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ESCOLA ESTADUAL FAMÍLIA AGRÍCOLA ZÉ DE DEUS

CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA

ARTHUR SILVA BORGES

PROJETO: FARINHA DE OSSO

Colinas do Tocantins
2018
ARTHUR SILVA BORGES

PROJETO: FARINHA DE OSSO

Trabalho da disciplina de Elaboração e Gestão


de Projetos apresentado à Instituição Escola
Estadual Família Agrícola Zé de Deus, como
requisito para a obtenção da aprovação no
curso de Técnico em Agropecuária.

Orientador: Professor Erus Souza Vieira.

Colinas do Tocantins
Colinas 2018
do Tocantins
2018
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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pela vida e


capacidade de realizar este trabalho, em segundo, aos
meus pais que junto comigo são os principais responsáveis
por essa realização. A todos os professores desta
instituição pelos conhecimentos repassados, que somados,
contribuíram para que eu conseguisse concluir este
projeto, em especial ao professor da disciplina Césio Pinho
e ao professor Orientador Erus Sousa Vieira. A todos os
meus colegas do curso que de forma direta ou
indiretamente contribuíram com o meu crescimento
intelectual, estendendo-se também a todos os funcionários
da Instituição Escola Estadual Família Agrícola Zé de
Deus, que indiretamente também fazem parte desse
processo de estudo.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 5
2 OBJETIVO GERAL ..................................................................................... 6
3 JUSTIFICATIVA .......................................................................................... 7
4 ESCOLHA E PLANEJAMENTO DA ATIVIDADE ........................................ 8
5 ANÁLISE SÓCIO ECONÔMICA ............................................................... 10
6 CONDUÇÃO DA ATIVIDADE ................................................................... 12
7 CONCLUSÃO ........................................................................................... 13
8 REFERENCIAS ......................................................................................... 14
ANEXOS: ......................................................................................................... 15

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – PESQUISA: VALOR DA FARINHA DE OSSO.............................10


TABELA 2 – CUSTO PARA REALIZAÇÃO DO PROJETO...............................11
TABELA 2 – CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES.............................................12

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Montagem Fogueira, e começo do processo ................................... 15


Figura 2 - Fogueira em combustão .................................................................. 15
Figura 3 – Finalização do Processo de queima................................................ 16
Figura 4 - Trituração dos ossos calcinado. ....................................................... 16
Figura 5 - Produto final (farinha de osso bovinos). ........................................... 17
Figura 6 - Produto final já em sua embalagem. ................................................ 17

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho descreve as atividades realizadas na fabricação de farinha


de osso bovino. O projeto é requisito exigido pela disciplina do curso Técnico
em Agropecuária, da Instituição de ensino Escola Estadual Família Agrícola Zé
de Deus, situada na cidade de Colinas do Tocantins, Estado do Tocantins.
Farinha de osso é um nome dado ao produto do beneficiamento de
ossos. Consiste na preparação de uma matéria rica em nutrientes apropriados
para uso em fertilização de plantios, com o objetivo principal de adubar o solo
em que comporta a plantação, sendo fonte alternativa principalmente de cálcio
e fósforo. Os materiais utilizados são fáceis de ser encontrados e também de
serem trabalhados, uma vez que a matéria prima principal é osso bovino, e
podem ser facilmente adquiridos principalmente nas fazendas que
desenvolvem criações bovinas. É um processo que praticamente não há custos
econômicos, e é utilizado como alternativa de fertilização do solo que exige
somente mão de obra humana, tempo, e dedicação na sua preparação.
A farinha de ossos bovinos e o principal fertilizante orgânico em termos
de fonte de fósforo, elemento absorvido pelas raízes das plantas e
determinante para o aumento da produtividade das culturas. A concentração
das substâncias no produto está em torno de 27% de fósforo.

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2 OBJETIVO GERAL

Reproduzir o processo de obtenção de farinha de osso bovino como


alternativa de adubação orgânica para o aumento da fertilidade do solo,
considerando-a como processo relativamente simples e capaz de substituir os
fertilizantes químicos industriais.

