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Psicologias da Educação e Teorias da Aprendizagem

Autoria: Patrícia Rossi Carraro

Tema 09
Psicanálise e as Contribuições Educacionais
Tema 09
Psicanálise e as Contribuições Educacionais
Autoria: Patrícia Rossi Carraro
Como citar esse documento:
CARRARO, Patrícia Rossi. Psicologias da Educação e Teorias da Aprendizagem: Psicanálise e as Contribuições Educacionais. Caderno de
Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014.

Índice

CONVITEÀLEITURA PORDENTRODOTEMA
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© 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua
portuguesa ou qualquer outro idioma.
CONVITEÀLEITURA
Neste tema você terá contato com os conhecimentos relacionados às contribuições da psicanálise para a educação.
Certamente você já ouviu falar sobre o fundador desta teoria, Sigmund Freud, os principais conceitos, a finalidade e
os pressupostos teóricos da psicanálise. Chegou a hora de você estudar como os estudos de Freud e algumas teorias
psicanalíticas são consideradas na educação. Este tema ajudará você a responder algumas perguntas como: Qual a
importância da Psicanálise para a Educação? É possível pensar na relação entre os conceitos psicanalíticos, as fases do
desenvolvimento infantil e os aspectos relacionados à educação escolar? Qual a importância da afetividade no contexto
escolar? O que estes assuntos têm a ver com o professor? Quantas perguntas, não é mesmo? Esse é o objetivo deste
tema, trazer respostas e conhecimentos para a sua formação e esclarecimento destas dúvidas. Você está convidado
a compreender um pouco mais este universo que lhe possibilitará levar para a prática uma nova forma de olhar e se
posicionar, repensando a teoria pedagógica e as relações pessoais e interpessoais, advindas da psicanálise.

PORDENTRODOTEMA
Psicanálise e as Contribuições Educacionais

Para início de conversa, é importante considerar o conceito de Psicanálise e compreender a importância de Sigmund
Freud para as ciências humanas.

O conceito de Psicanálise está relacionado há três aspectos que se remetem a uma teoria, que é um conjunto de
conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica; há um método de investigação que busca o
significado oculto daquilo que é manifestado por meio de ações e palavras ou pelas produções imaginárias, como sonhos,
delírios, associações livres, e outros, e há uma prática profissional que está relacionada a uma forma de tratamento, no
caso a análise que busca o autoconhecimento ou a cura, que ocorre por meio desse processo de investigação (BOCK;
FURTADO; TEIXEIRA, 2008).

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PORDENTRODOTEMA
Sigmund Freud nasceu em 1856, na cidade de Freiberg, Morávia (atualmente uma região da República Tcheca). Advindo
de uma família judia, morou grande parte de sua vida em Viena, na Áustria, e acabou morrendo em Londres, capital da
Inglaterra, em 1939, onde se protegeu das perseguições dos nazistas. Formou-se em medicina, interessou-se por estudar
manifestações de desequilíbrio psicológico e foi no contato com seus pacientes que elaborou o modelo psicanalítico.
Estudou a estrutura da personalidade humana e a dinâmica do seu funcionamento. Estas são questões importantes da
teoria porque mostra o contexto em que a psicanálise originou-se o destino fundamental de suas formulações: a busca
pela cura de pessoas que sofrem distúrbios psíquicos. Freud não analisou a escola e o trabalho do professor, porém
abordou questões educacionais em alguns de seus manuscritos (CUNHA, 2008).

É importante destacar que na teoria psicanalítica existem vários conceitos importantes, como inconsciente, libido,
instinto (pulsão/impulso), transferência, mecanismos de defesa, complexo de édipo, pulsões, desejo, as fases do
desenvolvimento psicossexual, a primeira teoria do aparelho psíquico (inconsciente, pré-consciente e consciente) e a
segunda teoria do aparelho psíquico (id, ego, superego).

