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IRUPD©¥RGRVSURͤVVLRQDLVGDVLQVWDOD©·HVHO«WULFDV
de serviço particular
-RVX«0RUDLV,;86)RUPD©¥RH&RQVXOWDGRULD/GD
dossier
vistoria das
instalações elétricas
e aparelhagem elétrica
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ensaio de Dispositivos
de Corrente Residual (RCD)
AresAgante, Lda.
Os Dispositivos de Corrente Residual o ensaio é efetuado com um circuito com corrente com a carga desli
(RCD) são, muitas vezes, montados nas JDGD$OJXQVFHUWLͤFDGRUHVWDPE«PSRGHPHIHWXDUXPHQVDLRSU«YLR
instalações elétricas para fornecer uma SDUDGHWHUPLQDUVHRHQVDLRUHDOLU£FDXVDUXPDIDOKDGHWHQV¥RTXH
proteção adicional contra incêndios e XOWUDSDVVHROLPLWHGH9RX93DUD5&'GRWLSR6DWUDVRWHPSR
choques elétricos. Verificar o funcionamento UDOSRGHGHͤQLURPRGRWLSR6RTXHLQFOXLXPDWUDVRGHVHJXQGRV
correto e seguro dos RCD implica uma série ativado entre o ensaio prévio e o ensaio real para evitar obter um tem
de ensaios específicos, os quais podem po de disparo impreciso.
ser realizados com os Certificadores de
Instalações Elétricas.
EFEITO DE CORRENTES EM CORPOS HUMANOS
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HO«WULFDV XWLOL]DQGR RV ERW·HV GH IXQ©¥R QHFHVV£ULR GHͤQLU RV VH
guintes parâmetros:
• &RUUHQWHGHGLVSDURW¯SLFDGR5&'P$
RX9DUGHͤQL©¥RGHFRUUHQWHGHWHVWHYDUL£YHO
• 0XOWLSOLFDGRUGDFRUUHQWHGHWHVWH[[[RXDXWR
• Forma de onda da corrente de teste do RCD:
› Corrente AC para ensaiar o tipo AC (RCD de AC standard) e tipo
$5&'VHQV¯YHODLPSXOVRV
› Corrente de impulsos para ensaiar o tipo A (RCD sensível a
LPSXOVRV
› &RUUHQWH'&XQLIRUPHSDUDHQVDLDU5&'GRWLSR%
› 5HVSRVWD FRP DWUDVR SDUD % GR WLSR 6 5&' GH FRUUHQWH '&
XQLIRUPHFRPDWUDVR'&XQLIRUPH
› Resposta com atraso para ensaiar AC do tipo S (RCD de AC com
DWUDVRRX$GHWLSR65&'VHQV¯YHODLPSXOVRVFRPDWUDVR
• 'HͤQL©¥RGHIDVHGDFRUUHQWHGHWHVWHGHrRXr
NOTA
$QRUPDHXURSHLD,(&GHVFUHYHDVSURSULHGDGHVSDUD5&'2V
limites de corrente de disparo para RCD de tipo A, impulso DC permi
WLGRHQWUHHDW«SDUD5&'GHWLSRP$GDFRUUHQWH
de disparo nominal, por exemplo: para um RCD de 30 mA, a corrente
GHGLVSDURSRGHWHUHQWUHP$HP$
Tenha em atenção que, uma vez que alguns RCD são mais sensí
YHLVHPPHLRFLFORGDIRUPDGHRQGDGDFRUUHQWHGHDOLPHQWD©¥RTXH
RXWURV«QHFHVV£ULRHIHWXDURHQVDLRQDVGXDVGHͤQL©·HVGHIDVHH
JUDXVHGHYHVHUUHJLVWDGRRWHPSRVXSHULRU2PXOWLSOLFDGRUGH
FRUUHQWHGHHQVDLRHVW£SUHGHͤQLGRSDUDx1", o que permite ensaiar o
5&'¢VXDFRUUHQWHGHGLVSDURQRPLQDO2WHPSRGHGLVSDURPHGLGR ENSAIO AUTOMÁTICO