2.2 Objetivos Específicos:

• Reproduzir o processo de preparação da farinha de osso, verificando a


sua viabilidade técnica e financeira;
• Verificar o rendimento do processo;
• Oferecer uma destinação ambiental adequada de resíduos ósseos;
• Estabelecer um método de obtenção de um fertilizante economicamente
mais acessível à agricultura familiar.

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3 JUSTIFICATIVA

O tema escolhido se deu devido à necessidade de identificar e propor


um método de produção de um adubo orgânico alternativo que ao mesmo
tempo recicla dejetos que poderiam ser descartados de maneira inadequada
(ossos bovino) e que seja de baixo custo. Ao identificar o sistema produtivo a
análise e elaboração do projeto mostraram-se fundamental para a construção
do mesmo.
Em cidades com abatedouros ou frigoríficos de pequeno porte e que não
possuem infra-estrutura para graxaria, os resíduos sólidos são destinados aos
lixões e descartados sem controle, sendo misturados ao lixo comum, onde
agravam os problemas ambientais e de saúde pública, resultando em grande
desperdício, quando pensamos em reciclagem agrícola.
Por ser uma alternativa de baixo custo e que pode ser executada por
qualquer agricultor é a produção de farinha de osso bovino é um adubo de fácil
fabricação, mas pouco estudado e difundido.

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4 ESCOLHA E PLANEJAMENTO DA ATIVIDADE

A escolha dessa atividade foi devido à percepção da importância do


cuidado com as plantações e da utilização de um material (osso bovino),
possível de ser encontrado, e de utilizar um produto (farinha de osso) de alta
qualidade, fabricado pelo próprio produtor rural, capaz de surtir efeitos
significativos na produtividade das plantas. O despertar desse interesse surgiu
a partir da análise e preocupação de realizar um trabalho solicitado pelo
professor do curso Técnico de Agropecuário para obtenção de aprovação em
disciplina.
Assim, observando aos arredores, percebe-se a grande importância dos
próprios agricultores produzirem seus nutrientes das plantações, com recursos
possíveis de serem encontrados no meio ambiente, ações fáceis de serem
executadas para o processo, além de contribuir significativamente para a
economia financeira, pois não precisarão mais de gastar tanto com aquisição
de produtos industrializados.
Do ponto de vista químico è um material rico em fósforo (P) e cálcio (Ca)
possui em torno de 15 % de P bruto e 12 % de P solúvel em ácido cítrico. Com
relação ao cálcio possui um total de 33% e o pH de 9,94. Por ter uma
composição muito baixa de Nitrogênio e Potássio, esses últimos não foram
considerados no trabalho.
A concentração de P2O5 total e P2O5 solúvel em ácido cítrico da cinza de
osso bovino, comparativamente aos fertilizantes fosfatados incluídos na
legislação brasileira (Brasil 2007a), foram satisfatórias. Dos 41 adubos
fosfatados, 27 apresentam menor concentração de P2O5 total quando
comparados com a farinha de osso. Dos 12 adubos com P2O5 solúvel em ácido
cítrico,somente o fosfato natural reativo apresentou percentagem superior à da
cinza de osso bovino.Ainda considerando-se a concentração mínima exigida
pela legislação brasileira, para os fertilizantes minerais simples (Brasil 2007),
com relação ao teor de Ca2+ total, dos 40 fertilizantes calcinados utilizados na
agricultura, a cinza de osso bovino somente apresentou percentagem inferior à
do hidróxido de cálcio e óxido de cálcio.
Entende-se que o processo para produção de farinha de ossos requer

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apenas ossos e madeira para iniciar a queima e espaço para se montar a pilha
de ossos que se pretende queimar. Consiste em eliminar a parte protéica dos
ossos deixando apenas a porção mineral, para isso o melhor método é
realmente a queima.
Durante o processo de produção é importante tomar certos cuidados
como o uso de EPIs como luvas de couro, botas e óculos de proteção. Como o
processo de produção envolve a queima é importante se ter cuidados também
para a escolha do local da fogueira, ou seja, distante de edificações, plantios,
pastagens e matas. Também é importante sempre se ter ao alcance um
abafador para extinguir eventuais inícios de incêndios.
A legislação sobre orgânicos, no Brasil, permite o uso de ossos para
fertilização de solos, desde que o uso siga os parâmetros técnicos para se
evitar impactos ambientais, e que o resíduo animal não seja oriundo de
atividade ilegal (Brasil 2008).

