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Da constituição em sentido formal e constituição em sentido material

(norma Constitucional formal e norma de constituição material)


constituição em sentido formal – conjunto de normas que permitem regular a
estrutura os fins e as funções do Estado, bem como a organização, a titularidade,
o exercício e o controlo do poder politico e também a própria fiscalização do
aceitamento das normas referentes a estas matérias. Matérias que tem
dignidade constitucional.
constituição em sentido material -

Constitucional – 20 Fev17

Competência da assembleia da república (politica e legislativa)

A assembleia da republica em Portugal é o órgão legislador por excelência. É a questão de


saber quem é que decide. Saber quem é que decide não é tudo. É preciso saber quem decide e
sobre o que decide. Decide sobre as matérias essenciais. Se a AR é o órgão que têm
representatividade democrática direta ao mais alto nível, é natural que os assuntos que são
essenciais do ponto de vista da comunidade, lhe caibam. Saber o que são os assuntos essenciais,
não há nenhuma fórmula fixa. Aquilo que era essencial há 100 anos, pode não ser essencial hoje.
Aquilo que é essencial hoje há 100 anos nem sequer se falava disso.

Hoje em dia é essencial as matérias que mais sensibilizam a matéria pública/eleitores é a


proteção ambiental. Há 100 anos, ecologia, era assim defendida pelos “FREAKS” (que eram os
tipos meios drogados). Ninguém ligava a este assunto. Sabia-se lá o que era a ecologia. Portanto,
não era assunto que apaixonasse a opinião pública. E hoje é. Razão pela qual essa matéria é da
competência legislativa da AR.

A competência legislativa da AR em Portugal está repartida. A assembleia não é o único órgão


legislativo. Está repartida não só a montante porque há muitas matérias de dignidade legislativa
que hoje em dia são da competência dos órgãos europeus, portanto, como sabem os órgãos
europeus tem competência reservada e própria para o tratamento de assuntos que até a bem
pouco tempo eram da exclusiva competência dos órgãos nacionais. Portanto há uma repartição
de competências com os órgãos europeus. (Portanto, quando o partido comunista diz que
perdemos a soberania, tinha toda a razão… de facto há uma perda de soberania. Não é isso que
mete a soberania em causa, mas a soberania nacional já viu melhores dias. Efetivamente há uma
transferência de soberania e consequentemente da competência legislativa a favor das
Entidades Europeias.)

Entidades europeias essas, que por sua vez não fazem leis. Quem legisla no âmbito europeu,
não é o parlamento europeu. O parlamento europeu não é um órgão legislativo, é um órgão
político. Então quem é que legisla? É a comissão e o conselho. A comissão e o conselho é
integrada por entidades que não são eleitas, são nomeadas pelos respetivos governos.
Portanto não são órgãos parlamentares, são órgãos técnicos ou governamentais. E eles é que
fazem leis, só que não lhe chamam leis, chama-lhes regulamentos. E porque é que lhe chamam
regulamentos? Por uma razão muito simples. Porque em qualquer país europeus o governo não
faz leis (só em Portugal) e portanto o que é que os governos (nos países civilizados) fazem?
Fazem regulamentos. (CASO DE FRANÇA, ALEMANHA, ESPANHA , INGLATERRA). E portanto é
natural que nos países europeus tenham chamado às normas feitas por órgãos governamentais
sob a comissão e o conselho - regulamentos, porque de acordo com a ordem interna (nos países
deles) é assim. Mas esses regulamentos equivalem a leis. Porque? Porque o parlamento não faz
leis. Entao quem é que legisla a comissão e o conselho, mas não lhes pode chamar leis. Não faz
sentido que um órgão governamental faça normas com força de lei. Chamam-lhe por isso,
regulamentos.

Os órgãos que efetivamente legislam no âmbito da EU não podem fazer se não regulamentos.
(embora na prática sejam leis).

Por outro lado, em Portugal o governo faz decretos com a força de lei (caso único na europa,
ou até do mundo) . E esses decretos com força de lei governamental valem tanto como as leis.
Podem revogar as leis, as leis da assembleia.

Em Portugal á uma larga tradição, de o governo fazer decretos com força de lei. Essa tradição
vem desde o seculo XIX. No entanto a carta constitucional não permitia que o governo fizesse
decretos com força de lei , mas o governo fazia-os ( o Costa Cabral fartou-se de fazer dec com a
força de lei). Então o que é que se passava ? Eram inconstitucionais. Mas era aceite que o
governo fazia dec com a força de lei e depois o parlamento viabilizava-os através de um BIL -
BILding (?) (nos nem tínhamos uma figura para isso, então vamos adotar um nome ingles )
bilding de imunidade (?) . O parlamento aceitava, não os discutia , deixava-os andar.

Mas de facto, na realidade era uma figura que carta constitucional não previa e então a
constituição de 22 muito menos. Então à margem da constituição isso acontecia. Chegou-se à
1º REPUBLICA ( O QUE SE PASSOU) Républica parlamentarista, democrática suprimiram a figura
do dec de lei? Nem pensar. Julgam que o Afonso Costa e os republicanos eram tao democráticos
que iam lá agora suprimir a figura do dec lei. Nem pensar nisso. Continuou.

A Constituição de 1911, permitia o governo de fazer dec lei com força de lei. Assim teve a virtude
da coerência, porque dantes o governo fazia, mas a carta constitucional não falava disso agora
faz e a constituição permite. (1911). Mas ou menos esses dec, para o governo os fazer, a
assembleia tinha de autorizar. Tinha de emitir uma lei de autorização. Então o governo fazia um
dec com força de lei desde que autorizado.

Veio Salazar e tudo continiou na mesma, a constituição de 1933 permite na sua primeira
formulação o dec com força de lei, desde que a assembleia autorizasse o governo. Portanto,
voltamos à tradição da 1º Republica.

(mais tarde) até que Salazar, veio dizer o seguinte: isto não pode ser assim, o governo não pode
estar a espera que assembleia o autorize a fazer dec lei. Porque? Porque a assembleia pode
estar de ferias, os deputados podem estar mal dispostos, pode não haver quórum. Nós agora
precisamos de modernizar o país. Não podemos estar a espera que assembleia nos autorize.
Implementou para isso uma ampla campanha de reformas, para modernizar o país de lés a lés.
( do minho até timor). Alterou para isso a constituição. Pela 1º vez em Pt, com o argumento da
eficiência, (que é um argumento muito utilizado no dto constitucional e dto administrativo).
Marcelo Caetano utilizou ate a exaustão, o governo é um centro de eficiência e, portanto, tem
que legislar e não pode estar a espera que assembleia o autorize. Então o que aconteceu em
Portugal? Em 1946/7. Há uma alteração constitucional em PT, o governo pode fazer dec com a
força de lei sem assembleia o autorizar. O que significa? O LEGISLADOR PRINCIPAL PASSA A SER
O GOVERNO.

Continuou assim até ao 25 de Abr. Chegamos ao 25abr, e toda a gente esperava que isto
acabasse. Esta figura era muito criticada pela oposição. Não vai desapareceu. Continuou até
hoje. Ainda hoje me Pt, o governo continua a poder fazer dec de leis sem estar autorizado pela
assembleia.

Na pratica faz com o governo passe a ser o órgão legislativo (formalmente não é). Então quais
são as condições para o governo puder fazer dec lei? ( estas condições hoje em dia são mais
restritivas do que na altura de Salazar, Há diferenças – hoje temos por exemplo o Tribunal
Constitucional, o regime agora é democrático , antes não era,) Mas o principio de que o governo
não precisa de autorização para fazer dec lei mantem-se de pé.

quadro: É POR ESTA RAZÃO. para compreendermos a competência legislativa da assembleia


temos que ao mesmo tempo compreender a do governo. por exemplo na alemanha para se
comprender a competencia legislativa do parlamento alemão não é preciso estar a olhar para
o governo. porque ? o parlamento é que tem a competência toda, o governo não tem. não há
duvidas.

em portugal não.

Competência legislativa assembleia no ponto de vista horizontal. As competências dos órgãos


legislativos da assembleia, designadamente tem de ser vistos de duas perspetivas – Horizontal
– Saber Quem pode legislar. E vertical – até onde pode legislar, se pode ir ao pormenor ou não.
Porque as vezes a assembleia legisla, mas só faz leis base (quadros gerais). NÃO faz mais nada.
Depois quem as desenvolve não é assembleia… é governo.

nos eua é a mesma coisa. sÓ O CONGRESSO É QUE LEGISLA. qUEM É QUE DESENVOLVE? trump.
(governo) as regioes autonomas tambem podem fazer dec lei.

