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MOVs eoe UR LOS iF Pr PROFESSOR DA PALAVRA DE DEUS ~ SERN) ie pe ees Pts NICU ESN IO eu eerie hIETeir ADYIEO) @e apo: a revista é Coe! Wominic: Y D 7 C I TR Cc ieeeeidul Nee a —. rYVETIC tw PSSTeTY Se a ee memes n Ss Ecexrdsapt Ed oterropd (Electr estrone fi ten ACL [abet - Prezado professor, Nosso sentimento é de alegria e exultacdo no Senhor por oferecer-Ihe a Revista de n® 46 da Série Ligdes da Palavra de Deus, cujo tema 6: Os Pactos de Deus — O Historico da Salvacao. A fim de auxiliar professores e alunos a compreenderem os motivos e as formas de Deus redimir o homem e a Sua Criagao, exploraremos, nesta revista, em todas as suas vertentes e possibilidades, o ramo da Teologia Sistematica denominado Soteriologia. Deste modo, discorreremos sobre as revelagées que Deus fez de Si, no transcurso da Histéria, no sentido de redimir a Criacao e salvar 0 homem, morto em seus delitos e pecados (Ef 2.1). ‘Trés principais topicos seraio abordados neste material: (1) a historia da salvacao no Antigo Testamento ou Antigo Pacto; (2) a historia da salvagao no Novo Testamento ou no Pacto da Graga; (3) 0 conceito de redengao, estendido a outras areas da vida humana (que nao apenas a espiritual) e da Criagao. Que 0 Senhor nos abengoe. Porque Deus amou 0 mundo de tal maneira que deu o seu Filho uni- génito, para que todo aquele que nele cré nao pereca, mas tenha a vida eterna. Joao 3.16 Elba Alencar Diretora Executiva da Central Gospel Informamos que a formatagao desta revista foi atualizada a fim de aten- der melhor as necessidades de seu publico. Ressaltamos, todavia, que néo houve qualquer prajuizo pedagégico em seu contetido; continua vi- gendo o rigor teolégico e doutrindrio adotado pela Equipe Educacional. Pr. Samuel Malafaia © Conferencista; @ Pastor auxiliar da ADVEC - Penha; © Foi professor de Teologia do Instituto Biblico Pentecostal, da Escola Biblica Monte Hermon, da Faculdade Evangélica de Teologia de Séo Paulo ¢ do Semindrio Shalom nas cadeiras de Cristologia, Geografia Biblica, Escatologia, Dispensacées, Tipologia e Missiologia; © Trabalhou com 0 saudoso Missionario N. Laurence Olson, na revisdo e publicacao das mensagens do programa Voz das Assembleias de Deus, e Bernard Johnson, na Escola Biblica Bereana por Correspondéncia; © Engenheiro formado pela Uerj, com especializagdes na area de Meio Ambiente; © Pés-graduado em Politicas Pablicas e Governo (Ucam - Instituto Universitario de Pesquisas do Rio de Janeiro). CENTRAL ae SS. ebiiistonds ties Estrada do Guerengué, 1851 Taquara - Rio de Janeiro - Rj Cep: 22713-001 ‘Tel. (21) 2187 7000 | (21) 2598 2019 wwweditoracentralgospel.com Presidente Silas Malafala Silas Malafa Fho Diretora Executiva ba Alencar Gerente Financelro ‘lta Malafaia Siveira Gerente Editorial Glimar Vieira Chaves Marketing Fava Andrade, Renata Goncalves, Lirgina Nartins, Raquel Frazao, Capa, projeto grafico e diagramacéo Eguarse Souzs e Anaré Faria DEPARTAMENTO EDUCACIONAL Coordenadora das revistas infantis Albertine Lima Malatais Coordenadora das revistas de adolescentes, jovens e adultos Jane Castelo Branco Copldesque Jane Castelo Branco Revisio Bruno Gomes Fotos Shutterstock 2 Wimestrer2016 LOJAS NO RIO DE JANEIRO Penha Rua Hon6rioBicalno, 102 Pena = (21) 3688-4511 ‘Sao Goncalo ua lolanda Saad Abuzald, 80 Uj. 15/16 ‘Alcantara = (21) 2701-3139 Niteréi 2v. Quinze de Novembro, 49-102 Centro ~ (21) 2620-2563 Bunue de Caxias Redovia Washington Luiz 2895 -U. 202 BIC Coxias Shopping - (21) 2671-2006 LOJA EM SAo PAULO ua Conde de Sarzedas, 233 Centro Sa0 Paulo ~ SP ~ (22) 3101-4161 ‘TELEFONES Blemarkting (21) 2187-700¢ ‘Atendimento a lvreiros (21) 2187-7040 2187-7043 ‘Atendimento a igrejas (21) 2448-1208 Servico de Atendimento ao Consumidor (21) 2187-7028 Canal Interativo (21) 2061-2019 Revendedores (21) 2187-7000 anvebal 1 Introdugao a Histéria da Salvacao 4 2 Aliancga Edénica e Alianca Adamica 1 3 Alianca Noética 18 4 Alianga Abraamica 25 5 Alianca Mosaica 32 6 aAlianca Davidica 40 " 7 © Advento do Messias 47 a 8 A Nova Alianca em Cristo 54 Q 0s Princfpios da Nova Alianca 61 10 As Testemunhas da Nova Alianca 68 11 0s Simbolos da Nova Alianca 1S 12 A Extensao da Nova Alianga 82 i 3 O Futuro da Criacao 89 Aula dada em DIA “. Introducao a Historia da Salvacao Mes Génesis 3.6-15 6- E, vendo a mulher que aquela drvore era boa para se comer, e agradé- vel aos olhos, ¢ arvore desejavel para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu tambem a seu marido, e ele comeu com ela. Entao, orem abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus [...]. E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viragéo do dia; e escondeu-se Addo e sua mulher [...]. E chamou o Senhor Deus a Adao e disse-lhe: Onde estas? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, ¢ temi, porque estava nu, e escondi-me. E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da arvore de que te ordenei que nao comesses? Entio, disse Addo: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da arvore, e comi. E disse o Senhor Deus a mulher: Por que fizeste isso? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi. Ento, o Senhor Deus disse 4 serpente: Porquanto fizeste isso, maldita serds mais que toda besta e mais que todos os animais do campo [...]. E porei inimizade entre tie a mulher e entre a tua semente e a sua se- mente; esta te ferira a cabeca, e tu lhe ferirds o calcanhar. Lig6es da Palavra de Deus PROFESSOR 46 TEXTO AUREO SUBSIDIOS PARA Porque Deus enviou oseu | O ESTUDO DIARIO Filho ao mundo nao para 28 feira - 1 Pedro 1,17-21 que condenasse 0 mundo, | * etemidade do Cordeiro Imaculado mas para que o mundo 38 feira - Efésios 1.3-10 fosse salvo por ele. A eternidade do plano de salvacao 48 feira - Génesis 12.1-3 Jodo 3.17 Em tl serao benditas todas as familias 58 feira - Exodo 3.1-15 Este é meu memorial 68 feira - 2 Samuel 7.1-16 Teu reino serd firmado para sempre Sabado - Hebreus 9.1-15 © Mediador de um novo testamento OBJETIVOS Ao término do estudo biblico, o aluno deverd ser capaz de: @ saber que desde a eternidade Deus elaborou um plano para redimir 0 homem de seus delitos e pecados; @ compreender que o Altfssimo, no transcurso da Histdria, estabeleceu aliancas com o homem, a fim de manté-lo liga- doa Si; @ conhecer, de forma sumarizada, os pactos que o Eterno estabeleceu com 0 homem no decorrer dos séculos. ORIENTACOES PEDAGOGICAS Prezado professor. A Biblia revela que o ser humano foi criado 4 imagem e se- melhanga de Deus para glorificd-Lo e para cuidar da Criacdo. © Senhor determinou que Addo e Eva se multiplicassem, enchessem a terra, dominassem sobre todos os animais (Gn 1.28) e cultivassem o Eden (Gn 2.15); mas, além disso, tam- bém ordenou que néo comessem da arvore do conhecimento do bem e do mal, pois, no dia em que dela comessem, certa- mente morreriam (Gn 2.16,17). Nesta revista, discorreremos sobre o plano que Deus elaborou, desde a eternidade, para a salvacéo do homem. Para tanto, abordaremos os diversos periodos instituidos por Yahweh, enfatizando as aliancas que Ele estabeleceu com o Seu povo, as quais culminaram no pacto da graca, firmado com o sangue do Cordeiro. Boa aula! Os pactos de Deus -© histérico da salvagio COMENTARIO Palavra introdutoria Mesmo mantendo um relacionamento intimo e pessoal com o Fterno, o primeiro casal, dando ouvidos a voz do ini- migo, sob a forma do uma serpente, desobedeceu a ordem expressa de Deus (Gn 3. 1-7); como consequéncia, foi expulso de Sua presenga e do Paraiso (Gn 3.9-24). A partir deste tré- gico episddio, o Altissimo comega a revelar ao homem o Seu plano de salvacdo (Gn 3.15) — plano este elaborado desde a eternidade (Ap 13.8). B SALVACAO: PLANO EXCLUSIVO DE DEUS Reminiscéncias da promessa divina, relatada em Gé- nesis 3.15, podem ser identificadas nas culturas de diversos povos. De modo geral, a ideia de que Deus visitaria 0 ho- mem em algum momento da histéria subjaz no inconsciente da humanidade de uma forma ou de outra. Evidentemente, muitas distor¢6es a respeito deste tema foram dissemina- das no decorrer das eras. Analisemos, portanto, o que a nés importa: a vertente biblica. Antes de a Criagéo ser chamada 4 existéncia, Deus, em sua presciéncia (1 Pe 1,2; At 2.23a), sabia que o ser feito a Sua imagem e semelhanga pecaria. Assim, Ele elaborou uma forma de liberté-lo do dominio das trevas desde a fundagdo do mundo (Ap 13.8). 1.1. A doutrina da salvacao © termo soteriologia (gr. soterios = salvacdo + logia = tratado, estudo) é utilizado pelas escolas teolégicas para de- signar a doutrina da salvagdo; e, dentre todas as doutrinas biblicas, esta 6 a que revela mais intensamente o amor de Deus para com o homem (Jo 3.16). 1.1.1. A salvacaéo no Antigo Testamento O Israel dos registros veterotestamentarios entendia que estava ligado ao Criador por meio das aliangas que Ele esta- belecera com o homem desde o Eden. Nos pactos firmados com 0 povo do antigo concerto, dentre outras promessas, 0 Eterno assegurou que salvaria 0 Seu povo. O termo hebraico utilizado para designar salvagdo 6 yasha (ajudar, libertar, livrar e salvar); este é citado mais de 200 ve- zes no Antigo Testamento. Na maior parte das vezes, 0 verbo (yasha) esta associado a ideia de libertacaéo da escravidao e de preservacao da vida. O vocdbulo geralmente aparece em Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 situacées de livramento (Dt 28.29; Js 10.6; Jz 12.2; 2 Sm 14.4) e em suplicas levantadas em conjunturas de guerras e/ou em demandas judiciais (Gn 49.18; 1 Sm 14.45; SI 3.1,7; 20.9; 72.4; 86.2; Is 12.3). 1.1.2. A salvaco no Novo Testamento © vocébulo soteria (gr. libertagao, salvagdo, livramento, restituigéo do homem a plena comunhao com o Eterno) e 0 verbo s6z6 (gr. salvar) fazem refe- réncia ao poder de Deus de liber- tar o homem da escravidao do pe- cado (FI 2.12). Ambos os termos (soteria e s0z6) sao encontrados nos eventos que falam da liberta- Go futura dos que creem e espe- ram a volta de Cristo (Rm 13.11; 1 Ts 5.8-10) e da libertagéo da na- cdo de Israel no segundo advento do Messias (Lc 1.71; 2 Ts 2.10; Ap 12.10). No Novo Testamento, 0 con- ceito de salvagdo (soteria) inclui a maioria dos rudimentos e exte- rioridades mencionadas no Antigo ———=_ Soteria (salvacao) (Rm 1.16; 10.10) = libertacdo, livramento da escravidéo e da morte — Vocdbulo frequentemente utilizado na Biblia para descrever alguém que foi salvo de algum dano. A palavra 6 usada por Paulo principalmente para denotar a libertacao do pecado e de suas consequéncias mortais (RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Central Gospel, 2010b, p. 397). — Tostamento (ajudar, libertar, livrar e salvar em situacées de grandes ameagas) acrescentando-lhe dimensées espirituais. EB os pactos pe JeovA © texto biblico faz-nos entender que o plano de reden- ao do Senhor, ao longo dos séculos, envolve salvacéo e bén- 40s para todos aqueles que o obedecem. Nas Escrituras, as aliancas aludem: (1) as exigéncias que Deus faz & humanida- de caida para que esta se reconcilie com Ele; e (2) as bancaos advindas da obediéncia aos Seus preceitos. O termo alianga reveste-se de sublime importancia, pois em nenhum outro sistema de culturas e crengas do mundo encontram-se vesligios que possam indicar o eslabelecimen- to de pactos entre uma divindade e 0 seu povo — fato que, por si s6, comprova 0 ineditismo do texto biblico. A ideia de alianca constitui-se na chave capaz.de abrir as portas que levam ao conhecimento da identidade do Eterno: Deus é 0 Ser Soberano que, invariavelmente, toma a iniciati- va de restabelecer com o homem o elo rompido do amor e a verdadeira comunhio com Fle. (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio No texto biblico, observam-se as seguintes aliangas esta- belecidas entre Deus e 0 homem: 2.1. Alianga Edénica — Da Criacao 4 Queda (Gn 1—3.24) Este pacto determinou a vida na terra (Gn 1.28,29). Ho- mem e mulher deveriam povod-la, subjugé-la, dominar a criagdo animal, zelar pelo jardim e comer frutos e ervas, abstendo-se do produto da arvore da ciéncia do bem e do mal (Gn 2.16,17). Esse periodo encerrou-se com 0 pecado do primeiro casal e sua consequente expulsio do Fden (Gn 3.23,24). Esse episddio 6, teologicamente, chamado de Que- da, embora o termo nao apareca no Antigo ou no Novo Tes- tamento. E importante destacar que, apesar de o termo hebraico para alianga (berith) ndo ser citado nesta porcéo das Escri- turas, diversos estudiosos concluem que as palavras dessa seco funcionam como um pacto que o Senhor estabeleceu com o homem. 2.2. Alianca Adai — De Addo ao Diluvio (Gn 3.24—9.13) O pacto do Criador com Adao determinou a vida do ho- mem caido, delimitando as condigées que prevalecerao até 4 época do reino eterno: © a primeira promessa de libertagao foi instaurada (Gn 3.15); @ a serpente, instrumento de Satands, foi amaldigoada (Gn 3.15); a condigéo da mulher foi alterada (Gn 3.16); @ a terra foi amaldigoada (Gn 3.17); @ © trabalho natural foi substituido por arduo labor (Gn 2.157:3.18,19); @ o sistema de morte foi instaurado (Gn 3.19; Rm 5.2,12). 2.3. Alianca Noética — De Noé a Abraao (Gn 9.13—10.32) Devido & iniquidade que se estendeu sobre toda a ter- ra, Deus fez cair sobre ela o Diltivio, exterminando, assim, homens e animais (a excecaéo de Noé e sua familia e dos animais colocados na arca). Esta alianga marcou um novo comego para a historia da humanidade, por meio de Noé e de sua descendéncia. Neste periodo destaca-se: @ aconfirmagio da relac’o do homem com a torra ¢ a ordem da Natureza (Gn 9.2-11); ©@ a promessa feita por Deus de nao usar outra vez a inunda- cao universal como forma de julgar o mundo (Gn 9.11-17); @ @ maldigo que recaiu sobre um dos nelos de Noé, Canad (filho de Cam) (1 Cr 1.8; Gn 9.25) — desde entéo, os cana- anitas tornaram-se adversdrios do povo de Deus. Fsta alianga estendeu-se do Diltvio alé a dispersio do homem sobre toda a terra (Gn 10.32). Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 2.4. Alianca Abradmica — De Abraao a Moisés (Gn 12.1- 3—Ex 3.6-10) Esta alianga marcou o inicio da histéria da redengio huma- na, a partir de um povo: Israel. F considerada pelos estudiosos das Escrituras como a dispensa- cao da promessa, pois 0 Eterno, por Sua propria vontade, decidiu fazer promessas ao homem, por intermédio de Abrado e de seus descendentes. Os editores do Novo Comentd- Nas Escrituras, 0 conceito de alianca (hb. berith) excede a ideia de um simples contrato (Gn 6.18; 15.18; Ex 2.24; 2 $m 23.5; Jr 31.31). Enquanto os contratos possuem data de expiracao e preveem clausulas particulares, a alianca pressupée um acordo permanente que abrange o ser integral das partes envolvidas. I rio Biblico do Antigo Testamento disseram que as promessas da Alianga Abradmica sao a origem ea base de todos os pactos e concertos subsequentes na Biblia. Deste modo, o Livro de Gé- nesis nao deve ser considerado apenas como 0 relato sobre 0 comeco de tudo, mas também como 0 alicerce para o restante da narrativa biblica (RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Central Gospel, 2010a, p. 4). 2.5. Alianca Mosaica — De Moisés a Davi (Ex 3; 4; 2 Sm 7.1-29) Estabelecida com Israel, por intermédio de Moisés, em trés porgées distintas, a saber: @ 0s Dez Mandamentos (Ex 20,1-26); @ 065 juizos [diregéo da vida social (Fx 21.1 WDM @ as ordenangas [direcao da vida religiosa (fx 24.12—31.18)]. Esses trés elementos formam a Lei (conf. Mt 5.17,18). E importante destacar que os mandamentos e as ordenancas, juntos, formam um tinico sistema religioso. 2.6. Alianca Davidica — De Davia Cristo (2 Sm 7.1-29—Mt 1.1) Trata-se do Ultimo pacto veterotestamentario, que am- pliou e confirmou os descendentes das promessas contidas na Alianga Abradmica (Gn 12.1-3). As questées teolégicas levantadas em 2 Samuel 7 contém especial beleza e profundidade, uma vez que abrangema vinda do Salvador, Jesus (2 Sm 7.13-16; Is 9.6,7) — especificamente Seu future reinade uo Lone de Davi (ML 1.1; Le 18.38; 20.41). Dentre as promessas contidas em 2 Samuel 7 destacam-se: @ um templo (2 Sm 7.8-16); um lugar para o povo de Israel (2 Sm 7.10; 1 Cr 17.9); vit6ria sobre os inimigos (2 Sm 7.11; 2 Cr 9.26); dinastia governante (2 Sm 7.12-14); misericérdia (2 Sm 7.15; 1 Cr 17.13); um trono estabelecido para sempre (2 Sm 7.16). (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 2.7. A Nova Alianca — O advento do Messias Apesar de a historia da salvacao comecar no Antigo Testa- mento com o povo hebreu — o chamado de Israel (Ex 19.4-6), a alianga sinaitica (Ex 20) e as mensagens entregues pelos profe- tas do Senhor ao Seu povo (Is 43.11; Mq 7.7) —, 0 Novo Testa- mento deixa transparecer a universalidade da graga salvadora de Deus em Cristo Jesus (Jo 3.16). Os concertos que Deus estabeleceu com Israel foram im- portantes porque, a partir destes, Ele firmou um relaciona- mento especial com um povo, os hebreus, por meio do qual o mundo experimentaria a béngdo e a esperanga. Contudo, uma vez que nem mesmo os que receberam a Lei foram ca- pazes de cumpri-la integralmente, Es foi necessdria uma provisdo supe- A Nova Alianca no sangue rior, capaz de acolher néo apenas de Jesus esta diretamente o povo escolhido, mas toda a hu- fundamentada na obra manidade (Jo 1.11,12). sacrificial de Cristo na cruz; Os pactos velerotestamenta- [0 Salvador] tira o pecado rios prefiguram a suprema e Nova e purifica a consciéncia por meio da fé nele (Hb 10.2,22) {RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Alianga, firmada pelo sacrificio de Cristo, conforme vaticinou Jere- mias (ir 31.31-34): Deus, por in- termédio do Seu Filho, passaria a Central Gospel, 2010b, p. 432). — escrever Sua Lei no coragao dos 10 EE = homens. CONCLUSAO Nés, que estdvamos mortos em nossos delitos e pecados (Ef 2.1), somos por Deus amados antes mesmo da fundagao do mundo. O Soberano Criador, antes mesmo de termos conscién- cia de nossa miseravel condigao, toma a sublime iniciativa de nos resgatar do império das trevas, sem que em nds houvesse mérito algum. A partir da Queda, o Altissimo ocupa-se em formar, sepa- rar e fazer aliangas com um povo para que, entéo, na pleni- tude dos tempos, Ele pudesse enviar Seu Filho amado para morrer em nosso lugar, dando-nos, assim, a chance de ser- mos levados de volta ao Seu regaco (GI 4.4). ATIVIDADE PARA FIXACAO 1. No texto biblico, que nome recebe o movimento amoroso de Deus em diregdo ao homem caido? R.: Este movimento recebe o nome de graca (Ef 2.8,9). Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 DIA nase, Alianga Edénica e Alianca Adamica Romanos 5.13-19 13- 14- 15- 16- 17- 18- 19- Porque até a lei estava o pecado no mundo, mas o pecado nao é imputa- do nao havendo lei. No entanto, a morte reinou desde Addo até Moisés, até sobre aqueles que nao pecaram a semelhanga da transgressdo de Adao, o qual é a figura daquele que havia de vir. Mas nao 6 assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um, morreram muitos, muito mais a graca de Deus e o dom pela gra- a, que é de um sé homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos. E no foi assim o dom como a ofensa, por um s6 que pecou; porque 0 juizo veio de uma so ofensa, na verdade, para condenagao, mas 0 dom gratuito veio de muitas ofensas para justificagao. Porque, se, pela ofensa de um sd, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundancia da graca e do dom da justica reinaréo em vida por um s6, Jesus Cristo. Pois assim como por uma 6 ofensa veio 0 juizo sobre todos os homens para condenacao, assim também por um sé ato de justiga veio a graca sobre todos os homens para justificagao de vida. Porque, como, pela desobediéncia de um sé homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediéncia de um, muitos serao feitos justos. (Os pactos de Deus -O hist6rico da salvaco 11 TEXTO AUREO SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIARIO Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que 24 foira - Génesis 1.26-31 Facamos o homem 34 feira - Génesis 2.4-9 Plantou 0 Senhor Deus um Jardim no Eden 48 feira - Génesis 2.10-15 Deus colocou o homem no jardim todos pecaram. 58 feira - Génesis 2.16-25 Romanos 5.12 ‘© mandamento divino 69 feira - Génesis 3.1-6 A transgressao dos preceitos divinos Sabado - Génesis 3.15; Joao 3.16 A solucao para o pecado OBJETIVOS 12 Ao término do estudo biblico, o aluno devera ser capaz de: @ saber que, em todos os momentos da histéria humana, Deus convida o ser criado a Sua imagem e semelhanca a participar da grandeza do Seu amor; @ conhecer dois modelos particulares por meio dos quais Deus revelou Sua graca aos homens; @ entender os pressupostos que envolvem os primeiros con- certos observados no texto biblico: 0 edénico e 0 adamico. ORIENTACOES PEDAGOGICAS Prezado professor, Pr. Gilmar Chaves apropriadamente pontuou: os recursos educacionais sé0 todos e quaisquer objetos utilizados pelo professor em uma aula, a fim de que seu ensino flua natu- ralmente e seu aluno realmente aprenda. Sao os meios fisi- cos dos quais 0 professor lanca mao no sentido de facilitar a aprendizagem do aluno (CHAVES, G. Central Gospel, 2012, p. 155). Deste modo, a fim de que os alunos apreendam o conteuido da licdo, faca uma tabela com duas colunas. O titulo da colu- na da esquerda sera “Caracteristicas do perfodo da inocéncia — Alianga Edénica”, e o titulo da coluna da direita seré “Ca- racteristicas do perfodo da consciéncia — Alianca Adamica”. Este quadro deverd ser preenchido no decorrer da licdo, com a ajuda dos alunos. Boa aula! Ligdes da Palavra de Deus PROFESSOR 46 COMENTARIO Palavra introdutéria A histéria da humanidade pode ser agrupada basicamente em quatro grandes tépicos, a saber: Criacao, Queda, Reden- cao e Consumagio: @ oc ato criativo de Yahweh trouxe 4 existéncia o homem e © restante da criacao (Gn 1;2); @ a Queda é 0 evento sombrio e cinzento a partir do qual o homem distanciou-se do Senhor, o autor da vida (Gn 3); @ a Redencao é 0 4pice da histéria humana — Deus, por Seu inestimavel amor, fez-se homem a fim de nos res- gatar da perdicdo eterna; @ a Consumacaéo encerra o ciclo corruptivel da Criagéo — os filhos de Deus, por fim, viverao eternamente com o Senhor. Desde a Griagéo, 0 texto biblico dé-nos ciéncia de que Deus relaciona-se com o homem por meio de aliangas, sendo Cristo, autor e consumador da nossa redengao (Hb 12.2), 0 iiltimo elo capaz de religar-nos ao Eterno. A REVELACAO DO PLANO DE SALVACAO Em diferentes tempos e lugares, o Allissimo convida o homem a participar da anunciagao do Seu amor. Em cada era, de forma distinta, Ele apresentou a humanidade Sua vontade ¢ Seus designios futuros (SI 19.1-4; Rm 1.18-32). 1.1. Deus revela-se em todas as épocas ‘A Biblia constitui-se na grande revelagao da histéria da sal- vagio. Nela, encontramos os ensinos a respeito de como Deus, progressivamente, manifestou Sua vontade aos homens. O Criador revelou-se, pela primeira vez, no Eden (Gn 1.28- 30; 2.15,16; 3.8,15) e, fora do jardim, manifestou-se a Caim e Abel (Gn 4.1-7); a Sete (Gn 4.26); a Fnoque (Gn 5.22); a Metusalém (Gn 5.27); a Noé (Gn 6.8); a Melquisedeque (Gn 14.18); aos patriarcas; a Moisés; a Josué; aos juizes; aos reis; aos profetas; aos reconstrutores da Cidade Santa; a J6; aos salmistas; aos sdbios: aos evangelislas; aos apdstolos, dentre ‘outros Lantos. Como veremos em licées subsequentes, ao chamar Abraao e fazer alianca com Ele, por exemplo, o Senhor de- monstrou desejo de relacionar-se de forma especial e pes- soal com todas as familias da terra (Gn 12); e foi justamen- te neste momento que Ele preparou e separou um povo para ser o portador de Sua mensagem de reconciliagéo e salvacao (Gn 12.1-3; 26.1-5; 27.26-29; 35; 37; Ex 1). (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 13 14 PACTOS E ALIANCAS: DEUS REVELA A SUA GRACA A Biblia relata, basicamente, dois grandes pactos e/ou aliangas entre Deus ¢ os homens: o primeiro, veterotestamen- ti apresentado por meio da expressio hebraica berith: o segundo, neotestamentario, origina-se do termo grego dia- theke. 