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R.W.Apolloni
Nossa idéia, neste artigo, é tratar das armas antigas, aquelas nascidas antes
da pólvora e que, por milênios, decidiram a sorte das civilizações. Neste caso, o
exemplo chinês é soberbo: graças à arqueologia e, sobretudo, às artes marciais,
muitas das velhas armas de antanho permaneceram preservadas em
praticamente todo o seu conteúdo em plena era dos petardos direcionados a
feixes de laser.
Justiça seja feita: por mais que os antigos chineses tenham se interessado
pela arte de guerrear o que, de fato, não é uma característica exclusiva de sua
cultura (basta lembrar dos assírios, dos gregos e dos romanos) é preciso
lembrar que seu pensamento também se pautou pela busca da paz. De uma
maneira um tanto simplista, pode-se dizer que a mesma civilização que criou Sun
Tzu (mestre estrategista do Período dos Reinos Combatentes, autor do clássico
Os 13 Momentos e possível inspirador de Napoleão Bonaparte) tem em Lao Tzu
um pacifista por excelência um de seus principais filósofos.
Figura envolta em mistério, Lao Tzu é considerado o pai do Taoísmo, uma
das principais correntes do pensamento chinês. No clássico Tao Te Ching, escrito
por volta do século VI a.C., ele assim decreta sua visão sobre a guerra:
(**) Imagem1: Espada chinesa do tipo duplo gancho orelha de tigre . Imagem 2:
Sabre, Dinastia Ming.