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FRANCISCA MILENA MESQUITA FERREIRA

A INSERÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FISICA NO CONTEXTO DA


SAÚDE MENTAL

Projeto de pesquisa apresentado ao


Centro Universitário UNINTA como
requisito parcial para a obtenção do título
de Licenciatura em Educação Física.

Orientador: Professora Ma. Gabriela


Maria de Sousa Vieira

SOBRAL
2019
A INSERÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FISICA NO CONTEXTO DA
SAÚDE MENTAL

Projeto de pesquisa apresentado ao curso de Educação Física, do Centro


Universitário UNINTA.

Aprovado em___/___/____

_______________________________________________
Professora Ma.Gabriela Maria de Sousa Vieira
Orientadora

_______________________________________________
Professora Dra. Cyntia Monteiro Vasconcelos
1º. Examinadora
Dedico esse trabalho a todos aqueles que
acreditam em um mundo melhor,
humanizado e com melhores condições
de vida.
AGRADECIMENTOS

Muitas pessoas contribuíram para a realização desse projeto, primeiramente


devo agradecer a Deus por sempre me dá forças para continuar lutando e não me
deixar desistir.
Agradecer a minha Orientadora Ma. Gabriela Vieira por estar comigo durante
toda a elaboração do projeto sempre procurando propostas que deixassem o
trabalho mais interessante.
Agradeço de forma especial aos meus pais e Maria Aparecida e Valdemios
Rodrigues que são a minha base e meu motivo para continuar lutando, que sempre
foram os meus maiores incentivadores me ajudando a procurar sempre o melhor
caminho e agradeço ainda a minha irmã Ana Lívia, bem como a toda a minha família
e em especial minha prima Bruna Letícia Rodrigues que esteve comigo desde o
inicio dessa jornada me ajudando nas dificuldades e algumas vezes em casos de
duvidas.
Não poderia deixar de agradecer ao Professor Tiago Santos que ministrou a
disciplina de forma espetacular, procurando esclarecer nossas duvidas da melhor
forma, contribuindo para que nossos conhecimentos como pesquisadores fossem
supridos.
Por fim devo agradecer aos meus colegas de turma que também realizaram a
elaboração do projeto, agradeço por todos os momentos de aflição, alegrias,
desespero que sempre compartilhamos no decorrer do curso e do semestre e sem
esquecer devo agradecer aos meus amigos por aguentarem minhas queixas no
decorrer do semestre.
Não sou a areia onde se desenha um par de asas ou grades
diante de uma janela. Não sou apenas a pedra que rola nas
marés do mundo, em cada praia renascendo outra. Sou a
orelha encostada na concha da vida, sou construção e
desmoronamento, servo e senhor, e sou mistério.
(Lia Luft)
RESUMO

A saúde mental é uma área da saúde que lida diretamente com pessoas que
possuem agravos mentais e conta com uma equipe multidisciplinar dentre eles
encontra-se o profissional de Educação Física, que tem muito a contribuir quando se
fala de promoção da saúde e prevenção de doenças, bem como para a reinserção
do individuo na comunidade. O presente estudo tem como principal objetivo
Identificar as possíveis contribuições do profissional de Educação Física no contexto
da Saúde Mental bem como suas principais atribuições para a equipe
multidisciplinar, para o paciente e para a saúde. Trata-se de um estudo bibliográfico
exploratório tendo como base duas plataformas online SciELO ( Scientific Electronic
Library Online) e Lilacs (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da
Saúde), em que será feito um levantamento bibliográfico e posteriormente a analise
através da leitura exploratória destes retirando as principais informações
relacionadas ao tema, realizando uma analise descritiva, objetivando aumentar as
bibliografias a cerca do tema.

Palavras-chave: Profissional de Educação Física. Saúde Mental. Promoção da


Saúde.
ABSTRACT

Mental health is an area of health that deals directly with people with mental illness
and has a multidisciplinary team among them is the Physical Education professional,
who has much to contribute when it comes to health promotion and disease
prevention, as well as for the reintegration of the individual into the community. The
present study aims to identify the possible contributions of the Physical Education
professional in the context of Mental Health as well as their main attributions for the
multidisciplinary team, for the patient and for health. This is an exploratory
bibliographic study based on two online platforms SciELO (Scientific Electronic
Library Online) and Lilacs (Latin American and Caribbean Health Sciences
Literature), in which a bibliographic survey will be made and then analyzed through
exploratory reading of these removing the main information related to the theme,
performing a descriptive analysis, aiming to increase the bibliographies about the
theme.
Keywords: Physical Education Professional. Mental health. Health promotion.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................... 08

2. JUSTIFICATIVA..................................................................................... 12

3. HIPÓTESE............................................................................................. 14

4. OBJETIVOS........................................................................................... 15

4.1. Objetivo Geral............................................................................................. 15

4.2. Objetivos Específicos................................................................................ 15

5. CAPITULO 1 ......................................................................................... 16

5.1.História da saúde coletiva no Brasil .......................................................... 16

5.1.1. Atenção Primária............................................................................. 19

5.2. Um breve histórico da saúde mental........................................................ 22

5.2.1. Reforma psiquiátrica no Brasil.......................................................... 25

5.3Possibilidades de inserção da educação física.......................................... 28

6. METODOLOGIA..................................................................................... 32

7. ORÇAMENTO......................................................................................... 37

REFERÊNCIAS.......................................................................................... 38
8

1. INTRODUÇÃO

Com o passar dos anos desde a reforma psiquiátrica nova formas de


atendimentos, abordagens e estratégias foram elaboradas no âmbito da saúde
mental, possibilitando que outros profissionais pudessem compor a equipe de saúde
mental, dentre eles o profissional de Educação Física (SILVA, 2006, p.6).
Segundo o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) o profissional de
Educação Física na saúde coletiva surge com a necessidade de atuar em
programas, ações que promovam, mantenham e recuperem a saúde do indivíduo,
além de desenvolver ações que orientem a população assim devem ser voltadas
para a sociedade com objetivo de melhorar a qualidade de vida dos mesmos além
de estimular a inclusão de pessoas com deficiência nas práticas, dentre outras
atribuições.
O Profissional de Educação Física tem muito a contribuir no âmbito da saúde
mental, pois cabe a ele proporcionar melhorias em diversos aspectos humanos, seja
psicológico, físico e social, beneficiando o público atendido e quem se relaciona com
ele (ARAUJO, 2017). De acordo com Silva (2006 apout OLIVEIRA et al., 2011) as
práticas propostas pelos profissionais de educação física (PEF) além de serem úteis
no desenvolvimento e estratégias para a prática de atividades corporais são um
grande estimulo para que os novos hábitos de vida sejam adotados.
Pouco se sabe do papel do profissional de Educação Física no contexto da
saúde mental. É de grande valia entender e aprofundar conhecimentos sobre o tema
a fim de melhor entender a atuação desse profissional no âmbito da saúde mental.
Pesquisas relacionando Saúde Mental e Educação física já existem, mas ainda é
preciso ampliar os conhecimentos a cerca do tema. De acordo com um
levantamento realizado na plataforma da SciELO existe um artigo que relaciona a
Educação Física a Saúde Mental no ano de 1974, e 50 artigos publicados sobre o
tema entre 1995 ao ano de 2019.
A atuação do profissional dentro do contexto da saúde mental ainda é pouco
conhecida pela população em geral, pois as pessoas ainda vivem com a noção de
que Educação física é apenas “jogar bola”, então, por isso, pretende-se realizar o
presente estudo para que essa realidade possa ir se modificando ao longo do
tempo.
9