2.1. As duas grandes aliancas biblicas O vocdbulo hebraico berith aparece cerca de 300 vezes nos originais do Antigo Testamento, e na Septuaginta foi tra- duzido pelo termo grego diatheke. As expressées remetem 4 ideia de um pacto ou alianga firmada em um documento oficial. Vejamos resumidamente as principais caracteristicas de cada uma delas: @ a Antiga Alianga — diz respeito a um conjunto de pactos estabelecidos de Adio até Davi, os quais revelaram-se insuficientes, devido 4 escolha e ao comportamento dos aliangados. © ser humano, todas as vezes em que acei- tou as condicées dos misericordiosos concertos estabe- lecidos pelo Senhor, néo conseguiu cumpri-los integral- mente; @ a Nova Alianga — foi estabelecida por intermédio do Mes- sias; ela representa o pacto final, que sela e leva a cabo a historia da salvagéo. O autor da Carta aos Hebreus sin- tetizou esse entendimento ao escrever: Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas manei- ras, aos pais, pelos profetas, a nds falou-nos, nestes ul- timos dias, pelo Filho (Hb 1.1). Essa alianga 6 baseada no amor divino: os homens sio salvos exclusivamente pela graga, por meio da fé no sacrificio de Cristo Jo 1.16,17). A graca [hb. hen] do Senhor e Seu amor infalivel [hb. chesed] nutrem a Antiga Alianga. O pacto de Deus com o povo e a nacao de Israel nunca teve por intencdo limitar- -se apenas a eles. As béncaos das aliancas abradmica, mo- saica e davidica eram destinadas, em ultima anélise, ao mundo inteiro (Gn 12.2,3) — e, de fato, o foi. Tudo 0 que foi prometido aos patriarcas e, depois, confirmado pelos profetas foi cumprido em Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abrado (Mt 1.1). Por isso, néo admira que Jesus tenha dito que eles exultaram ao ver Seu dia (Jo 8.56) (HINDSON; YATES. Central Gospel, 2014, p. 409) 2.2. A diversidade de pactos e aliancas Como vimos na lic&o anterior, a soteriologia entende que, dentro destas duas grandes aliangas (a Antiga ¢ a Nova), ha Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 sele pactos distintos que compéc) [7 a historia da salvagdo, a saber: edé- nico, adamico, noético, abradmico, mosaico, davidico © cristo — al- © vocabulo alianca origina-se do latim alligare (estar ligado a guns destes sao anteriores 8 forma- OU enlagado em). Este vocébulo So do povo de Israel; so eles: edé-_ indica que os pactuados fazem nico, adamico, noético e abraamico. um concerto com alguma Observe-se que, enquanto as _finalidade especifica, ficando aliangas adamica, noctica e crista _ ligados ou enlacados (a ele € (ou Nova Aliana) estendem-se a nele), ilimitadamente, até o toda humanidade, os pactos mo- {iltimo suspiro de vida. saico ¢ davidico séo exclusivos da nagio israelita, Bi ‘AS ALIANCAS EDENICA E ADAMICA Analisemos brevemente os pressupostos que envolvem os dois primeiros concertos observados no texto biblico: o edénico e 0 adamico. 3.1. A Alianca Edénica Como veremos em licées posteriores, o Livro de Géne- sis, em sua totalidade, mostra claramente que o Sobera- no é um Deus aliancista. Fmbora 0 termo alianga (berith) nao aparega explicitamente no periodo compreendido entre a Criagéo e a Queda (Gn 1—3.24), a ideia se apresenta nas ordenangas divinas dispensadas no Eden. Os primeiros capitulos de Génesis fazem-nos entender que as primeiras dadivas que o ser humano recebeu de Deus fo- ram: ser feito 4 Sua imagem e semelhanga; ser posto como cabeca no Eden e ser chamado para administrar a Criagéo. Como disse Matthew Henry, esse era um chamado que dava ao homem a oportunidade de admirar o Criador. Enquanto suas maos estavam nas drvores, seu coracao poderia estar com Deus (Biblia de Estudo Matthew Henry. Central Gos- pel, 2014, p. 8). Este evento é denominado, na teologia, de periodo da inocéncia humana (Gn 1.26-30; 2.16-17). 3.1.1. Caracteristicas da Alianca Edénica ®@ o primeiro casal foi dotado de livre-arbitrio, inteligéncia agucada e capacidade para administrar, tendo contato pleno e ilimitado com o Criador todos os dias, desfrutando de intima comunhao com Ele (Gn 3.8); @ neste pacto encontram-se as orientagédes de Deus relacionadas a arvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.17) e as responsabilidades do homem em relagéo (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 15 a Criagio — Addo e Eva (em seu estado ori inocéncia) tinham o dever de procriar, dominar a terra e obedecer as orientagdes do Criador, a fim de nao perecer; © como as leis divinas ainda nao haviam sido transgredidas, o homem estava livre da condenagao do pecado; em ou- tras palavras significa dizer que, antes da Queda, ele nado conhecia a morte, nem doencas, nem dor ou sofrimento, nao havendo, assim, necessidade de salvagao, repousando sobre ele a gléria de Deus (Rm 3.23). 3.2. A Alianca Adamica Este pacto foi instituido no momento em que os seres hu- manos (representados pelo primeiro casal) romperam com a alianga estabelecida por Deus no Fden (Gn 3). Addo e Eva, seduzidos pela Leutayéo da sexpente, identificada ern Apoca- lipse 12.9 como 0 proprio Satanas, quebraram o principio fun- damental do concerto edénico: eles optaram por desobedecer 4 voz divina e provaram do fruto da = » arvore do conhecimento do bem e i do mal (Gn 2.15-17; 3.6). A partir Na ia TAICORD UeBECEOD Gauges momento, a comunhéo com particular; todo pecado 9 Fterno foi rompida, e 0 homem afeta outro individuo. O passou a sofrer as consequén de Eva envolveu Adéo de sua escolha. Este evento 6 deno- e, consequentemente,o — minado, na teologia, de periodo da de Addo afetou todos os consciéncia humana. seus descendentes. Toda a humanidade pecou em Adao, ele o transmitiu a toda a raca humana (Rm 5.12) a 5 do rompii As consequéncias do rompimen- (RADMACHER; ALLEN; HOUSE. 19 do segundo pacto, assim como as Central Gospel, 2010a, p. 17). consequéncias do primeiro, esten- a TItIE"eEE dem-se a todos os descendentes de Addo e nos inclui hoje. Sao elas: desorganizagao da ordem natural do planeta (Gn 3.16-18); separagao entre Criador e criatura e perda da comunhao com Deus (Gn 3.22-24); @ degradagao do homem — perversdo de sua natureza mo- ral, vulnerabilidade as enfermidades e escravidéo ao peca- do (Gn 6.5; $114.3; Jo 8.34,44); @ instauragio do estado de morte espiritual (Rm 5.12; Ff 2.1) e eterna (Mt 25.46; Jo 5.24). 3.2.1. Maldicées proferidas sobre a humanidade e a terra a partir do pecado original 3.2.2. O tempo da consciéncia Grande parte dos tedlogos acredita que se o primeiro casal ndo tivesse pecado, os homens permaneceriam na inocéncia, seriam perfeitos e néo morreriam; para esses es- 16 Ligées dla Palavra de Deus PROFESSOR 46 tudiosos, tanto a perda da perfeicao quanto a morte estao diretamente relacionadas a desobediéncia as ordenancas divinas (Gn 3.17-24), isto é, 8 quebra da Alianca Edénica. Com 0 rompimento do primitivo pacto, o homem passou a ter consciéncia de que ndo abriga em si as condigées de ser salvo da morte eterna [do afastamen- to absoluto e categérico da presenga de Deus (Rm 5.12; 3.23; 6.23)]; assim, desde a Queda, ele precisa buscar um © homem nao pode, por si relacionamento pessoal, intimo, inte- $6 Salvar-se da condenacao gral ¢ de amor com o seu Criador (Gn_ eterna, mas Deus, o doador 4.3-7; ; Dt 31.16-18, 21, 29; Jo 1.12). da vida (Jo 3.16; 6.48; At 3.15), por Sua infinita 3.2.3. A promessa de um Salvador _misericérdia, chama-nos Ainda no Eden, Em Génesis 3.15, 0 das trevas para a Sua Altissimo renovou Sua alianga com 0 maravilhosa juz (1 Pe 2.9b). ser criado 4 Sua imagem e semelhan- aos intial ca, prometendo enviar Aquele que destruiria Satands, tal como um homem que esmaga a cabeca de uma serpente com os seus pés. Esse versiculo é conheci- do, na comunidade teolégica, como protoevangelho, porque Deus prometeu enviar, mesmo de forma indireta e simbélica, 0 Salvador. CONCLUSAO © Criador fez o homem bom, mas este se rebelou contra Ele, e a rebeldia do primeiro casal trouxe graves c cias ao planeta ¢ a todos os descendentes de Adi a serpente foram amaldigoadas; o prazeroso trabalho tornou- -se um fardo; as dores do parto foram aumentas; e, por fim, 0 casal foi expulso do Eden (Gn 3.14-24) — a detericracéo da Terra observada em nossos dias é, também, consequéncia do z os ciéncia de que, apesar disto, Deus no decorrer da Histéria, sempre tomou a iniciativa de ins- tituir memoriais, a fim de tornar possivel o relacionamento entre Fle e os homens. A tais instituigdes chamamos aliancas. Nos que estamos envolvidos no pacto adamico precisamos conscientizar-nos a todo instante de que o Salvador prometi- do no Eden ja veio, e Ele 6 0 Gnico capaz de nos religar defini- tivamente Aquele que, por amor, nos chamou a vida. ATIVIDADE PARA FIXACAO 1. De que outro modo sao conhecidas, na teologia, as alian- as edénica e adaémica? R.:Periodo da inocéncia humana e periodo da consciéncia humana, respectivamente. (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 17 DIA Mes «o Alianca Noética TEXTO BiBLICO BASICO Génesis 6.8,13,14 8- 13 14 Noé, porém, achou graga aos olhos do Senhor. - Entao, disse Deus a Noé: O fim de toda carne é vindo perante a minha face; porque a terra esta cheia de violéncia; e eis que os desfarei com a terra - Faze para ti uma arca da madeira de gofer; farés compartimentos na arca e a betumaras por dentro e por fora com betume. Génesis 9.11-17 1- Eeuconvosco estabeleco 0 meu concerto, que nao seré mais destruida 12 pi 14 15 16 17 18 toda carne pelas aguas do dilivio e que nao haverd mais dilivio para destruir a terra. - E disse Deus: Este 6 0 sinal do concerto que ponho entre mim e vos e entre toda alma vivente, que esta convosco, por geracées eternas. - Omeu arco tenho posto na nuvem; este sera por sinal do concerto entre mim e a terra. - Eaconteceré que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, aparecerd 0 arco nas nuvens. - Entao, me lembrarei do meu concerto, que esté entre mim e vés e ainda toda alma vivente de toda carne; e as aguas nao se tormaréo mais em dilivio, para destruir toda carne. - Eestara o arco nas nuvens, e eu o verei, para me lembrar do concerto eterno entre Deus e toda alma vivente de toda carne, que esta sobre a terra. - E disse Deus a Noé: Este é 0 sinal do concerto que tenho estabelecido entre mim e toda a care que esta sobre a terra. Ligdes da Palavra de Deus PROFESSOR 46 TEXTO AUREO E disse o Senhor: Destruirei, de sobre a face da terra, o homem que criei, desde o homem até ao animal, até ao réptil e até a ave dos céus; SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIARIO 28 feira - Génesis 5.4-31 A ascendéncia noética 3® feira - Génesis 6.1-5 A multiplicagao da maldade 42 feira - Génesis 7.6-24 © Diltivio @ me arrependo de Oe Teyana 7 58 feira - Génesis 8.21—9.12 7 Elementos presentes no concerto noético Génesis 6.7 62 feira - Génesis 9.18-27 A descendéncla naética Sdbado - Mateus 24.36-39 Jesus fez referéncia a Noé OBJETIVOS Ao término do estudo biblico, o aluno devera ser capaz de: @ entender o objetivo e o propésito da Alianca Noética; @ conhecer a biografia resumida da triade patriarcal que an- tecedeu Noé; @ compreender de que forma a descendéncia noética esta atrelada a Nova Alianca. ORIENTACOES PEDAGOGICAS Prezado professor, Os capitulos iniciais do Livro de Génesis descreve onze geracées diferentes. Acredita-se que essa tabela geracional, além de remontar algumas histérias de familias primitivas, também mostra como a misericérdia do Senhor renova-se so- bre a humanidade, por meio da alianca que Ele fez com alguns patriarcas. Nesta lic&o, abordaremos fatos relacionados a vida de Noé. Veremos, por exemplo, como este homem permaneceu justo em uma época de crescente maldade e corrupcéo humanas; a construgao da arca; o Dillivio; a salvacdo de oito pessoas (Noé e sua familia) e 0 concerto que Deus estabeleceu com ele. Além disso, analisaremos a repercussdo desses eventos no Novo Testamento — o que Jesus e os autores neotestamen- tdrios falaram sobre eles. Boa aula! (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio Ip: atribuida pelo autor da Carta COMENTARIO Palavra introdutéria Noé, um dos personagens mais conhecidos da histéria crista e secular, aparece pela primeira vez no quinto capitulo do Livro de Génesis (Gn 5.29). O filho de Lameque, da linha- gem de Sete (filho de Adao) parece ter vindo ao mundo com a misséo de recomecar a histéria humana, visto que a maldade em seu tempo crescera em grande escala (Gn 6.5), 6 as con- sequéncias do pecado pesavam sobre a humanidade DE ENOQUE A NOE: REMINISCENCIAS DA DIVINA MISERICORDIA A expressaéo andar com Deus foi utilizada no texto bi- blico para fazer referéncia a Enoque (Gn 5.24), 0 homem que nao conheceu a morte, ea Nog, o homem que nao foi tragado DP guas do Diltivio (Gn 6.9) Em relag’o a Enoque, Harold L. . Willmington apropriadamente ob- servou: Por que Enoque caminhou Como Enoque demonstrou com Deus? Porque Deus provavel- ‘a grande fé que Ihe foi__— mente Ihe disse que, apés a morte a a de Metusalém, 0 mundo seria des- truido por um dilitvio terrivel. Pro- aos Hebreus (Hb 11.5)? — vavelmente, esse 6 0 motivo de Bem, ele era um pregador —Metusalém ter vivido mais do que que falava fervorosamente qualquer outro homem na histo- ‘acerca da segunda vinda fia do mundo (969 anos), porque de Cristo séculos antes de a primeira ter ocorrido (Jd humanidade pecadora tanto tem- Deus néo desejava que ninguém perecesse e, desse modo, dava 4 14,15) (WILLMINGTON. Central po para o possivel arrependimento Gospel, 2015a, p. 16). (veja. 1 Tm 2.4; 2 Pe 3.9) (WILL- MINGTON. Central Gospel, 2015a, ea pp. 16). 20 1.1. Enoque, Metusalém e Lameque: a primitiva triade patriarcal Enoque, cujo nome significa ensinador, era filho de Jarede. Sen nome é citado nove vezes no texto hiblica: a primeira em Génesis 5.18, © a tltima em Judas (v. 14). Ele néo conheceu a morte, pois, aos 365 anos, Deus o tomou para si (Gn 5,23,24). Metusalém, cujo nome em hebraico significa quando ele estiver morto, serd enviado, era filho de Enoque. Seu nome é mencionado cinco vezes nas Escrituras: a primeira em Gé- nesis 5.21, e a tltima em Génesis 5.27. Metusalém morreu aos 969 anos e ficou conhecido como a pessoa mais velha ja registrada. Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 Lameque, cujo nome significa vendedor, era filho de Me- tusalém (Gn 5.25) e pai de Noé (Gn 5.28,29). Ele morreu aos 777 anos (Gn 5.31). 1.2. Noé, o consolador Apesar de a etimologia ser incerta, 0 nome Noé tem ori- gem no termo hebraico (Noah), que remete a ideia de conso- lo, alivio ou descanso (Gn 5.29). Ha divergéncias quanto ao “por que” de este filho de Lameque ter recebido tal nome. Comentaristas de diversas escolas teolégicas defendem as seguintes teorias: @ Noé teria recebido esse nome porque faria os homens des- cansarem do labor da terra, amaldigoada pelo pecado (Gn 3.17-19); @ © significado do nome seria uma indicagdo de que Noé es- tava destinado a ser um lavrador; assim, ele poderia auxi- liar 0 seu pai no labor diario; @ 0 patriarca teria nascido com um dom especial para inven- tar ferramentas agricolas, que pudessem aliviar 0 trabalho pesado; © por intermédio de Noé surgiria uma nova humanidade, inais justa e piedosa — esta é a hipdtese mais provavel. B A ALIANCA NOETICA Depois da Queda, ou seja, depois da desobediéncia do primeiro casal (Addo e Eva), todos os homens tornaram-se pecadores (Rm 3.23; 6.23). Nos tempos de Noé, todavia, a iniquidade agravou-se de tal modo, as agées e pensamentos humanos impregnaram-se de tamanha maldade e corrupgio (Gn 6.3,7-12) que, conforme nos da ciéncia o texto biblico, o Senhor arrependeu-se de haver feito o homem (Gn 6.6,7). E importante destacar que a linguagem neste versiculo é a que os tedlogos chamam de antropopatica [antropo = homem; phatos = sofrimento, paixdol, pois Deus é descri- to com sentimentos humanos (como em Gn 1.31). [Pelo uso dos verbos hebraicos traduzidos como “arrependeu- -se” (nacham = sofrer pesar, lamentar-se) e “pesou-lhe” (atsab = estar magoado)] é assinalado o sofrimento do Senhor, que havia desejado o bem da humanidade, mas foi esmagadoramente decepcionado. [Contudo, Deus néo se arrepende como um ser humano o faz, veja Nm 23.19] (RA- DMACHER; ALLEN; HOUSE. Central Gospel, 2010a, p. 26). 2.1. Noé, 0 justo Em contraposigio & sociedade de sua época, Noé achou graca aos olhos do Senhor (Gn 6.8) — embora niio fosse ple- (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 21 namente justo como o Filho de Deus (2 Co 5.21), ele mostrou- -se integro e honrado, ¢ essas caracteristicas atrairam o favor divino sobre sua casa. Em Génesis 6.8, encontramos a primeira ocorréncia do termo graca (hb. chen) nas Escrituras, estando frequen- temente associado ao conceito de redencdo (Jr 31.2; Zc 12.10). A palavra graca (hb. chen) provém de um radical Ichanan], que significa desviar ou parar. O vocdbulo sugere a ideia de um ser superior desviando a ira, mostrando favor ‘ou sendo benevolente em relacéo —_——. a um ente inferior. O Criador escolheu este filho de Em Noé foi depositadaa © Lameque para ser o representan- expectativa de toda historia '@ de um novo tempo na Historia humana e estabeleceu com ele um humana subsequente. Afinal, pacto: Noé serviria de modelo para a esperanca de recomeco as geragées que, a partir de seus nao foi apenas para um descendentes, viessem a habitar a homem que nao participou da Terra. Os seres humanos e os ani- mais seriam destruidos, mas Deus maldade de seus dias,mas = pouparia alguns deles [os quais para toda ahumanidade. — ariam origem_a uma nova linha- 22 gem] (RADMACHER; ALLEN; HOU- Mu SE. Central Gospel, 2010a, p. 27). 2.2. Arca: simbolo de preservacao da vida O Criador deu instrugées precisas a Noé sobre como cons- truir uma arca, a fim de preservar a vida dele e a de sua fami- lia, pois Seu juizo sobre a terra destruiria os animais e toda raga humana. Vale destacar que o termo hebraico utilizado para descrever a embarcacéo que Noé construiu (tebba = arca, caixa, cesto) 6 0 mesmo empregado na descrigao do cesto que abrigau Maisés nas Aguas do rio Nilo (Ex 2.3,5) As dimensées da arca estéo representadas em cévados no texto biblico, unidade de medida utilizada na época do patriar- ca (Gn 6.15 - ARC). O cévado era calculado pelo tamanho do antebraco: da ponta do cotovelo até a extremidade da mao aberta (aproximadamente 45cm, com algumas variagées). Des- te modo, a embarcagao teria as seguintes proporgées (NVI): 135m (comprimento) X 22,5m (largura) X 13,5m (altura). texto biblico informa que Noé deveria cobrir tanto a par- te externa quanto a parte interna da arca com betume (hb. kapar) (Gn 6.14). Harold L. Wilmington, a respeito dessa ins- trugao divina, tragou o seguinte paralelo: Em quase todos os outros trechos do Antigo Testamento, kapar é traduzido por expiagao (veja Ex 30.10), e expiar significa cobrir com san- gue. O renomado comentarista finaliza seu raciocinio dizen- do: Assim como 0 oleoso betume protegeu a arca da punigdo do Dilivio, o sangue de Cristo protege 0s cristdos da punicéo do pecado (WILTMINGTON. Central Gospel, 2015a, p. 17). Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 2.3. Diluvio: simbolo do juizo divino A destruicéo do mundo por meio de uma grande en- chente (0 Dildvio) 6 contada em muitas culturas de formas diferentes. Varias dessas histdrias, aparentemente, tém sua origem na passagem bibli- ca. Entretanto, no antigo Orien- te hd muitos textos antigos que aludem a uma poderosa inunda- ¢40; estas nada mais sao do que varias versdes de um mesmo acontecimento _(RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Central Gospel, 2010a, p. 27). Noé fez tudo conforme o Se- nhor lhe ordena onstruin a arca seguindo as medidas que re- cebera, separou alimento para o sustento de todos e, depois, trans- portou os animais para o interior da embarcagéo (Gn 6.19—7.3) — —= @ |;~§ AAlianca Noética é uma promessa solene feita pelo Criador soberano, que entende as fragilidades do homem e trata-o com paciéncia, amor e compaixao (...). A benevoléncia de Deus para conosco, em tiltima analise, é a esperanca para a salvacéo da humanidade (Adaptado de VARUGHESE. Central Gospel, 2012, p. 76) vale ressaltar que, do inicio do Di- luvio até a saida da arca, mais um ano se passou (Gn 7.11; 8.14). Por fim, as instrucées divinas garantiram o cumprimento da alianca firmada com o patriarca e a consequente salvagao de sua familia. 2.4. Elementos presentes no concerto noético © confirmagio de partes do pacto adamico — multiplicacao do ser humano sobre a terra e sujeicdo de todos os animais (Gn 8.21—9.1,7, comparar com Gn 1.28); @ alimentagao mais ampla — permitida a ingestdo de carne animal, com excecao de seu sangue (Gn 1.29; Gn 9.3,4); @ estabelecimento do governo humano, com aplicacao da pena capital a quem tirasse a vida de seu semelhante (Gn 9.5,6); ®@ promessa de a terra néo ser destruida por meio de um Dilavio outra vez (Gn 9.11); preservagdo e providéncia divinas para toda a terra (Gn 9.9-12), 2.5. Os descendentes de Noé Em Génesis 9.18-27 encontramos a triplice profecia que Noé langou sobre Canaa [filho de Cam, conf. Gn 9.18] (v. 25), Sem (v. 26) e Jafé (v. 27); e a Historia da testemunho do cum- peitaeriss deste vaticinio: @ Josué, Davi, Salomio, Alexandre, o Grande, e os romanos ‘subjugaram os descendentes de Canaa; (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio EEE oR 24 @ desde 539 a.C., com a derrota dos babilénios pelas méos de Ciro, o Grande, nenhuma tribo semita ou camita conse- guiu quebrar a supremacia jafetita; @ Abrio era descendente de Sem (Gn 11.10-30); significa di- zer que a béngao proferida por Noé come¢ou com o pai da fé (Abraao) e terminou na manjedoura belemita com Jesus, o Salvador. A HISTORIA DE NOE NO ANTIGO E NO NOVO TESTAMENTO A historia de Noé é uma das mais conhecidas, dentro e fora da teologia cristé. Dentre outras possibilidades, ela representa seguranca, salvacao, destruicdo, provisdo e re- comego. Os profetas veterotestamentarios citaram Noé como pa- drao de j a e exemplo da benevoléncia do Senhor (Is 54.4- 9; Ez 14.14,20). No Novo Testamento, Jesus (Mt 24.38,39), Pedro (1 Pe 3.20,21; 2 Pe 2.5-9) e o autor da Carta aos He- breus (Hb 11.7) fizeram mencao a este evento histérico, tanto para exortar quanto para transmitir uma mensagem de fé. Se na Antiga Alianga a arca de Noé 6 um simbolo da sal- vagao oferecida por Deus, na Nova Aliana, Cristo é 0 tinico capaz de livrar o homem da perdicao eterna (Jo 3.16,17). CONCLUSAO Na era patriarcal, o Criador deu instrugées precisas a um justo a fim de que sua casa pudesse ser salva da destruigéio diluviana (Gn 6.13-22); na Era da Graga, o Pai amoroso en- viou Seu Filho para abrir um novo e vivo caminho (Hb 10.20) e nos abrigar da morte eterna (Jo 5.24) em uma morada infi- nitamente superior (Jo 14.1-3). © pacto que Deus estabeleceu com Noé assegurou a pre- servagao da vida humana na Lerra, sim, porém, a nova alianga no sangue de Cristo garante ao homem a salvagao (Ef 2.5) e a vida eterna (Jo 17.3). ATIVIDADE PARA FIXACAO 1. De acordo com a lig&o de hoje, por que Noé teria recebido este nome? R.: Apesar de haver divergéncias entre os comentaristas sobre 0 “por que” Noé teria recebido este nome, a hi- pétese mais provavel é que, por intermédio dele, uma nova humanidade, mais justa e piedosa, surgiria Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 oa es 0 Alianca Abraamica Génesis 12.1-5,7,8 1- Ora, o Senhor disse a Abrao: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. 2- E farte-ei uma grande nagao, e abencoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serds uma béncao. 3- E abengoarei os que te abencoarem e amaldicoarei os que te amaldicoa- rem; e em ti serao benditas todas as familias da terra. 4- Assim, partiu Abréo, como o Senhor Ihe tinha dito [...]. 5- Etomou Abrao a Sarai, sua mulher, e a L6, filho de seu irméo, e toda a sua fazenda, que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Hara; e sairam para irem a terra de Canad: e vieram a terra de Canaa. 7- Eapareceu o Senhor a Abrao e disse: A tua semente darei esta terra. E edificou ali um altar ao Senhor, que lhe aparecera. 