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Aula 5 - Regimes Contábeis

Objetivos

• Conceituar os diferentes tipos de regimes contábeis.


• Conhecer o regime contábil utilizado no Brasil.

Introdução

Olá, você! Ansioso para nossa aula? Ótimo, pois ela será a última da primeira
unidade. Acredito que não vou exigir muito de você, pois vamos tratar de assuntos
básicos para a Contabilidade como um todo e, como você deve estar na metade de
seu curso acadêmico, já deve ter estudado alguma coisa a esse respeito, mas
mesmo assim vale relembrar.

Você verá quais são os regimes contábeis de escrituração, entendendo seus


conceitos e porque não é muito correto dizermos “princípios”. Depois vamos verificar
qual é o utilizado em nosso país. Após esta aula, iremos entrar em nossa próxima
unidade, em que trataremos do Orçamento Público.

Então, vamos lá!!!

Conceito

Quando certa norma passa a ter uma constância em sua utilização, chegando ao
ponto de ser até uma obrigação, chega-se a um regime.

Sendo assim, os Regimes Contábeis são basicamente normas que orientam o


controle e o registro dos fatos patrimoniais. Eles foram considerados úteis pelo
consenso profissional, de tal maneira que o seu uso constante virou obrigação.

A finalidade dessas explicações é para você compreender da melhor maneira


possível alguns artigos da Lei Federal 4.320/64, que faz algumas referências ao
exercício financeiro a ser obedecido pelas entidades da Administração Pública,
sendo que o Artigo 34 da referida Lei diz: “O exercício financeiro coincidirá com o
ano civil”.

Vejamos mais alguns conceitos importantes para a Contabilidade Pública:

• Ano financeiro: período em que é executado o orçamento, sendo que, caso o ano
financeiro seja diferente do ano civil, deve-se acrescentar o chamado “período
adicional”.

• Período adicional: segundo Andrade (1967, p. 59), é o espaço de tempo


adicionado ao ano financeiro e empregado na liquidação e no encerramento das
operações relativas a rendas lançadas e não arrecadadas, e a despesas
empenhadas e não pagas durante o ano financeiro. Mas perceba que isso era um
pouco inconveniente, pois executava o orçamento do exercício e, paralelamente,
procedia ao encerramento das receitas e despesas do exercício anterior. Então, para
facilitar, a Lei nº 869, de 16/10/1949, extinguiu o período adicional, passando o
exercício financeiro a coincidir com o ano financeiro.

• Exercício financeiro: de acordo com KOHAMA (2003, p. 53), é o período de


tempo durante o qual se exercem todas as atividades administrativas e financeiras
relativas à execução do orçamento. Pode englobar o ano financeiro e o período
adicional ou pode ocorrer como no Brasil, onde o exercício financeiro coincide com o
ano civil, não existindo o período adicional, de forma que os termos exercício
financeiro e ano financeiro possuem o mesmo significado.

O Artigo 35 da Lei Federal nº 4.320/64 diz:

“Pertencem ao exercício financeiro:

I – as receitas nele arrecadadas;

II – as despesas nele legalmente empenhadas.”

Como já dei uma breve explicação sobre o exercício financeiro, vou falar sobre os
regimes contábeis de escrituração. Assim, tenho certeza de que suas dúvidas serão
esclarecidas.
A escrituração contábil do exercício financeiro, especificamente no que se relaciona
com as receitas e despesas, pode ser elaborada pelo regime de gestão anual,
também denominado regime financeiro, mais comumente, ainda conhecido como
caixa e pelo regime de competência ou exercício (KOHAMA, 2003, p. 53).

Em relação à escrituração contábil do regime financeiro de caixa ou de


competências, existem algumas pessoas que acham um tanto quanto “pesado” dizer
a palavra “regime”, então preferem dizer “princípio”. Você lembra que já estudamos
esse assunto, então a regra deve permanecer. Veja bem, o uso é constante e, no
caso da Contabilidade Pública, é obrigatório; logo os sistemas de escrituração
contábeis devem ser considerados regimes contábeis. Vamos analisar cada um
deles em separado.

