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TRIBUNAL MARÍTIMO

JN/NCF PROCESSO Nº 32.920/18


ACÓRDÃO

Canoa “SEM NOME”. Queda de pessoa na água causando seu óbito. Culpa
da própria vítima. Arquivamento.

Vistos e relatados os presentes autos.


Consta dos autos que por volta das 16h do dia 16 de janeiro de 2018 a canoa
sem nome e inscrição navegava no rio Negro, próximo ao bairro Padre Cícero, no
Município de São Gabriel da Cachoeira, AM, com o proprietário a bordo, Sr. Alberto
Penedo Cruz, e seu filho menor de idade, conduzindo a embarcação. Durante a
singradura, o chinelo do Sr. Alberto caiu na água e quando tentou resgatá-lo também
caiu, desaparecendo no rio, sendo seu corpo encontrado quatro dias depois em outra
comunidade.
De acordo com os depoimentos, a família da vítima declarou que o Sr.
Alberto havia consumido bebidas alcoólicas e não usava colete salva-vidas.
No Laudo de Exame Pericial Indireto, os peritos registraram que o tempo
estava bom, sem vento e o rio estava calmo, não interferindo na navegação. Também
apontaram as infrações cometidas pelo proprietário da embarcação ao não cumprimento
dos artigos 11 e 16, inciso I do RLESTA.
O encarregado do IAFN em uniformidade de entendimento com os peritos
concluiu que a causa determinante foi a imprudência da vítima ao consumir bebida
alcoólica e não observar as medidas de segurança, ao jogar-se ao rio sem o uso de
coletes salva-vidas.
Os autos do IAFN foram encaminhados a este Tribunal que os enviou à PEM,
que requereu pelo arquivamento, uma vez que a situação fática decorreu de culpa
exclusiva da própria vítima.
Publicada nota de arquivamento em 20 de março de 2019, o prazo para
manifestações de possíveis interessados transcorreu em branco até o dia 20 de maio de
2019, conforme se comprova à fl. 70.
Assiste razão a PEM e os autos devem ser arquivados. Conforme apurou o
IAFN, o fato da navegação ficou caracterizado pela culpa da própria vítima, pois o Sr.
Alberto Penedo Cruz pulou na água sem portar colete salva-vidas, além de ter ingerido
bebida alcoólica.

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(Continuação do Acórdão referente ao Processo nº 32.920/2018........................................)
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Indefere-se o pedido final da Douta PEM, no sentido de que a CFAOC seja
oficiada, pelas mesmas razões do arquivamento, ou seja, o responsável pelas infrações
faleceu e a pena não pode, assim, ser aplicada.
Assim,
ACORDAM os Juízes do Tribunal Marítimo, por unanimidade: a) quanto à
natureza e extensão do fato da navegação: queda de pessoa na água causando o seu óbito;
b) quanto à causa determinante: a vítima lançou-se na água embriagado e sem uso de
colete salva-vidas; e c) decisão: julgar o fato da navegação previsto no art. 15, alínea “e”,
da Lei nº 2.180/54, como imprudência da própria vítima, mandando arquivar os autos,
conforme promoção da PEM.
Publique-se. Comunique-se. Registre-se.
Rio de Janeiro, RJ, em 05 de setembro de 2019.

NELSON CAVALCANTE E SILVA FILHO


Juiz Relator

Cumpra-se o Acórdão, após o trânsito em julgado.

Rio de Janeiro, RJ, em 15 de outubro de 2019.

WILSON PEREIRA DE LIMA FILHO


Vice-Almirante (RM1)
Juiz-Presidente
PEDRO COSTA MENEZES JUNIOR
Capitão-Tenente (T)
Diretor da Divisão Judiciária
AUTENTICADO DIGITALMENTE
Digitalmente

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Assinado de forma digital por COMANDO DA MARINHA
DN: c=BR, st=RJ, l=RIO DE JANEIRO, o=ICP-Brasil, ou=Pessoa Juridica A3, ou=ARSERPRO, ou=Autoridade Certificadora SERPROACF, cn=COMANDO DA MARINHA
Dados: 2019.11.17 16:25:15 -03'00'

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