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o 53 — 3 de Março de 2004
n.o 96/350/CE, da Comissão, de 24 de Maio, são as que n.o 82/95, de 22 de Abril, e da Portaria n.o 732-A/96,
constam do anexo III à presente portaria, da qual faz de 11 de Dezembro, e suas subsequentes alterações.
parte integrante. 4 — Os limites de concentração referidos no n.o 2
2.o — 1 — As substâncias ou os objectos mencionados do presente número são os fixados no Decreto-Lei
na lista referida no n.o 1 do n.o 1.o só são considerados n.o 120/92, de 30 de Junho, e na Portaria n.o 1152/97,
resíduos quando correspondem à definição de resíduo de 12 de Novembro, relativos à aproximação das dis-
fixada na alínea a) do artigo 3.o do Decreto-Lei posições legislativas, regulamentares e administrativas
n.o 239/97, de 9 de Setembro. respeitantes à classificação, embalagem e rotulagem de
2 — Os resíduos mencionados na Lista referida no preparações perigosas, e suas subsequentes alterações.
n.o 1 do n.o 1.o estão sujeitos às disposições do Decre- 5 — Se um resíduo for identificado como perigoso
to-Lei n.o 239/97, salvo se for aplicável o disposto no mediante uma referência específica ou geral a substân-
seu artigo 2.o cias perigosas, o resíduo só será considerado efectiva-
3 — Para efeitos da presente portaria, entende-se por mente perigoso se essas substâncias estiverem presentes
«substância perigosa» qualquer substância que foi ou em concentrações (percentagem ponderal) suficientes
venha a ser considerada como perigosa pela legislação para que o resíduo apresente uma ou mais das carac-
aplicável, designadamente pelo Decreto-Lei n.o 82/95, terísticas referidas no n.o 2 do n.o 1.o No que se refere
de 22 de Abril, e pela Portaria n.o 732-A/96, de 11 de às categorias H3 a H8, H10 e H11, aplica-se o n.o 2
Dezembro, relativa à aproximação das disposições legis- do presente número. Para as características H1, H2,
lativas, regulamentares e administrativas respeitantes à H9 e H12 a H14, o n.o 2 do presente número nada
classificação, embalagem e rotulagem de substâncias prevê actualmente.
perigosas, e suas subsequentes alterações. 6 — Em conformidade com a Directiva n.o 1999/45/CE,
4 — Para efeitos da presente portaria, entende-se por do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Maio,
«metal pesado» qualquer composto de antimónio, arsé- que refere no seu preâmbulo que o caso das ligas metá-
nio, cádmio, crómio (VI), cobre, chumbo, mercúrio, licas requer uma avaliação adicional, as disposições do
níquel, selénio, telúrio, tálio e estanho, ou estes materiais n.o 2 do presente número não se aplicam a ligas metálicas
na forma metálica, desde que classificados como subs- puras, não contaminadas por substâncias perigosas.
tâncias perigosas.
7 — O Instituto dos Resíduos pode decidir, em casos
3.o — 1 — Os resíduos mencionados na Lista referida
excepcionais, com base em provas documentais apro-
no n.o 1 do n.o 1.o e indicados com asterisco (*) são
considerados resíduos perigosos, na acepção da alínea b) priadas, fornecidas pelo detentor dos resíduos, que um
do artigo 3.o do Decreto-Lei n.o 239/97. determinado resíduo indicado como perigoso na lista
2 — Considera-se que os resíduos classificados como não apresenta nenhuma das características referidas no
perigosos apresentam uma ou mais das características n.o 2 do n.o 1.o
referidas no n.o 2 do n.o 1.o e, no que respeita às carac- 8 — O Instituto dos Resíduos pode decidir, em casos
terísticas H3 a H8, H10 e H11, uma ou mais das seguintes excepcionais, com base em provas documentais apro-
características: priadas, que um determinado resíduo indicado como
não perigoso na Lista apresenta algumas das caracte-
Ponto de inflamação « 55oC; rísticas referidas no n.o 2 do n.o 1.o
Uma ou mais substâncias classificadas como muito 4.o São revogadas as Portarias n.os 818/97, de 5 de
tóxicas, numa concentração total » 0,1 %; Setembro, e 15/96, de 23 de Janeiro.
