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ANEXO 20

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NOTA TÉCNICA - Estimativa de aumento das receitas de Participações Governamentais


oriundas da produção de Petróelo e Gás natural após a aplicação da Nova Metodologia de
formulação do Preço Mínimo do Petróleo (PMP) adotado para o cálculo das participações
governamentais (royalties e outras participações), conforme sugerida na Nota Técnica nº
45/2015/SPG-ANP.

I. Introdução
A Nota descreve a metodologia e as premissas adotadas pela Subsecretaria de
Política Fiscal para estimar a Receita de Participações Governamentais do Estado do
Rio de Janeiro (ERJ) para o período 2018-2025, considerando os novos critérios do
preço mínimo do petróleo sugeridos pela Nota Técnica nº 45/2015/SPG-ANP, e o
estudo feito pela Superintendência de Participações Governamentais (SPG) da Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

II. Premissas Utilizadas


 Estimativa do preço do barril de petróleo tipo Brent - divulgado no site da Energy
Information Administration - EIA1, por se tratar de referência no assunto em questão,
para o período 2018-2025 - US$ 55,00;
 Câmbio - dada a incerteza sobre o comportamento da moeda nos próximos anos,
utilizou-se como parâmetro para o longo prazo a taxa de câmbio apresentada no
Boletim FOCUS de 09/06/2017, com valores de R$/US$ 3,36, R$/US$ 3,40 e R$/US$
3,50 para 2018, 2019 e 2020, respectivamente, mantendo o valor de 2020 para o resto
do período em análise.
A tabela I a seguir contém o resumo dos parâmetros utilizados para o período 2018-2025:

TABELA I

PARÂMETROS ADOTADOS NO CÁLCULO DE PARTICIPAÇÕES GOVERNAMENTAIS - ERJ - 2018 –


2025

Parâmetros 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025

Brent (US$) 55 55 55 55 55 55 55 55

Câmbio (R$/US$) 3,36 3,4 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5

1
https://www.eia.gov/outlooks/steo, publicado em 06/06/2017.
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 Produção - dos campos que já possuem declaração de comercialidade,


fornecida pela ANP2, Autarquia Federal responsável por promover a regulação,
contratação e fiscalização das atividades econômicas integrantes da indústria
do petróleo, através de Convênio de cooperação técnica e operacional. O
Convênio firmado entre o ERJ e ANP, em sua cláusula segunda, trata sobre a
confidencialidade das informações repassadas entre os envolvidos:

“As informações repassadas no âmbito do convênio têm caráter CONFIDENCIAL e


devem ser usadas somente para fins de persecução do objeto do convênio.”

Por esse motivo, existe a impossibilidade de apresentar a produção de óleo


considerada nos cálculos realizados.

Estimativas futuras na Produção de Petróleo e Gás Natural além do Convênio ANP:


Para estimativa dos potenciais icrementos na curva de produção de Petróleo e Gás
Natural para o Brasil e consequentemente para o ERJ, foi observado o comportamento dos
atuais campos produtores que demonstram crescimento considerável como pode ser visto no
histórico dos últimos 12 meses na tabela II.

Tabela II
HISTÓRICO DE PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NO BRASIL

MBOE/D
Parâmetros mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17

Petróleo 2.487 2.558 2.584 2.609 2.671 2.624 2.609 2.730 2.687 2.676 2.550 2.539 2.653

Gás Natural 628 651 674 684 695 682 699 703 691 671 637 645 659

Total 3.115 3.209 3.258 3.293 3.366 3.306 3.308 3.433 3.378 3.347 3.187 3.184 3.312

Fonte: ANP – Boletim da Produção Junho/17

2
Informações disponibilizadas através do Convênio de Cooperação ANP/Estado do Rio de Janeiro nº 01/15.
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Cabe resaltar que atualmente o ERJ é responsável por 68% da produção de Petróleo e
47% da produção de Gás Natural no Brasil e o crescimento da curva de produção de Petróleo
do ERJ tem acompanhado o mesmo padrão de crescimento da produção nacional, conforme
gráfico I.

Gráfico I

Histórico da Produção de Petróleo – (bbl/d)

Produção Acumulada - ~11,8 Bbbl (Óleo) e 212Bm³ (Gás)


Fonte ANP

Estimativa futura de aumento da curva de produção Petróleo e Gás Natural para o Estado do
Rio de Janeiro conforme Perspectivas da ANP:

Para os próximos anos é estimado pela ANP o incremento na curva de produção


do ERJ de mais de 9 Bbbl (9 bilhões de barris) de Petróleo recuperáveis3 se
considerado a finalização dos atuais projetos em desenvolvimento, como a extensão do
Campo de Lula, Búzios, início de produção do Campo de Libra, entre outros.Também é
esperado mais de 1 MM bpd (1 milhão de barril por dia) de incremento na curva de
produção até 2029 conforme resultados potenciais dos nove leilões com areas
destinadas ao ERJ.

