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Resumo:
O artigo aborda os modelos clássicos de gestão do conhecimento e outros modelos que têm
sido objeto de pesquisa e aplicação nas empresas nos últimos anos. A partir dos estudos de
Polanyi e da entrada na era conhecimento, vários pesquisadores propuseram modelos para
a gestão do conhecimento organizacional. O modelo de Nonaka e Takeuchi sobre a criação
de conhecimento na empresa, no qual os autores propõem a espiral do conhecimento para
explicar a dinâmica do conhecimento e o modelo de Davenport e Prusak, que explica as fases
do conhecimento na empresa, representam dois marcos para as pesquisas da gestão do
conhecimento. Porém, outros modelos, entre eles os pilares do conhecimento de Teixeira
Filho e as sete dimensões do conhecimento de Terra, acrescentam uma importante
contribuição para a gestão do conhecimento.
Palavras-chave: Criação de Conhecimento, Conhecimento Organizacional, Gestão do
Conhecimento
Abstract:
The article addresses the classical models of knowledge management and other models that
have been the object of research and application in companies in recent years. From the
studies of Polanyi and the entry into the knowledge era, several researchers proposed models
for the management of organizational knowledge. The Nonaka and Takeuchi model of
knowledge creation in the enterprise, in which the authors propose the knowledge spiral to
explain the knowledge dynamics and the Davenport and Prusak model, which explains the
phases of knowledge in the company, represent two milestones for Knowledge management
research. However, other models, among them the knowledge pillars of Teixeira Filho and the
seven dimensions of Earth knowledge, add an important contribution to knowledge
management.
Key-words: Knowledge Creation, Organizational Knowledge, Knowledge Management
Ponta Grossa, Paraná, Brasil – 07 a 09 de junho de 2017
1. Introdução
Lemos e Joia (2012) afirmam que o conhecimento e seu gerenciamento sempre foram
objetos de estudo, mas foi a partir da década 1990 que o conhecimento passou a ser
gerenciado como um ativo intangível e como um recurso de grande valor competitivo,
pois fomenta a inovação, gerando vantagem competitiva sustentável para a empresa.
Segundo a abordagem de Oliveira et al. (2010) o interesse pela criação de
conhecimento é impulsionado nas organizações pela busca de vantagem competitiva,
considerando um ambiente globalizado, com alta competitividade, constante mudança
na demanda dos clientes, entre outros aspectos.
Os diversos autores que se têm interessado pelo conhecimento organizacional e pelos
processos que com ele se relacionam fazem referência aos conceitos de
conhecimento tácito e explícito desenvolvidos por Michael Polanyi. Esta teoria tem
colaborado para os modelos de Gestão do Conhecimento encontrados na literatura
(CARDOSO, 2007).
Com estudos destacados sobre Gestão do Conhecimento, alguns modelos são
frequentemente citados e referenciados em estudos e pesquisas pela relevância de
suas contribuições no desenvolvimento da Gestão do Conhecimento. Neste artigo
serão apresentados os modelos clássicos da espiral do conhecimento organizacional,
as três fases da Gestão do Conhecimento e duas importantes contribuições de
autores brasileiros, os pilares da Gestão do Conhecimento e as sete dimensões da
Gestão do Conhecimento. Também serão apresentados outros modelos que têm sido
objeto de estudo por diversos pesquisadores.
2. Criação de conhecimento - Espiral do Conhecimento Organizacional
Neste modelo os autores Nonaka e Takeuchi (1997) abordam o processo de criação
do conhecimento nas empresas japonesas, destacando e apresentado a interação e
o processo de conversão entre conhecimento tácito e explícito. O objetivo dos autores
foi criar uma teoria de criação do conhecimento apresentado as duas dimensões do
conhecimento: a epistemológica e a ontológica. A dimensão epistemológica baseia-
se na distinção estabelecida por Polanyi entre conhecimento tácito e explícito. Na
dimensão ontológica o conhecimento só pode ser criado por indivíduos e a criação do
conhecimento organizacional ocorre pela ampliação deste conhecimento.
2.1 Conhecimento Tácito e Conhecimento Explícito
A dimensão tácita e explícita do conhecimento é um dos tópicos mais discutidos dentro
do campo de gerenciamento do conhecimento. Michael Polanyi, em seus dois livros:
“Personal Knowledge: Towards a Post Critical Philosophy” e “The Tacit Dimension”
afirma que quanto maior a dimensão tácita do conhecimento, mais difícil será a sua
transmissão e compartilhamento. Segundo o autor, pode-se saber como fazer algo,
sem saber ou ser capaz de articular para outros porque o que se faz funciona (LEMOS;
JOIA, 2012).
Com base na distinção entre conhecimento tácito e explícito de Polanyi, Nonaka e
Takeuchi (1997) propuseram uma nova abordagem para o conhecimento no contexto
organizacional. O conhecimento tácito é pessoal, específico ao contexto, difícil de ser
Ponta Grossa, Paraná, Brasil – 07 a 09 de junho de 2017
no processo de aprendizagem;
c) as questões relativas à estrutura organizacional, aos sistemas de informação e à
cultura organizacional.
Tendo como ponto de partida estes pontos é estabelecido um modelo com sete
dimensões da Gestão do Conhecimento: