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1. HABEAS CORPUS
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência
ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar.
Quando a autoridade
Omissão
deveria agir e não o fez
Violar a CF/88
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem
como pelo Ministério Público.
Legitimidade
Passivo: Autoridade Pública ou particular
Parte da doutrina, como p.ex Nelson Hungria, entende que é difícil a hipótese de
HC contra ato praticado por particular, isto porque, no caso concreto, como que a
vítima fará para que seu remédio chegue ao juiz sendo que ela está privada de sua
liberdade?
O principal caso de HC contra particular é o caso de uma pessoa que vê sua
liberdade restringida dentro de um hospital, pois não conseguiu pagar o tratamento,
então o centro médico o deixa preso em suas dependências.
i. Identificação da autoridade coautora
ii. Identificação do paciente
Requisitos
iii. Descrição do constrangimento sofrido (ameaça ou lesão já sofrida)
Mínimos do HC
iv. Assinatura do impetrante (quando não consta essa assinatura- impetração apócrifa)
b) Não Originária: “regra da escada”- o HC será julgado pela autoridade superior àquela
autoridade tida como coautora.
STF
STJ
TRF
Justiça
Delegado Federal
da Polícia
Federal
STF
STJ
TJ
Juiz de
Delegado Direito
da Polícia
Civil
STF
STJ
TJ ou TRF
Colégio
Juiz do Recursal
Delegado JECrim
de Polícia
Aplicação de Art. 655. O carcereiro ou o diretor da prisão, o escrivão, o oficial de justiça ou a autoridade judiciária ou
policial que embaraçar ou procrastinar a expedição de ordem de habeas corpus, as informações sobre a
Multa
causa da prisão, a condução e apresentação do paciente, ou a sua soltura, será multado na quantia de
duzentos mil-réis a um conto de réis, sem prejuízo das penas em que incorrer. As multas serão impostas
pelo juiz do tribunal que julgar o habeas corpus, salvo quando se tratar de autoridade judiciária, caso em
que caberá ao Supremo Tribunal Federal ou ao Tribunal de Apelação impor as multas .
Não existe mais prisão administrativa, portanto o artigo perdeu seu fundamento de
aplicação.
HC contra Prisão o
Administrativa Art. 650, § 2 Não cabe o habeas corpus contra a prisão administrativa, atual ou iminente, dos
responsáveis por dinheiro ou valor pertencente à Fazenda Pública, alcançados ou omissos em fazer o seu
recolhimento nos prazos legais, salvo se o pedido for acompanhado de prova de quitação ou de depósito
do alcance verificado, ou se a prisão exceder o prazo legal.
Não cabe HC contra prisão disciplinar (é a punição prisional aplicada ao militar que violar
o seu estatuto).
Existe uma clara colisão entre dispositivos constitucionais: i) Art. 141, §1º veda o
HC contra prisão disciplinar; ii) Art. 5º, XXXV- o direito protegerá as pessoas de
ameaça ou violação de seus direitos.
Dessa forma, o STF decidiu que não cabe HC para discutir o mérito da punição.
HC contra Prisão
Disciplinar Legalidade
(respeito aos
requisitos da lei)
Elementos da
Punição
Mérito
(razão da punição)
1.1. PROCEDIMENTO JUDICIAL DO HABEAS CORPUS
A) PRIMEIRA INSTÂNCIA
B) SEGUNDA INSTÂNCIA
Habeas Corpus
Tribunal
Secretária
Distribuidor
Turma/Câmara
Presidente
Indeferir Deferir
Informação da
parte coautora
Parecer do MP
Julgamento
Sentença
2. MANDADO DE SEGURANÇA
CF/34: surgimento
Origem
CF/37: supressão do MS do texto constitucional
Art. 5º, LXIX: LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e
certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela
Fundamentos
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público.
Natureza residual: proteger direito líquido e certo não amparado por qualquer outro remédio
constitucional.
Objeto Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas
corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica
sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam
quais forem as funções que exerça.
a) Originária:
STF: Art. 102º, I, “d”- o mandado de segurança contra atos do Presidente da
República.
STJ: Art.105º, I, “b”- os mandados de segurança e os habeas data contra ato de
Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou
do próprio Tribunal.
TRF: Art. 108º, I, “c”- os mandados de segurança e os habeas data contra ato do
próprio Tribunal ou de juiz federal.