8- E moveu-se dali para a montanha a banda do oriente de Betel e armou a sua tenda [...]; e edificou ali um altar ao Senhor e invocou o nome do Se- nhor, Galatas 3.13,14 13- Cristo nos resgatou da maldigao da lei, fazendo-se maldicao por nés, porque est escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; 14- para que a béncao de Abrado chegasse aos gentios por Jesus Cristo e para que, pela fé, nds recebamos a promessa do Espirito. (Os pactos de Deus -O hist6rico da salvaco 25 TEXTO AUREO SUBSIDIOS PARA Portanto, é pela 6 O ESTUDO DIARIO para que seja segundo 29 feira - Génesis 15.17-21 a graca, a fim de que a Aconfirmacéo da alianca promessa soja firme a 3° feira - Génesis 16.1-15 toda a posteridade, nao somente a que é da lei, mas também a que é da O pai das nacées arabes 49 felra - Génesis 17.1-7 Deus muda 0 nome de Abréo 59 felra - Galatas 3.15.18 £6 de Abraao, 0 qual é pai A heranca provém da promessa de todos nds. 6° feira - Gdlatas 3.1-8 Romanos 4.16 Os que s&o da fé sao filhos de Abrao Sdbado - Galatas 3.9-14 ‘A béncdo de Abrago chegou aos gentios OBJETIVOS 26 Ao término do estudo biblico, o aluno devera ser capaz de: @ compreender 0 objetivo e o propésito da Alianca Abraami- ca: discorrer sobre a descendéncia de Abraao; conhecer os aspectos teolégicos destacados pelo apéstolo Paulo no concerto abraamico. ORIENTACOES PEDAGOGICAS Prezado professor, Para fins didatico-teolégicos, alguns estudiosos costumam dividir 0 Livro de Génesis em duas partes distintas: antes de Abrado (caps. 1—11) e depois de Abrado (caps. 12—50). O pai da fé é citado pela primeira vez no texto biblico ao final da genealogia registrada no décimo primeiro capitulo deste volume (Gn 11.26). O pacto que o Senhor estabeleceu com o patriarca hebreu estendia-se a toda sua semente (Gn 17.7); hoje, todos os que creem no Filho de Deus descendem dele, mediante a fé Jesus utilizou em Seus discursos 0 método interrogativo por diversas vezes. Esse recurso didatico permite que o aluno recapitule os conhecimentos adquiridos, reflita sobre os su- cessos e os fracassos dos personagens biblicos e associe os assuntos abordados a sua realidade. Deste modo, sugerimos que, no decorrer da licéo, sejam inseridas perguntas relacio- nadas, por exemplo, ao desenrolar da Alianca Abraamica no Antigo e no Novo Testamento Boa aula! Ligdes da Palavra de Deus PROFESSOR 46 COMENTARIO Palavra introdutoria Abréo (hb. pai das alturas ou pai elevado) nasceu em Ur dos caldeus (Gn 11.31) e desconde de Sem, um dos filhos do patriarca Noé (Gn 10.21—11.32). Em determinado momento da historia, Deus modificou seu nome para Abraao (Gn 17.5), cuja origem hebraica (Avraham ou Abraham) significa pai de uma multidéo — designacao que remete A sua numerosa pos- teridade (Gn 17.1-5). Nesta ligdo, analisaremos as bases que sustentam a Alian- ga Abradmica, que perpassa todo Antigo Testamento e culmi- na em Cristo. A ALIANCA ABRAAMICA Génesis 11.27-31 descreve a histéria de uma familia que saiu de Ur dos caldeus para dirigir-se a Canada. A nar- rativa biblica diz que Tera, pai de Abréo, morreu em Hara — ou Pada-Ara (Siria) — antes de eles chegarem a Terra Prometida (Gn 11.32). Q chamado de Abrao acontece logo em seguida (Gn 12). Abrao saiu de Hara (ou Pada-Ara) aos setenta e cinco anos de idade levando consigo Sara, sua esposa, e L6, seu sobrinho (Gn 12.4,5). Eles peregrinaram cerca de 650km até a Ter- ra prometida. Durante a caminhada, pararam em Siquém e Betel, locais em que o pai da 6 edificou allares a Deus (Gn 12.6-9). Posteriormente, depois de uma série de eventos que envolveram seu sobrinho Lé (Gn 13; 14), 0 Senhor acalmou o coragao do patriarca prometendo-lhe um herdeiro (Gn 15.1- 7), Em seguida, confirmou o pacto com ele (Gn 15.9-21). 1.1. As promessas de Deus a Abraao —_ © concerto que Deus fez com Quando Deus tirou Abrao ‘| de seu povo, Ele prometeu revela a intengio do Criador de tornd-lo lider de outro. O Senhor cortou-o como 0 ramo de uma oliveira selvagem, a fim de transformd-lo na raiz de uma boa oliveira (Biblia de Estudo Matthew Henry. Central Gospel, 2014, p. 28) Abrio é especialmente belo, pois abengoar todas as familias da terra. Nesta alianga, Ele fez algu- mas promessas ao patriarca (Gn 12.2,3). Vejamos: ©@ far-te-ei_ uma grande nagiio — Abraio 6 0 pai das nagées arabes ¢ israelita e pai de uma nagao espiritual; i i (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 27 © abencoar-te-ei e engrandecerei o teu nome — o nome do patriarca é reverenciado pelas trés principais religides mo- notefstas do mundo (0 judaismo, o islamismo e 0 cristianit mo). Os judeus sdo chamados de a semente de Abraéo, os muculmanos honram-no como um de seus profetas, e os crist&os respeitam-no como o pai da fé; @ tu serds uma béngdo — os lugares em que Abraao habitou @ os que ole visitou receberam o sinal da béngao divina. Até os homens impios de seu tempo deram testemunho deste fato; @ abencoarei os que te abencoarem e amaldicoarei os que te amaldicoarem e em ti serdo benditas todas as familias da terra — essa promessa coroou as demais, uma vez. que aponta para o Messias, em quem todas as promessas fo- ram confirmadas (Lc 19.9). 1.2. Aresposta divina ao pedido de Abrado Abrao, talvez inseguro, nao descrente, pediu a Deus um sinal que pudesse confirmar Sua promessa (Gn 15.8). Jeova, entio, a fim de ratificar Seu concerto, orientou que o patriarca fizesse um ritual segundo os costumes da Anti- guidade (Gn 15.7-17). Obedecendo as instrucées do Senhor, Abréo tomou uma bezerra, uma cabra e um cameiro (todos com trés anos de vida), dividiu-os em duas partes e colocou cada metade em frente & outra — as aves que Deus pedira, no entanto, ele no as partiu (Gn 15.10). O patriarca hebreu queria ver o grande sinal do Senhor, ent&o, preocupado em nao deixar que seu sacrificio servisse de alimento as aves de rapina, permaneceu no local enxotando-as (Gn 15.11). O sinal de confirmagao da alianga divina deu-se da seguin- te forma: no crepisculo do dia, o pai dos hebreus adorme- ceu profundamente, e grande escuridao caiu sobre ele (Gn 15.12). O texto biblico diz que, depois disto, 0 Senhor pas- sou como um forno de fumaga e uma tocha de fogo entre as metades dos animais partidos (Gn 15.17). Os editores do Novo Comentario Biblico do Antigo Testamento observaram que em antigos acordos solenes, ambos os aliancados deve- riam passar pelo corredor entre os pedacos ensanguentados dos animais sacrificados. Esta simbologia deixava evidente uma ideia para eles: “ficarei assim caso eu néo cumpra a minha parte no acordo”. Entretanto, Abréo néo andou so- bre este caminho de sangue. Apenas Deus percorreu tal via, representado pela fumaca e pelo fogo. Isso significava que @ promessa de Deus a Abrao, a Alianca Abraamica, foi feita especificamente pelo Senhor e que seu cumprimento era certissimo, pois dependia [unicamente] dele (Gn 22,15-18) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Central Gospel, 2010a, p. 45). Ligdes da Palavra de Deus PROFESSOR 46 1.3. A confirmacao da alianca ao longo do Antigo Testamento Por diversas vezes e em diferentes ocasides, 0 Soberano renovou Sua alianga com a semente do patriarca (Gn 12.1-4; 13.14-17; 15.11-17; 26.3), reafirmando-a ao longo do Antigo Testamento, como se observa nas passagens a seguir: @ Deus lembrou-se do concerto que fizera com Abrado, quan- do ouviu o clamor do povo que estava cativo no egipcio (Ex 2.24); @ nodia em que o rei sirio, Hazael, oprimiu Israel, o Senhor teve misericérdia do povo por amor a Sua alianca (2 Rs 13:23); @ Davi citou o pacto em um cantico de acées de gracas (1 Cr 16.15-17); @ © salmista louvou ao Senhor porque Ele guardou a pro- messa (SI 105.8-10); ® © profeta Isaias afirmou que Deus elegeu a descendén- cia de Abrado (Is 41.8,9). [Ea muttipticacdo Da SEMENTE ABRAAMICA Assim como os demais pactos biblicos, 0 abraamico 6 resultado do perene e incontest4vel amor de Deus para com o homem caido. autor da Carta aos Hebreus fez uma das mais belas declaracées a respeito deste concerto. Disse ele: Porque, quando Deus fez a promessa a Abrado, como nao tinha ou- tro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente, abencoando, te abencoarei e, multiplicando, te multiplicarei (Hb 6.13,14). Algumas metéforas foram utilizadas para descrever a grandiosidade da descendéncia de Abrado. O autor sagrado disse que ela seria tao numerosa quanto o pé da terra (Gn 13.16); as estrelas do céu (Gn 15.5) e a areia da praia (Gn 22.17). E grande foi sua descendéncia, vejamos. 2.1. O pai das nacées arabes Deus prometera a Abrado que daria a ele um herdeiro com sua osposa (Gn 15.4), apesar da avancada idade de ambos; no entanto, 0s anos se passavam e Sara nao engravidava. Entao, ela sugeriu que seu marido tomasse sua serva egipcia, Hagar, por mulher, para que ela Ihe gerasse um descendente (Gn 16.1,2). Ele concordou e, pouco tempo depois, a escrava deu a luz Ismael (Gn 16.1-4a,15). Ismael gerou 12 principes, que formaram as nacies éra- bes (Gn 21.17,18; 25.13-16) — ha de se destacar neste fato que até hoje, arabes (descendentes de Ismael) e judeus (descendentes de Isaque) tam um relacionamento marcado por tensdes e conflitos (S| 83.1-7). (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio a9: ———= O Filho de Deus engrandeceu sobremaneira 0 pacto abraamico, tornando-o uma realidade espiritual em dimensées universais (GI 3.14). Deste modo, é possivel afirmar que existe, sim, uma perspectiva maior e mais profunda que a Igreja carrega, de geracao em geracao, por intermédio do grande patriarca hebreu (Gn 17.7). a 2.2. O pai da nacao israelita Deus manteve a promessa que fizera ao patriarca: anos mais tar- de, Sara gerou Isaque; Isaque ge- rou Jacd; e este teve 12 filhos. Das doze tribes, Deus suscitou uma na- cao: Israel. As Escrituras permitem-nos afirmar que o pacto abradmico é a base para a existéncia e pre: vacéo da nacio israelita. Mesmo diante de dispersdes, catastrofes e massacres — [cativeiro assi- rio (Reino do Norte — 722 a.c. [cativeiro babilénico (Reino do Sui — 586 a.C.)]; [destruicéo de Jeru- salém (70 d.C.)]; [holocausto (inicio do século 20)] —, 0 povo escolhido atravessou os séculos. Hoje, milénios apés o esta- belecimento do pacto abradmico, ele permanece vivo. 2.3. O pai de uma nacao espiritual Os descendentes de Abrado nao se limitam as na’ be e israelita; o pai de Isaque e Ismael lornou-se também o pai de uma grande nagdo espiritual (Gl 3.7). O Novo Testamento revela que o Messias prometido d cende — humanamente falando — de Isaque, filho de Abrado (Le 3.34). Deste modo, cumpriu-se Nele, de modo pleno, a promessa feita ao patriarca hebreu, e esta promessa alcanga todos os que O recebem pela fé. [Eserado E A Nova ALIANCA O dpic da Alianga Abradmica deu-se no Novo ‘Testa- mento com a vinda do Filho de Deus, 0 descendente humano de Abraao (GI 3.16). Vejamos a seguir alguns a pelo apdstolo Paulo neste primi pectos teolégicos destacados ivo concerto. 3.1. Agraca e a salvacao O pacto que Deus estabeleceu com Abraao nao se baseia na Lei, tampouco em méritos humanos, mas exclusivamente na graga, para que todos os homens recebam a heranga di- realidade evidencia-se nas _palavras de Paulo aos gélatas. O apéstolo disse que se aquilo que Deus da depende da Lei, entdo 0 que Ele dé ja no esta vinculado a Sua promes- sa; e, completando a defesa de sua premissa, ele afirmou que 30 Ligées dla Palavra de Deus PROFESSOR 46 o Senhor deu a Abraio a heranc, —— gratuitamente, devido 4 promessa —_ Nes tempos de Paulo, muitos que fizera a ele (G1 3.18). pensavam que a heranca ‘A graga divina —, apresentada igianclonaiia en Gilates 3.18) na promessa feila a Abraéo — es- |. eS tonde-se a todos os homens, indis- Si9nificava a posse do territério lintamento: aqueles quo recebem _ Palestino; mas o apéstolo a Cristo, por meio da fé, tornam-se 20S gentios revelou que esta herdeiros segundo a promessa (G1 _heranca dizia respeito a algo 3.26-29). infinitamente superior 4 conquista de bens terrenos, ela 3.2. A circuncisdo do coracao incluia a salvacdo eterna. Os mestres judaizantes aprego- — avam que a circuncisio — institui- da por Deus, em Abrado (Gn 17.9-14), — era indispensdvel & salvagiio (At 15.1). Paulo, por diversas vezes, opds-se veementemente a esse ensino equivocado. Ao escrever aos galatas, por exemplo, 0 apéstolo disse que de nada vale ser circuncidado ou nao, 0 que importa 6 ser uma nova criatura (GI 6.12-15). Ainda so- bre este tema, quando escreveu aos romanos, ele disse que a verdadeira circuncisao 6 operada no coracao, por intermédio do Espirito, nao pela Lei escrita (Rim 2.25-29). CONCLUSAO Embora a nacao israelita tenha vivenciado terriveis intem- péries ao longo de sua existéncia, ela 6, em si, 0 resullado da fidelidade e da provisio divinas em relagéo ao concerto firmado com o patriarca hebreu. As béngaos que Abraao recebeu transpassam os limites da existéncia fisica, elas transbordam, pela fé, para a vida espiritual; na era da graga, o Senhor deu continuidade ao Seu juramento, suscitando outro povo, descendente de Abrado se- gundo a fé: os crentes em Jesus Cristo. Estes, judeus ou gen- lios, herdeiros naturais e espirituais da Alianga Abradmica, alcangam a vida eterna por meio do sacrificio vicério na cruz do Calvario (Rm 11.32). ATIVIDADE PARA FIXACAO 1, Em diferentes ocasides, Deus renovou Sua alianca com a semente do patriarca, reafirmando-a ao longo do Antigo Testamento. Cite uma passagem que confirme esta afir- mativa: R.:Deus lembrou-se do concerto que fizera com Abrado, quando ouviu o clamor do povo que estava cativo no egipcio (Ex 2.24). (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 31 Aula dada em DIA Mes, a0 Alianga Mosaica TEXTO BiBLICO BASICO Exodo 20.1,3,4,5,7,8,12-17,20 te 3- 4- eo T= 8. 12- 13- 14- 15- 16- 17- 20- 32 Entao, falou Deus todas estas palavras, dizendo: Nao terds outros deuses diante de mim. ‘Nao farés para ti imagem de escultura, nem alguma semelhanga do que hé em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas aguas debaixo da terra. Nao te encurvards a elas nem as servirés [...]. Nao tomarés 0 nome do Senhor, teu Deus, em vao [...]. Lembra-te do dia do sabado, para o santificar [...]. Honra a teu pai e a tua mde, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor; teu Deus, te da. Nao matarés; Nao adulteraras; Nao furtards. Nao dirds falso testemunho contra o teu proximo. ‘Nao cobicarés a casa do teu préximo; nao cobicarés a mulher do teu proximo, nem 0 seu servo, nem a sua serva, nem 0 seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu proximo. E disse Moisés ao povo: Nao temais, que Deus veio para provar-vos e para que o seu temor esteja diante de vés, para que nao pequeis. Lig6es da Palavra de Deus PROFESSOR 46 TEXTO AUREO Amards, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coracao, e de toda a tua alma, ¢ de todo 0 teu SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIARIO 24 feira - Deuteronémio 34,10-12 © Senhor conheceu Moisés face a face 3@ feira - Deuterondémio 9.9-15 ‘Tabuas escritas com o dedo de Deus entendimento, e de todas as tuas forgas; este 6 0 primeiro mandamento. E o segundo, semelhante 49 feira - Marcos 12.28-31 © ponto central do Decalogo 54 feira - Génesis 4.1-7 A oferta de Abel a este, 6: Amards 0 * thton + Clean 01-8 fa : feira - Oseias 6.1~ ea TO comoatt Miserledrdia @ nao sacrificio . Sabado - 1 Tim6teo 2.1-6 Marcos 12.30,31 Cristo deu-se a si em preco de redencao. OBJETIVOS Ao término do estudo biblico, o aluno devera ser capaz de: @ conhecer 0 objetivo e o propésito da Alianca Mosaica; @ compreender a relevancia contemporanea dos Dez Man- damentos; @ entender o propésito dos sacrificios e das ofertas no Anti- go Testamento. ORIENTACOES PEDAGOGICAS Prezado professor, Sendo um resumo de tudo que o ser humano deve saber a respeito de Deus, de si e da Criagéo, a Alianga Mosaica — esta- belecida por meio de um cédigo legal — retine os ingredientes que formaram a cultura, a religiao, a ética e a moral da na- Ao que iria abencoar todas as familias da terra. Os preceitos divinos revelados no Sinai, do mesmo modo e a seu tempo, serviriam de base para os ensinamentos da grande familia de Deus, a Igreja, o Corpo de Cristo, os lavados e remidos pelo sangue do Cordeiro (Dt 6.5; Mc 12.28-31). E imensa a contribuicéo dos debates no processo educati- vo. Quando bem orientado, esse recurso didatico tende a po- tencializar a capacidade reflexiva e a habilidade de construir argumentacées baseadas em assuntos especificos. Portanto, ao final da aula, permita que os alunos exponham suas per- cepcées sobre a relevancia contemporanea dos dez manda- mentos sinatticos. Boa aula! (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 33 COMENTARIO Palavra introdutéria Desde o inicio da histéria da humanidade, habitantes das mais diversas regiées do planeta (como sumérios, egipcios, assirios e babilénios) foram deixando pelo caminho seus ves- Os povos do antigo Oriente produziram magnificas obras literarias; todavia, nenhuma delas pode ser comparada ao Antigo Testamento, que inspira e influencia, até hoje, diversas civilizagées. O texto veterotestamentario serviu de base para a formacao de trés das maiores religides do mundo, a saber: o judaismo, o cristianismo e 0 islamismo. ALIANCA tigios arqueoldgicos. Podemos en- contra-los em grandes edificacées (como palacios, piramides e mura- Ihas); em expressées artisticas an- cestrais (como pinturas rupestres — inscritas ou desenhadas em ro- chas); ou mesmo em resquicios de atividades domésticas, agricolas e religiosas que apontam para a cul- tura e os costumes de determinado povoado ou cidade. Do mesmo modo, por milénios, de geragio em geragio, foram con- servados e repassados os ensinos orais e os registros histéricos (feitos em tdbuas de argila, couro, papiro e pergaminho) das familias e etnias que formaram o povo de Israel. ANTIGO TESTAMENTO, BERCO DA ANTIGA Muito antes de o texto biblico ter sido escrito — e ainda durante sua formacao histérica —, algumas pessoas foram vi- sitadas por Deus e receberam dele preciosas instrugées. Esta realidade faz-nos refletir sobre a extraordinaria fungao do on- sino oral: sem este, nao nos seria possivel, hoje, ter acesso 4s palavras do Supremo Criador. As histérias de Addo, Abel, = O Antigo Testamento retine os ditos orais das experiéncias de diversos personagens que tiveram contato com o Eterno e com a Sua Palavra. 0 texto veterotestamentario 6, portanto, em primeiro lugar, a Escritura mater do povo de Israel, e, por conseguinte, da Igreja de Cristo. as Sete, Enoque, Noé, Melquisede- que, Abréo, Balado, Naamé e Jé, por exemplo, foram registradas muitos séculos antes de haver qualquer possibilidade de escrita entre os israelitas. A esta reflexao soma-se 0 fato de a Igreja primi- tiva ter comecado a anunciar o evangelho da graca, sem 0 regi: tro do Novo Testamento, tendo disponivel, inicialmente, apenas © Antigo Testamento e os ensinos orais do Senhor Jesus Cristo e de Seus apéstolos. Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 1.1. A unidade das Escrituras Quando estudamos o Antigo Testamento, escrito por di- ferentes autores, em diferentes épocas e em géneros literé- rios distintos (histéricos, poéticos, sapienciais e proféticos), observamos que Deus revelou-se paulatina ¢ oportunamente aos homens. 1.1.1. A mensagem divina complementa-se de forma qualitativa O Antigo Testamento 6, além de tudo, uma correcado teolégica de diversos conceitos desenvolvidos por povos ancestrais em relacdo a si préprios, a Deus e a Criacdo. Na Antiguidade, muitas nagées elegeram para si falsos e inani- mados mediadores — simbolos e¢/ou esculturas — entre eles e o Criador. O AT, deste modo, 6 0 instrumento por meio do qual o Senhor, gradativamente, revela como 0 homem deve relacionar-se com Ele, sempre apontando para Cristo, 0 dpice de todas as aliangas biblicas. 1.1.2. A mensagem divina complementa-se de forma quantitativa © Antigo Testamento apresenta um quadro geral de como tudo comegou (Génesis e Fxodo); de como tudo aconteceu (livros histéricos); de como tudo deve ser (livros da Lei); de como tudo sera (livros proféticos e escatolégicos) e de alento e sabedoria para o caminho em diregéo aos céus (livros poé- ticos e sapienciais). [By 4 auianca mosaica No Antigo Testamento encontramos as seis primeiras aliancas que Deus estabeleceu com os homens; todas, in- variavelmente, apontam para o pacto superior e irrevoga- vel, descortinado no Novo Testamento. E importante destacar que é no contexto ancestral dos cinco primeiros livros da Biblia (o Pentateuco) que Deus re- vela o advento do Messias. A Alianca Mosaica, nesse senti- do, constitui-se na mais completa revelacdo do Antigo Tes- tamento, pois, a partir dela, o Senhor forma ¢ educa 0 povo a partir do qual Ele abencoaria todas as familias da terra (Ex 19.4,5; Gn 12.1-3). Denominamos Alianga Mosaica 0 conjunto de revelagées di- vinas, de carater ético e moral, que formou as leis, os principios e os valores da nagao israelita, e, posteriormente, algumas das bases do cristianismo (Dt 5.2,3; 8.18; 29.1,2; Mt 5.17; Rm 8.4; Tg 2.8). Tal alianga esta vinculada ao nome de Moisés, por ter sido ele o principal profeta de tais vaticinios (Dt 34.10). (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 35 —= @ };} A origem do nome pessoal de Deus, Yahweh [Jeovaj, néo 6 claramente conhecida por nds. O nome divino contém quatro consoantes hebraicas transliteradas* como YHWH. Também desconhecemos a pronuncia exata do nome (VARUGHESE. Central Gospel, 2006, p. 88) *Transliterar = representar os caracteres de um vocabulo por caracteres diferentes no correspondente vocabulo de outra lingua (Novo Dicionario Aurélio da Lingua Portuguesa) EE 2.1. A grande questao da nacao recém-liberta do cativeiro egipcio A partir do capitulo 19 do Li- vro do Exodo, Yahweh é apresen- tado como o Soberano Senhor que controla a nagao israelita. Em de- corréncia deste fato, uma impor- lante questéo levantou-se: como um povo que convivera por tantos anos com as praticas de uma nacéo idélatra deveria portar-se diante do Criador, dos seus compatrio- las e do resto do mundo? De que modo ele viria a abencoar todas as familias da terra? Essas perguntas foram respondidas com a Alianga Mosaica (cap. 1940), que explica como a nagio deveria organizar-se sob 0 governo divino. De acordo com Hindson e Ya- tes, a Alianca Mosaica néo foi dada para resgatar pessoas. A nagdo jé havia sido eleita (Ex 4.22,23), redimida (Ex 12.21-30) e jd andava pela fé (Ex 14,31). O papel da alianca era ensinar como as pessoas redimidas deveriam viver neste mundo. 2.2. ALei Mosaica A Lei Mosaica (hb. Torah = fei, instrucéo, doutrina) é composta por um cédigo de leis, formado por cerca de 600 disposigées, ordenangas e proibigdes. Ela pode ser considera- da tanto um cédigo religioso — uma vez que previa as obri- gacées do povo, dos levitas, dos sacerdotes e do sumo sa- cerdote em relacdo a Yahweh (todos deveriam prestar seus cultos obedecendo a um determinado padraéo) — quanto uma normatizagdo socioeducativa — pois previa as normas de convivéncia coletiva. Costuma-se chamar de Torah os cinco primeiros livros da Biblia (o Pentateuco). Este cédigo de leis visava, acima de tudo, a manter puro e incontaminado o povo por meio do qual nos seria apresentado o Salvador. 