A teoria psicanalítica tem um papel fundamental no que tange ao desenvolvimento humano e o conhecimento do funcionamento
do aparelho psíquico. Esta busca compreender os aspectos subjetivos do ser humano, seus conflitos e angústias. O professor
de posse deste conhecimento torna-se mais consciente das suas ações e das possibilidades/dificuldades perante o processo
ensino-aprendizagem. Além disso, o professor considerando a subjetividade do aluno, agregará elementos importantes para
o seu trabalho pedagógico e as relações estabelecidas na escola (FRANCO; ALBUQUERQUE, 2010).

É impossível negar a importância e abrangência da psicanálise no campo social, bem como na área da saúde mental.
Para Bock, Furtado e Teixeira (2008), durante muito tempo as pessoas associaram a psicanálise ao divã, ao trabalho
demasiadamente demorado em clínicas, e sendo possível o acesso somente a quem tivesse condições econômicas.
Essa ideia teve força porque durante muito tempo, a atividade profissional nesta área se restringia apenas ao consultório.

Contudo, esta visão modificou-se, pois ao longo dos tempos, surgiram estudos de grande relevância que apontaram as
contribuições da Psicanálise ao contexto escolar. Constata-se que, este conhecimento que no início limitava-se somente
a um campo de atuação, expande-se.

Abrão (2006), ao buscar compreender a produção psicanalítica e sua influência na educação brasileira no século XX,
aponta que a presença da Psicanálise na Educação ocorreu a partir de duas maneiras: primeiramente, pela divulgação
de informações teóricas relacionadas aos conceitos psicanalíticos e às características do desenvolvimento emocional
da criança, a partir de livros e cursos para educadores, e, num segundo momento, através da criação de uma prática
de assistência ao aluno com problemas de aprendizagem ou comportamento, desenvolvida em clínicas de orientação
infantil, que se baseava na avaliação da criança e na orientação de pais e professores.

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PORDENTRODOTEMA
Barros (2007) reforça as ideias relacionadas acima ao indicar que os estudos sobre a infância encontram na psicanálise
explicações sobre as características emocionais das diferentes fases da vida humana. Familiares e educadores baseados
nas contribuições teóricas da psicanálise tiveram maior compreensão da infância e, portanto, maior capacidade de
previsão e controle do comportamento de seus filhos e alunos.

Abrão (2006), Maciel (2005), Pedroza (2010), Moura e Silva (2009) ressaltam que na obra de Freud há vários trechos
que fazem referencias da Psicanálise na Educação, mostrando que o interesse por esta relação é antigo.

A partir das colocações anteriores, pode-se ressaltar que apesar de Freud ser um médico e não educador ou professor
(neurologista, psiquiatra, clínico geral), preocupou-se com o desenvolvimento infantil e contribuiu para a educação.

A psicanálise que nasce de uma prática clínica constrói um corpo teórico baseado numa nova visão de mundo e de
homem, como ser histórico, social e cultural, e procura compreender como ocorre a inserção desse homem na cultura.
Em diversas passagens de sua obra, Freud expõe sua visão evolutiva tanto do indivíduo como da cultura, enfocando o
desenvolvi¬mento do homem numa interação com o meio social (PEDROZA, 2010).

Maciel (2005) aprofunda um pouco mais sobre o assunto quando nos coloca, basicamente, que as contribuições de Freud
à educação relacionam-se primeiramente à transmissão de conhecimento através dos inconscientes, à importância
da relação professor-aluno e, que o papel da educação seria o da sublimação, ou seja, o de transformar de uma
maneira benéfica todas as pulsões agressivas e sexuais do ser humano (inconscientes e concentradas) em atividades
intelectuais, artísticas, e produtivas socialmente aceitáveis.

A autora ainda nos esclarece que existem alguns textos de Freud que mencionam a educação e comprovam esta ligação,
por exemplo: “Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise” (FREUD, 1912); “Algumas reflexões sobre a
psicologia escolar”; “Prefácio à juventude desorientada de Aichhorn” (FREUD, 1925); “Explicações, aplicações e orientações”
em Novas Conferências Introdutórias à psicanálise (FREUD, 1933) e “Análise terminável e interminável” (FREUD, 1937).

