e legitimam.
1.3 Identidade
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Desse modo, podemos perceber então, que a construção da identidade acontece a partir
de vários aspectos. Não se tem um conceito pré-definido do que seria a identidade, uma vez
que ela ocorre de acordo com o meio em que vivemos, isto é, a identidade não é uma entidade
incorporada do ser humano, ela é desenvolvida através das interações sociais, por isso é
mutável.
tanto o profissional feminino quanto o masculino, estará apto a trabalhar com crianças de zero
a seis anos, não havendo distinção de gênero.
É notório que há poucos professores homens lecionando na educação infantil. Quando
um homem é inserido nesse contexto escolar causa estranheza aos pais, professoras e na
gestão escolar, pois a sociedade em si não é acostumada com a figura masculina em creches e
pré-escolas, no papel de professor. Na visão da sociedade os homens não sabem lidar com o
ato de cuidar, brincar e também educar, visto que, a mulher desde pequena é preparada para
esta função segundo a cultura tradicional.
Corroborando essa abordagem a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no
Art. 62 ressalta
que a formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior,
em curso de licenciatura plena, admitida, como formação mínima para o exercício
do magistério na educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino
fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal. (LEI 9.394/96,
ART. 62).
Dessa forma, percebe-se que de acordo com as leis que amparam a Educação Infantil
(EI) não há relato algum que defende que somente as docentes mulheres estão aptas a lecionar
na EI, nessas leis não há distinção de gênero, ou seja, tanto o docente homem quanto a
docente mulher estão aptos a lecionarem na EI, desde que eles tenham formação de nível
superior em curso de Licenciatura Plena em Pedagogia como formação mínima para exercer a
profissão.
É possível notar que em pleno século XXI, a inserção de docentes homens atuando na
Educação Infantil pode ser vista de diferentes perspectivas, pois no âmbito escolar o homem
tem sua sexualidade colocada como duvidosa por ter escolhido tal profissão. Contudo, se a
criança não tem contato com a figura masculina e a escola propicia isso, é bom, pois ela
estabelece laços mais estreitos com um professor do gênero masculino, relacionando este à
figura paterna, o que vai auxiliar o seu desenvolvimento emocional.
Há que se levar em conta que a sociedade, de forma geral, considera estranha a
presença de um profissional do gênero masculino atuando com crianças pequenas, como
menciona Sayão (2005):
São evidentes os preconceitos e estigmas originários de idéias que vêem a profissão
como eminentemente feminina porque lida diretamente com os cuidados corporais
de meninos e meninas. [...] os cuidados com o corpo foram atributos das mulheres, a
proximidade entre um homem lidando com o corpo de meninos e/ou meninas de
pouca idade provoca conflitos, dúvidas e questionamentos, estigmas e preconceitos.
(p. 16)
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Observa-se que desde suas brincadeiras, meninos e meninas vão incorporando formas
aceitáveis e indicadas socialmente de ser homem e mulher. Estas e outras compreensões
expressas no cotidiano das crianças são o reflexo de exemplos vividos por elas no convívio
com os adultos. Sendo assim, observa-se que as crianças, influenciados pelos adultos, já
nascem sabendo com quais brinquedos irão brincar, e quais brincadeiras são destinadas ao seu
tipo de gênero. No contexto histórico, é muito comum ver pais reprimindo a vontade de seus
filhos, pois são os adultos que moldam as crianças em criar expectativas de como serão no
futuro e esperam que as meninas sejam de um jeito e os meninos de outro.
Sayão (2002) destaca que, geralmente as meninas agrupam-se entre si e escolhem
brincadeiras relacionadas ao que denominamos tradicionalmente universo feminino: brincam
de bonecas, de casinha, de cabeleireiro. Enquanto isso, os meninos fazem uso de jogos como
memória, “lego” ou de construção e similares. Em alguns casos, meninos e meninas
interagem, porém, na maioria das vezes, fazem opções por atividades com crianças do mesmo
sexo.
As desde pequeninas as crianças, ou seja, meninos e meninas vão descobrindo coisas
novas, explorando novos horizontes e a criando possibilidades de brincar. Isso faz parte do
desenvolvimento natural de cada criança.
Portanto, a separação de brinquedos e brincadeiras classificados como de menina ou
de menino é consequência da construção cultural/social que está baseada nas atitudes e
costumes que passam de geração a geração. Contudo, cabe a escola juntamente com a família
desmistificar esses comportamentos preconceituosos que é passado para as crianças, pois a
crianças não classificam os brinquedos e brincadeiras, elas brincam com o objeto que mais
chamam sua atenção, sem ter noção dessa separação posta pelos pais.
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O que você percebeu durante o estágio supervisionado em relação aos profissionais da escola
e aos pais quando se depararam com um acadêmico homem atuando na educação infantil?