Ao vivenciar de perto a atuação do profissional na saúde pode-se perceber


como as pessoas que praticam as atividades propostas se sentem e se conectam
com o profissional de forma uma forma especial ocasionando a criação de vínculos,
promovendo a inclusão do individuo, possibilitando a criação de novos
relacionamentos, fazendo com que o usuário se sinta com capacidade para realizar
ações com mais segurança. A partir dessa inserção na sociedade é que a mesma
passa a conviver com um alguém com transtorno mental quebrando o preconceito
existente sobre as mesmas diz Salles e Barros (2013) que acaba mostrando que o
papel da Educação Física vai estar inserido no contexto da promoção da saúde e
prevenção de doenças.
Pretende-se de identificar como o papel do profissional de educação física
juntamente com suas praticas pode vir a compor a equipe de saúde mental,
trazendo benefícios para a vida dos indivíduos praticantes, trabalhando na promoção
da saúde bem como na prevenção de doenças.
Considera-se que o PEF venha como forma de contribuir para com a equipe
de saúde atuando com os demais profissionais de modo interdisciplinar, podendo
ser uma ponte entre paciente e os demais profissionais facilitando o trabalho da
mesma e favorecendo o desenvolvimento da saúde.
De acordo com Pitanga (2002), no Brasil, é possível perceber que a prática de
atividade física esteve por algum tempo relacionada à saúde, pois tinha um grande
vinculo com as bases médicas esperando deixar um individuo saudável
principalmente com uma postura e aparência física boa.
Trazendo vários benefícios associados à redução de doenças crônicas e
ainda a diminuir os riscos de morte prematura por diversas doenças, especialmente
as doenças cardiovasculares, a atividade física é reconhecida como um fator de
proteção para a saúde (POLISSENI; RIBEIRO, 2014, p.340).
Além dos benefícios biológicos, compreende-se que também existam os
benefícios sociais das práticas corporais, como por exemplo, proporcionar aos
indivíduos uma maior afetividade para como as pessoas, proporcionando o convívio
social e consequentemente criação de vínculos, além de facilitar com convívio
familiar (Junior; Ferreira, 2000).
Um dos papéis do profissional de Educação Física dentro da saúde é ajudar a
população a desenvolver uma consciência corporal, melhorando a sua percepção de
10

corpo, reconhecendo suas peculiaridades, fazendo com que ocorra um maior nível
de aceitação do próprio corpo.
Segundo Caspersen (1985 apoud Guedes e Guedes 1995) a atividade física é
qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resultará
em gasto energético, podendo ser de ordem biopsicossocial, cultural e
comportamental, se encaixando em diversas categorias como jogos, lutas, danças,
atividades laborais esportes, exercícios físicos entre tantos.
A Portaria nº 154 criada em 24 de janeiro de 2008 que cria os Núcleos de
Apoio a Saúde da Família (NASF) a qual deixa clara a participação do profissional
de Educação física dento da equipe de saúde, destacado no anexo I as ações de
atividades física/práticas corporais que devem acontecer da seguinte forma:

Ações que propiciem a melhoria da qualidade de vida da população, a


redução dos agravos e dos danos decorrentes das doenças não
transmissíveis, que favoreçam a redução do consumo de medicamentos,
que favoreçam a formação de redes de suporte social e que possibilitem a
participação ativa dos usuários na elaboração de diferentes projetos
terapêuticos. (MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, 2008).

A Organização Mundial da saúde OMS (2007) define que a saúde não é


apenas ausência de doença, mas ela se caracteriza como um estado de completo
bem-estar seja ele físico, mental e social e ainda está relacionada com a promoção
do bem estar e prevenção dos transtornos. Um dos grandes problemas enfrentados
na sociedade atual é o adoecimento psíquico que vem implicando a saúde da
população e constituindo um grande fardo para a saúde pública.
De acordo com o ministério da saúde (2013, p.10.) a promoção da saúde é
caracterizada como uma das estratégias do setor Saúde em busca de qualidade de
vida da população e, ainda, essas ações públicas devem ir além da cura e
reabilitação é preciso pensar além da promoção da saúde, mas também na
prevenção a fim de transformar os fatores da vida que colocam as coletividades em
situação de iniquidade e vulnerabilidade.
Em de 30 de março de 2006 a Política Nacional de Promoção da Saúde foi
regulamentada pela Portaria Ministerial nº 687/GM que trata do desenvolvimento das
ações de promoção da saúde no Brasil e incluiu a Educação Física na Política de
Promoção da Saúde (CONFEF, 2012). Segundo a Confederação nacional de
Educação Física - CONFEF (2015) Baseado nas mais atualizadas pesquisas a
11

Educação física destaca-se como atividade indispensável à preservação, à


promoção da saúde e à conquista de uma boa qualidade de vida.
Em 12 de março de 2012 a CONFEF, na resolução nº 230/2012, Resolve:
“Art. 1º - Definir Saúde Mental como área de Especialidade Profissional em
Educação Física”, abrindo espaço para o profissional de Educação Física atuar
diretamente no âmbito da saúde mental, visando o estabelecimento de vínculos e
acolhimento.
Além de ser uma importante ferramenta contra diversas situações em saúde
mental, a atividade física também desempenha um papel na promoção, atuando
como um instrumento auxiliar no tratamento doenças, promovendo qualidade de
vida. (PELUSO E ANDRADE, 2005).
A Prática de atividade física regular em qualquer individuo possibilita
mudanças nos hábitos de vida, uma interação maior com a sociedade gerando
vinculação social, proporcionando um convívio com outras pessoas, possibilita ainda
uma quebra de barreiras não só pessoais, mas físicas também.
Partindo de toda a base cientifica, o presente estudo pretende mostrar que a
pratica de atividade física tem sua importância e relevância na busca pela promoção
da saúde mental e prevenção de doenças, evidenciando o papel do profissional
dentro da área da saúde mental.
12

2. JUSTIFICATIVA

Infelizmente ainda não existem muitos estudos relacionados ao profissional


de educação física na saúde mental (Furtado, et al. 2015), por isso o estudo vem
como uma forma de ampliar ainda mais os conhecimentos acerca do tema, a fim de
mostrar a necessidade da atuação do profissional de Educação Física dentro da
saúde mental.
A população ainda é leiga quanto à atuação desse profissional na saúde,
desconhecendo suas atribuições e benefícios dentro da saúde mental, por isso
pretende-se esclarecer aos mesmos sobre o assunto e mudar a concepção de que
Educação Física esta relacionada apenas ao esporte, mostrando que o mesmo pode
trabalhar na saúde.
O estudo busca ainda entender a necessidade da promoção da saúde na
saúde mental e ainda a prevenção de doenças utilizando do profissional de
Educação Física como intermediador da saúde. Procura-se mostrar também como a
capacidade do professor de criar vínculos com paciente possibilita o
desenvolvimento da saúde.
Compreender o papel do professor de Educação física dentro da saúde
mental é entender o quão esse profissional vem a somar dentro da equipe de saúde:

“O trabalho em equipe torna-se importante uma vez que cada profissional


na sua área possui uma particularidade, sendo necessária uma atuação em
conjunto, interligando conhecimentos com o mesmo objetivo e é dessa
forma que o profissional de Educação Física vai ganhando espaço dentro
da Saúde Coletiva” (ARAÚJO e ROSA, 2017, p.107).

