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I - MILAGRE, Cristina
II - LIMA, João
CDU 377
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Ficha técnica
Título:
A sessão de júri de certificação: momentos, actores,
instrumentos - roteiro metodológico
Editor:
Agência Nacional para a Qualificação, I.P.
(1ª edição, Junho 2009)
Coordenação:
Maria do Carmo Gomes
Maria Francisca Simões
Autores:
Teresa Gaspar
Cristina Milagre
João Lima
Design Gráfico:
Modjo Design, Lda.
Revisão
ANQ, I.P.
ISBN:
978-972-8743-49-9
Índice
Nota de abertura 7
Enquadramento 9
Instrumentos de trabalho 57
• Quadro-síntese dos principais momentos do trabalho preparatório 59
de uma sessão de júri de certificação
• Quadro-síntese dos principais momentos de uma sessão de júri 60
de certificação
Índice de Figuras e Quadros
Nota de Abertura
Os Centros Novas Oportunidades constituem-se hoje como um dos principais instrumentos ao serviço da qualificação da
população adulta portuguesa. É, por isso, inevitável apontar algumas das transformações de que foram alvo no âmbito da Iniciativa
Novas Oportunidades. A estruturação da sua actividade como ‘porta de entrada’ para a qualificação de adultos, a incorporação
sistemática da dimensão de diagnóstico e encaminhamento, a introdução do conceito de ‘complementaridade’ entre percursos
de reconhecimento e percursos de formação através das certificações parciais, a introdução dos processos de reconhecimento,
validação e certificação de competências profissionais na lógica da ‘dupla certificação’ são alguns dos exemplos mais ilustrativos
das mudanças ocorridas.
Mas há que ter também em conta as variáveis de contexto que permitem hoje afirmar que há uma ruptura paradigmática na forma
como a população portuguesa encara a aprendizagem ao longo da vida, a necessidade de qualificação e a valorização social
da formação e da educação. A dimensão e o volume da procura pelos Centros Novas Oportunidades, ultrapassando as 750 mil
pessoas, é um indicador assinalável. E a dimensão da rede nacional e dos profissionais envolvidos é também muito relevante
– mais de 450 Centros Novas Oportunidades em funcionamento no país e mais de 7000 técnicos e formadores a trabalharem com
adultos nos seus percursos de educação e formação.
A aposta em três características muito específicas – proximidade, flexibilidade e diversidade – é hoje um dos aspectos mais
valorizados nas modalidades que a Iniciativa Novas Oportunidades colocou ao dispor dos cidadãos portugueses: proximidade das
estruturas e dos agentes de educação-formação, flexibilidade na gestão dos percursos de qualificação e diversidade de vias para a
conclusão dos trajectos de dupla certificação, ajustadas ao ritmo e necessidades de cada indivíduo.
Conceber metodológica e institucionalmente soluções inovadoras é o desafio central do actual Sistema Nacional de Qualificações.
É neste contexto que a Agência Nacional para a Qualificação I.P., enquanto estrutura fundamental de apoio à concretização de um
vasto conjunto de medidas que integram o Sistema Nacional de Qualificações, continuamente investe na produção de orientações
que possibilitem a melhor estruturação do trabalho a desenvolver e no apoio sistemático aos modelos de intervenção definidos. O
roteiro metodológico sobre a sessão de júri de certificação que agora se publica constitui mais um exemplo das orientações que,
nesse sentido, têm vindo a ser produzidas.
A Direcção da ANQ
Enquadramento
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Enquadramento
O processo de reconhecimento, validação e certificação de competências (processo de RVCC) tem vindo a afirmar-se na sociedade
portuguesa enquanto instrumento ao serviço da qualificação dos adultos com competências adquiridas ao longo da vida, em
contextos formais, não formais e informais.
O reconhecimento, a validação e a certificação de competências tem suporte legal no Decreto‑Lei nº 396/2007, de 31 de Dezembro,
que estabelece o regime jurídico do Sistema Nacional de Qualificações, bem como na Portaria nº 370/2008, de 21 de Maio, que
regula a criação e o funcionamento dos Centros Novas Oportunidades, bem como o reconhecimento, validação e certificação de
competências.
O mesmo Decreto-Lei define que uma qualificação de nível não superior pode ser obtida, quer por via da formação, quer por
via do reconhecimento de títulos adquiridos noutros países, quer ainda por via do reconhecimento, validação e certificação de
competências. Define também que o Catálogo Nacional de Qualificações é o instrumento de gestão estratégica dessas qualificações
e que integra, para cada qualificação aí contemplada, um referencial de formação e um referencial de competências. Incluem-
se neste último os referenciais de competências-chave aplicados no âmbito dos processos de RVCC de nível básico e de nível
secundário.
O enquadramento dos processos de RVCC implicou a construção de metodologias, técnicas, instrumentos e critérios de qualidade
adequados ao sistema e aos seus objectivos que têm vindo a ser incorporados nos Centros Novas Oportunidades, quer através da
formação de técnicos, quer pelo acompanhamento sistemático às equipas.
A Agência Nacional para a Qualificação, I.P. (ANQ), enquanto organismo que coordena e gere a rede nacional de Centros Novas
Oportunidades, é responsável pela produção dos referentes metodológicos, pela formação dos técnicos e pela monitorização e
acompanhamento da sua implementação prática. Com o documento que agora se publica pretende-se, efectivamente, contribuir
para o reforço da qualidade e rigor técnico da etapa de certificação e mais concretamente para a realização da sessão de júri de
certificação, incluindo o trabalho que a montante e a jusante esta exige.
A sessão de júri de certificação é um momento de grande importância no âmbito dos processos de RVCC. Para além de outras
funções, constitui-se como a face visível e pública que culmina todo o processo de educação/formação implícito no sistema de
RVCC.
Neste âmbito, o presente Roteiro apresenta um conjunto de linhas orientadoras em torno da sessão de júri de certificação,
abordando o seu enquadramento nos processos de RVCC, os actores envolvidos e o papel de cada um, bem como o trabalho a
fazer antes, durante e após a sua realização.
Enquanto roteiro metodológico, contém um conjunto de ferramentas de trabalho que contribuem para a implementação de práticas
de certificação adequadas, rigorosas e conceptualmente ancoradas. Para cada uma das actividades propostas, são apresentadas
questões técnicas que pretendem apoiar a prática dos Centros Novas Oportunidades, bem como orientações para a construção dos
necessários instrumentos de trabalho. A diversidade e a inovação são, neste contexto, valorizadas e exigidas.
Na última parte, são ainda apresentadas orientações relativas ao registo no Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa
e Formativa (SIGO) das acções necessárias à implementação das etapas de validação e de certificação, bem como um conjunto
de instrumentos de trabalho que integram, nomeadamente, um glossário conceptual e metodológico, alguns casos práticos que
ilustram as questões apresentadas e propostas de modelos de instrumentos a mobilizar pelos Centros Novas Oportunidades.
Por último, importa referir que a concepção do presente roteiro metodológico contou com dois importantes conjuntos de olhares
de actores do terreno. Em primeiro lugar, foi de grande importância a reflexão expressa por alguns dos avaliadores externos nos
seus Relatórios de Avaliação. Em segundo lugar, a equipa contou ainda com a validação da versão final do documento por parte de
um conjunto de equipas técnico-pedagógicas de Centros Novas Oportunidades. A todos expressamos o nosso agradecimento.
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Notas:
1. Esta publicação diz respeito, unicamente, à Sessão de Júri de Certificação de processos de RVCC escolar.
2. O enquadramento jurídico que lhe está subjacente assenta nos seguintes diplomas: Despacho nº 29856/2007, de 27 de
Dezembro, e Portaria nº 370/2008, de 21 de Maio.
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A sessão de júri de
certificação nos
processos de RVCC
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1. A sessão de júri de certificação nos processos de RVCC
1.1 Etapa e momento em que ocorre comunidade local, do público-alvo, dentro do próprio Centro
e de outros Centros Novas Oportunidades, assim como
A sessão de júri de certificação corresponde à função principal junto de outras instituições, públicas ou privadas (entidades
da etapa de certificação e representa o culminar do processo empregadoras, operadores de educação-formação, estruturas
de RVCC. Durante a sessão, cada candidato apresenta-se regionais de educação e formação, comunicação social, etc.), por
perante um júri. Na sequência da sessão, e em resultado dela, é forma a concorrer para a dignificação e reconhecimento social
formalizada a sua certificação. dos processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de
Competências e do trabalho efectuado pelos candidatos e pelos
O júri de certificação é composto por elementos da equipa Centros Novas Oportunidades.
técnico-pedagógica que acompanharam o processo de
reconhecimento e validação de cada candidato, bem como por • Legitimação social da certificação e do processo
um avaliador externo. O carácter público desta sessão tem a ver, igualmente, com
a intenção de conferir uma legitimação mais alargada da
A organização da sessão de certificação pressupõe a existência certificação, que vá para além da validação realizada pela equipa
de um trabalho prévio, de preparação, que se inicia no final da técnica envolvida.
etapa de validação, com a articulação entre a equipa técnico-
pedagógica (que validou as competências de cada candidato) e É, portanto, o momento em que o adulto expõe os resultados
o avaliador externo. do seu processo a terceiros, com vista a dar visibilidade às
competências possuídas e certificadas no final do processo de
RVCC.
1.2 Funções específicas da sessão de júri de certificação
Este aspecto é particularmente importante na medida em que
A sessão de júri de certificação representa o momento final pode induzir, ou potenciar, dinâmicas de valorização profissional,
dos processos de reconhecimento, validação e certificação de pessoal e social. Pretende-se, aliás, que os impactos do processo
competências. Como tal, assume várias funções, designadamen- de reconhecimento, validação e certificação de competências
te encerramento oficial e público, legitimação social e avaliação passem também (para além da certificação em si mesma)
final dos candidatos. pelo reforço da reflexividade e auto-consciência do candidato
e, consequentemente, contribuam para o desenvolvimento de
• Encerramento oficial e público do processo dinâmicas de aprendizagem ao longo da vida que conduzirão,
A sessão de júri de certificação constitui o momento de naturalmente, a comportamentos e envolvimentos mais activos
encerramento oficial e público do processo de cada candidato e reflectidos nas suas várias dimensões de vida (pessoais,
e dá corpo à etapa de certificação de competências1. Assume, familiares, sociais, profissionais). Além disso, este pode ser um
assim, uma carga simbólica de grande importância. momento de encorajamento de outros potenciais candidatos ao
envolvimento no sistema de educação e formação de adultos.
