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| DOMINGO, 04 DE MAIO DE 2008 |

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DJ S EXPORTAÇÃO
Desde que a música eletrônica invadiu as pistas de dança do planeta, o DJ deixou de ser
apenas um mero “discotecário”: alçado à categoria de artista, hoje ele é uma figura essencial
no cenário da e-music. Com disc-jóqueis notáveis, há algum tempo o Brasil vem “exportando”
talentos para clubes noturnos e festas de todo o mundo. Alagoas, claro, não está fora dessa
história. Nesta edição, a Gazeta mo
mostra
stra o que nossos DJs andam aprontando por aí. Confira

| CLEVIS OLIVEIRA vimento” da cultura eletrônica – no fi- A primeira edição teve um público míni- percebi que levava jeito para as batidas meu espaço”, diz ele, que acumula apre-
Repórter nal dos anos 80 e início dos 90 a cida- mo. Acabei ficando endividando e voltei eletrônicas. O Cláudio foi uma das pes- sentações em clubes de São Paulo (D-Ed-
de se rendia à “novidade” dos videocli- a trabalhar como vendedor de loja. Per- soas que apostaram em mim. Daí come- ge, A Lôca e Lov.e), de Paris e de todo o
Eles estão na pista há mais de cinco dé- pes e do technopop dançante de gru- sisti e, no ano seguinte, deu tudo certo. cei a pesquisar, a querer entender me- Nordeste com seu set de electro e hou-
cadas, desde a explosão da cultura no- pos como New Order, Depeche Mode, Tivemos um público de mais de 1.200 lhor o universo do DJ. Lembro também se. “Nada é fácil, mas não desisto e con-
turna no Brasil. Da febre da “era disco” Pet Shop Boys e Kraftwerk. “Por aqui ha- pessoas”, lembra. que antes disso percorria os sebos em tinuo querendo encontrar o meu espa-
às discotecas seventies com luz negra, via casas como a boate Trupi Zupi e o Off A essa altura Maceió já experimenta- busca de vinis legais como o da Boate ço, dentro e fora de Alagoas”, observa o
globo espelhado e gelo seco, passando Public Bar, onde a gente se reunia para va alguma efervescência no segmento Papagaios, em São Paulo, e também o do DJ, que desde o começo do ano passou a
pela proliferação das raves nos anos 90, ouvir música e dançar. Nessa época eu da e-music, movimento que se consoli- Studio 54. De certa maneira, esse gosto integrar o cast da HUG Management &
inúmeras transformações sociais e cul- já estava circulando na noite e produzi dou dois anos depois, com o surgimen- [pela eletrônica] já era latente”. Agency, empresa que agencia um sele-
turais decorreram sem que essa figura uma festa na Off chamada O Futuro De- to do primeiro núcleo de música eletrô- Depois de iniciar sua trajetória no to grupo de DJs alagoanos.
tivesse seu posto ameaçado: não, o DJ cadente. Fiz um ‘set’ para tocar e seleci- nica do Norte/Nordeste, o Pragatecno, drum’n’bass, Dany “descobriu” a hou- Também no elenco da HUG está a DJ
nunca saiu de cena. E se hoje ele “apare- onei videoclipes em VHS para mostrar, liderado pelo jornalista alagoano Cláu- se music, gênero que projetou seu tra- Lyah, que mesmo com pouco tempo no
ce” mais, é porque a turma que ganha a já que na época não tínhamos um canal dio Manoel, o DJ Angelis Sanctus. Ao balho nas pistas alagoanas e na cena comando das pick-ups já conta com duas
vida com um par de toca-discos aperfei- aberto com esse tipo de programação”, se espalhar por cidades como Fortaleza, eletrônica de capitais como Recife, Sal- performances fora de Alagoas – a últi-
çoou tanto sua relação com softwares e lembra Adriano Suares, 34, o DJ Bacana. São Luiz e João Pessoa, o “Praga” forta- vador, Aracaju, João Pessoa, Natal, São ma foi na quinta-feira passada, no Club
equipamentos como laptop e sintetiza- Foi nesse período que Bacana passou leceu a cultura experimental da músi- Paulo e Brasília – inserção que se deu, NOX, do Recife, um dos mais importan-
dores a ponto de conseguir “materiali- a ter contato com a atividade que no fu- ca eletrônica na região. Pioneiro no gê- em parte, através do Praga. “Estou na tes espaços da e-music na região. “To-
zar” as mais etéreas sonoridades. turo viria a se transformar na sua profis- nero, o núcleo, hoje sediado em Salva- batalha há oito anos, sempre pesqui- car na NOX foi um presente, principal-
Abreviação para a palavra disc-jó- são, embora só tenha assumido (profis- dor, também foi o responsável pelo lan- sando e procurando ter um set que con- mente por ser um clube que contrata os
quei, há muito o termo DJ deixou de ser sionalmente) as pick-ups em 2003. “Meu çamento da primeira coletânea de mú- siga agradar principalmente quem gos- melhores DJs do Brasil. Mas não tiro os
usado (somente) como sinônimo de dis- interesse pela eletrônica surgiu na dé- sica eletrônica do País, o álbum duplo ta de house”. O sucesso é resultado do meus pés do chão. Comecei a discotecar
cotecário. Cada vez mais requisitados, cada de 90, quando descobri as famo- Sombinário#1, editado pelo selo cario- carisma do DJ? “Nem sempre. Claro que em maio do ano passado... Tenho muito
eles agora são as estrelas de clubes no- sas festas da ValDemente, no Rio, e tam- ca Utter Records. cada um tem uma maneira de falar com o que aprender”, diz ela.
turnos e festas badaladas e trabalham bém os grandes clubes de São Paulo. Foi o público, de trocar energia, mas a mú- Para saber como os DJs alagoanos
nas mais diversas áreas, a exemplo da lá que a ‘cena’ começou a ser formata- PRAGATECNO: A “ISCA” sica é fundamental para a pista perma- conseguiram ultrapassar fronteiras (e
criação de trilhas para TV, cinema, pe- da. Na época, eu freqüentava muito os Esse pioneirismo (imprescindível) do necer cheia durante a apresentação”, obstáculos) e chegar às pistas do Brasil
ças publicitárias, sites e desfiles de mo- after-hours. Em 1996 decidi voltar para Pragatecno funcionou como uma espé- avalia ela. e do mundo, a Gazeta revisitou a traje-
da. E isso não apenas no Brasil: talento- Maceió porque estava cansado da cor- cie de “isca” para outros jovens DJs, que Bacana, que inclusive integra o Pra- tória da “cultura da música eletrônica”
sos e altamente “musicais”, nossos DJs reria, do estresse e do concreto de São tiveram a chance de aprender a discote- gatecno, reafirma a importância do nú- em Maceió. Entre temas como profissi-
tomaram de assalto o cenário internaci- Paulo. Meu intuito era ser promoter, or- car nas oficinas promovidas pelo núcleo cleo para a consolidação da cena no seg- onalização, preconceito, mercado e cri-
onal e conquistaram as pistas de metró- ganizar festas”, diz o DJ e idealizador da – nessa turma estavam a DJ Dany An- mento da eletrônica em Maceió – afinal ação de agências e coletivos, nesta edi-
poles como Berlim, Londres, Paris e No- Substation, festa de música eletrônica drade (2000) e o DJ Bacana (2003). Dany ele só assumiu as pick-ups em definitivo ção você confere o que os nossos disc-jó-
va York. Em Alagoas, claro, não foi dife- que virou uma espécie de “tradição” na conta que antes mesmo de decidir se- após participar da oficina do Praga, em queis pensam. De quebra, trazemos ain-
rente. véspera de Natal em Maceió e que é re- guir a carreira já tinha um grande in- 2003. “Meus amigos falavam que eu le- da uma entrevista com o idealizador e
Ainda que em descompasso com a ce- alizada há mais de dez anos na capital. teresse pela música eletrônica. “Eu já vava jeito, mas foi durante a oficina que principal mentor do Pragatecno, o jor-
na das grandes capitais brasileiras, Ma- “A idéia era fazer uma festa voltada pa- freqüentava as festas que rolavam na decidi cair em campo. Não que quisesse nalista e pesquisador Cláudio Manoel, o
ceió não demorou a se integrar ao “mo- ra a disseminação da música eletrônica. cidade e, quando o Praga fez a oficina, ser o melhor DJ, mas queria encontrar o DJ Angelis Sanctus. É muita história.