³ Anúncio de Novas Rodadas de Licitação 2017 Potenciais Impactos no RJ - Décio Oddone, Diretor Geral – ANP –
Evento na Firjan em 27 de Junho de 2017.
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Memória de Cálculo

Legislação - Para uma análise mais detalhada sobre a metodologia adotada para o cálculo, faz-
se necessário citar a legislação pertinente:

A Lei nº 9.478 de 1997, conhecida como Lei do Petróleo, estabeleceu em 10% a


alíquota básica dos royalties. Contudo, esta alíquota pode ser reduzida pela ANP, até um
mínimo de 5%, tendo em conta os riscos geológicos, as expectativas de produção e outros
fatores pertinentes. A Lei do Petróleo, no seu artigo 48, manteve os critérios de distribuição
dos royalties para a parcela de 5% adotados na Lei 7.990/89 e introduziu, em seu artigo 49,
uma forma diferenciada de distribuição para a parcela acima de 5%( até 10%). O Decreto no
2.705, de 3 de agosto de 1998, conhecido como o Decreto das Participações Governamentais,
regulamentou os artigos 45 a 51 da Lei do Petróleo, definindo os critérios para cálculo e
cobrança das participações governamentais.

Critérios de distribuição dos royalties:


Lei 7.990/89 – parcela até 5%:
Estados Confrontantes com produção Marítima – percentual de 30% sobre 5% do
valor da produção total dos poços marítimos localizados dentro dos limites das projeções
ortogonais do Estado sobre a plataforma continental. Por força do Art. 9º da Lei 7.990 de
1989, 25% devem ser distribuídos pelo Estado a todos os seus municípios nos moldes do Art.
158 da Constituição Federal.

Lei 9.478/97 – parcela acima de 5%:


Estados Confrontantes com produção Marítima – percentual de 22,5% da parcela
acima de 5% do valor da produção total dos campos marítimos localizados dentro dos limites
das projeções ortogonais do Estado sobre a plataforma continental.
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Para maiores detalhes sobre os cálculos de Royalties, ver Manuais ANP4.

Critérios de distribuição de Participações Especiais:


Participação Especial = (Receita Bruta – Gastos dedutíveis) x Alíquota efetiva
Para recursos provenientes de campos marítimos, são repassados 40% do resultado da
equação acima aos estados confrontantes com a plataforma continental onde ocorrer a
produção, conforme determinado no art. 50 da Lei 9.478/97.
Para maiores detalhes sobre os cálculos de Participações Especiais, ver o Manual
ANP5.

III – Metodologia

No Anexo II, páginas 8 e 9, da Nota Técnica nº 45/2015/SPG-ANP, disponível


no site da ANP, consta o valor do Preço Mínimo da Proposta de Nova Resolução, como
sugestão de revisão da Portaria ANP nº 206, de 29 de agosto de 2000 (Portaria essa que
estabelece os critérios para a fixação do preço mínimo do petróleo a ser adotado para
fins de cálculo das participações governamentais).
Tendo como base a proposta de novo preço mínimo apresentada no Anexo II da
citada Nota, calculou-se um novo Beta6 médio para o óleo de cada Campo do ERJ.
Adotando os parâmetros já citados no item II dessa Nota e aplicando o novo Beta
médio, calculamos a receita estimada de cada campo para cada exercício.

Os novos valores projetados para Participações Governamentais provenientes da


exploração do petróleo (Royalties e Participações Especiais) estão estimados conforme
tabela abaixo III:

4
http://www.anp.gov.br/wwwanp/royalties-e-outras-participacoes/manuais
5
http://www.anp.gov.br/wwwanp/images/Royalties-e-outras-participacoes/Manuais/Manual_CalculoDistribuicaoAuditoria_PE.pdf

6
Proporção do valor do óleo de cada Campo em relação ao Brent
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TABELA III
ESTIMATIVA DE PARTICIPAÇÕES GOVERNAMENTAIS 2018 – 2025
COM NOVO PREÇO ANP*

R$/bi

Receita 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025


Royalties 3,5 4,3 4,9 4,8 4,9 4,8 4,5 4,1
Participação Especial 5,7 7,1 8,0 8,0 8,0 8,0 7,4 6,7
Total 9,2 11,4 12,9 12,8 12,9 12,8 11,9 10,8

*Conforme Nota Técnica nº 45/2015/SGP-ANP

IV – Riscos Associados a não performance da medida


Os riscos a serem considerados referem-se à alteração nos parâmetros do Brent e
câmbio considerados para cálculo e a problemas operacionais que podem diminuir a
produção estimada.