Uma ou mais substâncias classificadas como tóxi- 5.o A presente portaria entra em vigor no dia ime-
cas, numa concentração total » 3 %; diatamente a seguir ao da sua publicação.
Uma ou mais substâncias classificadas como noci-
vas, numa concentração total » 25 %; Em 4 de Fevereiro de 2004.
Uma ou mais substâncias corrosivas da classe R35, O Ministro da Economia, Carlos Manuel Tavares da
numa concentração total » 1 %; Silva. — O Ministro da Agricultura, Desenvolvimento
Uma ou mais substâncias corrosivas da classe R34, Rural e Pescas, Armando José Cordeiro Sevinate Pinto. —
numa concentração total » 5 %; O Ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira. — O Ministro
Uma ou mais substâncias irritantes da classe R41, das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente,
numa concentração total » 10 %; Amílcar Augusto Contel Martins Theias.
Uma ou mais substâncias irritantes das classes R36,
R37 e R38, numa concentração total » 20 %;
ANEXO I
Uma substância reconhecida como cancerígena das
categorias 1 ou 2, numa concentração » 0,1 %; Introdução
Uma substância reconhecida como cancerígena da
categoria 3, numa concentração » 1 %; 1 — Os diferentes tipos de resíduos incluídos na Lista
Uma substância tóxica para a reprodução das cate- são totalmente definidos pelo código de seis dígitos para
gorias 1 ou 2 das classes R60 e R61, numa con- os resíduos e, respectivamente, de dois e quatro dígitos
centração » 0,5 %; para os números dos capítulos e subcapítulos. São, assim,
Uma substância tóxica para a reprodução da cate- necessárias as seguintes etapas para identificar um resí-
goria 3 das classes R62 e R63, numa concen- duo na lista:
tração » 5 %; a) Procurar, nos capítulos 01 a 12 ou 17 a 20, a
Uma substância mutagénica das categorias 1 ou fonte geradora do resíduo e identificar o código
2 da classe R46, numa concentração » 0,1 %; de seis dígitos apropriado para o resíduo
Uma substância mutagénica da categoria 3 da classe (excluindo os códigos terminados em 99 desses
R40, numa concentração » 1 %. capítulos). Algumas unidades de produção
podem ter de classificar as suas actividades em
3 — A classificação e os números R referidos no n.o 2 vários capítulos. Por exemplo, uma fábrica de
do presente número são os constantes do Decreto-Lei automóveis pode produzir resíduos pertencen-
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16 02 12 (*) Equipamento fora de uso contendo 16 08 02 (*) Catalisadores usados contendo metais
amianto livre. de transição (3) ou compostos de
16 02 13 (*) Equipamento fora de uso contendo metais de transição perigosos.
componentes perigosos (2) não abran- 16 08 03 Catalisadores usados contendo metais
gidos em 16 02 09 a 16 02 12. de transição ou compostos de metais
16 02 14 Equipamento fora de uso não abrangido de transição não especificados de
em 16 02 09 a 16 02 13. outra forma.
16 02 15 (*) Componentes perigosos retirados de 16 08 04 Catalisadores usados de cracking cata-
equipamento fora de uso. lítico em leito fluido (excepto 16 08
16 02 16 Componentes retirados de equipamento 07).
fora de uso não abrangidos em 16 02 16 08 05 (*) Catalisadores usados contendo ácido
15. fosfórico.
16 03 Lotes fora de especificação e produtos 16 08 06 (*) Líquidos usados utilizados como cata-
não utilizados: lisadores.
16 03 03 (*) Resíduos inorgânicos contendo substân- 16 08 07 (*) Catalisadores usados contaminados com
cias perigosas. substâncias perigosas.
16 03 04 Resíduos inorgânicos não abrangidos 16 09 Substâncias oxidantes:
em 16 03 03. 16 09 01 (*) Permanganatos, por exemplo, perman-
ganato de potássio.
16 03 05 (*) Resíduos orgânicos contendo substân-
16 09 02 (*) Cromatos, por exemplo, cromato de
cias perigosas. potássio, dicromato de potássio ou de
16 03 06 Resíduos orgânicos não abrangidos em sódio.
16 03 05. 16 09 03 (*) Peróxidos, por exemplo, água oxige-
16 04 Resíduos de explosivos: nada.
16 04 01 (*) Resíduos de munições. 16 09 04 (*) Substâncias oxidantes não anterior-
16 04 02 (*) Resíduos de fogo de artifício. mente especificadas.