De acordo com Nahas e Garcia (2010) o grande desafio da saúde pública no


mundo atualmente é desenvolver ações de visem prevenirem doenças, promover
saúde, qualidade de vida, bem-estar e ainda mudar comportamentos. Dessa forma
acredita-se que o profissional mencionado vem compor a equipe de saúde mental
ajudando os mesmos a desenvolverem ações de grande qualidade promovendo a
saúde e prevenindo doença de forma adequada e efetiva.
Considera-se que o papel do profissional de Educação Física seja de total
relevância no âmbito da Saúde Mental, tendo em vista suas atribuições para o
desenvolvimento de estratégias que visem à saúde do público, como a criação de
campanhas de diferentes práticas corporais como Zumba, Ioga, Corrida, criação de
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jogos e brincadeiras que proporcionem aos mesmos o desenvolvimento da


consciência corporal.
Portanto acredita-se que o profissional de Educação Física dentro da saúde
mental seja de grande valia para a saúde da população beneficiada uma vez que se
consideram os possíveis benefícios das práticas corporais para a saúde dos
indivíduos, como aumento da autoestima, melhora do humor, melhoras significativas
no tratamento dos transtornos (ROEDER, 1999). É necessário salientar a atuação e
contribuição do profissional junto à equipe de saúde.
14

3. HIPÓTESE

Acredita-se que estratégias para a promoção da saúde e a prevenção de


doenças sejam a principal atribuição do profissional de Educação Física no âmbito
da saúde, estando relacionada das práticas desenvolvidas pelo mesmo
proporcionando uma melhor qualidade de vida, melhora do humor e da autoestima,
além de contribuir nos planos terapêuticos singulares.
O PEF atua na área da saúde, procurando evitar o adoecimento através de
atividades que busquem promover saúde e prevenir doenças. O profissional de
Educação Física trabalha na saúde e não para a saúde, procura ir para além do
paciente, tentando atender toda a comunidade antes que haja adoecimento adquire
assim uma comunidade com um menor índice de doenças e maior qualidade de
vida.
Segundo a Revista Educação Física do Conselho Federal de Educação
Física-CONFEF destaca que em 2006 o sistema único de Saúde (SUS) incluiu em
seus serviços as práticas integrativas complementares ao tratamento em saúde
(PICS), visando o crescimento de agravos relativos à saúde procurando estimulara a
prevenção de doenças.
De acordo com o MINISTÉRIO DA SAÚDE (2013//2019) As Práticas
Integrativas e Complementares (PICS) são tratamentos baseados em
conhecimentos tradicionais utilizando recursos terapêuticos integrado medicina
efetivando seus benefícios como a cura doenças, podendo ser depressão,
hipertensão dentre outras.
Tendo como exemplo os centros de atenção psicossocial- CAPS um estudo
realizado por Wachs (2008) evidencia que as atividades do centro devem ir para
além dos muros da instituição para que ocorra a reinserção do individuo e a
promoção da saúde, destaca como exemplo o futebol, que pode ser usado como
uma ferramenta terapêutica, podendo ser uma prática comum na sociedade a qual o
mesmo estar inserido, dessa forma estará potencializando as práticas presente na
comunidade.
Desta forma acredita-se que o profissional de Educação Física tenha a
capacidade de desenvolver atividades ir para além do espaço no qual o mesmo
trabalha, podendo promover saúde, prevenir doenças, além de desenvolver a
interação social.
15

4. OBJETIVOS

4.1. Objetivos gerais


Identificar as possíveis contribuições do profissional de Educação Física no contexto
da Saúde Mental.

4.2. Objetivos específicos

- Identificar as práticas a serem desenvolvidas no contexto da Saúde mental;

- Citar a relevância do profissional de educação física junto à equipe Saúde;

- Compreender o papel do profissional em possíveis estratégias de promoção da


saúde e prevenção de doenças.

- Compreender a necessidade do profissional de Educação Física no âmbito da


Saúde Mental;

-Identificar novas possibilidades de intervenção para o profissional de Educação


Física no contexto da Saúde Mental.
16

5. CAPITULO 1

5.1. História da Saúde Coletiva no Brasil

Por volta de 1500 a saúde no Brasil era controlada através dos recursos da
terra por meio de plantas medicinais. Com a vinda da família real para o Brasil, m
1808, o governo viu a necessidade de reorganizar os espaços públicos, visando um
controle sanitário (POLIGNANO, 2005).
A ausência de um saneamento deixou o Brasil vulnerável às epidemias, Rio
de Janeiro, por exemplo, foi alvo de varias epidemias como varíola, malária, febre
amarela, peste bubônica, gerando diversos agravos a saúde coletiva. A partir dessa
serie de acontecimentos o Presidente da época Rodrigues Alves nomeou Oswaldo
Cruz Diretor do Departamento Federal de Saúde Pública, com objetivo de erradicar
a Febre-Amarela no Rio de janeiro e por esse motivo foi considerado o percussor da
saúde publica no país (POLIGNANO, 2005, p.4)
A partir dai Oswaldo Cruz deu inicio ao movimento sanitário que ficou
conhecido como modelo campanhista que visava combater as epidemias
desenvolvidas na cidade, por meio de vacinação obrigatória, desinfecção de
espaços domiciliares e públicos, atingindo principalmente a classe mais pobre
(MATTA; MOROSINI, 2009).
Diante da serie de revoltas populacional que ocorreram a partir das medidas
adotadas, Oswaldo Cruz decidiu tornar a vacina obrigatória para todos da republica
que buscava erradicar a varíola, ciente da resistência da população que era pela
ignorância a cerca da vacina, Oswaldo organizou um “batalhão” militar que entrava
nas casas e obrigavam as pessoas a se vacinarem, gerando ao mesmo uma grande
repercussão negativa na imprensa, criação de motins que em 11 de novembro de
1904 ficou conhecida como “Revolta da Vacina” fazendo parte de um período de
sofrimento para toda a república (PORTO, 2019).
O sucessor de Oswaldo Cruz, Carlos Chagas reorganizou o Departamento
Nacional de Saúde em 1920, criando e introduzindo propagandas educacionais
sanitárias, deixando de ser de caráter militar como propunha Oswaldo Cruz,
inovando o modelo adotado por Oswaldo Cruz, e a partir dai a saúde no Brasil deu
um grande salto, expandindo o saneamento para outros estados, nesse mesmo
17

período foi criada a escola de enfermagem Anna Nery percussora da enfermagem


no país. (POLIGNANO, 2005, p.6).
Por conta das epidemias presentes no Brasil a economia agroexportadora
diminuiu e por conta disso foram elaboradas novas normas visando à organização
sanitária e sanear os espaços para a circulação das mercadorias ficando conhecido
com Sanitaríssimo Campanhista que predominou ate os anos 60(Andrade, et al,
2000).
Em 1o de outubro de 1969 foi criada a Superintendência de Campanhas de
Saúde Pública- SUCAM, estruturada através das campanhas sanitárias, tem como
principal objetivo a erradicação da febre-amarela no campo, pois não adiantava
erradicar apenas nas zonas urbanas, além de fornecer a manutenção dos espaços
urbanos de riscos para que a doença pudesse voltar. POLIGNANO, 2005, p.6;
COSTA, 2011).
Outro marco importante na história da saúde Coletiva foi à criação da Lei Elói
Chaves de 14 de janeiro de 1923, n° n°. 4.682, pois por intermédio dela que ocorreu
a criação previdência social brasileira, criando-se as Caixas de aposentadorias e
pensão (CAPs) que inicialmente eram apenas para os ferroviários (HOMCI, 2009),
posteriormente tornando-se seletiva quanto as pessoas que poderia usufruir do
beneficio, sendo aqueles que trabalhavam de carteira assinada e trabalho
regulamentado, o eu tornou a saúde um benefícios para os
previdenciários(ARAGÃO, 2013).
Em 1930 Getulio Vargas foi eleito presidente da república e a partir dai o
cenário trabalhista teve algumas mudanças, como a criação do ministério do
trabalho, das leis trabalhistas, da carteira de trabalho, garantia dos direitos
trabalhista e ainda substituiu as CAPs pelos institutos de aposentadoria e pensão-
IAP’s (SOUZA, 2005).
Apenas em 1960 criou-se a lei orgânica da previdência social que abrangia a
todos os trabalhadores, efetivando-se apenas em 1967 com a criação do Instituto
Nacional de Previdência Social- INPS, que mais tarde passou a ser Instituto
Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) (POLIGNANO,
2005, p.12).
Segundo o Ministério da Saúde (2017) o mesmo foi criado em 1953 foi criado
o através da Lei nº 1.920 que separou a saúde da educação passando a atender
somente a saúde. Pouco tempo depois se criou o departamento de epidemias
18