>> Leia mais nas págs. B2, B3 e B5


QUEM É QUEMs N A CENA
– e um pouco da
Confira as preferência
principais DJs
trajetória – de nossos

DJ Bacana
lves, 34
Adriano Suares Gonça
DJ Dany Andraad e
de Andrade, 29
O que toca: house e
electro
e electro Danielle Cristine Per
eir
DJ Lyah
no momento: house vão, 22
O que est á ouv ind o
nas um... Entre eles, Gu
i Lívia Lucas Barbosa Gal
seg uiri a ele ger ape
DJ preferido: “Não con (SP), Magal (SP), Dar ren O que toca: house gressive
u (SP), Renato Lopes momento: house se, tribal house e pro
Boratto (SP), Mau Ma s Kitinn (FRA)” O que está ouvindo no O que toca: electro hou Red
Carter (EU A) e Mis Carter (EUA) momento : Sim ply
Emerson (ING), Derrick trô nica. Sou muito DJ preferido: Derrick escutar outras coisas, O que está ouvindo no
pis tas : “M úsi ca ele pistas: “House. Tento ian o Benny Benassi”
O que escuta fora das O que esc uta fora das DJ pre fer ido : “O ital
cipalmente Caetano
pis tas: “Ouço MPB, prin
bitolado” s Dead (Bauhaus), mas não consigo” (Giom); Yellow Truth O que escuta fora das and roll do Led Zeppel
in,
m do iPod: Bela Lugosi’ m do iPod: Together do bom e velho rock
10 músicas que não sae nna Summer), Like 10 músicas que não sae (JT Donaldson & Uneaq
); Veloso e Djavan, além
he Mode), Feel Love (Do Love); Why Not Rock? tles”
Enjoy The Silence (Depec ), Jus tify My Love (Atnarko mix, Chuck hn Lar ner & Sla ter Ho gan); do Pink Floyd e dos Bea Way Life Is (Pet Shop
io Activity (Kraftwerk o Rae); Hettin Ready (Jo sae m do iPod: That’s The
You (Gui Boratto), Rad (Ma ssive Attack), Relax Lead The Way (Ricard (Ho me ro Esp ino sa & Allen 10 mú sica s que não
s); Rock’n’roll (Led
ul for What You’ve Got Knights); Just Bounce Vega); Michelle (Beatle
(Madonna), Be Thankf So Bad? (Moby), Borny Where Ya At? (Inland es Line (Tommy Largo Boys); Luka (Suzanne rsta te Love Song (Stone
y Does My Heart Feel (Al exander East); The Blu ne Temple Pilo ts); Inte
Take It Easy (Mika), Wh Craig); Believe En Me
entine Mix – Kris G) Zeppelin); Sour Girl (Sto dy Lauper); Satisfactio
n
); Feel My (Bobby Val t Want to Have Fun (Cin
Slipy (Underwold) eiro, Recife, João Pes
soa, Remix – Frank Solano vador, Aracaju, Macei
ó, Temple Pilots); Girls Jus Yeah (Bo dyr ox fea t Luc ian a)
Onde já discotecou:
São Paulo, Rio de Jan São Paulo, Brasília, Sal (Ferry Corsten); Yeah
) Onde já discotecou: (Benny Benassi); Fire tive um con vite para
vador e Paris (França Natal “No Recife e também
Fortaleza, Aracaju, Sal oth (Maceió); 18/05 – Recife, João Pessoa e ite – E-Life (Aracaju-S
E); Onde já discotecou: ente eles só bancavam
o
ese nta çõe s: 10/05 – Loja Mamm nta çõe s: 17/05 – Black & Wh no iníc io deste ano. Infelizm
Próximas apr – Fighter na G1 Centro Próximas aprese Santa Catarina m eram por min ha
Party (Maceió); 24/05 o Pessoa-PB) a viagem e a hospedage
ateumaZhora Stero Day (Bauru-SP); 06/07 – Sun
- 24/05 - Obsession (Joã cachê e os custos com
ó); 05/07 – Labirintus
de Treinamento (Macei conta. Não deu” L
as (São Paulo-SP) s: 17/05 – Arapiraca-A
day Away, no Club Veg Próximas apresentaçõe

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B2 CADERNO B DOMINGO, 04 DE MAIO DE 2008 G  A

CONTINUAÇÃO DA PÁGINA B1
Silvana Gazarro

Os DJs mais badalados da


cena rompem as fronteiras
Bacana, Dany e outros feras das pick-ups contam como conquistaram seu espaço

| CLEVIS OLIVEIRA tros profissionais as festas Car- Bacana construiu uma respeita- Mas o susto de ter falhado
Repórter naground, Love & Hate, Total da reputação local ao passo que só reforçou sua vontade de fa-
Performance e o Mercado Pop. E assinou o cartão de visitas para zer a pista ferver com seus sets
Antes mesmo de “bombar” nas o público respondeu às ações”, a projeção nacional. Hoje, em pa- de electro e house. Antes de vol-
baladas, Adriano Suares – o DJ conta Bacana. ralelo às ações de produtor, ele tar novamente à “Sampa”, tocou
Bacana – foi um dos poucos “agi- Em dezembro passado, a vem se apresentando em altos em Salvador, Recife, João Pessoa,
tadores” da cena a trabalhar co- Substation, o maior evento da picos do cenário da música ele- Fortaleza e Rio de Janeiro. “Vi-
mo promoter na cidade. “Tínha- música eletrônica em Maceió, trônica no País. eram outros convites para São
mos público a fim de curtir mú- completou 12 edições consecuti- Em 2005, Bacana começou a Paulo e dessa vez para tocar em
sica eletrônica, faltavam, de al- vas na noite de Natal. “Toda ce- tocar numa das noites mais ba- clubes que freqüentava como cli-
guma maneira, ações concretas. na é feita de altos e baixos, en- daladas para os DJs: São Paulo. A ente. Discotequei no Vegas, na
Não pensei em desistir depois tão enquanto promoter você tem primeira experiência não foi das Lôca e no D-Edge. Quando fa-
que organizei a primeira edição que insistir. Estou vivendo isso melhores. “Fiquei muito nervo- lo, fico arrepiado, foi o máxi-
da Substation e não tive o re- com a própria Substation”, re- so, passei mal antes da apresen- mo. Posso dizer que na última
torno esperado. Como tudo era força o DJ. tação e não consegui contagiar o apresentação, na Lôca, em mar-
novo, precisava de um tempo Ao soltar beats dançantes e público. Depois daquele dia pen- ço passado, foi quebração total”,
para maturação. Nessa seqüên- botar todo mundo para suar em sei: as portas vão se fechar”, lem- avalia o DJ, que em julho volta a
cia, realizei em parceria com ou- festas, raves e boates de Maceió, bra. tocar na capital paulista. O DJ Bacana faz a pista ferver na boate Vegas, em São Paulo

Divulgação

Desbravando o cenário nordestino


Quem também encontrou pú- explica Dany. “Mas a abertura periências incríveis, principal- muitas baladas pela frente até
blico disposto a não abando- de mercado é importante. A ci- mente por lidar com público e conseguir erguer uma carreira
nar a pista durante suas apre- dade tem público como nas ou- produtores que conhecem bem sólida como a dos colegas. Mes-
sentações performáticas foi a tras capitais. Falta apenas ma- o mercado”. mo sendo constantemente so-
DJ Dany Andrade. Desde janei- turidade dos empresários. Mi- Na sua avaliação, a DJ Dany licitada para festas e clubes lo-
ro morando em João Pessoa, a nha mudança para João Pessoa ressalta que o Nordeste não cais, ela não se deslumbra. “An-
alagoana fala com carinho de foi para estudar e também atin- deixa nada a desejar em relação tes de decidir aprender a to-
Maceió, lugar ao qual sempre gir mercado em outras capitais aos profissionais do eixo Rio- car, freqüentei muito a noite e
volta para tocar. “Fui residen- do Nordeste”, observa. São Paulo. “Existe de fato uma as festas. Não entrei nessa por
te de duas casas na cidade [as Firmar seus sets de house visão distorcida de que só os ca- modismo de querer ser DJ. Só
extintas People in Transe e Fun em praças do Centro-Oeste e do ras lá fora sabem discotecar”, dei minha cara para bater de-
Hall] e também estive envolvi- Sudeste tem sido um objetivo reclama a disc-jóquei, que inte- pois que fiz o curso. É uma pro-
da com outros DJs organizando constante na vida da DJ de 29 gra o núcleo Pragatecno, além fissão em que é necessário pes-
festas. A gente tem um público anos. Dany já tocou no Hype de ser a mais nova integrante quisar e se aperfeiçoar. Já to-
que vibra, que entra no clima, Club, A Torre, SPKZ, na Lov.e, do cast da agência HUG. quei em boates locais [TOY, Ha-
um pouco diferente do Sudeste, em São Paulo, e na Land Sca- Queridinha da cena local, a vana, Life] e tive duas experiên-
que curte de outra maneira”, pe Pub, em Brasília. “Foram ex- DJ Lyah, 22, sabe que ainda tem cias no Recife”, diz. |CO Novata na cena, a DJ Lyah garante: “Não estou por modismo”