2.2.1. Elementos compreendidos na Torah ®@ os Dez Mandamentos (0 Decdlogo) — regulamentam as re- lagées interpessoais e o relacionamento com Deus; @ as ordenangas civis e religiosas — explicam detalhada- mente 0 significado dos Dez Mandamentos para Israel; Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 ®@ as leis cerimoniais — relativas ao servigo sacerdotal e ao ministério no Taberndculo (e, posteriormente, no Templo). TEMAS OBSERVADOS NA LEI MOSAICA Morais e éticos (Lv 18; 20.7-21) i ‘Agropecuarios (Ly 25.1-7; Nm 33.50-56) i | Culturais (lv 20.29-24; Dt 18.9) Pollticos e militares (Nm 15.15,16,29; Dt 7) | © DECALOGO De todo modo, pode-se afirmar que a esséncia da An- tiga Alianga reside nos Dez Mandamentos (Fx 20.1-17; Dt 9.9,15), teologicamente chamados de Decdlogo [gr. dekélo- gos = dez palavras (dez leis)], pois esta foi a unica Escritura, propriamente dita, feita com o dedo de Deus. 3.1. A divisdo do Decalogo O Decdlogo foi entregue a Moisés no monte Sinai (Dt 9.10,11) para que o povo se santificasse e, assim, pudesse agradar ao Senhor por meio de suas atitudes; contudo, as verdades nele contidas destinam-se a todos os homens em todos os tempos. Os quatro primeiros mandamentos dizem respeito ao re- lacionamento com o Altissimo (Fx 20.3-11), e os seis Gltimos tratam das relagées que se estabelecem com os outros indivi- duos (Ex, 20,12-17), Principios de conduta abordados no Decilogo: InsLituigado do monoteismo — exigéncia de um relaciona- mento exclusivo de Israel com Yahweh (Ex 20.3). Proibigéo a qualquer tentativa de dar a vanaek uma re- presentagao visivel (Ex 20.4-6). Proibicao ao uso incorreto do nome de Deus para fins ile- gitimos e egoistas (Fx 20.7). Santificagao do sétimo dia — santificar, neste caso, sig- nifica sagrar um momento diferenciado e adequado ao relacionamento com Yahweh (Ex 20.8-11). PN (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 37 5. Crédito de honra a pai e mée — na Antiguidade, os an- cestrais representavam o motivo da exist@ncia e da ma- nutencao da cultura de um povo (Ex 20.12). _ Proibicao a violacdo da vida humana, que é sagrada (Ex 20.13). Fidelidade no relacionamento conjugal, que é um reflexo da lealdade a alianca com Reco 20.14). Proibigao a violagdo dos direitos dos outros e a todas as formas de exploragao social (Ex 20.15). ‘do ao falso testemunho, que acarreta a denegacao de justica na sociedade — se a verdade for banalizada ou detida no individuo, grandes prejuizos recairéo sobre o grupo (Ex 20.16). 10. Proibigo ao desejo concupiscente de possuir 0 que néio é legitimamente nosso — cobicar 0 que pertence a outrem desestrutura as relagées, impedindo o fluxo de prosperi- dade para o grupo (Fx 20.17). sr su eo 3.1.1. O ponto central do Decélogo Os dois principais mandamentos biblicos — tanto na An- tiga quanto na Nova Alianga — provém do Decalogo (Dt 6.5; Mc 12.28-31). Deste modo, é possivel afirmar que a esséncia do mandamento divino tem seu inicio marcado no Decalogo. EW) SACRIFICIOS E OFERTAS NO ANTIGO TESTAMENTO Ao estudarmos as Escrituras, percebemos que, desde © principio, o ser humano mostrou-se incapaz de cumprir as exigéncias divinas. O Criador, entao, no decorrer da Histéria, providenciou os meios necessarios para revelar-se ao ho- mem. Dentre os ingredientes desta conformacaéo estavam os preceitos sagrados, as leis e liturgias, que abarcavam, dentre outros elementos, os sacrificios e as ofertas. Alguns tedlogos acreditam que a ideia de sacrificio surgiu a partir do socorro imediato de Deus ao pecado humano — quando, no Eden, Ele matou um animal para cobrir a vergo- nha de Adao e Eva (Gn 3.21). Segundo essa linha de interpre- tagao, as praticas sacrificiais teriam sido desenvolvidas com base neste ato divino — como se observa em Caim e Abel (Gn 4.1-7) em ontros personagens biblicos (Gn 8.70; J6 1.5). 4.1. Tipos de sacrificios e ofertas na Alianga Mosaica Antes mesmo de a Lei Mosaica ter sido instituida, os se- res humanos percebiam que, quando cometiam pecado, afastavam-se do Senhor, e que, de alguma forma, preci- savam do Seu perdao. A Lei Mosaica previa sacrificios e ofertas, e estes deviam ser oferecidos exclusivamente a Deus (Fx 22.20); contudo, o Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 conceito e dindmica principais deste evento giravam em torno do perdao de pecados e do retorno 4 comunhéo com o Cria- dor — nunca em torno da ideia de salvagiio eterna. Assim, havia sacrificios no grande dia da expiacao nacional (Lv 16): sacrificios por pecados individuais (Lv 4.3-35; 10.17), pela culpa ou transgressdo da Lei (Lv 5.6-19; 7.1), para purifica- Gao pelo contato com um cadaver (Nm 19), para purificagao da lepra (Lv 13—14); holocaustos, que eram sacrificios de consagracao (Lv 1.1-17); ofertas pacificas e de comunhdo com Deus (Lv 3.1-17; 22.29), de cereais ou manjares (Lv 2), voluntarias e de gratidao (Lv 7.12), dos primeiros frutos ou primicias (Dt 18.4), dos dizimos (Lv 27.30), dentre outras. 4.2. Aineficdcia das ofertas para a salvacdo eterna Os tipos sacrificiais observados no Antigo Testamento eram imperfeitos e incompletos em si mesmos, isto é, toda vez que alguém pecasse deveria repetir o ritual para resta- belecer a comunhao perdida. Em nenhuma parte do texto bi- blico diz-se que os sacrificios ofereciam a possibilidade de salvagdo eterna; assim, no periodo veterotestamentario, eles cumpriam a fungao de apontar para Cristo, 0 Redentor — uma realidade que ainda nao podia alcancar a imaginacao daquela primitiva comunidade (Hb 9.11-15). CONCLUSAO Como a revelagéo no Antigo Testamento deu-se de forma pau- latina, 0s servos de Deus sé aleangaram plena compreensao do plano salvifico — por meio da graga — no decorrer dos séculos. Os preceitos contidos na Alianga Mosaica dao significa- do a todo Antigo Testamento, pois possuem uma dinamica condicional (Dt 7.11,12; 28; Hb 9.24), que aponta para Jesus. Paulo, ao escrever aos romanos, observou que o fim (objetivo e significado) da Lei é Cristo para justica de todo aquele que cré (Rm 10.4), ou seja, Ele da sentido e consuma o pacto. O Senhor foi anunciando, conforme o entendimento das eras, que Ele desejava ticérdia, arrependimento, labios © coracao puros, nao sacrificios (Os 6.6; S151.16,17; Is 1.11), pois o Cord perfeito, imolado antes da fundacéo do mun- do, seria o tnico capaz de salvar o homem eternamente (Jo 1.29; 1 Tm 2.6; 1 Pe 1.19,20; Hb 10.1-6; Ap 13.8). ATIVIDADE PARA FIXACAO 1. De acordo com a ligéo de hoje, quais séo os elementos compreendidos na Torah? R.:(1) Os Dez Mandamentos; (2) as ordenangas civis e religiosas e (3) as leis cerimoniais relativas ao servico sacerdotal e ao ministério no Tabernaculo (e, posterior- mente, no Templo). (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 39 DIA wes aso Alianca Davidica 2 Samuel 7.8-16 8- Agora, pois, assim dirds a0 meu servo, a Davi: Assim diz 0 Senhor dos Exércitos: Eu te tomei da malhada, de detrdés das ovelhas, para que fosses 0 chefe sobre 0 meu povo, sobre Israel. E fui contigo, por onde quer que foste, e destruf teus inimigos diante de ti, e fiz para ti um grande nome, como o nome dos grandes que hé na terra. F preparei Ingar para o men povo, para Israel, eo plantarei, para que habite no seu lugar e néo mais seja movido, e nunca mais 0 filhos da perversidade 0 aflijam como dantes, desde o dia em que mandei que houvesse juizes sobre 0 meu povo Is- rael, A ti, porém, te dei descanso de todos os teus inimigos; também o Senhor te faz saber que o Senhor te fai Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, entao, farei levantar depois de ti a tua semente, que procederé de ti, € estabelecerei o seu reino. Este edificard uma casa ao meu nome, e confirmarei 0 trono do seu reino para sempre. Eu lhe serei por pai, e ele me seré por filho; e, se vier a transgredir castiga-lo-ei com vara de homens e com acoites de filhos de homens. Mas a minha benignidade se néo apartaré dele, como a tirei de Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e 0 teu reino serao firmados para sempre diante de ti; teu trono seré firme para sempre. Liges da Palavra de Deus PROFESSOR 46 TEXTO AUREO SUBSIDIOS PARA E, estando reunidos os O ESTUDO DIARIO fariseus, interrogou-os 28 feira - Isafas 11.1-9 Jesus, dizendo: Que pensais | Um rebento do tronco de Jessé vos do Cristo? De quem é =f 3° Feira - Salmo 22 filho? Eles disseram-lhe: De } Deus meu. por que me desamparaste? Davi. 42 feira - Salmo 69 Mateus 22.4142 As Aguas entraram até a minha alma 5 feira - 2 Samuel 23.3-7 Haverd um justo que domine 62 feira - Salmo 89 Dar-Ihe-ei o lugar de primogénito Sdbado - Hebreus 10.4-6 Sacrificio e oferta nao quiseste OBJETIVOS Ao término do estudo biblico, o aluno deverd ser capaz de: @ descrevera importancia e o significado da Alianga Davidica; saber que a partir de Davi foram desenvolvidos os conceitos de santidade genuina e de adoracéo plena diante de Deus; @ entender que o derradeiro pacto veterotestamentario foi estabelecido com Davi, e este se cumpriu em Jesus, o Rei eterno ORIENTACOES PEDAGOGICAS Prezado professor, Desde a Queda, 0 Altissimo preocupou-se em revelar ao ser criado a Sua imagem e semelhanca 0 plano elaborado na eter- nidade para livra-lo da morte eterna. Assim, no decorrer da Histéria, Ele, por Sua infinita graca e misericérdia, providen- ciou meios de aliancar-se com a humanidade, a fim de manté- -la atada a Si. Contudo, de uma forma ou de outra, todas as aliancas que ‘© Senhor firmou com os homens foram rompidas inadvertida- mente por eles. No tiltimo pacto observado no Antigo Testamento, o Senhor anuncia que este elemento solucionador adentraria o tempo e ‘© espaco por intermédio da familia de Davi (2 Sm 7.12,13,16; 1 Cr 17.11,12a; SI 89.3,4,29,35,36; 132.11,17; Is 7.13,14; Jr 23.5; 33.14,15; Ez 17.22-24; 34.23,24). Este derradeiro e perpétuo concerto ficou conhecide como Alianca Davidica (Sl 93.2; Lm 5.19). Boa aula! Os pactos de Deus -© histérico da salvagio 41 COMENTARIO Palavra introdutoria Conforme destacamos em lices anteriores, desde o pe- cado de Addo e Eva, o Criador anuncia que uma vinganca- -solucdo-salvacéo viria sobre o sabotador do Eden, por in- termédio da raca humana. A partir de Addo, o Criador promete enviar Aquele que es- magaria a cabega da serpente (Gn 3.15). A partir de Noé, Ele reafirma o pacto edénico (Gn 9.8-17). A partir de Abraao, Ele promete formar um povo, que abengoaria todas as familias da terra (Gn 12.1-3). A partir dos descendentes de Abraao, um conjunto de familias transforma-se em 12 tribos, e estas se lornam um grande povo no Eyito. A partir de Moisés, esse grande povo aprende sobre como relacionar-se com Yahweh. Todavia, somente a partir de Davi, lal povo se estabelece como uma nagéo organizada — militar, politica e cultural- mente —, tendo Jeova como seu Deus supremo. [Es auianca vavipica A Alianga Davidica esté em continuidade direta com as aliancas mosaica e abradmica. Contudo, o foco esta so- A Alianga Davidica é 0 pacto perpétuo que Deus estabeleceu com toda a humanidade, a partir dos israelitas (2 Sm 7.13,16), tendo como personagem- -simbolo a pessoa de Davi (SI 89.3,4). Por meio do homem segundo 0 coracao de Deus, 0 Messias, Salvador do mundo, ser-nos-ia apresentado (Jo 1.12; 3.16,17). —— bre uma casa, nao sobre toda a comunidade israelita. O fato de a dinastia davidi- ca governar 0 povo com quem Deus estabelecera a alianca no Sinai gerou a crenca de que tal governo representava o Reino de Deus sobre Israel — e esse entendimento esta presente em varios salmos (SI 2; 18; 20; 21; 72; 89; 110; 132) Contudo, pode-se aferir nas Escrituras que o termo ungido (hb. mashiach) representa, na realidade, 0 Unico rei davidico ideal, que incorporaria de modo adequado o reinado justo de Deus: muito acima de todos os reis de Israel esta Jesus, o Cristo. 1.1. Dinastia, trono e reino eternos Por meio da Alianca Davidica o Altissimo empreendeu outra revelacao de Si mesmo no sentido de remir o homem de toda maldade (Tt 2.14). Nesta alianga, Deus prometeu ao grande monarca israeli- ta uma dinastia eterna, um trono eterno e um reino eterno. 42 Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 Finalmente, um Rei justo, maior que Davi, viria ao mundo. Fle seria descendente de Jessé (Is 11.1) e reinaria do trono deste para sempre (Is 9.7). Esse Rei prometido 6 Jesus (Lc 1.3 Jo 1.49) (Adaptado de: RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Cen- tral Gospel, 2010b, p. 504). 1.2, Um homem escolhido pela graca divina Mais que um menino destemido que mata um gigante em nome do Senhor (1 Sm 17), Davi foi um homem como outro qualquer, sujeito 4s mesmas paixdes e desacertos. Dentre os erros particulares cometidos pelo rei, destacam- -se os listados a seguir: @ cle permitiu que sua esposa, Mical, mantivesse um idolo pagao (um terafim) dentro de sua casa (1 Sm 19.13,16); ele agiu, algumas vezes, como um déspola sanguindsio (2 1 Sm 27.9,11; 29.4,5); tério com suas concubinas (1 Sm 27.3; 2 ele agiu de forma omissa dentro de sua prépria casa (2 Sm 13-15; 2 Sm 16.20-23); ele cometeu adultério com a mulher de um inocente e pre- meditou seu assassinato (2 Sm 11.6-25); ele transgrediu o mandamento do Senhor fazendo a conta- gem dos homens preparados para a guerra (Ex 30.11-16; 1 Cr 21.1-8; 2 Sm 24.8-13). Deus nao faz acepgao de pessoas (Rm 2.11); diante dos olhos do Altissimo, todos os homens sao iguais (Ef 6.9). Esta realidade permite-nos afirmar que Deus escolheu Davi para acolher o berco da linhagem messianica, nao por ter enxerga- do nele qualquer mérito, mas porque Sua graga é infinita (Ef 2.8,9) e Seus pensamentos, inalcangaveis (Rm 11.33b). 1.3. Um homem segundo o coracaéo de Deus Enquanto o ser humano tende a considerar apenas o que é visivel aos olhos (1 Sm 16.7), 0 Senhor enxerga o que ha de mais profundo em seu coracdo; Ele conhece nossas pa- lavras antes mesmo que nelas pensemos (SI 139.4,23,24). A despeito de todos os atos despreziveis cometidos pelo rei, Deus viu nele um homem segundo o Seu coragéo (1 Sm 13.14; At 13,22); e dentre as virtudes deste filho de Jessé des- tacam-se: @ a necessidade que ele tinha de buscar intimidade com 0 Senhor e de obter Sua diregao (1 Sm 23.1,2; 30.6,8); @ a fidelidade (1 Sm 24; 26; 2 Sm 20; 22); a bondade (2 Sm 9); a coragem (1 Sm 17.34-40; 2 Sm 5.7); a prudéncia (Js 1.7;1 Sm 16.18; Mt 7.24); a capacidade de arrepender-se dos seus pecados e de bus- car o perdéo divino (S16; 32; 51). (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 43 Bi DAVIINAUGURA UM NOVO TEMPO EM ISRAEL No Pentateuco observa-se que Deus, por intermédio de Moisés, entregou aos filhos de Abraéo um cédigo legal, de carater ético e moral, com vistas a nortear os principios e os valores da nacao. Ja nos livros dos reis e das cronicas de Israel vemos que, por intermédio de Davi, foram desenvol- vidos os conceitos de santidade genuina e de adoragao plena diante de Deus. Movido pela m4o do Todo-poderoso, Davi transformou a nacido israelita quando: @ revolucionou o culto a Deus — 0 rei fez com que 0 povo, individual e coletivamente, desenvolvesse profundidade na adoracéo (SI 24; 145—150); @ langou o projeto de construgéo e de funcionamento do Templo, exatamente no lugar em que estaria guardada a Arca da Alianga (1 Cr 22; 28; 29); ©@ fo7 © projeto de funcionamento do Templo, tornar-se um referencial de aparelhamento, administragéo e educagéio para toda a nagao (1 Cr 23—27); @ fez com que o Templo se tornasse o referencial sagrado para toda a comunidade da alianca (2 Cr 1—8; 8.14; Ed 3.6,10; Ne 7.73; Is 66.6; Ez 8.16) — e um modelo para a civilizagdo crista (Mt 23.16; 24.1; 27.51; 1 Co 3.16,17; 6.19; Ap 16.17). 2.1. Os salmos messianicos de Davi A partir do estabelecimento da Alianga Davidica, as profe- cias messidnicas comegaram a ser as anunciadas mais clara e profusa- Enquanto o Salmo 22 mente. O préprio Davi, em alguns de seus salmos, falou acerca do _ descreve o sofrimento Libertador de Israel. O Salmo 22, fisico do Salvador,o Salmo por exemplo — apesar de discor- 69 concentra-se em Seu rer a respeito da aflicdo particular sofrimento emocional do salmista e de como o Senhor e espiritual. Ambos, © libertou —, é uma clara referén- : cia profética a crucificacdo e res- minicaweinients, fina surreicdo de Jesus, Os termos que escritos por Davi cerca Davi utilizou para descrever sua de mil anos antes dos situacaéo foram inspirados pelo acontecimentos neles Espirito Santo; deste modo, ele ccervitnas péde avancar mil anos para des- crever precisamente as experién- MEME cia de Jesus, o Salvador — tanto Sua morte cruel como Sua ressurreicdo vitoriosa (Adaptado CC ne ALLEN; HOUSE. Central Gospel. 2010a, P. 44 Ligées dla Palavra de Deus PROFESSOR 46 Ao final de sua vida, Davi anunciou uma das mais claras revelagées que o Senhor lhe fizera a respeito do Salvador (2 Sm 23:3-7). Vejamos no quadro a seguir alguns vaticinios messiénicos proferidos pelo grande rei PROFECIA Mesias seria louvado pelas criancas. O Messias ressuscitaria e Seu corpo nao veria a corrupcao. O Messias bradaria: “Nas tuas maos enco- mendoo meu espirito”. O Messias seria odiado por muitos, sem motivo. 16.8-10 Mt 28.6; At 13.35-37 31.5 Le 23.46 35:19 Jo 18.19-23 2.2. Salmo 89: profecias e tipologias relacionadas ao reinado messianico Eta, o ezraita, um cantor- -mor, escreveu o Salmo 89; este 6 considerado por muitos 0 apo- gen da Alianca Davidica, pois 6 0 que melhor descreve 0 pacto que Deus fez e faz com Seus clei- tos a partir deste filho de Jessé: a tua benignidade sera edifica- da para sempre; tu confirmaras a tua fidelidade até nos céus, di- zendo; Fiz um concerto com o meu escobhido; jurei ao meu ser- vo Davi: a tua descendéncia es- tabelecerei para sempre e edifi- carei o teu trono de geracéo em geracdo (SI 89.2b-4). Podemos observar no Salmo A partir de Davi, as profecias messidnicas comecaram a ser anunciadas mais claramente pelos profetas: Isafas (Is 7.14b; Mt 1.21-23), Jeremias (Jr 31.31; Mt 26.28), Oseias (Os 11.1b; Mt 2.13-15), Joel (J! 2.32; Rm 10.12,13), Amés (Am 8.9; Mt 27.45,46) e Zacarias (Zc 11.12; Mt 26.14,15), por exemplo, fizeram predicées sobre o Messias Salvador. 89 nao somente elementos da Alianga Davidica, mas também profecias e tipologias do Messias prometido. Observe o enre- do do cantico: ®@ versos 1-4 — 0 Altissimo estabelece Sua alianga com Davi; (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 45 @ versos 5-18 — Davi entra em estado de profunda adoragao e regozijo. Aparentemente, este é um momento de éxta- se profético muito comum entre os mensageiros de Deus neste perfodo da histéria (1 Sm 19.24; 2 Sm 23.2); @ versos 19-25 — Davi anuncia uma visdo que recebeu do Senhor; as palavras do rei revelam uma tipologia tanto do reinado quanto da pessoa do Messias; ©@ versos 26,27 — Deus refere-se a um primogénilo eleilo, que o chama por Pai e que tem um trono eterno; essa ex- pressio remete a figura do Messias; ©@ versos 28-37 — nesta secdo, observa-se claramente que Davi nao fala de um reino temporal e terreno como 0 seu, pois a eternidade do seu trono é anunciada. Esses versos so, na realidade, uma referéncia ao reinado messianico: @ versos 38-52 — o Salmo muda o tom: ele passa de profe- cias gloriosas a respeito do Messias para um clamor an- gustiante por livramento. Davi vé que o seu reinado esta sendo destruido e consumido, interna e extermamente; dai 0 capitulo terminar com um apelo a que Deus faca cumprir Sua promessa, pois ele ndo a estava vendo nos acontecimentos desastrosos de seu reino terreno. CONCLUSAO De forma consensual, o colegiado teolégico entende que a Alianga Davidica foi o derradeiro concerto estabelecido entre Deus e os homens no Antigo Testamento, uma vez que Fle preparou o caminho do reinado messianico, por meio deste pacto perpétuo. Quando estudamos as Escrituras mais detidamente, per- cebemos que, da ascenso do reinado davidico até a restau- ragio do Templo (livros de Fsdras e Neemias), os profetas vaticinaram mais profusa e claramente a respeito do Messias Salvador, fazendo alusio ao Seu cardter, 4 Sua missao, 4 Sua vinda e ao Seu sacrificio vicrio. Eis a grande beleza da Aliana Davidica: a partir da fami- lia desse grande rei israelita, 0 Criador dos céus ¢ da terra enviaria ao mundo Aquele que, em forma de homem, seria capaz de vencer a morte. ATIVIDADE PARA FIXACAO 1. De acordo coma ligao de hoje, cite um episédio da histéria de Davi que confirme a seguinte afirmaliva: Davi, movido pela mao do Todo-poderoso, transformou a nagao israelita. R.: Davi lancou o projeto de construcao e de funcionamento do Templo, exatamente no lugar em que estaria guarda- da a Arca da Alianca (1 Cr 22; 28; 29). Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 DIA “ss © O Advento do Messias Isaias 61.1,2 if. 2- Espirito do Senhor Jeové esté sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coracao, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisdo aos presos: a apregoar o ano aceitavel do Senhor e o dia da vinganca do nosso Deus; a consolar todos os tristes. Lucas 4,16-21 16- 17- E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sdbado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler. E foi-lhe dado o livro do profeta Isaias; e, quando abriu o livro, achou 0 lugar em que estava escrito: 0 Espirito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coracao, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pér em liber- dade os oprimidos, a anunciar o ano aceitavel do Senhor. E, cerrando o livro e tornando a dé-lo ao ministro, assentou-s olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Entdo, comecou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos. eos (Os pactos de Deus -O hist6rico da salvaco 47 TEXTO AUREO No princfpio, era o Verbo, eo Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (...) Eo Verbo se fez carne e habitou entre nds, e vimos a sua gloria, como a gldria do Unigénito do SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIARIO 24 feira - 1 Samuel 9.9-11,15-21 Vinde, e vamos ao vidente 38 feira - Mateus 1,1-17 Deus é localizado no tempo 44 feira - Lucas 2.1-7 Onascimento de Jesus 54 feira - Joao 19.17-36 Pi a oro de graca e de ‘A crucificacdo do Messias verdace. 64 feira - Atos 2.25-32 Joao 1.114 Deus ressuscitou a Jesus Sabado - Salmo 106 O sacrificio definitivo OBJETIVOS Ao término do estudo biblico, o aluno deveré ser capaz de: @ saber quais s4o os elementos-chave da mensagem messi- anica; @ conhecer algumas profecias messianicas, anunciadas pe- los arautos de Deus no transcurso da Histéria; @ apreender a plena dimenséo do ato empreendido pelo Cordeiro de Deus na Cruz. ORIENTACOES PEDAGOGICAS Prezado professor, Quando estudamos os pactos biblicos, percebemos que to- dos eles tinham por objetivo restaurar a comunhao inicial que © Senhor mantinha com o homem no Eden. Naquele primitivo jardim, o Criador ia ao encontro do ser feito 4 sua imagem e semelhanca para relacionar-se com ele pessoalmente (Gn 3.8); contudo, 0 primeiro casal — de quem descendemos —, néo atentando para a inefabilidade daquele relacionamento, voluntariamente, decidiu romper a alianca original. Passaram-se milénios, e Deus, em Sua infinita graca e mi- sericérdia, anuncia que viria & Terra, em carne e osso, para resgatar o homem, perdido em seus delitos e pecados, a fim de que, como no Eden, pudessem viver juntos eternamente. Este que se esvaziou de Sua gléria eterna ficou conhecido entre os homens como o Messias Libertador. Ele 6 0 nosso Senhor Jesus Cristo. Boa aula! Ligdes da Palavra de Deus PROFESSOR 46 COMENTARIO Palavra introdutéria A Biblia apresenta basicamente trés temas centrais: Je- sus vird (Gn 3.15; Is 9.1-7); Jesus veio (Mt 2.1; Le 2) e Jesus voltaré (Mt 24.36-39; At 1,10,11). Por este motivo, pode-se afirmar que a mensagem cardeal das Escrituras gira em tor- no da pessoa de Cristo, o Senhor. ELEMENTOS-CHAVE DA MENSAGEM MESSIANICA E importante destacar que 0 Senhor jamais deixou de revelar o Seu segredo (a mensagem messianica) aos Seus servos (Am 3.7); @ Ele o fez, no transcurso da histéria, por intermédio dos Seus profetas (At 3.18). Neste t6pico, faremos distingio entre algumas expres- sdes, a fim de expor as caracteristicas dos homens usados por Deus para apresentar a mensagem de salvagao ao mun- do no decorrer das eras. Além disso, discorreremos sobre 0 significado das palavras Cristo e Messias, as quais aludem ao Ungido do Senhor. 1.1. Os anunciantes Nos escritos do Antigo Testamento, observamos duas classes distintas de videntes. Vejamos a seguir: 1.1.1. Os homens de Deus A primeira classe era constituida por homens de Deus — os profetas hebreus —, que prognosticavam o futuro por meio de revelagées divinas (1 Sm 9.15; 2 Sm 15.27; 24.11; 2 Rs 17.13). Eles eram assim chamados em um passado re- moto, conforme se observa na observacdo parentética de 1 Samuel 9.9: (Antigamente em Israel, indo qualquer consultar a Deus, dizia assim: Vinde, e vamos ao vidente; porque ao profeta de a hoje antigamente se chamava vi- dente). Esses homens nao vaticina- vam em sou préprio nome, o que se evidencia no fato de, no inicio de suas declaragées, eles utiliza- rem habitualmente a expres “assim diz o Senhor dos Exércitos” r9.7,17). No Antigo Testamento, o profeta era aquele que representava Deus diante dos homens (1 Rs 19.16). No Novo Testamento, entretanto, esse oficio passou as maos de Jesus, © Cristo (Mt 21.11; Le 7.16; Jo 1.18; 4.19; Hb 1.1,2). i Os pactos de Deus -© histérico da salvagio 49 1.1.2. Os falsos profetas ‘A outra classe era constituida por encantadores e adi- vinhos, que lidavam com supostos espiritos de mortos (ou ancestrais). Tais pessoas recebiam espiritos malignos para fazerem prognésticos futuros, como acontece nos dias atu- ais. Foi o que aconteceu quando Saul, transtornado, ndo ob- tendo resposta do Senhor — pois Samuel, o profeta-vidente de Israel, ja estava morto —, foi consultar uma feiticeira que tinha o espirito de feiticeira (1 Sm 28.6,7). Tal pratica era terminantemente proibida pelas leis de Deus e punida com a morte por apedrejamento (Lv 19.26; Lv 20.27; Dt 18.9-13). 