Este encerramento é público. Nele podem participar, para
além dos elementos obrigatórios (designados mais adiante), • Avaliação final
as pessoas que assim o entenderem, bem como figuras que Esta sessão não se limita, no entanto, a um papel simbólico
são referências para os candidatos em processo, para o seu de fecho formal do processo, ou de mera legitimação de uma
futuro, e para os Centros Novas Oportunidades em si mesmos. avaliação finalizada previamente pela equipa e pelo avaliador
Assim, é bem-vinda e recomendável a presença de familiares e externo. Em alguns casos específicos (como se verá mais
amigos dos candidatos, bem como de outros actores-chave do adiante), ela pode constituir, em si mesma, o momento
território. de avaliação final do candidato, avaliação que determina a
certificação oficial final.
Neste sentido, reveste-se de particular importância a divulgação
e a promoção das sessões de júri de certificação junto da Neste sentido, a sua organização e funcionamento podem prever
actividades com objectivos avaliativos que complementem e
reforcem o trabalho prévio e que contribuam para a decisão
1 Ver Gomes, M. C. e Francisca Simões (2007). Carta de Qualidade dos Centros
final de avaliação do candidato.
Novas Oportunidades. Lisboa: Agência Nacional para a Qualificação, I.P.
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1.3 Certificação conferida de forma a completar a sua qualificação. O encaminhamento
para formação é feito mediante a definição de um Plano Pessoal
Da sessão de júri de certificação resulta uma tomada de decisão, de Qualificação (PPQ), acordado e negociado com o candidato.
baseada na avaliação das competências detidas pelo candidato
face ao Referencial de competências-chave para a educação
e formação de adultos do nível de escolaridade para o qual
se propõe, e pode consistir numa certificação total ou numa
certificação parcial.
• Certificação total
O candidato obtém uma certificação total sempre que certifica
as unidades de competência consideradas necessárias para
a obtenção de um nível de escolaridade completo, seja este
correspondente ao 1º ciclo do ensino básico, ao 2º ciclo do
ensino básico, ao ensino básico ou ao ensino secundário.
• Certificação parcial
O candidato obtém uma certificação parcial sempre que as
unidades de competência certificadas não sejam suficientes
para a obtenção do nível de escolaridade a que se propôs.
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Papel dos actores
envolvidos
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2. Papel dos actores envolvidos
Os intervenientes que obrigatoriamente terão de estar envolvidos na sessão de júri de certificação são o candidato e os elementos
que compõem o júri de certificação.
O júri de certificação, nomeado pelo director do Centro Novas Oportunidades, é constituído por:
• Todos ou alguns dos elementos da equipa técnico-pedagógica4 (profissional de RVC e formadores) que acompanharam o
candidato;
• Avaliador externo.
Considera-se, no entanto, desejável que nela estejam também presentes o director e/ou o coordenador do Centro Novas
Oportunidades e convidados.
O director do Centro Novas Oportunidades designa o membro do júri que assegura a presidência do mesmo, o qual tem voto de
qualidade, devendo essa função ser assumida, preferencialmente, pelo avaliador externo.
Previamente à sessão, deve ser eleito o secretário do júri de entre os elementos que o integram. Durante cada sessão, compete a
este secretário redigir e fazer aprovar, no final, a respectiva acta.
O júri de certificação só pode funcionar com, pelo menos, dois terços dos seus membros, incluindo, obrigatoriamente, o
profissional de RVC que acompanhou cada um dos candidatos e o avaliador externo.
Têm papel igualmente relevante, embora não obrigatório, outros convidados da sessão de júri de certificação.
Candidato
Outros Avaliador
participantes externo
PRINCIPAIS
ACTORES
Formadores Director
Profissional Coordenador
RVC
4 É desejável que estejam presentes na sessão de júri de certificação todos os formadores que acompanharam o candidato.
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Cada interveniente desempenha papéis específicos no âmbito da g) Apoiar a orientação do candidato na concretização do seu
sessão de júri de certificação e/ou das tarefas que esta supõe, projecto pessoal;
conforme se explicita em seguida. h) Contribuir para a rede de parcerias estratégicas entre o Centro
Novas Oportunidades e outras entidades da comunidade;
2.1 Candidato à certificação i) Garantir o reconhecimento social das competências validadas
e certificadas do candidato presente ao júri de processos de
O candidato à certificação detém o papel principal nesta etapa, RVCC;
e é por ele que se realiza a sessão de júri. j) Legitimar socialmente o processo de reconhecimento,
validação e certificação de competências adquiridas por via
Durante a sessão o candidato deve revelar autonomia formal, informal e não formal.
e consistência necessárias para expor as competências
adquiridas/validadas no processo de RVCC, através de uma 2.3 Director do Centro Novas Oportunidades
apresentação preparada previamente com o apoio da equipa
técnico-pedagógica e ancorada na sua história de vida (ver No âmbito dos processos de certificação, ao director do Centro
Quadro 3). compete, em particular:
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antecede as sessões de júri de certificação; evidências contidas no portefólio reflexivo de aprendizagens,
• Apoiar o avaliador externo na sua articulação com a equipa na sua área de competência, e solicitar ao candidato, através de
técnico-pedagógica; uma pergunta ou comentário, que se pronuncie, clarifique ou
• Desenvolver e dinamizar redes de contactos locais/regionais demonstre determinada competência.
(entidades empregadoras, operadores de educação-
formação, estruturas regionais de educação e formação, À semelhança do que acontece com o profissional RVC, o
etc.); formador de cada uma das áreas de competências-chave deve
• Divulgar as sessões de júri de certificação junto de diversos intervir na fase final da sessão de júri, após a exposição do
actores-chave do território. candidato, fazendo uma apreciação global e dando destaque
aos pontos fortes e/ou às competências validadas. Em caso
2.5 Profissional RVC de obtenção de uma certificação parcial (quando seja definido
um Plano Pessoal de Qualificação, que deve orientar o
Conjuntamente com os restantes elementos da equipa do candidato no seu percurso formativo pós-processo de RVCC),
Centro que intervêm nos processos de reconhecimento, o formador pode ainda identificar, na sessão de júri, “pontos de
validação e certificação de competências, o profissional de desenvolvimento” e/ou estratégias de superação.
RVC tem um importante papel no trabalho preparatório de cada
sessão de júri de certificação, nomeadamente no que respeita 2.7 Outros participantes
à síntese da informação de cada candidato resultante da etapa
de validação, a sua apresentação e discussão com o avaliador Por se tratar de uma sessão pública, podem assistir à sessão
externo, e a preparação do candidato para a respectiva sessão. de júri de certificação todos os interessados, devendo cuidar-se
Cabe-lhe ainda um papel na organização das sessões de júri de em particular do envolvimento de:
certificação, participando nas mesmas.
• Familiares e amigos dos candidatos à certificação;
Durante as sessões de júri de certificação, e sempre que entender • Elementos de entidades formadoras (nomeadamente
oportuno, o profissional de RVC deve intervir no sentido de formadores de cursos EFA e formações modulares,
apoiar o candidato a desenvolver as suas intervenções. docentes de escolas, equipas de outros Centros Novas
Oportunidades, etc.);
Após a intervenção do candidato, e numa fase final da sessão • Outros actores-chave do território, designadamente
de júri, o profissional de RVC deve fazer um comentário breve personalidades que:
e genérico sobre o candidato relativamente ao seu percurso de • Desempenhem actividades relevantes para a comunidade;
RVCC, reforçando as suas potencialidades e, se assim se julgar • Ocupem cargos em entidades públicas ou privadas
oportuno, as áreas a desenvolver. com impacto local ou regional;
• Potenciais empregadores;
2.6 Formadores das áreas de competências-chave
• Representantes dos organismos regionais e nacionais de
educação e formação e outros actores deste domínio
Conjuntamente com os restantes elementos da equipa do Centro
(Direcções Regionais de Educação, Delegações
que intervêm nos processos de reconhecimento, validação
Regionais do Instituto do Emprego e Formação
e certificação de competências, o formador de cada uma das
Profissional - IEFP).
áreas de competências-chave tem um importante papel no
• Comunicação social.
trabalho preparatório de cada sessão de júri de certificação,
nomeadamente no que respeita à síntese da informação de cada
candidato resultante da etapa de validação, a sua apresentação
e discussão com o avaliador externo e a preparação do
candidato para a respectiva sessão. Cabe-lhe ainda um papel
na organização das sessões de júri de certificação, participando
nas mesmas.
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Trabalho preparatório
da sessão de júri
de certificação
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3. Trabalho preparatório da sessão de júri de certificação
A sessão de júri de certificação corresponde ao culminar do processo de RVCC, concretizando-se no momento em que o candidato
se apresenta perante o júri de certificação.
O júri de certificação é composto por elementos da equipa técnico-pedagógica que acompanharam o processo de reconhecimento
e validação de cada candidato e por um avaliador externo6.
Entre outros aspectos, a sessão de júri de certificação pressupõe a existência de um sólido e rigoroso trabalho prévio de preparação
entre estes intervenientes.
Neste âmbito, a etapa de validação, e em particular o seu resultado, pode ser entendida como o ponto de partida para a articulação
entre a equipa e o avaliador externo, na medida em que a análise e a avaliação que este último fará do portefólio reflexivo de
aprendizagens de cada candidato são orientadas pelo conjunto de competências validadas pela equipa técnico-pedagógica, em
função do referencial de competências-chave respectivo.
Por outras palavras, compete ao avaliador externo analisar o portefólio reflexivo de aprendizagens de cada candidato, avaliando se
este contém evidências que fundamentem todas as competências validadas pela equipa técnico-pedagógica.
Desta forma, justifica-se que, num capítulo que sistematiza os vários momentos e actividades correspondentes ao trabalho de
preparação da sessão de júri de certificação, se inclua informação referente à etapa de validação e às decisões que decorrem da
correspondente sessão de validação que antecede o pedido de certificação.
Para além da sessão de validação final, imediatamente anterior ao pedido de certificação, neste trabalho preparatório têm ainda
lugar outras actividades cuja realização é determinante para o cumprimento dos objectivos da sessão de júri de certificação.
O referido trabalho preparatório deve prever, nomeadamente, as restantes sessões de validação, quando estas se justificarem,
uma síntese das competências validadas, a análise do avaliador externo, uma discussão conjunta entre este e a equipa técnico-
pedagógica e a preparação do candidato para a sessão de júri de certificação.