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| programe-se |

São Paulo e seu posterior regresso ›› GAZETA INDICA Miéle, Boleros com Bossa traz em seu
CINEMA à sua terra de origem, o filme mos-
Divulgação
repertório clássicos como No me Plati-
tra duas viagens realizadas em ôni- ques Mas, Contigo Aprendi, Tu mi De-
II Mostra de Cinema Brasileiro bus clandestinos: a ida de Caruaru (a lírio, La Puerta, Verdad Amarga e Be-
do Cine Sesi Pajuçara. Com o intui- maior cidade do agreste de Pernam- same Mucho, entre outros. No show,
to de promover o contato dos espec- buco) até São Paulo e a volta de São Montserrat divide o palco com os mú-
tadores alagoanos com a produção Paulo até Caruaru. Em cena, os fluxos sicos Sergio Bello (baixo), Fabio Ca-
de curtas-metragens, documentários e e refluxos desses passageiros migran- nela (bateria), Julian Tirado (violão) e
longas nacionais, o projeto chega à tes que, em suma, refletem os movi- Lucas Vargas (teclado e acordeon).
sua segunda edição. A mostra terá iní- mentos da vida, as pequenas vitórias e ›› Teatro Gustavo leite. Centro Cul-
cio no dia 15 de maio, no Cine Sesi as derrotas de cada um deles, além do tural e de Exposições de Maceió.
Pajuçara, com a exibição do curta-me- imenso desejo de que aconteça algo Rua Celso Piatti, s/n, Jaraguá. Amanhã
tragem Tarabatara – Uma Viagem ao que altere aquilo que está estagnado (05/05), às 21h. Ingressos: R$ 30 (intei-
Mundo dos Ciganos do Sertão Alagoa- em suas existências. Vale conferir. ra) e R$ 15 (meia). Mais informações:
no e do longa A Casa de Alice. O di- ›› Teatro Jofre Soares. Rua Barão de 3235-6274 e 9928-8675.
retor do filme, Chico Teixeira, estará Alagoas, 229, Centro. Amanhã (05/05),
em Maceió para acompanhar a sessão. ao meio-dia. Entrada franca. Mais in-
A programação continua durante todo TEATRO
formações: 3326-3133.
o mês de maio. Este ano, o público
vai eleger o melhor curta e o melhor Hermanoteu na Terra de Godah.
longa-metragem da mostra. A organi- Hoje (04) é a última chance para con-
MÚSICA
zação premiará um dos votantes com ferir, no Teatro Gustavo Leite, a mon-
uma carteira de acesso grátis ao Cine tagem da Cia. Os Melhores do Mundo.
Sesi (com direito a um acompanhante)
Festival Quintal Dub. Responsável A comédia narra a jornada de Herma-
por dar visibilidade à cena musical noteu. Quando o homem enfrentava
até dezembro de 2008. Confira a pro-
de Olinda, o projeto ganha casa nova a ira de um deus menos complacente,
gramação: 15/05, às 20h30 – Taraba-
nesta edição e “baixa” no Recife – no Hermanoteu, irmão de Micalatéia e tí-
tara – Uma Viagem ao Mundo dos Ci-
Clube Líbano, no bairro do Pina – na pico hebreu do ano zero – camarada,
ganos do Sertão Alagoano e A Casa de
próxima sexta-feira (09). O tradicio- bom pastor e obediente – recebe uma
Alice; 16/05, às 11h – Bate-papo com o
nal encontro de manifestações cultu- TEATRO ›› Projeto Sorriso em Dobro A Cia. Nega Fulô se apresenta hoje no palco do missão divina: guiar seu povo à terra
diretor Chico Teixeira; de 16 a 18/05,
rais olindenses vai reunir no mesmo de Godah. O espetáculo é garantia de
às 17h – Pajerama e Encontro com Mil-
palco as bandas Eddie, Guardaloop e a
Centro Cultural Sesi, com dois espetáculos que são garantia de boas gargalhadas
ton Santos, de Silvio Tendler, e Tara- boas gargalhadas.
Orquestra Contemporânea de Olinda, ›› Teatro Gustavo Leite. Centro Cul-
bata e A Casa de Alice (às 20h30); de Divulgação
além dos DJs Catarina Dee Jah e Sanu- tural e de Exposições de Maceió. Rua
20 a 22/05, às 17h – Café com Leite e
ca e da VJ Milena Sá. O projeto marca Celso Piatti, s/n, Jaraguá. Hoje (04/05),
Engenho de Zé Lins, de Vladimir Carva-
ainda o lançamento dos álbuns de es- às 18h. Ingressos: R$ 50 (inteira) e
lho, e Saliva e A Via Láctea (às 20h30);
tréia da Guardaloop e da big band R$ 25 (meia), na platéia, e R$ 40 (in-
de 23 a 25/05, às 17h – Cânone para
Orquestra Contemporânea de Olinda. teira) e R$ 20 (meia), no mezanino.
3 Mulheres e Jogo de Cena, e Jumen-
Quintal Dub remete à união dos quin- Ponto de venda: estande Sue Chamus-
to Santo e a Cidade que Acabou Antes
tais de Olinda, palco da primeira edi- ca (Shopping Iguatemi). Mais informa-
de Terminar e Maré – Nossa História de
ções do evento, e ao dub, ritmo que ções: 3235-5301 e 9928-8675.
Amor (às 20h30); 26/05, às 19h30 – A
é parente próximo do reggae jamai-
Idade da Terra, de Glauber Rocha; de
cano. Pelo palco do Quintal Dub já Projeto Sorriso em Dobro. A Cia.
27 a 29/05, Até o Sol Raiá e Otávio e as
passaram nomes como A Roda, Forró Nega Fulô volta ao palco do Centro
Letras (às 17h) e Os Sapatos de Aristeu
Rabecado, Inquilinus, Seu Gaspar da Cultural Sesi para mais uma tempora-
(às 20h30), do cineasta alagoano Renê
Gaita, Quarteto Olinda e Variant TL. da com os espetáculos Branca de Ne-
Guerra (após a exibição, será realiza-
›› Clube Líbano. Avenida Antônio de verrr!?! e as Sete Pecinhas e Romeu
do um bate-papo com o diretor), além
Góes, 62, Pina, Recife. No dia 09 de e Juli...eeeita!?!. A trupe encenará as
de O Banheiro do Papa (prêmio de me-
maio, às 22h. Ingressos: R$ 20 (inteira) montagens de humor escrachado du-
lhor filme na Mostra Internacional de
e R$ 10 (meia). Mais informações: (81) rante todo o mês de maio, sempre aos
São Paulo). Anote na agenda.
9113-4319. domingos, em sessões consecutivas. O
›› Cine Sesi Pajuçara. Av. Dr. Antônio
Gouveia, 1.113, Pajuçara. De 15 a 29 de projeto visa arrecadar alimentos para
maio. Mais informações: 3235-5191.
Boleros com Bossa. Depois da serem doados no sertão do Estado.
turnê internacional que percorreu a Uma comunidade da região será esco-
América do Sul, a América do Norte lhida para receber uma das peças.
Meio-dia de Graça: Eu Vou de
e vários países da Europa, a canto- ›› Centro Cultural Sesi. Avenida Dr.
Volta. Com direção de Camilo Caval-
ra espanhola Montserrat está de volta Antônio Gouveia, 1.113, Pajuçara.
cante e Cláudio Assis (Amarelo Manga
aos palcos nordestinos com o show Temporada aos domingos, durante o
e Baixio das Bestas), o filme será exi-
que homenageia a bossa nova. O es- mês de maio, com sessões às 18h30
bido amanhã (05), ao meio-dia, no Te-
petáculo chega a Maceió – ao palco (Branca de Neverrr!?! e as Sete Peci-
atro Jofre Soares. Confira a sinopse:
do Teatro Gustavo Leite –, no dia 05 nhas) e às 20h30 (Romeu e Juli...eeei-
documentário sobre a migração dos
habitantes da região nordestina para
de maio. Com direção e arranjos de CINEMA ›› II Mostra de Cinema Brasileiro do Cine Sesi Pajuçara O longa-metragem ta?!?). Mais informações: 3336-2898 e
de Roberto Menescal e concepção de A Casa de Alice tem exibição na abertura da mostra, marcada para o dia 15 de maio 9973-9923.

Contatos: lekemorone@gazetaweb.com | programese@gazetaweb.com | Avenida Aristeu de Andrade, 355, Farol - Maceió-AL - Cep.: 57051-090

CONTINUAÇÃO DA PÁGINA B1
Divulgação

Pioneiro da e-music uma produção autoral?


Nem tanto. É que se faz estarda-
lhaço com DJs e produtores nos-
sos lá fora. Circulamos pouco lá

em Alagoas analisa fora, importamos muito, ainda.


Essa é a verdade. Podemos con-
tar nos dedos quem circula, exa-
tamente porque falta mais pro-

