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ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DO PORTO

ENFERMAGEM 3º ANO

Organização de serviço para alcoolismo: uma proposta


ambulatorial

Figlie, N.B.; Pilon, S.C.; Castro, L.A. & Laranjera, R; Unidade de Pesquisa em
Alcool e Drogas / Universidade Federal de São Paulo

Trabalho realizado por: Marisa Silva

Porto , 30 de Novembro de 2009

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Psicoterapia de grupo:
Actualmente a psicoterapia de grupo tem vindo a evoluir em comparação à
psicoterapia individual, uma vez que esta tem menor custo proporcionando o
desenvolvimento interpessoal e o apoio mútuo entre pacientes. Uma das vantagens é
a existência de um elemento bem sucedido no tratamento porque o paciente se vê a si
próprio como uma probabilidade de sucesso.
A população que frequenta a terapia de grupo normalmente são na maioria do
sexo masculino e que predispõem de escolaridade obrigatória, são casados, têm um
emprego e uma dependência grave no álcool.
Ao grupo terapêutico é formado inicialmente com o agendamento da primeira
consulta em que nela consiste uma avaliação inicial, o acompanhamento individual do
paciente. Na primeira consulta pretende-se fazer uma desintoxicação ao paciente.
A terapia de grupo é constituída por varias sessões e cada sessão é realizado por
um psiquiatra, um psiquiatra assistente e por dois psicólogos um observador e um
coordenador e por fim por duas enfermeiras. Cada sessão tem duração de cerca de 75
minutos onde se explora a heterogeneidade do grupo e onde os pacientes são
informados que as sessões são abertas e que cada paciente pode sair e entrar
quando desejarem.
Cada terapia de grupo é composta por um grupo de apoio onde este dispõe do
atendimento a pacientes que desenvolvem alguma patologia causada pelo alcoolismo.
Trata-se de um grupo aberto, que acontece uma vez por semana no período de
uma hora e que é composto no máximo por dez pacientes. Este grupo tem como
funcionalidade a abstinência, abordagem de uma possibilidade de recaída trabalhando
assim certas técnicas de prevenção face a recaída. Este grupo tenta perceber os
aspectos positivos e negativos da abstenção e continuação do hábito de beber.
A duração do tratamento á avaliada por um profissional, com o parecer do grupo e
do próprio paciente. Este mesmo tenta o encaminhamento para tratamentos adicionais
tais como grupos de auto-ajuda, procura de religião e orientação familiar.
Recaída:
O relacionamento deve ter um grau de confiança tal que seja possível falar da
recaída ao invés de esconde-la ou nega-la. A empatia deve ser compreendida como
uma forma de aprendizagem que faz parte do processo de recuperação e de
desenvolver maneiras adaptativas de lidar com estas situações de grupo sendo
importante que o elemento bem sucedido recorde as suas experiências.
Após a recaída é frequente o sentimento de culpa, pois a meta a atingir para
um alcoólico em recuperação é parar de beber. A orientação a ser dada neste sentido
a cada elemento do grupo é ter consciência de que não se trata de uma doença
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incapacitante, preservando a responsabilidade e a resistência frente á modificação do
acto de beber.
Actuação terapeuta é importante pois a empatia é essencial para a motivação e
relação de ajuda entre terapeuta e paciente desde que comece com as sessões.
Segundo Rogers a empatia é: “…quando o terapeuta é sensível aos sentimento
e reacções pessoais que o cliente experiencia a cada momento, quando pode
aprende-lo de dentro, tal como o paciente os vê, e quando consegue comunicar com
êxito alguma coisa dessa compreensão ao paciente”.
Entrevista motivacional:
Outra técnica adoptada dirigida ao grupo com o objectivo de estimular e
aumentar o comportamento é a resistência do hábito de beber. Pois, é considerada
uma chave de sucesso da terapia. Esta entrevista consiste em reflexões críticas,
reflexões de dois lados, reinterpretar e enfatizar
Modelo de uma terapia de grupo:
A 1ª fase, consiste no aquecimento ou seja é a definição de temas a serem
discutidas na sessão. É assim adoptado um esquema de sessão livre, seguida de uma
sessão dirigida, que pode ser através: dinâmicas de grupo, material para leitura,
questionários e discussões sobre esses mesmos. Na 1ª fase as sessões são livres