rurais em 1956, a fim de erradicar doenças daquela época (MINISTÉRIO DA


SAÚDE, 2017).
Após o regime militar foi elaborado a Constituição Federal e com ela criou-se
o Sistema Unificado e Decentralizado de Saúde- SUDS, como iniciativa do INAMPS
com objetivo de universalizar sua assistência, dando um ponta pé inicial para o
Sistema Único de Saúde- SUS (SOUZA, 2002).
Um grande marco na saúde coletiva foi o acontecimento da 8° Conferência
Nacional da Saúde, foi registrada por ser a primeira conferencia com a participação
popular contribuiu para o relatório final da Constituição Federal de 1988 e resultou
na criação do Sistema Único de Saúde- SUS (FIOCRUZ).
De acordo com Vasconcelos e Pasche (2006) no livro o Tratado se Saúde
coletiva caracterizam o Sistema Único de Saúde como um sistema organizacional
com o objetivo de efetivar a saúde no Brasil, baseando-se em princípios e diretrizes,
que atuam no âmbito municipal, estadual e federal, tendo a possibilidade de
parcerias com as redes privadas, deixando claro que o mesmo “É um sistema
complexo eu tem responsabilidade de articular e coordenar ações promocionais e de
prevenção com as de cura e reabilitação”.
LEI Nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 constituiu o Sistema Único de
Saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002), o Sistema Único de Saúde se divide em
princípios doutrinários que são: Universalidade, equidade e integralidade, após isso
vêm os princípios organizativos Regionalização e Hierarquização, Descentralização
e Comando Único e Participação Popular (MINISTERIO DA SAÚDE, 2013/2019).
O SUS tem como responsabilidade de ofertar serviços básicos a atenção a
saúde através das unidades básicas e nas unidades de Saúde da Família, com
prestação de vários serviços que vão desde os serviços ambulatoriais até serviços
de alta complexidade (VASCONCELOS E PASCHE, 2006).
Em 22 de fevereiro de 2006 o Ministério da Saúde por meio da portaria n°399,
cria o pacto pela saúde que consolida o SUS, e a partir dai se consolida as diretrizes
organizacionais do pacto pela saúde, vindo em primeiro lugar o Pacto pela vida que
é constituído por uma serie de compromissos sanitários como: Saúde do idoso,
câncer de mama, mortalidade infantil, promoção a saúde e atenção básica, em
segundo plano vêm o pacto de defesa do SUS e posteriormente o de Gestão do
SUS. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
19

Atualmente o Sistema Único de saúde contam com uma serie de programas


que visem melhorar a saúde nos pais como: Estratégia Saúde da Família um dos
mais consolidados programas que foi implementado com a finalidade de organizar a
atenção Primaria e reestruturar o sistema publico tendo como foco principal a
família. (ANDRADE, et al, 2006).

5.1.1. Atenção Primaria

De acordo com Matta e Morosini (2009) A Atenção Primaria surgiu por


consequência da Reforma Sanitária, evidenciando-se a partir mudança de
paradigma na saúde que antes consistia em um modelo biomédico centrado apenas
na doença transformando-se em um modelo biopsissocial de assistência e
organização em saúde tendo como noção a saúde Coletiva visando a subjetividade
do sujeito, entendendo o processo saúde-doença, priorizando equipes
multiprofissionais de modo intra e interinstitucionais (PEREIRA, 2011),tendo como
base os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), criando-se assim a Atenção
Básica de Saúde (ABS) para reorientar o modelo assistencial por meio do sistema
integrado e universal de atenção a saúde. (MATTA E MOROSINI, 2009)

Em 1920 Relatório de Dawson conhecido como um dos pioneiros da atenção


primária ressalta que a mesma surgiu como forma de organizar os outros serviços
de saúde de modo a determinar suas funções para com a comunidade, dividindo a
mesma em primaria.
A saúde de modo geral se caracteriza em varias modalidades, dentre elas
encontra-se a atenção primaria sendo conhecida como a “porta de entrada” no
sistema para todas as necessidades da população, oferecendo organizando
relacionando o uso de todos os recursos oferecidos a fim de melhorar e promover à
saúde do indivíduo, aproximar as pessoas, assim determinado às tarefas das outras
esferas da saúde (STARFIELD, 2002).
Vendo a organização dos níveis de atenção a saúde pode-se comparar a uma
pirâmide, na qual a atenção primaria, sendo responsável por problemas encontrados
mais comumente na saúde ficando encarregado por atender a maioria da população.
A atenção secundaria fica no meio da pirâmide e é caracterizada por se encarregar
daqueles problemas que necessitem de médicos mais especializados como os
20

hospitais. A terceira atenção fica no topo da pirâmide abrangendo aqueles casos


mais complexos STARFIELD (2002 apud VOURI, 1984).
A folha informativa de Atenção Básica a Saúde deixa explicito três pontos
importantes para a formação do serviço:
“1) A atenção primária à saúde está bem posicionada para poder responder
às rápidas mudanças econômicas, tecnológicas e demográficas, que
impactam a saúde e o bem-estar.
2) A atenção primária à saúde é uma forma altamente eficaz e eficiente de
agir sobre as principais causas de problemas de saúde e riscos ao bem-
estar, bem como de lidar com os desafios emergentes que ameaçam a
saúde e o bem-estar no futuro. Também tem se mostrado um investimento
custo-efetivo, pois há evidências de que a atenção primária de qualidade
reduz os gastos totais em saúde e melhora a eficiência, por exemplo,
reduzindo as internações hospitalares.
Uma atenção primária à saúde mais forte no mundo é essencial para
alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados
à saúde e à cobertura universal de saúde. Contribuirá para alcançar
objetivos que vão além do objetivo específico de saúde (ODS3), incluindo
aqueles ligados à pobreza, fome, educação, igualdade de gênero, água
potável e saneamento, trabalho e crescimento econômico, redução da
desigualdade e ação climática (OPAS: BRASIL, 2019)

De acordo com as descrições da Declaração de Alma Ata de 1978 de acordo


com todas suas considerações sobre a atenção primaria deixa claro que a mesma é
o principio para todos os sistemas de saúde do mundo.
No dia 28 DE MARÇO DE 2006 é aprovada a portaria Nº 648/GM que:
“Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de
diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para o Programa
Saúde da Família (PSF) e o Programa Agentes Comunitários de Saúde
(PACS).” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
O capitulo II da Portaria Nº 648/GM DE 28 DE MARÇO DE 2006 diz respeito à
Estratégia Saúde da Família (ESF) que baseado nos princípios do Sistema Único de
Saúde busca reorganizar a Atenção Básica, tendo princípios para além da atenção
básica. A ESF conta com uma equipe multidisciplinar, contando com no mínimo
Medico, Enfermeiro, Técnico em Enfermagem e Agente Comunitário de Saúde.
Com a criação da portaria GM Nº 154, DE 24 DE JANEIRO DE 2008 que cria
os Núcleos de Apoio a Família a Saúde Mental ganha espaço na Atenção Primária
(MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, 2008).
De acordo com o Ministério da Saúde no documento “Saúde Mental e
Atenção Básica o vínculo e o diálogo necessários” afirma que muitos são os casos
de pessoas com problemas mentais que a equipe de Atenção Básica se depara,
tendo em vista que a atenção primária na maioria dos casos não consegue suprir a
21