(quadro): assembleia tem competência legislativa reservada – esta competência esta nos
artigos 161 e seguintes ( atenção que alguma da competencia desses artigos também é politica)

reservada – só assembleia legisla. (no tempo de salazar não havia competencia resevada, razão
pela qual o governo podia fazer dec lei sobre por exemplo a situação dos presos, o que hoje dia
não é permitido, e da competencia da assembleia.)

a competencia reservada pode ser absoluta ou relativa.

artigo 164º - reserva absoluta de competência legislativa. o 161º é quase tudo competências
politicas. porque é que o legislador português misturou nas 161º competências legislativas com
politicas? podia ter separado, não o fez!

reserva absoluta- (significa) só assembleia pode legislar. mais ninguém. aqui não pode haver
autorizações ao governo. quais são as matérias que encabem na reserva absoluta: são as
matérias politicamente mais importantes, pode dizer-se ( as matérias que se encontram nas
alineas do art 164º). tudo o que é politicamente sensível só a assembleia mexe. o que significa
que só o psd ou ps mexe.
só que estas leis podem ser leis de pormenor ou podem ser leis de base. em certos casos são
só leis de bases. bases gerais – tambem se chamam leis quadro. (não dizem a última palavra,
tem de ser desenvolvidas – quem as desenvolve – governo) o que é uma base ? é aquilo que a
assembleia quiser. (por exemplo a lei base da reforma agrária tinha quase 200 artigos) a lei de
bases da educação é enorme. tambem há lei de bases com ¾ artigos.).

o governo é que as desenvolve – está vinculado.

reserva de competencia relativa (artº 165) – aí cabe tudo. a materia é tão ampla. a tendencia
e sempre para alargar estas matérias (atraves das revisões constitucionais).

ora bem, aqui, a assembleia pode autorizar o governo atraves de uma lei de autorização. pode
autorizar o governo a legislar. quando é que assembleia autoriza ? as lei de autorização podem
ser dadas a favor do governo ou das regiões autonomas. as ra podem ser autorizadas a legislar,
sobre materias da reserva relativa de competência da assembleia.(por issso os ilheus não
venham dizer que não têm autonomia nenhuma). até nas competencias da assembleia as ra
podem legislar, mas não podem legislar nas competências absolutas.

atenção:!!!!!

fora do 164º e do 165º ainda há muitas matérias. quais são? são as que lá não estão. o legislador
não pode estar agora a prever as matérias todas. não fala da caça, pesca dos subsídios, … e é
preciso legislar sobre essas matérias. então quem é que legisla? nas matérias que não estão
previstas nestes artigos (não essenciais) mas não quer dizer que não são importantes. –
Assembleia e o governo - competência concorrente, é por isso que diz aqui no art 198º -
compete ao governo 1 a) … portanto fora do art 164 e 165 o governo “faz o que lhe apetece”.
em todas as matérias! estão a ver o alcance que isto pode levar? a assembleia pode legislar?
pode. e governo? também. (suponhamos que assembleia faz uma lei sobre a caça, ou sobre a
pesca, pode fazer uma lei? essa matéria é reservada? não é. a assembleia pode fazer. a seguir
o governo faz um dec lei a contrariar essa lei da assembleia. pode faze-lo. porque é matéria
concorrente. o governo mediante dec lei pode contrariar uma lei da assembleia.

competência concorrente abrange todas as matérias que não estão previstas no 164 e no 165.
aqui (198) não precisa de autorização).

competência concorrente entre o governo a assembleia e as Regiões Autónomas!

as regiões autónomas podem legislar em matérias sobre caça e pesca ? podem. mas a lei só é
aplicada lá. não é aplicada cá. há um regime de pescas para o continente e outro para os
açores. isto da ideia da espantosa capacidade legislativa das ra hoje em dia têm!

competência do governo – so o governo pode legislar sobre esta matéria – qual será ? – 198º
nº2 sobre a sua própria organização e funcionamento . (quantas secretarias, ministros vai
haver…) – isto não acontece nos paises europeus.

competencia reservada das ra (legislativa) – que é a competencia que consta dos estatutos das
ra – e que abrange materias de interesses específicos – as que constam do próprio estatuto.
portnato pode o governo português fazer uma norma sobre a caça marina nos açores? não
pode. porque é considerada materia de interesse especifico para os açores.

temos 5 áreas . em pt temos um sistema de competencia legislativa amplamente plural.


pluralista. há varias entidades.
reservado; concorrente, reservada do governo; reserva das ra

a competencia concorrente é a mais complexa. é aquela que não está prevista e todos podem.
é a que está lá ser lá estar. a constituição não pode dizer sobre os orgãos legislativos são
competentes para legislar (sobre assuntos não previstos) nem 300 paginas serviam para
enumerar essas competências todas. aí pode intervir a assembleia ou o governo ou as ra (desde
que sejam de matérias especifico). a assembleia pode sempre intervir, só não pode se for da
competência exclusiva do governo ou das ra. aí não pode intervir.

quando é matéria concorrente a que a vale é sempre a ultima (revogada) – principio democrático
– a vontade do legislador esta sempre em atualização. Ressume-se que vigora a ultima.

em Portugal esta tudo pensado para o governo ter uma preponderância legislativa
extraordinária. essa preponderância será maior quanto maior for a relação entre a assembleia
e o próprio governo.

as leis de autorização – estão sujeitas a limites. a própria constituição os indica quais são. esses
limites são a tradução palavra por palavra do artigo 90 da constituição alemã.

em portugal a autorização tem que definir o conteúdo o âmbito o prazo sem que caduque; e se
o governo vai contra autorização a lei e inconstitucional. não é um cheque em branco.

na lei do orçamento (que não é uma lei de autorização) ou seja quando a assembleia aprova o
orçamento, vão lá umas autorizações para o governo mexer nos impostos… as leis de
autorização deviam ser leis autónomas.

o governo faz regulamentos. e esses regulamentos que o governo faz dão execução a qualquer
lei. a Assembleia não faz regulamentos. a pirâmide normativa. a lei não é o fim da ordem jurídica.
é o inicio. a ordem jurídica tal como sai das mãos do legislador até estar completa ainda tem um
grande caminho pela frente… o governo tem de fazer regulamentos e depois os tribunais e
administração é que aplicam ao caso concreta. só assim é que oj esta completa. o governo faz
regulamentos complementando qualquer uma das leis. ou as da assembleia ou as dele próprio.
ou reservadas ou concorrentes. a lei não pode ser aplicada sem um regulamento de aplicação.
em principio é sempre aplicado um regulamento de aplicação.

só o governo é faz regulamentos? não. maioritariamente é. temos as autarquias locais,


entidades publicas (federação pt de futebol) e privadas (universidade lusófona).

a lei venha ela de onde vier não é o fim da oj. é o principio, e tem de ser complementada por
um regulamento. quem é que o faz? o governo…autarquias…entidades…

a lei de autorização dada pela assembleia ao governo ou as ra tem que ser pedida por governo
ou pelas ra. agora. não esta na constituição. está no regimento da assembleia (212). devia estar
na constituição.

a lei de autorização tem de ser publicada no diário de republica. e estão sujeitas a veto do pr.
são leis como as outras.

as leis de autorização podem ser dadas ao governo ou as ra. o que significa que as ra podem
até legislar sobre matéria da competência reserva da assembleia. (desde que autorizadas) .
constitucional – 27FEV17
competência legislativas .

as entidades em portugal que tem competencia para fazer normas com força de lei são 3. são
assembleia é o governo e as assembleias legislativas regionais. portanto temos um sistema
pluralista, em materia de competencia legislativa. um sistema completamente descentralizado.
competencia pretence ao estado e a pessoas que não são estado – ra; atenção quem legisla são
assembleias legislativas regionais , não o governo regional.

o governo faz dec lei; o governo regional não. só assembleia legislativa regional é que legisla. o
governo regional não pode legislar.

a lei, esse ato juridico que é a lei que é um ato importantissimo, não é uma especie única. hoje
em dia, há diversos tipos de lei. evidentemente estou a falar as leis da assembleia. já sabemos
que há leis, dec lei, e dec legislativos regionais. mas entre as leis da assembleia há diversos tipos
de lei. e isto advem de muitos fatores. quais são eles? tendencia que pt tem de adotar a moda
estrangeira, tudo o que novidade , vamos buscar. fomos buscar a espanha uma tipologia de lei
que não existia cá. que é a lei orgânica. depois fomos buscar a lei francesa a lei quadro. fomos
buscar à constituição venezuelana a lei reforçada.(lei musculada).

isto quer dizer que as leis da ar não são todas identicas. há leis que carecem de quezitos formais,
mais elaborados, ou seja mais formalidades do que outras leis. em concreto necessitam de
aprovação por maiorias qualificadas. e às vezes ate têm que ser aprovadas na especialidade no
plenário. quando a regra é o plenário aprova na generalidade; na especialidade aprovam as
comissões. não são as comissões de inquerito , são as comissoes parlamentares. mas há leis que
tem de ser aprovadas na sua especialidade pelo plenário. mas em regra o plenario aprova na
generalidade e as comissoes na especialidade.

leis organicas – as leis organicas são aquelas que requerem maiorias qualificadas para a sua
aprovação e naturalmente para a sua alteração. (se as leis requerem maiorias qualificadas isso
significa que a maioria que ganhou as eleições não tiver essa qualificação não pode fazer nada
– pouco democrático) no fundo as leis qualificadas até desvalorizam alternancia democratica.

as leis organicas apresentam este defeito. significa que há determinadas matérias que constam
de lei organica para as quais são exigidas leis organicas e que das duas uma ou há acordo entre
os partidos ou ninguem lhes mexe. o que siginifica que o ps e o psd são os donos da democracia
em portugal.

quais são as materias que carecem de lei organica : materias politicamente mais sensível – lei
eleitoral ; lei do tribunal c; lei do referendo, lei dos partidos politicos. ou o ps e psd estão de
acordo ou então os partidos pequenos não tem hipotese.

as maiorias qualificadas são muitos qualificadas. quanto maior for a maioria mais dificil é alterar
a lei. a regra é que basta a maioria simples (havendo o quorum ).

