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Anais da VIII ExpoCiência UEPA 1

A COOPERAÇÃO E A INTERATIVIDADE NO ENSINO: CONHECENDO


AS PLANTAS E SUA IMPORTÂNCIA PARA O AMBIENTE

ISABELLA MENDES DOS SANTOS


UEPA / e-mail: BEELLAMDS@GMAIL.COM

LETICIA GABRIELA LACERDA DA SILVA


UEPA / e-mail: GABRIELALACERDA1904@GMAIL.COM

ORIENTADORES: JOSÉ DE RIBAMAR DE CASTRO CARVALHO


UFPA / e-mail: CASTRORIBAMAR@YAHOO.COM.BR

MARIA JOSÉ DE SOUZA CRAVO


UFPA / e-mail: MJSCRAVO@GMAIL.COM

Resumo: O presente artigo, trabalha a ideia de ensinar o conteúdo proposto saindo do âmbito formal e
tradicional, onde apresentamos o resultado da aula cujo o intuito consistiu em compreender as plantas
como seres vivos através de uma aula dialógica e de demonstração que foi dada para uma turma de 2°
ano do ensino fundamental para dezessete alunos na Escola Municipal Olga Benário, localizada em um
bairro na periferia de Belém. Podemos observar por meio deste projeto que a aprendizagem se torna
mais prazerosa quando se dá de forma dinâmica com métodos mais pensados e elaborados pelo
professor e não se torna um ensino mecânico visando somente dar o conteúdo utilizando a nota da
avaliação como instrumento de controle.

Palavras-chave: ensino do conteúdo plantas, meio ambiente, seres vivos.

INTRODUÇÃO
A importância do ensino de ciências para o ensino fundamental vem com a
construção de quem sou eu, qual é o mundo onde vivo como é o mundo onde vivo.
Saciando duvidas esclarecendo seus questionamentos e adquirindo novas descobertas
e experiências o qual o aluno poderá utilizar dentro e fora de sala de aula. Segundo a
autora Andrea Ramal

As escolas têm buscado cada vez mais um método que


dedica tempo à formação de qualidade, sem correria para cumprir
o programa. Em vez de dar tantos conteúdos, o foco é preparar para
a vida. Por isso, questões de cidadania e ética fazem parte do
currículo. (RAMAL, ANDREA. ENTENDA A DIFERENÇA ENTRE
OS MÉTODOS ESCOLARES. G1 Educação 2017. Disponível em:
<www.g1.globo.com/educacao/blog/andrea-ramal/post/entenda-
diferenca-entre-os-metodos-escolares.html>. Acesso em: 20 de
Jan. de 2019.)
Anais da VIII ExpoCiência UEPA 1

O ensino das plantas geralmente é tratado com pouca importância, talvez pelo
fato de não ser um dos assuntos de relevância para o aluno ao decorrer de sua trajetória
escolar. Sendo assim, os métodos utilizados para estas aulas acabam sendo pouco
pensados e elaborados pelo professor que transmite o assunto focado em apenas dar o
conteúdo utilizando a nota da avaliação como instrumento de controle.

Na educação de hoje podemos falar de uma tendência:


um modelo de ensino está dando lugar a outro. Quem sai de cena
é o ensino focado no excesso de conteúdos com matérias distantes
da realidade concreta, no qual o professor expõe conceitos para
todos ao mesmo tempo e os estudantes são obrigados a decorar
para passar nas provas – momentos quase sempre estressantes,
já que a nota é um instrumento de controle. (RAMAL, ANDREA.
ENTENDA A DIFERENÇA ENTRE OS MÉTODOS ESCOLARES.
G1 Educação 2017. Disponível em:
<www.g1.globo.com/educacao/blog/andrea-ramal/post/entenda-
diferenca-entre-os-metodos-escolares.html>. Acesso em: 20 de
Jan. de 2019.)

Este projeto tem a proposta de levar para sala de aula um ensino lúdico a
respeito das plantas dando importância a este assunto tanto quanto os outros, com o
intuito de não ensinar de forma mecânica apenas para memorização.

Mais do que decorar coisas, o objetivo é aprender o sentido das do


que se aprende, ensinar a pensar. Esse método não é massificador,
e sim personalizado, respeitando os ritmos dos estudantes e o jeito
de aprender de cada um. (RAMAL, ANDREA. ENTENDA A
DIFERENÇA ENTRE OS MÉTODOS ESCOLARES. G1 Educação
2017. Disponível em: <www.g1.globo.com/educacao/blog/andrea-
ramal/post/entenda-diferenca-entre-os-metodos-escolares.html>.
Acesso em: 20 de Jan. de 2019.)