necessidade do paciente, nesse caso é preciso tomar medidas para expandir a


Atenção Básica com diretrizes que possibilitem que outras estruturas da saúde faça
parte da mesma.
É valido mencionar o apoio matricial da atenção primaria que consiste em
modelo que proporciona a interação entre duas equipes distintas proporcionando a
construção de intervenções pedagógico-terapêutica e garantindo a comunicação
entre a mesma, indo para além do processo saúde doença.
De acordo com Campos e Domitti (2007, p. 400) a relação entre as duas
equipes trata-se de uma metodologia que visa complementar os sistemas garantindo
suporte especializado à equipe e aos profissionais da atenção saúde da população,
garantindo a construção de projetos terapêuticos integrados por meio da interação
entre as equipes.
Ressalta-se o vinculo que os profissionais da Atenção Básica possuem como
os pacientes, pois se sabe que a comunidade é o principal foco da atenção, e é
através desse vinculo que esses profissionais tendem a ter mais acesso à vida dos
pacientes atuando como um intermediador da saúde, possibilitando a identificação
de pacientes com doenças mentais remanejando-o adequadamente para a atenção
segundaria, de forma mais especifica para os Centros de Atenção Psicossocial
(CAPS) (WENCESLAU; ORTEGA, 2015).
A atenção primária é conhecida por suas realizações de suas propostas de
intervenções dentre estas, intervenções voltadas para saúde mental dentro da
atenção podendo ser realizado por qualquer profissional da equipe com objetivo
principal de promover saúde e prevenir doenças de modo especial na saúde mental
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).
O processo de desinstitucionalização veio a partir da reforma psiquiátrica no
Brasil tendo como principal objetivo o fim dos manicômios no Brasil, para que as
pessoas pudessem voltar ao seu convívio familiar, tendo contato com espaços
sociais, fazendo para a construção de vínculos através de sua inserção no âmbito
comunitário quebrando o paradigma invalidez da pessoa com transtorno
(ARAÚJO,et al, 2012).
Segundo Furtado, et al (2017) o processo de desinstitucionalição envolve
outros serviços da saúde, promovendo uma articulação entre a saúde mental e a
atenção básica, podendo “além disso, supõe uma ação Intersetorial, envolvendo
22

outras instituições e políticas públicas que extrapolam as redes de saúde”, o que


possibilita a articulação entre os profissionais da saúde.
Tendo como objetivo da atenção primária a promoção da saúde, prevenção
de doenças, criação de vínculos é valido ressaltar a participação do profissional de
Educação Física que atua junto à equipe multiprofissional como cita na resolução
CONFEF nº 229/2012, Art. 4º descreve que:
“Cabe ao Profissional de Educação Física atuar e contribuir de forma efetiva
para a qualidade do trabalho em equipe multiprofissional, em conformidade
com o Código de Ética Profissional e sem renúncia à autonomia técnico-
científica.”

De acordo com Coutinho (2011) o profissional de Educação Física com a


realização de suas práticas é de grande valia para a população podendo
proporcionar saúde e prevenir doenças.
Enfatiza-se o valor da atenção primária para o desenvolvimento da saúde no
país, salientando a sua necessidade para a comunidade sendo considerado o
primeiro contato da população na área da saúde, através do desenvolvimento de
práticas de saúde, realização de intervenções, criação de vínculos proporcionando
uma melhor qualidade de vida.

5.2. Um breve histórico da Saúde Mental

Até a era cristã a loucura era vista por meio de três perspectivas que passam
por diferentes épocas ao longo da história: a primeira está atrelada na ideia do
mitológico-religioso na percepção Homero destacando-se a intervenção dos Deuses,
a segunda perspectiva é a de Eurípedes com sua visão de loucura no âmbito
passional ou psicológico que está diretamente relacionado aos conflitos passionais
do homem. Por fim, a visão de Hipócrates que acredita que a loucura esteja
relacionada a disfunções somáticas, ou seja, a enfermidades (RAMMINGER, 2002).
Na Percepção de Figueiredo, et al (2014) na Idade Média a ideia de loucura
era vista como domínio do diabo, que poderia ser invocado de diferentes modos,
podendo ser feito por atitude da própria pessoa ou a pedido de bruxas e essas
possessões poderiam ocorrer em diferentes possibilidades.
Com o passar dos séculos a percepção de loucura como algo diabólico foi
desmistificado e a ideia de Hipócrates relacionado ao adoecimento, assim o delírio e
23

as perturbações intelectuais passaram a serem as principais causas para o


diagnostico da loucura (RAMMINGER, 2002, p.112).
No território Europeu foram criadas as primeiras instituições para abrigar os
loucos, essa instituição não abrigava apenas os loucos, mas também mendigos,
pessoas portadoras de outras doenças dentre outros que acometiam a desordem da
sociedade. Mais tarde em Paris foi criado o hospital geral, que não tinha um caráter
humanista, mas sim representava um papel de policial relacionado à justiça, com o
intuito de correção das pessoas que acometiam a sociedade (MILLAN e VALENTE,
2008).
Ainda seguido à percepção de Millan e Valente (2008) em 1792 foi fundado o
primeiro hospício em York, para que fosse prestado tratamento aos mesmos de
forma religiosa e humanitária aos doentes, baseando-se em preceitos religiosos,
levando a Loucura para o âmbito da medicina.
Seguindo a aceitação da loucura como uma patologia, foi criada o Tratado
Médico-Filosófico sobre a Alienação Mental, ou Traité, de Pinel, publicado em 1800
em Paris, tendo mais tarde um impacto importante na saúde no Brasil (ALMEIDA,
2008).
Posteriormente Roudinesco (1998, p. 478) cita no Dicionário de Psicanálise
que existem três formas de observar o efeito da loucura, sendo elas:
“A primeira consiste em introduzi-la no quadro nosológico construído pelo
saber psiquiátrico e considerá-la uma psicose* (paranóia*, esquizofrenia*,
psicose maníaco-depressiva*); a segunda visa elaborar uma antropologia*
de suas diferentes manifestações de acordo com as culturas
(etnopsiquiatria, etnopsicanálise*, sociologia, psiquiatria transcultural); a
terceira, finalmente, propõe abordar a questão pelo ângulo de uma escuta
transferencial da fala, do desejo* ou da vivência do louco (psiquiatria
dinâmica*, análise existencial*, fenomenologia, psicanálise*,
antipsiquiatria*)”.

O número de manicômios destinados ao tratamento de pessoas com


doenças mentais ganhou uma maior proporção a partir do século XX, e com ao
passar dos anos ia apenas se tornando mais repressivo, deixando as pessoas
internadas em situações precárias com péssimas condições de vida, com um
grande índice de violência eu acabava acometendo ainda mais o problema do
individuo (REIS E MATTA, 2015).
24

No Brasil o primeiro hospício chamava-se Dom Pedro II, inaugurado em 08 de


dezembro de 1852 como uma tentativa de mudar a realidade dos loucos que antes
eram “atendidos” nas Santas Casas de Misericórdia ou ficavam vagando pelas ruas
(GONÇALVES, 2014).
Anos depois mais precisamente em 1890 o hospício Pedro II foi desvinculado
das santas casas de misericórdia, chamando-se Hospício Nacional de Alienados
caracterizada por ser a primeira instituição publica, continuando com sua visão que o
isolamento e a violência seriam a cura da doença (FONTE, 2012).
Século XX novos pensamentos a cerca da loucura surgindo de forma mais
preventiva, por meio de novas diretrizes capazes de nortear as ideias dos
psiquiatras brasileiros, refletindo em suas ações, ampliando-se os campos de
atuação (ENGEL, 2001).
Em 1923 no Rio de Janeiro foi fundada e liderada por Gustavo Riedel a
primeira liga Brasileira de higiene mental, tendo como característica o movimento de
higiene mental, tempos depois a liga seguiu outra visão que seria a de normalização
dos indivíduos para que assim as pessoas com doenças mentais fossem
controladas (SEIXAS, et al, 2009).
Na década de 1970 debates a cerca da carência de humanização no
tratamento da doença mental, constatando a falta de humanização nos hospícios
brasileiros, sensibilizando outros setores da sociedade brasileira impulsionando a
redemocratização do país, deixando de lado, abrindo portas para discussão dos
princípios do tratamento dos doentes mentais até então, sendo um dos grandes
estopins para o inicio da luta Antimanicomial (FONTE, 2012).
Durante o século XX foi fundado o Hospital Colônia de Barbacena, Minas
Gerais, apesar das discussões a cerca do tratamento humanizado dos doentes
mentais, o hospital era o verdadeiro significado da desumanização para com os
pacientes (ZIZLER, 2018).
Os internados variavam entre homens, mulheres e crianças que viveram
momentos de horror, com maus tratos, os pacientes passavam fome chegando até a
comer ratos, cede fazendo com que os mesmos se obrigassem a beber urina ou
esgoto, passavam frio, dormiam sobre a grama, viviam a base do tratamento de
choque o que provocava a morte (ARBEX, 2013)
Arbex em seu livro “O holocausto brasileiro” (2013, p.23), afirma ainda que o
hospital abrigava pessoas sem nenhum tipo de doença mental desde que elas que
25