1.2. O Anunciado Os termos mashiach (hebraico, conf. $1 2.2) e christés (vocdbulo grego correspondente a mashiach, conf. Jo 1.41; 4.25) significam, na lingua portuguesa, literalmente, ungido (At 10.38; Le 4.18). Biblicamente, 0 termo (ungido) remete a uma pessoa separada por Deus e revestida com autoridade do Espirito Santo para o desempenho de determinada fungao. No Anti- go Testamento, os sacerdotes (Ex 40.15; Lv 4.5,16) e os reis hebreus (1 Rs 19.16; 2 Rs 11.12), por exemplo, eram ungi- dos para seus oficios. Nas ceriménias rituais de undo a empregavam-se unguentos espe- ciais, os quais serviam de sinal: Somente Jesus foi ungido = aquele que exalasse determinado por Deus. Nés, os queNele = aroma seria reconhecido como al- cremos e que a Ele nos guém separado para uma tarefa entregamos, somos batizados = especifica. por Seu Santo Espirito, O Novo Testamento apresenta tornando-nos Seu templo, o Senhor Jesus como Cristo e Mes- para Dele sermos cheios (Mt —sias (Mt. 1.1,16-18; 2.4; Jo 1.41; 3.11; Ef 5.18; 1 Co 3.16; 4.25); significa dizer que Ele — 0 Rm 8.9). Messias (hebraico) ou Cristo (gre- go) de Deus — foi ungido (separa- MEME Jo ¢ autorizado) pelo Senhor com a misséo de salvar o mundo. B AS PROFECIAS MESSIANICAS Desde 0 seu inicio, 0 texto biblico apresenta-nos pro- fecias messianicas (Gn 3.14,15; SI 89; 110.1); contudo, elas foram ficando cada vez mais claras & medida que 0 povo da alianca distanciava-se de Yahweh. Esta realidade é percebida mais claramente nos Livros Proféticos veterotestamentarios, 50 Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 46, Excotha a capa que mais combina. com voce! Biblias payee 14x21om | 1844 pags Traz um suplemento especial onde os temas mais relevantes so ~ Acabamento de luxo a analisados com profundidade para as aplicagao de uma vida plena. cede = g ~ Palavras de Jesus em vermelho B -Verséo ARC 7 = Letra gigante = Muther, Nao sofra mais seus rel: Gnd: MeMena i854 em intensamente sig ¢ Penny Rose (4 2700 on ae ones Mulheres que MULHERES Lideram LIDERAM Mary Reariek Paul id: c0m9| 15505 88 pe Hae Nt O melhor da literatura crista para vocé! Tu serds uma béngio Dr. Berin C Um livro brilhante sobre a promessa registrada em Génesis 15.5 e como ela estende-se a todos nés nos dias de hoje. Os temas abordados pelo autor nao apenas relatam 0 texto biblico, como trazem ‘ ensinamentos para fortalecer sua fé. Entenda, creia e ABRAAO viva essa promessa! Sustentabilidade da alma: PROF GRETZ Ul} O equilibrio do meio ambiente comega dentro de nés Prof. SUSTENTABILIDADE Este livro, assim como as palestras do Prof. Gretz, tem ALMA muito humor, emociona e faz pensar. Sao histérias e reflexes que vocé vai guardar para sempre na meméria e no coracao. E perfeitamente possivel promover em todos os seres humanos, a comecar por nés, a verdadeira sustentabilidade da alma. Namoro, vestibular para o casamento Mac Anderson Em um tempo onde ha tanta confusao sobre sexo, namoro e relacionamentos, esse livro traz um estudo totalmente elaborado e embasado na Biblia, . com conselhos Uteis e oportunos que farao a diferencga nesse momento especial da sua vida. Macrae Conheca outros produtos da Central Gospel, endereco das lojas e hordrio de PCE es aH LOSS Eo Muther, viva abundantemente Um estado na carta de Eiésios —Vol.3 Lenya Heitzig e Penny Rose Existe um tesouro espiritual de Deus para vocé! Este livro traz um estudo sobre a carta aos Efésios, revelando a magnitude da heranca de cada cristao. Conforme avanga na leitura, vocé compre- enderé as mais profundas verdades que sequer pode imaginar. A forca do vaso mais fraco Walter Brun Ao descrever o exemplo de 13 mulheres que viveram nos tempos biblicos, o autor analisa comportamentos, atitudes de fé, dedicagdo, amor a Deus e resignacao, extraindo ensinamentos que respaldam essas qualidades. Seu objetivo é que elas possam ser referéncia para as mulheres dos tempos atuais. D0 VASO MAIS FROCO Solugao para os males da alma Steven R. Tra O abuso acontece de diferentes formas: fisica, sexual, verbal, espiritual ou negligéncia. No entanto, a cura nao ignora ou minimiza sua complexidade. Deus tem poder para remendar almas despedacadas, e essa cura esté disponivel para vocé, Ha esperanca! O melhor da miisica gospel esta aqui! ass a act O novo CD de Jeosafa Pimentel T3305] Conhoga as = cangoes & aplicativo QRCode Ha urh Deus no Céu O88H ow UD Gea napster. D> Google poy PYISA ad e2 Pregose condigées vidas enquanto durarem nossos estoques a risa onde encontramos cerca de 1.500 predicées relacionadas ao Senhor Jesus como o Messias que deveria morrer por nés e que, depois, ressuscitaria. As profecias relativas ao advento do Messias podem ser divididas em antincfo © cumprimento, pois todas foram fiel e literalmente cumpridas na vida de Jesus, nosso Senhor. Observe o quadro a seguir: Seria descendente de Abrado, Isa- Gn 17.19; 18.18; Mt1.1-3 que, Jacé ¢ Juda. 28.14; 49.10 Nasceria em Belém. Mq 5.2 Lc 2.4-7 Nasceria de uma virgem. Is 7.14 Mt 1.18-23 Ao tentarem maté-lo, muitos meni- Jr 31.15 Mt 2.16-18 nos morreriam. Por tal persequicdo, Ele teria de fu- git para o Eat. Os 11.1 Mt 2.12-15 Seria impregnado (ungido) pelo |5.61.1,2 Le 4.17,18 Espirito Santo, Teria uma missdo na Galileia. 15 9.1,2 Mc 1.14,15 Seria rejeitado por alguns de Seus compaviees. 15533 Jo 111,12 Por outro lado, seria recebido por 79.9; {g 62,11 Me 111-11 quase todos como rei e messias. ‘ Seria acusado por falsas testemu- : ; nhas e traido por 30 moedas. Zc 11.1213, Me 26.15; 27. Seria humilhado e odiado. Is 50.6; 53.7 ie Baan 43: Jo 15,23-25; 19,1-3 Seu lado seria furado, Seu coracéo Zc 12.10; Jo 19.33,34; pararia e Seus ossos nao seriam 5122.14; 34.20; Mt27.45 quebrados, havendo trevas sobre Am 8.9 a terra. Morreria em nosso lugar, sendo S| 22.16; Mt 27.38; crucificado entre pecadores. Is 53.4,5,12 He peers Jo Mc 14.10,43-45; (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 2.1. Anuncio e cumprimento da morte e ressurreicao de Cristo O aspecto crucial da fé ¢ da teologia cristas é a ressurrei- cao de Jesus, pois, ao vencer a morte e ascender aos céus, o Salvador garantiu ao homem — morto em suas ofensas e pecados (Ff 2.1) — 0 acesso a vida eterna ea Deus (At 2.24; 5.31; Rm 1.4; Hb 7.25). A seguir, apresentamos os personagens neotestamenta- rios que destacaram o cumprimento da profecia anunciada por Davi quanto a ressurreigao de Jesus (SI 16.9,10): @ 0 proprio Cristo: Mateus 12.40; 26.32; Marcos 9.9; Joao 2.19,21; 10.17,18; @ um anjo: Mateus 28.6; @ 0s apéstolos: Atos 2.24,32; 17.31; Romanos 4.24,2! méteo 2.8; 1 Pedro 1.21; Apocalipse 2.8 Lie A DIMENSAO DO SACRIFICIO DE CRISTO Como vimos na Licdo 5 (tépico 4), antes mesmo da outorga da Lei, os descendentes de Addo ja faziam ofertas a Deus (Gn 4.2-5; 22.7,8). O Pentateuco, deste modo, cumpriu o dever de sistematizar os procedimentos rituais, referentes aos tipos sacrificiais [perdao de pecados, agradecimento, pu- rificacdo e consagracao (veja, por exemplo, Lv 1—7)]. A beleza do sistema sacrificial veterotestamentario resi- de no fato de ele apontar para Cristo (Hb 9.22), o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2). Orton Wiley, em seu livro intitulado A Exceléncia da Nova Alianga em Cristo, citou o Dr. Adam Clarke, que disse: Todos os ritos, ceriménias e sacrificios da Lei Mosaica tiveram Cristo por seu objeto e finalidade; ndo tiveram intencdéo nem significa- do, sendo com referéncia a Ele; sem Ele, como sistema, nao tém fundamento; como Lei, sdo des- —=- @ A pessoa de Cristoeo sacerdocio de Cristo séo as colunas centrais de nossa cidadela da verdade crista. Em Sua pessoa, Jesus néo 6 apenas um entre muitos, nem mesmo um lider mais sabio e mais piedoso. De todos os que palmilharam as estradas da terra — que isto fique claro —, sd Ele foi Deus (WILEY. Central Gospel, 2009, p. 25) tituidos de razéo; e seus decre- tos sdo imposstveis e absurdos se tomados fora desta referéncia e conexdo [Cristo] (WILEY. Cen- tral Gospel, 2009, p. 31). Como os sacrificios nao eram completos em si mesmos e eram feitos por pessoas imperfeitas, eles precisavam ser renovados Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 continuamente, ano apés ano e a cada novo pecado, O Cor- deiro imaculado de Deus, todavia, realizou na cruz, volunta- riamente, por amor e graga, 0 sacrificio definitivo (Hb 10.1- 12). CONCLUSAO As Escriluras dizom que 0s sacrificios ¢ holocaustos eram apenas simbolos de algo infinitamente superior: o sacrificio de Cristo (Hb 10.1-10). Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do Mundo (Jo 1.29,36), por meio do Seu sacrificio, oferece a todos quantos nele creem perdao ilimilado e vida eterna. Gléria, pois, a Deus que enviou A Terra Seu Filho unigd- nilo, prometido no Eden (Gn 3.15), para morrer na cruz por nossas muitas transgressées (Jo 15.13). ATIVIDADES PARA FIXACAO 1. Nos escritos do Antigo Testamento, observamos duas classes distintas de videntes. Quais sao elas e o que as caracterizava? R.:(1) Os homens de Deus: era constituida pelos profe- tas hebreus, que prognosticavam o futuro por meio de revelacées divinas (1 Sm 9.15; 2 Sm 15.27; 24.11; 2 Rs 17.13). (2) Os falsos profetas: era constituida por encantadores e adivinhos, que lidavam com supostos espiritos de mortos (ou ancestrais); tais pessoas rece- biam espiritos malignos para fazerem prognésticos fu- turos, como acontece nos dias atuais. 2. As profecias relacionadas ao advento do Messias fo- ram fiel e literalmente cumpridas na vida de Jesus, nosso Senhor. Cite ao menos wm vaticinio messidnico, indicando as referéncias de sua anunciagéio e cumpri- mento, respectivamente. R.:0 aluno poderé citar qualquer profecia contida no qua- dro apresentado nesta licdo. Citamos, coma exemplo, a seguinte: O Messias nasceria de uma virgem (Is 7.14; Mt 1.18-23). (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 53 DIA ae. A Nova Aliancga em Cristo Hebreus 8.6-13 B- 7- 1 - 12- 13- 54 Mas agora alcangou ele ministério tanto mais excelente, quanto é me- diador de um melhor concerto, que esté confirmado em melhores pro- messas. Porque, se aquele primeiro fora irrepreensivel, nunca se teria buscado lugar para o segundo. Porque, repreendendo-os, Ihes diz: Bis que virdo dias, diz 0 Senhor, em que com a casa de Israel e com a casa de Judé estabelecerei um novo concerto, ndo segundo o concerto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mao, para os tirar da terra do Egito; como nao permaneceram na- quele meu concerto, eu para eles nao atentel, diz o Senhor Porque este é 0 concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa de Israel, diz 0 Senhor: porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coragao as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serao por povo. Endo ensinaré cada um ao seu proximo, nem cada um ao seu irmédo, di- zendo: Conhece o Senhor; porque todos me conhecerdo, desde o menor deles até ao maior. Porque serei misericordioso para com as suas iniquidades e de seus pecados e de suas prevaricagées néo me lembrarei mais. Dizendo novo concerto, envelheceu o primeiro. Ora, 0 que foi tornado velho e se envelhece perto esta de acabar. Ligdes da Palavra de Deus PROFESSOR 46 TEXTO AUREO SUBSIDIOS PARA ...(pois a lei nenhuma O ESTUDO DIARIO coisa aperfeicoou), edesta | 2° feira- Génesis 4.1-16 sorte 6 introduzida uma © pecatio Jaz.8 porta melhor esperanga, pela 38 feira - Génesis 6.1-6 qual chegamos a Deus Noé achou graca aos olhos do Senhor 42 feira - Romanos 8.1-4 Hebreus 7.19 Porque a Lei estava enferma pela carne 58 feira - Efésios 2.1-9 Pela graca sols salvos, por meio da fé 6® feira - Romanos 13.1-10 © cumprimento da Lei 6 o amor Sdbado - Mateus 5—7 O Sermao do Monte OBJETIVOS Ao término do estudo biblico, o aluno devera ser capaz de: @ descrever a importancia e o significado da Nova Alianca, firmada com 0 sangue de Cristo; @ compreender que Lei e Graca séo encontradas tanto no Antigo quanto no Novo Testamento; @ saber que, na Nova Alianca, Deus transforma a Lei externa em vida interior, mediante a acao do Espirito Santo. ORIENTACOES PEDAGOGICAS Prezado professor, No decorrer da licao, procure destacar os seguintes pontos: 1. No Antigo Testamento, Deus falou aos homens tao profun- da e verdadeiramente quanto o fez no Novo; contudo, a limitacdo espacotemporal dos Seus arautos impediu a re- velacéo plena de Seus designios. Na Antiga Alianca, Sua Palavra foi falada a nés; na Nova, ela é gravada em nosso coragao por intermédio do Santo Espirito. 2. As verdades do Novo Testamento tém suas rafzes no An- tigo e ndo podem ser compreendidas sem ele. 0 Altissimo ndo agiu exatamente da mesma maneira, ou fez necessa- riamente as mesmas coisas, em todas as eras. No AT, por exemplo, néo havia batismo com o Espirito Santo ou o fa- lar em linguas; e, nos dias do Filho do Homem, nao havia um Taberndculo, mas um Templo. Pode-se observar que ha certo avanco na maneira como Deus age na humanidade e com os homens. Boa aula! Os pactos de Deus -© histérico da salvagio 55 a atributos divinos nao pode ser discutida; todavia, Sua obra manifesta-se, através COMENTARIO Palavra introdutéria As Escrituras denunciam a paulatina revelagao de Deus aos homens: esta se deu por meio dos dois principais concer- tos que Ele decidiu estabelecer, por amor e misericérdia, com o ser criado a Sua imagem e semelhanca ao longo dos tem- pos. Estes pactos sao conhecidos, na Teologia, como Antiga Alianga e Nova Alianga. A Antiga Alianga é marcadamente observada a partir do Pentateuco e caracteriza-se por sua dindmica educativa re- ferente ao povo de Israel: os filhos de Abrado precisavam tornar-se uma nagiio desenvolvida e preparar o berco da li- nhagem messianica para, entio, abencoar todas as familias da terra. O Novo Testamento, por sua vez, traduz claramente as interagées de Deus com os homens por meio de dois conceitos opostos e, ao mesmo tempo, complementares: a Lei e a Graga. Fi tere craca A graga de Deus no 6 uma revelagao nova sobre um novo jeito de o Eterno agir em relagao 4 humanidade; o favor divino 6 apresentado aos homens desde épocas imemoraveis (Gn 6.8). Da mesma forma, os atributos éticos e morais da Lei sao percebidos no Novo Testamento, Deus nao muda (Ty 1.17), o que muda é a forma de Ele revelar Seus preceitos eternos. Significa dizer que a Lei néo foi um improviso e/ou um erro corrigido com a Graga, como também a Graga nao é uma resposta as ditaduras legalistas que nao funcionaram na Criagao. 1.1. Conceito de Lei no contexto biblico Entende-se por Leio conjunto de preceitos normativos que regulam um fenémeno, ou que, derivando A imutabilidade dos dos séculos, de diferentes formas. Jesus é Deus, antes da fundacdo do mundo (Jo 8.58), porém, Ele apresentou-se como homem apenas na plenitude dos tempos (GI 4.4,5). Passo a passo, da forma como melhor Lhe apraz, 0 Eterno executa Seu plano eterno. 56 de uma autoridade soberana, ade- quam e corrigem as relacées entre os seres humanos. Deus criou, por exemplo, leis para reger a Natureza; em con- trapartida, tribos, povos e nacées receberam Dele a capacidade de criar regras e normas com vistas a educar os individuos em suas mul- tiplas interacées sociais (do casa- mento & guerra) Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 Assim, Deus, de modo exclusivo, desenvolveu para Israel um cédigo legal, denominado a Lei (Torah), com vistas a pro- teger suas relagées sociais, mas, acima de tudo, a manté-lo puro e incontaminado, pois, por meio dele, ser-nos-ia trazido o Salvador. 1.2. Conceito de Graca no contexto biblico A palavra graca vem do termo latino gratia, que, por sua vez, deriva-se do substantive grego charis, cujo significado 6 favor imerecido, benevoléncta ou favor para alguém que néo mereca. Biblicamente, graca é o dom gratuito de Deus em favor dos seres humanos, pecadores. Deus salva os homens nao porque eles possuem ou sao capazes de fazer algo digno de mérito, mas porque, além de nao possuirem condigées de salvarem-se a si mesmos, eles carecem de Sua misericérdia e perdao (Ef 2. 1-9). A LEI E A GRACA NO ANTIGO E NO NOVO TESTAMENTO A Lei (Torah) cumpriu o dever de ensinar Israel como ser e agir em relagio a Deus, a Criagao e ao préximo. A Gra- ¢a, por sua vez, revela como Deus age em relagao ao homem: 0 favor imerecido que Ele nos concede é tio incomensurdvel que nos constrange a agirmos misoricordiosamente em rela- cao aos nossos semelhantes, em uma interag’o renovavel de amor e perdao. 2.1. Pontos a serem considerados quando se estuda o binémio “Lei / Graca” @ oconjunto de preceitos da Lei (Torah) concernentes 4 mo- ral, a ética, aos valores e aos principios de conduta encon- tra seu dpice no cristianismo, e ele se aplica a todos os povos em Lodas as épocas; @ 0 conjunto de preceitos da Lei (Torah) que trata da for- magao histérica, politica, cultural e religiosa de Israel diz Tespeito somente aquele povo, que se constituiu histori- camente dentro de uma 4rea goografica specifica e foi estabelecido, como nagio, com uma cultura e expressdes de religiosidade exclusivas, como se observa em toda Car- ta aos Hebreus. 2.2. A Graca no Antigo Testamento O Antigo Testamento é considerado por muitos teéricos 0 grande tratado da Lei de Deus; entretanto, as Escrituras he- (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 57 braicas também revelam, de forma clara, a manifestagao da graga divina desde o inicio dos tempos. Vejamos: @ a Criagdo traduz-se na maxima expressao da graga divi- na, pois, se Deus chamou a existéncia todos os elementos do Universo a partir do nada, entao, tudo o que existe é favor imerecido; @ Deus demonstrou a Addo, Eva, Noé, Abrao, Moisés e Davi (além de outros tantos personagens biblicos) — sem que houvesse neles mérito algum — Sua infinita misericérdia; @ © onisciente Criador, conhecendo os pensamentos de Caim, aconselhou-o a mudar a intencdo do seu coracao, pois sabia que ele estava prestes a matar seu irmao, Abel — realidade que Caim, até entdo, desconhecia (Gn 4.1- 16); © logo apés atravessar o mar Vermelho e ser sustentado no deserto com mand e codornizes, 0 povo escolhido fez um culto profano, elegendo um animal como simbolo (Fx 32). Ainda assim, Deus continuou sustentando e protegendo Israel, dando-Ihe, por duas vezes, as tabuas da Lei (Ex 32.19; 34.1); @ Mesmo diante de todos os pecados cometidos por Davi, o Senhor cumpriu Sua promessa: da sua casa viria Aquele que salvaria o mundo (2 Sm 7.11,12; Mt 1.1) 2.3. A Lei no Novo Testamento Deus, a personificagéo do amor (1 Jo 4.16,19), nao cha- mou o homem 4 existéncia para vé-lo morrer eternamente (Ez 18.23; Jo 6.39). Destarte, em Sua presciéncia, antes de crid-lo O homem, em Cristo, pode — 4 Sua imagem © semelhanga (Gn cumprir a Lei, nao mais por 1.27) — dando-lhe a possibilidade 58 Santo — da amplitude do parton Ox bemoan ges Diante disso, o Novo Testamen- que seentregounacruz to é considerado, de forma geral, para morrer em seu lugar, —_ como 0 grande tratado da graga de quando nada merecia. Deus; e, na era da graga, a lei que Amaior Lei, a do amor, impera 6 a do amor. Essa lei, por assim, gera obediéncia e acolhimento aos preceitos medo do castigo divino, de escolher entre a obediéncia e a mas pela compreensao desobediéncia (Gn 2.16,17; 3.6,7) — dada pelo Espirito —, 0 Eterno providenciou um meio de trazé-lo de volta a Si (1 Pe 1,20,21; Ap 13.8b; Jo 3.16,36). sua vez, resume-se nos seguintes mandamentos: amar a Deus sobre ee todas as coisas com a plenitude do divinos. ser © ao préximo como a si mesmo MEE (Mc 12.30,31; Rm 13.8-10). Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 EEN o sermao vo monte A mentalidade judaica foi formada durante milénios a partir de dois elementos principais, a saber: a Leie os Profetas (Hb 1.1,2). Jesus, no entanto, reinterpretou_a cosmovisio israelita ao anunciar o Sermao do Monte (Mt 5-7); por meio deste discurso, o Mestre propés um modelo de interacao muito mais intenso e verdadeiro entre os seres humanos e Deus e entre os seres humanos e eles mesmos. Observe os pontos tangenciais entre a outorga da Lei Mosaica e a anunciacao do Sermao do Monte: @ Moisés recebeu as tabuas da Lei no alto de um monte; ao descer, ele transmitiu os mandamentos do Senhor ao povo da alianca (Ex 34.1-32). Jesus anunciou Seu sermao do alto de um monte; contudo, naquele dia, nado apenas 0 povo es- colhido estava presente, mas também aqueles que vieram a crer Nele; @ para comparar a Antiga Alianca coma Nova, o Mestre utilizou especialmente duas frases: ouviste o que foi dito e eu, porém, vos digo (Mt 5.21,22,27,28,31,32,33,34,38,39,43,44); @ © Sermao do Monte reforma e aclara a mentalidade judai- ca, explicando os porqués do Antigo e do Novo Testamen- tos (Mt 7.28,29). 3.1. As bem-aventurancas e os seus significados © Sermo do Monte constitui-se na esséncia da Nova Alianga, e as bem-aventurangas (ou beatitudes) nele contidas assinalam pressupostos atemporais, que se aplicam a todos ‘os homens em todos os tempos, a saber: @ nao devemos fazer algo para o Senhor com uma visio mer- cantilista, isto 6, esperando receber dele qualquer recom- pensa; © a vida espiritual nao se desenvolve a partir de exterioriza- des dogmaticas, mas de um viver élico e moral, condizen- te com os ensinos de Jesus. 3.2. A superioridade da Nova Alianca A lei moral é perfeita em si mesma por traduzir a vontade de Deus para a humanidade, mas, como nos fez saber o apds- tolo Paulo ao escrever aos romanos, ela (a Lei) estava enfer- ma pela carne (Rm 8.3). Seus padrées eram to altos, que os homens néo conseguiam cumprir todas as suas exigéncias; deste modo, o Criador nao tinha condicées de, por meio dela, ajudar aqueles que nao a cumprissem, mas apenas condena- -los. Por outro lado, a Lei cerimonial nao podia tornar perfeitos seus ofertantes (Hb 10.1). (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 59 —= #8383} O cumprimento da profecia de ANova Alianca baseia-se _Jeremias — pore! a snc lei no seu interior e a escreverei no seu em melhores promessas, ——_coracdo; e eu serei o seu Deus, e isto 6, nas promessas de eles serdo o meu povo (jr 31.33b) Deus unicamente, e estas nesse sentido, apresenta a ideia confirmadas por juramento. central da Nova Alianga: o Criador Trata-se, pois, de uma alianca transforma a Lei externa em vida da graca, em vez de alianca _ interior e, mediante o dom do Espi- das obras, em que a fidelidade _ tito Santo, purifica e renova o cora- de Deus substitui a fraqueza $89 do homem que, do seu intimo, humana (WILEY. Central cumpre a Sua vontade. Gospel, 2009, p. 361). O fato de a Lei ser gravada na mente humana sugere, ainda. uma EEE Comunicacgio da verdade divina, que possibilita ao homem alianga- do nfo apenas amar o Senhor com todas as suas forcgas, mas também interpretar e expressar, com inteligéncia, esse amor por meio de um viver santo (Adaptado de WILEY. Central Gospel, 2009, p. 368). CONCLUSAO A disting&o que se faz entre ambos os testamentos fun- damenta-se no cardter de sous mediadores. Como vimos até aqui, na Antiga Alianga, a funcdéo medianeira era exercida pela Leie pelos Profetas; contudo, no NT, Cristo é apresenta- do como tinico mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5). Orton Wiley disse que devemos ter constantemente no es- pirito a diferenca entre as duas aliangas: uma, em que o ele- mento humano é mais proeminente; outra, em que é 0 divino; uma mais externa, outra mais interna e espiritual. O Filho do Homem nao apenas cumpriu ¢ encerrou a anti- ga dispensaciio, mas é, em si mesmo, o estagio final da reve- lacdo divina. ATIVIDADE PARA FIXACAO 1. O Antigo Testamento é considerado por muitos tedricos 0 grande tratado da Lei de Deus; entretanto, as Escrituras hebraicas também revelam, de forma clara, a manifesta- ¢ao da graca divina desde o inicio dos tempos. De acordo com a lig&o de hoje, cite ao menos um evento biblico que confirme esta afirmativa. R.:Deus demonstrou a Addo, Eva, Noé, Abrao, Moisés e Davi (além de outros tantos personagens biblicos) — sem que houvesse neles mérito algum — Sua infinita misericérdia. 