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5 ANÁLISE SÓCIO ECONÔMICA

A farinha de osso é uma matéria possível de ser preferida pelos


pequenos produtores rurais, pois mediante o conhecimento da substancia,
entende-se que além da importante utilidade, é relativamente fácil de ser
fabricada nos próprios espaços rurais. Mesmo sendo um produto fabricado a
partir de material acessível, não é um processo conhecido dos agricultores da
região, que necessitam de fertilizantes semelhantes para alguns tipos de
plantações.
No município em que se realizou esse trabalho nenhum dos fazendeiros
pratica e ou até mesmo já praticou essa atividade. Percebeu-se mediante a
procura dos ossos nas áreas rurais, que os seus moradores demonstraram
total desconhecimento do assunto, diante da explicação que lhes era
apresentada para o uso dos ossos ficavam admirados. Os produtores do
município que utilizam farinha de osso adquirem produto em casas comerciais.
No geral, é percebido que no Brasil a farinha de osso não é muito
comercializada, devido falta de conhecimento sobre o produto. Em algumas
regiões brasileiras é mais fácil de ser encontrado, em Roraima, por exemplo, o
insumo é produzido e comercializado pela Campanha de Desenvolvimento de
Roraima (CODESAIMA), por meio do matadouro e Frigorífico Industrial de
Roraima (Mafir), mas os produtores dizem que mesmo assim o produto não é
fácil encontrado no mercado.
Na pesquisa realizada em campo nas cidades vizinhas foi encontrada
farinha de osso em três lojas especializadas em produtos agropecuários na
cidade de Araguaína/To, tendo uma variação de preço de preço de mercado de
R$ 13,00 a R$ 20,27 o quilo da mesma. O produto não foi encontrado em
nenhum outro local.
Tabela 1: preço da farinha de osso no mercado:
Local Loja Unidade Valor
Araguaína -TO Agrofertil 1 Kg R$ 13,00
Araguaína -TO Casa e Jardim 1 Kg R$ 20,27
Araguaína -TO Agrominas 1 Kg R$ 13,90

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Tabela 2 - custo do Projeto:
Material utilizado Quantidade Valor
Ossos bovinos 84kg R$ 0,00
Pilão 1 un R$ 0,00
Lenha 1m³ R$ 38,70
Garrafas Pet 23 R$0,00
Óleo Diesel 1litro R$3,69
Peneira 1 R$10,00
Recipientes 2 R$5,00
Horas de Trabalho 8 R$120,00
TOTAL R$ 177,00

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6 CONDUÇÃO DA ATIVIDADE

Esta atividade foi realizada na Fazenda Genipapo II Município de Pau


D’Arco -TO, propriedade do Senhor Acinair José Borges, local onde havia
disponibilidade de material, e fácil acessibilidade de ferramenta e mão de obra,
local esse onde não ocorria risco de intoxicação por ser aberto e arejado,
analisou-se suas exigências percebendo por meio de observação os caminhos
que deveriam serem percorridos, atentou-se os procedimentos a serem
empregados, aos valores do produto no mercado e para a realização desse
projeto, a fim de comparação de economia e vantagens. Com metodologia
simples, após a conclusão de todos os pré-requisitos necessários, iniciou-se
com a busca da matéria prima nos arredores.
Os ossos transportados foram colocados em um ambiente onde foram
calcinados. Montou-se uma fogueira com os ossos e lenhas e acendendo-a,
tendo o cuidado de que o processo do fogo se efetivasse. Durante a queima,
os ossos primeiramente adquiriram coloração negra posteriormente ficaram
brancos, foram deixados no fogo até que demonstrasse totalmente brancos e
quebradiços. O material resultante após a queima possui consistência porosa e
pode ser triturado a partir de um pilão manual, não havendo a necessidade de
um triturador elétrico ou combustão. Isso possibilita a utilização da cinza de
osso por produtores com baixo capital de investimento.
Os ossos bovinos apresentaram coloração variando entre branco e cinza
escuro. Miyahara et al. (2007) constataram que temperaturas superiores a
500ºC são suficientes para completar a queima do carbono residual, ao mesmo
tempo em que o material torna-se branco.
O produto já totalmente moído, foi peneirado com uma peneira de 1 mm
chegando ao seu estado final (farinha de ossos bovinos), foi armazenado em
garrafas PET, visando o melhor acesso a este produto.
Tabela 3 - Cronograma das atividades realizadas:
2018
Atividade desenvolvida Abril Maio
Recolhimento dos ossos bovinos X
Carbonização dos ossos X
Trituração dos ossos X
Peneiração dos ossos X

