Vous êtes sur la page 1sur 11

Aviso legal: Este é um modelo inicial que deve ser adaptado ao caso concreto por profissional habilitado.

Verifique sempre a
vigência das leis indicadas, a jurisprudência local e os riscos de improcedência. Limitações de uso: Você NÃO PODE revender,
divulgar, distribuir ou publicar o conteúdo abaixo, mesmo que gratuitamente, exceto para fins diretamente ligados ao processo do seu
cliente final.
REMOVA ESTE AVISO ANTES DO USO | Perguntas frequentes | Termos de uso.

AO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ________ .

________ , inscrito no CPF ________ , ________ , residente e domiciliado na


________ , nº ________ , na cidade de ________ , ________ , ________
vem à presença de Vossa Excelência, por seu procurador, propor

AÇÃO INDENIZATÓRIA
Compra pela internet - Produto não entregue

________ , inscrito no ________ , com endereço na ________ , nº


________ , na cidade de ________ , ________ , pelas razões de fato e de direito
que passa a expor:

DOS FATOS

Em ________ , o Autor efetuou a compra de um ________ da marca


________ junto à empresa Ré pelo site ________ com pagamento ________ no valor de
________ , o que se comprova pela Nota Fiscal em anexo.
No entanto, contrariando qualquer expectativa depositada na compra, mais de
________ dias da aquisição, o produto não foi entregue, obrigando o Autor a buscar auxílio da
empresa Ré imediatamente.

Todavia após vários contatos realizados pelo ________ , o Autor não obteve
qualquer retorno.

O Autor, por não poder contar com o produto, nem dinheiro para buscar outro,
teve que sofrer o desgaste de ter que procurar por conta os contatos do fabricante, sem que
tivesse igualmente qualquer êxito.

Ao sentir-se lesado, sem qualquer posicionamento das empresas Rés, o Autor


buscou ajuda no PROCON, porém, até o momento nada foi resolvido, razão pela qual intenta a
presente demanda.

DO ENQUADRAMENTO NO CÓDIGO DE DEFESA DO


CONSUMIDOR

A norma que rege a proteção dos direitos do consumidor, define, de forma


cristalina, que o consumidor de produtos e serviços deve ser abrigado das condutas abusivas de
todo e qualquer fornecedor, nos termos do art 3º do referido Código.

Com esse postulado, o Réu não pode eximir-se das responsabilidades inerentes à
sua atividade, dentre as quais prestar a devida assistência técnica, visto que se trata de um
fornecedor de produtos que, independentemente de culpa, causou danos efetivos a um de seus
consumidores.

DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Demonstrada a relação de consumo, resta consubstanciada a configuração da


necessária inversão do ônus da prova, pelo que reza o inciso VIII do artigo 6º do Código de
Defesa do Consumidor, tendo em vista que a narrativa dos fatos encontra respaldo nos
documentos anexos, que demonstram a verossimilhança do pedido, conforme disposição legal:

Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:

(...) VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão


do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz,
for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as
regras ordinárias de experiências

Trata-se da materialização exata do Princípio da Isonomia, segundo o qual, todos


devem ser tratados de forma igual perante a lei, observados os limites de sua desigualdade.

Assim, diante da inequívoca e presumida hipossuficiência, uma vez que disputa a


lide com uma empresa de grande porte, indisponível concessão do direito à inversão do ônus da
prova, que desde já requer.

DA RESTITUIÇÃO DA QUANTIA PAGA

Conforme leciona o Art. 35 do CDC, diante do descumprimento contratual do


fornecedor, o consumidor passa a ter direito a rescindi-lo, e, igualmente ao direito à restituição
da quantia paga, monetariamente atualizada, além de perdas e danos.

Diante da demonstração inequívoca do descumprimento do pacto firmado através


da compra, deve a empresa Ré restituir os valores pagos, conforme precedentes sobre o tema:

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO.


PRODUTO ADQUIRIDO E NÃO ENTREGUE. RESTITUIÇÃO DO
PREÇO PAGO. DANO MORAL AFASTADO. PESSOA JURÍDICA. - A
parte autora comprovou que adquiriu um notebook da ré. Esta, por sua
vez, não provou a entrega do produto, não se desincumbindo do ônus
imposto pelo art. 333 , II , do CPC . Dever de restituir o preço
cobrado, devidamente corrigido. APELO PARCIALMENTE
PROVIDO. POR MAIORIA. (Apelação Cível Nº 70061040432, Décima
Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Gelson Rolim
Stocker, Julgado em 28/08/2014)

Portanto, demonstrado que findo o prazo de entrega sem que o fornecedor tenha
entregue o produto, dever que foi negado, cabe ao consumidor a restituição dos valores pagos.

Desta forma, diante do desgaste ocasionado na relação de consumo com os réus, o


reclamante não tem qualquer interesse na manutenção do contrato, pleiteando a restituição
imediata da quantia despendida, corrigida e atualizada monetariamente, com fulcro no disposto
no inciso II do § 1º do artigo 18, do diploma consumerista.

DO DANO MORAL

Conforme demonstrado pelos fatos narrados e prova que junta no presente


processo, a empresa ré deixou de cumprir com sua obrigação primária de assistência, obrigando
o Autor a buscar inúmeras formas de sanar a ausência do produto ________ .

Não obstante a isto, as reiteradas tentativas de resolver a necessidade do Autor


ultrapassa a esfera dos aborrecimentos aceitáveis do cotidiano, demonstrando o completo
descaso da empresa Ré.

Assim, diante de tais evidências, resta configurado o dano moral que os Autores
foram acometidos, restando inequívoco o direito à indenização, conforme entendimento dos
Tribunais:

RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE VALORES C/C


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. COMPRAS REALIZADAS PELA
INTERNET. PEDIDO DE COLETA DO PRODUTO E CRÉDITO PARA
NOVA COMPRA. COLETA REALIZADA SOMENTE APÓS SEIS MESES.
AUSÊNCIA DEDEVOLUÇÃO DA QUANTIA PAGA.DEVER DE
RESTITUIR. DANO MORAL CONFIGURADO, servindo a
imposição de indenização também com a finalidade punitiva ao
comportamento de descaso da ré, seja em não observar o prazo de
COLETA, seja por não propiciar necessários esclarecimentos AO autor
sobre o motivo da demora. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1.
Sentença merece ser confirmada pelos seus próprios fundamentos, o que
se há de fazer na forma do disposto no art. 46, da Lei nº. 9.099/95. 2. (...)
3. No presente caso, entendo que restou evidenciado o defeito na prestação
do serviço, uma vez que a mesma não comprovou a devida coleta do
produto em prazo legal razoável e crédito para novascompras, como
demonstrado através da documentação colacionada à petição inicial, ônus
que lhe competia, por força do art. 14, §3º, inciso I, do CDC. 4. No que se
refere aos danos morais, entendo que a conduta do recorrente,
foi ofensiva a direito da personalidade, não se resumindo a
simples aborrecimento inerente ao inadimplemento contratual,
suficiente a merecer uma compensação pecuniária. 5. Quantum
indenizatório razoavelmente arbitrado em R$ 3.500,00 (três mil e
quinhentos reais). 6. Recurso conhecido e improvido. (Relator (a): Juiz
João Paulo Martins da Costa; Comarca: 11º Juizado Cível e Criminal de
Maceió; Órgão julgador: 11º Juizado Especial Cível e Criminal; Data do
julgamento: 06/11/2017)

APELAÇÃO CÍVEL - PROCESSUAL CIVIL - AÇÃO DECLARATÓRIA -


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – COMPRA DE PRODUTO VIA
INTERNET - RESCISÃO DO CONTRATO PELA NÃO ENTREGA DO
PRODUTO - DESRESPEITO PERANTE O CONSUMIDOR -
DANOS MORAIS - CONFIGURAÇÃO – PREQUESTIONAMENTO DA
MATÉRIA- RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 1- O
descumprimento contratual praticado na entrega de produtos adquiridos
pela internet, configura desrespeito perante o consumidor e é suficiente
para ensejar a sua responsabilidade da empresa pela má-prestação dos
serviços e pelos danos sofridos pelos seus clientes, passível assim de
indenização por danos morais (Ap 31413/2017, DES. SEBASTIÃO DE
MORAES FILHO, SEGUNDA CÂMARA CÍVEL, Julgado em 03/05/2017,
Publicado no DJE 09/05/2017)

