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Fichamento:
p. 123-124 - “Wackenroder exprime com eficácia este novo comportamento face à arte dos
sons: a música < desenha sentimentos de forma sobre-humana [...] porque fala uma
linguagem que nós não conhecemos na vida corrente, que não sabemos nem como, nem onde
aprendemos, que se pode conhecer só como linguagem dos anjos>”
p.124 - “A música instrumental pura [...] torna-se o símbolo desta nova linguagem
privilegiada que nos permite aceder a regiões do ser de outra forma inacessíveis”.
p. 126 - “A música é objetivação directa[...] para Schopenhauer, a música não deve, por
natureza, ser descritiva[...] tem, portanto, um carácter de universalidade e mantém uma
posição abstracta e formal em relação a cada sentimento determinado e expresso em
conceitos”.
p.127 - “O drama para Wagner, não é um gênero musical, mas a única arte verdadeira,
completa e possível, a arte reintegrará a expressão artística na sua unidade e total
comunicabilidade”.
p. 128 - 129 - “A concepção de música como geradora de todas as artes é romântica e talvez
represente mesmo a expressão máxima e a conclusão de toda a especulação romântica da
música”.
“Do formalismo à sociologia da música”
p. 130 - “A técnica musical não é, para Hanslick, um meio para exprimir sentimentos ou
suscitar emoções, mas sim a própria música e nada mais. Não faz sentido estabelecer
hierarquias e valores entre as artes porque cada arte é autônoma, não exprime nada para além
de si e possui a sua beleza particular.”
Referência:
FUBINI, Enrico. Do idealismo romântico ao formalismo de Hanslick. In: _____. Estética da
música. Tradução de Sandra Escobar. Lisboa: Edições 70, 2008, p. 123-135.