A figura seguinte pretende sistematizar esses mesmos momentos de trabalho, os quais irão ser referidos em maior detalhe ao
longo do documento, juntamente com referências temporais meramente indicativas.
6 A presença do avaliador externo distingue claramente o júri de certificação da(s) sessão(ões) de validação, as quais ocorrem em etapa anterior à etapa de certi-
ficação e são constituídas apenas pela equipa técnico-pedagógica do Centro que acompanha o candidato no seu processo de reconhecimento.
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Figura 1 – Principais momentos do trabalho preparatório da sessão de júri de certificação
TRABALHO PREPARATÓRIO
3.1. Sessão de 3.2. síntese das 3.3. análise do 3.4. preparação 3.5. preparação
Validação FINAL* competências avaliador externo conjunta da sessão da sessÃo com o
validadas candidato
Equipa técnico- Equipa técnico- Avaliador externo Equipa técnico- Equipa técnico-
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3.1 Sessão de validação
Conforme especificado na Carta de Qualidade dos Centros Novas Oportunidades, a etapa de validação culmina na realização de uma
sessão na qual o candidato e a equipa técnico-pedagógica, que o acompanhou no processo de reconhecimento, analisam e avaliam
o portefólio reflexivo de aprendizagens face ao referencial de competências-chave e identificam as competências em condições de
serem validadas, por evidenciar ou a desenvolver.
Dado constituir um momento de balanço final do trabalho desenvolvido pelo e com o candidato, a sessão de validação só deve
realizar-se quando se considere que o processo de reconhecimento foi exaustivo, isto é, quando estiverem reunidas as seguintes
condições:
- O referencial de competências-chave tenha sido explorado de forma a maximizar o número de competências a ser validadas
e certificadas8;
- O portefólio reflexivo de aprendizagens reflectir, de forma visível e coerente, as competências detidas pelo candidato e a sua
ligação com o referencial de competências-chave e contiver elementos de reflexividade que devem nortear todo o processo
de RVCC9.
No âmbito da sessão de validação podem ocorrer vários tipos de situações, como indicado na figura 2.
7 Tal implica que a equipa técnico-pedagógica, na sua maioria, considere que foram devidamente explorados os diferentes contextos de aprendizagem e experiências
de vida do adulto, de acordo com as metodologias inerentes ao processo de RVCC.
8 Quando esteja em causa a obtenção de uma certificação total de nível secundário, não se deve limitar o desenvolvimento do processo à exploração e validação
de apenas 44 competências.
9 Isto é, deve ser visível no portefólio reflexivo de aprendizagens a atribuição de sentido (por parte do candidato) às suas experiências de vida e, se possível, conter
alguma reflexão sobre os impactos do próprio processo de RVCC na sua vida.
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Figura 2 – Situações-tipo decorrentes da sessão de validação
ETAPA DE RECONHECIMENTO
ETAPA DE VALIDAÇÃO
(Sessão de Validação)
CASO 1 caso 2 caso 3 caso 4
São identificadas algumas áreas de As competências validadas permitem As competências validadas permitem As competências validadas são
dúvida/menos bem exploradas durante a obtenção de uma certificação a obtenção de uma certificação suficientes para a obtenção de uma
o processo de reconhecimento. parcial; a equipa considera que parcial e as competências a certificação total.
o desenvolvimento de formação desenvolver são em número e/ou
O candidato deve retomar o processo complementar (duração máxima complexidade que excedem a duração É elaborada e consensualizada entre
de reconhecimento para melhor de 50 horas), no Centro Novas máxima de formação complementar o júri de validação e o candidato, a
explorar as áreas em que subsistem Oportunidades, é suficiente para por candidato no CNO (50 horas). relação de competências validadas
dúvidas e/ou consolidar as evidências garantir a aquisição das competências
do seu dossier pessoal/portefólio necessárias para a obtenção de uma É elaborada e consensualizada entre
reflexivo de aprendizagens. certificação total. o júri de validação e o candidato, a
relação de competências validadas
O candidato desenvolve formação e de competências a desenvolver.
complementar no âmbito do Centro
Novas Oportunidades.
Formação Complementar
ETAPA DE CERTIFICAÇÃO
(Sessão de Júri de Certificação)
Certificação Parcial Certificação Total
PPQ+Formação Externa PDP
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A figura 2 sistematiza os vários casos-tipo que podem verificar- 3.2 Síntese das competências validadas
se nas sessões de validação e indica, para cada um deles, a
continuação do percurso do candidato no processo de RVCC. A equipa técnico-pedagógica
Cada candidato é um caso e deve seguir, dentro do processo de • Após sessão de validação final
RVCC, o seu percurso individual. É importante ter em atenção
que os candidatos com competências necessárias a uma A partir da tomada de decisão sobre as competências validadas,
certificação parcial (casos 2 e 3) não precisam, forçosamente, a equipa discute e elabora o documento-síntese de cada
de acompanhar o restante grupo de formandos em todas as candidato, a disponibilizar ao avaliador externo. O documento-
sessões de reconhecimento, sendo possível para estes, sempre síntese deve reflectir, não apenas os resultados da sessão
que se identifique que têm lacunas graves e que precisem de validação, mas, de modo mais abrangente, a forma como
de formação que exceda as 50 horas de duração, terminar o decorreu o processo de RVCC de cada candidato, conforme
processo com vista a um encaminhamento para uma oferta proposta de modelo representada no quadro seguinte.
educativa/formativa exterior ao Centro10.
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Quadro 1 – Proposta de documento-síntese do candidato a disponibilizar ao avaliador externo12
Informações Técnicas
Síntese do relatório de acompanhamento realizado pelo(a) profissional RVC (onde podem constar informações acerca do grau de autonomia do candidato,
dificuldades sentidas, pontos fortes, atitude face ao processo, relacionamento com a equipa, etc.)13.
Apreciação global dos formadores de cada uma das áreas de competências-chave (onde se destaquem, designadamente: o(s) ponto(s) fortes do candidato ou
competências que mais se evidenciaram; as áreas de competências-chave onde apresentam maiores lacunas e/ou necessidades de aperfeiçoamento e o tipo
de metodologias/estratégias de evidenciação de competências utilizadas e actividades desenvolvidas; as competências validadas na fase inicial do processo de
reconhecimento com base na orientação técnica sobre validação de aprendizagens formais).
12 No capítulo dos Instrumentos de trabalho, apresenta-se um exemplo possível deste tipo de documento-síntese.
13 Apesar destes elementos de contexto serem de grande importância para uma adequada avaliação do processo e características do candidato, sugere-se que o
avaliador se detenha principalmente sobre as competências do candidato e sobre a forma da sua evidenciação.
14 Relativamente ao nível secundário, a equipa técnico-pedagógica, se considerar útil, pode recorrer aos materiais de suporte à formação inseridos na Aplicação
Multimédia (ver Referências Bibliográficas, Recursos e Legislação), nomeadamente aos instrumentos de confronto com o Referencial de Competências-Chave.
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Uma vez elaborado, o documento-síntese acompanha o portefólio reflexivo de aprendizagens de cada candidato, que a equipa
técnico-pedagógica disponibiliza ao avaliador externo15. Neste sentido, pode ser entendido como uma “chave de leitura” do
portefólio reflexivo de aprendizagens – que constitui o elemento central da função de avaliação do avaliador externo –, na medida
em que sistematiza informação de segundo grau que permite aferir o nível de coerência existente entre os conteúdos do portefólio
e as características específicas do processo de reconhecimento e validação de competências de cada candidato.
Ao disponibilizar estes elementos ao avaliador externo, a equipa deverá acordar com este a data para a realização da reunião
conjunta, que deverá ter lugar até uma ou duas semanas depois.
Avaliador externo
O avaliador externo deve analisar e avaliar o portefólio reflexivo de aprendizagens de cada candidato, complementado com o
respectivo documento-síntese.
Em resultado da sua avaliação, deve disponibilizar à equipa técnico-pedagógica um documento que sirva de base para a reunião
conjunta que terá com a mesma, e que contenha o seu ponto de vista relativamente aos portefólios reflexivos de aprendizagens
analisados. Se necessário, deve ainda expressar o seu ponto de vista relativamente à informação disponibilizada no documento-
síntese elaborado pela equipa técnico-pedagógica.
Assim, o documento que o avaliador externo remete à equipa deve conter elementos relativos:
Ao registo das dúvidas ou incoerências detectadas a nível do portefólio reflexivo de aprendizagens, em particular no que se
refere às competências a certificar/créditos a atribuir, que surjam a partir da análise da:
À apreciação global relativamente à síntese de cada candidato enviada pela equipa técnico-pedagógica (balanço global do
processo/adulto; duração da etapa de reconhecimento; estratégias de evidenciação de competências; actividades realizadas, etc.).
15 Sugere-se, caso seja possível, que a consulta dos dossiers/portefólios seja efectuada no Centro Novas Oportunidades, de modo a garantir a segurança e con-
fidencialidade desejáveis.
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A apreciação global do avaliador externo sobre as competências Nesta reunião, o avaliador externo deve pronunciar-se sobre a
validadas em sede de sessão de validação final corresponde, em sua concordância com as opções tomadas pela equipa técnico-
larga medida, a uma síntese sobre a avaliação que faz de cada pedagógica, devendo, para tal, centrar-se nos aspectos contidos
portefólio reflexivo de aprendizagens, dada a forte interligação no documento que previamente enviou à equipa.
que existe entre estes dois elementos. De facto, o essencial da
avaliação feita pelo avaliador externo centra-se na forma como É fundamental que todas as dúvidas manifestadas pelo avaliador
o portefólio reflexivo de aprendizagens reflecte o conjunto de externo fiquem esclarecidas no âmbito desta reunião, tanto
competências validadas pela equipa técnico-pedagógica. mais quanto se considera que a sessão de júri de certificação só
poderá realizar-se quando o avaliador externo esteja de acordo
Neste âmbito, a avaliação feita pelo avaliador externo pode com todas as opções de validação tomadas pela equipa técnico-
conduzir a: pedagógica.
i. Uma concordância absoluta com as competências
Caso o avaliador externo e a equipa não cheguem a um consenso,
validadas pela equipa técnico-pedagógica, porquanto
as opções a tomar são de variada ordem, consoante a natureza
os conteúdos do portefólio reflexivo de aprendizagens
das dúvidas subsistentes, tal como apresentado no quadro 2.
são evidências inequívocas de que o candidato detém
essas competências;
ii. Dúvidas sobre um eventual excesso de competências
validadas, na medida em que o portefólio reflexivo de
aprendizagens não contém evidências que justifiquem a
validação de algumas delas;
iii. Dúvidas sobre o eventual reduzido número de
competências validadas, pois há indícios no portefólio
reflexivo de aprendizagens que “sugerem” que o
candidato possa deter mais competências do que as que
foram validadas.