o movimento atual dução autoral e os circuitos de


apresentação de DJs em festivais
e eventos levam poucos DJs bra-
sileiros. Às vezes fica mais por
conta do próprio DJ e de seu pro-
Fundador do coletivo Pragatecno, pesquisador e DJ, Cláudio Ma- dutor cavar apresentações.
noel explica por que a música eletrônica não é um modismo Muita gente hoje quer ser DJ.
Isso é bom ou ruim para a mú-
sica eletrônica?
| CLEVIS OLIVEIRA pop-stars-grife. Os coletivos de com objetivos artísticos) são fru- É ótimo. Aumenta a concorrên-
Repórter DJs surgem no Brasil em mea- tos e reforçam a idéia da cultu- cia, é claro, mas teremos mais
dos dos anos 90, como forma de ra do DJ, dando visibilidade às música no mundo, mais arte,
Mentor do primeiro núcleo de dar visibilidade às musicas que pesquisas estéticas daquele gru- menos maldade. No auge do
música eletrônica do Norte-Nor- não fossem hits. Esse “boom” po. Sim, tanto as agências como rock – anos 70, 80 – todo mun-
deste, o Pragatecno, o alagoano motiva o marketing cultural os coletivos, assim como os se- do queria uma guitarra. Agora é
Cláudio Manoel Duarte defende e grandes marcas produzem los de música (vinil, CD, mp3), a vez do mixer, cdj, mk2, softwa-
a proliferação de DJs no cenário grandes eventos, gerando mí- sites, listas de discussão, comu- res de mixagem em laptop. Ma-
da e-music. “É ótimo. Aumenta dia de retorno. Festivais, raves, nidades on line ou qualquer ou- ravilha! Mais DJs significa me-
a concorrência, é claro, mas te- projetos... O que temos nesse tra forma de organização forta- nos tristeza, porque a música,
remos mais música no mundo, contexto é o surgimento de um lecem o mercado e a cultura da mesmo a mais melancólica, faz
mais arte, menos maldade”. mercado não mais underground, música eletrônica. Para o pesquisador, “há ótimos DJs na cena Norte-Nordeste” bem à nossa alma.
Jornalista e mestre em Comu- mas, sim, bem lucrativo. Sur-
nicação e Cultura Contemporâ- gem as agências de DJs, como Na teoria e na prática, a produ- Como você enxerga a cena ala-
nea pela Universidade Federal empresas, vendendo um novo ção de música eletrônica tem Como você analisa essa abertu- Acho o inverso. Hoje, tem gen- goana de hoje, da qual você foi
da Bahia, o DJ Angelis Sanctus produto: o DJ. Desde o início do sido satisfatória? Em que ela ra do mercado, principalmen- te que curte mais outros sons, um dos precursores?
mora em Salvador há oito anos ano 2000, o DJ é peça comum em ainda precisa avançar? te nos grandes centros, pa- mas “gosta” também de músi- O que caracteriza uma cena é a
e foi o único DJ da região Norte/ quase todo tipo de evento: da Temos ótimas e talentosas ex- ra a produção Norte-Nordeste? ca eletrônica – exatamente por- temporalidade e a localidade; ou
Nordeste a ser convocado para o inauguração de lojas às festas. periências de produção na nos- Existe preconceito? que essa música chegou na mí- seja, eventos acontecendo sem-
Skol Beats (SP) de 2004. DJ virou lugar-comum. E como sa música eletrônica brasilei- Não creio que haja esse precon- dia de forma expansiva. Tam- pre em locais específicos para
Em entrevista à Gazeta, Cláu- o underground acabou, já que ra. Mas produzimos muitíssimo ceito. Acho que na verdade há bém há aqueles que continu- formar o agito, o point. Sem es-
dio Manoel falou sobre as trans- essa cultura foi para o mainstre- pouco. E essa sempre foi, desde uma desatenção à existência de am detestando, sem conhecer sas temporalidades e localida-
formações sociais enfrentadas am, houve um enfraquecimento o início da cena no Brasil, uma ótimos DJs no Norte e Nordes- de verdade, porque só conhe- des a cena se torna frágil e não
pelos DJs na primeira década do das funções tanto das agências deficiência. Somos um país mu- te. Mas também nós não somos cem a música eletrônica mais forma o que chamamos de cul-
século 21, do fortalecimento do (hoje os DJs podem ter personal sical e temos, em nossa música obrigados a ficar trazendo DJs pop e comercial, realmente de tura identitária. É preciso haver
mercado e da cultura do DJ, da promoters) quanto dos coletivos nacional, um infinito inspirativo do Sul e Sudeste como se eles gosto duvidoso. Mudanças? Não eventos continuados. Como es-
produção tímida da música ele- (que se voltam para festas con- que é subutilizado. Ainda mistu- fossem melhores. Talvez o pre- faço previsões, mas creio que o tou afastado de Maceió, embo-
trônica autoral no Brasil e da fal- ceituais e para incentivar, prin- ramos pouquíssimo nossos gro- conceito esteja em nós, em en- que chamamos de música ele- ra venha três ou quatro vezes
ta de visão do empresariado ala- cipalmente, a produção). oves locais com os beats e isso tender que uma festa só funcio- trônica será chamado apenas de ao ano, não conheço a fundo a
goano em entender que cultura implica em pouco produto bra- na mercadologicamente se hou- música quando nos acostumar- cena, mas vi DJs se destacarem
também é negócio. A criação de novos coletivos sileiro de eletrônica em circu- ver gente de fora. Já escutei mui- mos mais com os timbres sinté- em técnica e pesquisa, como a
e agências tem fortalecido a lação no mundo. Somos ainda tos DJs de outras cidades que são ticos e quando esses timbres se DJ Dany, e isso é sinal de qua-
Gazeta – A música eletrônica chamada “cultura eletrônica”? colonizados, pois no geral ape- uma desgraça em técnica e sem juntarem aos timbres acústicos, lidade. Orgulhosamente lembro
está cada vez mais conectada São duas formas ímpares de or- nas tocamos o que é produzi- pesquisa musical pessoal... To- como já acontece. Lembro que que foi em Maceió que tivemos a
e os DJs encontraram mercado ganização. Agências de DJs são do lá fora. Nada contra (pois o cam hits e só. há uns anos uma galera burra da produção do primeiro CD duplo
na cena nacional e interna- meramente mercadológicas, e que vale é tocar coisas bacanas), MPB metia pau no som dos DJs. de eletrônica do País, o Sombiná-
cional. O que mudou desde o transformam o DJ em produto mas veja que há muitos (e não No Brasil, a cultura da músi- Hoje querem fazer remixes. rio#1, do Pragatecno, além de o
“boom” dos anos 90 para cá? de consumo, numa mercadoria são poucos) produtores estran- ca eletrônica ainda é jovem. Praga ter sido um dos primeiros
Cláudio Manoel Duarte aka – uma resposta às exigências da geiros que se apóiam em nosso De início houve um modismo A música eletrônica brasilei- coletivos do País. Isso já mostra-
DJ Angelis Sanctus – Nos anos indústria cultural. Agências são samba-rock, na bossa nova, no e hoje ela é consumida por ra é exportada com muita va que temos talento nessa área.
90, o “boom” fica mais claro por instrumentos de barganha e ne- samba e até no funk carioca para um público que de fato curte freqüência e os DJs são ce- Talvez falte talento ao empre-
conta da midiatização dessa gociação. Já os coletivos (gru- produzir música eletrônica fora o som. Outras mudanças estão lebrados mundialmente. Essas sariado para entender que essa
música, transformando DJs em pos culturais, sem hierarquias e do País. por vir? conquistas são resultado de cultura é, também, negócio.

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B4 CADERNO B DOMINGO, 04 DE MAIO DE 2008 G  A

| NA TV PAGA | | rádio |

A Marcha dos Pingüins, de Luc GAZETA AM 1.260 KH


04h00 Gazeta revista – 1ª

Jacquet, é atração no HBO Plus parte


06h00 Despertar com Deus
06h10 Gazeta revista – 2ª
FILME FOI O VENCEDOR DO OSCAR DE MELHOR DOCUMENTÁRIO EM 2006 parte
Divulgação 07h00 Retrospectiva da
| INÁCIO ARAUJO semana
Folhapress 09h00 Hoje é dia de praia
13h00 Jornada esportiva
Nem sempre o filme tem rela- 20h00 Brasil em ação
ção com seu resultado. Quando 20h15 Programa de domin-
se poderia imaginar, por exem- go
plo, que A Marcha dos Pingüins
seria usado como argumento pa- GAZETA FM 94.1 MH
ra defender a monogamia? Tra- 05h00 Forró da manhã
ta-se de um documentário com- 06h00 Como é grande o
petente, do francês Luc Jacquet, meu amor por você
sobre a migração do pingüim im- 07h00 Bom dia Gazeta
perador, que todo ano deixa a 09h00 Suingue da Gazeta
Antártica e parte em grupo pa- Produção virou “argumento” para a defesa da monogamia 16h00 Gazeta pediu tocou
ra uma travessia sacrificada que 20h00 Gazeta toca tudo
conduz a uma região inóspita, lo- 22h00 Love is love
cal de acasalamento da espécie. de Samuel Fuller: a uma tarefa – seu andar e sua luta para so- 01h00 Show da madrugada
Todos acreditamos nas virtu- infernal seguia-se, de imediato, breviver lhe conferem uma dig-
des da adaptação, isto é, que os outra pior. Pingüins são sobrevi- nidade que remete a destinos hu-
seres são aptos a viver nas con- ventes. manos. No entanto, não é assim.
dições em que vivem. Sabemos O absurdo de usá-los como Tanto os adeptos da monogamia
que os pingüins não sobrevivem argumento para a monogamia como os capazes de admirar o co- SERVIÇO
no calor. No entanto, sua marcha é óbvio: não somos pingüins. letivismo de certas espécies po- Filme: A Marcha dos Pingüins
tem um quê de militar. Ela nos No entanto, a antropoformiza- dem se encantar com seus hábi- Onde e quando: no HBO Plus,
lembra os infortúnios do exér- ção da espécie é compreensível: tos. Mas o homem é outra coisa, hoje (04), às 14h30
cito em Mortos que Caminham, o pingüim parece um humano um ser de linguagem.