Existiram também autores que se opunham a interface psicanálise e Educação. Nem sempre essa relação foi bem vista.
Maciel (2005) nos lembra que Milliot, em 1981, afirmava em sua obra, a impossibilidade de conexão entre a psicanálise
e a educação. Nessa mesma linha de raciocínio, surgiu Kupfer em 1989 que, depois mudou sua visão, ao propor a
“Educação Terapêutica”, em 2001, admitindo assim a possibilidade de uma interlocução entre essas duas áreas do
conhecimento.

Apoiada nos pressupostos teóricos da Psicanálise sobre o desenvolvimento emocional, Pedroza (2010) traz outra grande
contribuição da teoria psicanalítica. É necessário que a criança tenha também uma educação afe¬tiva na escola que
lhe permita desenvolver uma sensibilidade relacional com os outros, podendo se servir de suas capacidades físicas e

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PORDENTRODOTEMA
intelectuais. Além disso, a psicanálise pode ajudar o educador, permitindo a possibilidade de uma compreensão em
profundidade do sujeito, no que ele tem de mais pessoal e de mais íntimo. Para tal, é neces¬sário que a escola não
mantenha os alunos numa relação de submissão passiva à autoridade do professor. A relação professor-aluno depende,
em grande medida, da maturidade afetiva do professor.

Ao mostrar que as situações da sala de aula são mais humanas do que técnicas, a psicanálise revela um espaço
diferente e benéfico para os professores, para Cunha (2008, p. 5) o espaço “da vivência humanizadora, da compreensão
do outro, da busca de boas relações do indivíduo consigo mesmo e com os que o cercam. Solicita-se, então, menos
ênfase no método e mais preocupação com a pessoa”.

O modelo psicanalítico não diz respeito a indicações quanto a procedimentos, técnicas ou modelos de ação pedagógica.
Este não passa de um referencial para compreender o ser humano e, além disso, leva o educador na direção de perceber
“as limitações do processo pedagógico, tornando-o uma pessoa menos obcecada pela imposição de seus pontos de
vista, suas verdades, seus valores morais, seu desejo de ordem e disciplina” (CUNHA, 2008, p. 9).

A transferência seria um outro aspecto da teoria freudiana que é possível fazer uma conexão com a educação e que é
apontado por Pedroza (2010). Primeiramente, esta foi tratada na relação médico-paciente e foi vista por Freud como se
dando também nas mais diversas relações estabelecidas pelo indivíduo na sua vida. Pode-se dizer que o professor é
objeto de transferência e está ligado principalmente à imagem do pai, mas que podem também estabelecer-se conforme
a imagem da mãe, do irmão, etc., ou seja, as pessoas estimadas ou respeitadas.

Ribeiro e Neves (2006) acreditam que existe sim um encontro possível entre a Psicanálise e a Educação. Nota-se, pelos
estudos, como a transferência professor-aluno passa a ser mediada pela afetividade e pelo processo de identificação,
em que a pulsão do saber e o acesso ao simbólico reforçam o mecanismo de aprendizagem.

Pensando na formação do professor, a partir dos pressupostos psicanalíticos, Pedroza (2010) ressalta que a psicanálise
pode ser vista como um método de trabalho que exige que se faça um permanente retorno a si mesmo. Torna-se mais
fácil ao professor de compreender sua prática pedagógica quando ele pode ser escutado por alguém de fora da situação
pedagógica. Seria importante existir nas escolas um grupo de análise, baseado na perspectiva de Balint, no qual
é possível uma modificação mesmo que limitada, mas extremamente importante da personalidade do professor que
permite entender a relação com seus alunos em sala de aula (BALINT, 1996 apud PEDROZA, 2010).