32
Quadro 2 – Resultado da análise e avaliação por parte do avaliador externo
O avaliador externo... A equipa técnico-pedagógica propôs a obtenção de uma A equipa técnico-pedagógica propôs a obtenção de uma
certificação parcial certificação total
… concorda em absoluto com as competências validadas pela O candidato deve apresentar‑se perante júri de certificação O candidato deve apresentar‑se perante júri de certificação
equipa técnico-pedagógica
… considera que o número de competências validadas não está O candidato deve regressar à etapa de reconhecimento, para O candidato deve regressar à etapa de reconhecimento, para
devidamente visível no portefólio melhor “explorar” as competências que suscitam dúvidas melhor “explorar” as competências que suscitam dúvidas
… considera que é ligeiramente reduzido o número de competências O candidato deve apresentar‑se perante júri de certificação O candidato deve apresentar‑se perante júri de certificação.
validadas face ao portefólio
Em sede de júri, pode haver margem para o aumento
Em sede de júri, pode haver margem para o aumento (residual) do número de competências validadas, dado o
[considera que mais algumas (número residual) competências (residual) do número de competências validadas, dado o carácter avaliativo de que esta sessão se poderá revestir
poderiam ter sido validadas] carácter avaliativo de que esta sessão se poderá revestir
(Ver Nota 2)
Nota 1 – O regresso do candidato ao processo de reconhecimento, sendo uma situação que, no plano teórico, deve ser encarada, tem de assumir, no momento da articulação entre equipa técnico-
pedagógica e avaliador externo, um carácter absolutamente excepcional, na medida em que é indiciador de um trabalho insuficientemente desenvolvido por parte da equipa técnico-pedagógica.
Nota 2 – A sessão de júri de certificação pode assumir um carácter avaliativo quando se trate de um candidato à obtenção de uma certificação de nível secundário e o avaliador externo considere
que o seu portefólio reflexivo de aprendizagens contém indícios de que possa deter uma ou outra (número residual) competência a mais do que aquelas que foram validadas pela equipa técnico-
pedagógica. Nesta situação, já no decorrer da sessão de júri de certificação, o candidato pode ser questionado por qualquer membro do júri, e, nessa sequência, ver, eventualmente, aumentado o
número de competências certificadas. O aumento do número de competências certificadas no âmbito da sessão de júri de certificação implica que se verifiquem, em simultâneo, as três seguintes
condições: (a) o aumento do número de competências em causa seja sempre residual; (b) haja consenso entre os elementos do júri de certificação, em sede de momento de deliberação (ver capítulo
4), quanto à proposta de aumento das competências a certificar; e (c) a alteração no número de competências a certificar não permita alterar a situação de certificação parcial para certificação total,
sendo esta situação definida antes da realização da sessão.
33
Organização da sessão de júri de certificação
Na mesma reunião entre a equipa técnico-pedagógica e o avaliador externo, e nas situações em que haja condições para a
calendarização da sessão de júri de certificação, esta deve também ser preparada do ponto de vista organizativo, no que concerne
particularmente a:
- Marcação da data, organização e estrutura da sessão de júri (articulação entre os momentos de apresentação, debate
e reflexão em contexto de sessão de júri; ordens de apresentação/intervenção; definição da duração de cada momento, etc.);
- Áreas/questões a explorar pelo avaliador externo e/ou formadores em contexto de sessão de júri de certificação (apenas nos
casos em que haja margem para ligeiro aumento do número de competências a certificar, conforme explicitado no quadro 2);
- Reflexão acerca dos possíveis desenvolvimentos do PPQ ou do PDP (para posterior negociação com o candidato).
No seguimento das opções de certificação a levar a sessão de constitui um indicador de rigor e qualidade das intervenções.
júri, a equipa técnico-pedagógica, em conjunto com o avaliador Neste sentido, é importante reiterar a necessidade de assegurar
externo, deve, neste momento, produzir, para cada candidato em um número razoável e limitado de processos de candidatos
análise, uma primeira versão de Plano Pessoal de Qualificação analisados em cada reunião, com vista a que cada um possa
(PPQ), ou mesmo do Plano de Desenvolvimento Pessoal (PDP), beneficiar de uma avaliação e discussão o mais cuidada e
conforme a certificação a conferir ao candidato seja parcial personalizada possível.
ou total, respectivamente. Esta versão será posteriormente
apresentada e negociada com o candidato17. 3.5 preparação da sessão com o candidato
O avaliador externo assume, também neste âmbito, um papel A equipa técnico-pedagógica e o candidato
de grande importância. Sendo um actor externo ao Centro
e relevante no contexto da educação-formação-emprego, • Uma a duas semanas antes da sessão de júri de certificação:
pode dar um contributo acrescido na proposta de vias de
encaminhamento para actividades de aprendizagem ao longo A equipa técnico-pedagógica deve informar o candidato acerca
da vida, que decorrem do processo de RVCC, realizado por cada das decisões tomadas em articulação com o avaliador externo.
candidato. Uma versão preliminar de Plano Pessoal de Qualificação (ou
de Plano de Desenvolvimento Pessoal) deve ser apresentada,
A sessão de júri de certificação só deve ser marcada quando discutida e consensualizada com o candidato.
estiverem produzidas‚ para cada candidato, uma primeira
versão consensual, quer para a equipa, quer para o avaliador A equipa técnico-pedagógica deve ainda preparar cada candidato
externo, do Certificado de Qualificações e do Plano Pessoal de para a sessão.
Qualificação ou do Plano de Desenvolvimento Pessoal.
Em primeiro lugar, deve esclarecê-lo relativamente ao
A marcação da sessão de júri deve ficar registada na acta desta funcionamento das sessões de júri de certificação, o papel dos
reunião de trabalho, assim como a fundamentação da proposta vários elementos participantes e recomendar-lhe o convite a
que a equipa leva a essa sessão. diferentes pessoas para participarem na sessão, quer familiares
e amigos, quer outros. No caso de concordarem quanto
Para além das questões anteriormente referidas, o número de ao interesse em convidar actores-chave da comunidade, o
processos de candidatos que são analisados em cada reunião coordenador ou o director do Centro assumem um importante
papel no estabelecimento do contacto, endereçando os convites
institucionais.
17 Novamente se sublinha que o PDP pode ou não ser explorado (em traços
gerais) na sessão de júri de certificação, embora deva ser definido pela equi-
pa do Centro Novas Oportunidades com o candidato no final do processo de Em segundo lugar, a equipa deve apoiar o candidato na
RVCC. preparação da sua apresentação. Dado que um dos pressupostos
34
do processo RVCC é consolidar percursos de auto-aprendizagem e reflexividade a partir das suas experiências de vida, tal deve ser
espelhado nesta etapa final de uma forma consistente e visível.
Neste sentido, importa que se incentive os candidatos a explicitar essa auto-reflexão ao longo do processo, fazendo a ligação entre
a sua biografia (retrospectiva e, eventualmente, prospectiva – no sentido das expectativas e projectos pessoais e profissionais) e
as competências adquiridas e evidenciadas.
O que importa solicitar aos candidatos deve, portanto, responder a estas questões, e cabe à equipa técnico-pedagógica preparar
com cada um a apresentação que será objecto de avaliação pública na sessão de júri de certificação.
Esta apresentação deve ser balizada pelos próprios Referenciais de Competências-Chave. Não se pretende uma exposição oral acerca
dos conteúdos do referencial, mas que o candidato consiga associar, reflexivamente, as suas experiências de vida/aprendizagens
a um conjunto de competências constantes nos referenciais. Tal é, em si mesmo, revelador de que estes foram apropriados e
integrados na história pessoal de cada um.
Por outro lado, cada apresentação é única, porque as histórias de vida dos candidatos são sempre singulares. Desta forma,
não se pretende que, nestas sessões, haja excessiva uniformização das apresentações. Assim como o portefólio reflexivo de
aprendizagens deve ser único, original e centrar-se no próprio candidato, a apresentação também deve reflectir a especificidade de
cada um dos indivíduos.
Neste sentido, as apresentações a preparar não devem obedecer a um formato rígido e pré-definido, sendo aconselhável que,
respondendo aos aspectos aqui referidos, os tipos de apresentação variem de candidato para candidato.
O quadro que se segue indica diferentes tipos de apresentações que podem ser adoptados nas sessões de júri de certificação. De
sublinhar que esta tipologia não pretende ser exaustiva, mas apenas propor vários “formatos” que podem ser mobilizados pelos
candidatos e pelas equipas dos Centros Novas Oportunidades, de modo a reforçar a diversidade e a individualidade do momento
de certificação de cada candidato.
35
Quadro 3 – Tipos de apresentações e exemplos de aplicação (cont.)
Balanço do processo de reconhecimento desenvolvido, baseado numa Este tipo de apresentação é útil quando o candidato apenas obtém uma
reflexão sobre a forma como as actividades desenvolvidas permitiram certificação parcial, pois ao centrar-se na reflexão sobre as aprendizagens
evidenciar as competências detidas e sobre aprendizagens feitas durante o feitas, permite potenciar o reforço do seu “compromisso” para o
processo de RVCC. prosseguimento do percurso de qualificação, nos termos específicos
definidos no respectivo Plano Pessoal de Qualificação.
Valorização das competências que o candidato já detinha e/ou adquiriu Este tipo de apresentação é particularmente útil quando o candidato apenas
durante o processo de reconhecimento, assim como identificação das obtém uma certificação parcial, pois, neste caso, a sessão de júri deve
competências a adquirir, tendo como enquadramento o percurso de vida potenciar a sua sensibilização e mobilização para a conclusão do respectivo
do adulto (percurso anterior ao desenvolvimento do processo de RVCC e percurso de qualificação, através do encaminhamento para uma “solução”
percurso a seguir após conclusão do processo de RVCC) e o referencial de formativa. A apresentação pode, por exemplo, centrar-se numa reflexão, por
competências-chave. parte do candidato, sobre os contornos específicos do seu Plano Pessoal
de Qualificação, em função do referencial de competências-chave e dos
conteúdos do portefólio reflexivo de aprendizagens, destacando os pontos
fortes (valorização das competências que detém) e de desenvolvimento (*).