perturbassem a ordem publica, fossem homossexuais, mendigos, negros, pobres,


dependentes químicos, assim o hospital vivia em época de superlotação e para que
a quantidade de doentes diminuísse cerca de dezesseis pessoas por dia morriam
gerando lucro para o hospital, pois na maioria das vezes os corpos eram vendidos
para a realização de estudos em faculdades do país sem nenhum tipo de
autorização ou questionamento.
Em décadas de funcionamento cerca de sessenta mil pessoas perderam a
vida, restando cerca de apenas 200 sobreviventes dessa era precariedade e
desumanização na saúde brasileira (ARBEX,2013,p.24).

5.2.1 Reforma Psiquiátrica no Brasil

Durante muitos anos a Saúde Mental no Brasil foi baseada em um verdadeiro


descaso para com as pessoas com doenças mentais, vivendo em situações
precárias, tratados feitos animais, sem nenhuma condição de vida.

A metade da década de 1970 foi marcada pelo inicio da reforma psiquiátrica,


com o objetivo de interromper o padrão manicomial, melhorando a assistência
prestada a pessoa com transtorno de modo humanizado, acontecendo por meio de
movimentos passivos que não tiveram êxitos (SÁ, et al, 2005/2007)
De acordo com a literatura de Caldas e Nobre (2012, p.75) “O movimento da
reforma psiquiátrica no Brasil tem como estopim a crise da DINSAM – Divisão
Nacional de Saúde Mental –, órgão destinado a formular políticas de saúde.”
Com as baixas condições de trabalho para os funcionários e estagiários da
área, os mesmos começaram a fazer reclamações e em 1978 os mesmos se
reuniram em uma greve, que iam contra os princípios militares, reivindicando
aumento do salário, melhores condições de trabalho, condições de atendimentos
(CALDAS E NOBRE, 2012, p.75).
Segundo o apanhado de E Silva (2013) os movimentos foram realizados,
baseados no projeto de Lei Paulo Delgado, conseguindo então a aprovação de
outras leis para a desistitucionalização dos leitos, porém apenas depois da II
Conferência Nacional de Saúde Mental e a assinatura da Declaração de Caracas
assinatura da Declaração de Caracas na década de 90 que foram implantados os
primeiros serviços de atenção como: “primeiros CAPS, NAPS e Hospitais-dia, e as
primeiras normas para fiscalização e classificação dos hospitais psiquiátricos”, sem
muito êxito ate então.
26

A lei n° 10.216 de 2001 foi promulgada no começo do século XXI, tendo como
principio conduzindo assim um novo modelo assistencial em saúde mental,
conhecida como lei da Reforma Psiquiátrica ou da Saúde Mental (BRASIL,2005).
Muitos foram os motivos para a aprovação da Lei da reforma sanitária dentre
eles, o caso considerado responsável foi o “caso Damião Ximenes”, a partir do
acontecimento as pessoas abriram suas mentes para a garantia dos direitos
humanos para todos em especial aqueles em situação de vulnerabilidade.
Assim torna-se necessário conhecer o seu caso, a fim de entender sua
grande relevância para a Saúde Mental. Infelizmente, é possível perceber que
apenas após uma era de grande sofrimento, descasos, humilhação, falta de
humanidade para a população com doenças mentais, para que mudanças
acontecessem.
Damião Ximenes Lopes nasceu no município de Santa Quitéria interior do
estado do ceara no dia 25 de junho de 1968, anos depois o mesmo mudou-se para a
Cidade de Varjota- CE, onde viveu grande parte de sua vida, onde aos 17 anos o
mesmo apresentou uma doença mental que seria foi o motivo para que o mesmo
fosse internado três vezes no hospital psiquiátrico, todos com um curto espaço de
tempo (PONTES, 2015, p.45).
No dia 1° de outubro de 1999 sua mãe Albertina Viana decide interna-lo no
hospital psiquiátrico da região chamado Casa de Repouso Guararapes no município
de Sobral-CE, sendo admitido no hospital por meio do Sistema Único de Saúde-
SUS, sem apresentar qualquer tipo de lesão corporal (LIMA; PONTES, 2015, p.5).
Seguindo ainda a literatura de Lima e Pontes (2015, p.5) quatro dias após
seu internamento Albertina Viana mãe de Damião chegou até ao hospital para visita-
lo, que foi barrada pelos funcionários para que a visita não acontecesse. De acordo
com os fatos mencionados no (Caso n° 12.237) enviados a Comissão
Interamericana de Direitos Humanos, Damião veio ao encontro da mãe, com varias
marcas de tortura, com nariz sangrado, cabeça e olhos com edemas, roupas
rasgadas e mesmo quase sem voz conseguiu pedir por “socorro”, assim a mesma
pediu que o desamarrassem e dessem banho no mesmo o que foi negado pelos
funcionários e após pediu por ajuda e o medico que estava de plantão passou
alguns medicamentos ao mesmo.
Ao presenciar o descaso no atendimento ao seu filho Albertina Viana volta a
sua cidade com o intuito de comunicar aos seus familiares, o verdadeiro tipo de
27

tratamento do hospital, mas foi tarde demais, pois ao chegar a sua casa recebe a
ligação do hospital onde sua presença foi solicitada com urgência, pois Damião
havia vindo a óbito sem nenhum tipo de atendimento (LIMA; PONTES, 2015).
Após sua morte a família pediu para que fosse feita a necropsia para saberem
as reais causas da morte e em 4 de outubro de 1999, o Instituto Medico legal Dr.
Walter Porto, realizou a analise do cadáver de Damião Ximenes, onde constatou-se
no laudo que a causa da morte foi indeterminada. (CORTE INTERAMERICANA DE
DIREITOS HUMANOS, 2006, p. 33).
Após muitas denúncias na delegacia policial da 7a Região de Sobral-Ce, que
foi sem êxito, sendo assim Irene Ximenes irmã da vitima decidiu fazer a denuncia
Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados
Americanos (OEA) no dia 22 de novembro de 1999 sendo analisada e aceita
(PONTES, 2015).
O caso Damião Ximenes no dia 04 de julho de 2016 tornou-se o primeiro caso
a ser condenado na Corte Internacional dos Direitos Humanos, na esfera dos
direitos de pessoas com transtornos mentais e o primeiro a resultar na condenação
do Brasil na Corte (BONINI, et al, 2017).
No mesmo ano da aprovação da lei o hospital de repouso Guararapes foi
desativado dando inicio a uma nova era da Saúde Mental, alterando os modelos de
tratamentos mentais já existentes dando prioridades para os Centros de Atenção
Psicossocial- CAPS passando a funcionar de forma integrada mantendo o paciente
no conforto de sua família e interagindo com a sociedade (BONINI, et al, 2017, p.4).
A nova rede de atenção não parou nos CAPS, programas foram criados para
o paciente fosse atendido do melhor modo possível como, por exemplo, o “programa
de volta para casa” das residências terapêuticas, leitos de hospitais gerais e
psiquiátricos foram reservados para os mesmos, conta ainda com hospitais-dia,
clinicas e ambulatórios ampliados. (CORREIA; ROSATO, 2011).
Há alguns anos atrás segundo Sá, et al (2005/2007, p 28) o município de
sobral é reconhecido como referência na Saúde mental reconhecido nacionalmente
chegando a ganhar vários prêmios nos anos de 2001, 2003, 2005 e 2006 recebendo
o prêmio “Saúde É Vital, (Categoria Saúde Mental) promovido pela Editora Abril”.
Dessa forma é preciso ressaltar a relevância da reforma psiquiátrica para a
saúde mental no Brasil, deixando claro o destaque e a contribuição do caso Damião
Ximenes para a reforma, que infelizmente teve que ocorrer de um modo dramático
28

para que as pessoas pudessem mudar sua visão de pessoas com transtornos
mentais, percebendo a necessidade de humanização para com os mesmos.