| tv |
TV GAZETA Canal 7 ›› GAZETA INDICA 16h00 Expedições
05h55 Santa Missa Divulgação 16h30 Repórter Eco
06h55 Gazeta Rural 17h00 Planeta Terra
07h30 Pequenas Empresas 18h00 Do São Francisco
08h00 Globo Rural ao Pinheiros
08h55 Auto Esporte 19h00 Panorama
09h30 Esporte Espetacular 20h00 Vitrine
12h30 A Turma do Didi 21h00 Entrelinhas
13h05 Temperatura Máxima – 21h30 Cultura Ponto a Ponto
Filme: Shrek 22h00 Café Filosófico
14h51 Globo Notícia 23h00 DocTV
14h54 Domingão do Faustão 00h00 Direções
15h50 Futebol 2008 – Final do 00h30 Clássicos
Campeonato Carioca: 02h30 Roda Viva
Flamengo x Botafogo
18h00 Domingão do Faustão MTV Canal 32*
20h45 Fantástico 07h00 MTVLab
23h10 Faça Sua História SESSÃO DE GALA Dirigido por Sam Raimi, o filme 08h00 MTV de Bolso
23h40 Domingo Maior – Filme: Um Plano Simples é opção na madrugada da Globo 10h00 MTVLab
Medidas Desesperadas 12h00 Todos os VJs
01h30 Sessão de Gala – Filme: 12h30 RockGolMTV
Um Plano Simples TV ALAGOAS Canal 5 21h55 Sorteio: Telesena 13h30 Made
03h30 Corujão – Filme: 05h59 Abertura 22h00 Oito e Meia no Cinema: 14h30 Quebra Galho
13 Condenados 06h00 Ataque de Risos: Penetras Bons de Bico 15h00 Especial Life in R. Snoop
Alfinetadas 00h00 Arquivo morto Dog
TV PAJUÇARA Canal 11 06h20 Ataque de Risos: 01h00 Desaparecidos 15h30 Top 10
00h00 Ponto de Luz Happy Hour 02h30 Divisão Criminal 16h30 Made
08h30 Santo Culto em Seu Lar 06h40 Ataque de Risos: 03h30 Fim de Noite: 17h30 MTV Mais
09h00 Ponto de Luz Os Reis de Nova York O Verão de Sam 18h00 Especial Best of Cribs
10h00 Alagoas Rural 07h00 Pesca Alternativa 19h00 15 Minutos
10h30 Informativo Cesmac 08h00 Vrum TV EDUCATIVA Canal 5 19h30 A Fila Anda
11h00 De Bem com a Natureza 08h30 Siga Bem Caminhoneiro 07h00 Saúde Brasil 20h30 Quinta Categoria
11h15 TV Assembléia 09h00 Igreja Quadrangular 07h30 Interesse Público 21h30 Pimp My Ride
11h30 Especial ASA x CSA 09h30 Santa Missa em Seu Lar 08h00 Missa 22h00 RockGol de Domingo
12h00 Tudo é Possível 10h30 Alagoas é Isso 09h00 Viola, Minha Viola 23h00 Família MTV
15h50 Campeonato Alagoano 11h00 Lances da Vida 10h00 Sr. Brasil 00h30 Scarred
2008: CSA x ASA 12h00 Smallville 11h00 Grandes Momentos 01h00 Fundão MTV
18h00 Show do Tom 13h00 High School Musical do Esporte 02h00 Happy Tree Friends
19h00 Domingo Espetacular 14h00 Tentação 12h00 Por Dentro da Orquestra 02h30 Todos os VJs
23h00 Tela Máxima – Filme: 15h00 Qual é a Música? 13h00 Cambalhota 03h00 MTV de Bolso
Velozes e Furiosos 17h00 Nada Além da Verdade 14h30 Teatro Rá-Tim-Bum 04h00 MTVLab
01h00 IURD 18h00 Domingo Legal 15h30 Página Aberta * Programação nacional

| horóscopo | BÁRBARA ABRAMO


Em destaque, artes e esportes favorecem o poder de renovar e transformar valores coletivos. Lua nova: 05/05, em 15º Touro

ÁRIES 21.03 A 20.04 TOURO 21.04 A 20.05 GÊMEOS 21.05 A 20.06 CÂNCER 21.06 A 22.07
Um pouco mais tei- Com seu encanto natu- Descanse mais hoje, Neste domingo, bom
moso e menos afeito ral intensificado pelo permita-se ter o tem- mesmo será curtir um
a abrir mão de suas contato da Lua, hoje po necessário para programa legal com
certezas: é assim que em seu signo, com criar mais beleza à amigos, pois você
as pessoas tenderão a enca- Vênus, o domingo se anuncia sua volta, dando vazão à sua estará sensível a eles, e preci-
rar você. Se isso tem eco em poderoso para as artes e ma- criatividade e poder de criar sando de seu apoio. Inspirado
sua natureza e em sua alma, nhas do amor e da vida social. formas bonitas e agradáveis. por pessoas que pensam como
melhor se esforçar um pouco Você está mais popular, daí a Mas também combata a pre- você, saberá trazer para a rea-
mais para se relacionar bem importância de escolher bem guiça e a teimosia. Contato lidade algumas idéias, no de-
com seus próximos. suas companhias! social será relevante. correr da próxima semana.

LEÃO 23.07 A 22.08 VIRGEM 23.08 A 22.09 LIBRA 23.09 A 22.10 ESCORPIÃO 23.10 A 22.11
Clima astral bom para A vibração lunar em Marte está se despe- Intuição, inspiração,
você circular sua força Touro encontra pro- dindo de Câncer nos poder de síntese,
e beleza por aí, encan- fundidade e aceitação próximos dias e nesse com ondas boas para
tando uns e outros. em sua alma, que momento arma difí- curtir a vida ao lado
Procure apenas manter sua precisa de aconchego e enten- ceis aspectos para você, que de pessoas que sabem brindar
vida íntima longe de olhares dimento. Você quer perdão, e vive período delicado em casa a beleza do mundo. Procure
indiscretos. Não misture famí- até isso pode ser difícil, pois ou com parentes. Quem gosta os constantes, os confiáveis,
lia com amor e nem dinheiro seus passos estão sendo medi- de você estará sensível a seus aqueles que sabem reconhe-
com causas e crenças. Afaste dos por réguas materialistas e apelos hoje. Permita-se desfru- cer o valor que você tem. Entre
os interesseiros. implacáveis. Acalme-se. tar de uma boa companhia. estes, receba e não retruque.

SAGITÁRIO 23.11 A 21.12 CAPRICÓRNIO 22.12 A 20.01 AQUÁRIO 21.01 A 19.02 PEIXES 20.02 A 20.03
Domingo amanhece Dia mágico e pode- Clima bom para quem Conversas e proxi-
com a Lua em Touro, roso para as relações vai curtir a casa, a midade com irmãos,
inclinando à preguiça, sociais, com filhos, família e os amigos parentes próximos
ao imobilismo, ao exa- também positivo para mais chegados. Faça e vizinhos tendem a
gero na fruição dos sentidos. quem vai prestar um concurso um programa com requintes ser estimulantes e dinamizam
Você que se cuide! Reparta ou fazer uma prova. Concen- culinários, mostre seus dotes você com novas informações.
as horas do dia, deixando um tração, poder de autocontro- nessa área, e arme encontros Supere desafios amorosos
pouco de tempo para refletir le, desenvoltura e segurança. divertidos e regados a muita com mais informações. Via-
sobre o cotidiano, sobre sua Esportes e atividades fora de arte e qualidade. Forte cone- gens curtas são benéficas para
saúde e sobre o futuro. casa são bem-vindas. xão com as pessoas. esquentar o amor.

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G  A DOMINGO, 04 DE MAIO DE 2008 CADERNO B B5

CONTINUAÇÃO DA PÁGINA B1

Produtores começam a
descobrir as “pratas da casa”
Pouco valorizados no passado, DJs acreditam em mudanças na cena eletrônica local
Caroline Paternostro

| CLEVIS OLIVEIRA nem pensa em investir em mídia.


Repórter Já nos grandes centros isso não
funciona. O público vai até deter-
Para o idealizador do núcleo Pra- minada casa para ver o DJ que ele
gatecno e mestre em Comuni- sabe que toca um set legal”.
cação e Cultura Contemporânea Disposto a mudar essa menta-
pela UFBA Cláudio Manoel Du- lidade, o produtor cultural e ide-
arte, existe uma abertura “tími- alizador da HUG Management &
da” para os DJs do Norte-Nordes- Agency, Geraldo Brito, acredita
te nos grandes centros. Mas ele que a partir do momento em que
afirma que o preconceito maior os DJs passam a contar com um
ainda se dá por parte dos própri- agenciador isso tende a tornar
os produtores, que têm a visão as coisas mais sérias. O DJ e o
“mercadológica” de que a festa contratante não precisam ter de
só funciona com disc-jóqueis do negociar cachê e apresentações.
Su-Sudeste. “Antes de abrir a agência, eu per-
Endossando a análise de Cláu- cebia que os empresários tinham
dio Manoel, a DJ Dany, mesmo essa idéia de que santo de ca-
trabalhando bastante no Nor- sa não faz milagre. Como traba-
deste, percebe que em algumas lho com nove DJs com propostas
localidades essa prática é bem distintas, eles estão descobrindo
real. “Em Maceió, é mais fácil que existe um mercado em po-
a noite bombar e o contratan- tencial na cidade. O que os em-
te fazer uma excelente divulga- presários precisam agora é apos-
ção com um DJ desconhecido do tar na música eletrônica dentro
grande público do que comigo, dos seus espaços. Público existe,
pois ele sabe que sou da cidade e só falta enxergar”. DJ Dany: teclado e novos programas para produzir set autoral

Pesquisa e
produção de
música autoral
Para criar novos tentáculos den-
tro e fora de Alagoas, os DJs Dany
e Bacana acreditam que a pesqui-
sa e o desenvolvimento da musi-
ca eletrônica autoral são um no-
vo caminho a ser seguido. “Es-
tou cada vez mais envolvida com
softwares de produção musical.
Também estou estudando tecla-
do para inserir música na minha
performance. Quero fazer um set
em que possa mixar e tocar, ao
mesmo tempo, coisas autorais.
O Pragatecno me deu uma baga-
gem, me fez saber como focar es-
sa música”, diz Dany.
Continuar pesquisando den-
tro e fora do Brasil está nos pla-
nos do DJ Bacana. Esse estímulo
veio com as duas apresentações
que fez no ano passado em Paris.
“É importante para o DJ ter con-
tato com outras culturas e per-
ceber a cena. Criar sets autorais
com as minhas músicas é o pró-
ximo passo”, garante. |CO