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7 CONCLUSÃO

Com a realização desse trabalho “farinha de osso bovino”, foi possível


adquirir experiências práticas da atividade, produzir adubo orgânico de
excelente fonte de Fósforo e Cálcio para as plantas, elementos essenciais para
o desenvolvimento vegetal substituindo fertilizantes químicos fosfatados.
Durante a busca e coleta dos ossos, foi possível conscientizar a população
diretamente envolvida no processo, a executar ações, promover coleta de
matéria prima e utilizá-la na fabricação de adubo orgânico. A cinza de osso
apresenta quantidade satisfatória de fósforo e cálcio e pode ser utilizada como
adubo fosfatado e calcinado.
O projeto apresentou ser compensativo, utilizando 84 Kg de ossos
bovino foi possível obter 40 Kg do produto em sua forma final, com rendimento
de 47% da matéria prima. Levando em consideração que além de contribuir
com o cuidado do meio ambiente, somente com custos de mão de obra é
possível produzir algo de qualidade que substitui materiais industrializados. Se
o objetivo fosse a comercialização, praticando o menor valor de mercado
encontrado de R$ 13,00, o valor total arrecadado com a venda seria de 520
reais, a um custo de R$ 177,00, que resultaria num lucro de R$ 343,00, ou
seja, a primeira produção representou aproximadamente 34% da arrecadação
total. É importante ressaltar que junto aos custos de produção estavam
embutidos também custos de implantação da atividade, logo, nas produções
seguintes o lucro seria maior.

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8 REFERENCIAS

ANDA – Associação Nacional de Difusão de Adubos. Evolução do consumo


aparente de fertilizantes fosfatos no Brasil. Disponível em <http://www.anda.
prg.br/estatísticas.aspx>. Acesso em: 25/05/2018.

GATIBONI. L. C. Disponibilidade de formas de fósforo do solo às plantas.


Santa Maria, 2003. Tese (Doutorado em agronomias) – Programa de Pós-
Graduação em Agronomia – PPGA, Universidade Federal de Santa Maria,
2003.

SENGIK, E. S. Os macronutrientes e os micronutrientes das plantas, 2015.


Disponível em: <http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:Zbtq
WRHqneLJ:www.dzo.ue.br/disciplinas/Solos/nutrientes.doc+calcinado+de+oss
o+fertilizante+solubilidade&cd=10&hl=pt-BR&gl=br>. Acessado em:
26/05/2018.

SANTOS, C.M.F., ROCHA, S.D.F.; Obtenção de Ácido Fosfórico de Alta


Pureza a partir de Carvão Ativado de Ossos Bovinos, Relatório de Iniciação
Científica, 2009.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução


Normativa No 64, de 18 de dezembro de 2008. Aprova o Regulamento Técnico
para os Sistemas Orgânicos de Produção Animal e Vegetal. Diário Oficial da
República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 19 dez. 2008.
Seção 1, p. 21-26.

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ANEXOS:

Figura 1 - Montagem Fogueira, e começo do processo

Figura 2 - Fogueira em combustão

15
Figura 3 – Finalização do Processo de queima.

Figura 4 - Trituração dos ossos calcinado.

16
Figura 5 - Produto final (farinha de osso bovinos).

Figura 6 - Produto final já em sua embalagem.

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