(*) Neste caso específico, o conhecimento, por parte do candidato, do referencial de competências-chave e, quando se trate de um processo de RVCC de nível
secundário, do respectivo referencial de formação de base constante do Catálogo Nacional de Qualificações, assim como da articulação entre ambos, assume
grande relevância, como garante da sua consciencialização relativamente ao percurso formativo a realizar.
Como se referiu, os tipos de apresentação aqui elencados são necessariamente sintética, aos aspectos do seu percurso
exemplificativos da diversidade de “formatos” que podem ser de vida que possam ser relevantes para clarificar a
adoptados no âmbito das sessões de júri de certificação e, apresentação que vai fazer e melhor compreender o seu
como tal, reflectem o seu carácter flexível. Esta flexibilidade não portefólio reflexivo de aprendizagens, e às razões que o
impede, porém, que existam alguns elementos comuns a todas levaram a inscrever-se no Centro Novas Oportunidades e/ou
as apresentações, como aqui se sintetiza: a desenvolver o processo de RVCC escolar; esta explicitação
inicial permitirá clarificar a relação da apresentação que
• a equipa técnico-pedagógica deve apoiar todos os seguidamente é feita por cada candidato com a sua história
candidatos no planeamento e na preparação da sessão de vida, com as competências propostas a certificação
de certificação (prática que melhora a qualidade da e com as evidências que atestam essas competências
apresentação final); incluídas no portefólio reflexivo de aprendizagens;
• a intervenção de cada candidato deve iniciar-se com • todas as apresentações devem incidir em conteúdos que
a sua caracterização, dando-se destaque, de forma coloquem o candidato à vontade consigo próprio e estar
36
associadas à valorização de competências que, não só
detém, como procura comprovar através de evidências
incluídas no portefólio reflexivo de aprendizagens;
37
38
Funcionamento da sessão
de júri de certificação
39
40
4. Funcionamento da sessão de júri de certificação
Tendo por base os pressupostos enunciados, a sessão de 4.2 Dinamização da sessão
júri de certificação deve decorrer num ambiente formal, não
obstante as relações de confiança estabelecidas entre a equipa II. Profissional de RVC
técnico-pedagógica e os candidatos em processo de RVCC. A O profissional de RVC apresenta, de forma sucinta, cada
importância do momento para os candidatos, equipa, Centro candidato, referindo, nomeadamente, nome, habilitações de
Novas Oportunidades e Sistema Nacional de RVCC, no seu todo, partida, data de início do processo, data de fim do processo,
exige a realização de uma sessão que espelhe o rigor técnico formação complementar (cada área e número de horas
presente em todo o processo de RVCC. respectivo), nível de certificação que requer e outros elementos
considerados relevantes.
Os moldes de funcionamento de cada sessão devem seguir
os padrões de referência definidos na Carta de Qualidade dos III. Candidato
Centros Novas Oportunidades (Gomes e Simões, 2007). Esta Deve começar por:
sessão deve ter uma duração mínima de 30 e máxima de
60 minutos por candidato. Considera-se ainda que o mesmo • Fazer uma breve apresentação individual, designadamente
avaliador externo não deve estar presente em mais do que um um resumo do seu percurso pessoal associado à motivação
júri de certificação no mesmo dia, tendo em vista assegurar a para iniciar um processo de RVCC, o nível a que se candidata
qualidade e o rigor da sua intervenção para com cada candidato e as razões pelas quais o faz;
que se apresenta a júri de certificação. Com o mesmo objectivo, • Desenvolver a sua apresentação, sempre articulada com a
cada sessão deve ter, no máximo, seis candidatos. sua história de vida;
• Justificar o seu pedido de validação em cada uma das áreas
O funcionamento de uma sessão de júri de certificação não de competências-chave do nível a que se candidata e das
tem um modelo único e rígido, sendo importante, no entanto, competências associadas.
assegurar os seus principais objectivos. Neste capítulo, sugere-
se um modelo possível de sessão de júri de certificação que IV. Avaliador externo
segue quatro momentos principais: (1) abertura da sessão; (2) Deve comentar os produtos do processo de RVCC do candidato
dinamização da sessão; (3) deliberação; e (4) encerramento da e, se assim o entender, colocar-lhe algumas questões com
sessão. Esta proposta pode ser adaptada, de forma flexível, aos vista à confirmação das opções de validação assumidas
contextos específicos de cada Centro Novas Oportunidades e de anteriormente. Para tal, deve:
cada candidato.
• Fazer um breve comentário global sobre o candidato e os
4.1 Abertura da sessão documentos previamente por si analisados;
• Levantar questões com vista a uma melhor explicitação da
I. Presidente do Júri componente reflexiva do processo;
Dá as boas-vindas institucionais e abre a sessão. Apresenta os • Levantar questões com vista a um reforço de algumas
membros do júri, bem como os objectivos e metodologia da competências que poderão ainda ser evidenciadas e
sessão. Cumprimenta os candidatos por terem chegado até à avaliadas em sede de júri de certificação (nas situações
sessão do júri. definidas no ponto 3.4);
• Convidar o candidato a explicitar os seus planos
Durante a sessão, orienta-a no sentido do cumprimento dos profissionais, pessoais, de qualificação e de aprendizagem
objectivos da ordem de trabalhos; dá a palavra aos intervenientes ao longo da vida, decorrentes do processo de RVCC que
e faz pontos da situação, se necessário, sistematizando as várias finaliza.
intervenções dos elementos do júri.
Neste contexto, pode ser mobilizado um instrumento de apoio
O decorrer da sessão é feito para cada candidato individualmente, ao avaliador na sessão de júri. Apresentam-se, de seguida,
e o presidente do júri deve iniciá-lo, convidando o candidato a alguns aspectos que podem constar num instrumento desta
justificar o pedido de certificação e a apresentar o seu portefólio natureza.
reflexivo de aprendizagens (após uma breve apresentação feita
pelo profissional de RVC).
41
Quadro 4 – Proposta de instrumento de registo da sessão de júri de certificação
• Até 4º Ano • B1
• Até 6º Ano • B2
• Até 9º Ano • B3
• Frequência de Secundário • Secundário
Informações diversas (percurso de vida e formativo; sugestões; portefólio reflexivo de aprendizagens; áreas de dúvida; proposta de créditos):
Sugestões:
VI. Formadores e profissional de RVC Sempre que possível, devem valorizar-se também competências
Durante a sessão, cada membro da equipa técnico-pedagógica pessoais, sociais e relacionais, nomeadamente associados
intervém quando tal se considere conveniente. As suas às áreas de Cidadania e Empregabilidade/Cidadania e
intervenções devem ter como ponto de partida as evidências Profissionalidade: conhecimento e respeito pelos direitos e
presentes no portefólio reflexivo de aprendizagens, permitindo deveres individuais e colectivos, argumentação e assertividade,
ao candidato explorar e tornar visíveis aspectos relevantes que trabalho em equipa, capacidade de projecção individual, entre
eventualmente não tenha mencionado. outros aspectos.
42
4.3 Deliberação
• Toma decisão sobre as áreas que se mantinham em dúvida de certificação, nos termos e limites definidos no ponto 3 deste
roteiro metodológico;
• Define as competências a certificar e, em função disso, os conteúdos específicos do Certificado de Qualificações;
• Finaliza a versão inicial do Plano Pessoal de Qualificação, em caso de certificação parcial.
Sugere-se ainda que, no final, o secretário leia o resumo em voz alta para aprovação por todos os elementos do júri.
• O tipo de certificação obtida (total ou parcial) e o número total de créditos (RVCC-Nível Secundário), bem como o documento
oficial a atribuir (Certificado de Qualificações, Diploma);
• De forma sucinta, o conteúdo do Plano Pessoal de Qualificação, em caso de certificação parcial, ou do Plano de Desenvolvimento
Pessoal, em caso de certificação total18;
• No final, um breve comentário global dirigido a cada candidato destacando pontos fortes e desafios de futuro19.
18 Os produtos oficiais da certificação poderão ser entregues ao adulto posteriormente, como referido adiante. A comunicação das linhas orientadoras do PDP no
decorrer da sessão de júri de certificação é opcional, cabendo à equipa do Centro Novas Oportunidades decidir acerca da sua pertinência.
19 A este respeito, é importante encorajar os candidatos, valorizando os percursos formativos mais adequados às características e motivações de cada um.
43
44
Produtos da sessão
de júri e certificação
conferida
45
46
5. Produtos da sessão de júri e certificação conferida
5.1 Certificação total
A certificação total de competências dá origem à emissão de um Certificado de Qualificações, com o registo das unidades de
competência certificadas e o nível de escolaridade obtido.
A certificação total de competências que permita a obtenção de um nível de escolaridade (básico ou secundário) dará ainda origem
à emissão de um Diploma20.
Em caso de certificação total, e antes do candidato terminar o seu percurso no Centro Novas Oportunidades, é definido o Plano de
Desenvolvimento Pessoal (PDP) do candidato, através de propostas de continuação do percurso de qualificação/aprendizagem
ao longo da vida. Se a equipa do Centro assim o entender, o PDP pode ser explorado/comunicado no âmbito da sessão de júri de
certificação, salvaguardando o facto do objectivo dessa sessão se prender com a conclusão do processo de RVCC e, como tal, com
a articulação entre as aprendizagens do candidato e o referencial de competências-chave (materializado no portefólio).
O PDP deve ser definido pela equipa do Centro Novas Oportunidades em articulação com cada candidato, podendo ser
mobilizado o avaliador externo. O PDP define o projecto pessoal e profissional de cada candidato, identificando possibilidades
de prosseguimento das aprendizagens, de qualificação de apoio ao desenvolvimento de iniciativa de criação de auto-emprego
e/ou o apoio à progressão/reconversão profissional.
Sempre que se considere desejável e oportuno, o desenvolvimento do PDP pode implicar contactos com entidades formadoras,
empregadoras ou de apoio ao empreendedorismo.
O candidato obtém uma certificação parcial sempre que as unidades de competência validadas e certificadas não são suficientes
para a obtenção do nível de escolaridade a que se propôs.