a medida que se iam fazendo revisões constitucionais o numero de leis a exigir maiorias
qualificadas ia aumentado cada vez mais. embora não se chamassem leis organicas. entao assim,
quais são elas, tem que estar tipificamente identificadas. 168º nº5 ; quais são: 166 nº2.
a leis que carecem mais do que maioria qualificada (art 168 nº5) que não são consideradas leis
organicas. é um bocado confuso. estas leis foram aparecendo há medida que a constituição ia
sendo revista.

os outros atos da assembleia que não são leis, são resoluções - moção de censura ; confiança
(atos politicos)

ora as leis podem ser leis comuns , leis organicas, ou leis que requerem maiorias superiores as
organicas (maiorias de dois terços).

ainda há outra especie de leis. as leis de base. o que tem de especial. não podem ser modificadas
por quem as desenvolve. são os dec lei de desenvolvimento.

leis de autorização , que são aquelas leis minimas, mas que tem de ser observadas pelo dec lei
ou pelo dec legislativo regional que as tem que observar os comandos contidos na autorização.
portanto os dec de lei de desenvolvimento os dec de lei autorizados e os dec legislativos
regionais de desenvolvimento ou autorizados (tbm podem podem haver ) estao subordinados a
que normas ? – às leis base ou às leis de autorização. logo temos aqui um problema. então o dec
lei é uma lei. é!. entao mas o dec de lei não está só subordinado à constituição ? está, mas
tambem está subordinado a lei de autorização ou à lei de bases. temos a constituição, a lei de
bases ou lei de autorização e depois os dec lei de desenvolvimento ou autorizados. entre os dec
de lei e a constituição há uma norma intermédia. não podemos dizer que a pirâmidade
normativa é tão simples. entre a constituição e a lei ordinaria há um novo vulto. em portugal
designamos estas leis de reforçadas. (musculadas) - não são organicas. por acaso há uma que é
similiar á organica que é a lei quadro das privatizações (lei 11/90), que precisa de ser aprovada
por uma maioria qualificada. é o único caso. é uma lei reforçada e ao mesmo tempo é similar a
uma lei organica.

uma lei de autorização não é aprovada por maioria qualificada. uma lei de bases em principio
tambem não. a não ser a lei quadro das privatizações.

e se o dec lei emitido ao abrigo de uma autorização contraria a lei de autorização. é


inconstitucional? ilegal? é ilegal. a ilegalidade ou a inconstitucionalidade o regime é o mesmo.
se o dec de lei viola a lei de autorização é inválido não é inconstitucional , pq não viola
diretamente a constituição, viola é a lei de autorização que é intermediária. – isto fica a cargo
do tribunal constitucional .

a lei quadro das privatizações requer uma maioria qualificada que é 2/3… 168 nº6.

temos a constituição, depois os tratados as leis reforçadas (ou lei parametricas). de modo que a
pirâmide normativa é mais complexa do que parece.

enquanto que as leis orgânicas e todas as que requerem formalidades especiais estão
rigidamente indicadas pela nossa constituição, a nossa constituição não tem um artigo a dizer
as leis parametricas,. mas existem , até a constituição as prevê. por exemplo: leis de base, outras
são as leis de autorização , lei quadro das privatizações, mas há mais , lei enquadramento do
orçamento. (o orçamento é uma lei, aprovado sob a forma de lei, portanto a lei do orçamento
não pode desrespeitar a lei do enquadramento do orçamento, logo a lei de enquadramento do
orçamento para o orçamento é uma lei parametrica); a lei quadro do referendo; a lei das grandes
opções do plano, estatuto das ra relativamente a assuntos regionais.
art 112º nº3 as leis organicas – não tem valor reforçado ; necessitam é de uma maioria
qualificada. não fazem a distinção entre a lei reforçada e a lei orgânica. e a lei organica não tem
valor reforçado.

a piramide juridica:

dto europeu, const, dto internacional, leis parametricas, lei ordinária…

lei quadro (293º)

Constitucional 6Mar17
na ultima aula: varias formas de lei: lei reforças e leis orgânicas e leis semelhantes às orgânicas;
competência numa perspetiva horizontal e vertical na medida em que as leis hoje em dia não
valem o mesmo. há leis que servem de parâmetro a outras leis. (leis quadro, planos…)

no entanto, a assembleia da república é o órgão maior, pelo menos formalmente tem o maior
numero das competências legislativas; embora no âmbito da competência concorrente caiba
muita coisa e a constituição esteja permanentemente a remeter para o âmbito da competência
concorrente por exemplo quando a constituição diz “ a lei determinará “a lei fará” não diz se é
a lei da assembleia ou do governo. pode ser um dec lei governamental. se a materia foi da lei
competência concorrente o dec lei é governamental; quando a constituição diz “a lei
determinará as formas de expropriação por utilidade publica” aqui tem de ser uma lei da
assembleia, é materia que mexe com os dtos fundamentais, mas pode haver uma autorização
ao governo para fazer um dec lei.

quando a constituição remete para a lei, a proposito de determinados artigos e especifica que
será o legislador a fazer isto ou aquilo, a constituição não está com o trabalho de saber se a lei
é da assembleia ou do governo , aí nós temos de ir a materia de competencia ver se é reservada
ou não. se não for reservada pode ser o governo.

no entanto os dec lei governamentais estao sujeitos à apreciação da assembleia, quer isto dizer,
o governo ao fazer dec lei a assembleia pode pediir para os apreciar, pode faze-lo, não tem de
o fazer. depende da relação de confiança que pode ao não existir entre a assembleia e o
governo.

artigo 169 – apreciação parlamentar de actos legislativos – os dec lei, salvo aprovados no
exercicio da competencia legislativa exclusiva do governo (198 nº2) … qualquer dec de lei
governamental , podem ser submetidos - a pedido de quem ? a assembleia é que pede. pode
não pedir… se a assembleia confiar no governo não pede. quando a assembleia pede apreciação
de um dec governamental é mau sinal. só o simples facto de assembleia pedir significa já que
assembleia não deixou sair a competência legislativa totalmente das suas maos. é bom sinal.
apesar de tudo, apesar do governo legislar esta sujeito que a assembleia peça para ver, mas o
dec de lei (atenção) já entrou em vigor, já está vigente. não é preventivo, é sucessivo.

10 deputados – que não têm de ser do mesmo grupo parlamentar.

30 dias- prazo . mas atenção o dec lei já está em vigor.


e então o que assembleia irá fazer ? 3 soluções: pediu para apreciar o dec lei; tem um prazo de
30 dias, a partir do momento que o dec lei entrou em vigor. porque esse prazo não é maior?
porque o dec lei não pode estar eternamente sob suspeição.

ou assembleia não se prenuncia; ou a assembleia o altera. não altera o dec lei. faz é uma lei de
autorização. o dec de lei deixa de vigorar e passa a vigorar uma lei nova.

nº2 – um dec de lei no uso de uma alteração fica sujeito a um regime especial. é que assembleia
pode suspende-lo. ele pode estar suspenso até à entrada de uma nova lei, até que as propostas
de alteração do dec lei sejam todas rejeitadas (ou seja não houve acordo). no entanto o periodo
de suspensão não é eterno. (nº3)

a apreciação , no tempo de salazar chamava-se retificação , é que nos diz que apesar de tudo a
assembleia não perde completamente o poder de intervir nos dec lei do governo.

a apreciação parlamentar quando é pedida, mesmo que assembleia entenda que não há nada
alterar não significa que concorde. apenas emitiu que não tem nada objetar. não corresponde a
nenhuma aprovação tacita.

justificar-se-ia um orgão consultivo da assembleia?

- no tempo de salazar havia – chamava-se a camara coorporativa. que era um orgão de grande
qualidade técnica. assembleia tinha de recolher o parecer técnico à camara. (não era
obrigatório) os pareceres não eram vinculativos.

o governo têm.

governo

têm um orgão consultivo. o presidente também têm – conselho de estado. os pareces não são
vinculativos; nomeia quem quiser.

presidentes dos governos regionais não tem orgãos consultivos.

o governo tem um orgão consultivo , se quiser, que é o conselho consultivo da procuradoria


geral da república.

a assembleia tem poder para apreciar os dec lei governamentais, não tem para poder para
apreciar os dec legislativos regionais. também não tem poder para apreciar a organização e
funcionamento do governo.

diferença entre leis de base e leis reforçadas?

a lei de base é uma lei reforçada, pq serve de parametro ao dec de lei que a desenvolve.

a assembleia é o único orgão de estado que não tem orgão consultivo, os deputados são
oficialmente “sabem tudo. “ eles tem apoio técnico.