• Regime de Caixa: a receita é reconhecida no período em que é arrecadada e a


despesa paga nesse mesmo período. Tanto as receitas ainda não arrecadadas, as
despesas empenhadas e as liquidadas não pagas devem ser transferidas para o
orçamento do exercício financeiro seguinte. Uma curiosidade desse tipo de regime é
que ele é utilizado na Inglaterra.

• Regime de Competência: é aquele em que as receitas e as despesas são


atribuídas de acordo com a data do fato gerador, e não quando são recebidas ou
pagas em dinheiro. Toda receita e toda despesa do exercício pertencem ao próprio
exercício, mesmo já empenhadas; quando acaba a vigência do orçamento, elas
passam para o exercício seguinte para serem arrecadadas ou pagas, mas
continuam pertencendo ao orçamento de origem. Esse regime é adotado na Itália.

Você deve estar se perguntando: “afinal de contas, qual é o regime utilizado no


Brasil?” Vou responder a essa pergunta no item abaixo. Vamos lá?

Regime contábil adotado no Brasil

Vamos analisar novamente o que a Lei 4.320/64 tem a nos dizer a respeito do
regime adotado pela administração pública no Brasil. De acordo com os incisos I e II:
a) Devem pertencer ao exercício financeiro “as receitas nele arrecadadas”, ou seja,
nesse caso, deveremos utilizar o regime de caixa, pois só deve ser considerada a
receita que for efetivamente arrecadada no exercício.

b) Já em relação às despesas, o texto diz que devem pertencer ao exercício


financeiro “as despesas nele legalmente empenhadas”, significando que, em relação
a regime de escrituração contábil, trata-se do regime de competência. O fato gerador
da despesa é o empenho, pois é ele que cria para o Estado a obrigação de
pagamento.

Mas espere um momento! Os dois regimes são utilizados no Brasil? Sim, é isso
mesmo! Nossa administração pública adota o Regime Contábil de Escrituração
Misto, ou seja, o regime de caixa para a arrecadação das receitas e o regime de
competência para a realização das despesas.

Bem, aqui terminamos esta aula e a unidade I. Iniciaremos na próxima aula a


unidade 2. Espero você, com muito gás e energia. Até lá!!!

Resumo

Nesta aula você pôde compreender que, quando uma norma passa a ser utilizada
constantemente, ao ponto de ser uma obrigação, chegamos a um regime. Sendo
que, tratando-se de regime contábil de escrituração, podemos distinguir dois tipos: o
regime de caixa, em que a receita é reconhecida no período em que é arrecadada e
a despesa é paga nesse mesmo período, e o regime por competência, que é aquele
em que as receitas e as despesas são atribuídas de acordo com a data do fato
gerador, e não quando são recebidas ou pagas em dinheiro.

A administração pública do Brasil adota o regime misto, no qual se utiliza o regime


de caixa para a arrecadação das receitas e o regime de competência para a
realização das despesas.

Em nossa próxima aula iremos entrar na segunda unidade deste livro, em que
vamos estudar o Orçamento Público, analisando seu conceito, princípios e a técnica
orçamentária. Então, para finalizarmos de vez não apenas esta aula, mas também
toda esta unidade, vamos fazer as atividades propostas a seguir.

Atividades

• De acordo com seus conhecimentos a respeito de Contabilidade Pública,


desenvolva uma crítica pessoal a respeito da administração pública e serviços
públicos perante o compromisso e os deveres de seus gestores. Finalize tentando
responder à seguinte questão: A Contabilidade Pública pode ajudar a controlar e
verificar a legalidade dos gastos públicos? Como? Leia a tirinha seguinte para se
inspirar.

Fonte: http://delrei.files.wordpress.com/2009/10/politicos.jpg
• Qual é a definição e como se aplica o regime financeiro de escrituração contábil no
Brasil?

Referências

ANDRADE, Benedito de. Contabilidade pública. São Paulo: Atlas, 1967.

BRASIL. Lei nº 4.320/64, que estatui normas de Direito Financeiro para elaboração
e Controle dos Orçamentos e Balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do
Distrito Federal. São Paulo: Atlas, 1985.

KOHAMA, Heilio. Contabilidade pública: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2003.

Site

http://delrei.files.wordpress.com/2009/10/politicos.jpg. Acesso em: 03 dez. 2009.

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