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Universidade Federal Rural da Amazônia

Campus Tomé-Açu

Curso de Engenharia Agrícola


Turma 2018

Disciplina
Pedologia

Seminário
Domínios Pedobioclimáticos Brasileiros

Docente
Dr. Ronan Magalhães.

Discentes
Benedito Quintino Demetrio Gaia
Fabricio Lira Gaia
Karolaine Gomes
Jorge Rodrigues

Tomé-Açu/PA
Novembro/2019
1. Introdução
O levantamento de solos fornece os estratos mais pormenorizados que se pode haver do
ambiente. A estratificação pode ser classificada utilizando-se as chamadas regiões
pedoclimáticas do Brasil (Ab’Saber, 1971). As cinco regiões pedoclimáticas do Brasil são
o domínio pedobioclimático da Amazônia, o domínio pedobioclimático do cerrado, o
domínio pedobioclimático dos mares de morros florestados da Mata Atlântica, o domínio
pedobioclimático do planalto das araucárias e o domínio pedobioclimático do subárido
nordestino.
2. Domínio pedobioclimático da Amazônia
O domínio pedobioclimático da Amazônia corresponde a área coberta por floresta
equatorial e tropical, floresta com palmáceas (babaçu); há a ocorrência de cerrado
nas áreas de transições, nas divisas do Brasil ao norte e em direção ao Planalto
Central do sul. São comuns Latossolos e solos Podzólicos (alta saturação por
Alumínio), pobres e de baixíssima capacidade de troca catiônica (CTC). Nas áreas
de ruptura do declive das elevações e nos locais de drenagem mais deficientes são
comuns os solos com a presença de plintita. Ocorrem também, não raramente,
solos de melhor fertilidade, relacionados com os aluviões dos rios que, são
influenciados pelos sedimentos depositados naturalmente e nas áreas de intrusões
de rochas máficas.
A vegetação predominante é a de floresta equatorial e o clima é quente e úmido, o
que favorece a atuação intensa do clima (temperatura e umidade) e dos
organismos no intemperismo e na pedogênese, levando a formação de solos
bastante intemperizados (Ab’Saber, 1970; Resende et al., 2002).
De acordo com Ab’Saber (1970) e Resende et al. (2002), os principais solos que ocorrem
na região são: Latossolos (41 %), Argissolos (32 %), Plintossolos (7 %), Gleissolos (5 %)
e Neossolos Quartzarênicos (5 %).