Competência TJ: Art. 74º, II, CESP: os mandados de segurança e os "habeas data" contra atos do
Governador, da Mesa e da Presidência da Assembleia, do próprio Tribunal ou de
algum de seus membros, dos Presidentes dos Tribunais de Contas do Estado e do
Município de São Paulo, do Procurador-Geral de Justiça, do Prefeito e do Presidente
da Câmara Municipal da Capital.
b) Não- Originária:
Juiz especial: trabalhista ou eleitoral.
Juiz federal: Art. 109º, VIII- VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra
ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais.
Juiz de direito
a) Contra ato do Presidente da Junta Comercial: é uma exceção à regra geral, pois sua
competência é federal, por tratar-se de um órgão que trabalha sob autorização federal do
Ministério da Industria e Comercio.
b) Contra ato de Tribunal ou Membro de Tribunal: é o próprio Tribunal que irá julgar o
Mandado de Segurança.
c) Contra ato de Turma do STF: não cabe Mandado de Segurança, pois inexiste órgão
julgador nesta hipótese.
d) Contra ato de CPI Federal: a competência é do STF, pois a Constituição Federal
determina que é ele quem julga quando é para discutir um ato da Casa Legislativa ou algum
ato interno- Art. 102º, I, “d” e “e”.
e) Contra ato de Promotor de Justiça: a competência é do juiz de direito.
Competências f) Contra ato de Órgão Colegiado: o polo passivo é o Presidente do Órgão Colegiado, logo
Específicas será julgado pelo próprio Tribunal.
g) Contra ato do Ministro do Estado: Art. 105º, I, ‘b’ compete ao STJ
E se o Ministro de Estado for o Presidente do Órgão Colegiado? A competência não
é mais do STJ, sendo caso de competência não originaria da justiça federal.
Súmula 177 do STJ: O STJ é incompetente para processar e julgar, originariamente, mandado de segurança
contra ato de órgão colegiado presidido por Ministro de Estado.
Não se trata de prova, é um mero reforço de argumentação jurídica e, desta forma, pode ser
Parecer Jurídico
juntado a qualquer momento.
O Mandado de Segurança comporta somente prova documental (justamente pelo fato de ser
Tipo de Prova
pré-constituída).
É a existência de mais de uma posição jurídica sobre um determinado assunto (correntes
Controvérsia de distintas). Isto não impede a interposição do Mandado de Segurança.
Direito
Súmula 625, STF: Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de segurança.
Não cabe Mandado de Segurança contra decisão transitada em julgado, pois este remédio
Decisão Judicial
não tem natureza de ação rescisória.
transitada em
Julgado
Súmula 268, STF: Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado.
O Mandado de Segurança só pode discutir ato concreto, logo não pode versar sobre lei, pois
é um ato de natureza abstrata. Além disto, existem mecanismos próprios para discutir a lei
Lei em Tese (controle de constitucionalidade).
Súmula 266, STF: Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.
Cobrança de Súmula 269, STF: O mandado de segurança não é substitutivo de ação de cobrança.
Dívida
MS no lugar de
Súmula 101, STF: O mandado de segurança não substitui a ação popular.
Ação Popular
a) Ativa: qualquer pessoa, física ou jurídica, nacional ou estrangeira.
A universalidade de bens1 pode figurar como parte ativa do Mandado de Segurança?
Pode impetrar MS conforme a lei dispuser.
Chefia do Executico
Administração Direta
Vice Chefia do Executivo
(Orgãos)
Auxiliares Imediatos da
Chefia do Executivo:
Secretárias, Ministérios
Orgãos de Apoio
Autoridade Pública
O capital é totalemente
Empresa Pública composto de verba pública
(Direito Privado) e pode ter qualquer forma
societária (ex: Correios)
Legitimidade
Autarquias/ Agências
Fundações Públicas
O MS contra ato de empresa estatal só é cabível quando essa empresa prestar serviço
público ou realizar ato regido pelo direito público
Serviço Público
Funções de Empresas
Estatais
Atividades
Economicas
Súmula 333, STJ: Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de
economia mista ou empresa pública.
Art. 1, § 2o da lei 12.016/09: Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados
pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço
público.
1
São massas patrimoniais que podem ser titulares de direitos e obrigações previstas em lei: i) espólio; ii) massa falida; iii)
condomínio; iv) herança jacente (s/ herdeiros).