Segundo Cunha (2008), os fenômenos relacionados ao ensino e à aprendizagem possuem componentes inscritos no campo
intelectual e uma carga emocional, que é em grande parte inconsciente. Essas questões têm a ver tanto com o universo psíquico
do professor, que tem e transmite os saberes formalizados, quanto com o do aluno, para quem estes saberes são direcionados.

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PORDENTRODOTEMA
É importante acrescentar que o professor não pode ficar na escola analisando seus alunos, pois não tem competência
técnica e nem autorização formal para tal atividade. O que a Psicanálise torna possível, é a estruturação de um espaço
de referências no qual o professor pode elaborar suposições a respeito de si mesmo e de seus alunos. O professor
não é um curador de neuroses, mas uma pessoa que revela interesse em compreender que o processo de ensino e
aprendizagem não se resume a aspectos técnico-metodológicos.

O professor, orientado pelos conhecimentos psicanalíticos, dispõe de saberes que lhe permitem conhecer – ou ao
menos supor – o que se passa com seu aluno nas diferentes fases de seu desenvolvimento, o modo como sua libido se
manifesta, os conflitos pelos quais passa e das angústias que vivencia. O professor que compreende a Psicanálise está
à frente dos demais, pois tem em mãos um quadro de referências que fornece um panorama, ainda que não específico,
sobre a vida psíquica da criança e do adolescente. Contudo, o professor não constrói a personalidade de seu aluno. Ele
pode, sim, agir de modo a não piorar certas predisposições do caráter de seu educando.

Costa e Mota (2010) realizaram um estudo cujo objetivo foi analisar a importância da Psicanálise para a formação
docente nos cursos de Pedagogia. Eles consideram que o pedagogo é o profissional responsável pela educação de
crianças e que, esse poderia utilizar as teorias psicanalíticas para uma reflexão da sua prática. No entanto, constataram
que a partir de uma análise dos cursos de Pedagogia, das principais universidades brasileiras, a Psicanálise é, na
maioria das instituições pesquisadas, trabalhada somente como um item dentro do programa da disciplina Psicologia da
Educação. Os professores entrevistados responsáveis pela disciplina apontam a Psicanálise como elemento necessário
para a prática pedagógica e a dinâmica do ensino desta na Pedagogia. Contudo, o tempo dedicado aos estudos das
ideias psicanalíticas é pouco, não sendo possível desenvolver o conteúdo previsto. Para eles a psicanálise ajuda na
escuta do professor ao que o aluno traz, evitando julgamento moral.

A visão psicanalítica pode mostrar ao professor que não é somente ele o responsável pela detenção do conhecimento
e que os estudos de Freud atraem o interesse dos estudantes de Pedagogia, apesar de não objetivar a utilização da
Psicanálise para a prática docente, e sim para compreensão da vida pessoal. A pesquisa identificou que os alunos da
pedagogia não percebem como as ideias psicanalíticas podem possibilitar uma reflexão da sua prática, no processo
de interação com o aluno, com a família, aluno-aluno, além de ajudar na compreensão da sexualidade e problemas
de aprendizagem. Os autores da pesquisa colocam que a Psicanálise pode contribuir com a formação do pedagogo e,
principalmente, no desenvolvimento da ética desse dentro da sua docência.

A relação entre a Psicanálise e a Educação, suscita novos saberes na história das ciências humanas, que têm suas
especificidades, que delimitam uma prática e estabelecem novas fronteiras e intercruzamentos, possibilitando assim
aberturas para novas construções.

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ACOMPANHENAWEB
Paradigma Psicanalítico na Educação 1 (1/2)

• Programa da Disciplina Psicologia da Educação do curso de Pedagogia Unesp/Univesp. O


vídeo apresenta alguns aspectos da história profissional de Freud e da sua teoria e esclarece
como Freud vê o homem. A partir da visão de três professores, pesquisadores da Universidade
de Campinas (UNICAMP), da Pontífica Universidade Católica (PUC), da Universidade Estadual
Paulista (UNESP), o vídeo nos esclarece as principais descobertas de Freud sobre o inconsciente
e a existência de uma sexualidade infantil. Além disso, traz o depoimento de algumas pessoas
que são entrevistas nas ruas de São Paulo/SP sobre suas vidas, lembranças, tristezas, mágoas,
traumas e relacionamentos com pessoas. Vale a pena assistir!
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ZIYwwxuF0qc>. Acesso em: 10 jul. 2014.