- 164/65 – bases de sistema – criação de leis de bases pela assembleia – pode a assembleia
autorizar o governo a fazer leis base? pode (mas é estupido). a lei de bases e de autorização vão
quase dar ao mesmo. teoricamente pode.
por exmeplo,. a lei de autorização – a constituição não exige que a lei de autorização conste de
um diploma proprio, o que siginifica q a lei de autorização pode ir disfarçada noutra lei. e às
vezes há leis que estão inseridas na lei do orçamento, para o governo mexer nos impostos.

diferença entre lei orgânica e lei reforçada – uma serve de parametro outra requer
formladidades especiais. só há uma lei que ao mesmo tempo é orgânica e reforçada (lei quadro
das privatizações) que tem de ser aprovada por maioria de 2 terços.

artigo 293º determina todos os principios da privatização.

constitucional 07mar17
governo:

o estado como pessoa jurídica é um conceito abstrato, é uma formalução que se ficou a dever
ao filosofo alemão sAMUEL pUFENDORF. é considerado um centro de imputação de
direitos e deveres e exprime uma vontade. ora quem exprime a vontade são os orgãos. e o
governo faz parte do estado. o pr, o governo e assembleia. (ou seja titualares individuais – pr ;
coletivos – assembleia e o governo) no entanto o governo divide-se em vários suborgãos : a
constituição identifica e atribui competencias proprias: conselho de ministros; o primeiro
ministro; os ministros.

o governo tem competencias politicas muito importantes; competencias legislativas;


comepetencias administrativas.

os orgaos do governo – 1º ministro e ministros tem diversas imunidades, não são nitidas como
as dos deputados, pq não são eleitos. e por isso tem menos imunidades criminiais que tem os
deputados.

competencias politicas -197º referenda – formalidade essencial do ato, que representa o


acordo do governo com a atuação do pr, se não há referenda o ato nem sequer existe.

197º c) quem negocia e ajusta as convenções internacionais é o governo, nunca é assembleia.;


os tratados é o governo que os negoceia e os trata. – ministro dos negocios estrangeiros.

o governo apresenta propostas de lei à assembleia, sob qualquer materia (no dto constituional
portugues quando é a iniciativa é do proprio orgão é projeto; quando a iniciativa é de orgão
diferente é proposta). portanto o governo apresenta propostas de lei ; os deputados
apresentam projetos de lei.

propoe ao presidente a sujeição a referendo de determinadas situações… e as outras alíneas…


pratica um conjunto de atos politicos que lhe sejam submetidos pela constituição ou pela lei.

o governo tem amplas competencias de natureza politica,.

c. de natureza legislativa:
em pt o governo legisla até tem competencias reservadas – propria organização e
funcionamento , de resto faz dec lei em materias concorrentes (198) ; faz dec lei mediante
autorização; faz dec lei de desenvolvimento. atenção que hoje em dia os dec de lei do governo
que desenvolvem, que são emitidos ao abrigo de autorização tem de mencionar a lei que
desenvolvem ao abrigo da qual foram autorizados. (para ficar claramente visivel ao interprete
que este dec foi emitido ao abrigo daque autorização)

competencia administrativa: não vamos estudar nesta cadeira. é muito ampla (199)

em principio o governo é um orgão colegial – quer isto dizer que todos os principais atos
governamentais, nem todos, são aprovados em conselho de ministros. não são tomados pelos
ministros individualmente nem pelo 1º ministro, isso esta no art 200 – vêm que os principais
atos do governo quer sejam politicos quer sejam legislativos são da competencia do conselho.

aqui verificamos que o governo é um orgao colegial. contrariamente ao que se verificava no


tempo de salazar. o governo acabava por funcionar como um orgao unipessoal – que era ela
(salazar).

a constituição pt desvaloriza a posição do 1ºministro ? é verdade. face á constituição


portuguesa de facto não tem a importancia que tinha dantes. embora seja um orgao
autonomo, distinto dos ministros induvalmente considerados, a realidade é que o principio é o
da colegealidade e não o principio da singularidade.

no entanto o 1ministro tem competencias proprias, que estao definidas no art 201. (por
exemplo: não nomeia, não demite, a verdade é um simpes chefe, segundo jorge miranda -
primus inter pares – (expressão latina que pode ser traduzida como primeiros entre os iguais)

não há uma hierarquia entre o 1 ministro e os ministros – há um concerto. no tempo de


salazar havia. o 1ministro é um mero cordenador. é uma especie de tecnico de ideias gerais. o
1 ministro é o secretario geral do partido que ganhou as eleições. isto depende dos partidos.

os ministros por sua vez também tem competencias proprias, estão previstos no 201 nº2;

teoricamente há um diferença entre definir as linhas gerais – conselho de ministros


coletivamente e dirigir a politica geral que já está definida. é reponsavél coletivamente por
tudo aquilo que de lá sair. não há maiorias nem minorias. quem não concorda pede demissão.
funciona por unanimidade.

importante nº3 do 201: reparem: o conselho de ministros só tem que aprovar os dec lei; os
dec de lei que são atos legislativos, assinado em conselho de ministros , assinado por todos.
mas pode haver dec qe não são lei, são regulamentos, que só são assinados pelo 1ministro e
minisgros competentes em razão da matéria. não vao a conselho de ministro.

como se explica isto ? se o conselho de ministros tivesse de aprovar todos os regulamentos


com forma de dec não fazia outra coisa. não havia tempo. o conselho de ministros reune de 15
em 15 dias ao sabado de manhã. (depende das leis organicas) . questão de praticabilidade, é
impessável.

197º - diferenças entre propostas de lei e propostas de resolução – as propostas de lei são
propostas de um texto legislativo que o governo faz à assembleia. as propostas de resolução
são propostas de um texto não legislativo que o governo faz à assembleia. a resolução é
normalmente a forma do ato politico.
o conselho de ministro é constituido pelo 1ministro ; vice primeiro ministro e pelos ministros.
podem ser criados conselho de ministro especializado em razão da materia – no momento
atual pensa que não existam – já ouve – o conselho de ministros para os assuntos económicos.

há uma subistituição interina – os ministros são substituidos pelos sec de estado; o 1ministro
é substituido pelo vice primeiro ministro, se não houver, é substituido por um ministro que o
pr nomeará. o 1ministro inicia funções com a sua posse e cessa funções com a sua exoneração
pelo pr. o mesmo se passa com os ministros do governo (aqui a exoneração pode ser do pr ou
do 1 ministro)

o governo só esta na plenitude das suas funções após a aprovação do seu programa. o
programa do governo é um documento que o governo é obrigado aprsentar à assembleia
antes do inicio das suas funções. e se assembleia não aprovar o governo cessou funções –
nem chega a governar.

o programa do governo não é uma lei. é um documento politico.

até aprovação do programa do governo, o governo está em mera gestão. tambem está em
mera gestão quando pede demissão até a sua substituição até haver novo governo.

poderá o governo em mera gestão aprovar dec lei ? há quem entenda que sim. mas esses dec
lei não podem reproduzir o programa do governo. o que é muito vago.

o que são atos de mera gestão ? - no dto privado há uma definição do atos de gestão
corrente….o prof manuel andrade “ os atos de gestão corrente são aqueles que não tocam no
casco dos bens” – não pode vender, arrendar, hipotecar. fora daí pode. a ideia não é bem
aplicavel ao governo, mas deve-se entender que tudo o quanto sejam questões essenciais
como a gestão corrente o governo não pode fazer. exemplo: o governo não pode assinar uma
parceria publica ou privada para a construção de uma auto – estrada. não!!!

moção de confiança – se não for aprovada ou se for aprovada uma moçao de censura, o
governo cai. até ao novo governo, entra em gestão corrente.

moção de censura é feito pela oposição.

o programa do governo (art188) – não é um documento juridico é doc politico e tem de ser
aprovado pela assembleia. reforçando o principio da colegelidade (art 189). estão vinculados a
tudo o que ficar deliberado em conselho de ministros. responsabiliza-os todos de igual
maneira.

o conselho de ministros não é um orgão publico (não é um orgão representativo). não há atas.
e as atas não são publicadas.

o cerne do semi presidencialismo – dupla responsabilidade – perante o pr e a assembleia. (art


190)

o proprio 1 ministro é responsavel perante o pr e assembleia. os ministros individualmente


considerados também são responsáveis.

nº3 - 191 – secretarios e subsecretários.


a assembleia pode pedir responsabilidades ao secretario de estado.

196º - há garantias e imunidades –não tão fortes quanto as do pr os dos deputados. pq?
porque não são eleitos.

no exercicio das suas competencias politicas há um modo de um exercicio das competencias


politicas obviamente a constituição não se pode referir a isso em termos de pormenor que é
direção da politica geral. o que é? depende da personalidade do 1 ministro ou do pr. há uns
mais intervencionistas que outros. não há regras.

constitucional – 13mar17
um orgão do poder, não deve fazer greve.

há tribunais especializados (administrativo. trabalho..) não são para o julgamento de crimes. são
para o julgamento de certas matérias.

os tribunais são orgãos independentes. o que siginifica que os juizes são colocados, tranferidos
e punidos não pelo governo (como era antes) mas sim pelo conselho superior da magistratura
ou conselho superior dos tribunais administrativos e fiscais. que é um orgão independente,
integrado por juizes eleitos. (antes era o ministro da justiça que nomeava os juízes).

hoje em dia, os juizes são completamente independentes. não estão sujeitos a ordens de
ninguem. os juizes dos tribunais superiores não há nenhuma hierarquia entre eles. não responde
perante ninguém.

importante: quem desempenha a tarefa administrativa (natureza administrativa de colocação,


classificação e punição) dos juízes no desempenho das suas funções são hoje em dia entidades
independentes. (conselho superior da magistratura e o conselho superior dos trinunais
administrativos e fiscais). o ministério público é magistratura, mas não é independente, porque
é hierarquizada. é regido pelo conselho superior do ministério público (também eleito) mas o
procurador geral da república é nomeado pelo pr sob proposta governamental (portanto a
independencia é menor, comparado com os juizes).