Como Gestor de
Negócios (chamados
em situações de
emergências- ex:
jogador de tenis que
cedeu suas quadra para Contrato de Concessão
os refugiados do de Serviço Público: é
furacão Michel) um contrato mais
estavel, pois há a
prevalencia do
Por requisição, interesse público sobre
Agente no exercicio de nomeação ou o privado --> serviço
atribuições públicas designação (ex: Através de Contrato público delegado
mesários e jurados) Administrativo: o Poder
Público atua como parte
Legitimidade Para execução de Contrato de Permissão
serviços públicos Através de Autorização: de Serviço Público: é
um contrato mais
o Poder Público atua
precário, pois há a
como mero fiscalizador
prevalencia do
(ex: banca de jornal,
despachante) interesse particular
Súmula 510, STF: Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o
mandado de segurança ou a medida judicial.
Súmula 632, STF: É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de mandado de
segurança.
Quando o prejudicado pede pela via administrativa que a autoridade reconsidere sua ação
Prazo do MS e ou omissão. O pedido de reconsideração administrativa não suspende o prazo para
Pedido de propositura do Mandado de Segurança.
Reconsideração
Administrativa Súmula 430, STF: Pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe o prazo para o mandado
de segurança.
Prazo nos Atos
de Trato Entende-se que o prazo se renova para cada parcela do ato.
Sucessivo
Recurso O prazo para propositura do Mandado de Segurança fica paralisado até a decisão final no
Administrativo e processo administrativa.
Prazo para o
MS
O Mandado de Segurança será cabível contra a decisão judicial da qual caiba recurso sem
efeito suspensivo. Caso, a lei conceda efeito suspensivo ao recurso, em regra, não há
necessidade de se impetrar o MS, pois o próprio recurso já tem aptidão para parar eventual
Decisão prejuízo à parte. Entretanto, vem ganhando força, a ideia de que, nos casos de fundado receio
Judicial da qual de dano irreparável, seria possível impetrar MS, mesmo que o recurso cabível tenha efeito
caiba recurso suspensivo (ex: medicamentos para sobrevivência da pessoa).
Súmula 267, STF: Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição.
Ato do qual Prevalece a mesma ideia contra decisão judicial da qual ainda caiba recurso:
caiba Recurso Com efeito suspensivo não cabe o Mandado de Segurança
Administrativo Sem efeito suspensivo cabe Mandado de Segurança
MS contra Não se pode utilizar o Mandado de Segurança contra decisões interlocutórias do JEC, pois
Decisão fere o princípio da celeridade dos Juizados. Contudo, não há prejuízo da ampla defesa,
Interlocutória pois estas matérias poderão ser alegadas em sede de Recurso Inominado.
em sede de JEC Princípio da irrecorribilidade em separado das interlocutórias.
Delegação de Em mandado de segurança questionando a transferência de competência, quem entra no
Competência polo passivo é o delegado, porque é quem faz o ato administrativo.
Administrativa e Delegante transfere a competência
Leg. Passiva Delegado quem recebe a transferência da competência
Delegação de Quando ocorre a delegação da assinatura, ou seja, quando uma pessoa já usa uma assinatura
Assinatura e pronta, quem entra no polo passivo é o delegante, porque o delegado não praticou
Leg. Passiva propriamente o ato.
O Mandado de Segurança contra esta decisão deverá ser proposta contra quem nomeou o
magistrado, ou seja, o Chefe do Executivo.
Quinto Constitucional: é a possibilidade de, na composição de certos tribunais (TJ,
TRF, TRF, TJ/DF e TRT) ter membros do Ministério Público e Advogados.
o Requisitos: i) notório saber jurídico, ii) reputação ilibada, iii) 10 anos de
Mandado de exercício profissional.
Segurança o Procedimento:
contra
Nomeação de Orgão de Lista
Encaminha Chefe do
20 dias para
para o Lista Tríplice Executivo
Magistrado Classe Sextupla
Tribunal (Gov/Pre)
nomeação
Mandado de
Segurança
Juiz
Deferir Indeferir
10 dias para
prestar
informações
3. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Princípio da Supremacia Constitucional: o controle de constitucionalidade possui como base o
princípio da supremacia constitucional, que surge de algumas características do nosso ordenamento
jurídico:
Hierarquia normativa (existem normas superiores e inferiores);
A ordem jurídica tem uma configuração piramidal;
Subordinação normativa;
A CF é vista como a norma hierarquicamente superior as demais;
Caso uma norma não respeita a CF, receberá o rótulo de inconstitucional e dessa forma
será nula.
o Existem duas correntes que buscam explicar qual o fundamento da supremacia constitucional:
1º corrente: a CF é suprema, pois todas as demais normas emanam delas;
2º corrente: a CF é suprema devido a sua rigidez2
Conceito: controle de constitucionalidade nada mais é do que o procedimento utilizado para fiscalizar
a compatibilidade das leis e atos normativos com a Constituição Federal.