60 Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 46, DIA | MES 1, Os Principios da Nova Alianca Mateus 5.1-10 1- Jesus, vendo a multidao, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discipulos; 2- e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo: 3- Bem-aventurados os pobres de espirito, porque deles é o Rei- no dos céus; 4- bem-aventurados os que choram, porque eles serao consolados; 5- bem-aventurados os mansos, porque eles herdarao a terra; 6- bem-aventurados os que tém fome e sede de justiga, porque eles serao fartos; 7- bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcangarao misericordia; 8- bem-aventurados os limpos de coragao, porque eles verao a Deus; 9- bem-aventurados os pacificadores, porque eles serao chama- dos filhos de Deus; 10- bem-aventurados os que sofrem perseguicao por causa da justica, porque deles é o Reino dos céus. Galatas 1.9,11,12 9- Assim como ja vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo: se alguém vos anunciar outro evangelho além do que ja recebestes, seja andtema. 11- Mas fago-vos saber, irmaos, que 0 evangelho que por mim foi anunciado nao é segundo os homens, 12- porque nao o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelagéio de Jesus Cristo, (Os pactos de Deus -O hist6rico da salvaco 61 TEXTO AUREO SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIARIO E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multiddo se 28 feira - Lucas 10.25-28 Um novo mandamento admirou da sua doutrina it lee SRNEAA DEAL porquanto os ensinava com autoridade e néo A esséncia da mensagem de Jesus 48 feira - Lucas 6.17-49 Asintese da Nova Allanca como os escribas. Mateus 7.28,29 Anunciacéo das boas-novas 62 58 feira - 1 Corintios 9.16,18,19,23 68 feira - Mateus 5,1-12 Beatitudes da Graca Sabado - Joao 7.16,17 Os principios de Deus OBJETIVOS Ao término do estudo biblico, o aluno devera ser capaz de: @ compreender que o Sermo do Monte resume a teologia de Cristo; @ saber que as bem-aventurangas proclamadas por Jesus no Sermdo do Monte encontram certo paralelo nos Dez Man- damentos sinaiticos; @ conhecer os ensinamentos que podem ser extrafdos das bem-aventurancas proferidas por Jesus no Sermao do Mon- te. ORIENTACOES PEDAGOGICAS Prezado professor, Jesus anunciou o evangelho tanto por meio de acées quan- to de ensinos orais (Mt 4.23; 7.28,29). Destaca-se, entretanto, como um dos pontos principais de Sua mensagem, o Sermao do Monte (Mt 5—7), pois, ao proferi-lo, o Mestre revelou ao pliblico presente naquele lugar os principios da Nova Alianca (Mt 5.1,2). Nosso desafio, nesta oportunidade, é comunicar aos alunos as riquezas do novo pacto a partir dos ensinamentos contidos no Sermao do Monte. No decorrer desta licéo, ficar claro que os assuntos abordados por Jesus naquele dia foram: pertenci- mento ao Reino (Mt 5.3-16; 7.13-27); cumprimento da Lei (Mt 5.17-20; 7.12); relacionamento com o préximo (Mt 5.21-48); relacionamento com Deus (Mt 6.1-18) e forma de responder a situacées diversas (Mt 6.19—7.11). Boa aula! Ligdes da Palavra de Deus PROFESSOR 46 COMENTARIO Palavra introdutéria © evangelista Mateus registrou, entre os capitulos cinco ¢ sete de seu Evangelho, o marcante, agudo e oportuno sermao proferido por Jesus na colina que ficava prdéxima as margens do mar da Galileia. A mensagem deste discurso esta centrada nas boas-novas do Reino dos céus. Vale destacar que, em Mateus (caps. 5-7), Jesus sobe a montanha, senta-se, e, depois que os discipulos se ajuntam, Ele inicia Seu discurso dizendo: Bem-aventurados os pobres de espirito, porque deles é o Reino dos céus. Em Lucas, por outro lado, é descrita uma cena na qual Jesus, tendo desci- do da montanha, fica de pé em uma 4rea plana e comeca as beatitudes com palavras diferentes: Bem-aventurados vos, os pobres, porque vosso & o Reino de Deus (Lc 6.17,20). Estas diferencas acenam uma variedade de explicacées. Por um lado, esses dois relatos podem ser vistos como des- cricées precisas de dois sermées em momentos e lugares diferentes. Por outro, as distincées podem ser devidas as descricées reveladoras e inspiradas de Mateus e Lucas, com cada um resumindo e dramatizando a esséncia dos ensinamentos de Jesus em harmonia com suas énfases dis- tintas (TOWNS; GUTIERREZ. Central Gospel, 2014, p. 33). Para aqueles que apreciam definicdes sintéticas, pode- -se afirmar que o Sermdo do Monte resume a teologia de Cristo, pois revela Sua doutrina e esséncia. Antes de a Igreja consolidar-se como agéncia do Reino de Deus na terra, 0 Senhor Jesus tomou a iniciativa de revelar ao mundo, por meio dessa explanacaéo pedagégica, as bases que consti- tuem 0 modelo de vida proposto na Nova Alianca. © CONTEXTO DO SERMAO DO MONTE © propésito do Sermao do Monte é mais bem compre- terreno de Cristo: & época dessa pregagao, Jesus jé havia con- vocado os quatro primeiros discipulos (Mt 4.17-21); e, den- tro de alguns dias, os outros oito seriam chamados. Logo, 0 Sermio do Monte foi o inicio da preparagio dos auxiliares diretos de Jesus. Aquela foi a oportunidade para que o Mestre comecasse a dizer aos Seus seguidores mais préximos 0 que esperava deles e 0 que eles deveriam esperar desta nova fase de suas vidas. 1.1. O significado da expressao bem-aventurado O termo bem-aventurado significa abengoado, feliz, sendo utilizado para fazer referéncia aqueles que, depois da morte, (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 63 desfrutam da felicidade celestial e eterna. Esta definigao per- mite-nos afirmar que ser bem-aventurado extrapola a alegria terrena ou material, pois significa, antes de tudo, gozar da béngdo da salvagiio eterna em Deus. 1.2. As Bem-aventurang¢as e os Dez Mandamentos —== @ |} Nos tempos de Jesus, a vida de muitos judeus era marcada pelo legalismo; por esse motivo, o Mestre ensinou, no Sermao do Monte, que o legalismo nao é uma opcao aos verdadeiros adoradores, aos intimos de Deus; um legalista jamais chamaria Yahweh de Pai-nosso (Mt 6.9) (Adaptado de: LEAL, M. S. Central Gospel, 2012, p. 9). —— —_—_— Pode-se dizer que as bem-aven- turancas proclamadas por Josus encontram certo paralelo nos Dez Mandamentos sinaiticos: enquanto 0 Decidlogo expressa os principios 6ticos e morais da Lei divina para o povo de Israel, as Bem-aventuran- Gas proclamam os principios espi- rituais do Novo Testamento para a Igreja cristi. Significa dizer que 0 Sermao do Monte, para os salvos em Cristo, equivale — porém de forma superior — aquilo que a Lei do Sinai foi para a teocracia do An- tigo Testamento B AS BEM-AVENTURANCAS O efeito do trabalho de Cristo no Sermao do Monte foi universal e supracultural, pois a Sua doutrina é pertinente em qualquer contexto. Muito provavelmente, o contetido essen- cial do Sermao do Monte foi enfatizado por Jesus no decur- so de Seu ministério terreno, pois estabelece, com clareza e objelividade, os elevados padroes espirituais para a vida dos verdadeiros filhos de Deus. Contudo, destacaremos, dentro desse conjunto de ensinamentos, as Bem-aventurangas. Ve- jamos a seguir. 2.1. Bem-aventurados os pobres de espirito Pobres de espirito sao aqueles que reconhecem suas caréncias espirituais, deixam de lado toda arrogancia, tornam-se sensiveis 4 voz de Deus (Is 66.2) e revelam-se dependentes da Sua graca. E para esses pobres que Jesus veio trazer a mensagem de boas-novas (Lc 4.18a) Nesta bem-aventuranga (Mt 5.3), Jesus oferece esperancga e alegria a todas as pessoas que reconhecem sua miséria espiritual diante de Deus e achegam-se a Ele sem nada para oferecer-Ihe, a nao ser a sua grande necessidade. Esta beatitude também revela a qualidade da vida futura das pessoas que humildemente decidem seguir o Mestre dos mestres. Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 2.2. Bem-aventurados os que choram O choro ou lamento da alma é a expressao visivel de uma tristeza pessoal, que pode ser motivada, dentre outras pos- sibilidades, por tribulagées, perdas, dor fisica ou pelo reco- nhecimento de um estado pecaminoso profundo; o choro é também a exteriorizagéo de sofrimentos advindos de injus- ligas ou de perseguicgées por causa da fé. Em todos esses casos, o Consolador esta apto a transformar 0 choro em ale- gria (Is 61.2,3; Jo 14.16; Rm 8.18,19; 2 Co 4.17). O sofrimento pode levar o cristo a contric&o e a sujeicéo ao Senhor (1 Pe 5.6; Tg 4.10); e este quebrantamento (SI 51.17) produzira uma resposta para o seu pranto (SI 30.5). 2.3. Bem-aventurados os mansos Essa bem-aventuranga (Mt 5.5) 6 uma confirmagéo do Salmo 37.11 e designa aqueles que agem com amor, com- preensao e misericérdia; os mansos, mesmo em momentos de grande incitagao a uma reagao de violéncia, sio gentis, moderados e revelam autocontrole. A mansidéo 6 uma qualidade do préprio Cristo (Mt 11.29) e um adorno que Seus seguidores devem possuir (1 Pe 3.4,15, 2 Co 10.1; Tt 3.2). Na Nova Alianga, 0 Senhor esta- beleceu a mansidéo como um nove principio para se herdar a terra. © conceito de mansidao, na Nova Alianca, evidencia-se na submisséo a Deus e a Sua Palavra, bem como na atitude correta em relacdo aos outros. Jesus é 0 extremo exemplo de mansidao altruista, uma vez que se entregou para morrer em lugar de toda e qualquer pessoa, independentemente da aceitacao ou recusa ao Seu sacrificio. 2.4, Bem-aventurados os que tém fome e sede de justica A palavra justica, em Mateus 5.6, denota um alto padrao ético e moral (0 que é “direito”, “reto”), remetendo is aiid — honrosas que se adotam nas rela- A mensagem central da bes interpessoais (Gn 30.33; Lv quarta beatitude (Mt 5.6) 19.36) e a maneira correta de ex- pressar-se (S] 52.3; Pv 8.8). é: felizes sao aqueles que Assim como os famintos e se- _@lmejam a justica (Mt 5.6) dentos necessitam encontrar ali- __ mais do que a comida, a mento e agua para sa ‘em-se (1 bebida, a riqueza ou qualquer Jo 2.29; $118.20), 0 cristéo, sendo —_9utro bem (Rm 14.17), pois nascido de Deus, deve desejar for- estes encontrarao o que temente ser integro e reto em to- procuram. dos os aspectos de sua vida e nao 1 se acomodar com as injusticas (1 Co 13.6) (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio | 65 2.5. Bem-aventurados os misericordi A palavra misericordia significa compaixao, generosidade, amor firme. O termo também é usado com o sentido de bene- voléncia e boa vontade em ajudar os necessitados (Lc 18.39). No texto biblico veterotestamentario, a misericérdia divina 6 descrita como grande (Is 54.7), certa (Is 30,18), eterna (SI 25.6) e renovavel (Lm 3.22,23). Os autores neotestamentarios, cientes desta realidade e de posse das palavras de Jesus no Sermo do Monte (Mt 5.7), fizeram-nos entender que o com- passivo Senhor espera que, como seus filhos, sejamos miseri- cordiosos com o nosso préximo (Rm 12.20,21; Tg 1.27). Os editores do Novo Comentario Biblico do Novo Testamen- to fizeram uma oportuna colocacao a respeito deste tema. Dis- seram eles: 0 cristéo no demonstra misericérdia para receber misericérdia; ele faz isso porque jé a recebeu. E, enquanto con- tinua dando provas da graca de Deus em sua vida, ele conti- nua recebendo essa graca. Em outras palavras, ele nao é salvo simplesmente porque demonstra misericérdia e 6 bom para as pessoas; ele é bom e demonstra misericordia porque é salvo (RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Central Gospel, 2010b, p. 23). 2.6. Bem-aventurados os limpos de coracao Os judeus dos dias de Jesus davam muito valor 4 pureza ou limpeza (Mt 23.25) — este comportamento foi herdado de seus antepassados; por exemplo: a favagem ritualistica con- sistia em um passo fundamental da purificacdo dos sacerdo- tes em atuacgéo no tabernaculo (Ex 40.12); lavar com agua simbolizava uma limpeza espiritual, a preparacdo necessaria para entrar na presenca do Senhor (S| 26.6; 73.13) (RADMA- CHER; ALLEN; HOUSE. Central Gospel, 2010a, p. 186). O Mestre, entretanto, voltando Sua atengio para o intimo do homem, disse que felizes sdo os limpos de coragao (Mt 5.8). Mas, afinal, quem sao os fim- Jesus nao disse que sao felizes aqueles que conseguem provar a razdo das coisas, mas, sim, aqueles que fabricam a paz (pacificadores); aqueles que emprestam a aridez do caminho beleza e fé; estes, segundo 0 Mestre, seréo chamados filhos de Deus (Mt 5.9) (GONGALVES, J. Central Gospel, 2015, p. 26). i i 66 pos de coracéo? So aqueles que aprendem Daquele que é mansoe humilde de coracao (Mt 11.29). Es- tes alcancam a condigao de filhos de Deus (Jo 1.12,13), pois recebem Jesus como Salvador, morrem com Ele e tornam-se novas criaturas. 2.7. Bem-aventurados os Ppacificadores Os pacificadores sao aqueles que tém paz com Deus e vivem em paz.com todos os homens (Rm 5.1; Hb 12.14). Eles sao assim chama- dos nado porque foram regenera- Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 dos pela sociedade, mas porque foram transformados pelo poder do evangelho (Rm 1.16). O pacificador é feliz (Mt 5.9), vive em paz (Fp 4.7), 6 her- deiro de Deus (GI 4.7), tem discernimento de Sua vontade (Pv 15.18) e é sdbio (Tg 3.17). Ele é um embaixador de Cristo, e sua missdo é promover a paz entre os homens por meio das boas-novas. 2.8. Bem-aventurados os que sofrem perseguicao ‘A perseguigao nao é algo incomum. Jé a resposta corre- ta diante dela é. No Sermaéo do Monte, Jesus também ensinou que 08 cristéos teriam de respon- der aos insultos, as calinias, 4s perseguigées e as violéncias de forma paciente, generosa e cora- josa (ML 5.10). para fortalecer e guiar os —== Marcos escreveu seu Evangelho cristdos de Roma em meio a terrivel perseguicao de Nero. Pode-se afirmar que, de certa forma, o sofrimento e a persegui- cdo sio uma oportunidade para que o Reino de Deus avance. Um estudo aprofundado do Livro de Antes de tudo, seus leitores precisavam saber que Jesus também tinha sofrido. No entanto, além disso, era preciso Atos faz-nos entender que a per- que eles soubessem que seguicao a comunidade crista foi ‘© meio por meio do qual a Igreja espalhou, inicialmente, as boas- -novas de salvacdo pelo mundo (At 8.1). CONCLUSAO O Sermao do Monte contém a esséncia do ensinamen- to moral € ético de Jesus € constitui-se na base do pacto neotestamentario. As bem-aventurangas que © Filho de Deus proferiu nes- te sermao surpreenderam as multidées vindas da Galileia, de Decdpolis, de Jerusalém, da Judeia e dalém do Jordao (Mt 4.24,25), pois elas (as bem-aventurangas) marcaram um novo tempo, uma nova maneira de facear as situagées e de relacionar-se com Deus e os homens. ATIVIDADE PARA FIXACAO 1. De acordo com a licéio de hoje, comente a seguinte afir- mativa: as bem-aventurancas proclamadas por Jesus en- contram certo paralelo nos Dez Mandamentos sinaiticos. R.:O Decdlogo expressa os principios éticos e morais da Lei divina para o povo de Israel, as Bem-aventurangas, por sua vez, proclamam os principios espirituais do Novo Tes- tamento para a Igreja crista. (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio Cristo, depois de sofrer, havia vencido o sofrimento e a morte (RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Central Gospel, 2010b, p. 90). 67 ont eeen, As Testemunhas da Nova Aliancga BIBLI Mateus 16.13-19 13 - E, chegando Jesus as partes de Cesareia de Filipe, interrogou os seus discipulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? 14 - E eles disseram: Uns, Jodo Batista; outros, Elias, e outros, Jere- mias ou um dos profetas. 15 - Disse-lhes ele: E vos, quem dizeis que eu sou? 16 - E Simao Pedro, respondendo, disse: Tu és 0 Cristo, 0 Filho do Deus vivo. 17- E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simao Bar- Jonas, porque nao foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que esta nos céus. 18 - Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno nao prevalecerdo contra ela. 19- E eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o que ligares na terra serd ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra serd desligado nos céus, 1 Pedro 2.9,10 9- Mas vos sois a geracao eleita, 0 sacerdécio real, a nagao santa, 0 povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 10- vés que, em outro tempo, nao éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus; que nao tinheis alcangado misericérdia, mas, agora, alcangastes misericdrdia. 68 Ligoes da Palavra dle Deus PROFESSOR 46 TEXTO AUREO Portanto, lembrai-vos de que vés, noutro tempo, (...) estdveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos aos concertos da promessa, SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIARIO 28 feira - Mateus 28.16-20 A Grande Comissao 34 feira - Joel 2.28-32 Promessa da efusdo de Espirito 42 feira - Atos 2.1-4 O dia de Pentecostes nao tendo esperanga e sem Deus no mundo. 58 feira - 1 Corintios 12.1-7 Adiversidade de dons Beésive.2.01 12 62 feira - Lucas 22.24-27 Uma comunidade de iguais SAbado - Atos 4.1-20 N&o podemos deixar de falar OBJETIVOS Ao término do estudo biblico, o aluno devera ser capaz de: @ compreender de que forma e em que momento da histéria da salvacdo a comunidade da Nova Alianca fol instituida; @ saber que, na cronologia crista, a Igreja foi institu(da por Jesus antes de Ele ascender aos céus; @ entender as diferencas conceituais entre /greja universal e igreja local. ORIENTACOES PEDAGOGICAS Prezado professor, Instituir significa estabelecer e efetivar um padrao apro- priado para que se alcance determinado objetivo. Deste modo, no contexto humano, as instituicées traduzem-se em padroes organizacionais que determinam os principios éticos e morais para uma sociedade e/ou para os individuos. No inicio da licdo, portanto, sugerimos que seja apresenta- da aos alunos a seguinte progressao institucional, estabeleci- da e efetivada por Deus no decorrer da Histéria ‘om Addo, a familia 6 organizada (Gn 1.26-28; 2.23,24); com Abraao, 0 povo de Israel & formado (Gn 12.1-3); com Moisés, a Lei é instituida (Ex 24.12); com Davi, 0 Reino é estabelecido (2 Sm 2.4; 7.16); com Jesus, 0 dpice de Sua revelacéo, um novo, mais profun- do e adequado modelo institucional é instaurado, e, a partir deste, o Eterno inaugura outra forma de interacdo com os salvos: a Igreja (Mt 16.18). Boa aula! (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 69 COMENTARIO Palavra introdutoria Independente da anunciacéo profética, 0 mundo antigo, ainda que superficialmente, conhecia a gléria de Deus e a obra de Suas mos (S| 19.1-4a; Rm 1.20). Isaias e Habacuque, no entanto, predisseram que chegaria o dia em que a terra se encheria do conhecimento da gléria do Senhor, como as aguas cobrem o mar (\s 11.9; He 2.14). Como vimos em licées anteriores, todos os pactos que Deus estabeleceu com o homem apontavam para Aquele que feriria a cabeca da serpente (Gn 3.15); assim, na plenitude dos tem- pos, Ele enviou Seu Filho, nascido de mulher, sob a Lei (GI 4.4), para estabelecer Seu ultimo concerto com a humanidade. A partir de Jesus, o consumador da Nova Alianga, uma comunidade formada por individuos salvos pelo Seu sangue foi instituida; esta recebeu o nome de Igreja e ficou encar- regada de levar ao mundo a mensagem da Graga (Mt 16.18; 28.16-20; Mc 16.15). AINSTITUICAO DA IGREJA Na Antiguidade, ser israelita ou judeu significava fazer parte de um povo escolhido por Deus para abencoar todas as familias da terra (Gn 12.2,3), pois, como Ele mesmo prome- tera, Seu Ungido (o Messias) adentraria o tempo e 0 espaco para cumprir o plano redentivo por intermédio dos filhos de Abra&o. E, quando este plano se cumprisse, a comunidade da alianca deveria anunciar ao mundo que o Salvador das nacées fora enviado. ‘Assim, a missao de discipular os povos da terra comega com um grupo de pessoas — doutrinado por Yahweh duran- te milénios para tal missdo — e termina em nés, o Israel de =e Deusespalhado pela face da terra (1 Pe 2.9,10). Dos quatro Evangelhos, somente em Mateus a palavra 1.1. Os chamados para fora Igreja é mencionada (Mt Qs cidadéos gregos, e mesmo 16.18; 18.17). Obviamente os romanos, eram periodicamente os discipulos ainda nao chamados para fora de suas casas entendiam a doutrina da © Oficios a fim de participarem de igreja no NT, que pressupunha reuniées especificas, nas quais se discutiam assuntos relacionados & aigualdade entre judeuse —coletividade (At 16.19,22; 17.17; gentios (Ef 2.11—3.7). Eles 19.32,39). Quando acontecia a ekk- entenderam apenas que se /esia (convocacdo), os habitantes tratava de uma congregacaéo das cidades tinham de deixar seus afazeres para resolverem conjunta- do Senhor. mente seus problemas. 70 Ligdes da Palavra de Deus PROFESSOR 46 ©. substantivo grego ekklesia lek (saindo de) + klesia (va- riagdo do verbo kaleo = chamar)] deu origem a palavra igreja na lingua portuguesa. O vocdbulo significa: os chamados para fora. © Senhor Jesus utilizou exatamente esse termo grego (ekklesia) para definir 0 grupo de pessoas convocadas por Ele (Mt 16.16-18) — e chamadas pelo Espirito Santo (Jo 16.8- 11) — para fora do sistema mundano (Rin 8.9; 12.1,2). 1.2. A missao da Igreja Em Seus propésitos eternos, Deus fez de Sua Igreja uma comunidade com objetivos especificos (Jo 17.24; Ef 1.3,4);e o primeiro destes resume-se no seguinte imperativo: “ide” (Mt 28.19,20). Nesse texto (Mt 28.19,20), observa-se que o Ide 6 uma instituigdo composta de um anexo de acdes, que somente os salvos por Cristo tém legilimidade para efetivi-lo, a saber: pregar o evangelho a toda criatura (v. 19); fazer discipulos (v. 19); batizar conversos (v. 19) e ensinar (v. 20). Os apéstolos, posteriormente, orientados pelo Espirito San- to, identificaram outras acées que refletem o carter de Cris- to, a saber: 0 cuidado com 0 corpo de Cristo (At 4.32-37; 6.1-5; Tg 1.27) e a comunhao (At 2.42-44). 1.3, Uma comunidade de es iguais Ao lavar os pés dos Seus O Mestre, no exercicio de Seu inistério ter i discipulos, Jesus instituiu uma minfatdrio: tarmano, ensinow que:os: TO dorservasitjo 12:12- Seus seguidores formam uma co- munidade de iguais; nesta comu- _17); deste modo, qualquer nidade, todos os seus integrantes sentimento ou dis| possuem os mesmos direitos e os que nao reflita o carater mesmos deveres (Le 22.24-27). As- de Cristo — de altruismo, sim, a proposta para aqueles que interesse pelos outros e de tém a incumbéncia de levar ao servico ao préximo, mesmo mundo a mensagem de salvacéo é —_sofrendo desvantagens —, a de nao gerar ou promover qual- colide frontalmente com a quer tipo de disting¢ao entre os que ~~ mensagem do evangelho (F se disp6em a ouvir a voz do Bom oem 2.3-8) cee p Pastor. =r A COMUNIDADE DA NOVA ALIANCA E DEFINITIVAMENTE ESTABELECIDA No Antigo Testamento, algumas pessoas foram tempo- rariamente revestidas pelo Espirito Santo para cumprir um propdsito especifico — como Sansao (jz 13.24,25) e Saul (1 Sm 10.1,6,7), por exemplo —; contudo, quando a obra termi- Os pactos de Deus -© histérico da salvagio 71 nava ou quando tais homens desviavam-se de sua fé, o Espiri- to do Senhor deixava-os (Jz 16.20b; 1 Sm 16.14). Depois de ascender aos céus, no entanto, tendo cumprido o plano redentivo, Jesus jou o Consolador para conduzir aqueles que viriam a formar a comunidade da Nova Alianca (At 2.1-4) — a Igreja —, conforme prometera cnquanto csteve entre os Seus discipulos (Jo 15.26; 16.7). 2.1. O dia de Pentecostes Joel, séculos antes do advento do Messias, anunciou a Is- rael que chegaria o dia em que o Senhor dos céus e da terra Apés a morte de Jesus e 0 estabelecimento da Igreja no Pentecostes, todos que respondem a Cristo, seja judeu ou gentio, tornam-se membros do rebanho do qual Ele é 0 Pastor. O apéstolo Paulo escreveu sobre esse rebanho como um so corpo, com judeus e gentios fazendo parte dele (Ef 3.6; Cl 3.11) (Adaptado de: WILLMINGTON. Central Gospel, 2015, p. 390). i i@§\ derramaria sobre toda a carne o Seu Espirito (JI 2.28). A profecia velerotestamentiria (2.28) cumpriu-se no dia em que se realizava uma festividade judai- ca, em Jerusalém, que acontecia 50 dias apés a Pascoa (o Pentecos- tes). Naquela ocasido, o Espirito de Deus desceu sobre 120 pessoas (At 1.15), que comegaram a falar em outras linguas (At 2.4). Este evento, referido como dia de Pentecostes, marca o instante do nascimento da Igreja crista (At 2) ea transicio da era de Jesus para a era do Espirito Santo na Igreja. 