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–
DIREITO
ROMANO
O
surgimento
do
direito
romano
é
considerado
desde
a
fundação
da
cidade
de
Roma
em
753
a.C.
até
a
morte
do
imperador
do
Oriente
Justiniano,
em
565
da
nossa
era.
O
auge
foi
no
período
clássico:
o
poder
do
Estado
foi
centralizado
com
pretores
e
jurisconsultos
com
maior
poder
de
modificar
as
regras
existentes.
Destaca-‐se,
em
linhas
gerais,
a
proteção
do
indivíduo,
a
autonomia
da
família,
o
prestígio
e
poder
do
pater
famílias,
a
valorização
da
palavra
empenhada,
entre
outros
conceitos.
O
Direito
Romano
exerceu
grande
influência
nos
sistemas
jurídicos
modernos,
inclusive
no
brasileiro.
No
período
arcaico
o
direito
era
costumeiro,
ligado
à
religiosidade.
O
Estado
poderia
intervir
em
caso
de
guerras
ou
para
punir
crimes
mais
graves.
O
cidadão
era
visto
como
membro
de
uma
família
e
assim,
protegido
pelo
grupo
que
integrava.
Roma
era
então
regida
pela
Lei
das
XII
Tábuas.
.
Lei
das
XII
Tábuas
Esse
regramento
foi
um
divisor
de
águas,
uma
transliteração
do
direito
costumeiro
pois,
pela
primeira
vez,
as
leis
passaram
a
ser
escritas
e
formavam
o
cerne
da
Constituição
da
república
romana.
Foi
considerada
ainda
arcaica
e
cruel,
haja
vista
que
era
aplicada
pelos
pontífices
e
representantes
dos
patrícios
(que
as
guardavam
em
segredo)
e
aplicada
de
forma
mais
contundente
contra
os
plebeus,
q
eram
menos
favorecidos
econômica
e
socialmente.
No
entanto,
vale
ressaltar
que
representou
uma
das
primeiras
leis
que
ditavam
normas
eliminando
as
diferenças
de
classes,
atribuindo
a
tais
um
grande
valor,
uma
vez
que
as
leis
do
período
monárquico
não
se
adaptaram
à
nova
forma
de
governo
(República).
Apresentava
um
caráter
tipicamente
romano:
imediatista,
prático
e
objetivo.
Não
satisfez,
contudo,
todas
as
necessidades
da
sociedade
romana.
O
documento
era
baseado
nos
seguintes
conceitos:
IUS
NATURALE:
norma
criada
pela
natureza
e
não
pelo
homem
–
direito
estabelecido
por
providência
divina.
IUS
PUBLICUM:
modo
de
ser
do
Estado
IUS
PRIVATUM:
interesses
dos
particulares
.
Período
Clássico
(de
II
a.
C
a
III
d.
C):
Período
fortemente
marcado
pela
atividade
dos
Pretores
e
dos
Jurisconsultos
romanos
que
foram
responsáveis
por
tornar
o
direito
anterior
(período
arcaico)
mais
adequado
às
novas
formas
de
interação
social.
Os
pretores,
por
meio
da
Lei
Aebutia,
no
séc.
II,
passaram
a
ter
um
poder
de
mando,
denominado
imperium,
que
tornava
possível
ao
pretor
além
de
encaminhar
o
caso
ao
juiz
e
ainda
instruí-‐lo
na
decisão
(através
das
formulas).
O
magistrado
tinha
o
direito
de
aceitar
ou
negar
as
ações.
>
Pequeno
glossário:
Atividades:
instruir
as
partes
sobre
como
agirem
em
juízo
e
orientar
os
leigos
nos
negócios
jurídicos.
Pretores:
Magistrados
responsáveis
por
investigar,
a
princípio,
as
alegações
das
partes,
determinar
os
limites
do
conflito
e
encaminhá-‐lo
ao
juíz
Jurisconsultos:
Juristas
de
renome
que
emitiam
pareceres
jurídicos
sobre
casos
concretos.
.
Direito
Justiananeu
–
Império
Bizantino
Justiniano
(482-‐565)
foi
imperador
romano
do
Oriente,
com
sede
em
Constantinopla,
de
527
até
sua
morte.
Quando
assumiu
o
poder,
ordenou
a
compilação
de
leis
que
iriam
compor
o
Corpus
Juris
Civilis.
O
legado
de
Justiniano
foi
compilar
as
leis
que
já
existiam
e
também
formular
novas,
que
se
tornariam
a
base
do
Direito
Civil
moderno.
Representou
uma
revolução
jurídica
e
documentou
a
vida
no
Império
Romano.
>
Corpus
Juris
Civilis
.
Código
de
Justiniano
(Codex):
recolha
de
toda
a
legislação
romana
revisada
desde
século
2,
visando
substituir
o
Código
Teodosiano.
.
Digesto
(ou
Pandectas):
533
d.
C
(quatro
anos)
recebeu
este
nome
porque
dispor
ordenamente;
contendo
tudo.
Ao
todo
eram
50
livros
em
9
partes
assim
organizadas:
1.
Parte
Geral;
2.
Direitos
Reais;
3.
Obrigações;
4.
Direitos
Pessoais;
5.
Direito
das
Sucessões;
6.
Direito
Processual;
7.
Obrigações
Especiais.
8.
Direito
Penal
e
9.
Direito
Público.
.
Institutas:
Caráter
didático
-‐
desenvolvida
por
3
professores
do
Direito:
Triboniano;
Teófilo
e
Crátino.
(Baseou-‐se
na
obra
produzidas
séculos
atrás,
chamada
de
Institutas
de
GAIA).
Obras
simples,
com
linguagem
clara
e
objetiva
que
visavam
o
ensino
do
Direito.
.
Novelas
ou
Autênticas
(
Novellae
ou
Leis
Novas):
leis
bizantinas,
termo
de
origem
Bizâncio,
o
primitivo
nome
de
Constantinopla.
Era
um
compêndio
de
constituições
mais
recentes
do
próprio
imperador
Justiniano,
promulgadas
até
o
seu
Codex
(ao
todo,
177
novelas).
Tinha
como
vantagem
ser
escrito,
enquanto
boa
parte
da
Europa
ainda
aplicava
o
Direito
Consuetudinário.
Por
ser
bastante
completo,
acabou
posteriormente
sendo
largamente
usado
pelo
europeus
tornando-‐se
a
base
estruturante
do
nosso
atual
sistema
jurídico.
.
Influência
nos
Sistemas
Jurídicos
Contemporâneos
O
Direito
Romano
influenciou
sobremaneira
a
cultura
jurídica
Ocidental,
em
especial,
o
Direito
Privado.
.
Direito
Civil:
o
civil
brasileiro,
com
suas
perspectivas,
modelos,
classificações
são
construções
eminentemente
romanas.
.
Processo
Formular:
as
fórmulas
consistiam
nos
detalhes
da
lide.
Conferiu
flexibilidade
e
possibilitou
acompanhar
a
evolução
social.
.
Código
Teodosiano:
compleição
de
textos
jurídicos
antigos,
reunindo
todas
as
constituições
romanas.
Dividia-‐se
em
16
livros
e
mais
tarde,
foi
substituída
pelo
Codex
Justiniano.
Vale
ainda
destacar
que
o
Direito
Romano
atual
constitui
matriz
dos
códigos
civis
da
Europa
continental,
América
Latina
e
do
Japão.