SRGH VHU FRPSDUDGR FRP R WHPSR P£[LPR SHUPLWLGR SHODV UHJXOD 3DUDVLPSOLͤFDUHDFHOHUDURVHQVDLRVDOJXQVPRGHORVW¬PXPPRGR
mentações ou normas locais para esse tipo de dispositivo. DXWRP£WLFRSDUDDPHGL©¥RGHWHPSRGHGLVSDURGR5&'QRTXDOV¥R
HIHWXDGRVDXWRPDWLFDPHQWHHQVDLRV[[H[DrHrHP
sequência. Isto elimina a necessidade de o técnico, ou o respetivo as
DEFINIÇÃO DE CORRENTE DE DISPARO DO RCD VLVWHQWHUHJUHVVDUDRFHUWLͤFDGRUDSµVDUHSRVL©¥RGR5&'TXHGLV
VARIÁVEL SDURX(VWDIXQ©¥RSHUPLWHSRXSDUXPWHPSRFRQVLGHU£YHOQRWHUUHQR
3DUDPHGLUDFRUUHQWHGHGLVSDURGH5&'SDUDXPDFRQͤJXUD©¥R5&% 3DUDPHGLURWHPSRGHGLVSDURGH5&'XWLOL]DQGRRPRGRDXWRP£WLFR
SHUVRQDOL]DGD HVW£ GLVSRQ¯YHO R PRGR 9$5 8WLOL]DQGR DV WHFODV GH a corrente do RCD é novamente introduzida através dos botões mul
VHWD«SRVV¯YHOVHOHFLRQDUXPDFRUUHQWHGHͤQLGDSHORXWLOL]DGRUHQWUH WLIXQ©·HVHRPRGRDXWRP£WLFR«VHOHFLRQDGRXWLOL]DQGRRVERW·HVGH
10 e 1000 mA (corrente de teste AC) e entre 10 e 700 mA para ajustar função.
o valor. Depois de introduzir o tipo de RCD e de iniciar o ensaio, a sequência
é iniciada aplicando a corrente do RCD com o multiplicador x1/2 por
XPSHU¯RGRSUHGHWHUPLQDGRRXPV̰GHSHQGHQGRGRV
regulamentos locais). Se o RCD disparar, o ensaio é terminado. Se não
disparar, o equipamento reverte automaticamente a fase e repete o en
saio. Mais uma vez, se o RCD disparar, o ensaio é terminado. Se não
disparar, o equipamento fornece corrente do RCD com o multiplicador
[GXUDQWHPV25&'GHYHDJRUDGLVSDUDUHRWHPSR«DSUHVHQ
tado e armazenado na memória. Depois de o RCD ter sido reposto, o
equipamento reverte a fase e repete o ensaio com o multiplicador x1.
$VHTX¬QFLD«UHSHWLGDFRPDFRUUHQWHGR5&'FRPRPXOWLSOLFDGRU[
SDUD FRPSOHWDU R FLFOR GH HQVDLR DXWRP£WLFR 2 HTXLSDPHQWR GHWHWD
quando o RCD é reposto manualmente e inicia o ensaio seguinte na
VHTX¬QFLD2VUHVXOWDGRVV¥RDUPD]HQDGRVQDPHPµULDWHPSRU£ULDH
é possível aceder aos mesmos com os botões de seta.
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PUB
DFRUGRFRPDOHJLVOD©¥RHPYLJRUPDVTXHQDSU£WLFDQ¥R
têm esse técnico.
)UHTXHQWHPHQWH TXDQGR D LQVWDOD©¥R ͤFD FRQFOX¯GD H
SRUTXH QHVVD DOWXUD « QHFHVV£ULD XPD YLVWRULD GD '*(* «
R W«FQLFR GR LQVWDODGRU UHVSRQV£YHO SHOD H[HFX©¥R GD LQV
talação, que assume a responsabilidade da exploração.
Posteriormente a instalação é ligada, o técnico deixa de as
sumir essa responsabilidade e nunca mais a instalação volta
D WHU XP W«FQLFR UHVSRQV£YHO SHOD H[SORUD©¥R TXH ID©D DV
GXDV YHULͤFD©·HV DQXDLV H UHVSHFWLYRV UHODWµULRV SUHYLVWRV
na legislação.