16 04 03 (*) Outros resíduos de explosivos. 16 10 Resíduos líquidos aquosos destinados a
16 05 Gases em recipientes sob pressão e pro- serem tratados noutro local:
dutos químicos fora de uso: 16 10 01 (*) Resíduos líquidos aquosos contendo
16 05 04 (*) Gases em recipientes sob pressão substâncias perigosas.
(incluindo halons) contendo substân- 16 10 02 Resíduos líquidos aquosos não abran-
cias perigosas. gidos em 16 10 01.
16 05 05 Gases em recipientes sob pressão não 16 10 03 (*) Concentrados aquosos contendo subs-
abrangidos em 16 05 04. tâncias perigosas.
16 05 06 (*) Produtos químicos de laboratório con- 16 10 04 Concentrados aquosos não abrangidos
tendo ou compostos por substâncias em 16 10 03.
perigosas, incluindo misturas de pro- 16 11 Resíduos de revestimentos de fornos e
dutos químicos de laboratório. refractários:
16 05 07 (*) Produtos químicos inorgânicos de labo- 16 11 01 (*) Revestimentos de fornos e refractários
ratório contendo ou compostos por à base de carbono provenientes de
substâncias perigosas. processos metalúrgicos contendo
16 05 08 (*) Produtos químicos orgânicos fora de uso substâncias perigosas.
contendo ou compostos por substân- 16 11 02 Revestimentos de fornos e refractários
cias perigosas. à base de carbono não abrangidos em
16 05 09 Produtos químicos fora de uso não 16 11 01.
abrangidos em 16 05 06, 16 05 07 ou 16 11 03 (*) Outros revestimentos de fornos e refrac-
16 05 08. tários provenientes de processos
16 06 Pilhas e acumuladores: metalúrgicos contendo substâncias
16 06 01 (*) Acumuladores de chumbo. perigosas.
16 06 02 (*) Acumuladores de níquel-cádmio. 16 11 04 Outros revestimentos de fornos e refrac-
16 06 03 (*) Pilhas contendo mercúrio. tários não abrangidos em 16 11 03.
16 11 05 (*) Revestimentos de fornos e refractários
16 06 04 Pilhas alcalinas (excepto 16 06 03).
provenientes de processos não meta-
16 06 05 Outras pilhas e acumuladores. lúrgicos contendo substâncias peri-
16 06 06 (*) Electrólitos de pilhas e acumuladores gosas.
recolhidos separadamente. 16 11 06 Revestimentos de fornos e refractários
16 07 Resíduos da limpeza de tanques de provenientes de processos não meta-
transporte, de depósitos de armaze- lúrgicos não abrangidos em 16 11 05.
nagem e de barris (excepto 05 e 13): 17 Resíduos de construção e demolição
16 07 08 (*) Resíduos contendo hidrocarbonetos. (incluindo solos escavados de locais
16 07 09 (*) Resíduos contendo outras substâncias contaminados):
perigosas. 17 01 Betão, tijolos, ladrilhos, telhas e mate-
16 07 99 Outros resíduos não anteriormente riais cerâmicos:
especificados. 17 01 01 Betão.
16 08 Catalisadores usados: 17 01 02 Tijolos.
16 08 01 Catalisadores usados contendo ouro, 17 01 03 Ladrilhos, telhas e materiais cerâmicos.
prata, rénio, ródio, paládio, irídio ou 17 01 06 (*) Misturas ou fracções separadas de
platina (excepto 16 08 07). betão, tijolos, ladrilhos, telhas e mate-
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tância, por exemplo um produto de lixiviação que possua as operações de compostagem e outras transformações
uma das características atrás enumeradas. biológicas).
H14 «Ecotóxicos» — substâncias e preparações que R4 — Reciclagem/recuperação de metais e de ligas.
apresentem ou possam apresentar riscos imediatos ou R5 — Reciclagem/recuperação de outras matérias
diferidos para um ou vários sectores do ambiente. inorgânicas.
R6 — Regeneração de ácidos ou de bases.
ANEXO III R7 — Recuperação de produtos utilizados na luta
contra a poluição.