A certificação parcial de competências dá origem à emissão de um Certificado de Qualificações, com o registo das unidades de
competência certificadas.
Em caso de certificação parcial, é definido o Plano Pessoal de Qualificação (PPQ) do candidato, um documento no qual é registada
a proposta de percurso a realizar para completar a sua qualificação (designadamente uma parte ou curso na sua totalidade, unidades
de formação de curta duração, ou actividades de auto-formação). Como já se referiu anteriormente, o processo de RVCC de cada
candidato é único, sendo que, quando considerado adequado pela equipa, cada candidato que apenas detenha competências
necessárias a uma certificação parcial deve ver terminado o seu processo e ser encaminhado para vias de qualificação consideradas
adequadas.
O PPQ contém a proposta do percurso a realizar para o desenvolvimento de competências e a obtenção de um determinado
nível de qualificação.
Deve ser definido pela equipa do Centro Novas Oportunidades, em articulação com cada candidato, no termo do processo
de reconhecimento e validação de competências. Neste último caso, deve contar também com os contributos do avaliador
externo.
No caso do candidato ser encaminhado para formação, o plano definido pode ser reajustado e aprofundado pela entidade
formadora para a qual seja encaminhado, a partir do Centro Novas Oportunidades.
20 O modelo de Diploma e Certificado referidos constam do Anexo II à Portaria nº 370/2008, de 21 de Maio, sendo disponibilizados no SIGO.
47
5.3 Produtos da sessão de júri de certificação
Em função do formato genérico proposto para a sessão de júri, são produtos finais da mesma os seguintes:
Embora decorrentes da própria sessão de júri de certificação, bem como do trabalho prévio à sua realização, estes documentos
só podem ser finalizados e emitidos após a sessão, dado o seu carácter oficial. Poderão ser entregues no próprio dia do júri ou
posteriormente, de preferência em sessão organizada para o efeito pelo Centro Novas Oportunidades.
O Certificado e o Diploma só podem ser emitidos por um estabelecimento de ensino público ou particular e cooperativo com
autonomia pedagógica ou por um centro de formação profissional do Instituto do Emprego e Formação Profissional. Cabe ao
director do Centro homologar os diplomas e certificados emitidos por entidades promotoras nos casos previstos nos números 2 e
3, do artigo 21.º, da Portaria nº 370/2008, de 21 de Maio. No caso dos Centros Novas Oportunidades que não tenham capacidade
para a homologação, o processo de emissão de certificados obriga ao estabelecimento de protocolos com entidades que possuam
competência certificadora.
Notas:
1. O director/coordenador do Centro Novas Oportunidades é responsável pelo envio dos documentos de cada adulto para
a entidade que homologará o respectivo certificado. O Centro deve garantir a conformidade dos documentos que envia.
2. Existe um modelo de protocolo de certificação (a realizar entre a entidade formadora certificada e um centro de formação
de gestão directa ou participada do IEFP/estabelecimento de ensino público, particular ou cooperativo) disponível no SIGO.
3. Deve ser afixado no Centro, em local visível, o nome da entidade com que foi estabelecido o protocolo para a certificação.
É ainda produto da sessão a acta da sessão, redigida pelo secretário, ratificada por todos os elementos de júri e assinada pelo
presidente do mesmo. Do conjunto das actas deve manter-se arquivo no Centro Novas Oportunidades, de acordo com a legislação
em vigor.
21 Como já se referiu anteriormente, o PDP, enquanto produto da sessão de júri de certificação, assume um carácter opcional. No caso específico da certificação
equivalente ao 1º ou 2º ciclos do ensino básico, o Plano de Desenvolvimento Pessoal deve ter indicação expressa da necessidade de encaminhamento para uma
solução educativa/formativa que garanta a obtenção do nível básico de ensino.
48
Registo no SIGO
de acções das etapas de
validação e certificação
49
50
6. Registo no SIGO de acções das etapas de validação e certificação
Ao longo das etapas de validação e certificação que culminam na realização da sessão de júri de certificação, e nos vários momentos
de trabalho e actividades desenvolvidas pela equipa técnico‑pedagógica, existe uma série de registos a efectuar no Sistema de
Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO) que não podem ser descurados.
Assim, apresentam-se de seguida os procedimentos e registos a efectuar no SIGO ao longo destas duas etapas do processo de
RVCC:
VALIDAÇÃO
Acção Procedimento Documentos produzidos
1) Sessão de validação 22 Nesta acção deverão ficar registados os principais
pontos abordados na sessão de validação, bem
como os elementos que nela tomaram parte.
2) Pedido de certificação Deverão ser assinaladas todas as unidades que - Comprovativo do pedido de certificação
o candidato, em conjunto com a equipa técnico-
pedagógica, considerem estar em condições
de certificar. As unidades aqui seleccionadas
aparecerão, por defeito, na sessão de júri de
certificação, sendo possível retirá-las ou acrescentar
outras, caso seja necessário.
CERTIFICAÇÃO TOTAL
Acção Procedimento Documentos produzidos
1) Sessão de júri de certificação Na sessão de júri devem ser registados os - Termo de certificação
participantes, bem como um breve resumo - Certificado de Qualificações
dos comentários relativamente a cada área de - Diploma (no caso de conclusão do ensino básico
competências-chave. ou secundário)
51
Quadro 7 – Registos a efectuar no SIGO na etapa de certificação (cont.)
CERTIFICAÇÃO PARCIAL
Acção Procedimento Documentos produzidos
1) Sessão de júri de certificação Na sessão de júri devem ser registados os - Termo de certificação
participantes, bem como um breve resumo - Certificado de Qualificações
dos comentários relativamente a cada área de
competência-chave.
2) Encaminhamento Nesta acção deverá ficar registada qual a modalidade - Plano Pessoal de Qualificação (PPQ)
de educação-formação que o candidato deverá
frequentar, de forma a concluir o seu percurso de
qualificação e completar o nível de escolaridade a
que se propõe*.
(*) Apenas efectuar o registo de encaminhamento quando for efectivada a integração do candidato na respectiva modalidade de educação-formação.
52
Referências bibliográficas,
recursos e legislação
53
54
Referências bibliográficas, recursos e legislação
Referências bibliográficas
• Agência Nacional para a Qualificação, I.P. (2007). Qualificação escolar e profissional dos candidatos. Encaminhamento para
percursos educativos e formativos. Pistas de trabalho. Documento de trabalho.
• Agência Nacional para a Qualificação I.P. (2008). Orientações para a Operacionalização do Sistema de Créditos. Documento
de Trabalho.
• Agência Nacional para a Qualificação I.P. (2008). Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO):
Informações úteis para os Centros Novas Oportunidades. Documento de Trabalho.
• Gomes, Maria do Carmo e Francisca Simões, (2007). Carta de Qualidade dos Centros Novas Oportunidades. Lisboa: Agência
Nacional para a Qualificação, I.P.
• Gomes, Maria do Carmo e Sandra Rodrigues, (2007). Cursos de Educação e Formação de Adultos – Nível Secundário:
Orientações para a Acção. Lisboa: Agência Nacional para a Qualificação, I.P.
Recursos
Para aceder ao ficheiro:
www.anq.gov.pt > Profissionais de Educação-Formação > Equipa Técnico-Pedagógica dos Centros Novas Oportunidades
> Documentação de apoio > Aplicação multimédia de Suporte à Formação > Referencial de Competências-Chave de nível
secundário
Legislação seleccionada
2. Avaliadores externos
• Despacho nº 29 856/2007, de 27 de Dezembro
Aprova o regulamento do procedimento de acreditação de avaliadores externos no âmbito dos Centros
Novas Oportunidades.
55
3. Equipa Técnico-Pedagógica
• Despacho nº 11 203/2007, de 8 de Junho
Define as orientações aplicáveis aos Centros Novas Oportunidades e às entidades formadoras dos cursos EFA,
nomeadamente no que respeita às competências dos membros das equipas técnico-pedagógicas dos Centros Novas
Oportunidades e às habilitações para a docência dos formadores que integram as equipas técnico-pedagógicas dos
Centros Novas Oportunidades (nível básico e secundário) e dos formadores que asseguram a formação de base nos
cursos EFA.
4. Financiamento
• Regulamento Específico da Tipologia de Intervenção 2.1. – Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências,
do Eixo 2 – Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida, do Programa Operacional Potencial Humano (POPH).
Define o regime de acesso aos apoios concedidos pelo Programa Operacional Potencial Humano (POPH), no âmbito do
Sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC).
56
Instrumentos de trabalho
57
58
Quadro-síntese dOs principais MOMENTOS DO TRABALHO PREPARATÓRIO de uma sessão de júri de certificação
59
Quadro-síntese dOs principais MOMENTOS de uma sessão de júri de certificação
MOMENTOS ACTIVIDADES ACTORES PRODUTOS / INSTRUMENTOS
• Abertura da • Acolhimento e apresentação dos intervenientes, bem como dos • Presidente do júri
sessão objectivos e funcionamento da sessão.
• Dinamização da • Apresentação de cada candidato e o diálogo com o júri de • Equipa técnico- • Material de apresentação do candidato;
sessão certificação. pedagógica* • Portefólio reflexivo de aprendizagens.
• Avaliador externo
• Candidato
• Convidados
• Deliberação • Deliberação da avaliação final de cada candidato – Certificação • Equipa técnico- • Certificado de Qualificações;
Total. pedagógica
• Avaliador externo • Diploma (se houver certificação de ensino básico ou
secundário);
• Primeira proposta de orientações para a definição do Plano de
Desenvolvimento Pessoal (PDP) – opcional.
• Deliberação da avaliação final de cada candidato – Certificação • Certificado de Qualificações;
Parcial.
• Plano Pessoal de Qualificação (PPQ).
• Encerramento da • Comunicação da deliberação final e finalização da sessão. • Equipa técnico- • Primeira versão do Plano Pessoal de Qualificação (PPQ) – no
sessão pedagógica* caso de certificação parcial.
• Avaliador externo
• Candidato
• Convidados
* A sessão de júri de certificação só pode ter lugar se estiverem representados pelo menos dois terços dos membros do júri, incluindo, obrigatoriamente, o profissional de RVC e o avaliador
externo.
60
GLOSSÁRIO CONCEPTUAL E METODOLÓGICO
No quadro seguinte, encontram-se sistematizadas respostas-padrão a um conjunto de tópicos que foram explorados ao longo
do presente documento. Estas respostas pretendem constituir-se como uma síntese das orientações metodológicas que aqui se
propõem e como enquadramento do próprio processo de reconhecimento, validação e certificação de competências.