Tanto quanto sei a DGEG também não tem meios para
GHWHWDU HVWDV VLWXD©·HV H REULJDU HIHWLYDPHQWH ¢ H[LVW¬Q
FLDGHW«FQLFRVUHVSRQV£YHLVSHODH[SORUD©¥RHPWRGDVDV
instalações em que tal é obrigatório por lei. Esperemos que
FRPDFULD©¥RGDVSODWDIRUPDVLQIRUP£WLFDVSUHYLVWDVQDOH
gislação, esse controlo passe a ser feito com todo o rigor.
BAIXA TENSÃO
VERIFICAÇÃO DE INSTALAÇÕES
2WHPDTXHVHYDLDERUGDUQHVWHDUWLJR«D̸([HFX©¥RHYHULͤFD©¥RGDV Sistema TT – Princípio base
instalações” no que concerne ao sistema de terras ̸Proteção para • 1HXWURGRWUDQVIRUPDGRUGHDOLPHQWD©¥RGDUHGH«OLJDGR¢WHUUD
garantir a segurança de pessoas e bens”. GHVHUYL©R
• Massas da instalação de utilização ligadas a uma instalação de
terra (terra de proteção).
GENERALIDADES
MT/BT
Esta vistoria visa proteger as pessoas contra os contactos indiretos, 75$16)250$'25
QRFDVRGHDVPDVVDVPHW£OLFDVGDLQVWDOD©¥RͤFDUHPRFDVLRQDOPHQ
L1/ 2/3
te sob tensão. ů<
N
Defeito de isolamento
Ia M
5% RA
$YHULͤFD©¥RWHPFRPRREMHWLYRID]HURFRQWURORGDSDVVDJHP¢PDV Ia
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'LVMXQWRUGH 'LVMXQWRU
VREUHLQWHQVLGDGHV GLIHUHQFLDOGHP«GLD
SISTEMA DE PROTEÇÃO POR TENSÃO REDUZIDA
VHQVLELOLGDGH 'HYHVHYHULͤFDU
M
M TRS̰7HQV¥RUHGX]LGDGHVHJXUDQ©D Na conformidade do transfor
mador de segurança a norma
TRP̰7HQV¥RUHGX]LGDGHSURWH©¥R GHYHVHU(1
5%
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• 2ERPHVWDGRGDVSDUWHVFRPSRQHQWHVGDLQVWDOD©¥RGHWHUUD • 2VFRQGXWRUHVGHSURWH©¥RFRPXQVDY£ULRVFLUFXLWRVDWLYRVGHYHP
• 2FLUFXLWRGHWHUUDQ¥RSRGHWHUTXDOTXHUGLVSRVLWLYRGHFRPDQ ter uma secção em função do condutor ativo de maior secção.
do ou seccionamento aplicado aos condutores da instalação de
WHUUD
• ,GHQWLͤFDUDYLVLELOLGDGHGRVFDERVIOH[¯YHLVQRVSRQWRVHPTXHSR EQUIPOTENCIALIZAÇÃO
derão sofrer danos mecânicos. 9HULͤFDUTXH
• Todas as massas devem estar ligadas ao circuito de proteção
HTXLSRWHQFLDO
DIMENSIONAMENTO – SECÇÕES DE CONDUTORES • 1DSUHVHQ©DGHEOLQGDJHQVRXFRQGXWRUHVGHDOXP¯QLR«QHFHVV£
• 9HULͤFDURERPHVWDGRHUHVSHLWDUDVVHF©·HVP¯QLPDVGRVFRQ ULRWRPDUPHGLGDVSDUDHYLWDURVHIHLWRVGHFRUURV¥R
dutores equipotenciais que interligam as massas dos aparelhos • $VSRUWLQKRODVSRUWDVRXFKDSDVPHW£OLFDVGHDFHVVRDHTXLSD
DOLPHQWDGRVSHORPHVPRWUDQVIRUPDGRU PHQWRV FRP LQVWDOD©¥R GH %DL[D 7HQV¥R ! 9 &$ ! 9 &&
• A secção dos condutores de proteção que não fazem parte da GHYHPHVWDUOLJDGDV¢LQVWDOD©¥RGHSURWH©¥R
mesma canalização dos condutores ativos associados deve ser, • Todas as tomadas de corrente do circuito separado apresentam
QRP¯QLPRLJXDODPP2 SURWHJLGDPHFDQLFDPHQWHRXPP2 no XPFRQWDFWRGHSURWH©¥ROLJDGRDRFRQGXWRUHTXLSRWHQFLDO
FDVRGHQ¥RWHUSURWH©¥R • 2V FDERV IOH[¯YHLV H[FOXLQGR RV TXH DOLPHQWDP DSDUHOKDJHP GD
• Se o condutor de proteção não for em cobre, a sua secção mínima classe II) apresentam um condutor de proteção para a ligação ao
Q¥RSRGHU£VHULQIHULRUDPP2 circuito equipotencial.