2.2. A funcao do Espirito Santo no plano de salvacao Na hist6ria da salvagio, ao derramar Seu Espirito so- bre toda carne, ou seja, sobre todos aqueles que o rece- bem como Senhor e Salvador, o Criador da inicio a uma nova era em que Ele passa a interagir diretamente com os salvos. A partir de entio, Ele, dentre outras agées: 16.8-11); 3.16; 6.19); convence 0 homem do pecado, da justica e do juizo (Jo mora permanentemente no salvo (Rm 8.9); transforma aqueles que nele creem em Seu templo (1 Co consola os que o buscam (Jo 14.16; 16.7); guia o crente em toda verdade (Jo 16.13); concede aos cristaos dons e ministérios (At 2.38; 1 Co 7.7; 12.1-11; Rm 12.6-8). 72 Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 FEW icreja universaL E IGREJA LOCAL O vocabulo grego ekklesia (destacado no tépico 1.1) pode indicar tanto uma congregacao local quanto a Igre- ja universal. No Novo Testamento, o termo 6 encontrado duas vezes no Evangelho de Mateus (Mt 16.18;18.17), 23 vezes em Atos dos Apéstolos e 62 vezes em todas as cartas paulinas — pelo menos 50 delas em referéncia as comunidades locais. Deste modo, para melhor compreendermos a mensagem neotestamentaria, é importante que se faca distincdo entre igreja local e Igreja universal. Observe o quadro a seguir: IGREJA UNIVERSAL —_IGREJA LOCAL _Indestrutivel_ Destrutivel FONTE: WILLMINGTON. Central Gospel, 2015, p. 271. 3.1. O entendimento de Paulo acerca da igreja local Ao estudarmos o Livro de Atos e as cartas paulinas, per- cebemos que 0 apéstolo aos gentios foi o maior fundador de igrejas que o mundo jé observou: e ele cumpriu sua missao — que se apoiava diretamente em seu encontro com o Cristo ressurreto e glorificado na estrada para Damasco (At 9.1-9) — em um periodo de tempo relativamente curto; para tanto, lan- cou mao de algumas estratégias baseadas na compreenséo que ele teve a respeito do evangelho da graca (GI 1.15,16) O entendimento de Paulo acerca da igreja local é bas- tante simples: o apéstolo entende que ela agrega aqueles que creem no Cristo ressurreto, com o objetivo de adorar o Deus triuno e edificar os seus membros. As primitivas congregacées reuniam-se com este propésito, mas funcio- navam independentemente uma da outra, permitindo que cada comunidade florescesse com sua prépria lideranca local. Os pactos de Deus -© histérico da salvagio 73 74 Vejamos a seguir de que forma a lideranca eclesiastica é apresentada na Igreja primitiva, e de que modo ela se apre- senta nas igrejas fundadas pelo apéstolo. 3.1.1. Os dirigentes da igreja antes de Paulo Na comunidade de iguais existem aqueles que recebem de Deus o dom de liderar o grupo eclesial. Vejamos a seguir os oficios observados na Igreja primitiva: © apéstolos (Mt 10.1-4) — era uma pessoa comissionada por Cristo, um mensageiro enviado, um embaixador do evan- gelho. O termo foi utilizado no Novo Testamento para fazer referéncia aos doze apéstolos de Cristo (Mt 10.2; Lc 6.13; At 1.26; Jd 17; Ap 21.14); a Paulo, o apéstolo aos gentios (1 Tm 2.7; 2 Tm 1.11); e, mais tarde, a outros que trabalha- ram na implantacao de igrejas; @ didconos (At 6.1-5) — eram servos, atendentes ou assis- tentes, separados para trabalhos especificos, como: servir as mesas; encarregar-se das esmolas e das ajudas humani- tarias; atender as necessidades dos demais e estar pronto para cuidar dos pobres, enfermos e vitivas (1 Tm 3.8-13). 3.1.2. Os dirigentes da igreja a partir de Paulo Quando fundava igrejas, Paulo nao apenas instruia os con- versos a reunirem-se indiscriminadamente, ele dava aos no- vos cristios instrugées sobre os lideres locais. Dentre os ofi- cios destacados pelo apéstolo em suas cartas, destacam-se: 0 apostolado (At 14.4,14; 2 Co 8.23; Rm 16.7; 1 Co 12.28); 0 presbitério ou bispado (At 20.17,28; Tt 1.5,7; 1 Pd 5.1,2); 0 diaconato (1 Tm 3,13); o ensino (At 13.1; Tg 3.1); 0 pastoreio e o evangelismo (Ff 4.11). CONCLUSAO Afinal, qual a razao de ser e estar da comunidade da Nova Alianga, que, em modo e esséncia, distancia-se das necessida- des e pensamentos do mundo que abrigou os antigos hebreus? Além de manter viva a memoria da pessoa e da obra de Cristo em um mundo pés-moderno, que corre pelas estreitas e frias raias do racionalismo, a Igreja fala do milagre como uma possibilidade real; deste modo ela cumpre a funcao de preservar a expectaliva de que o céu se abrird e de que a gra- ca divina sera derramada sobre os homens. ATIVIDADE PARA FIXACAO 1. Qual o significado da palavra igreja? R.: Seu significado literal &: os chamados para fora, referindo- -se aqueles que séo chamados para fora do sistema mun- dano., Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 TEX XTO Bi es 3 A asm Os Simbolos da Nova Alianga BLICO BASICO Hebreus 9.23,26-28 23- 26- 27- 28 - De sorte que era bem necessario que as figuras das coisas que estao no céu assim se purificassem; mas as proprias coisas ce- lestiais, com sacrificios melhores do que estes. Doutra maneira, necessério Ihe fora padecer muitas_vezes desde a fundacao do mundo; mas, agora, na consumacao dos seculos, uma vez se manifestou, para aniquilar 0 pecado pelo sacrificio de si mesmo. 1s homens esté ordenado morrerem uma vez, vindo, ojutzo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pe- cados de muitos, aparecera segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvacao. Mateus 28.19 19- Portanto, ide, ensinai todas as nacées, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espirito Santo. 1 Corintios 11.23-25 23 - 24- 25 - Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que 0 Senhor Jesus, na noite em que foi traido, tomou 0 pao; e, tendo dado gracas, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é0 meu corpo que é partido por vos; fazei isto em memo- ria de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cd- lice, dizendo: Este calice ¢ 0 Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em me- moria de mim. Os pactos de Deus - O histérico da salvagao 75 TEXTO AUREO SUBSIDIOS PARA Quando eu era menino, O ESTUDO DIARIO falava como menino, 28 feira - Hebreus 9.1-9 sentia como menino, Uma alegoria para o tempo presente discorria como 38 feira - Joao 3,1-22 menino, mas, logo que O que é nascido do Espirito € espirito cheguei a ser homem, 4S Talte,- Atom 1.7/24-29 acabei com as coisas Deus nao habita em templos 58 feira - 1 Corintios 3.14-17 de menino. 6s sols 0 templo de Deus 1 Corintios 13.11 GaYsira.- Ronin 61-2 Fomos sepultados com Ele pelo batismo Sdbado - Lucas 22.14-20 Fazel isso em memérla de mim OBJETIVOS 76 Ao término do estudo biblico, o aluno devera ser capaz de: @ saber que a Nova Alianca trouxe-nos compreensées mais profundas acerca daquilo que, outrora, foi apresentado aos antigos hebreus por meio de simbolos e figuras; @ conhecer algumas realidades que ganharam novos con- tornos na Era da Graca; @ compreender as implicacées do batismo e da ceia — or- denancas de Cristo, que se tornaram simbolos da Nova Alianca. ORIENTACOES PEDAGOGICAS Prezado professor, Nesta licao, é importante ter em mente os seguintes pontos: 1. A realidade na qual um povo esta inserido leva-o a desen- volver uma viséo de mundo condizente com as suas per- cepcées. Neste processo de sistematizacao de ideias, sim- bolos e praticas s4o produzidos com vistas a explicar (e a perpetuar) tais percepcées. 2. Os simbolos, de modo geral, possuem grande poder agre- gador, pois conferem significados profundos a elementos comuns do cotidiano. 3. Todos os povos da terra — inclusive a comunidade da Nova Alianca — possuem seus simbolos e prdticas particulares. 4. Pelo fato de vivermos sob as disposi¢ées de um Novo Tes- tamento, nossas praticas littirgicas devem ser superiores aos dos antigos hebreus. Como cristdos, precisamos conhe- cer quais so os nossos simbolos, pois estes traduzem as nossas conviccées. Boa aula! Ligdes da Palavra de Deus PROFESSOR 46 COMENTARIO Palavra introdutoria O cristianismo, no inicio, era praticado por judeus. Jesus era ju- deu, Seus discipulos eram judeus, e judeus eram os primeiros converti- dos. Suas primeiras reuniées reali- Zaram-se em sinagogas, e suas pri- meiras controvérsias referiam-se a leis judaicas [...]. Para os primeiros cristéos, crer em Cristo levanta- va muitas questées: “E quanto ao Templo e ao sacrificio de animais? E quanto @ Lei de Moisés? Os cris- taos deveriam negar tudo aquilo em que haviam crescido acreditan- do?” (RADMACHER; ALLEN; HOU- SE. Central Gospel, 2010b, p. 635). O autor da Carta aos Hebreus, ciente de que, em Cristo, cumpriu-se tudo 0 que estava escrito na Lei e nos Profetas (Le 24.44), ocupou-se em explicar que o modelo construido pelos israelitas ao longo dos séculos apontava para Aquele que feriria a cabega da serpente (Hb 1.1,2; Gn 3.15). Nesta licéo, veremos que a Nova Alianca trouxe para a Igreja compreensdes mais densas acerca daquilo que, outrora, foi apresentado aos antigos hebreus por meio de simbolos e figuras (Hb 9.8,9). Paulo, um dos mais tenazes tedlogos que o mundo ja observou, profundo conhecedor das leis e dos cerimoniais judaicos, rendeu-se a esta com- preensdo. Ele disse que, quando menino, pensava e agia como tal; porém, a partir da revelacao que Jesus fez de si préprio, suas percepcées amadureceram, e com elas suas conviccées relacionadas as praticas veterotestamentarias (1 Co 13.9-12). Ey verinicAo be TERMos Ha no homem a predisposigao de sagrar elementos tan- ‘is, com vistas a aplacar suas duvidas, incertezas e vazios existenciais (Ex 32.1-4). Deste modo, a fim de que a Igreja nao incorra em heresias e em distorgées doutrindrias, é im- portante avaliar o que as Escrituras tom a dizer sobre o tema simbolos e figuras (1 Tm 1.4; 4.7; Tt 1.14). Para tanto, veja- mos alguns conceitos que precisam ser considerados neste gi estud @ realidade — diz respeito no exatamente aquilo que pensamos sobre algo, mas, sim, aquilo que é real e que de fato existe; Os simbolos, as leis, os cerimoniais, as profecias, as instituicdes e os acontecimentos da Antiga Alianga sé podem ser plenamente compreendidos a partir da Nova Alianga. Os elementos contidos do antigo pacto constitufam-se em sombras da Revelacao Maior: Cristo (Hb 10.1), o principal personagem de todo texto biblico. ——— —_—_—r Os pactos de Deus -© histérico da salvagio 77 — O novo nascimento, oua Ele (v. 2). Jesus, entao, pos em © convicgées — geralmente sio subdivididas em coletivas e pessoais. Diz respeito ds certezas formadas a partir das nossas percepgdes da realidade. Se nossa percepcdo nio for moldada pela Palavra de Deus, nossas convicedes esta- ro envoltas por heresias, ainda que nao tenhamos consci- €ncia do fato; @ simbolo — trata-se de um tipo de linguagem, que detém uma ideia, que remete a um fato especifico [por exemplo: arco-iris (Gn 9.11-17); videira (Jo 15.1-5)]. Assim, os sim- bolos cumprem a fungéo de transmitir, de forma clara e precisa, determinada mensagem. De modo geral, tudo que é apreendido pelos érgdos dos sentidos pode ser usado como simbolo representativo de algo; @ pratica — ato ou efeito de tornar algo concreto. Destaque- -se, porém, que a pratica efetiva resulta de conhecimentos prévios adquiridos. 2. | NOVAS REALIDADES, NOVAS CONVICCOES Como estudamos em ligdes anteriores, vivemos, hoje, um novo tempo, ¢ as novas realidades advindas dosse tempo trazem-nos convicgdes tinicas a respeito da pessoa de Deus, da vida e da morle, por exemple. Vejamos a seguir algumas realidades que ganharam novos contornos na Nova Alianca. 2.1. Mortos em delitos e pecados, renascemos para uma nova vida Jodo, o evangelista, narrou o episédio em que Nicodemos foi visitar Jesus (Jo 3.1-22). Nesse dia, reconhecendo a supe- rioridade do Filho do Homem, o principe dos judeus afirmou que Jesus era um mestre vindo de Deus, porque ninguém po- deria fazer os sinais que Ele fazia, se 0 Todo-poderoso nao fosse com regeneracao (conf. Tt 3.5), — contraposicéo a assertiva de Ni- oato por meio do qual Deus codemos (v. 2) dizendo que aquele concede vida espiritual a que nao nascesse de novo nao po- deria ver o Reino dos céus. todos quantos confiam em Vale destacar que o judaismo Cristo. Sem esse nascimento antigo celebrava varios rituais, espiritual, ninguém conheceré que marcavam as etapas do ciclo ou compreendera as verdades da vida: comecando com o nasci- espirituais (1 Co 2.10,13-16) mento; passando a circunciséo (a Tait entvard ae Reind. gitavo dia de nascido); continuan- do com a observancia aos varios Ge Meuesif[o SB )i niveis de lideranga judaica, culmi- EE §=onando com a morte do individuo 78 Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 em idade adulta. Um homem que se encontrava no ultimo estdgio do ciclo evolutivo, poderia interpretar o veredicto que recebera do Mestre como: para vocé néo hé mais chance (Jo 3.3). Com esse discurso, no entanto, o Mestre pretendia fazer © principe dos judeus compreender que a pessoa que nasce de novo esta sob 0 controle do Espirito de Deus, reconciliada com o Pai por intermédio Dele (2 Co 5.17). 2.2. O Espirito Santo habita naqueles que recebem o Filho de Deus Antes da consumagéo do plano redentivo, o Espirito Santo apenas visitava os homens (Gu 41.38; Jz 14.6; 1 Sm 16.13,14; 2 Cr 20.14); porém, depois que Jesus ascendeu aos céus, uma nova realidade foi-nos apresentada: pas- samos a ser templos do Espirito Santo (1 Co 3.16; 6.19). Qs editores do Novo Comentario Biblico do Novo Testa- mento pontuaram de forma bastante oportuna este t6pico: a gloria (shekinah) do Senhor encheu o tabemdculo (Ex 40.34) eo templo (1 Rs 8.10,11). Agora, a gloria de Deus, por inter- médio do Espirito Santo, habita em cada cristéo (Jo 14.16,17) e, consequentemente, em toda a Igreja. 2.3, Jesus fez-nos geracao eleita, sacerdécio real, Nagao santa e povo adquirido A nova e definiliva realidade do novo nascimento, que transforma pessoas em templos do Espirito Santo, também faz delas a geracdo eleita [escolhida antes da fundacao do mundo (Ef 1.4,5)], o sacerdécio real [sacerdotes pertencentes 4 familia real de Cristo, 0 Sumo Sacerdote entronizado (Hb 4.14)], a nagdo santa [separada do mal e separada para Deus (Ex 19.6)] e povo adqutrido de Deus [possesséo exclusiva de Deus, comprado com o sangue de Cristo (1 Co 6.19,20)] (1 Pe 2.9,10). Eno se trata apenas de ser israelita ou judeu; antes, diz respeito a fazer parte de um sé corpo, que nao se distin- gue por etnias, consanguinidade ou dinastias; diz respeito a integrar uma geracdo que recebeu o Senhor Jesus como Uni- co e suficiente Salvador (Jo 1.12), independente de quaisquer condicionantes sociais ou econémicas (Mt 11.28; Gl 3.28; Cl 3.11; Rm 10.12), NOVOS SiMBOLOS, NOVAS PRATICAS Neste t6pico, veremos que novas realidades suscitam novos simbolos, e estes, por sua vez, novas prdticas: no An- nto, a simbologia utilizada para representar as as era completamente distinta da observada no Novo Testamento. (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio Te Como veremos a seguir, duas ordenangas de Cristo (0 batismo e a ceia) — as quais se tornaram simbolos da Nova Alianga — precisam ser adotadas como priticas pela comuni- dade dos salvos. 3.1, O batismo Nos tempos de Jesus, 0 batismo era um rito sagrado que vi- sava a purificacdo ou a identificagdo de alguém com um grupo ou uma doutrina. A palavra batismo (gr. baptizo) significa mergulhar, imer gir, submergir; porém, o vocdbulo sugere a ideia de morte e ressurreigdéo — a imersao simbolizando a morte e o sepulta- mento de uma antiga vida de pecado, e a emersao, a ressur- reigdo para uma nova vida. Isto posto, 0 batismo de Jesus suscita uma questéo de cunho teolégico: Por que o Filho de Deus precisava ser batiza- do? O quadro a seguir responde bem a esta questo. AS RAZOES DO BATISMO DE CRISTO Primeira: | identificar-se com os trés oficios e uncées do Antigo Testamento. |__| 1. Com gua (Lv 8.6) |Sacerdote __—_—_| Por Jodo (Mt 3.15} | |___] 3. Com sangue (Lv 8.23)|Sacerdote _—_[Por si (Mt 26.28) | identificar-se com Israel (Jo 1.11). FONTE: WILLMINGTON. Central Gospel, 2015, p. 357. 3.1.1. Os objetivos do batismo Jesus foi batizado por Joao (Mt 3.14) e ordenou aos Seus seguidores que batizassem os novos discipulos em nome do Pai e do Filho e do Espirito Santo (Mt 28.19). E sabido que o batismo esta associado as ideias de perdao (At 2.38; 22.16); unido com o Salvador (Rm 6.1-10); discipulado (Mt 28.19) e arrependimento (At 2.38), mas, afinal, qual 0 objetivo desta pratica para a Igreja? Destacamos quatro: profissio de fé publica (1 Pe 3.21); identificagao com os demais discipulos (Mt 28.19); representagao de purificagdo (At 22.16, of. 1 Co 6.11) e, como destacamos anteriormente, representagdo de morte para o mundo e ressurreicéio para uma nova vida com Cristo (Rm 6.4; Cl 2.12). 80 Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 46, 3.2. A ceia do Senhor a A dltima ceia que Jesus realizou Deus cumpriu Sua com Seus discipulos da-nos uma —_promessa de firmar uma ideia da compreenséo que Ele Moin Allaricatcorntcs: tina de Sua propria morte. AS homens por intermédio de diferentes narrativas deste episédio apresenlam pontos _coincidentes 22.17-20; 1 Co 11.24,2 Jesus, Seu Filho. A ceia do (Mc 14.22-25; Mt 26.26-29; Le Senhor lembra a Igreja, Sua continuamente, do sangue morte, simbolizada pelo pao e desta alianca de amor, graca pelo vinho, seria uma_renovacéo @ perdao, que foi derramado da alianga do Novo Testamento em favor de muitos (Mc celebrada na Pascoa; contudo, ela 14.24; veja 1 Co 11.25). nao seria o fim, mas parte do Reino de Deus com uma dimensio futura. ny 3.2.1. Os objetivos da ceia Aceia é um memorial ordenado por Jesus, que deve ser re- alizado pelos salvos até o dia de Sua segunda vinda. Essa ce- lebragdo nao est revestida de qualquer misticismo — o corpo ‘ou 0 Sangue de Cristo nao estao presentes nos elementos da cela — e serve como: @ memorial ¢ proclamagéo de Sua morte (1 Co 11.24-26); @ representacio da comunhao promovida pelo corpo e pelo sangue do Cordeiro (1 Co 10.16,17); @ simbolo da esperanca dos fiéis quanto ao retorno de Cris- lo, quando todas as promessas divinas seréo cumpridas (1 Co 11.23-26); @ compromisso de fidelidade e santidade ao Senhor (1 Co 11.27-32). CONCLUSAO Conscientizemo-nos, pois, de que, como integrantes de um novo e superior concerto, nascemos de novo (Jo 3.1-5), tornamo-nos templos do Espirito Santo (1 Co 3.16; 6.19) e passamos a fazer parte de uma nagao santa (1 Pe 2.9,10). Perpetuemos, como Igreja, as ordenangas de nosso Mestre e Senhor (0 batismo e a ceia), que servem como simbolos de nossa filiagdo em Cristo. ATIVIDADE PARA FIXACAO 1. De acordo com a ligao de hoje, quais ordenangas dao tes- temunho de nossa filiagdo em Cristo? R.: O batismo e a ceia. (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 81 suiadaiaem AX Extensao DIA MES | ANO da Nova Alianga TEXTO BIBLICO BASICO Mateus 9.1-8 te E, entrando no barco, passou para a outra margem, e chegou a sua cidade. E eis que Ihe trouxeram um paralitico deitado numa cama. 2- E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralitico: Filho, tem bom énimo; perdoados te sao os teus pecados. 3- Eeis que alguns dos escribas diziam entre si: Ele blasfema. 4- Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: Por que pen- sais mal em vosso coragao? 5- Pois o que é mais facil? Dizer ao paralitico: Perdoados te sao os teus pecados, ou: Levanta-te e anda? 6- Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra autorida- de para perdoar pecados — disse entao ao paralitico: Levanta-te, toma a tua cama e vai para tua casa. 7- E, levantando-se, foi para sua casa. 8- Ea multidao, vendo isso, maravilhou-se e glorificou a Deus, que dera tal poder aos homens. oe 10.8,9 E, em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos puserem diante. 9- E curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: E chegado a vos o Reino de Deus. 82 Ligdes da Palavra de Deus PROFESSOR 46 TEXTO AUREO SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIARIO 28 feira - Génesis 2.1-7 Eo homem fol feito alma vivente Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como 0 Pai me enviou, também eu | 3* fetra - Galatas 3.10-14 vos envio a vos. 48 feira - Mateus 3.43-48 Joao 20.21b O amar incondicional ao préximo 58 feira - 1 Corintios 2.12-16 Nés temos a mente de Cristo 68 feira - 2 Corintios 3.1-6 Vos sois a carta de Cristo Sabado - 1 Corintios 4.1,2 Cristo nos resgatou da maldic&o da Lei Somos despenseiros dos mistérios de Deus OBJETIVOS Ao término do estudo biblico, o aluno devera ser capaz de: @ compreender que a salvacdo implica em transformacao de todas as dimensées da existéncia; @ conhecer a relacdo estabelecida entre redencdo e trans- formacéo. ORIENTACOES PEDAGOGICAS Prezado professor, Dentro do contexto de redencao, é importante levar em considerac4o os seguintes aspectos: @ no texto biblico, o homem € chamado de alma vivente (Gn 2.7), expressdo que nos remete ao fato de sermos, na rea- lidade, um ser composto por elementos tangiveis (corpo) e intangiveis (espirito/alma); @ a partir desse pressuposto, conclui-se que ndo deve haver separacao entre o cuidado com 0 corpo e o cuidado com o espfrito: @ a salvacdo é uma obra completa de Deus para o ser huma- no total. No Novo Testament, a salvacao € referida Lanto como cura para 0 corpo como perd&o para os pecados (Mt 9.1-8); tanto ressurreic&o do corpo (Jo 11) como superacéo do dominio das riquezas, da fama etc. (Lc 19.1-10); tanto libertac&o de espiritos malignos como reintegracdo ao con- vivio social (Mc 5.1-20). Deus Ihe abencoe na condugéo do tema Boa aula! Os pactos de Deus -© histérico da salvagio 83 COMENTARIO Palavra introdutéria Quando se estuda as Escrituras em sua totalidade, enten- de-se que a salvacdo oferecida por Cristo néo se resume a experiéncia pés-morte. Jesus, no decorrer de Seu ministério terreno, nao promoveu uma espécie de credenciamento ce- lestial, com vistas a garantir benesses especiais — ao cessar a vida na terra — aqueles que tivessem seus nomes arro- lados nele. Ele veio, sim, anunciar 0 cumprimento do plano redentivo (Lc 4.16-21), chamando Seus ouvintes ao pronto comprometimento com o Reino de Deus (Mc 1.14,15; Le 10.8,9). ‘Asalvagiio, deste mado, traduz-se na experiéncia de ren- digéo completa ¢ irrestrita & autoridade do Senhor Jesus Cristo (Rm 10.9,10), e essa entrega incondicional implica — a partir de agora, aqui, na terra — em transformacio de lodas as dimensées da existéncia. [EW © concerto DE REDENCAO ‘A palavra redencdo, no texto biblico, remete a ideia de pagamento de um preco para o resgate da liberdade de um escravo ou para a sollura de um prisioneiro (1 Tm 2.6; Rm 3.24; C1 1.14). Cristo pagou o resgate de nossas vidas com Seu proprio sangue (1 Pe 1.18,19) e, entao, libertou-nos das exigéncias da Lei e das maldicées do pecado para fazer-nos filhos de Deus (Gl 3.13; 4.5) (Adaptado de: RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Central Gospel, 2010b, p. 590, 656). 1.1. A extensao do ato redentivo A graga de Deus 6 capaz de promover a redengéo de [<== ete um povo, néo apenas no ambi- to espiritual, mas também no Deus usa homens e mulheres aspecto secular, influenciando transformados por Seu Santo seus cidadaos a atuarem posi- Espirito para transformar a tivamente em diversas areas sociedade em que vivem. inter-relacionadas da_ socieda- Aqueles que foram libertos e | de — como a economia, a edu- redimidos estao aptos a, como cacao, os direitos humanos etc. exemplos vivos, promover a liberdade e a desenvolver uma —, impedindo a faléncia moral e ética do Estado, por meio da ab- sorgio e da aplicagéo dos pre- nacao pacifica, justa, prospera_ ceitos da Palavra de Deus, como € ajustada a vontade divina. — aconteceu com os ninivitas apés mmm @.acio do profeta Jonas (Jn 1.2). 