Sistema RVCC
O Sistema Nacional de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (Sistema RVCC), inserido no quadro da
política de educação e formação de adultos, é o conjunto de serviços através do qual se reconhecem, validam e certificam as
competências escolares e profissionais (até ao nível do ensino secundário) adquiridas ao longo da vida, em contextos formais
e informais, por parte de pessoas que desejem vê-las reconhecidas e que, cumulativamente, sejam maiores de 18 anos e
possuam pelo menos 3 anos de experiência profissional justificada mediante comprovativo de contribuições para a Segurança
Social. A Rede de Centros Novas Oportunidades configura o quadro institucional em que o sistema funciona.
O processo de RVCC visa reconhecer, validar e certificar os conhecimentos e as competências resultantes da experiência que
se adquiriu em diferentes contextos ao longo da vida. A certificação obtida através deste processo permite não só a valorização
pessoal, social e profissional dos cidadãos, mas também o prosseguimento de estudos/formação.
O processo de RVCC desenvolve-se nos Centros Novas Oportunidades, com o apoio de profissionais especializados (equipa
técnico-pedagógica) e baseia-se em referenciais integrados no âmbito do Catálogo Nacional de Qualificações:
- O referencial de competências-chave de educação e formação de adultos – Nível Básico;
- O referencial de competências-chave para a educação e formação de adultos – Nível Secundário.
O processo está organizado segundo três eixos fundamentais: o eixo do Reconhecimento, o eixo da Validação e o eixo da
Certificação.
Instrumento dirigido aos Centros Novas Oportunidades com a finalidade de promover a qualidade dos seus processos de
trabalho, bem como clarificar os respectivos indicadores de resultados.
O CNQ é um instrumento dinâmico de gestão estratégica das qualificações nacionais de nível não superior, de regulação da
oferta formativa de dupla certificação e de promoção da eficácia do financiamento público.
A sessão de júri de certificação representa o momento final dos processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de
Competências. Esta sessão assume várias funções, designadamente encerramento oficial e público dos processos de RVCC,
legitimação social dos mesmos e avaliação final dos candidatos.
A sessão de validação final ocorre no termo da etapa de validação. Nesta sessão, o candidato e a equipa técnico-pedagógica
que o acompanhou no seu processo de reconhecimento, analisam e avaliam o portefólio reflexivo de aprendizagens face ao
referencial de competências-chave, identificando as competências a validar e a evidenciar/desenvolver. Caso se entenda que o
candidato reúne as condições para concluir o seu processo, deve ser encaminhado para a sessão de júri de certificação.
Por seu lado, o júri de certificação é composto por elementos da equipa técnico-pedagógica que acompanharam o processo
de reconhecimento e validação de cada candidato, e por um avaliador externo. A presença do avaliador externo distingue
claramente os intervenientes na sessão de júri de certificação dos da sessão de validação.
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GLOSSÁRIO CONCEPTUAL E METODOLÓGICO (cont.)
Nas sessões de validação final participam o candidato e a equipa técnico-pedagógica que o acompanhou no seu processo de
reconhecimento.
Nas sessões de júri de certificação participam os candidatos à certificação, elementos da equipa técnico-pedagógica que
acompanharam o processo de reconhecimento e validação de cada candidato, o avaliador externo, vários convidados e o
público em geral.
Certificação conferida
O processo de RVCC pode conduzir a uma certificação total (correspondente aos 1º, 2º ou 3º ciclos do ensino básico, ou ao
nível secundário de ensino), ou a uma certificação parcial.
A conclusão do nível básico ou secundário dá lugar à emissão de um diploma, bem como à emissão de um certificado de
qualificações, que atesta as unidades de competência certificadas.
O mesmo modelo de certificado de qualificações é emitido quando o candidato apenas obtém uma certificação parcial. Nesta
situação, o certificado indica quais as unidades de competência certificadas através do processo de RVCC e é complementado
pela emissão de um Plano Pessoal de Qualificação, através do qual se define o encaminhamento do candidato para um
percurso formativo que lhe permita adquirir as competências em falta com vista à obtenção da certificação total, de nível
básico ou secundário.
O enquadramento jurídico da sessão de júri de certificação consta dos seguintes diplomas: Despacho nº 29856/2007, de
27 de Dezembro (regulamento do procedimento de acreditação de avaliadores externos no âmbito dos Centros Novas
Oportunidades); Portaria nº 370/2008, de 21 de Maio (regula a criação e o funcionamento dos Centros Novas Oportunidades),
designadamente nos artigos 7º, 8º, 10º, 11º, 13º, 18º, 20º e 21º.
62
EXEMPLOS DE APRESENTAÇÕES DE CANDIDATOS EM SESSÕES DE JÚRI DE CERTIFICAÇÃO
Os exemplos fictícios que se seguem procuram ilustrar diferentes tipos de apresentações que podem ser feitas pelos candidatos
no âmbito das sessões de certificação, tal como referido no ponto 3 deste documento.
Mafalda, após ter sido apresentada pelo profissional RVC, começou por explicar as razões que a levaram a realizar o processo
RVCC. Seguidamente, dispôs de quinze minutos para apresentar o seu portefólio reflexivo de aprendizagens. Explicou a
forma como o estruturou, fazendo algumas referências aos objectivos do processo de RVCC, nomeadamente à certificação
de competências e à aprendizagem ao longo da vida. Abriu depois um powerpoint que tinha elaborado dando destaque às
actividades de exploração que tinha realizado por orientação dos formadores, para validação de algumas competências. Falou
da exploração realizada em Cidadania e Profissionalidade (CP), em torno da sua participação na mesa eleitoral, e fez referência
ao Núcleo Gerador em causa, dizendo que entendia a razão pela qual a formadora de CP lhe havia pedido uma melhor reflexão.
Referiu que tinha colocado no seu portefólio uma referência ao que havia aprendido no decurso da formação complementar
que tinha tido em Cultura, Língua e Comunicação. Concluiu a sua apresentação com uma indicação muito específica sobre um
Curso de EspecializaçãoTecnológica que pretende frequentar.
Rui é electricista de profissão há vinte e cinco anos, pelo que a equipa técnico-pedagógica propôs que, na sessão de certificação,
fizesse uma apresentação sobre o seu dia-a-dia de trabalho, com recurso à apresentação de um vídeo gravado para o efeito.
No entanto, o Rui apenas aproveitou, em parte, esta ideia. Como hobby, dedica muito do seu tempo à jardinagem, tendo
mesmo já feito alguns “trabalhos” para amigos e conhecidos. Assim, propôs centrar a sua apresentação nesta actividade.
Estava a terminar um processo de RVCC de nível básico e achou que esta seria a melhor forma de mostrar algumas das suas
competências. Pegou na câmara de filmar e filmou os arranjos nos jardins de sua casa bem como o sistema de irrigação que
estava a montar na casa de um amigo. No dia da sessão de júri, com o apoio do formador de TIC e da profissional de RVC,
apresentou o vídeo e foi comentando o mesmo ao longo da sua apresentação. Referiu varias vezes as áreas de competência
e as competências que achava encontrar naquelas imagens. Fez depois uma apresentação do seu dossier pessoal. Destacou
a importância daquele dossier como valor para o seu futuro, mesmo a nível profissional. Referiu que iria concorrer a um
concurso numa empresa nacional e que aí iria apresentar o seu dossier e não só o curriculum vitae. Terminada a sua
apresentação, o avaliador externo colocou algumas questões relacionadas não apenas com a actividade da jardinagem, mas
também com a actividade profissional do Rui, de que constitui exemplo: “Que aprendizagens destaca das formações que
realizou ao longo do tempo?”. Rui respondeu a esta questão referindo uma ideia que tinha retirado do seu dossier quando
a formadora de Cidadania e Empregabilidade falou da importância da aprendizagem ao longo da vida. Posteriormente, a
profissional de RVC e o avaliador externo trocaram ideias com Rui, de acordo com os objectivos traçados por ele, e que são
pertinentes para a definição do seu Pano de Desenvolvimento Pessoal.
63
EXEMPLOS DE APRESENTAÇÕES DE CANDIDATOS EM SESSÕES DE JÚRI DE CERTIFICAÇÃO (cont.)
O profissional de RVC convidou a adulta a apresentar uma primeira proposta de Plano de Desenvolvimento Pessoal (PDP).
Joana trabalha num laboratório químico de uma empresa farmacêutica e fez um panfleto informativo, distribuído aos
elementos do júri, no qual descreve os seus objectivos pessoais, escolares, de formação profissional e profissionais. Um dos
objectivos aí referidos, que levou ao debate, foi o da frequência de um Curso de Especialização Tecnológica (CET) na área das
técnicas laboratoriais. O director do Centro Novas Oportunidades pediu a palavra e referiu que a escola politécnica da região
iria dispor dessa oferta formativa e que o Centro disponibilizaria as informações necessárias no seu processo de decisão e, se
fosse o caso, no seu processo de inscrição. Os formadores e a profissional de RVC registaram esta informação, para futura
definição do Plano de Desenvolvimento Pessoal de Joana e reforçaram a ideia do interesse que a frequência de um CET pode
ter para a valorização do seu percurso profissional e de qualificação.
Maria tem 25 anos e alguma experiência a tomar conta de crianças. Ouviu falar no processo de RVCC e inscreveu-se num
Centro Novas Oportunidades. Tinha o 10.º ano incompleto e a técnica de diagnóstico e encaminhamento propôs o seu
encaminhamento para um curso EFA. No entanto, Maria insistiu que gostava de frequentar um processo de RVCC. Após
cerca de dois meses, com o apoio da equipa técnico-pedagógica, chegou à conclusão que o número de competências que
podia validar era insuficiente para a obtenção do nível secundário, e que, de facto, se justificava o seu encaminhamento
para um curso EFA de dupla certificação, no âmbito da qualificação de técnica de acção educativa. Assim, a equipa decidiu
propor Maria a um júri de certificação, com doze créditos validados. Na sessão de júri, Maria apresentou o seu portefólio
reflexivo de aprendizagens, valorizando as competências validadas na sua relação com o seu percurso de vida e, a partir daí,
identificando as áreas de competência/competências que precisava de explorar mais, tendo em consideração o seu interesse
em obter a qualificação de técnica de acção educativa. O avaliador externo questionou-a sobre o conhecimento do referencial
de formação para o respectivo curso EFA, e a ligação deste com o processo que estava a terminar e com o seu Plano Pessoal
de Qualificação. Maria tinha bastantes dúvidas sobre o modo de funcionamento da modalidade EFA. O avaliador externo e a
profissional de RVC esclareceram alguns aspectos e pediram a um mediador de um curso EFA na área de Serviço de Apoio
a Crianças e a Jovens que se encontrava a assistir ao júri para explicar o seu papel e a orgânica do processo de formação.