6HKRXYHUS£UDUDLRV
Disruptor
H07VRG
Condutor de
Condutor de
5*
proteção da entrada
equipotencialidade instalado
LJXDO¢GRF£OFXOR
QDSDUHGHH[WHULRUHHPͤWD
de cobre
Condutor de proteção da
coluna com secção igual
Fundação do edifício DRGRF£OFXOR
2XWUDVFDQDOL]D©·HV
Terminal principal %DUUDPHQWRGHWHUUDVGR4& PHW£OLFDV
de terra (amovível)
&REUHQ¼PP2
*PP2
Elétrodo de terra
P ú
espaçamento
amovível
b r e n
P2
%RUQH
Portinhola
͠PHWURV
Co
H07VVRG
Condutor de equipotencialidade
&RQGXWRUGHFREUHQ¼GHPP2
Caixa de inspeção Cabo de secção igual ao da proteção da coluna
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ELÉTRODO DE TERRA Quando duas massas forem interligadas por meio de condutores de
Elemento condutor enterrado no solo, tão profundo quanto possível equipotencialidade suplementar, a secção desses condutores não
!PHWURGDVXSHUI¯FLH GHYH VHU LQIHULRU ¢ PHQRU GDV VHF©·HV GRV FRQGXWRUHV GH SURWH©¥R
ligados a essas massas.
Exemplo:
Caso de ligação entre duas massas:
+995*PP2 ou
+95*PP2/entubado M1*
M2*
Caixa de inspeção 57,(%7 57,(%7
Se SPE1͠SPE2 ֜ SLS͡SPE1
Se 6͠16 ֜ 10͡6
WHUUDHRHO«WURGRGHWHUUD
• Ligações equipotenciais̰(OHPHQWRVTXHVHGHVWLQDPDOLJDUWR
GDVDVPDVVDVHFRQGXWRUHVFRORFDQGRRVDRPHVPRSRWHQFLDO &DVRGHOLJD©¥RHQWUHXPDPDVVDHXPDHVWUXWXUDPHW£OLFD
• Ligações equipotenciais principal̰ &RQMXQWR GH HOHPHQWRV TXH
VHGHVWLQDPDOLJDUWRGDVDVPDVVDVHFRQGXWRUHV¢EDUUDSULQFLSDO
de terra do edifício.
(VWUXWXUDPHW£OLFD
2VPDWHULDLVXVDGRVHDH[HFX©¥RGRVHO«WURGRVGHWHUUDGHYHPVX
portar os danos mecânicos que resultam da corrosão. Na conceção
GDOLJD©¥R¢WHUUDGHYHVHDWHQGHUDRHYHQWXDODXPHQWRGDUHVLVW¬QFLD
devido a fenómenos de corrosão.