Tempo: 11’00’’.

Paradigma Psicanalítico na Educação 1 (2/2)

• Assista ao Programa da Disciplina Psicologia da Educação do curso de Pedagogia Unesp/


Univesp. Este vídeo é uma continuação do vídeo anterior, no qual os professores, pesquisadores
da Universidade de Campinas (UNICAMP), da Pontífica Universidade Católica (PUC), da
Universidade Estadual Paulista (UNESP), abordam mais alguns aspectos do inconsciente, para
posteriormente explicarem as diferentes instâncias do aparelho psíquico: id, ego e superego
(2ª teoria do aparelho psíquico) e suas interlocuções com as experiências de vida do indivíduo.
Além disso, ressalta as ideias de algumas pessoas que são entrevistas nas ruas de São Paulo/
SP com relação a teoria freudiana. Confira!
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Spof4dzs3L4>. Acesso em: 10 jul. 2014.

Tempo: 7’25’’.

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Paradigma Psicanalítico na Educação 2 (1/2)

• Assista a este vídeo que mostra a importância da escola como função socializadora, o
papel da transferência na relação professor-aluno, instinto, desejo e a importância de se viver
em civilização. Retrata também as ideias, experiências, depoimentos de algumas crianças,
professores, coordenadora pedagógica que são entrevistas em sala de aula e também num
divã. Não deixe de assistir!
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=eqTjj2PXU9k>. Acesso em: 10 jul. 2014.

Tempo: 10’07’’.

Paradigma Psicanalítico na Educação 2 (2/2)

• Assista ao Programa da Disciplina Psicologia da Educação do curso de Pedagogia Unesp/


Univesp. O vídeo retrata a fantasia e sua importância no processo pedagógico. Além disso,
os pesquisadores também comentam sobre o significado dos sonhos e as crianças de uma
escola em São Paulo, onde o trabalho foi realizado, contam suas fantasias/sonhos. Ao final,
um professor e um aluno brevemente mostram em suas falas o ato falho (equívoco na fala, na
memória – processo inconsciente) presente nas relações humanas.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=henTTIN8JgA>. Acesso em: 10 jul. 2014.

Tempo: 6’01’’.

Psicanálise e educação: revendo algumas observações e hipóteses a


respeito de uma (im)possível conexão

• Neste artigo, a autora Sandra Francesca Conte de Almeida apresenta um resumo das ligações
entre psicanálise e educação, limitando-se a três aspectos: o conhecimento como uma das
significações fálicas possíveis; a idealização do ato educativo e seus efeitos na mediação do
conhecimento e a posição discursiva do mestre na transmissão do conhecimento.
Disponível em: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=MSC0000000032001000300011&lng=en&nrm=abn>. Acesso em: 10 jul. 2014.

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ACOMPANHENAWEB
Psicanálise e educação: revendo algumas observações e hipóteses a
respeito de uma (im)possível conexão

• Neste artigo, a autora Sandra Francesca Conte de Almeida apresenta um resumo das ligações
entre psicanálise e educação, limitando-se a três aspectos: o conhecimento como uma das
significações fálicas possíveis; a idealização do ato educativo e seus efeitos na mediação do
conhecimento e a posição discursiva do mestre na transmissão do conhecimento.
Disponível em: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=MSC0000000032001000300011&lng=en&nrm=abn>. Acesso em: 10 jul. 2014.

