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DIREITO DO CONSUMIDOR

Responsabilidade Civil no CDC - Responsabilidade Por Vício do Produto


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RESPONSABILIDADE CIVIL NO CDC – RESPONSABILIDADE


POR VÍCIO DO PRODUTO

Responsabilidade civil no CDC


• Direito básico do consumidor: “efetiva prevenção e reparaçao dos danos morais e mate-
riais” (art. 6º, VI)
–– Diretriz hermenêutica: ajuda a interpretar outros dispositivos do CDC.
–– Cláusula geral da responsabilidade civil (Nelson Nery Júnior): atua como o art. 186 do
CC/2002, que é uma cláusula geral da reponsabilidade, ou como o art. 159 do revo-
gado CC/1916. Contudo ele não apresenta uma listagem em formato tradicional, o
professor Nelson Nery defende essa perspectiva.
A importância disso é que existem situações de dano no mercado de consumo em que a
análise de fato ou vício do produto ou serviço não se aplicará, havendo uma cláusula geral
de responsabilidade civil que fundamentará essa pretensão indenizatória do consumidor:
art. 6º, VI, CDC.
• Responsabilidade pelo fato do produto e do serviço (arts. 12 a 17)
–– Responsabildiade por acidente de consumo – a questão da segurança.
Os produtos e serviços oferecidos no mercado de consumo, além de funcionar, precisam
ser seguros.
• Responsabilidade pelo vício do produto e do serviço (arts. 18 a 25)
–– Garantia legal dos produtos – a questão da funcionalidade
Os produtos e serviços oferecidos no mercado de consumo precisam funcionar.
5m

Fato – Segurança
Resp. Civil Acidente de consumo
CDC Garantia Legal
Vício – Funcionalidade

Panorama da responsabilidade por vício de qualidade do produto (art. 18)


• Disciplina paralela aos vícios redibitórios do Código Civil: duas opções ao comprador
(ações edilícias) – pedir o dinheiro de volta ou um abatimento proporcional ao preço.
ANOTAÇÕES

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• Conceito amplo (e não apenas oculto) de vício (oculto ou aparente; grave ou pequeno).
10m • Solidariedade passiva dos fornecedores.

Art. 18. CDC
Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente
pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a
que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade,
com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária,
respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição
das partes viciadas.

As pretensões do consumidor podem ser dirigidas a qualquer ente da cadeia, havendo


uma solidariedade passiva entre todos os fornecedores.
• Norma de ordem pública: inafastável por vontade das partes (art. 1º, art. 24, art. 25, art. 51, I)
Ainda que o consumidor concorde, toda essa disciplina de vício não pode ser afastada.
Além disso, as indenizações e os direitos do consumidor não podem atenuados, com exceção
ao que está previsto no art. 51, I.

Art. 51. CDC
São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de pro-
dutos e serviços que:
I – impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer
natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de
consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada,
em situações justificáveis;

Garantia legal dos produtos.



• Prazos decadenciais “maiores”.
• Garantia contratual é complementar à legal.
–– Termo escrito e condições
A garantia de qualidade do produto é chamada de garantia legal. Todo e qualquer pro-
duto, novo ou seminovo, no mercado de consumo tem, automaticamente, uma garantia legal
em relação a sua qualidade. Essa garantia legal é decorrente do art. 18, CDC. Paralelamente,
existe uma garantia contratual, também chamada de garantia de fábrica, vista nos rótulos e
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anúncios. Não pode haver uma confusão entre elas: uma é automática, decorre diretamente
da lei, não pode ser diminuída e tem um prazo próprio; a outra é voluntária, determinada
15m
pelo mercado e depende de um termo escrito expresso, sendo prescrita pelo art. 50, CDC.

ART. 18 DO CDC

Art. 18. CDC
Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente
pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a
que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade,
com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária,
respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição
das partes viciadas.
§ 1º Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternati-
vamente e à sua escolha:
I – a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
II – a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais
perdas e danos;
III – o abatimento proporcional do preço.

Obs.: perdas e danos são sempre cabíveis (doutrina) e, se optar por produto mais caro,
precisará que pagar a diferença (art. 18, § 4º)

Prazos
• Prazo máximo de 30 dias para conserto do bem.
–– Pode ser reduzido em até 7 dias e ampliado até 180 dias (art. 18, § 2º).
20m
–– Não se aplica quando produto for essencial ou quando a susbtituição das peças
comprometer o valor ou qualidade.
• Prazo da garantial legal: coincide com o prazo decadencial (art. 26).
–– 30 dias para produtos não duráveis.
–– 90 dias para produtos duráveis.
De acordo com o que defende o STJ e Herman Benjamin, produto não durável é aquele
que se extingue com o uso ou logo após o uso (alimentos, cosméticos etc).
O prazo de 90 dias para o vício oculto de produtos duráveis começa com o surgimento
do vício. Dessa forma, se um produto só apresenta um vício depois de 6 meses da compra,
tem-se, a partir desses 6 meses, 90 dias de prazo.
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Para limitar esse prazo, a doutrinar analisa, no caso concreto, se o vício decorre de um
desgaste do produto ou de um problema de fábrica que se manifestou depois. O desgaste
natural de produto não está previsto no art. 18, mas um vício decorrente de problema de
fábrica permite que o cliente possa acionar o CDC para reaver essa questão.
Um precedente do STJ, do min. Luís Felipe Salomão, cuja doutrina determina isso como
sendo um critério da vida útil, ou seja, para analisar até quando esse prazo é válido, é neces-
25m
sário analisar a vida útil do produto e de qual forma ele foi utilizado.
–– Não confundir com prazo prescricional de 5 anos (art. 27) – decorre de acidente de
consumo.
• Prazo pode ser obstado (art. 26, § 2º).

Na doutrina, há divergências acerca do significado de obstado. Existem duas situações


em que o prazo é obstado:
–– Reclamação perante o fornecedor, até uma resposta definitiva.
–– Instauração de inquérito civil pelo Ministério Público.

STJ e dicas
• Distinção entre vício e fato (solidariedade e prazo).
• Natureza do prazo: DECADENCIAL (art. 26).
• “A decadência do artigo 26 do CDC não é aplicável à prestação de contas para obter
esclarecimentos sobre cobrança de taxas, tarifas e encargos bancários”. (Súmula n.
477).
• Indenização por danos morais quando há vício no veículo e proprietário precisa retornar
inúmeras vezes à concessionária (STJ – vários julgados).
30m
• Prazo de 30 dias não se renova (STJ).

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Leonardo Bessa.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
ANOTAÇÕES

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