• 0̰,QGLFD©¥RGHPDVVD
• 63(̰6HF©¥RGRFRQGXWRUGHSURWH©¥R
ESQUEMA TT • 6/6̰6HF©¥RGRFRQGXWRUGDOLJD©¥RHTXLSRWHQFLDOVXSOHPHQWDU
• Nota: se uma instalação for protegida por um único dispositivo diferencial, este deve
ser colocado na origem da instalação. Esta regra é dispensada quando a instalação (*) &RP R P¯QLPR GH PPt SDUD FRQGXWRUHV PHFDQLFDPHQWH SURWHJLGRV RX
de utilização só utilizar equipamentos da classe II ou de isolamento equivalente. PPtFDVRQ¥RWHQKDXPDSURWH©¥RPHF¤QLFD
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SECÇÕES
0¯QLPRGHPP2
Recomendação
6(4͡SPE / 2
* 57,(%7a)63(̰PDLRUVHF©¥RH[LVWHQWHQDLQVWDOD©¥Rb)63(̰VHF©¥RGRFRQGXWRU3(GDPDVVDFRQVLGHUDGD
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No planeta existem constantemente entre provocar a destruição ou o envelhecimento prematuro dos recetores,
2000 e 5000 tempestades em formação. em resultado de um valor muito elevado de tensão num instante de
Estas tempestades são acompanhadas por WHPSRPXLWRFXUWRƖV
descargas atmosféricas que representam $VVREUHWHQV·HVDWPRVI«ULFDVGHYHPVH¢TXHGDGLUHWDRXLQGLUH
um risco muito elevado para pessoas e ta de raios, o que, apesar de serem menos habituais do que as de ma
bens, e refira-se como exemplo que, em nobra, acarretam maior perigo pois apresentam valores de pico muito
média, existem entre 30 a 100 descargas mais elevados e uma maior energia. Por outro lado, as sobretensões
atmosféricas por segundo no mundo inteiro, de manobra são causadas principalmente por comutações de potên
atingindo-se um número de 3 mil milhões de cia nas linhas da rede, acionamento de motores, entre outros. Nestes
descargas atmosféricas por ano. casos, a sobretensão é menor, mas não deixa de provocar danos.
A influência das sobretensões transitórias nos circuitos elétricos
pode provocar falhas de funcionamento nos recetores, a consequên
cia mais comum, mas também a destruição dos circuitos, ou mesmo
WHUUHVXOWDGRVSHULJRVRVSDUDDVSHVVRDV$RSURGX]LUVHXPDVREUH
WHQV¥RSRGHIRUPDUVHXPDUFRHO«WULFRHQWUHGXDVSH©DVFRQGXWRUDV
o qual pode causar, por efeito térmico, acidentes corporais.
2VGLVSRVLWLYRVOLJDGRVDRFLUFXLWRHO«WULFRGXUDQWHXPDVREUHWHQ
são transitória também podem sofrer danos. As sobretensões provo
cam disparos intempestivos ou problemas com tirístores, transístores
RXG¯RGRVTXHSRGHPFDXVDUFXUWRVFLUFXLWRVGHQWURGRVHTXLSDPHQ
WRV 7DO DIHWD GLUHWDPHQWH RV FRPSRQHQWHV TXH SRGHP ͤFDU GDQLͤ
cados, seja diretamente pela sobretensão ou seja indiretamente pelo
FXUWRFLUFXLWR
4XDQWR¢VVREUHWHQV·HVDWPRVI«ULFDVDVFDXVDVSULQFLSDLVUHVXO
WDPGDVFRUUHQWHVGHGHVFDUJDQRVFDERV2VHOHYDG¯VVLPRVYDORUHV
das sobretensões originadas pelas descargas de raios (diretas ou in
GLUHWDVGHYHU¥RUHGX]LUVHDYDORUHVWROHU£YHLVDEDL[RGDVWHQV·HVGH
$VHJXUDQ©DHO«WULFD«XPDPDW«ULDTXHXUJHDERUGDU%DVWDULDDSHQDV descarga, mediante o uso de aparelhos adequados de proteção contra
a revisão de cinco elementos fundamentais do sistema elétrico para VREUHWHQV·HV 2V DSDUHOKRV GH SURWH©¥R XWLOL]DGRV GHYHP HVWDU HP
SURWHJ¬ORPHOKRUHUHGX]LUFRQVLGHUDYHOPHQWHRULVFRGHDFLGHQWHV condições de derivar, sem se destruírem, elevadas correntes parciais
elétricos: provocadas pelo raio.