Pudemos observar na resposta obtida no que tange aos profissionais da escola que a
gestão institucional não se estranhou a presença de um acadêmico homem atuando na E.I. A
escola recebeu muito bem o acadêmico e deu o total apoio a ele no desenvolvimento das
atividades propostas nos planos de aulas do estagiário. Segundo a fala do entrevistado, a
escola foi bem receptiva e lhe deu total liberdade
Em relação, aos pais o acadêmico 1, relata que num primeiro momento houve um
certo espanto, quando se depararam com um sujeito do sexo masculino na E.I. Ademais, o
acadêmico aborda que não houve nenhuma manifestação desabonando a sua competência. Por
fim, a relação do acadêmico e dos pais se tornou boa no decorrer dos dias, gerando confiança
e simpatia dos pais pelo estagiário masculino.
Nessa perspectiva
a LBD (BRASIL, 1996), lei que rege a educação no país, assim como o RCNEI
(BRASIL, 1998), documento base para a atuação na Educação Infantil, pode-se
perceber que em nenhum momento, nem na descrição do perfil profissional do/a
professor/a, é demonstrada alguma preferência de que o profissional da Educação
Infantil seja do sexo feminino ou masculino. (HENTGES, 2015, p. 17).
Constata-se então que a Lei 9394/96, a LBD bem como o RCNEI não determinam em
momento algum que somente o sexo feminino pode trabalhar com as crianças na educação
infantil, mas sim profissionais formados para essa função.
Contudo, apesar desses ocorridos, ou seja, a não receptividade natural por parte dos
pais, o acadêmico agiu naturalmente e com o intuito de quebrar as barreiras de inseguranças
que os pais demonstravam começou a dialogar e foi ganhando a confiança no decorrer dos
dias, procurando demonstrar que o homem também está recebendo essa formação e que é
responsável como profissional em qualquer fase da educação das crianças.
crianças com um professor homem, houve também reclamações no que tange aos métodos de
ensino do acadêmico. Mas, por fim o estagio ocorreu bem.
Nesse sentido, Manzini e Tiellet (2014),
Conforme afirmação das autoras e o que foi vivenciado na prática pelos acadêmicos
homens, a presença do homem na Educação Infantil causa muita polêmica e insegurança por
parte dos pais, visto que, essa fase da educação é voltada mais para o “cuidar”, ou seja, algo
que a sociedade em si defende que as mulheres estão mais preparadas. No entanto, as autoras
argumentam que o ato de ensinar é uma profissão na qual tanto o homem quanto as mulheres
podem atuar, incluindo a educação infantil, desde que para tal, recebam a formação adequada
e definida pela legislação da educação.
. Essa visão reducionista de cuidado não pode mais ser concebida [...]. (p. 154) [...]
uma das grandes dificuldades na compreensão do cuidado na Educação Infantil é a
sua vinculação restrita ao corpo, não levando em consideração as intenções, os
sentimentos e os significados que estão amplamente correlacionados com o cuidar
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É compreensível que se tenha receio à presença do homem na E.I., pois os pais assim
como a escola temem que esse homem toquem o corpo das crianças que ainda não entendem
o que estão fazendo com ela, apenas que estão cuidando dela. A violência contra a criança é
praticada na maioria dos casos por homens, o que não exime a mulher de também pratica-la.
Os pedagogos profissionais precisam com sua atuação seria, cuidadosa e responsável,
aos poucos fazer com que esse temor diminua uma vez que será cada vez mais comum os
homens na E.I. assim como em outras turmas, considerando que o direito a profissão também
é estendido ao sexo masculino.
O acadêmico 6, relatou que a escola não se surpreendeu com sua presença no ambiente
escolar, ele foi bem aceito pela instituição não havendo nenhum desentendimento.
Os pais, principalmente das meninas não viram o acadêmico com tranquilidade,
devido a ele ser do sexo masculino, a desconfiança estava explicita em seus olhares.
Nessa perspectiva ainda existe uma resistência dos pais, que de certo modo tem
pensamentos ultrapassados, ou seja, preconceituosos em relação à atuação do acadêmico
homem na E.I.
De acordo com as DCNEI, em seu Artigo 9º,
os eixos estruturantes das práticas pedagógicas dessa etapa da Educação Básica são
as interações e a brincadeira, experiências nas quais as crianças podem construir e
apropriar-se de conhecimentos por meio de suas ações e interações com seus pares e
com os adultos, o que possibilita aprendizagens, desenvolvimento e socialização.
(DCNEI, 2010).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta pesquisa tive a oportunidade de ver impressões assim como a minha quando
atuei na E.I durante o estágio curricular supervisionado, pois logo de cara quando um
estagiário do sexo masculino adentra nas instituições escolares eles percebem olhares
estranhos por parte da escola e família.
Nesse sentido, podemos perceber através das respostas dada pelos acadêmicos ao
responderem o questionário que eles se sentirão na pele o pré-conceito explícitos nos olhares
dos pais e também um pouco de espanto por meio do âmbito escolar ao se depararem com
eles ministrando aula para seus filhos, principalmente os pais que tinham filha do sexo
feminino.