84 Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 1.2. A amplitude da graca de Deus ‘A Graca 6 0 favor imerecido e espontineo procedente de Deus [Pai (2 Co 1.12) e Filho (GI 1.6; Rm 5.15)]. Uma vez que os beneficios deste favor estendem-se a toda a Criagéo, é importante considerar, nesta anilise, as seguintes realidades: @ 0 Criador revela-se aos homens, de todas as épocas e lu- gares, por meio da Sua Criacdo (SI 19; Rm 1.17-32) para que todos tenham a oportunidade de crer Nele (Jo 3.17- 21); Seus propésitos eternos, inclusive, estéo presentes em tudo 0 que Ele chamou a existéncia; @ por Sua soberania e poder, Ele mantém e sustém todas as coisas criadas — seres espirituais, homens, Natureza e todo 0 Universo — e abengoa lanto cristdos quanto nio cristaos, fazendo do sol e da chuva, por exemplo, béncaos universais (Mt 4.44-48); @ pessoas alcangadas pela graca recebem de Deus a opor- tunidade de por Ele serem salvas, e, em sendo salvas e redimidas, clas passam a ter um novo propésito de existir (At 20.24): glorificar a Deus e abengoar o seu préximo (Jo 13.34,35). A RELACAO ESTABELECIDA ENTRE REDENCAO E TRANSFORMACAO A terceira lei de Newton versa sobre o seguinte principio: toda acao produz uma reacao igualmente proporcional a ela. Por semelhante modo, em ciéncias humanas, percebe- -se que se uma pessoa for adequada e harmoniosamente constituida, ela tenderé a reagir, em geral, de igual modo perante as situacées da vida — o que nao é uma regra. Se é possivel uma pessoa digna e ética influenciar positi- vamente as pessoas que estao a sua volta, imagine 0 que os redimidos por Deus, templos do Espirito Santo, serdo capa- zes de ser e fazer na sociedade na qual estio inseridos (1 Co 2.12-16). 2.1. A miss&o redentora e transformadora no carater pessoal A principal preocupagao de Paulo, enquanto viajava pelas cidades do Império Romano, era saber se as pessoas podiam enxergar Jesus na vida dele. Assim, ao escrever aos corin- tios, ele fez mengiio a um fendmeno que ocorreu no periodo em que Moisés recebeu a Lei (2 Co 3.7,13). Naqueles dias, (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 85 Ao sermos redimidos pela Graca, que nos alcanca pelos méritos de Cristo (Jo 3.16,17), devemos agir em relacao ao nosso préximo como Deus age, ou seja, com amor incondicional (Rm 12.10; 1 Pe 1.22). O cristéo deve refletir Jesus: amar todas as pessoas — nao buscando recompensas pessoais ou julgando haver nelas qualquer merecimento —, porque o Senhor amou-as primeiro. enquanto os filhos de Abrado peregrinavam pelo deserto, Yahweh revelou-se a eles por meio de um fogo consumidor (Ex 24.17); contudo, com Moi- sés, 0 Eterno falou face a face (Nm 12.7,8). Esse encontro foi t&o marcante para Moisés que, quando retornou do acampa- mento, seu rosto resplandecia historia israelita como exemplo, © apéstolo argumentou que nés, cristéos, temos uma proximida- de ainda maior com o Senhor do I ‘ 1 que a experimentada por Moi- sés, pois Ele vive em nés, pessoalmente, por intermédio de Seu Santo Espirito (2 Co 3.8). Assim como foi a de Paulo, nossa principal preocupacéo deve ser a de nos tornarmos cartas vivas (2 Co 3.3), escritas pelo Espirito de Deus; cartas que possam ser vistas e lidas por todos os homens mediante nossos atos de amor, refletin- do, como espelho, a gloria do Senhor (2 Co 3.18). 2.2. A missao redentora e transformadora na coletividade Desde os tempos mais remotos, a raca humana supe- ra-se na prética do pecado; ainda assim, muitos servos e servas de Deus ao longo dos séculos, com uma profun- da preocupacéo em relac&o as injusticas (sociais, econd- micas e politicas), empreenderam esforcos pessoais no sentido de fazer imperar a vontade divina. Dentre eles, destacamos: Moisés (Lv 19.15,35; Dt 25.16); Jeremias (jr 22.13); Ezequiel (Ez 18.8); Oseias (Os 5.5; 9.9); Jodo Batis- ta (Mt 3.4-12; 14.3,4) e Paulo (Rm 1.18; 1 Co 6.8) Assim como José, Daniel e Neemias — homens de Deus que foram inseridos em contextos piblicos e que demonstra- ram ser excelentes conselheiros, tenazes estabilizadores da ordem e incansdveis promotores do desenvolvimento social —, 0s salvos, individual e coletivamente, tém a missao de ser agentes de transformagao nos grupos em que estado inseri- dos (1 Co 4.1,2; SI 1). Ligdes da Palavra de Deus PROFESSOR 46 2.2.1. A missao redentora e transformadora do cristéo nas instituigdes Como vimos na Licéo 10 (Orientagdes Pedagdgicas), no contexto humano, as instituicdes traduzem-se em pa- drées organizacionais que determinam os principios éti- cos e morais para uma sociedade e/ou para os individuos. Ha de se ressaltar, no entanto, que, ao mesmo tempo em que algumas instituicées (politicas, econdémicas, religio- sas e educacionais, por exemplo) sao moldadas pela Pala- vra de Deus, outras tantas nao sao. Grupos sociais que ndo se permitem ser guiados pela Pa- lavra de Deus quase sempre sao influenciados por agentes que nao estado centrados em Sua vontade, o que, via de re- gra, traz grandes prejuizos aos envolvidos (Jr 9.13,14; 11.8; 16.12; Rm 1.18-32); por outro lado, os grupos que estao dis- postos a fazer cumprir os designios divinos tendem a ser vir- tuosos (SI 1; Is 29.14,15) e democraticos (At 6.3). N6s, a comunidade dos salvos, do mesmo modo, temos a misséo de transformar as instituigdes das quais fazemos parte. Vejamos dois oxemplos a seguir: @ familia — esta foia primeira ins-§- tituigdo criada por Deus (Gn 2.18,22); entéo, obviamente, as familias cristaés devem ser um A sociedade moderna resiste em aceitar o exemplo de virtude para todas as ‘padre biblico para a outras (Cl 3.18-21; Tt 2.2-6). Como familia; todavia, nao cristios, precisamos lembrar-nos se pode negar que, no de que a célula mater da socieda- principio da histéria de é também a oficina modeladora humana, havia um plano do carter eo ponto de partida de —_—_divino bem-sucedido todas as outras relages que se es- para nortear a conduta tabelecem na vida; social (Adaptado de: @ politica —apaeandaceneaniiee: a eeeaatin nal do ser abrangente, de modo geral, entende-se por politica a arte ou ciéncia de administrar, dirigir e or- ganizar uma nacéo, um estado, um municipio ou qualquer outro grupo social. Como disseram oportunamente Jesus (Lc 20.25) e Paulo (Rm 13.1-7), 0 papel daqueles que se dizem seguidores de Cristo é o de zelar, também, pelas instituicées politicas de nossa nacao. Pr. Walter Brunelli fez uma oportuna convocagao a igreja moderna em um de seus comentérios. Disse ele: E tempo de parar com im- provisacées e comecar a fazer 0 que 6 certo. Precisamos (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 87 eleger cidaddos sérios, que ndo apenas tenham bons pro- jetos para a sociedade, mas que, imbuidos de autoridade profética, denunciem os desmandos e os atos de corrup- ¢do. Necessitamos de politicos que se contraponham a projetos de lei injustos e danosos 4 sociedade; politicos que nao se vendam; politicos que possam ser chamados de perturbadores da nacao, tal como foi Elias (1 Rs 18.17) (BRUNELLL W. Central Gospel, 2013, p. 89). CONCLUSAO ‘A anunciagéo das hoas-novas de salvagéo deve abranger todos os aspectos da existéncia humana. Precisamos ensinar aqueles que nos cercam a restaurar a imagem do Criador neles mesmos; levando-os a aproximarem-se da perfeicio com a qual foram criados. De igual modo, devemos, a todo instante, promover e res- taurar a satide fisica e emocional do homem, lembrando-os sempre de que todas as leis da Natureza (que so leis divi- nas) destinam-se ao nosso bem. Por fim, necessitamos prementemente manifestar verda- deiro interesse pelos que padecem necessidades, pois, deste modo, demonstraremos, na pratica, a verdade do evangelho. ATIVIDADES PARA FIXACAO 1. De acordo com a licao, qual deve ser o comportamento do cristao, alcangado pela graga de Deus, em relagio ao préximo? R.:Ao sermos redimidos pela Graca, que nos alcanca pelos méritos de Cristo (Jo 3.16,17), devemos agir em rela- ao ao nosso préximo como Deus age, ou seja, com amor incondicional (Rm 12.10; 1 Pe 1.22). 2. Nos, a comunidade dos salvos, temos a missao de trans- formar as instituigdes das quais fazemos parte. Conside- rando as abordagens feitas nesta ligio, responda: qual deve ser nossa atuacao na politica nacional? R.: Professor, promova um debate entre os alunos, conside- rando as palavras do Pr. Walter Brunelli: E tempo de parar com improvisacées e comecar a fazer o que é certo. Pre- cisamos eleger cidadaos sérios, que néo apenas tenham bons projetos para a sociedade, mas que, imbuidos de autoridade profética, denunciem os desmandos e os atos de corrupcao. Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 Aula dada e oa wes! aso Q Futuro da Criacao Isaias 65.17-25 17- Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e nao haverd Jembranca das coisas passadas, nem mais se recordarao. 18- Mas vés folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria e para 0 seu povo, gozo. 19- E folga se ou nela voz de choro nem voz de clamor. 20- Nao havera mais nela crianga de poucos dias, nem velho que nao cumpra os seus dias; porque o jovem morrera de cem anos, mas 0 pecador de cem anos sera amaldicoado. 21- E edificarao casas e as habitardo; plantarao vinhas e comerao 9 seu fruto. 22- Nao edificaréo para que outros habitem, nao plantaréo para que outros comam, porque os dias do meu povo sero como os dias da arvore, e os meus eleitos gozarao das obras das suas maos até a velhice, 23- Nao trabalharao debalde, nem teréo filhos para a perturbacéo, porque sao a semente dos benditos do Senhor, ¢ os seus des- cendentes, com eles. 24- E sera que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei, 25- O lobo e o cordeiro se apascentarao juntos, e o leéo comera palha como o boi; eo pé sera a comida da serpente. Nao farao al nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor. Os pactos de Deus - O histérico da salvagao +i em Jerusalém e exultarei no meu povo; e nunca mais 89 TEXTO AUREO E vi um novo céu e uma nova terra. Porque ja 0 primeiro céu e a primeira terra passaram, e 0 mar jd nado existe. Apocalipse 21.1a SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIARIO 22 feira - Génesis 1.10-31 E viu Deus que era bom 32 feira - Génesis 3.17-19 Espinhos e cardos também te produziré 42 feira - Romanos 8.18-22 Sabemos que toda a criacéo geme 52 feira - Génesis 2.8-15 Os mordomos da Criacéo 68 feira - Salmo 136 Crago € libertacéo Sdbado - Apocalipse 21—22 Um novo céu e uma nova terra OBJETIVOS Ao término do estudo biblico, o aluno deverd ser capaz de: @ compreender que, assim como o ser humano necessita ser redimido de seu pecado, os demais elementos da Na- tureza, que sofrem as consequéncias da Queda, necessi- tam de redencéo também; @ entender que o desenvolvimento de regras ¢ atividades conscientes, que visem a preservacéo do ecossistema, torna-se imperativo na pés-modernidade como ferramen- ta essencial & mordomia crista; @ saber que, na consumacéo dos séculos, quando todas as coisas forem redimidas em Cristo, passaremos a viver em uma nova terra. ORIENTACOES PEDAGOGICAS Prezado professor, © pecado de Addo e a consequente quebra da primeira alianca estabelecida no Eden trouxeram consequéncias de- vastadoras néo apenas para a raca humana, mas para todaa Crlago (Gn 3.17-19). A ordem benéfica, santa e perfelta que fazia com que os poderes dos céus e da terra permaneces- sem bons (Gn 1.10,12,18,21,25,31) foi estruturalmente aba- lada, de modo que, apés a Queda, 0 mundo e tudo o que nele ha tem enfrentado continua degradacao (Rm 8.22). Assim como Deus interfere na Histéria, estabelecendo com os homens aliancas com o objetivo de salva-ios, Ele também deseja a redencao e a libertacdo de toda a Criacao. Ligdes da Palavra de Deus PROFESSOR 46 Nesta oportunidade, seré possivel compreender que os pactos de Deus néo se restringem ao ser humano, mas es- tendem-se a todos o Universo. Boa aula! COMENTARIO Palavra introdutéria A fim de compreendermos 0 que Deus exige de nés em relago & Criagdo, precisamos nos dispor a fazer uma leitura integral do texto biblico. A Teologia Sistemética, sobretudo apés a Reforma Protes- lane, pouco discorreu sobre a relagéo Deus—homem—Na- tureza. Os manuais teolégicos disponfveis na atualidade, de modo geral, discorrem sobre tépicos doutrindrios diversos, contudo, uma abordagem importante sobre a relagdo que o Criador estabelece com a Sua Criagéo nao tem sido apro- fundada. © resultado desse descuido 6 observado na pés- -modernidade: a Natureza que nos circunda esta sendo des- truida irresponsavelmente, inclusive pelos que professam a f6 crista, em escala jamais observada na histéria humana. Bivs PACTOS DE DEUS E A CRIACAO Desde a génese do Universo, o Eterno revela que ha es- treita relagao entre cria¢do e salvacdo: Observe que, nos pac- tos biblicos, a Natureza é um importante personagem-agente que, de um modo ou de outro, inter-relaciona-se com 0 homem. @ Alianca Edénica — O homem foi feito a partir do barro (Gn 2.7), para cuidar de um jardim (Gn 2.15) e para servir-se dos produtos da natureza e de outras criatu- ras (Gn 1.29,30; 2.16). @ Alianca Adamica — A Natureza, cumprindo os designios divinos, passa a sofrer as consequéncias da Queda (Gn 3.17,18). @ Alianca Noética — Deus estabelece um pacto com Noé, seus descendentes e os animais: Ele nao voltaria a des- truir a Natureza por meio das aguas de um diltivio. Sua Criac&o nao mais seria exterminada em consequéncia do pecado humano (Gn 9.9-12). @ Alianca Abraamica — Infere-se que a béncdo de Deus sobre todas as familias da terra estender-se-ia, tam- bém, a toda a Criagéo (Gn 12.3; Rm 8.19-21). @ Alianca Mosaica — Na Torah, diversos trechos versam sobre os cuidados com a terra. Ha também disposicées (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio o1 92 relacionadas a preservacao da fauna (Dt 22.6,7,10) eda flora (Dt 20.19,20; 22.9). A Lei Mosaica evidencia que nenhum elemento da Natureza pertence aos homens, mas, sim, a Deus (Dt 10.14) Alianca Davidica — O grande rei israelita entendia que a Criagao é obra Deus, que 0 louva e obedece (SI 19.1-6), a despeito do pecado humano. Nova Alianca — A Criacao seré finalmente redimida; ho- mens e animais viverao em paz, conforme era no comeco (Is 11.6-9; 65.25) 1.1. A Criacgao necessita ser redimida Assim como o ser humano necessita ser redimido de seu pecado, os demais elementos da Natureza, que sofrem as consequéncias da Queda, necessitam de redengdo também (Rm 8.22). Paulo disse que a Natureza foi submetida 4 decomposigio ¢ corrupgao, néo por sua prépria escolha, mas porque Deus permitiu que assim fosse. O apdstolo concluiu seu pensa- mento dizendo que, um dia, a propria Natureza criada sera libertada da escravidio da decadéncia em que se encontra e tomard parte na gloriosa liberdade dos filhos de Deus (Rm 8,20,21). 1.2. O grande paradigma moderno As culluras de todo o mundo — incluindo as judaico-cris- —EEEEEEEEGcceeeee: | ts — respeitavam a Natureza (Citna otterios, (it. e tinham-na em alta estima; poremosnosetuseen porém, a partir da Revolucdo de que grande parte dos problemas climaticos e sociais observados na modernidade deve-se 4 obsessdo e a ganancia humanas. 0 Brasil, especialmente, antes de crescer, precisa refletir sobre as consequéncias do desenvolvimentismo, poi: mentalidade psicopatolégica vigente, se nao interrompida, levar-nos-& ao caos. Industrial (séculos 18 e 19), esta visio foi transformada pelos interesses egoistas e mu- dou: 0 homem passou a enxer- gar nela um meio de enrique- cimento e de hegemonia bélica (para vencer os seus inimigos, muitos paises passaram a pro- duzir armas e tecnologia em larga escala). Alguns religiosos, como forma de autojustificacdo, adaptaram seus postulados a esse sistema socioeconémi- co, criando definigées distor- Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 cidas e conceitos esptirios, corrompendo, assim, a teolo- gia crista Segundo tais religiosos, o homem (antes cooperador de Deus) era o senhor da Cria- Gao, e 0 Criador ja nao esta- va mais neste mundo — Ele habitaria um além-espiritual, distante, estando a humani- dade, portanto, liberada para desfrutar dos bens da Natu- reza da forma que melhor Ihe aprouvesse 1.2.1. Uma teflexav sobre o capitalismo Nao se trata de demonizar 0 capilalismo hodierno, que visa ao consumo desenfreado como forma de autossustentacao. Contudo, precisamos, como fi- Talvez seja possivel afirmar que o maior problema da sociedade moderna reside no fato de o homem ver-se como soberano absoluto sobre os recursos primarios da terra — @ sabemos que sé o Senhor é ssoberano sobre tudo e todos. Precisamos conscientizar-nos de que 0 antropocentrismo, definitivamente, cerra as portas paraa sustentabilidade. =a lhos de Deus, refletir sobre o fato de que o crescimento econédmico a qualquer custo exi- ge, muitas vezes, a extracéio predatéria dos recursos prima- rios da Natureza; e esta realidade abre as portas para um caminho sem volla. B DOUTRINA DA MORDOMIA DA CRIACAO Deus colocou-nos como mordomos de Sua Criacao (Gn 2.15); deste modo, todo o cristaéo tem o dever de cuidar e proteger a Natureza. Na Teologia, essa obrigacéo recebe o nome de doutrina da mordomia da Criacéo. Nao fomos postos neste plancta como proprietarios dele, mas como seus servicais: apesar de podermos usufruir de seus bens, temos a obrigagiio de guardé-lo e de fazé-lo pros- perar. 2.1. A relagao que Deus estabelece com a Terra e a Natureza Foi Deus quem criou a Terra, néo 0 homem (Gn 1.1); logo, é Ele quem tem o direito exclusivo de explora-la e de fazer dela 0 que bem entender. Contudo, mesmo tendo essa prer- rogativa, 0 Todo-poderoso nao a destréi; ao contrario, Ele eslabelece pactos com o ser feito 4 Sua imayem e semelhan- ca no sentido de preserva-la. (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 93 © Espirito do Senhor dé a vida (J6 33.4); é Ele quem sustenta 0 Universo pela palavra do Seu poder (Hb 1.3) Cada ser vivente, cada corpo celeste é amparado por Sua forte mo (Is 42.5; J6 37—40) e Seus olhos estéo em todo lugar (Pv 15.3); observando todo o mal que o homem faz as Suas obras. 2.2. A relacao que o homem deve estabelecer com a Terra e a Natureza A Terra ¢ 0s seres que nela habitam foram chamados & existéncia antes do homem. Ainda que tenhamos recebido a incumbéncia de lavré-la ¢ cultivé-la (Gn 2.15), nossa forma de subsisténcia provém dela (Gn 1.29,30). Deste modo, a primeira atitude que devemos adotar em relacao aquilo que Deus nos confiou néo deve ser de exploragdo ou predagao, mas de gratiddo por sua existéncia — gratiddo esta que se traduz em cuidado ¢ protecio. O FUTURO DA CRIACAO Mas, 0 que acontecera a Natureza se a destruicao ob- servada nos dias atuais nao for interrompida? O quadro global desenhado pela comunidade cientifica é de total desesperanca; no entanto, assim como em todos os pactos estabelecidos no transcurso da histéria da salvagaéo, Deus reserva algo especial para a Natureza no dia da reden- cao de todas as coisas (Rm 8.19-21). 3.1. A recriacgao redentora ——_i i @ de Deus ANova Jerusalém [...] 6a cidade que Abraao procurava, a cidade que tem os fundamentos, cujo arquiteto e edificador 6 Deus (Hb 11.10). Essa cidade existe mesmo agora no céu, jé que Paulo refere-se a ela como a Jerusalém que é de cima (G/ 4,26) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Central Gospel, 2010b, p.797). 94 O pecado deu oportunida- de ao homem de fazer o mal e de ser tomado por ele, e essa condicaéo 6 observada também no restante da Cria- cao (Gn 3.17b,18; Rm 8.22). © profeta Isaias, no entanto, faz-nos saber que ha uma pro- messa para a Natureza tao bela quanto a promessa de reden- co humana: o Autor da vida criaré novos céus e nova terra (ls 67.17a). Nessa renovacéo, ndo haveré mais pranto, dor Ligées da Palavra de Deus PROFESSOR 45 nem morte. O lobo e o cordeiro se apascentarao juntos, e © leo comera palha como o boi; eo pé sera a comida da serpente. Nao fargo mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor (Is 65.25). Na consumagao dos séculos, quando todas as coisas fo- rem redimidas em Cristo, passaremos a viver em uma nova terra (na cidade de Deus) juntamente com Ele. Nessa nova Criagio, toda Sua gléria seré estabelecida; essa 6 a promes- sa do Apocalipse (caps. 21; 22). CONCLUSAO Fspecialmente devido as interpretagdes teolégicas difun- didas nos iltimos séculos, muitos cristéos tém se rendido a destruigéo irrefletida da Natureza, acreditando que nao adianta lutar pelo bem dela, pois, um dia, tudo sera destru- ido. Contudo, nés, conhecedores do plano redentivo, precisa- mos reconhecer que somos totalmente dependentes daquilo que Deus criou; além disso, temos a obrigagéo moral, dian- le Dele, de proteger Sua Criagéo. Nao podemos continuar agindo como déspolas faradnicos, exaurindo os recursos na- turais a nosso bel-prazer; antes, devemos reassumir nosso papel de administradores daquilo que Fle chamou a existén- cia por graca e compaixao. Por fim, néo nos esquecamos de que, por sermos mordo- mos, um dia, prestaremos conta de tudo quanto fizemos e deixamos de fazer; ¢ isto inclui nossos alos relativos 4 Cria- cao. ATIVIDADE PARA FIXACAO 1. A luz do que foi exposto nesta ligéo, comente a seguinte afirmativa: Precisamos conscientizar-nos de que 0 antro- pocentrismo, definitivamente, cerra as portas para a sus- tentabilidade. R.:A Terra e os seres que nela habitam foram chamados @ existéncia antes do homem. Ainda que tenhamos re- cebido a incumbéncia de lavra-la e cultivé-la (Gn 2.15), nossa forma de subsisténcia provém dela (Gn 1.29,30). Deste modo, a primeira atitude que devemos adotar em relac&o aquilo que Deus nos confiou ndo deve ser de exploracdo ou predacdo, mas de gratiddo por sua existéncia — gratidao esta que se traduz em cuidado e proteco. (Os pactos de Deus -O histirico da salvagio 95 Biblia Sagrada, Almeida Revista ¢ Corrigida. Séo Paulo: Sociedade Bibli- ca do Brasil, 1995. . Portugués. Biblia de estudo Despertamento Espiritual. Rio de Ja- neiro: Central Gospel, 2012. . Portugués. Biblia de estudo Matthew Henry. Rio de Janeiro: Cen- tral Gospel, 2014. BOICE, James M. Fundamentos da fé cristd. 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Willmington é autor, Guia de educador e conferencista biblico. ro Ter 0 Guia de Willington para a Biblia paraa A € como dispor de olto livros ao mesmo tempo: Biblia- Um ensno bibico completo * Manual biblico * Comentario biblico * Localizador de fatos por temas * Manual teolégico * Textos historicos * Enciclopédia ilustrada * Guia de referéncia cruzada * Atualizagao de informacdes arqueolégicas E mais: * Citagdes de tedlogos conhecidos em todo o mundo! * 250 ilustracdes * Graficos, mapas e recursos suplementares. fcnizattopt ED eotanrigeet El onctaraorapepe Gt oicnrcgapet CENTRAL ta ENS ATENGAO, PAIS E PROFESSORES Os males que tentam alcangar nessas criangas ¢ nossos adolescentes Bullying, constante apelo mididtico quanto & erotizagéo e todo tipo de abuso (psicolégico, emocional e fisico) sao abordados de forma didética por Guilherme Schelb. Esteja pronto para lidar com situagées em que os menores esto expostos ao risco. 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SHO1-161 a? ae eS _ TEOLOGIA PARA \ PENTECOSTAIS AMAIOR OBRA DE i TEOLOGIA PENTECOSTAL ' SISTEMATICA DO BRASIL rm omer rc — sGed g2e1 1WDe@x9L IZLCEE PPD Para enriquecer ainda mais a bagagem cultural dos leitores @ estudiosos desta obra, 0 autor distribuiu em suas paginas mais de 300 gréficos, tabelas e ilustragoes, além de centenas de citagées dos originais grego e hebraico, Usman toc uasekac nes (nian ESSENCIAIS DA TEOLOGIA SISTEMATICA DIVIDIDOS EM 4 PARTES: , Rate Cae Volume 1 Volume 3 Histéria da Teologia Crist (t Antropologia — Estudo sobre o homem Bibliologia Estudo sobre as Escrituras Homartiologia _Estudo sobre o pecado Teontologia - Estudo sobre Deus Soteriologia - Estudo sobre a salvacao Volume 2 Volume 4 Cristologia -Estudo sobre a pessoa de Cristo Eclesiologia ~ Estudo sobre a Igreja Pheumatologia — Estudo sobre o Espirito Santo Escatologia - Estudo sobre as uiltimas coisas Angelologia - Estudo sobre os anjos Histéria do Movimento Pentecostal (bonus) ae VS Mee tee eet ee cee Eine Te et) Paulo, e concluiu o seu curso na Faculdade de Teologia da Igreja Metodista Livre. reo eule eee eee ere eee ke ret tg pee ge sce Ecenracopel C2 otextrigepe! 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