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Fernando Souto & Advogados Associados

CNPJ/MF 08.563.239/0001-81 Inscr. Municipal 389.928-4


Rua México 148 Sala 1007 Centro e
Avenida Guignard 770 Sala 203 – Recreio dos Bandeirantes
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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1RA VARA DA FAZENDA


PÚBLICA DA CIRCUNSCRIPÇÃO JUDICIARIA DE BRASÍLIA – DF.

Processo n° 2009.01.1.008043-2

Arnoldo Enrique Gonzalez Jeria, brasileiro naturalizado, casado, advogado OAB/187807 RJ, CPF
sob nº057.841.287-01; RG: 3.653.566 e Lilian Maria Borges Gonzalez, brasileira, casada,
psicóloga. CPF sob n° 423612142-53; RG:2.856.501 pelo advogado patrono que firma ao final ut
instrumento anexo, vem respeitosamente perante Vossa Excelência propor:

AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, CUMULADA COM


DECLARATÓRIA DE QUITAÇÃO DE DÉBITO

com base nos arts. 334 e seguintes do Código Civil, e arts. 890 e seguintes do CPC, em face do
Banco de Brasília, já qualificado nos autos, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.

I. DOS FATOS

Os requerentes, são adquirentes da unidade 905 do Residencial Monet


localizado em Avenida Pau Brasil, Águas Claras -DF e como tal, são parte do processo citado em
epígrafe.
Ocorre que passados seis anos desde que foi ajuizada a Ação Civil Pública
pela Primeira Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor em 19 de março de 2009, o Banco de
Brasília- BRB, Réu nessa causa, á par da liminar expedida por Vossa Excelência em 27 de janeiro
de 2009, vem criando dificuldades ao cumprimento desta, ao não proporcionar a documentação
necessária para efetivar o pagamento do saldo devedor da unidade de propriedade dos autores.

Comprova o fato exposto, carta de 13 de maio de 2009 que os autores

Reg. OAB/RJ nº. 33.278/2006


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encaminharam á mencionada entidade bancaria (em anexo) solicitando a disponibilização dos


procedimentos para a recepção do valor da divida a fim de que fosse cumprida a decisão judicial de
Vossa Excelência expedida in limine às fls. dos Autos. O Réu em questão, respondeu mediante
carta CDIDES/DEDES.GEMUT 2009/296 em 16 de outubro de 2009 (em anexo) alegando que
deveria ser solicitado à empresa WRJ, também Ré neste processo, o extrato atualizado da divida.

Em 16 de outubro de 2009, novamente os autores enviaram carta ao BRB


(em anexo) encaminhando planilha efetivada pela empresa WRJ com data de 27 de outubro de 2009
indicando o saldo da divida e solicitando ao Banco promover meios para que os Requerentes
pudessem efetuar o pagamento por meio da utilização de saldo do FGTS, situação que, como era
de esperar, não prosperou já que por parte do Banco não se obteve qualquer resposta.

Entendem os Requerentes que a posição do Banco, de cunho absolutamente


procrastinatório, tem por finalidade eternizar a demanda e, com isto, aumentar o desespero dos
adquirentes de modo a forçar destes um acordo que somente beneficia o agente financeiro.

A situação exposta no paragrafo precedente fica de manifesto, quando


analisadas as tentativas de conciliação (e outras por iniciativa dos condôminos já fixadas nos autos
através da Promotoria do Consumidor autor da Ação Civil Publica), as que não têm progredido por
causa do Banco propor cifras muito elevadas e impossíveis de aceitar.

Cabe ressaltar que os requerentes sempre cumpriram as obrigações de


pagamento nos termos do contrato com a empresa construtora WRJ agindo sempre de boa-fé como
fica comprovado no extrato da planilha acostada em anexo. A mesma conduta foi estabelecida com
relação ao Banco, mas, sem resultados por quanto este não disponibilizou a documentação
necessária para quitar o saldo devedor, seja por financiamento bancário ou mediante o resgate de
FGTS., o que demonstra o pouco interesse do Banco em facilitar o pagamento do saldo devedor e
que pelo contrario só possibilita que a divida continue em aumento.

Ora, a recusa do Banco em facilitar a documentação para efetivar o


pagamento do saldo devedor seja com o FGTS ou com outro financiamento em entidades bancarias
da praça, que permitam a quitação, liberação do imóvel e posterior registro público, vem causando
prejuízo aos requerentes, por quanto, além de não conseguir efetuar o pagamento como é a sua
vontade, estão impossibilitados de usufruir de um bem que permita-lhes seguir com suas vidas
regularmente.

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O fato do Banco disponibilizar uma conta aberta para depósito judicial para
fins de cumprir com o pagamento do saldo devedor, não garante uma solução para quitar a dívida, já
que o quantum a ser pago deve ser reconhecido como incontroverso e, por outra parte, não garante a
posterior liberação do imóvel.