Com recursos didáticos por meio de uma aula dialógica e de demonstração, onde
os alunos ajudam na construção da aula de forma interativa/participativa o projeto foi
desenvolvido com o propósito de desconstruir o método tradicional pelo qual vem sendo
ensinado o assunto abordado, mais do que decorar o conteúdo o objetivo é aprender.
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MARCO TEÓRICO
Para fundamentar este trabalho, entre outros autores, destacamos Santos
(2017) como um referencial teórico para discutir a importância do estudo de ciências e
educação ambiental na educação de crianças da Educação Infantil e ensino
Fundamental. O tema escolhido, As Plantas, que está dentro do conteúdo - Vida e
evolução no ensino de Ciências da Natureza do 2º ano do ensino Fundamental
disponível na BNCC (Base Nacional Comum Curricular).
É um tema abrangente o qual podemos explorar várias vertentes do ensino e
oportunidades onde a criança poderá aprender com experimentos, atividades orais e em
grupo, trabalhando assim a cooperatividade juntamente com o ensino de ciências. Para
se realizar um ensino com essas características algumas questões precisam ser
prerrogativas devem ser consideradas.

1. Os problemas na formação do professor.


Um dos problemas na formação profissional de educação está no fato de 90%
do curso de formação é destinado a abordagens de cunho eminentemente teórico e a
prática fica só para o final do curso. Talvez por isso o ensino até os dias de hoje tenha a
tendência de trabalhar quase tudo de forma teórica. Talvez por isso o ensino até os dias
de hoje seja mais teórico do que prático.
É importante para a formação do professor que ele esteja em contato com o
contexto escolar em todo o curso, pois assim adquire vivências, experiências e assim
aprende a lidar com a realidade em sala de aula antes mesmo de se formar. Sobre essa
questão, Santos diz que

Compreender as diferentes funções da abordagem de aspectos


sociocientíficos permite uma compreensão de que formar cidadãos não se
limita a nomear cientificamente fenômenos e materiais do cotidiano ou
explicar princípios científicos e tecnológicos do funcionamento de artefatos
do dia-a-dia. (SANTOS, 2007, p.05)

Nesse sentido, a importância desse projeto para a nossa formação quanto


professor está na construção do estudo dentro e fora de sala de aula. De modo dinâmico,
interessante e atrativo tanto para o aluno quanto para o professor. Dando segmento ao
ensino de forma continua e eficaz, formando assim professores com a mente aberta para
as várias vertentes do ensino e do modo de educar e, posteriormente, quando estiverem
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atuando na área, formarão alunos críticos, mais interessados pelo meio ambiente,
responsáveis e conscientes como explica Wildson Santos:

A contextualização no currículo poderá ser constituída por meio da


abordagem de temas sociais e situações reais de forma dinamicamente
articulada que possibilite a discussão, transversalmente aos conteúdos e aos
conceitos científicos, de aspectos sociocientíficos (ASC) concernentes a
questões ambientais, econômicas, sociais, políticas, culturais e éticas.
(SANTOS, 2007, p.06)

2. A importância do ensino de Ciências.


A importância do ensino de ciências para o ensino fundamental vem com a
construção de quem sou eu, qual é o mundo onde vivo como é o mundo onde vivo.
Saciando duvidas esclarecendo seus questionamentos e adquirindo novas descobertas
e experiências o qual o aluno poderá utilizar dentro e fora de sala de aula, como bem
citou Wildson Santos:

O objetivo desse ensino na educação básica é promover a educação


científica e tecnológica dos cidadãos, auxiliando o aluno a construir
conhecimentos, habilidades e valores necessários para tomar decisões
responsáveis sobre questões de ciências e tecnologia na sociedade e atuar
na solução de tais questões. (SANTOS, 2007, p. 02).

Também é recomendado que o ensino tenha como diretriz de abordagem, a


contextualização e a interdisciplinaridade, sendo estes eixos centrais organizadores das
dinâmicas interativas no ensino das diferentes disciplinas. Mas o que se vê na maioria
das escolas é um ensino de ciências trabalhado de forma descontextualizada e
dogmático onde o aluno não consegue associar o que estuda em ciências ao seu
cotidiano.