Na Amazônia há maior quantidade de nutrientes acumulados na biomassa da


floresta do que nos solos, de modo que não há correlação entre a exuberância da
floresta e a fertilidade dos solos (Ab’Saber, 1970; Resende et al., 2002).
Dentre os Latossolos e Argissolos, predominam os amarelos e os vermelho-
amarelos com baixos teores de ferro, baixa CTC, álicos, distróficos e pobres em
fósforo. Os Latossolos e Argissolos amarelos da Amazônia, a semelhança
daqueles dos tabuleiros costeiros, muitas vezes apresentam adensamento
subsuperficial no horizonte B, dificultando a penetração de água e raízes nas
camadas mais inferiores do perfil do solo. Os Latossolos e Argissolos em geral são
cauliníticos e goethíticos e possuem horizonte A moderado.
3. Domínio pedobioclimático do cerrado
Localiza-se no Planalto Central do Brasil e apresenta vegetação de savana
chamada de cerrado. A temperatura não é muito diferente da verificada na
Caatinga e nos Mares de Morros Florestados, mas a precipitação pluviométrica é
intermediária entre esses dois domínios. Isso leva a formação de solos bastante
intemperizados, pobre em nutrientes, ácidos, álicos e de baixa CTC (Ab’Saber,
1970; Resende et al.,2002).
Os solos do cerrado geralmente apresentam excelentes propriedades físicas (Boa
estruturação, alta permeabilidade, baixa plasticidade e baixa pegajosidade), o que
favorece a mecanização, mas são muito ácidos e pobres quimicamente;
A baixa fertilidade e acidez superficial e subsuperficial dos solos do Cerrado
exigem que sejam aplicadas quantidades elevadas de corretivos e fertilizantes para
obtenção e sustentação de produtividades elevadas das culturas (Ab’Saber, 1970;
Resende et al., 2002).
Principais solos que ocorrem na região: Latossolos (49 %), Argissolos (15 %),
Neossolos Quartzarênicos (15 %), Neossolos Litólicos (7 %), Plintossolos (6 %),
Cambissolos (3 %) (Ab’Saber, 1970; Resende et al., 2002).
Os Latossolos do Cerrado são muito dessilicatados, s endo mais ricos e m g gibsita
e mais intemperizados que os das outras regiões do Brasil, embora a caulinita seja
o mineral predominante na fração argila da maioria dos Latossolos;
Os Argissolos ocorrem em relevo mais ondulado que o dos Latossolos e os
Plintossolos ocorrem mais nas bordas das chapadas. Os Neossolos Litólicos e os
Cambissolos ocorrem em relevo mais acidentado que o de ocorrência dos
Argissolos (Ab’Saber, 1970; Resende et al., 2002).
4. Domínio subárido nordestino
A vegetação predominante é a de caatinga, vegetação típica de regiões com deficit
hídrico acentuado durante a maior parte do ano. Embora a temperatura dessa
região seja elevada, a falta d e água diminui a intensidade de decomposição d as
rochas e a atividade dos organismos, afetando o intemperismo e a pedogênese os
solos. Os solos sob caatinga muito intemperiza dos, como os Latossolos, estão
relacionados com rochas psamíticas que se alteram com facilidade e com materiais
de origem pré-intemperizados (Ab’Saber, 1970; Resende et al.,2002).
Principais solos que ocorrem na região: Latossolos Amarelos e Vermelho-amarelos
(19,4 %), Neossolos Litólicos (19,2 %), Argissolos Amarelos e Vermelho-amarelos
(14,7 %), Luvissolos Crômicos Órticos (13,3 %), Neossolos Quartzarênicos (9,3 %),
Planossolos (9,1 %), Neossolos Regolíticos (4,4 %), Cambissolos (3,6 %).
(Ab’Saber, 1970; Resende et al., 2002).
No Semiárido nordestino a maioria dos nutrientes está presente no solo, dada a
pequena produção de biomassa da caatinga e a pouca intemperização dos solos
(Ab’Saber, 1970; Resende et al., 2002).
5. Domínio mares de morros florestados: Mata Atlântica
Esse domínio compreende uma faixa de solos em relevo acidentado ao longo da
costa leste brasileira. Esta região vista de uma posição mais alta lembra as ondas
do mar. O clima da região é quente e úmido, o que favorece os processos de
intemperismo e pedogênese e a manutenção de uma floresta tropical
subperenifólia (Ab’Saber, 1970; Resende et al., 2002).
Principais solos que ocorrem na região: Latossolos e Argissolos amarelos e
vermelho-amarelos. (Ab’Saber, 1970; Resende et al.,2002).
Os horizontes B latossólico e B textural dos Latossolos e Argissolos em geral são
mais amarelos ou mais avermelhados e mais bem estruturados e mais resistentes
à erosão que o horizonte C desses solos. Os solos, em particular os horizontes Cr,
tendem a ser profundos. Geralmente há desproporção entre as profundidades do
sólum e do solo. Esse manto de intemperismo profundo ou horizonte Cr é
tipicamente caulinítico. Esse horizonte Cr quando exposto em barranco de estrada
é facilmente erodido, devido o ajuste face a face da caulinita e o alto teor de silte,
dificultando a infiltração da água e provocando sulcos de erosão ao longo dos
barrancos (Ab’Saber, 1970; Resende et al., 2002). Os solos dos mares de morros
florestados em geral são bastante intemperizados, ácidos, distróficos e/ou álicos,
sendo bastante pobres em nutrientes;
À semelhança dos solos da Amazônia, nos Mares de Morros Florestados a grande
maioria dos nutrientes está contida na biomassa (Vegetação, animais e
microrganismos) e não no solo. A temperatura e umidade elevadas favorecem a
ciclagem de nutrientes em um ritmo suficiente para manter a floresta exuberante,
que também é chamada de mata atlântica (Ab’Saber, 1970; Resende et al., 2002).
6. Domínio do planalto das araucárias
Esse domínio se estende desde o centro-sul do Paraná até os planaltos de Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, com clima subtropical e temperado, precipitação
pluviométrica elevada e bem distribuída ao longo do ano. A combinação de latitude
e altitude elevadas confere a esse domínio um clima com temperaturas médias
baixas, onde a vegetação predominante é a floresta de araucária (Ab’Saber, 1970;
Resende et al., 2002).
Principais solos que ocorrem na região: Latossolos nos trechos de relevo suave e
os Argissolos, Cambissolos e Neossolos Litólicos, à medida que o relevo sai do
plano em direção ao fortemente ondula do e montanhoso (Ab’Saber, 1970;
Resende et al.,2002).
Embora a temperatura seja baixa, a precipitação pluviométrica elevada contribui
para que os solos desse domínio sejam geralmente ácidos, álicos e pobres em
nutrientes. A baixa temperatura dessa região favorece o acúmulo de maior
quantidade de matéria orgânica no solo, quando comparado com os demais
domínios (Ab’Saber, 1970; Resende et al., 2002).

Referências:
Ab’Saber, A. N. Províncias geológicas e domínios morfoclimáticos no Brasil.
Geomorfologia, São Paulo, v. 20, 1971.

Oliveira, F.H.T. Gênese, morfologia e classificação de solos para graduandos.


Departamento de solos e engenharia rural - PB, 2007.

Resende, M.; Curi, N.; Rezende, S. B.; Corrêa, G. F. Pedologia: Base para distinção de
ambientes. 4ª edição. NEPUT, Viçosa-MG, 2002.

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