5.3. Possibilidades de inserção da educação física na saúde


Com a chegada dos colonos acredita-se que a Educação Física tenha se
desenvolvido por meio do desenvolvimento de atividades que visassem à disciplina
corporal e o lazer, que com o passar do tempo tornou-se uma profissão por meio do
decreto n. 1212 no ano de 1939 por meio da criação da Escola Nacional de
Educação Física e Desportos e da Universidade do Brasil passando a ser disciplina
obrigatória na educação básica (SILVA; et al, 2017).

Silva; et al (2017) afirma que com a competência de interferir na saúde


coletiva proporcionando a promoção da saúde, prevenção de doenças podendo
ocorrer através da educação, através da organização de eventos esportivos, lazer
desenvolvendo importantes atividades na saúde.
De acordo com a CONFEF (Conselho Federal de Educação Física) na
RESOLUÇÃO CONFEF nº 046/2002 que fala das intervenções do profissional de
educação Física, suas competências e campos de atuação as práticas de
especialidade do mesmo como: ioga, atividades expressivas e rítmicas, lutas, jogos
e outras atividades corporais visam o bem-estar do individuo, prevenção de
doenças, possibilidades de interação social, promoção da saúde, portanto identifica-
se a importância desse profissional na saúde.
Segundo Oliveira, et al (2011) a atividade física quando orientada adequada
mente por um profissional capacitado conseguindo organizar a atividade, orientar e
avaliar os indivíduos pode trazer diversos benefícios ao individuo redução de
doenças crônicas bem com de seus agravos, além de ajudar no bem estar
psicológico, alivio de estresse, aumento da auto estima dentre outros benefícios.
Seguindo a linha da RESOLUÇÃO CONFEF nº 046/2002 item III as
responsabilidades sociais no exercício profissional afirma que as intervenções
realizadas pelo profissional podem acontecer em todas as faixas etárias lembrando-
se das diferenças de condições de cada individuo, podendo ocorrer de modo
individualizado ou através da equipe multiprofissional.
29

O conselho nacional de Educação RESOLUÇÃO N° 7, DE 31 DE MARÇO DE


2004 Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em
Educação Física, em nível superior de graduação plena define em seu Art.3°;
“Educação Física é uma área de conhecimento e de intervenção
acadêmico-profissional que tem como objeto de estudo e de aplicação o
movimento humano, com foco nas diferentes formas e modalidades do
exercício físico, da ginástica, do jogo, do esporte, da luta/arte marcial, da
dança, nas perspectivas da prevenção de problemas de agravo da saúde,
promoção, proteção e reabilitação da saúde, da formação cultural, da
educação e da reeducação motora, do rendimento físico-esportivo, do lazer,
da gestão de empreendimentos relacionados às atividades físicas,
recreativas e esportivas, além de outros campos que oportunizem ou
venham a oportunizar a prática de atividades físicas, recreativas e
esportivas”.
Portaria Ministerial nº 687/GM, de 30 de março de 2006 a politica nacional de
promoção a saúde coloca como uma das prioridades para a promoção da saúde as
práticas corporais e atividade física, através disso fica a cargo do PEF desenvolver
ações que além de melhorar a qualidade de vida melhore também os espaços
públicos, levando em conta a cultura local aliando os jogos, danças dentre outras
práticas.
Em 02 de março de 2012 através da resolução nº 229/2012 o Conselho
Federal de Educação Física, art. 1° define a saúde coletiva como áreas especifica
do profissional de Educação Física, visando no art.3° o desenvolvimento de
estratégias de promoção da saúde, prevenção de doenças eu sejam voltadas para
toda a comunidade e/ou para grupos vulneráveis, contribuindo assim com a equipe
multiprofissional.
Ainda se considera um desafio a Educação Física na saúde coletiva, “se por
um lado, a “atividade física” ganha lugar na SC, esta, mesmo que de forma
disfarçada, mantém o espaço dos referenciais biomédicos e normalizadores”, apesar
disso, discussões a cerca do assunto vem sendo crescente para aqueles
profissionais eu atuam no campo da Saúde Coletiva, pois se acredita que a inserção
da Educação Física no Sistema Único de Saúde seja recente se comparado a outras
categorias (NOGUEIRA; ROSI, 2017).
Poucos meses depois o Conselho Federal de Educação física especifica
ainda mais o papel do profissional de Educação Física, agora sendo a saúde mental
30

sua especialidade, atuando de forma qualificada com a equipe multiprofissional


destacando no seu art. 3 a atuação na Atenção Psicossocial, atendendo pessoas
com transtornos mentais, tendo como princípios o Sistema Único de Saúde, a
reforma psiquiátrica e as diretrizes da Política Nacional de Saúde Mental (CONFEF,
2012).
“Art. 4º - No contexto das políticas públicas e privadas de Saúde e de
Educação, assim como nos programas, ações e estratégias de prevenção
de doenças, promoção, manutenção e recuperação da saúde;
desenvolvidas na área de Saúde Mental, incluindo a Atenção Psicossocial,
voltadas para o indivíduo e para a comunidade como um todo e/ou para
grupos vulneráveis, compete aos Profissionais de Educação Física:
I - desenvolver ações de orientação junto à população, sobre os benefícios
de estilos de vida saudáveis, objetivando aumentar os níveis populacionais
de atividade física e reduzir fatores de risco para doenças não
transmissíveis; III - analisar as condições de saúde mental dos indivíduos e
da coletividade, promovendo a autonomia e inserção social dos usuários, a
proteção e preservação de seus direitos como cidadãos; a atuação
interdisciplinar e psicossocial nas redes de atenção de saúde mental; a
intensificação de cuidado em situações de crise e de vulnerabilidade social
[...]
“IV - estimular a inclusão de pessoas com transtornos mentais e
comportamentais em projetos de atividades físicas e de exercícios físicos;”(
CONFEF,2012).
A atuação do profissional de Educação Física não é obrigatória, dependendo
da gestão, considerando-se necessária a atuação do âmbito e para o
desenvolvimento de projetos terapêuticos singulares, possibilitando com a inclusão
de novas profissões possibilitando a variação de metodologias de intervenção
(FURTADO, et al, 2018).
O desenvolvimento de atividades que trabalhem a cultura corporal, oficinas de
dança, práticas de desenvolvimento de expressões corporais, jogos e brincadeiras,
aplicação de práticas integrativas como meditação, ioga, massagem, vale destacar
que as práticas integrativas no Sistema Único de saúde ainda são recentes, podem
ser algumas práticas desenvolvidas pelo profissional de Educação Física na Saúde
Mental, principalmente nos Centros de Atenção Psicossocial (FURTADO, et al,
2018).
De acordo com Wachs (2008) as práticas propostas pelo o profissional de
Educação Física de modo especifico no CAPS não devem apenas “serem feitas”,
31

deve-se elaborar um protocolo relacionando às práticas a saúde mental atingindo a


integralidade e singularidade do individuo. No CAPS ainda encontram-se as Oficina
Expressivas que envolvem dança/música, expressões corporais, m que segundo o
autor se enquadram no trabalho do profissional de Educação Física, teatro, pintura
dentre outras práticas existentes na oficina (WACHS, 2008, p.62)
O Profissional de Educação Física tem muito a contribuir no âmbito da saúde
mental, pois cabe a ele proporcionar melhorias em diversos aspectos humanos, seja
psicológico, físico e social, beneficiando o público atendido e quem se relaciona com
ele (ARAUJO, 2017).
32