Cursos de CTS para o ensino de ciências têm sido propostos tanto para a
educação básica quanto para cursos superiores e até de pós-graduação. O
objetivo central desse ensino na educação básica é promover a educação
científica e tecnológica dos cidadãos, auxiliando o aluno a construir
conhecimentos, habilidades e valores necessários para tomar decisões
responsáveis sobre questões de ciência e tecnologia na sociedade e atuar na
solução de tais questões (SANTOS, W. L., 2007, p. 02, apud CRUZ;
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ZYLBERSZTAJN, 2001; SANTOS; MORTIMER, 2000; SANTOS;


SCHNETZLER, 1997; TEIXEIRA, 2003).

A interdisciplinaridade é um método que deve ser utilizado nos ensinos


principalmente de séries iniciais, onde os alunos precisam ser orientados e formados
desde então cidadãos que sabem seus direitos e deveres e como refletir sobre um
problema para resolve-lo no dia a dia. O ensino por meio de temas CTS (Ciências-
Tecnologia-Sociedade) é um exemplo de ensino interdisciplinar, pois gira em torno de
assuntos que podem levar à reflexão de vários aspectos e questões da vida.
Selecionar temas que envolvem o cotidiano dos alunos, levar até eles questões
que estão sendo discutidas no meio em que eles vivem, podem trazer esta interação
necessária para a contextualização do ensino. Não esquecendo que apenas isso pode
não aumentar o interesse e facilitar a aprendizagem, então cabe ao professor ser criativo
para desenvolver recursos para trabalhar com esses assuntos.

METODOLOGIA
Para este trabalho foi feita uma pesquisa bibliográfica sobre estratégias
pedagógicas para aplicarmos o melhor tipo de método de ensino, após isso escolhemos
desenvolver uma aula interativa/participativa com demonstração. Usamos recursos de
baixo custo, utilizando materiais que já possuíamos, como imagens impressas, sacola
plástica (para a experiência), partes das plantas (raiz, caule, folhas, flores, frutos e
sementes), cartolina (onde foi feito o tabuleiro das partes das plantas), piloto, canetinha
e tesoura.
A aula foi realizada com uma turma de 2° ano fundamental com 17 alunos com
idades entre 6 e 7 anos, no turno da manhã em uma escola municipal localizada no bairro
de Águas Lindas (Belém) chamada E.M Olga Benário. O projeto foi desenvolvido no dia
17 de Dezembro com o tema “Conhecendo As Plantas e o Ambiente" sendo necessário
1h30 de aula para a realização das atividades com o conteúdo proposto. A aula foi
dividida em 4 partes, cada uma com um tema:
1ª AS PLANTAS SÃO SERES VIVOS
Iniciamos a aula fazendo questionamentos para sondarmos o nível de
conhecimento dos alunos sobre o assunto. Alguns dos questionamentos foram: “As
plantas são seres vivos?”, “As plantas transpiram?”, “O que é transpirar?”, deixamos eles
livres para responder, e no decorrer da aula fomos concluindo o pensamento deles.
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Nesse primeiro momento, iniciamos o experimento para observar as plantas


transpirando. Para isto, cobrimos as plantas com sacolas plásticas e deixamos 15 min
para vermos o resultado. Enquanto aguardávamos, fizemos mais questionamentos para
que os alunos pudessem interagir bem, e um deles foi: “O que vai acontecer com as
plantas após 15 min?”, alguns responderam que as plantas iriam morrer, outros que as
plantas iriam ficar feias, alguns disseram que as plantas iriam secar. Outros
questionamentos foram: “O que está acontecendo com a planta?”, “O que pode
acontecer com as folhas se deixarmos elas por um grande período de tempo vedadas
pelo plástico?”, “O que são essas gotículas que estão aparecendo dentro do plástico?”
nesse momento eles responderam que as gotículas eram água o que nos deu gancho
para a próxima parte da aula.
2ª O QUE AS PLANTAS PRECISAM PARA VIVER?
Na segunda parte da aula também fizemos questionamentos e utilizamos
imagens para relacionar as plantas com os seres humanos. A primeira imagem era de
pessoas transpirando, com manchas de água nas axilas e relacionamos à experiencia
que fizemos, na segunda imagem podíamos ver uma planta seca onde explicamos que
sem água as plantas secam e morrem, assim como os seres humanos se ficarem muito
tempo sem água adoecem e podem morrer. A terceira imagem era de uma pessoa
bebendo água, na quarta imagem plantas sendo regadas e mais uma vez fizemos a
relação de uma com a outra e explicamos que tanto os seres humanos quanto as plantas
precisam de água para viver. Foi explicado de forma simplificada o que as plantas
necessitam para viver, o que são os nutrientes e onde eles estão presentes e podem ser
encontrados.
3ª O CORPO DAS PLANTAS
Nesta parte da aula utilizamos a visão e o tato dos alunos, lhes mostrando as
partes das plantas reais que levamos para a aula, o interessante é que levamos
diferentes formas de partes das plantas (uma folha verde e outra roxa, raiz grande e
pequena, frutos variados, flores de tamanhos, cores e formas diferentes, dentre elas uma
flor que soltava uma substancia adocicada, vários tipos de semente, caule pequeno e
grande, de espessura fina e grossa). Para esta parte da aula fizemos uma atividade onde
pudemos avaliar se o conteúdo ficou bem esclarecido e se foi bem entendido e fixado. A
atividade consistiu em dois tabuleiros com as partes das plantas escrita onde eles
colocaram as partes nos respectivos lugares. Separamos os alunos em dois grupos de
meninos e meninas porque observamos que eles preferiam desta forma.
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4ª O CICLO DE VIDA DAS PLANTAS