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B6 CADERNO B DOMINGO, 04 DE MAIO DE 2008 G  A

Divulgação Beto Figueiroa Divulgação

Nossa Vida não Cabe num Opala foi premiado no Cine Ceará O ator Nelson Xavier foi o grande homenageado do Cine PE Ouro Negro: saga para montar companhia de petróleo em AL

| AUDIOVISUAL |

Cine PE anuncia hoje filmes vencedores


OURO BRANCO E NOSSA VIDA NÃO CABE NUM OPALA ESTÃO ENTRE OS FAVORITOS; HOMENAGEM AO ATOR NELSON XAVIER EMOCIONOU A PLATÉIA

| RAFHAEL BARBOSA* edições anteriores como a do querque, e o paulistano Nossa Vi- Cabe num Opala é uma adapta- tras praças. Os Porcos não Olham da esposa, a atriz e cantora Via
Especial para a Gazeta ano passado, que exibiu em pri- da não Cabe num Opala, de Rei- ção de uma peça de Mário Bor- para o Céu, vencedor do grande Negromonte, e da filha, o ator su-
meira mão dois dos grandes lan- naldo Pinheiro. O último, inclu- tolotto, e foi escrito pelo mesmo prêmio no Curta Santos 2007, foi biu ao palco do Teatro Guarara-
Recife, PE – Contabilizando 61 çamentos de 2007: Cão sem Do- sive, acabou não só sendo sele- Di Moretti que também concorre um dos mais elogiados da sema- pes para agradecer à platéia com
filmes entre curtas e longas- no, de Beto Brant, e Não por Aca- cionado, como venceu o prêmio por Simples Mortais. na e concorre entre os digitais. um longo e emocionado discur-
metragens que participaram da so, de Philippe Barcinski. Mas, co- de melhor roteiro no Cine Ceará Como a platéia do Cine PE Na bitola 35mm, quem está na so, no qual relembrou os anos
competição oficial e das mostras mo bem defendeu Alfredo Berti- 2008 graças a uma falha de co- ainda preserva uma estranha dianteira é Saliva, de Esmir Filho, em que viveu na cidade do Reci-
paralelas, a 12ª edição do Festi- ni, organizador do festival des- municação que “quebrou” o di- condescendência para com qual- que saiu laureado dos festivais fe, na década de 70.
val do Audiovisual de Pernambu- de seu primeiro ano, “assim co- reito de ineditismo do longa no quer coisa que passe na tela, não de Gramado e Brasília, além de O produtor Luiz Carlos Barre-
co (Cine PE) encerrou suas exibi- mo os vinhos, o cinema alterna Cine PE. pode ser considerada um termô- ter concorrido em Cannes. to e a atriz Lucélia Santos tam-
ções na noite de ontem deixando grandes safras com outras nem Ouro Negro narra a saga do ci- metro para a competição. Para bém foram homenageados com
claro que a safra 2008 do cinema tão inspiradas”. entista João Martins para mon- se ter uma idéia, todos os longas HONRARIAS o prêmio Calunga de Ouro. A Ga-
nacional não foi das melhores. Se depender da expectativa da tar uma companhia de petró- exibidos tiveram recepção igual- Com mais de 40 filmes em sua zeta esteve no Recife e acompa-
Se a seleção de curtas trou- crítica, o Calunga de melhor fil- leo em Alagoas, nos anos 30. mente festiva, desde o simpático carreira, entre eles os sucessos nhou todos os lances do 12º Ci-
xe algumas boas novidades diri- me em longa-metragem – que Com elenco encabeçado pelo Simples Mortais ao tenebroso Bo- Eles não Usam Black-tie (1981) e ne PE. Confira a lista dos vence-
gidas por estreantes, os longas- será anunciado numa cerimônia ator Danton Mello, o filme teve das de Papel. Entre os curtas que Narradores de Javé (2003), o ator dores e a cobertura completa do
metragens – grande atração do especial na noite de hoje – deve sua primeira exibição pública na estão nas categorias de 35mm e Nelson Xavier foi homenageado evento na próxima terça-feira.
festival – decepcionaram em re- ficar entre dois títulos: o carioca última sexta-feira (02). Já a co- digital, os dois filmes mais cota- com o Calunga de Ouro na última
lação ao que foi mostrado em Ouro Negro, dirigido por Isa Albu- média dramática Nossa Vida não dos também já percorreram ou- quinta-feira (01). Acompanhado * Viajou a convite do Cine PE

CURTAS
Arquivo GA

Tina Turner vai encarar turnê deve ter início em ou- des médicas norte-america- Javier Bardem sai de
nova turnê pelos EUA tubro, em Kansas City. A ven- nas revelaram que o músico férias por um ano
Depois de se apresentar com da dos ingressos está previs- americano e ex-marido de Ti- O ator espanhol Javier Bar-
Beyoncé na premiação do ta para começar no dia 12 de na, Ike Turner, morto em de- dem, 39, vencedor do Oscar
Grammy, em fevereiro deste maio. Em 2000, a cantora fez zembro de 2007, na Califór- de melhor ator coadjuvante
ano, a cantora Tina Turner a turnê com a qual pretendia nia, não resistiu a uma over- por sua atuação no filme On-
anunciou sua intenção de ini- marcar o final de sua carrei- dose de cocaína. Famoso por de os Fracos não Têm Vez, ti-
ciar uma série de shows pelos ra em grandes shows ao vivo. seu duo e pelo violento e con- rou um ano de férias e desis-
EUA, após oito anos sem fa- Na época, seu porta-voz disse flitante casamento com a can- tiu do papel principal de Nine,
zer nenhuma turnê. que ela estava se despedindo tora, o músico tinha proble- dirigido por Rob Marshall, in-
Tina Turner, 68, disse à apre- dos palcos para poder “parar mas cardíacos que contribuí- formou no último dia 02 o si-
sentadora Oprah Winfrey, em no topo”. ram para sua morte, ocorrida te da revista Variety. Bardem
seu programa de TV, que a Em janeiro último, autorida- em sua casa, aos 76 anos. disse estar “exausto”. Bardem: hora de descansar

MANEKA
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CURTAS
Arquivo GA

Monk flerta com o a fim de confundir quem es- A competente conclusão de o primeiro lugar no ranking
crime na 6ª temporada tá em seu encalço, será “mor- temporada indica que a série dos mais acessados – posição
Na reta final da sexta tempo- to” em circunstâncias obscu- tem fôlego para ir além dos 16 que ocupava até a última ter-
rada da série Monk, o deteti- ras pelo companheiro Stottle- episódios do sétimo ano, que ça-feira, dia 29.
ve protagonista experimenta meyer. começam a ser exibidos nos O feito desbanca a página do
o outro lado da lei. Mr. Monk Todo esse jogo de esconde- EUA em julho. escritor Aguinaldo Silva, polê-
Is on the Run (ou Monk, o Fu- esconde servirá para desman- mico autor de Duas Caras, no-
gitivo, como sugere o Univer- telar a quadrilha comandada, Blog de Marcos Mion é vela das oito da Globo, que li-
sal Channel, que exibe hoje, desde a cadeia, pelo balofo “líder de audiência” derava a lista de mais aces-
às 19h, a segunda parte do Dale Biederbeck – que con- A mania de falar sobre a vi- sados com o seu costume de
episódio) flagra o policial na ta com simpatizantes nos al- da em um diário virtual tam- postar comentários sobre a
posição de acusado do homicí- tos escalões do governo da bém agrada aos famosos. Tan- trama e defender a audiência
dio de um suposto ladrão de Califórnia, como se descobri- to que há uma página da in- da mesma. “Achei que nunca
componentes eletrônicos. rá mais adiante. De quebra, ternet, o Bloglog, que reúne fosse conseguir entrar na lis-
Preso, ele logo deixará o cam- Monk colherá mais uma ou mais de 200 blogs de estrelas ta de mais acessados. Eu, com
po de visão dos coleguinhas – duas pistas sobre a morte de da televisão. meus dois pontinhos de au-
para ressurgir, sob outra iden- sua mulher, Trudy – trauma Falando muita besteira e cri- diência, nunca iria conseguir
tidade, como empregado de do qual a seqüela mais visível ticando os outros blogueiros, dar mais audiência que esses
um lava-jato no meio do Es- é o transtorno obsessivo-com- o apresentador do Descarga caras que dão 40’’, brincou
tado de Nevada. Antes disso, pulsivo. MTV Marcos Mion conquistou Marcos Mion. O novelista Aguinaldo Silva: desbancado por Marcos Mion

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Andréa Moreira/Cortesia

BIP
Andréa Moreira/Cortesia GENTE CLASSE A...
››› Eva Amaral e Gina Gomes de Barros, com passagens
carimbadas para Paris. Mas não para bater pernas nas vi-
trines, mas para calibrar cada vez mais a língua francesa,
que elas falam fluentemente, como inglês e português.
Gina também domina o alemão – já que morou na Alema-
nha por muitos anos. Depois seguem juntas para Escócia,
onde se encontram com Marita Nudelman, irmã de Eva,
que mora em Vancouver, no Canadá.