• &RQWURORGRVGLVMXQWRUHV 4XDQWR¢VVREUHWHQV·HVWUDQVLWµULDVGHPDQREUDHPHGLI¯FLRVUH
• ,QVWDOD©¥RHFRQWURORGHGLVSRVLWLYRVGHSURWH©¥RGLIHUHQFLDO VLGHQFLDLV DV VREUHWHQV·HV GHVWH WLSR SURGX]HPVH SULQFLSDOPHQWH
• 6LVWHPDVGHSURWH©¥RFRQWUDVREUHWHQV·HV por desconexão de cargas indutivas, desconexão das indutâncias nos
• 7RPDGDVHLQWHUUXSWRUHVHPERPHVWDGR circuitos de corrente, e disparos dos aparelhos de proteção.
• Revisão da cablagem de aparelhos e dispositivos elétricos e
eletrónicos.
SISTEMAS DE PROTEÇÃO: LIMITADORES
Neste artigo serão abordadas as causas e consequências das sobre DE SOBRETENSÃO TRANSITÓRIA
tensões transitórias em edifícios residenciais, bem como as proteções 2V OLPLWDGRUHV GH VREUHWHQV·HV WUDQVLWµULDV V¥R LQVWDODGRV RQGH VH
que podem prevenir danos nos aparelhos eletrónicos e na instalação prevê que seja possível chegar um impulso de tensão de curta dura
elétrica do lar. ©¥R FDSD] GH GDQLͤFDU RV HTXLSDPHQWRV LQVWDODGRV 'HVWH PRGR ¢
VD¯GDGRGHVFDUUHJDGRUWHUVH£XPDWHQV¥RP£[LPDUHVLGXDOTXHQ¥R
afeta os circuitos a jusante.
CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DAS SOBRETENSÕES $R FRQWU£ULR GH RXWURV HOHPHQWRV GH SURWH©¥R GH LQVWDOD©·HV
TRANSITÓRIAS FRPRGLVMXQWRUHVPDJQHWRW«UPLFRVRXLQWHUUXSWRUHVGLIHUHQFLDLVTXH
2FRQFHLWRGHSURWH©¥RFRQWUDVREUHWHQV·HVWUDQVLWµULDVWHPYLQGRD se colocam em série, os descarregadores de sobretensões devem ser
aumentar a sua relevância. As sobretensões transitórias podem ter colocados em paralelo, para um funcionamento correto do sistema de
RULJHP HP IHQµPHQRV DWPRVI«ULFRV GRV FDVRV H HP PDQR SURWH©¥R$RFULDUVHXPDVREUHWHQV¥RDWHQV¥RDPRQWDQWH8DGR
EUDVQDUHGHUHVWDQWHV(VWDVVREUHWHQV·HVWUDQVLWµULDVSRGHP GHVFDUUHJDGRUVHU£PDLRUTXHDVXDWHQV¥RGHIXQFLRQDPHQWR8F
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então que o valor da resistência se torna débil e a intensida
GHFRPH©DDFLUFXODU$VHJXLUDWHQV¥RGLPLQXLHWRUQDVH
LQIHULRU¢GHIXQFLRQDPHQWR8FTXHVHFRQYHUWHHPWHQV¥R
UHVLGXDOGHYLGR¢SDVVDJHPGDFRUUHQWHDW«¢WHUUDHVHU£D
TXHVXSRUWDU£DFDUJDTXHVHGHYHSURWHJHU
2V GHVFDUUHJDGRUHV GH VREUHWHQV·HV FDUDWHUL]DPVH
SRU XPD LQWHQVLGDGH GH GHVFDUJD P£[LPD TXH FRQVHJXH
aguentar uma única vez, e diferentes valores residuais para
uma dada corrente (intensidade normal), denominada de ní
vel de proteção (Up). Um parâmetro importante que deve ser
considerado é o tempo durante o qual existe uma passagem
de corrente, pois este determina a quantidade de energia que
VHU£GLVVLSDGDQDRSHUD©¥R4 L;W(VWHSDU¤PHWURVHU£GH
grande importância na altura de escolher um descarregador,
pois esta é a energia destrutiva que leva ao envelhecimento
prematuro dos elementos dos aparelhos.