6. METODOLOGIA

O presente estudo trata-se de uma metodologia bibliográfica exploratória


tendo como base o levantamento de artigos a cerca das propostas da saúde coletiva
e das produções a inserção do profissional de educação física em artigos nas bases
de dados da scielo (A Scientific Electronic Library Online) e lilacs (Literatura Latino-
americana e do Caribe em Ciências da Saúde) buscando artigos que relacionem o
profissional de Educação Física no âmbito da saúde mental nos anos de 2000 a
2019.
A pesquisa poderá ser dividida em duas etapas, sendo a primeira a seleção
dos artigos que relacionem a Educação Física e saúde mental; tem como critério
artigos que discutem a inclusão do profissional no âmbito da saúde mental; Papel do
profissional de Educação Física na Saúde mental nos anos de 2000 a 2019. As
seleções dos artigos ocorreram através de um levantamento bibliográfico de artigos
em duas plataformas on-line diferentes, por meio de palavras chaves, sendo
Educação Física e Saúde Mental.
Após a seleção dos artigos, será feita uma leitura dos conteúdos a fim de
encontrar aqueles que mais se encaixem no presente tema. A partir da analise será
feita uma leitura assídua dos artigos para se possa organiza-los por categorias
tornando o trabalho mais organizado e compreensível, podendo ser dividida quanto
a inserção e quanto ao papel do profissional de Educação Física na Saúde Mental.
Na inserção do profissional de Educação Física na Saúde mental procura-se
abranger artigos que visem à forma como esse profissional poderá se inserir no
contexto, atuando junto à equipe de saúde. Quanto ao papel do mesmo no contexto,
procura-se por artigos eu visem entender quais os benefícios deste na área, como
ocorre as práticas, qual sua principal função no âmbito, de que forma o mesmo
contribui para a equipe de modo interdisciplinar.

6.1. Tipo de estudo

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que de acordo com Fonseca (2002) a


pesquisa bibliográfica trata-se de uma pesquisa cientifica que deve procurar
informações em estudos teóricos já publicados objetivando recolher informações que
sejam relacionadas ao tema estudado seja por meio de livros, artigos, sites obtendo
respostas para o problema.
33

Além de ser bibliográfica a mesma terá um caráter exploratório tendo como


finalidade aprofundar os conhecimentos prévios em assuntos pouco explorados,
promovendo o desenvolvimento de novas hipóteses, teorias que irão resultar em
uma nova pesquisa, tendo como objetivo a aprimorarão da ideia (GIL, 2002).

6.2. Coleta de dados

Os dados serão coletados a partir da base de dados da SciELO ( Scientific


Electronic Library Online) e Lilacs (Literatura Latino-americana e do Caribe em
Ciências da Saúde) através dos descritores Educação Física; Saúde Mental.
6.2.1. Amostra de alguns artigos encontrados na SciELO Scientific
Electronic Library Online)
Nome do Ano Tipo de estudo
Autor artigo

O trabalho
Roberto do
Pereira Furtado; professor
Marina da de
Costa Azevedo; educação 2018 Pesquisa Exploratória por
Ricardo Lira de física nos meio de coleta de dados
Rezende Neves; Caps de
Patrícia Goiânia:
Santiago Vieira identificand
o as
oficinas
terapêuticas

Entre a
composição
Luiz Alberto dos e a tarefa:
Santos Ferreira; estudo de
José Geraldo caso sobre
Soares Damico; a inserção 2017
Alex Branco Fraga da Pesquisa empírica
educação
física em
um serviço
de saúde
mental
Priscilla Pinto Costa Práticas
da Silva; corporais
Ana Raquel Mendes no Centro Estudo qualitativo
Patricia de Jesus de Atenção 2019
Costa Psicossocia
34

dos Santos;Emília l de Álcool e


Amélia Drogas: a
PintoCosta Rodrigues; percepção
Clara Maria Silvestre dos
Monteiro de Freitas usuários

Roberto
Pereira Furtado; O trabalho
Marina da do
Costa Azevedo; professor
Ricardo Lira de de
Rezende Neves; educação 2018 Pesquisa exploratória
Patrícia física nos
Santiago Vieira Caps de
Goiânia:
identificand
o as
oficinas
terapêuticas
A educação
Lígia Gizely dos física no
Santos Chaves Melo; âmbito do
Kleber Roberto da
tratamento 2014 -
Silva Gonçalves
de Oliveira; em saúde
José Vasconcelos- mental: um
Raposo esforço
coletivo e
integrado

A educação
Odilon José Roble; física na
saúde
Maria Inês Badaró
mental:
Moreira; Fernanda construindo
Baeza Scagliusi uma 2012 Coleta de dados qualitativa
formação na
perspectiva
interdisciplin
ar
35

A prática da
hidroginástic
a como
tratamento
José Luiz Lopes complement
Vieira; Mauro Porcu; ar para
Viviane Aparecida dos pacientes
2002 Ensaio Clinico
Santos Buzzo com
transtorno
de
ansiedade

6.2.2. Amostra de alguns dos artigos encontrados Lilacs (Literatura


Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde)

Autor Nome do artigo Ano Tipo de estudo

Priscilla Pinto
Costa da
Silva; Santos, Ana Práticas corporais
Raquel Mendes
no Centro de
dos
Santos; Patricia de Atenção
Jesus Costa dos Psicossocial de
Santos; Emília Álcool e Drogas: a
2019 Estudo
Amélia Pinto percepção dos
Costa qualitativo
usuários
Rodrigues; Clara
Maria Silvestre
Monteiro de
Freitas,
Jogos recreativos
Bruno Bordin para um grupo de
Pelazza; et al idosos: impactos Quanti-
sobre a saúde qualitativa e os
2019 instrumentos
mental e
cardiovascular de coleta de
dados

Roberto Pereira
Furtado; Marina O trabalho do
da Costa professor de
Azevedo; Ricardo educação física nos
36

Lira de Rezende Caps de Goiânia: 2018 Coleta de dados


Neves; Patrícia identificando as
Santiago Vieira. oficinas
terapêuticas

Alongamento?
Shalana Holanda Dinâmica? Chama
Varela; Braulio o professor de
Nogueira de
Educação Física! 2018 Sistematização
Oliveira.
Rediscutindo o de experiências
fazer da categoria
em um CAPS
Tatiane Motta da
Costa Silva;
Franciele Educação física e
Machado
saúde mental: Coleta de dados
Santos; Raquel
Cristina Braun atuação profissional por meio de um
Silva; Helter Luiz nos centros de 2017 questionário
da Rosa atenção
Oliveira; Phillip psicossocial
Vilanova
Ilha; Susane
Graup.
Antonio Diego Educação física,
Abreu de Paula; rede de atenção
Braulio Nogueira psicossocial e 2017 Estudo de caso
de Oliveira; de caráter descr
grupo de práticas
Samara Moura itivo
Barreto de Abreu. corporais: estudo
de caso.

6.3. Análise dos dados

Após a analise de dados será feita a partir do levantamento dos artigos e


leitura exploratória dos artigos, retirando as principais informações relacionadas ao
tema, realizando uma analise descritiva objetivando adquirir e ampliar os
conhecimentos, deixando a pesquisa clara e coesiva.

6.4. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Etapa Início Término


Levantamento bibliográfico 06/02/2020 30/02/2020
Coleta de dados 16/02/2020 06/04/2020
37

Analise dos dados 11/06/2020 24/08/2020


Redação final e defesa de TCC 23/10/2020 10/11/2020

7. ORÇAMENTO

QUANTIDAD VALOR VALOR


MATERIAL
E UNITÁRIO TOTAL

IMPRESSÕES 100 R$ 0,20 R$20,00

ENCADERNAÇÃO 03 R$ 2,00 R$ 6,00


TOTAL R$ 56,00

____________________________________________________________

ASSINATURA
38

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