Psicanálise e educação: pensando a relação professor-aluno a partir do


conceito de transferência

• Esse estudo de Marcia Regina Mendes Nunes destaca a importância de o professor conhecer
a relação transferencial, da função de saber que ocupa nesta relação com o aluno. Para a autora,
a intervenção do professor no processo ensino-aprendizagem ao ocupar ou deixar de ocupar
a posição de interlocutor para o educando, contribui de maneira mais singular, mais efetiva na
educação desse aluno, uma vez que o fenômeno da transferência, mesmo que seja ignorado,
não deixa de estar presente nas relações professor-aluno.
Disponível em: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=MSC0000000032004000100040&lng=en&nrm=abn>. Acesso em: 10 jul. 2014.

Atender cuidar e prevenir: A creche, a educação e a psicanalise

• Este artigo da autora Rosa Maria Marini Mariotto aponta uma relação entre a psicanálise e a
educação no contexto da creche, a partir da experiência de supervisão acadêmica e pesquisa. A
partir do eixo central a trilogia Atender-Cuidar-Prevenir, procura refletir sobre o ato educativo na
perspectiva psicanalítica no que se refere à educação infantil.
Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1415-71282003000200003&script=sci_arttext>.
Acesso em: 10 jul. 2014.

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AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1

A Psicanálise é utilizada para se referir a uma teoria, a um método de investigação e a uma prática profissional. Explique estes
três aspectos.

Questão 2

Dentre as contribuições da Psicanálise à Educação relacionadas a seguir, assinale a alternativa correta:

a) Formação do psiquismo intrasubjetivo e da aprendizagem.

b) Busca da plenitude da formação do ego e superego.

c) Conceitos psicanalíticos e as características do desenvolvimento emocional da criança.

d) Aprendizagem a partir do comportamento manifesto e latente.

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AGORAÉASUAVEZ
Questão 3

Tomando por base os conhecimentos adquiridos em seus estudos, coloque V (Verdadeiro) ou F (Falso), nas afirmações abaixo:

I. A psicanálise possibilita uma compreensão do homem inserido num contexto social.

II. A psicanálise pode contribuir para a formação docente.

III. A psicanálise pode contribuir na compreensão da sexualidade e problemas de aprendizagem.


Agora, assinale a alternativa que corresponde a sequência correta:

a) V, F, F.

b) F, F, V.

c) V, V, V.

d) V, F, V.

Questão 4

Os pressupostos psicanalíticos são importantes para a formação do professor. Justifique esta colocação.

Questão 5

Explique a questão da transferência na relação professor-aluno, segundo as teorias psicanalíticas de Sigmund Freud.

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FINALIZANDO
A partir do tema estudado você teve contato com algumas contribuições da Psicanálise à Educação. Este tema
possibilitou a reflexão sobre a psicanálise como ciência auxiliar na relação professor-aluno, na formação do professor,
na valorização dos aspectos afetivos que contribuem para a aprendizagem. Além disso, é possível identificar que esta
teoria busca compreender o ser humano, e que a partir dos seus pressupostos teóricos existem interlocuções com a
educação, mas não são aplicações imediatas. Por mais que o professor conheça e aceite a visão psicanalítica, ele não
deve e não tem formação e consentimento para analisar seus alunos. Contudo, o professor pode fazer suposições a
respeito de si mesmo e de seus alunos e, desta forma, ampliar sua capacidade de tratar a realidade.

REFERÊNCIAS
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Aug. 2006, v. 22, n. 20. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722006000200013&lng
=en&nrm=iso>. Acesso: 03 jun. 2014.
ALMEIDA, Sandra Francesca Conte de. Psicanálise e educação: revendo algumas observações e hipóteses a respeito de uma
(im)possível conexão. In: COLOQUIO DO LEPSI IP/FE-USP, 3., 2001. Disponível em: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000032001000300011&lng=en&nrm=abn>. Acesso em: 05 jun. 2014.
BARROS, Célia Silva Guimarães. Pontos de psicologia do desenvolvimento. São Paulo: Ática, 2007.
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologia: uma introdução ao estudo de
psicologia. 14 ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
BRANDT, Juan Adolfo. Grupos Balint: suas especificidades e seus potenciais para uma clínica das relações do trabalho.
Rev. SPAGESP, v. 10, n. 1, jun. 2009. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-
29702009000100007&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 11 jun. 2014.