O mediador e o avaliador externo referiram que o trabalho realizado no curso EFA tinha sempre o apoio dos formadores e
que era um processo bastante apoiado do ponto de vista da orientação e formação. Após estes esclarecimentos, o avaliador
externo e a equipa técnico-pedagógica ultimaram o Plano Pessoal de Qualificação (PPQ). Anexaram ainda ao PPQ entregue à
Maria, o perfil profissional e o referencial de formação relativos à qualificação de técnico de acção educativa.
64
EXEMPLOS DE APRESENTAÇÕES DE CANDIDATOS EM SESSÕES DE JÚRI DE CERTIFICAÇÃO (cont.)
António, mecânico automóvel de profissão, fez uma apresentação de quinze minutos centrada na sua história de vida
e nos conteúdos do portefólio reflexivo de aprendizagens. Deu destaque a uma actividade de exploração em torno dos
cuidados ambientais na fabricação e utilização das tintas para a indústria automóvel. Após a sua apresentação, o formador de
Sociedade, Tecnologia e Ciência (STC) colocou uma questão em torno da reciclagem de óleos como reforço da competência já
evidenciada, relacionando a mesma com o referencial de competências-chave. António respondeu, evidenciando claramente
essa mesma competência. A avaliadora externa tomou a palavra e colocou uma questão alusiva a outra competência descrita
no Portefólio relativa à área de competência de Cultura, Língua e Comunicação (CLC). O candidato respondeu, articulando a
sua resposta com a descrição das actividades realizadas no âmbito do seu percurso, no processo RVCC. Após este momento,
a avaliadora externa solicitou aos formadores que referissem o número de créditos totais, por área, propostos para atribuição
ao candidato. A avaliadora externa perguntou a António se tinha conhecimento desta proposta e se concordava com a mesma.
A resposta foi afirmativa. A sessão prosseguiu com algumas sugestões feitas pelo profissional de RVC, relativamente aos
contornos do Plano de Desenvolvimento Pessoal de António, a “trabalhar” mais aprofundadamente em sessões posteriores
à conclusão do processo de RVCC, com vista ao prosseguimento da sua formação e futura obtenção de uma qualificação
profissional de nível 3 na área da reparação automóvel.
65
IDENTIFICAÇÃO DO PROCESSO DO CANDIDATO (*)
Centro ___________________________
Dados de Identificação
• CP: _____________________________
_______________________________________________________________________________
Equipa Assinatura
Coordenador –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Candidato
Observações: Assinatura
O candidato aceita a proposta da equipa (Versão do PPQ)
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Fonte: Adaptado de modelo de relatório final do Centro Novas Oportunidades do Fundão – Agrupamento de escolas João Franco.
(*)
Esta é apenas uma proposta de modelo de relatório de nível secundário, que pode ser ajustada e utilizada para diversos fins. Poderão assim introduzir-se novos
campos, nomeadamente referentes à formação complementar e à evidenciação de competências (no que concerne, por exemplo, às metodologias/instrumentos
utilizados para a sua evidenciação);
É desejável que os Centros concebam modelos de relatório que considerem mais adequados para o fim a que se propõem, não descurando, no entanto, as
orientações que foram dadas a este propósito ao longo do presente documento.
66
Áreas DE Competências-chave x Créditos
Domínio de Referência
TEMAS DR1 DR2 DR3 DR4 CRÉDITOS
(nº)
Direitos e Deveres
Cidadania e Profissionalidade
Complexidade e Mudança
Identidade e Alteridade
Abertura Moral
Argumento e Assertividade
Programação
Ambiente e Sustentabilidade
Saúde
E CIÊNCIA
Gestão e Economia
Urbanismo e Mobilidade
Saberes Fundamentais
Ambiente e Sustentabilidade
CULTURA, LÍNGUA
E COMUNICAÇÃO
Saúde
Gestão e Economia
Urbanismo e Mobilidade
Saberes Fundamentais
Créditos (nº)
67
Equipa:
68
APRECIAÇÃO GLOBAL
69
Núcleo gerador (CP) x NÍVEL DE COMPLEXIDADE
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE
I II III Sim/Não
Liberdade e Responsabilidade Pessoal
Direitos e
Deveres Direitos e Deveres Laborais
Globalização
Pensamento
Crítico Instituições e Modelos Institucionais
Políticas Públicas
Tolerância e Diversidade
Abertura
Moral Processos de Negociação
Mediação Intercultural
70
Núcleo gerador (CP) x NÍVEL DE COMPLEXIDADE (CONT.)
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE
I II III Sim/Não
Capacidade Argumentativa
Argumentação
DIMENSÃO DE COMPETÊNCIAS
Capacidade Assertiva
COMPETÊNCIAS SOCIAIS
e
Assertividade
Mecanismos Deliberativos
Projectos Colectivos
Capacidade Prospectiva
Equipa:
71
TEMA (CP) x Evidência no PRA
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE
Complexidade
e
Mudança Processos de Inovação
Globalização
Reflexividade Sociais
e
Pensamento Reconversões Profissionais e Organizacionais
Crítico
Instituições e Modelos Institucionais
Políticas Públicas
COMPETÊNCIAS ÉTICAS
72
TEMA (CP) x Evidência no PRA (cont.)
Tolerância e Diversidade
COMPETÊNCIAS ÉTICAS
Abertura
Moral
Processos de Negociação
Mediação Intercultural
DIMENSÃO DE COMPETÊNCIAS
Capacidade Argumentativa
Argumentação
e
Capacidade Assertiva
Assertividade
Mecanismos Deliberativos
COMPETÊNCIAS SOCIAIS
Projectos Colectivos
Capacidade Prospectiva
Equipa:
73
APRECIAÇÃO GLOBAL (CP)
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE
74
Núcleo gerador (STC e CLC) x Nível de complexidade
Formador
Formador
S T C S S S
(S/N) (S/N)
I II III I II III I II III I II III I II III I II III
Equipamentos
EQUIPAMENTOS E SISTEMAS
Domésticos
TÉCNICOS (EST)
Equipamentos
Profissionais
Utilizadores,
Consumidores e
Reclamações
Transformações e
Evoluções Técnicas
Consumo e Eficiência
SUSTENTABILIDADE (AS)
Energética
Resíduos e Reciclagens
AMBIENTE E
Recursos Naturais
Clima
Cuidados Básicos
Riscos
SAÚDE (S)
e Comportamentos
Saudáveis
Medicinas e Medicação
Patologias e Prevenção
Orçamentos e Impostos
ECONOMIA (GE)
Empresas, Organizações
GESTÃO E
e Modelos de Gestão
Sistemas Monetários e
Financeiros
Usos e Gestão do Tempo
Comunicação Rádio
COMUNICAÇÃO (TIC)
TECNOLOGIAS DE
INFORMAÇÃO E
Micro e Macro
Electrónica
Media e Informação
Redes e Tecnologias
75
Núcleo gerador (STC e CLC) x Nível de complexidade (cont.)
Formador
Formador
S T C S S S
(S/N) (S/N)
I II III I II III I II III I II III I II III I II III
Construção e
Arquitectura
MOBILIDADE (UM)
URBANISMO E
Ruralidade e
Urbanidade
Administração,
Segurança e Território
Mobilidades Locais e
Globais
O Elemento
FUNDAMENTAIS (SF)
Processos e Métodos
SABERES
Científicos
Ciência e Controvérsias
Públicas
Leis e Modelos
Científicos
Equipa:
76
tema (stc e CLC) x eVIDÊNCIA NO pra
Núcleo Tema Pág. PRA Experiência de vida Experiência de vida Pág. PRA
Gerador
Equipamentos
EQUIPAMENTOS E SISTEMAS
Domésticos
TÉCNICOS (EST)
Equipamentos
Profissionais
Utilizadores,
Consumidores e
Reclamações
Transformações e
Evoluções Técnicas
Consumo e Eficiência
SUSTENTABILIDADE (AS)
Energética
Resíduos e Reciclagens
AMBIENTE E
Recursos Naturais
Clima
Cuidados Básicos
Riscos
SAÚDE (S)
e Comportamentos
Saudáveis
Medicinas e Medicação
Patologias e Prevenção
Orçamentos e Impostos
ECONOMIA (GE)
Empresas, Organizações
GESTÃO E
e Modelos de Gestão
Sistemas Monetários e
Financeiros
Usos e Gestão do Tempo
Comunicação Rádio
COMUNICAÇÃO (TIC)
TECNOLOGIAS DE
INFORMAÇÃO E
Micro e Macro
Electrónica
Media e Informação
Redes e Tecnologias
77
tema (stc e CLC) x eVIDÊNCIA NO pra (CONT.)
Núcleo Tema Pág. PRA Experiência de vida Experiência de vida Pág. PRA
Gerador
Construção e
Arquitectura
MOBILIDADE (UM)
URBANISMO E
Ruralidade e
Urbanidade
Administração,
Segurança e Território
Mobilidades Locais e
Globais
O Elemento
FUNDAMENTAIS (SF)
Processos e Métodos
SABERES
Científicos
Ciência e Controvérsias
Públicas
Leis e Modelos
Científicos
Equipa:
78
APRECIAÇÃO GLOBAL (stc)
79
APRECIAÇÃO GLOBAL (CLC)
80
81
O processo de reconhecimento, validação e certificação de competências (processo de
RVCC) tem vindo a afirmar-se na sociedade portuguesa enquanto instrumento ao serviço
da qualificação dos adultos com competências adquiridas ao longo da vida em contextos
formais, não formais e informais.
É neste contexto que a Agência Nacional para a Qualificação I.P., como entidade
responsável pelo apoio à concretização de um vasto conjunto de medidas que integram
o Sistema Nacional de Qualificações e, mais concretamente, enquanto organismo que
coordena e gere a rede nacional de Centros Novas Oportunidades, continuamente investe
na produção de orientações que possibilitem a melhor estruturação do trabalho a
desenvolver nos Centros.