Os pagamentos efetuados pelos requerentes são comprovados pela planilha


anexa fornecida pela WRJ; acostados também, pelos Requerentes, os comprovantes de pagamento
dos encargos mensais que compõem a planilha mencionada os que são coincidentes com o quadro
demonstrativo a seguir:

PAGAMENTOS EFETUADOS DATA DO PAGAMENTO VALOR (R$)


Sinal 25/06/2004 33.337,28
16 parcelas (a partir de R$ 1.007,94 com valores corrigidos) 10/07/2004 até 10/10/2005 17.350,39
Chaves 20/12/2005 27.583,11

25 parcelas (a partir de R$ 1.372,65 com valores corrigidos) 10/11/2005 a 09/11/2007 40.286,38

Adiantamento das parcelas 26/44 até 35/44 07/12/2007 19.000,00

1 -13 parcelas de 18 10/02/2008 até 09/01/2009 12.054,55

Pagamento 5 parcelas de 18 restantes e parcela 19/1 11/09/2009 8.156,86

O valor foi pago mediante depósito identificado na CC


0279561016 em favorecimento do BRB conforme liminar

VALOR DO IMÓVEL CONSTANTE DO CONTRATO DE AQUISIÇÃO: 158.637,28

TOTAL PAGO ATÉ 11/09/2009 157.768,57

SALDO DEVEDOR (30/08/2007) 32.511,76


Nas chaves foi pago um valor, em 20/12/2005, de 27.583,11. O valor restante,
correspondente a 32.511,76, não pôde ser pago na data prevista pois não foi
disponibilizado a documentação para fazê-lo com o FGTS, situação que impera ate hoje.

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SALDO DEVEDOR corrigido pelo (IGP-M (FGV)) 51.808,06

II. DO DIREITO

Do pagamento em consignação

Ora, é inconteste que ao devedor assiste o direito de solver suas dividas,


sendo para tanto amparado pelo ordenamento jurídico, que propugna, justamente, pelo
adimplemento das obrigações, conforme verificado mediante disposições do Código Civil, adiante
transcritas:

Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em


estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.

Da ação de consignação

Cumpre consignar os termos do artigo 890 do Código de Processo Civil, no


que pertine a possibilidade da presente ação:

Art. 890. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de
pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.

Diante todo o exposto, REQUER:

Desta feita, combinando as disposições do diploma processual com as de


direito material, acima elencadas, conclui-se pela total pertinência, e, outrossim, procedência da
presente ação de consignação, proposta em razão da não disposição do Banco em disponibilizar a
documentação necessária para quitar o saldo devedor, seja por financiamento bancário ou mediante
o resgate de FGTS.
Pretendem os Requerentes obter autorização desse MM Juízo para que
façam depósito judicial em consignação no valor da dívida atualizada apurada por eles e, pela via de
consequência lhes sejam, após ouvidos os credores, expedido ofício desse MM Juízo ao Registro
competente a fim de que regularizem sua titularidade sobre o bem.

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Dos efeitos da consignação

Neste ínterim, deve -se atentar para as disposições do Código Civil, art.337,
e outrossim, para as do Código de Processo Civil, art.891, caput, no intuito de se verificar os efeitos
necessários da presente ação:

Art. 337. O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, tanto que se efetue,
para o depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente.

Art. 891. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o devedor,


tanto que se efetue o depósito, os juros e os riscos, salvo se for julgada improcedente.

Assim, como se verifica, o deposito tem o condão de liberar o devedor dos


juros da divida e demais riscos, como se houvesse pagado o valor devido diretamente ao credor.
Como ficou demonstrado, no passar dos anos e ante a impossibilidade de ter
acesso a documentação que deveria ter sido expedida pelo Réu, para pagar o saldo devedor, o
montante restante só foi-se acumulando com o prejuízo para os requerentes que tem presenciado
aumentar a divida sem poder efetuar a quitação.

III. DOS PEDIDOS

Diante o exposto Requer

1. A expedição da guia para deposito da quantia devida, calculada em R$ ….....( cinquenta mil ..), (
espelho de cálculo em planilha anexa);

2. A intimação do Banco de Brasília e da WRJ..... para que se pronuncie sobre a pretensão dos
Requerentes, sob pena de aceitação.

3. Autorização para depósito na conta do MM Juízo do valor incontroverso;

PEDEM

Que por derradeiro seja declarada quitada a dívida e expedido ofício ao Registro de

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Imóveis do Distrito Federal a fim de der efetuado o respectivo registro em nome dos requerentes.

Dá-se a causa o valor de R$ 51.808,06 ( cinquenta e um mil, oitocentos e oito reais e seis centavos)

Termos em que

Pede deferimento

Rio de Janeiro, xx de março de 2015

FS
OAB

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