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REFERÊNCIAS
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DOS SABERES E O MERCADO DO GOZO, 8., 2010, São Paulo. Disponível em: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000032010000100008&lng=en&nrm=abn>. Acesso em: 13 jun. 2014.
CUNHA, M.V. Psicologia da Educação. Rio de Janeiro: Editora Lamparina, 2008.
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KUPFER, M. C. M. Freud e a Educação, dez anos depois. Revista da Associação Psicanalítica de Porto Alegre, Porto Alegre, v.
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PARADIGMA Psicanalítico na Educação. Parte 1 (2/2). Programa da disciplina Psicologia da Educação do curso de Pedagogia
Unesp/Univesp. UNIVESPTV. 7min25. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Spof4dzs3L4>. Acesso em: 03 jun. 2014.

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REFERÊNCIAS
PARADIGMA Psicanalítico na Educação. Parte 2 (1/2). Programa da disciplina Psicologia da Educação do curso de Pedagogia
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PARADIGMA Psicanalítico na Educação. Parte 2 (2/2). Programa da disciplina Psicologia da Educação do curso de Pedagogia
Unesp/Univesp. UNIVESPTV. 6min02. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=henTTIN8JgA>. Acesso em: 03 jun. 2014.
PEDROZA, Regina Lucia Sucupira. Psicanálise e educação: análise das práticas pedagógicas e formação do
professor. Psicol. educ., São Paulo, n. 30, jun. 2010. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1414-
69752010000100007&script=sci_arttext>. Acesso em: 07 jun. 2014.
RIBEIRO, Maviane Vieira Machado; Neves, Marisa Maria Brito da Justa. A educação e a psicanálise: um encontro possível?
Psicologia: Teoria e Prática, São Paulo, v. 8, n. 2, 2006. Disponível em: <http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/ptp/
article/view/1052>. Acesso em: 07 jun. 2014.

GLOSSÁRIO
Educação terapêutica: conjunto de práticas interdisciplinares de tratamento, com especial ênfase nas práticas
educacionais, que visa a retomada do desenvolvimento global da criança ou a retomada da estruturação psíquica
interrompida ou a sustentação do mínimo de sujeito que uma criança possa ter construído. Não se aplica somente a
educação especial, mas a todas as crianças de uma maneira mais ampla (KUPFER, 1999).

Grupo de Análise: O método Balint consiste na participação em reuniões de discussão em grupo, com a orientação
de um analista que tenha formação específica. Este trabalho de grupo trata-se de um treino e uma investigação. É um
grupo de autoajuda. O grupo irá focalizar apenas no caso presente e não em histórias passadas, nem leva em conta
as dificuldades relacionais da pessoa, em relação a sua família, amigos ou a sua própria história psicológica. Criado
inicialmente para ajudar os médicos a compreender melhor suas relações com seus pacientes, pode ser estendido a
outros tipos de grupos (BRANDT, 2009).

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GLOSSÁRIO
Inconsciente: conjunto dos conteúdos não presentes no campo atual da consciência. É constituído por conteúdos
reprimidos, que não têm acesso aos sistemas pré-conscientes, pela ação de censuras internas. Esses conteúdos podem
ter sido conscientes, em algum momento, e terem sido reprimidos, isto é, foram para o inconsciente, ou podem ser
literalmente inconscientes. O inconsciente é um sistema do aparelho psíquico regido por leis próprias de funcionamento
(LAPLANCHE; PONTALIS, 1988).

Libido: energia dos instintos sexuais que se expressa.

