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E O COMPORTAMENTO
poradas numa "gestalt" à estrutura do "eu". Nesse caso existe uma tensão
psicológica básica.
Ex.: A mulher que tem o auto-conceito de boa mãe (parte baseado
nas suas experiências e parte introjetado) só aceita sentimentos positivos
com relação ao filho, porque êstes são coerentes com o seu auto-conceito.
Não permite vir à consciência uma sensação de raiva. Mas essa sensação
existe e provoca a necessidade de agressão. Como só pode satisfazer essa
necessidade através de atos consistentes com a estrutura do "eu" ela o
faz quando o filho merece punição. Por isso percebe como mau, a maioria
do comportamento do filho (pois só assim, pode satisfazer a sua necessi-
dade) .
15. Ahtstamento existe quando o conceito do "eu" é tal que per-
mite simbolização e assimilação das experiências de u'a maneira consis-
tente com a estrutura do "eu".
Ex.: Mulher que aceita poder ter raiva do filho, às vêzes, e
que é mesmo assim ser boa mãe.
16. Qualquer experiência inconsistente com a estrutura do "eu"
pode ser percebida como uma ameaça e quanto mais forem inconsistentes
essas percepções, mais r~gidamente a estrutura do "eu" se organiza para
se defender.
Ex.: Se fôsse dito à mãe (para a qual a sensação de raiva é
inconsistente) que ela hostiliza, tem raiva do filho, ela protestaria com
veemência, para se defender, a fim de preservar o seu auto-conceito.
17. Sob certas condições, quando há, principalmente, ausência
completa de ameaça à estrutura do "eu", essas experiências inconsistentes
podeom ser percebidas, eXMnina,da,s e a estrutura do "eu" as revista, ao
fim de assimilá-las.
18. Quando o indivíduo percebe e aceita num sistema coerente e
organizado, tôdas as suas experiências, êle se torna mais compreensivo
e aceita melhor os outros.
O indivíduo não tem necessidade de se defender: não vê as demais
pessoas como uma ameaça para a simbolização das experiências não
aceitas. Isso tem sido provado objetivamente, através de pesquisas reali-
zadas no campo da psicoterapia não diretiva, principalmente por Sheerer.
Foi verificado, clinicamente, que a pessoa que completa terapia, se revela
mais realista nas suas relações com os outros, mais segura de si mesma,
mais relaxada, resultando dai melhor sistemade interrelação social.
19. A medida que o indivíduo percebe e aceita, em maior escala,
na sua auto-estrutura, as suas experiências orgânicas (do organismo
total), verifica que está substituindo o seu atual sistema de valores -
baseado largamente em introjeções simbolizadas distorcidamente - por
um continuo processo de valorização, fornecida pelos seus próprios sentidos
e pelo seu organismo total.
Em terapia, à medida que explora seu campo fenomenológico, o
indivíduo examina os valores por êle introjetadas e utilizadas como se
fossem baseadas na sua própria experiência. Todavia, gradativamente,
passa a fazer seus próprios julgamentos de valor, em uma forma intei-
ramente nova, porém mais significativa e satisfatória para êle, porque
provêm de experiências diretas.