››› Aliás, Yvetinha Brêda, desde a semana passada, anda


Ilhada pelos netos, Thereza Setton incorpora a sua porção vo- batendo pernas pelas vitrines de Paris. Mas, a agenda
vó-sabe-tudo para as lentes de Andréa Moreira conta com escapulidas para Londres e Milão.

Divulgação ››› Izabel Pinheiro, por sua vez, fala maravilhas de sua
passagem por Nova York, de onde voltou abarrotada de
novidades para o seu bufê.

››› Patrícia Amorim, que acaba de chegar de Nova York,


afivela as malas para o Congresso Internacional de Onco-
logia, em Chicago.

››› Depois de fazer a travessia pela Índia, Emirados Ára-


bes e outros países, o casal Mario e Elvira Ribeiro Santos,
neste feriadão, quer apenas saber de sombra e água fres-
ca em sua casa de praia, em Tabuba, Litoral Norte, com
muito banho nas piscinas naturais e raquetes saindo faís-
A beleza pura de Camila Porciúncula representa Ala- cas, na quadra de tênis. A piscina da casa, com cascata, é
goas no Concurso Miss Mundo outro cartão-postal do esconderijo da dupla, que já valeu
capas de revistas.

Quilate Bola fora Quem visitou União dos Palmares esta semana foi o presiden- ››› Andréa Moreira abriu os salões de sua bela cobertu-
Falta de grana a gente Não bastasse ter se metido te da missão Sergipe/Alagoas da Igreja Adventista do 7º Dia, ra em torno de Alina Amaral, ontem. A bonita passa toda
sabe que não é. Uma das é uma bela encrenca, quan- pastor Moisés Silva, onde foi recebido pelo colega Leandro esta semana na cidade, recebendo um verdadeiro festival
coleções de jóias particu- do foi flagrado num motel Lins, pastor da igreja-sede do município. em sua homenagem.
lares mais cobiçadas do de baixa “catiguria”, no Rio
mundo vai a leilão no dia de Janeiro, com três traves-
15 de maio, na Sotheby’s tis, Ronaldo vai ter que en- Mico família da aeromoça. Também, do heroína. Grande novi- vê às voltas com os ratos.
de Genebra, na Suíça. As frentar essa fase baixo-astral A Anac ainda tem uma longa pudera! dade! Angelina admitiu já A Prefeitura de Paris inici-
preciosidades em questão sozinho. A noiva, Maria Bea- estrada a percorrer, no quesito ter feito isso e muito mais. ou, esta semana, uma ope-
– um lote de 64 peças, triz Gomes, uma mineira de responsabilidade. A agência en- Sexo, drogas Que o diga o ator John ração para exterminar os
avaliado em US$ 8 mi- classe média-alta, estudante viou esta semana um convite à A polêmica Angelina Jolie está Voight, pai da moça, com roedores da cidade. A Se-
lhões – são de Dona Lily de Direito, em Roma, discre- comissária de bordo Aline Mon- de novo no olho do furacão quem ela não fala há anos cretaria de Segurança Pú-
Marinho. Dona Lily tam- tíssima, provou que com todo teiro Castigio, para participar de mundo afora. Mas desta vez – por considerá-la louca. blica estima que existam
bém promoverá um leilão esse “bafafá”, corre sangue um encontro de aviação. Só que não é por causa da adoção dois milhões de ratos na
de objetos pessoais e de latino em suas veias. Deu o a jovem em questão faleceu no de mais um bebê, mas por Paralela capital francesa – o que
casa, entre os dias 13 e 17 maior chute no derrière do acidente da TAM do ano passa- causa de um vídeo, feito em Enquanto o Brasil sofre corresponde a um animal
do mês que vem, no Rio. craque e acabou com tudo. do. A Anac pediu desculpas à 1990, onde ela aparece fuman- com a dengue, a França se por morador na cidade.

Contato: brauliopugliesi@uol.com.br

CURTAS
Arquivo GA

Dicionário Aurélio é edição e comercialização das S/A argumenta que, desde o danos patrimoniais e morais
alvo de disputa judicial referidas obras. final de 2003, vem editando movida contra a Posigraf.
Quase vinte anos depois da Na ação principal, a J.E.M.M obras derivadas daquele pri- O Tribunal paranaense acei-
morte do dicionarista alago- alega ser a legítima cessioná- meiro dicionário com base em tou o pedido de denunciação
ano Aurélio Buarque de Ho- ria de Joaquim Campelo e El- contrato de edição firmado da lide apresentado pela Posi-
landa, o direito de proprieda- za Tavares, co-autores do No- com a Regis Ltda., cessioná- graf com o objetivo de exercer
de de suas principais obras – vo Dicionário da Língua Portu- ria dos direitos que lhe foram direito de regresso em caso de
o Dicionário Aurélio e o Mini- guesa lançado em 1975 pela cedidos por Marina Baird Fer- eventual procedência do pedi-
dicionário Aurélio – continua Editora Nova Fronteira, e do reira – viúva de Aurélio Buar- do de indenização.
sendo alvo de disputa judicial. qual derivam, entre outros, que de Holanda –, que susten- A recorrente sustentou que a
Recentemente, a questão che- o Dicionário Aurélio e o Mini- ta ser a única e exclusiva de- decisão do Tribunal de Justi-
gou ao Superior Tribunal de dicionário Aurélio, atualmente tentora dos direitos autorais ça introduziu um “fundamen-
Justiça em recurso especial in- editados pela Gráfica e Edito- sobre os dicionários Aurélio e to novo no processo princi-
terposto por J.E.M.M Editores ra Posigraf S/A. Assim, susten- Mini Aurélio. pal”, ampliando a instrução
Ltda contra acórdão da Sexta ta que a Posigraf não pode- No recurso ajuizado no STJ e tumultuando o andamento
Câmara Cível do Tribunal de ria editar a referida obra, por e relatado pelo ministro João processual. Por unanimidade,
Justiça do Paraná, que autori- ser a J.E.M.M a legítima titular Otávio de Noronha, a J.E.M.M a Quarta Turma do STJ rejei-
zou a intervenção de terceiros dos direitos patrimoniais so- questiona a inclusão de Mari- tou o recurso, e manteve a de-
em ação reparatória por vio- bre a obra em questão. na Baird Ferreira e da Regis cisão que autorizou a denun-
lação de direitos autorais na A Gráfica e Editora Posigraf Ltda na ação de reparação de ciação da lide. Aurélio Buarque de Holanda em seu escritório, em 1961

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B10 DOMINGO, 04 DE MAIO DE 2008 G  A