A partir dessa pesquisa podemos perceber que o acadêmico homem causa muita
estranheza quando se insere na educação infantil, por conta dos pensamentos dos pais
ultrapassado e preconceituoso que vêem que somente as mulheres podem e devem assumir
esse cargo que na educação infantil é mais voltado para o cuidar, educar e brincar.
Outrossim, através desta pesquisa nota-se que em nenhuma das leis que ampara a
Educação Infantil, define que somente o gênero feminino é o profissional ideal para trabalhar
com essa faixa etária, a LDBEM assim com a RCNEI e dentre outras menciona que o
profissional apto para atuar nessa modalidade deve ter o ensino superior completo no curso de
Licenciatura Plena em Pedagogia. Entretanto, o professor do sexo masculino tendo ele
concluído o ensino superior pode ministrar aulas na E.I sem nenhum problema.
Verifica-se também que as crianças se encantam ao verem um sujeito do sexo
masculino muitas vezes elas vêem na figura desse professor o pai ou a tio, no entanto, é de
grande relevância o homem estar cada vez mais adentro desse espaço onde a
representatividade feminina predomina, pois somente dessa maneira conseguiremos
desmistificar os pensamentos torto e tradicionais que permeia a sociedade.
Enfim, no que tange ao professor homem muita coisa em relação a sua presença em
sala de aula da educação infantil já mudou, hoje o preconceito ainda existe, mas com pouca
intensidade, mesmo assim, ainda são poucos os professores homens atuando nessa faixa
etária, pelo motivo da pouca procura pelo curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Muitos
ainda fogem da responsabilidade de educar ou muitas vezes por medo dos desafios que serão
lançados durante a graduação e durante os estágios que serão vivenciados pelo sujeito.
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REFERÊNCIAS
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
202 p. ISBN: 8522422702.
MANZINI, Lígia; TIELLET, Maria do Horto. Profesoras y docencia de estudiantes del sexo
masculino de práctica professional en una guardería: desafios em las relaciones entre
géneros. Subjetividad y Procesos Cognitivos, Vol. 18, Nº 2, 2014.p. 71-97.
SCOTT, J. W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. Porto
Alegre, vol. 20, n. 2, p. 71-99, jul./dez. 1995.
APÊNDICES
APÊNDICE A
O senhor (a) está sendo convidado à participar desta pesquisa que têm como finalidade obter
informações para a produção da Monografia, que se constitui no Trabalho de Conclusão do
Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, no Campus Universitário Jane Vanini - Cáceres.
A pesquisa levantará informações/dados/opiniões sobre a questão: O que os estagiários
homens perceberam durante o estágio supervisionado em relação aos profissionais da escola e
aos pais quando se depararam com um estagiário do sexo masculino atuando na educação
infantil?
A pesquisa contará com a participação de oito acadêmicos do curso de Licenciatura Plena em
Pedagogia da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), sobre a representação de
acadêmicos homens do curso em questão na prática em Educação Infantil.
Ao participar deste estudo o senhor permitirá que o acadêmico pesquisador possa colher
informações importante que darão origem à Monografia, que é um trabalho científico exigido
pela Universidade para que os alunos possam concluir o curso superior de graduação.
Todas as informações coletadas são estritamente confidenciais e somente o acadêmico e seu
orientador poderão utilizá-las para fins únicos de estudo científicos, sendo mantido o
anonimato dos colaboradores. Também estará colaborando com a produção de conhecimentos
sobre a temática estudada, não receberá nenhum pagamento por sua colaboração e não terá
nenhuma implicação legal pelas informações que prestar ao pesquisador.
Solicitamos, desta forma, o seu consentimento de livre e espontânea vontade, para participar
desta pesquisa. Se estiver de acordo escreva seu nome e assine o documento e agradecemos
sua colaboração.
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Tendo em vista os itens acima apresentados, de forma livre e esclarecida, manifesto meu
consentimento em participar da pesquisa
Cáceres / /
Obs.: Assinar duas vias e entregar uma ao sujeito da pesquisa. A outra ficará com o orientado
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APÊNDICE B
QUESTIONÁRIO
Prezado acadêmico
Solicito a colaboração do Senhor, para responder este questionário, o qual tem por finalidade
levantar dados para a elaboração do trabalho de conclusão do curso de Pedagogia.
As opiniões aqui relatadas servirão única e exclusivamente para fins de pesquisa, sendo
resguardada a identidade dos colaboradores.
Obrigado pela colaboração.
Rafael Cebalho Cambara - 5º Semestre de Pedagogia - Unemat/Cáceres/2018.
Questionário
1. O que você percebeu durante o estágio supervisionado em relação aos profissionais da escola e
aos pais quando se depararam com um estagiário homem atuando na educação infantil.