APELAÇÃO CÍVEL - ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA - REVOGAÇÃO DO


BENEFÍCIO - IMPOSSIBILIDADE - AUSÊNCIA DE PROVA DE
INEXISTÊNCIA OU DO DESAPARECIMENTO DOS REQUISITOS
ESSENCIAIS E DE MANIFESTAÇÃO DA PARTE INTERESSADA - AÇÃO
DE INDENIZAÇÃO - NÃO ENTREGA DE PRODUTO ADQUIRIDO
PELA 'INTERNET' - AUSÊNCIA DE RESTITUIÇÃO DE VALORES
PAGOS - DANO MORAL CONFIGURADO. O STJ já firmou
entendimento no sentido de ser possível a revogação dos benefícios da
justiça gratuita de ofício pelo juiz, desde que ouvida a parte interessada e
comprovada nos autos a inexistência ou o desaparecimento dos requisitos
essenciais para a concessão da justiça gratuita. A ausência de entrega
do produto regularmente adquirido, bem como a ausência de
restituição do valor pago pelo consumidor, não pode ser
considerado como fato corriqueiro ou mero aborrecimento. A
indenização por dano moral deve ser arbitrada segundo o prudente
arbítrio do julgador, sempre com moderação, observando-se as
peculiaridades do caso concreto e os princípios da proporcionalidade e da
razoabilidade, de modo que o quantum arbitrado se preste a atender ao
caráter punitivo da medida e de recomposição dos prejuízos, sem
importar, contudo, enriquecimento sem causa da vítima. (TJ-MG - AC:
10686130023373001 MG, Relator: José de Carvalho Barbosa, Data de
Julgamento: 01/12/2016, Câmaras Cíveis / 13ª CÂMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 07/12/2016)

James Marins, ao disciplinar sobre o tema salienta que:

"A par de restar cediçamente consagrado, quer na doutrina quer na


jurisprudência a indenizabilidade do dano moral e da expressa menção
constitucional a sua reparabilidade, o art. 6º, do Código de Proteção e
Defesa do Consumidor, assegura como direito básico do
consumidor 'a efetiva prevenção e reparação de danos
patrimoniais e morais'. Segundo observa com propriedade Nélson
Nery Júnior, neste dispositivo quer o legislador assegurar não só o
critério genérico - que, segundo pensamos, poderá comportar mitigações
- de observância da responsabilidade objetiva, ao utilizar-se da
expressão 'efetiva prevenção e reparação', como também deixar imbúbite
a possibilidade de cumulação entre o dano moral e patrimonial (ao
utilizar-se justamente da partícula conjuntiva 'e'), matéria outrora objeto
de sérias controvérsias." (Responsabilidade da empresa pelo fato do
produto: os acidentes de consumo no Código de Proteção e Defesa do
Consumidor, ed. RT, 1993, p. 143)

O quantum indenizatório deve ser fixado de modo a não só garantir à parte que o
postula a recomposição do dano em face da lesão experimentada, e, de igual modo, servir de
reprimenda àquele que efetuou a conduta reprovável, de tal forma que o impacto se mostre hábil
- em face da suficiência - a dissuadi-lo da repetição de procedimento análogo.

Portanto, cabível a indenização por danos morais, e nesse sentido, a indenização


por dano moral deve representar para a vítima uma satisfação capaz de amenizar de alguma
forma o abalo sofrido e de infligir ao causador sanção e alerta para que não volte a repetir o ato,
uma vez que fica evidenciado completo descaso aos transtornos causados.

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

O Requerente atualmente trabalha como ________ , tendo sob sua


responsabilidade a manutenção de sua família, razão pela qual não poderia arcar com as
despesas processuais.

Para tal benefício o Requerente junta declaração de hipossuficiência e comprovante de


renda, os quais demonstram a inviabilidade de pagamento das custas judicias sem comprometer
sua subsistência, conforme clara redação do Código de Processo Civil de 2015:

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição


inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou
em recurso.

§ 1o Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o


pedido poderá ser formulado por petição simples, nos autos do próprio
processo, e não suspenderá seu curso.

§ 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos


elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão
de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a
comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.

§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida


exclusivamente por pessoa natural.

Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por lei, faz jus o
Requerente ao benefício da gratuidade de justiça:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. JUSTIÇA GRATUITA. INDEFERIMENTO


DA GRATUIDADE PROCESSUAL. AUSÊNCIA DE FUNDADAS RAZÕES
PARA AFASTAR A BENESSE. CONCESSÃO DO BENEFÍCIO.
CABIMENTO. Presunção relativa que milita em prol da autora que alega
pobreza. Benefício que não pode ser recusado de plano sem
fundadas razões. Ausência de indícios ou provas de que pode a
parte arcar com as custas e despesas sem prejuízo do próprio
sustento e o de sua família. Recurso provido. (TJ-SP
22234254820178260000 SP 2223425-48.2017.8.26.0000, Relator:
Gilberto Leme, Data de Julgamento: 17/01/2018, 35ª Câmara de Direito
Privado, Data de Publicação: 17/01/2018)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. GRATUIDADE DA JUSTIÇA.


CONCESSÃO. Presunção de veracidade da alegação de
insuficiência de recursos, deduzida por pessoa natural, ante a
inexistência de elementos que evidenciem a falta dos
pressupostos legais para a concessão da gratuidade da justiça.
Recurso provido. (TJ-SP 22259076620178260000 SP 2225907-
66.2017.8.26.0000, Relator: Roberto Mac Cracken, 22ª Câmara de Direito
Privado, Data de Publicação: 07/12/2017)

A assistência de advogado particular não pode ser parâmetro ao indeferimento do


pedido:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEDIDO DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA.


CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. HIPOSSUFICIÊNCIA. COMPROVAÇÃO
DA INCAPACIDADE FINANCEIRA. REQUISITOS PRESENTES. 1.
Incumbe ao Magistrado aferir os elementos do caso concreto para
conceder o benefício da gratuidade de justiça aos cidadãos que dele
efetivamente necessitem para acessar o Poder Judiciário, observada a
presunção relativa da declaração de hipossuficiência. 2. Segundo o § 4º
do art. 99 do CPC, não há impedimento para a concessão do
benefício de gratuidade de Justiça o fato de as partes estarem
sob a assistência de advogado particular. 3. O pagamento inicial de
valor relevante, relativo ao contrato de compra e venda objeto da
demanda, não é, por si só, suficiente para comprovar que a parte possua
remuneração elevada ou situação financeira abastada. 4. No caso dos
autos, extrai-se que há dados capazes de demonstrar que o Agravante, não
dispõe, no momento, de condições de arcar com as despesas do processo
sem desfalcar a sua própria subsistência. 4. Recurso conhecido e provido.
(TJ-DF 07139888520178070000 DF 0713988-85.2017.8.07.0000,
Relator: GISLENE PINHEIRO, 7ª Turma Cível, Data de Publicação:
Publicado no DJE : 29/01/2018)

Assim, considerando a demonstração inequívoca da necessidade do Requerente,


tem-se por comprovada sua miserabilidade, fazendo jus ao benefício.
Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal e pelo
artigo 98 do CPC, requer seja deferida a gratuidade de justiça ao requerente.

DO PEDIDO

Ante o exposto, requer:

1. A concessão da Assistência Judiciária Gratuita, nos termos do art. 98 do Código de


Processo Civil;

2. A citação do réu, na pessoa de seu representante legal, para, querendo responder a


presente demanda;

3. A procedência do pedido, com a condenação do requerido ao ressarcimento imediato das


quantias pagas, no valor de R$ ________ , acrescidas ainda de juros e correção
monetária,

4. Seja o requerido condenada a pagar ao requerente um quantum a título de danos morais


a ser arbitrado por este juízo, considerando as condições das partes, principalmente o
potencial econômico-social da lesante, a gravidade da lesão, sua repercussão e as
circunstâncias fáticas;

5. A condenação do requerido em custas judiciais e honorários advocatícios,

6. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas e cabíveis à
espécie, especialmente pelos documentos acostados.

Dá-se à presente o valor de R$ ________ .

Termos em que, pede deferimento.

________ , ________
________ OAB/ ________

ANEXOS

Documentos de identidade do Autor

Procuração

Declaração de Hipossuficiência

Comprovante de renda

Comprovante de residência

Prova da compra e confirmação de pagamento

Provas da solicitação de informações ao consumidor

Provas da negativa de solução

Vous aimerez peut-être aussi