a procuradoria geral da republica também dito de ministério público desemepenha diversas


funções: ação penal; ação administrativa (tutela de bens publicos – por exemplo ambiente, a
qualidade de vida) ; determinadas ações em tribubais administrativos. hoje em dia a ação
administrativa do ministério público é tão importante como ação penal. e é cada vez mais
importante. alem do mais o ministério publico também pode funcionar como orgão consultivo
do governo. há um conselho consultivo do ministério público e o governo pode lhe pedir os
pareceres que entender. o único senão, é que não é verdadeiramente independente, porque o
procurador é nomeado pelo pr sob proposta do governo e pode avocar os processos que
entender.

art 203 - …”há lei constitucional; estão sujeitos á constituição e ao direito europeu (43min). mas
à lei ordinária podem desaplica la. “apenas sujeitos à lei tem o sentido , não estão sujeitos a
nada mais que não seja a lei; nem a nenhuma direção politica governamental; não estão sujeitos
à fiscalaização da assembleia; a fiscalização do governo; nada. só estão sujeitos à fiscalização do
conselho superior da magistratura – que nomeia inspeções.!!

o governo pratica no exercicio da sua função administrativa atos jurídicos - regulamentos e


contratos. os contratos podem ser administrativos ou direito privado e as vezes são livremente
fungíveis.

tambem pratica atos que não são juridicos- avisos e as recomendação (exemplo: placas de
prevenção “se conduzir não beba”).

o primeiro ministro hoje em dia apenas coordena a vida politica, dirige a politica geral do
governo. mas quem a delibera é o conselho. o proprio 1ministro está subordinado ao conselho
de ministro. isto antes não era assim (em que os ministros de salazar estavam subordinados
hierarquicamente). o orgão principal, o orgão decisório principal é o conselho de ministros, não
o 1 ministro individualmente considerado. o conselho delibera as linhas gerais da politica e o 1
ministro dirige. não decide. portanto o 1 ministro e os ministros estão numa posição não de
igualdade mas não existe uma hierarquia entre eles.

a lei constitucional - é a lei de revisão da constituição. é uma lei ordinária aprovada por uma
maioria qualificada mas que não é orgânica, que altera a constituição.

pergunta: pode o pr vetar um dec lei do governo sobre a sua organização e funcionamento?

- pode. a constituição não o exige. é omissa. não deve faze-lo. se o faz está a entrar em conflito
direto com o governo.

além das competências politicas do 1 ministro cabem outras competencias que não expressas
na constituição - magistratura de influência, por exemplo o 1 ministro pode ir ao estrangeiro
num avião da força aérea e leva consigo 20 empresários, para ir fazer uma visita a um país.

constitucional – 14mAR17
para a cadeira de constitucional, os tribunais, interessa-nos saber que são entidades
independentes regidas por uma estrutura autonoma sob os conselhos superiores da
magistratura e o conselho superior dos tribunais administrativos locais. e que os juizes não são
funcionários públicos mas sim verdadeiramente orgaos estatais e como tal não podem ser
equiparados a funcionarios públicos para efeitos de greve e outros direitos q os funcionários
públicos dispõe.

as regioes autonomas dos açores e da madeira (regionalismo)

depoois da penultima revisão constitucional (6revisão, houve 7) esta materia ficou consolidade,
não há novidades a partir daqui, nem é provavel que haja para o futuro.

duvidas antes de iniciar matéria:

leis quadro e leis de enquadramento – não há diferença nenhuma. é simplesmente uma questão
terminologica. são leis de valor reforçado. são leis muito extensas. são leis que não são
diretamente aplicáveis na medida em que subentendem um desenvolvimento ou uma
complementação. por exemplo a lei de enquadramento do orçamento explica nos várias coisas
(como o orçamento é feito, se há ou não um critério de défice, o regime de recurso ou crédito,…)
define apenas quadros gerias. é necessário muitas portarias, muitos regulamentos, para saber
depois como é que em cada serviço se calculam as despesas para o ano seguinte.

- o governo pode ter iniciativa e propor a alteração de uma lei reservada – pode. faz uma
proposta à assembleia. mesmo em materias reservadas à assembleia. a iniciativa da proposta
pode ser governamental. nada impede. a assembleia pode é não aprovar ou pode substituir a
proposta por um projeto.

- diferença entre ilegalidade e inconstitucionalidade : quando uma lei vai contra uma lei
reforçada é ilegalidade. quando uma lei vai contra a constituição é inconstitucional. o regime é
exatamente o mesmo. é o tribunal constitucional que é o competente.

- a assembleia pode vetar um dec lei? não. pode é aprecia-lo. quem veta é o pr. se assembleia
não concordar exige a sua apreciação. ou cessa a vigiência ou então introduz alterações atraves
de uma nova lei. pode tambem pedir a sua suspensão se for um dec lei emitido ao abrigo de
autorização, mas o pedido de suspensão não pode durar eternamente. tem um período no qual
caduca. a assembleia continua ser o orgão com mais poder legislativo.

- o governo não pode suspender uma lei da assembleia. a assembleia é que pode suspender um
dec lei governamental (desde que tenha sido emitido ao abrigo de uma autorizção). a posição
legislativa do governo e da assembleia não é a mesma.

- autorizações da assembleia. no caso de governo de gestão as autorizações mantêm-se ou ficam


suspensas ? devem ficar suspensas. o governo deve limitar-se, como diz a propria constituição,
à gestão dos assuntos correntes.

regiões autonomas – (a 6 revisão constitucional simplificou bastante o regime das ra)


descentralização administrativa, faz parte do modelo politico constitucional do nosso pais. ou
seja os poderes não se analisam apenas numa perspetiva horizontal mas tambem numa
perspetiva vertical. o poder esta repartido pelo estado e outras entidades que não são estado.
são entidades independentes - que são as ra e as autarquias locais e outras entidades.

as ra podem fazer leis. e as outras entidades não fazem leis. a repartição de competencias entre
o estado e as ra está inscrita na constituição e têm evoluido ao longo dos anos. as ra tem muitas
mais competencias que tinham em 1974. as competencias tem crescido. a ponto que hoje em
dia questionar se o nosso estado ainda é unitário ? a constituição diz que sim.

republica – engloba os orgaos centrais – assembleia, governo e pr. mas a ra tambme são
republica. tambem integram. tem é orgaos proprios por eles eleitos. portanto a maioria da
assembleia da republica pode não ter nada a ver com a maioria da assembleia legislativa regional
da madeira ou dos açores.

qual é a união? a união é a competencia dos orgaos comuns. eles vivem numa ordem juridica
que é tendencialmente diferente. há legislações regionais. tem legitimidade democratica
própria. se a têm, não estão sujeitos ao controle do orgaos do continente. portanto o regime
politico, a direcção politica nas ra pode ser completamente diferente. isto é a descentralização.

nós temos dois tipos de estado.(karl pooper) o estado pt corresponde ao 2 tipo. o 1º tipo é o
estado centralizado, em que o poder vem todo do mesmo centro. esse centro pode ser uma
assembleia, caso frances a seguir a revolução francesa; pode ser um partido politico , caso
comunista – caso cubano e portanto não há entre o centro e os sujeitos que das ordens que
saem do centro qualquer diferença. o poder é concêntrico. não se admitem diferenças. perante
o poder todos são iguais. é igual o individuo, são iguais as autarquias locais e as regioes. a lei
vem do centro e aplica-se ao individuo, as autarquias e as regioes sem qualquer diferença. é
legitimada pelo voto. e é chamada de democraica centralista – que o lenine tanto defendia. o
poder é democratico, mas depois não há diferenças.

nos estados descentralizados – não temos apenas um centro, temos diversos centros. temos o
estado, através da forma da lei. a lei abrange todas as outras entidades que coexistem com
estado. no entanto há zonas da atividade dessas mesmas entidades que a lei central não pode
abranger. ou seja as autarquias locais, o individuo – há uma esfera dos direitos individuais que
fica fora do estado. o estado não pode tocar. nas autarquias – o estado pode disciplinar a
atividade, mas há uma esfera da atividade autarquica que o estado não pode mexer. o mesmo
se passa com as ra. as leis do estado podem abranger determinados setores, mas noutros
setores só elas e mais ninguem podem dispor. ao invés de existir um único centro, há varios
centros. isto é o modelo da sociedade descentralizada – karl pooper (sociedade aberta e os seus
inimigos) chama de sociedade plural.

o estado pt pode fazer uma lei

constitucional – 20mar17
portugal é um estado unitario segundo a constituição. apesar da forma unitária do estado isso
é compatível com o regionalismo. uma coisa não impede a outra. não implica que não possa
haver descentralização. a descentralização é uma parte do modelo politico portugues. temos 2
niveis de descentralização. a descentralização das ra e a descentralização das autarquias locais
– municipios e freguesias. ainda temos outras formas de descentralização que são ordens as
profissionais- mas fica para a cadeira de administrativo.

como se distingue a descentralização dita regional da descentralização autarquia. – uma razão


muito simples. a descentralização regional é dita descentralização politica, enquanto a
descentralização autarquica é dita como administrativa. qual é a diferença ? é que as ra fazem
normas com força de lei. e as autarquias locais não fazem. só fazem regulamentos. esta é a
diferença. as ra participam no exercicio do poder politico ao mais alto nível. fazem dec
legislativos regionais. enquanto as autarquias fazem regulamentos, os quais hoje em dia de
longe o mais importante é o plano diretor municipal – os planos de urbanização, de pormenor.