LIVROS & IDÉIAS


›› ESTUDO
Waldomiro Sant’Anna

Todas as
virtudes de um
pesquisador
MÚSICA POPULAR NA
No livro Uma História da Música Popular AMÉRICA LATINA: PONTOS
DE ESCUTA Os textos reuni-
Brasileira,, o cearense Jairo Severiano
Brasileira dos neste livro abordam as-
“revira” suas memórias musicais pectos essenciais da música
popular latino-americana, a
partir de elementos como
| JOÃO MÁXIMO me remetem aos meus 10 anos, gêneros musicais e violên-
Agência O Globo quando morava no Recife”. cia, cruzando-os com pers-
Esses exercícios de memória pectivas da etnomusicolo-
Rio de Janeiro, RJ – Jairo Seve- foram muito úteis na feitura gia e da antropologia.
riano se engana quando diz que do livro que Severiano escreveu FICHA: UFRGS, 245 págs., R$ 30,
sua história se confunde com a com Zuza Homem de Mello, A em média
de todo cearense. É verdade que, Canção no Tempo (Editora 34), em
como tantos, seus primeiros 23 que são relacionadas as músicas
anos foram vividos por lá (Forta- de sucesso no Brasil de 1901 a
leza, Mossoró, Recife, novamen- 1985. Muitas das histórias ele foi
te Fortaleza), com os olhos no Rio buscar na própria memória, em-
de Janeiro de suas grandes pai- bora sempre com o cuidado de
xões: o futebol e a música popu- confirmá-las. É a acuidade, pri-
lar. Mas, como poucos, ele tro- meira das três virtudes. “O traba-
cou o olhar distante pela atuação lho de documentar a música bra-
que acabou fazendo dele uma au- sileira é árduo”, confirma. “Pri-
toridade nas duas artes. meiro, porque ela sempre foi ob- gramas de auditório, ele amplia- tida foi o curso que ministrou
De futebol, ele sabe tudo, coi- jeto de muito preconceito entre “O trabalho de do- ria seu universo musical. em 1999, no Centro Musical An-
sa que poucos sabem. Na verda- nós. Encontramos esse proble- Vários fatos foram contri- tonio Adolfo, sob o título MPB
de, só os amigos mais chegados ma, Nirez, Grácio Barbalho, Alci- cumentar a música buindo para que Severiano che- em Quatro Tempos. O primeiro
têm conhecimento do interesse no Santos e eu, para completar- brasileira é árduo. gasse aonde chegou e se visse tempo é o de formação (1770-
que lhe foi despertado pelo rá- mos a Discografia Brasileira em 78 Primeiro, porque autorizado a escrever o novo li- 1928); o segundo, de consolida-
dio durante a transmissão dos jo- Rotações. Eu mesmo via em casa vro, o primeiro com tal abran- ção (1929-1945); o terceiro, de
gos da Copa do Mundo de 1938. o exemplo de meu pai. Por ele, ela sempre foi gência a ser publicado. Sua pai- transição (1946-1957); e o quar- MÚSICA NAS VEIAS O livro
Já da música popular, outra des- eu tinha tudo para não gostar de objeto de muito xão, evidentemente, vem pri- to, de modernização (de 1958 até – uma leitura obrigatória
coberta que ele deve ao rádio, música popular”. preconceito entre meiro. Depois, Almirante e os pi- hoje). A análise de cada gênero para estudiosos da música
não há quem não reconheça nele Severiano mudou-se para o oneiros jornalistas especializa- é feita em linguagem clara, ao – reúne oito textos inédi-
mais do que uma autoridade: Jai- Rio em 1950. Desenhista, pensa- nós”, observa o his- dos, um dos quais, Ary Vascon- alcance de todos, nada pareci- tos do crítico, radialista, his-
ro Severiano tem, outra vez co- va em estudar arquitetura. Ór- toriador cellos, abririam caminho para fu- da com a da maioria das teses toriador e musicólogo Zuza
mo poucos, as três virtudes fun- fão de pai desde os 16 anos, com turos historiadores com os dois acadêmicas quem têm sido dedi- Homem de Mello, e mais de
damentais do pesquisador: acui- mãe e irmã para sustentar, op- volumes de seu Panorama da Mú- cadas à música popular. Insere- 120 fotos selecionadas pelo
dade, honestidade e generosida- tou por carreira mais imediata. dores” são capazes para chegar sica Popular (1968). Mais adian- se em cada capítulo a minibio- autor, além de ensaios so-
de. Fez concurso para o Banco do na frente na corrida por uma in- te, aconteceram os encontros de grafia dos principais composito- bre jazz e MPB.
Com um atraso de um ano e Brasil, passou, teve de trabalhar formação. Severiano, como Al- pesquisadores. res e intérpretes, um breve qua- FICHA: Editora 34, 360 págs., R$
quatro meses (nasceu em Forta- dois anos em Porto Alegre e aca- mirante, vê nisso um crime. O O trabalho da Discografia foi dro social da época, os “comos” 46, em média
leza em 20 de janeiro de 1927), bou fixo no Rio, onde a música que nos leva à terceira virtude: decisivo. Enquanto se dedicava e “porquês” das transformações
o pesquisador exemplar está se acontecia. “Pouca gente se ocu- a generosidade. O bom pesqui- a ele, Severiano produzia discos, ocorridas em quase 250 anos de
dando um presente pelos 80 pava de música popular na im- sador não compete, não guarda redigia encartes e contracapas História.
anos, presente este extensivo a prensa carioca”, recorda. “Havia suas peças como figurinhas ra- que eram verdadeiras aulas, en- O mais importante: tudo é
todos: Uma História da Música po- o Lúcio Rangel, o Ary Vasconcel- ras, prefere compartilhá-las. Não trevistava músicos, trocava in- contado com elogiável equilí-
pular Brasileira – Das Origens à los, o Sílvio Túlio Cardoso, este é por acaso que Severiano é o formações com outros estudio- brio. Se, no começo de suas re-
Modernidade (Editora 34), um li- mais ligado ao disco, e poucos mais solicitado dos estudiosos sos. Escreveu – além da Discogra- lações com a música, o autor
vro de 500 páginas, ilustrado, co- mais. Claro, Almirante já era Al- de música no Brasil. Aquela gra- fia publicada pelo MEC em 1982 enfrentou preconceitos, é sem
brindo personagens que vão de mirante. Foi o primeiro a perce- vação que ninguém tem, aquela e hoje digitalizada – os livros Ge- eles que trata todas as fases,
Caldas Barbosa a Chico Science. ber que informações e documen- data, aquele detalhe, é com ele túlio Vargas e a Música Popular todos os artistas, reconhecendo
“O hábito de associar a músi- tos deviam ser preservados co- mesmo. (1983) e Yes, Nós Temos Bragui- em cada capítulo a importância
ca popular a momentos de mi- mo parte importante de nossa Ele puxa pela excelente me- nha (1987), além de A Canção no devida. Da modinha oitocentis-
nha própria história acabou fun- cultura. Naturalmente, foi à ho- mória e conta que seu primeiro Tempo (1997 e 1998). ta ao funk, conta uma história
cionando como um exercício de nestidade dele que recorri quan- contato ao vivo com um gran- Uma História da Música Popu- tão bem contada e tão imparcial
memória, que faço através dos do comecei a me dedicar ao estu- de artista da canção foi com Síl- lar Brasileira (ele faz questão do que fica impossível saber ao cer-
anos”, explica. “No ano de 1937, do da música popular”. vio Caldas, quando este foi can- artigo indefinido, já que “a” his- to quais são suas próprias prefe-
por exemplo, descobri a música Honestidade, a segunda virtu- tar para os alunos do Liceu do Ce- tória seria obra de dimensões en- rências. As quais, como qualquer
ouvindo no rádio Não Tenho Lá- de. Só quem acompanha os me- ará, onde estudava. Logo em se- ciclopédicas) é dividido em qua- mortal, o apaixonado por música DE A-HA A U2: OS BASTI-
grimas, Sabiá Laranjeira, Fausti- andros da pesquisa no Brasil sa- guida, pelas ondas da Rádio Na- tro partes, ou tempos, como pre- Jairo Severiano tem todo o direi- DORES DAS ENTREVISTAS
na, Lábios que Beijei, músicas que be do quanto certos “pesquisa- cional, ou já de perto, nos pro- fere o autor. Seu ponto de par- to de ter, mas o historiador, não. DO MUNDO DA MÚSICA O
livro revela os bastidores
de 53 entrevistas que o jor-
nalista Zeca Camargo reali-
LUIS FERNANDO VERISSIMO zou ao longo de sua carrei-
Victor Lema Riqué
ra, com alguns dos nomes
mais importantes da músi-
ca nacional e internacional.
FICHA: Globo, 471 págs., R$ 32,

A Charlotte em média

A mãe da escritora Colette ti- Já a tartaruga sente a mudança dos acontecimentos em que es-
nha uma tartaruga chamada nas suas entranhas. Tem uma tão metidas, ou pelo que não
Charlotte que dormia durante sabedoria instintiva mais anti- afeta seus interesses menores.
todo o inverno. A menina Co- ga do que qualquer calendário. Como aquele orador famoso
lette sabia que o inverno tinha Sabe que a hora exata em que que enaltecia as conquistas da
acabado quando sua mãe anun- o inverno dá lugar à primavera Revolução Francesa (para não
ciava “Charlotte s’eveille, c’est é a sua hora de acordar. E vice- sair da França) começando não
le printemps”. Não importava versa. pela liberdade, a fraternidade
que o calendário não concordas- Muita gente vive segundo ou a igualdade mas pela sopa.
se com a tartaruga. Ou que o crenças particulares ou tradi- Pois para ele o maior feito da
próprio clima a desmentisse. Po- ções familiares, desconsideran- Revolução fora acabar com o
dia estar nevando: se Charlotte do as informações que regem ou “bouillon” que era só o que ser-
abrisse os olhos, era primavera. afligem a vida dos outros. É gen- viam nos restaurantes – o no-
Não se sabe a idade da Char- te que confia na Charlotte mais me “restaurant” era o adjetivo
lotte. Podemos presumir que do que no senso comum. Des- que descrevia a sopa – e substi-
fosse uma tartaruga que já vi- considera os ciclos oficiais, o no- tuí-lo pela mesa variada, acessí- MÚSICA CAIPIRA: DA
ra passar muitas primaveras. E ticiário e todas as evidências em vel a todos os franceses. Para o ROÇA AO RODEIO Os pas-
que, portanto, em matéria de contrário e só segue as convic- orador, a revolução que impor- sos percorridos pela músi-
mudança de estação, era mais ções das suas entranhas – por tava ocorrera no menu. Como ca caipira até que ela ad-
confiável do que o calendário ou mais estranhas que sejam. To- ele, muita gente até hoje parece quirisse sua atual feição
o clima. O calendário traz as da- do tipo de esoterismo é uma for- fazer questão de não entender o pop são “rastreados” neste
tas oficiais em que uma estação ma de acreditar na Charlotte, tempo em que está vivendo, ou livro, que traz uma parte
termina e a outra começa, com ou numa sabedoria misteriosa a revolução acontecendo à sua rica e substancial da histó-
certeza burocrática e de acordo anterior à inteligência. volta. exagero, claro, em viver eterna- que seu pequeno feudo afetivo ria da cultura popular bra-
com cálculos precisos, indiferen- Mas a Charlotte também ser- Também tem gente que só re- mente ligado nos fatos e pre- esteja em ordem. Mas não se po- sileira, com seus inúmeros
te ao clima. O clima pode vari- ve como metáfora para outro conhece a importância de qual- ocupado com o mundo. Num de viver idilicamente alheio a “causos” caipiras.
ar e até enlouquecer de ano para tipo de desconsideração, a das quer notícia quando ela acorda mundo em crise, isso é receita tudo. Principalmente quem não FICHA: Editora 34, 434 págs., R$
ano, indiferente ao calendário. pessoas pelo significado maior a sua tartaruga. Há um certo certa para a neurose – por mais tem vocação para tartaruga. 49, em média

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