O presente anexo destina-se a enumerar as operações R8 — Recuperação de componentes de catalisadores.
de eliminação e de valorização de resíduos. Em con- R9 — Refinação de óleos e outras reutilizações de
formidade com o Decreto-Lei n.o 239/97, de 9 de Setem- óleos.
bro, os resíduos devem ser geridos sem pôr em perigo R10 — Tratamento no solo em benefício da agricul-
a saúde humana e sem a utilização de processos ou tura ou para melhorar o ambiente.
métodos susceptíveis de prejudicar o ambiente. Nos ter- R11 — Utilização de resíduos obtidos em virtude das
mos do n.o 4 do artigo 7.o do Decreto-Lei n.o 239/97, operações enumeradas de R1 a R10.
as operações D3 e D11 são proibidas no território R12 — Troca de resíduos com vista a, submetê-los
nacional. a uma das operações enumeradas de R1 a R11.
R13 — Acumulação de resíduos destinados a uma das
A — Operações de eliminação de resíduos operações enumeradas de R1 a R12 (com exclusão do
armazenamento temporário, antes da recolha, no local
D1 — Deposição sobre o solo ou no seu interior (por onde esta é efectuada).
exemplo, aterro sanitário, etc.).
D2 — Tratamento no solo (por exemplo, biodegra-
dação de efluentes líquidos ou de lamas de depuração
nos solos, etc.).
D3 — Injecção em profundidade (por exemplo, injec- MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,
ção de resíduos por bombagem em poços, cúpulas salinas DESENVOLVIMENTO RURAL E PESCAS
ou depósitos naturais, etc.).
D4 — Lagunagem (por exemplo, descarga de resíduos
líquidos ou de lamas de depuração em poços, lagos natu- Portaria n.o 210/2004
rais ou artificiais, etc.)
D5 — Depósitos subterrâneos especialmente conce- de 3 de Março
bidos (por exemplo, deposição em alinhamentos de célu- Pela Portaria n.o 629/94, de 15 de Julho, foi con-
las que são seladas e isoladas umas das outras e do cessionada à Associação de Caçadores da Casa Branca
ambiente, etc.). a zona de caça associativa da Herdade do Gradil do
D6 — Descarga para massas de águas, com excepção Casão e outras, processo n.o 1609-DGF, englobando
dos mares e dos oceanos. vários prédios rústicos sitos no município de Monte-
D7 — Descarga para os mares e ou oceanos, incluindo mor-o-Novo, com uma área de 516 ha, válida até 15 de
inserção nos fundos marinhos. Julho de 2009.
D8 — Tratamento biológico não especificado em Vem agora a Associação de Caçadores do Gradil
qualquer outra parte do presente anexo que produz com- requerer a transmissão da concessão da zona de caça
postos ou misturas finais que são rejeitados por meio atrás citada.
de qualquer das operações enumeradas de D1 a D12. Assim:
D9 — Tratamento fisico-químico não especificado em Com fundamento no disposto no artigo 42.o do Decre-
qualquer outra parte do presente anexo que produz com- to-Lei n.o 227-B/2000, de 15 de Setembro, com a redac-
postos ou misturas finais rejeitados por meio de qual- ção que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.o 338/2001,
quer das operações enumeradas de D1 a D12 (por exem- de 26 de Dezembro:
plo, evaporação, secagem, calcinação, etc.). Manda o Governo, pelo Ministro da Agricultura,
D10 — Incineração em terra. Desenvolvimento Rural e Pescas, que pela presente por-
D11 — Incineração no mar. taria a zona de caça associativa da Herdade do Gradil
D12 — Armazenagem permanente (por exemplo, do Casão e outras, processo n.o 1609-DGF, situada na
armazenagem de contentores numa mina, etc.). freguesia de Cabrela, município de Montemor-o-Novo,
D13 — Mistura anterior à execução de uma das ope- seja transferida para a Associação de Caçadores do Gra-
rações enumeradas de D1 a D12. dil, com o número de pessoa colectiva 505850036 e sede
D14 — Reembalagem anterior a uma das operações em Belo Jardim, 2135-005 Samora Correia.
enumeradas de D1 a D13.
D15 — Armazenagem enquanto se aguarda a execu- Pelo Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural
ção de uma das operações enumeradas de D1 a D14 e Pescas, João Manuel Alves Soares, Secretário de
(com exclusão do armazenamento temporário, antes da Estado das Florestas, em 3 de Fevereiro de 2004.
recolha, no local onde esta é efectuada).