estado federativo - há paises que não são regionais, são federais. o caso do brasil, eua,
venezuela, alemanha, russia. qual é diferença ? primeiro chamam.se estados (nas federações);
depois nos eua ou na alemanha , por exemplo, cada estado tem uma constituição propria. tem
orgaos do poder próprios, eleitos. em portugal as ra não tem constituição própria. tem os
estatutos politico- administrativos dos açores e da madeira. é uma especie de constituição, é
muito mais reduzido que uma constituição.

nas relações entre a federação e os estados federais há situações em que os estados federados
são mais federados – quer dizer mais poder para os estados, menos poder para o centro e há
situações que se passa o contrario, em que a federação é mais centralizada do que noutras. isto
varia muito consoante os paises. a ideia é esta – há federações em que os estados federados
tem apenas poderes de execução. a federação faz tudo e os estados federados executam. a
federação limita-se as bases e portanto dá margem para que em cada estado federado haja
distinções grandes. os eua é o caso tipico.
há outros estados federados em que há uma repartição de competencias entre a federação e os
estados. caso da alemanha , brasil. esses estados são menos centralizados que os outros. são
adeptos de uma federação extensa, mais poderes para os estados do que para o centro. há uma
repartição de competencias.

em portugal : não há federação, mas as ra tambem tem competencias proprias. portanto mais
uma razão para por em duvida se o estado portugues é verdadeiramente unitário.

a descentralização nunca teve tradição em pt. pt foi sempre um pais fortemente centralizado.
municipalismo – sec xix – alexandre herculano. a grande maioria dos funcionarios são de uma
missão régia.- prova que autonima era pequena.

mas a seguir ao 25abr, apostou-se na descentralização. do posto de vista do prof – foi o melhor
contributo que se deu em pt para a democracia. – municipalismo.

não sendo uma tradição pt, contrariamente ao que passou noutros paises como alemanha. e
corresponde também a paises fora da eu. paises de grandes dimensões , muitas etnias, linguas.
ex brasil e eua , russia. não havia outra maneira. quanto maiores são os paises - tendencia para
a federação – coincidindo quase sempre com o presidencialismo. são coexistentes.

só podemos falar em descentralização se estiverem presentes 4 elementos, basta estar um


ausente e não há descentralização.são cumulativos. isto é valido quer para a descentralização
politica, em que as entidades podem fazer normas com força de lei , quer para a
descentralização administrativa em que em as entidades só podem fazer regulamentos.

1º as entidades descentralizadas são pessoas juridicas autonomas. não se confundem com o


estado. se eu quiser fazer um contrato com a ra da madeira vou la´, não o faço com o ministerio
da administração interna.

2º orgaos proprios. democraticamente eleitos. as ra tem orgaos proprios que são a assembleia
legislativa regional – democraticamente eleita pelos locais; governo regional –nomeado tendo
em conta os resultados eleitorais. os municipios tem a assembleia municipal e tem a camara
municipal; embora a constituição não mencione – existe um outro orgão que é o presidente da
camara municipal. – todos democraticamente eleitos, o que quer dizer que a maioria regional
ou municipal não tem que ser a mesma maioria da republica. orgaos proprios,
democraticamente eleitos. foi uma opção que legislador teve em não mencionar este orgao na
constituição.

3º competencias proprias , diferentes das competencias do estado.

4º orçamento proprio, aprovado pelos proprios orgãos. quem é que aprova o orçamento da
madeira? assembleia legislativa regional da madeira. para terem orçamento proprio tem que
ter receitas proprias.

a descentralização politica pode ir mais ou menos longe. pode compreender estados federais.
na europa do sil apareceu uma forma de descentralização politica que são as regiões. em pt são
as ra, em es são comunidades, em it são regioes. não são estados federados, mas não se vê
muito bem a diferença. uma região em espanha que é mais autonoma que a outras – catalunha
– em que participa em todas as caracteristicas da descentralização e mais uma – é que o estatuto
de autonomia da catalunha é aprovado pela generalitat da catalunya. não é aprovado pelas
cortes em madrid.
a descentralização distingue-se da desconcentração. a desconcentração é o estado a periferia.

pt é um pais tendencialmente concentrado. onde? em lisboa. a desconcentração começa com o


25abr. contribuiu brutalmente para o aumento da função publica.

as ra têm orgaos proprios – assembleia legislativa regional e o governo regional. mas também
há outro orgao que é o representante da republica (já se chamou ministo da republica) e que
eles depreciativamente chamam vice rei. o representante da republica não é um orgao regional
, é um orgao da republica na região.

os atos legislativos das assembleias regionais chamam-se dec legislativos regionais. os governos
regionais não legislam, só fazem regulamentos.

o governo regional tem competencias administrativas e tem competencias nas relações


internacionais.

tem havido maiorias nas ra, e são elas que governam. o presidente do governo regional, (chama-
se presidente, mas não o é – é 1ºministro) não é responsavel perante o pr. o pr não o pode
demitir. só é reponsavel perante a assembleia legislativa regional. pq? porque está previsto na
constituição.

é um governo de assembleia.

Efeitos das sentenças do Tribunal Constitucional


As sentenças variam consoante o tipo de fiscalização que tenhamos presente, se se
trata de uma fiscalização concreta ou de uma fiscalização abstrata que comina na
emanação de uma sentença inconstitucionalidade com força obrigatória geral.
A inconstitucionalidade é uma forma de invalidade. A invalidade dos atos jurídicos é
uma teoria que vem do direito privado, foi estabelecida em Roma há mais de 2mil anos
e não há razão para não aplicar transversalmente em todos os campos dos direito. A
invalidade pode analisar-se na nulidade ou na anulabilidade dos atos em geral – sejam
eles leis ou atos administrativos ou contratos (negocio jurídico).
A nulidade é a mais grave em principio é excecional; a anulabilidade é mais comum.
Não confundir com a irregularidade, que não invalida.
. Irregularidade - não tem eficácia invalidante, é não invalida. É um engano. Ex. a
escrever o nome.
Inconstitucionalidade – forma de invalidade
Invalidade dos atos jurídicos – é uma teoria que vem do direito privado e aplica-se
transversalmente a todos os ramos do direito.
A invalidade dos atos em geral, sejam eles leis, atos administrativos, contratos
(negócios jurídicos), podem ser de 2 tipos, a diferença está no prazo:
. Nulidade – não tem prazo para se invocar, é o caso de invalidade mais grave, e é
excecional
(É frequente os juristas tratarem a nulidade de uma maneira conceptualista, com vícios
de entendimento que decorriam de razões puramente abstratas. É sintoma de que o
positivismo e o conceptualismo JURIDICO ainda têm muitos cultores. É só debitar
deduções.)
Num despedimento anulável, há efeitos retroativos? Claro que sim. Ficou sem
ordenado.
. Anulabilidade – tem prazo para se invocar, é o caso de invalidade mais comum e
menos grave
No âmbito da Fiscalização Concreta - sem força obrigatória geral, o único efeito que
pode haver é a reforma da sentença. Volta ao tribunal de onde vem o recurso (aquo), e
este pode ter que reformar a sentença, se não houve acordo, se o T.C., decidiu em
sentido diferente – Reforma da sentença (equivale a um 2º julgamento). O juiz tem
que reformar a sentença (mas o juiz não é responsável – tem é de reformar a
sentença).
O processo de fiscalização concreta de normas jurídicas traduz a consagração do direito de
fiscalização dos juízes relativamente a normas a aplicar a um caso concreto.
Uma norma em desconformidade material, formal ou procedimental com a constituição é nula,
devendo o juíz, antes de decidir qualquer caso concreto de acordo com esta norma, examinar se
ela viola as normas e princípios da constituição.
A competência dos tribunais para exercerem a fiscalização judicial consta do art. 204º e o seu
regime básico está fundamentalmente consagrado no art.º 280 da CRP. É este o regime legal de
acesso ao tribunal constitucional, exigindo-se que o problema da constitucionalidade de uma
norma surja no decurso de um processo seja ele penal, civil, administrativo, etc.

No âmbito da Fiscalização Abstrata – tem efeitos rotroativos. culmina na emanação


de 1 sentença de inconstitucionalidade com força obrigatória geral (tem efeitos
retroativos, salvo se forem modelados os efeitos). As sentenças do tribunal
Constitucional, ou de qualquer outro tribuna, podem ser :
- Sentenças de Provimento- A decisão do Tc ou de qualquer outro tribunal é de
provimento quando dá razão ao pedido – tem efeitos retroativos, destrói todos os
efeitos produzidos pela norma (efeitos para nós) logo destrói os efeitos. Revogatórios.
Ex: 1 lei revoga outra, e a 1ª lei é declarada não constitucional, logo não devia ter
revogado a outra, que é o efeito, logo a outra ressuscita – é repristinada, mas isto não
é automaticamente. O T.C. olha para a lei a repristinar, e pode não o fazer, há que
ponderar. Ex: o T.C. pode declarar 1 norma inconstitucional com força obrigatória
geral, mas pode modelar os efeitos dessa declaração, dizendo que é inconstitucional,
mas não há retroatividade, isto porque por exemplo no caso de restituição de
impostos, não tem o dinheiro necessário, não estava previsto no orçamento de Estado.
No entanto à que salvaguardar os casos julgados, porque se não isso equivalia a que
todos os julgamentos, ao abrigo dessa norma fossem declarados inconstitucionais, e
tinham que ser repetidos, o que é completamente incompatível com o princípio de
segurança jurídica, salvo em matéria Penal em que se aplica o regime Penal mais
favorável.
Efeitos repristinatórios
Dados os efeitos atribuídos à sentença de declaração de inconstitucionalidade, estabelece a
Constituição (art 282º, n.º 1) a repristinação, ou seja, a reentrada em vigor da norma ou normas
revogadas pela norma inconstitucional.

Ex: o P.R. pede para fiscalizar a inconstitucionalidade de 1 determinada norma, e o T.C.


diz que é inconstitucional. Deu sentença de Provimento.
Se disser que não é inconstitucional, é sólido, deu sentença de não provimento, não dá
razão ao pedido.
- Sentenças de não Provimento - Quando não dá razão ao pedido
Sentenças Aditivas – permitem perceber conclusões para orientações dos juízes, não
vinculam, firmam jurisprudência (consolidam), não são assentos, não têm força
obrigatória.
Muitas vezes, as decisões do T.C., aproveitam a ocasião, quer nas de provimento, quer
nas de não provimento, e mete aditivos. Tesem considerações, não se limitam a julgar
a questão secamente, mas fazem considerações aditivas, sentenças aditivas, que não
tem qualquer efeito vinculativo, mas preparam o interprete para perceber uma
orientação futura. Firmam jurisprudência.
Inconstitucionalidade por Omissão - é uma figura rara, o Tribunal Constitucional não
pode condenar o legislador por omissão, não tem poderes de condenação
relativamente ao legislador.
É uma figura simples, que consiste na capacidade que o T.C. tem de declarar a
inconstitucionalidade, não daquilo que o legislador faz, mas daquilo que não fez. O que
omitiu, ou seja, vai censurar a inação, o silencio (2 /3 sentenças destas).
Esta figura de Inconstitucionalidade por omissão, é muito importante numa
Constituição programática, que apresenta 1 conjunto de programas, que o legislador
deve observar. Numa constituição não programática, a Inconstitucionalidade por
omissão não faz sentido, não existe, portanto quanto mais programática é, mais
hipóteses de omissão existem. O problema esta em que a Inconstitucionalidade por
omissão é uma figura de concretização muito difícil, porque o legislador tem que
observar, determinados programas um ambiente económico e social, mas pode faze-lo
de muitas maneiras (dar uma casa a cada português), e se o T.C. esta a declarar a
omissão, esta a sobrepor-se ao legislador, e não deve faze-lo, porque esta a roubar
espaço de manobra ao legislador. O T.C. Português tem restringido a
Inconstitucionalidade por omissão, aos casos em que da constituição resulta
claramente uma obrigação de legislar.
Ex: a lei dirá, a lei fará … e o legislador não faz, para alem disto não há omissão, pois
entra no âmbito da discricionariedade do legislador, que pode escolher vários
caminhos para levar a cabo os programas.
Ex: O T.C. já disse que tem que haver 1 serviço nacional de saúde, não diz qual ele é,
mas que tem que haver, porque a constituição exige que haja um, se o legislador não
cria um serviço nacional de saúde, esta a omitir. Não diz como deve ser criado, nem se
os institutos devem ser públicos ou concessionados a privados, ou se os privados
podem estar integrados no serviço nacional de saúde, ou não, não toma posição
acerca disso, diz só que o legislador não observou o imperativo constitucional que é
legislar.
Efeitos da omissão
Nenhuns, meramente políticos.
O T.C. não pode obrigar o legislador a legislar, só pode chamar à atenção. É
simplesmente responsabilidade do legislador perante a sociedade civil, depois é
censurado na legislação, ou nos votos, mais nada.
SE NÃO HÁ JUSTIÇA, NÃO HÁ COESÃO SOCIAL
A omissão é uma figura fundamental ao nível Constitucional e Administrativo, porque
o Direito Europeu admite-a.
Há uma ação que se pode intentar no tribunal de justiça, contra a omissão pelos
Estados Membros de transposição de directivas favoráveis aos cidadãos. O estado
Português tem sido condenado muitas vezes por omitir a s transposições de Diretivas
Europeias que são favoráveis aos cidadãos.
O tribunal só diz se uma norma é inconstitucional ou se não é inconstitucional. Nunca
diz que uma norma é constitucional, nunca a abençoa. Se o tribunal diz que a norma é
inconstitucional não pode haver outros pedidos sobre aquela norma. O tribunal ao
dizer que a norma é não inconstitucional, esta a dizer que a norma não é
inconstitucional com este fundamento x, com outro, suscitem o incidente, e depois vê-
se. Não abençoa a norma, se não nunca mais podia ser suscitada qualquer questão.
Nas decisões aditivas, o T.C. pode já tomar posição, pode dizer não é inconstitucional
com este fundamento, e com aquele também não seria, normalmente não faz isto,
mas pode fazer (vai para além do pedido).
Revisão da constituição
As constituições dividem-se em:
- Maleáveis - as revisões são muito simples de fazer.
- Rígidas – a portuguesa - apresentam dificuldades e limites à revisão. Tem limites de
3 ordens:
1- tem limites de conteúdo porque são princípios que não são revisíveis, é a mais difícil
de interpretar – artº288º
2- tem limites de forma, que a lei de revisão (lei da assembleia), é como se fosse 1 lei
orgânica (é similar a uma lei orgânica) (de maioria qualificada).
3- tem limites de tempo, só pode ocorrer de X em X anos, a não ser que seja
extraordinária (aconteceu 1 vez).

---------------------------CANOTILHO--------------------------------------------
 Artº 278 º, 279º, 280º, 281º, 282º 283º - Fiscalização Preventiva:
A decisão do tribunal não pode consistir na anulação de normas, mas sim numa pronúncia sobre
a inconstitucionalidade de decretos (normas imperfeitas). Os Arts. 278º e ss da CRP,
estabelecem o regime deste controlo prévio de certos actos normativos, ainda não perfeitos ou
definitivos.
O processo de fiscalização preventiva apresenta diferenças em relação ao processo de fiscalização
sucessiva:
a) A fiscalização preventiva incide sobre uma parte dos actos normativos suscetíveis de
controlo a posteriori, abrangendo apenas aqueles carecidos de promulgação ou assinatura
do Presidente da República ou dos Representantes da República para as Regiões
Autónomas;
b) A fiscalização preventiva é marcadamente política comparativamente à fiscalização
sucessiva, pois, dada a imediaticidade entre a aprovação dos diplomas e a sua fiscalização
pelo TC, corre o risco de se transformar em meio ou de legitimar diplomas
inconstitucionais ou, em sentido oposto, nem instrumento de obstrução às iniciativas
legislativas do governo e do parlamento.
Com este processo tenta-se evitar a entrada em vigor de normas constantes de diplomas dotados.

1) Competência
A competência para a fiscalização preventiva da constitucionalidade pertence ao TC (art.
278º da CRP).

2) Legitimidade
Como a norma ainda não entrou em vigor, a fiscalização preventiva é excecional, ou seja,
poucas são as entidades com legitimidade para a pedir a fiscalização preventiva.
Estão constitucionalmente legitimados a requerer ao TC a fiscalização preventiva de
normas (“Projectos de Normas”):
a) Presidente da República (Art. 278º, n.º 1 CRP)
b) Representantes da República para as normas regionais (Art. 278, n.º 2, CRP)
c) Primeiro Ministro ou 1/5 dos Deputados à Assembleia da Republica em
efetividade de funções (art. 278º, n.º 4, CRP)
A legitimidade em requerer a fiscalização preventiva não é generalizada a várias
entidades pela simples razão de que o trabalho do legislador seria automaticamente
inviabilizado desde o seu início.
3) Requisitos
O objecto de pretensão é a apreciação pelo TC da inscontitucionalidade de certas normas,
cja identificação compete ao PR, R.R., P.M. ou 1/5 dos Deputados, ainda imperfeitas, a
fim de evitar que se introduzam no ordenamento jurídico normas inconstitucionais.
As normas que podem ser submetidas ao controlo do TC são apenas as constantes de
tratados submetidos ao PR para ratificação (Art. 278, n.º1), decretos enviados para
promulgação como lei ou decreto lei (art. 278, n.º1), decretos de acordo internacional
cujo decreto de aprovação lhe tenha sido remetido para assinatura, os decretos
legislativos regionais que tenha sido enviado aos Representantes da República (Art. 278,
n.º 2).

4) Requisitos Temporais
A CRP estabelece prazos para:
a) Requerimento da apreciação preventiva da constitucionalidade;
b) Apreciação da questão da inconstitucionalidade.
O PR e o Representante da República devem solicitar a fiscalização preventiva no prazo
de oito dias a contar da data de receção do diploma (Art.º 278, n.º 3 CRP) e o TC deve
pronunciar-se no prazo de 25 dias que pode ser encurtado pelo PR por motivos de
urgências (art.º 278, n.º 8, CRP).

5) Efeitos
No caso do TC se pronunciar pela inconstitucionalidade, o PR e o Representante da
República, devem vetar os diplomas que previamente foram considerados
inconstitucionais e devolvê-los ao órgão que os tiver aprovado ( Assembleia da
República, Governo, Assembleias Regionais), nos termos do Art.º 279, n.º 1.