Para a última parte da aula, ainda utilizando as partes das plantas, explicamos
que todas as plantas têm um ciclo de vida também fazendo a relação com os seres
humanos, pegamos as partes colocando em ordem de evolução para melhor observação
dos alunos. Logo após recapitulamos os assuntos abordados fazendo o fechamento dos
conceitos aprendidos com uma reflexão sobre a relação e importância das plantas para
o meio ambiente.

Utilizamos a estratégia de questionamentos a aula inteira, para observarmos o


nível de conhecimento dos alunos sobre o conteúdo e para que eles ajudassem com
suas repostas a construir a aula, assim tendo total participação no projeto.

APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS


Consideramos que obtivemos um resultado satisfatório com as atividades
realizadas, pois conseguimos abandonar a abordagem tradicional na medida em que
utilizamos uma modalidade didática mais dinâmica e recursos que chamaram mais a
atenção e incentivaram a participação dos alunos.
Podemos assim dizer que atingimos o nosso objetivo, visto que a turma
demonstrou interesse e teve participação assídua em todas as atividades e dinâmicas
propostas nos momentos em que o conteúdo foi trabalhado no decorrer da aula.
Após a atividade do tabuleiro das partes das plantas, em que eles deveriam
colocar as partes das plantas que distribuímos nos grupos em seus devidos lugares,
pudemos observar o nível de conhecimento adquirido pelos alunos, tivemos um
resultado animador, pois os alunos conseguiram concluí-la de forma rápida e correta,
sem qualquer problema quanto a atividade, entendemos assim que o conteúdo foi
absorvido e fixado de maneira natural e não decorativa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Constatou-se por meio da observação da execução do projeto que o
aprendizado se torna mais prazeroso quando se dá de forma dinâmica, onde os alunos
tiveram total participação na construção da aula com suas contribuições e respostas dos
questionamentos feito durante toda a realização do trabalho, percebemos que com
métodos mais pensados e elaborados pelo professor o ensino não se torna mecânico
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visando somente passar o conteúdo para o aluno utilizando a nota da avaliação como
instrumento de controle, mas sim o processo de ensino aprendizagem.
Para nós alunas de Pedagogia, este trabalho contribuiu para a nossa formação
pela experiência adquirida na realização do projeto. Ficou claro que um ensino lúdico,
bem pensado e elaborado, com recursos didáticos constrói uma aula muito mais
dinâmica e interessante, não só para o aluno, mas também para o professor que irá
realizá-la, fazendo com que a aula tenha muito mais retorno do aluno e a relação
professor-aluno estabelecida.

ANEXO
1 – Foto utilizada para demonstrar pessoas suando

2 – Foto utilizada para demonstrar planta seca, perda de água

3 – Foto utilizada para demonstrar que pessoas necessitam de água.


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4 – Foto utilizada para demonstrar que as plantas precisam de água.

5 – Foto dos recursos utilizados para a aula didática

REFERÊNCIAS
RAMAL, ANDREA. ENTENDA A DIFERENÇA ENTRE OS MÉTODOS ESCOLARES.
G1 Educação 2017. Disponível em: <www.g1.globo.com/educacao/blog/andrea-
ramal/post/entenda-diferenca-entre-os-metodos-escolares.html>. Acesso em: 20 de
Jan. de 2019.

SANTOS, W. Contextualização No Ensino De Ciências Por Meio De Temas CTS Em


Uma Perspectiva Crítica, Ciências & Ensino, vol. 1, número especial, novembro de
2007.

BAKRI, M.S. Projeto Buriti Ciências 2º ano Ensino Fundamental – Anos Iniciais, 3ª
Edição. São Paulo, Editora Moderna, 2014. Pág. 70 a 81.

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