Pulsões: refere-se a um estado de tensão que busca, por meio de um objeto, a supressão desse estado. Eros é a
pulsão de vida e abrange as pulsões sexuais e as de autoconservação. Tânatos é a pulsão de morte, que pode ser
autodestrutiva ou estar dirigida para fora e se manifestar como pulsão agressiva ou destrutiva (BOCK, FURTADO;
TEIXEIRA, 2008).

Sublimação: Processo postulado por Freud para explicar atividades humanas sem qualquer relação aparente com a
sexualidade, mas que encontrariam o seu elemento propulsor na força da pulsão (estado de tensão que busca, por
meio de um objeto, a eliminação desse estado) sexual. Freud descreveu como atividade de sublimação principalmente
a atividade artística e a investigação intelectual. Diz-se que a pulsão é sublimada na medida em que é derivada para um
novo alvo não sexual ou em que visa objetos socialmente valorizados (LAPLANCHE; PONTALIS, 1988).

Transferência: o processo pelo qual desejos inconscientes se atualizam sobre determinados objetos no quadro de um
certo tipo de relação estabelecida com eles e, eminentemente, no quadro da situação analítica. Trata-se aqui de uma
repetição de modelo infantil vivido com um sentimento de atualidade acentuada (LAPLANCHE; PONTALIS, 1988). Diz
respeito ao estabelecimento de vínculos afetivos entre o analisando e seu analista. Considera-se que esses vínculos,
positivos ou negativos, têm origem no passado, especialmente na infância do paciente, quando foram um dia vivenciados.
No momento presente, eles são atualizados e dirigidos ao psicoterapeuta (CUNHA, 2008).

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GABARITO
Questão 1

Resposta: A Psicanálise é utilizada para se referir a uma teoria que é um conjunto de conhecimentos sistematizados
sobre o funcionamento da vida psíquica; a um método de investigação que é um método interpretativo, que busca o
significado oculto daquilo que é manifestado por meio de ações e palavras ou pelas produções imaginárias, como sonhos,
delírios, associações livres, e outros, e a uma prática profissional que está relacionada a uma forma de tratamento, no
caso a análise que busca o autoconhecimento ou a cura, que ocorre por meio desse processo de investigação.

Questão 2

Resposta: Alternativa C.

As contribuições da psicanálise a Educação relacionam-se aos conceitos psicanalíticos e às características do


desenvolvimento emocional da criança.

Questão 3

Resposta: Alternativa C.

Todas as colocações são verdadeiras.

Questão 4

Resposta: A partir dos pressupostos teóricos da psicanálise, o professor, têm saberes que lhe possibilitam conhecer
o que se passa com seu aluno nas diferentes fases de seu desenvolvimento, o modo como sua libido se manifesta,
os conflitos pelos quais passa e das angústias que vivencia. Além disso, pode ajudá-lo no manejo da transferência,
conscientizá-lo melhor das relações humanas e da necessidade de uma educação afetiva para as crianças na escola.
Contudo, o professor não constrói a personalidade de seu aluno. Ele pode, sim, agir de modo a não piorar certas
predisposições do caráter de seu educando. Seria muito importante se as escolas oferecessem um espaço de discussão
aos professores das facilidades/dificuldades que encontram na escola fundamentado na visão psicanalítica, contribuindo
assim para a formação destes.

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Questão 5

Resposta: Freud acreditava que a transferência ocorria nas mais diversas relações estabelecidas pelo indivíduo em sua
vida, não só na relação médico-paciente. A transferência acontece quando transferimos para uma determinada pessoa
afetos (raiva, ódio, amor, alegria) que, na verdade, pertencem a outra pessoa. O professor é objeto de transferência
e está ligado principalmente à imagem do pai, mas que pode também estabelecer-se conforme a imagem da mãe, do
irmão, etc., ou seja, as pessoas estimadas ou respeitadas. Uma criança pode transferir para o professor sentimentos
bons ou ruins que vivenciou com seus pais. O professor que tem algum conhecimento sobre a psicanálise poderá lidar
melhor com essa situação.

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