onde os pacientes definem os temas a serem discutidos, essas sessões são dirigidas
e surgem a quando um pedido especifico do grupo. Transferência de fases: funciona
como um factor motivador à medida que o paciente adquire o retorno de experiencia e
reconhecimento de pessoas com problemas semelhantes
Na 2ª fase já existe um processo de acompanhamento do grupo e é reduzido
para sessões mensais, com o objectivo de avaliar a capacidade do paciente de
assumir as suas próprias responsabilidades.
Esta fase chamada de grupo terapêutico já é de abstinência completa,
readaptação familiar, profissional, lazer e saúde física e mental. Nesta fase já se
estuda em formar um conceito de uma nova identidade, abordasse a possibilidade de
uma recaída trabalhando assim essas técnicas de prevenção fase a recaída. A
duração do tratamento é avaliada pelo paciente, com o parecer do grupo e do
terapeuta, após a alta incentiva-se o paciente a visitar o grupo em caso de
necessidade. Assim o paciente é encaminhado para a psicoterapia individual (externa)
quando houver discussão por parte do paciente.
Grupo de orientação familiar:
O grupo de orientação familiar consiste em esclarecer a família quanto aos
conceitos, bem como problemas relacionados com o uso de álcool. Este grupo é
essencial no sentido de informar e promover mudanças de comportamento e
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posicionamentos em família. Juntamente com o paciente a família procura a ajuda
construtiva e sensibilização para ultrapassar determinadas situações para a
recuperação.
Existem sessões com temas pré programados para a Orientação Familiar com
os respectivos objectivos representados a seguir:
Na Sessão 1, temos como tema o Contrato e queixa com os seguintes objectivos:
Explicitar o objectivo do tratamento: cuidado com o familiar, efectuar a vinculação
terapêutica e aprender a lidar com a impotência/potência frente a cura do dependente.
Na Sessão 2, temos como temas trabalhar as emoções (reacções típicas), razões que
levam ao uso e comportamentos indicativos, onde os objectivos são: reconhecer os
sentimentos do familiar em relação ao dependente; levar em conta os sentimentos que
os dependentes provocam no âmbito familiar, com o objectivo que essa transferência
possa ser interrompida; perceber os vários motivos que podem levar ao consumo de
drogas/álcool; apontar comportamentos indicativos do consumo de drogas/álcool,
favorecendo a troca de experiências entre familiares que constataram o consumo /
dependência e familiares que não tinham a mesma convicção.
Na Sessão 3, temos como tema o Modelo dos Estágios de Mudança proposto por
Prochaska e DiClemente – Dinâmica da personalidade, com os objectivos: Explicitar a
dinâmica do processo de modificação de dependente/usuário para abstinente, em
suas respectivas fases motivacionais; Introduzir o papel da recaída como fazendo
parte do processo de mudança.
Na Sessão 4, com o tema: O que fazer para ajudar e Comportamentos a serem
evitados, com o objectivo de discutir a necessidade de algumas atitudes que podem
auxiliar ou piorar o prognóstico tanto do dependente, quanto da família.
Na Sessão 5, temos o tema a discutir chamado de Sessão Informativa, pelo qual os
objectivos passam: Transmitir conceitos básicos sobre as drogas mais utilizadas,
forma de utilização, efeitos e vias de administração; Discutir as dificuldades físicas
(dependência, tolerância e síndrome de abstinência) e psicológicas para atingir a
abstinência; Reconhecer as formas de tratamento existentes.
Na Sessão 6 e última, é apresentado como tema o Plano de Acção para cada caso.
Para esta sessão temos o objectivo de definir metas específicas para cada familiar,
com orientação do terapeuta, que possam auxiliar na recuperação da saúde mental da
família e discutir a participação no grupo, críticas e sugestões.
Conclusão:
Com a realização deste artigo podemos concluir que o artigo apresentado é
constatável a necessidade de um acompanhamento individual antes do grupal,
aumenta a aderência ao tratamento.
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A psicoterapia de grupo aparece como sendo a mais económica e como facilitadora na
reconstrução da vida do paciente no seu próprio ambiente.

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