V – Conclusão
A tabela IV apresenta o impacto da nova formulação para o cálculo do preço mínimo
conforme Nota Técnica nº 45/2015/SPG-ANP, caso esta já estivesse plenamente em vigor em
2018.
TABELA IV

ESTIMATIVA DE INCREMENTO NAS PARTICIPAÇÕES GOVERNAMENTAIS 2018 – 2025


COM NOVO PREÇO ANP*

R$/bi

Receita 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025


Previsão Atual 7,9 9,9 11,1 11,0 11,0 10,9 10,1 9,2
Previsão com Novo Preço 9,2 11,4 12,9 12,8 12,9 12,8 11,9 10,8
Total 1,3 1,6 1,8 1,8 1,9 1,9 1,7 1,6

*Conforme Nota Técnica nº 45/2015/SGP-ANP

A princípio, caso os parâmetros adotados para o cálculo não oscilem demasiadamente e


a produção de petróleo aconteça conforme o esperado pelas concessionárias7, o Estado
do Rio de Janeiro espera um ganho adicional de Receita de mais de R$ 1 bilhão por ano,
nos próximos 8 anos, totalizando R$ 13,5 bilhões a mais até 2025.

7
Informações fornecidas pelo concessionário à agência reguladora, através do Plano Anual de Produção (PAP), que
se baseia na estimativa de produção fornecida pelo concessionário para cada campo de exploração de petróleo nos
próximos 5 (cinco) anos, e do Plano de Desenvolvimento da Produção (PD), que constitui estimativa de longo prazo
sobre a capacidade de produção do campo.
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Outro fator que se deve levar em consideração é a implementação do novo preço


de forma gradual, pois a Resolução que atualizará a Portaria ANP nº206/2000 ainda não foi
aprovada, e tal assunto ainda encontra-se em período de Consulta Pública. O cálculo da
forma apresentada considera 100% do valor do novo preço mínimo a partir de 2018.

Efeito no Fluxo de Caixa (100% a partir de 2018)


Em R$ milhões
2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023
Novo Preço Mínimo - 1.299 1.571 1.797 1.819 1.880 1.883
Petróleo

Em maio de 2017 foi publicado o Decreto 9.042/2017, que altera o Decreto


2.705/98 quanto ao preço referência do petróleo. A Resolução CNPE 05/2017 determina
que haja um período de transição para a aplicação do novo preço do petróleo, a ser
definido pela ANP.
Em atendimento à Resolução acima citada, a ANP produziu uma Minuta de
Resolução8 propondo a revisão da Portaria ANP 206/2000, que estabelece os critérios
para a fixação do preço referência do petróleo.
A regra proposta na Minuta de Resolução é que a participação da nova
metodologia seja incrementada anualmente em 20% até alcançar 100% em 2022. Com o
objetivo de obter subsídios para a redação final da Resolução, a ANP realizou no dia 18
de agosto audiência pública. As contribuições frutos dessa audiência estão em análise
pela área técnica da ANP responsável para preparação do texto final, que será
submetido à diretoria da agência para aprovação e posterior publicação no Diário
Oficial. A previsão é que o novo regulamento seja publicado em 15 de setembro, com
vigência efetiva a partir de janeiro de 2018.
Tendo em vista não dispormos da redação final da Resolução que norteará a
regra de transição aplicável à nova precificação do petróleo, as projeções dessa Nota
Técnica consideram o novo preço mínimo do petróleo como plenamente em vigor já a
partir de 2018.
No entanto, a Secretaria de Estado da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico
do ERJ apresentou sugestão de alteração da regra de transição, onde receberíamos 30%
do Novo preço de Referência no primeiro ano, ao invés dos 20% sugeridos na Minuta.

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http://www.anp.gov.br/wwwanp/images/Consultas_publicas/Concluidas/2017/n_16/Minuta-de-Resolucao.pdf
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Além disso, a proposta considera que a transição tenha o prazo de contagem em


dezembro de 2015. Logo, no ano de 2018, o percentual seria de 50%, pois acumularia
os dois primeiros anos. Em conseguinte, 2019 seria aplicado 70% da nova metodologia,
em 2020 seriam 90% e finalmente os 100% em 2021.
Para efeito de comparação, segue abaixo o cálculo do novo Preço Referência do
Petróleo, seguindo a regra de transição sugerida pela Casa Civil:

Efeito no Fluxo de Caixa (100% somente em 2020)


Em R$ milhões
2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023
Novo Preço Mínimo - 649,3 1.099,7 1.797 1.819 1.880 1.883
Petróleo

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