O veto do PR ou dos RR é um veto suspensivo que pode ser superado:

a) Pela expurgação da norma considerada inconstitucional;


b) Pela confirmação do decreto, por maioria de dois terços presentes.
Estas duas possibilidades não se aplicam a todos os diplomas suscetíveis de fiscalização
preventiva. Importa fazer uma distinção:
i. Leias da AR
O veto de inconstitucionalidade pode ser superado por expurgação ou
confirmação por maioria de 2/3 dos Deputados (Art. 279, n.º 2)

ii. Tratados Internacionais


Se o TC se pronunciar pela inconstitucionalidade de norma constante de
tratado, este só poderá ser ratificado se a AR o vier a aprovar por maioria
de 2/3 dos Deputados Presentes (Art. 279, n. º4)
Aqui não existe em rigor o veto por inconstitucionalidade, porque a
ratificação é um acto próprio do PR, limitando-se este a comunicar a AR
a impossibilidade de ratificação por o tratado conter normas
insconstitucionais.

iii. Decretos-leis
O veto de inconstitucionalidade é definitivo, só podendo ser superado
pela expurgação da norma ou normas consideradas inconstitucionais
(art.º 279, n.º1).
Se o governo pretender superara o veto do PR sem expurgar o diploma
terá de utilizar o seu direito de iniciativa legislativa junto da AR,
transformando o decreto-lei em proposta de lei e, em caso de aprovação
pela AR, em decreto a ser enviado ao PR para ser promulgado como lei
( art.º 167, n.º 1 e 2)

iv. Acordo internacional


A decisão de não assinatura por inconstitucionalidade pode ser superada
através da expurgação, o que obriga à reabertura da negociação
internacional (art. 161º, alínea i)

v. Decretos legislativos regionais e os decretos regulamentares de lei gerais


da república
?????????
6) Reformulação
Os órgãos que emanaram os actos submetidos à fiscalização preventiva podem optar pela
reformulação do diploma (art. 279, n. º3). Neste caso, o PR ou os RR têm competência
para requerer a apreciação preventiva não só da norma reformulada como de qualquer
outra norma mesmo que não tivesse sido impugnada por inconstitucionalidade.

7) Falta de promulgação e assinatura


Caso não haja expurgação ou confirmação, os diplomas não podem ser promulgados (leis
ou decretos-leis), assinados (decretos legislativos regionais, regulamentos regionais e
acordos internacionais) ou ratificados (tratados internacionais). A falta de promulgação e
assinatura determinam a inexistência jurídica do diploma ( art.º 137).
A falta de ratificação de tratados origina também, para todos os efeitos, a inexistência das
normas constantes desses tratados na ordem jurídica interna ( art.º 8, n.º 2).
Do mesmo modo, serão inexistentes as eventuais promulgações ou assinaturas do PR ou
dos RR de diplomas considerados inconstitucionais e não- confirmados.

 Fiscalização Sucessiva
O controlo abstrato sucessivo (art. 281º) existe quando, independentemente de um caso em
concreto, se averigua da conformidade de quaisquer normas com o parâmetro normativo-
constitucional.
1) Requisitos Objetivos

No art. 281º, n.º 1, diz-se apenas que o TC aprecia e declara com força obrigatória geral
a inconstitucionalidade de quaisquer normas. Ainda que esta clausulo possa suscitar
dificuldades, a formula constitucional abrange todas as normas, constem elas de actos
legislativos ou de actos regulamentares, desde que esteja em causa a questão de
inconstitucionalidade.

2) Requisitos Subjetivos

Através da fixação dos requisitos processuais subjetivos pretende-se determinar:


i. Quem tem competências para apreciar, por via de ação de forma abstrata a
inconstitucionalidade de normas jurídicas;
ii. Quem tem legitimidade para requerer a apreciação e declaração de
inconstitucionalidade;
iii. Contra quem se deve dirigir o pedido de apreciação da inconstitucionalidade.

Resposta i.:
A competência para conhecer as ações principais de controlo abstrato das normas é
constitucionalmente atribuída, e de forma exclusiva, ao TC (controlo concentrado de
inconstitucionalidade). Esta competência está fixada nos art.º 223, n.º1 e art. 281º, n.º 1, alínea
a), da CRP.
Resposta ii:
Tem legitimidade processual ativa para solicitarem, a título principal as seguintes entidades
(conforme art. 281, n.º 2): PR, PAR, P-M, PJ, P-G da Republica e 1/10 dos deputados à A.R.,
Ministros da Republica, Assembleias regionais, presidentes das assembleias legislativas
regionais, presidentes dos governos, 1/10 dos deputados à respetiva assembleia regional.

Resposta iii:
A legitimidade processual passiva é atribuída ao órgão que editou ou aprovou o ato de onde
constam as normas sujeitas a controlo:
a) Assembleia da República (através do seu Presidente) no caso de controlo de normas
constantes de leis, de tratados internacionais e do regimento,
b) Governo, na hipótese de a fiscalização incidir sobre decretos-leis, decretos
regulamentares ou outros regulamentos;
c) Assembleias regionais, no caso de decretos legislativos regionais e decretos
regulamentares regionais;
d) Governos regionais, quando está em causa a inconstitucionalidade de regulamentos
regionais;
e) Autarquias locais, sempre que for impugnada a inconstitucionalidade de posturas ou
regulamentos locais.
São estas as entidades que deverão ser ouvidas e que têm legitimidade para sustentar a
regularidade do acto normativo por elas editado e cuja a inconstitucionalidade foi objecto de
pedido de apreciação perante o TC.

3) Efeitos das decisões do TC

Vinculatividade das decisões:

a. Força de Caso Julgado


À semelhança do que acontece com as outras decisões dos tribunais, também as
sentenças do TC têm forma de caso julgado formal e material.
Em sentido formal são as decisões finais, insuscetíveis de recurso, preclusivas de
repropositura da questão por elas resolvidas no mesmo processo.
A força de caso julgado material, significa que a sentença do TC vale para todas.
b. Força Obrigatória geral
As decisões do TC que declarem, de forma abstrata, a inconstitucionalidade ou a
ilegalidade, têm força obrigatória geral (art. 282º, n.º 1 CRP).
Sintetiza-se o sentido desta formula recorrendo às ideias de vinculação geral,
(porque as sentenças do TC declarativas da inconstitucionalidade ou da
ilegalidade vinculam todos os órgãos constitucionais, todos os tribunais e todas
as autoridades administrativas) e de força de lei (porque as sentenças têm valor
normativo (como leis) para todas as pessoas físicas e coletivas juridicamente
afectadas nos seus direitos e obrigações pela norma declarada inconstitucional).

c. Vinculação do Legislador
A declaração da inconstitucionalidade com força obrigatória geral significa a
vinculação do próprio legislador à decisão TC, ou seja, ele não pode reeditar
normas julgadas inconstitucionais pelo TC. O legislador não pode
constitucionalizar através da lei o que é inconstitucional e como tal foi declarado
pelo TC.

d. Vinculação do Próprio TC
Vinculação geral e força de lei significa também a vinculação do TC às suas
próprias decisões. Em termos práticos, isso implica, sobretudo, vinculação do
próprio TC à decisão de declaração de normas, devendo decidir todos os recursos
nele pendentes de acordo com essa declaração.

e. Vinculação a todos os tribunais


todos os tribunais estão vinculados pelas decisões de declaração de
inconstitucionalidade do TC.

Efeitos:

a. Inconstitucionalidade originária
A declaração com força obrigatória geral da inconstitucionalidade de uma
norma implica a nulidade da mesma norma, produzindo efeitos desde a
entrada em vigor da norma declarada inconstitucional (art. 282, n.º 1)
Esta eficácia retroativa da declaração de inconstitucionalidade significa:
- invalidade E cessão de vigência da norma ou normas declaradas
inconstitucionais e partir do momento da entrada em vigor destas normas e
não apenas a partir do momento da declaração de inconstitucionalidade;
- Proibição da aplicação das normas inconstitucionais a situações ou relações
desenvolvidas à sombra da sua eficácia e ainda pendentes.

b. Limites
A retroatividade da sentença declarativa de inconstitucionalidade ou de
ilegalidade tem, porém, os seus limites. A própria constituição menciona o
“caso julgado” art. 282, n.º3.
Quando a constituição (art 282º, n.º 3) estabelece a ressalva dos casos
julgados isso significa a imperturbabilidade das sentenças proferidas com
fundamento na lei inconstitucional.

c. Excepções ao principio da intangibilidade de caso julgado


O art. 282º, n.º 3 da CRP, estabelece uma exceção ao principio da
intangibilidade do caso julgado. Nas hipóteses de casos julgados em matéria
ilícito penal, ilícito disciplinar e ilícito de mera ordenação social, excepção à
ressalva do caso julgado pode justificar-se em nome do tratamento mais
favorável aos indivíduos que foram sujeitos a medidas sancionarias penais,
disciplinares ou contra-ordenacionais.
Ou seja, a declaração de inconstitucionalidade tem efeitos retroativos mesmo
em relação aos casos julgados se da revisão retroativa das decisões transitadas
em julgado resultar um regime mais favorável aos cidadãos condenados por
ilícito criminal, ilícito disciplinar ou ilícito contra-ordenacional.

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