As sobretensões atmosféricas
devem-se à queda direta ou
indireta de raios, o que, apesar
de serem menos habituais do que
as de manobra, acarretam maior
perigo pois apresentam valores
de pico muito mais elevados e
uma maior energia. Por outro
lado, as sobretensões de manobra
são causadas principalmente por
comutações de potência nas linhas da
rede, acionamento de motores, entre
outros. Nestes casos, a sobretensão
é menor, mas não deixa de provocar
danos.
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,PSXOVRGHVREUHWHQV¥RVLPXODGRwV
,PSXOVRGHUDLRVLPXODGRwV
*U£ͤFR&XUYDVGHWHVWHXWLOL]DGDVSDUDRVHOHPHQWRVGHSURWH©¥RFRQWUDRVUDLRV
HVREUHWHQV·HV
2VSURWHWRUHVFRQWUDGHVFDUJDVDWPRVI«ULFDVHVREUHWHQV·HVQHFHV
VLWDPGHGHWHUPLQDUTXDORWLSRGHRQGD7LSRwVRX7LSR
wVHRYDORUGHGHVFDUJDN$TXHW¬PVLGRWHVWDGRV
Figura 1. 'HVFDUUHJDGRUGHJ£VHVTXHUGDYDU¯VWRUFHQWURHG¯RGRVXSUHVVRUGLUHLWD PROTEÇÃO CONTRA SOBRETENSÕES
EM INSTALAÇÕES DE BAIXA TENSÃO
Normalmente todos estes componentes podem ser utilizados naquilo 2UHJXODPHQWRHPYLJRUGHͤQHDV]RQDVGHXPHGLI¯FLRRXLQVWDOD©¥R
que se conhece como “proteção por etapas̹M£TXHDVTXDOLGDGHVGRV • /3=$=RQDH[SRVWDDXPDGHVFDUJDGLUHWDGHUDLRV
diferentes componentes os tornam idóneos segundo a sua função e • /3=%=RQDGHQWURGDSURWH©¥RGRVS£UDUDLRV
ORFDOL]D©¥R2VGHVFDUUHJDGRUHVGHJ£VV¥RQRUPDOPHQWHFRORFDGRV • /3=UHDGHHQWUDGDQDLQVWDOD©¥R
no início (grande proteção) para absorver o pico inicial, os varístores • /3= UHD GHSRLV GR LVRODPHQWR DSUR[LPDGDPHQWH ! PHWURV
nas etapas intermédias e os díodos supressores como uma boa pro GHQWURGRHGLI¯FLR
teção localizada ao lado dos equipamentos sensíveis. • /3=(TXLSDPHQWRͤQDODSURWHJHU
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PAS
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curvas (D1, C2 e C1) para que possa ser utilizado em qualquer local e • « QHFHVV£ULR VHSDUDU FDERV GH SRW¬QFLD GRV FDERV GH GDGRV H
garantindo uma proteção completa, além das três etapas de proteção. comunicações, uma vez que estes podem causar interferências e
JHUDUVREUHWHQV·HVSRUDFRSODPHQWR
• «QHFHVV£ULRVHSDUDURVFDERVGHHQWUDGDHGHVD¯GDGRSURWHWRU
porque se isso não acontecer a sobretensão da entrada podia aco
SODUVHVREUHRFDERGHVD¯GDLQXWLOL]DQGRDIXQ©¥RGRSURWHWRU
• DOLJD©¥RGLUHWD¢WHUUDGDPDOKDGHYHHIHWXDUVHPHGLDQWHDXWLOL]D
©¥RGHHTXLSDPHQWRVLQGLFDGRVSDUDRHIHLWR
• H[LVWHPSURWHWRUHVGHVREUHWHQV¥RHVSHF¯ͤFRVTXHSRGHPVHUXWL
lizados nos circuitos SIL e em zonas seguras (zonas 0, 1 e 2), uma
vez que os componentes destes circuitos também estão suscetí
Figura 3. 3URWHWRUGHLQVWUXPHQWD©¥RHFRQWUROR7LSR'&H& YHLV¢GHVFDUJDGHUDLRVHGHRXWURWLSRGHVREUHWHQV·HV
PUB