Controle de
Constitucionalidade Regra: feito pelo
Medida Provisória
Poder Judiciário
Repressivo
Exceção: feito pelo
Congresso Nacional Lei Delegada
em três casos
Regulamento
2
Este é o critério utilizado para definir a hierarquia de uma norma: quanto mais difícil a sua mutabilidade, maior será seu grau
hierárquico no sistema.
3.1. CONTROLE PREVENTIVO
3.1.1. PODER LEGISLATIVO
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ): realiza um parecer sobre o assunto discutido no projeto de
lei ou da proposta de Emenda (este parecer não possui conteúdo vinculante).
Plenário: só é possível saber se houve o controle de constitucionalidade quando o Plenário rejeitar o
projeto, declarando-o inconstitucional.
Presidente da Casa Legislativa: poderá rejeitar o projeto (neste caso, haverá o controle preventivo).
Comissão de
Projeto de Lei/
Constituição e Comissão Temática Plenário
Proposta de Emenda
Justiça
Iniciativa Publicação
O CN deverá sustar o
Não cumpre sua Emissão do Decreto-
Regulamento (declarar
finalidade- Exorbitante Legislativo
inconstitucional)
Lei Delegada: o Controle é exercido pelo Congresso quando sustar a parte da lei delegada que não
cumpre os limites da Resolução, por meio de um Decreto Legislativo.
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República,
que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do
Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados
ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a
legislação sobre:
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a
garantia de seus membros;
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
§ 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do
Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu
exercício.
§ 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso
Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.
Em conformidade com os
Constitucional
limites da Resolução
Iniciativa do Presidente
da República ou
Governador
Publicação
Votação no Congresso
Nacional
Medida Provisória3 X
3
A Medida Provisória pode ser objeto de ADIN, mas possui um cabimento condicional, como se verá logo abaixo
Antes da Propositura da
Não será conhecida
ADIN
Lei Revogada
O processo estará
No curso da ADIN
prejudicado (s/ mérito)
Medida Provisória
A Petição deverá ser aditada,
informando a lei que será
objeto da ADIN
Legitimidade Ativa: em todas as ações o rol de legitimados está previsto no art. 103º, CF, salvo na
ADIN Interventiva, cujo legitimidade pertence ao Procurador Geral da República.
Presidente da República
Governador do Estado e do Distrito Federal
Mesa da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, da Assembleia Legislativa e da Câmara
Legitimidade Legislativa do DF
Ativa Procurador Geral da República
(Art. 103)
Conselho Federal da OAB
Partido Político com Representação no Congresso Nacional: deve haver ao menos um eleito
do Partido trabalhando no Congresso Nacional*.
4
Competência Distrital-Estadual: Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada
em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos
os princípios estabelecidos nesta Constituição. § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos
Estados e Municípios.
Confederação Sindical: é a reunião de 03 Federações (enquanto federação é a reunião de 05
sindicatos). A ADIN não poderá ser proposta por: Central Sindical, Federações nem por
Sindicatos.
* O que ocorre se, durante o prosseguimento da ADIN, o único eleito do Partido tem seu mandado cassado? A
ADIN não será prejudicada devido à perda superveniente da legitimidade ativa do Partido, pois este requisito
deve ser comprovado somente na propositura da ação.
Capacidade Postulatória: Os Partidos Políticos, a Confederação Sindical e as Entidades de Classe
possuem capacidade postulatória obrigatória, enquanto aos demais legitimados é facultativa.
o Contudo, todos devem juntar nos autos procuração especifica mencionando o objeto da ADIN.
O Supremo Tribunal Federal divide os legitimados em dois grupos: aqueles que devem demonstrar a
pertinência temática da ADIN (seu objeto) e as funções exercidas pelo legitimado (especiais), e aqueles
que não necessitam.
Presidente da
República
Mesa da Câmara
dos Deputados e do
Senado Federal
Procurador Geral da
Universais
República
Conselho Federal da
OAB
Mesa da Assembléia
Legislativa
Mesa da Câmara
Especiais
Legislativa do DF
Confederação
Sindical
Entidade de Classe
de Ambito Nacional
Procedimento da ADIN:
Petição Inicial
Relator
Indeferir Deferir
O Procurador Geral da
Repúbica se manifestará no
prazo de 15 dias
O processo retornará ao
Relator para marcar a data
do julgamento
Petição Inicial: são requisitos da Petição Inicial, os mesmos previstos no NCPC, com ênfase em três:
o Pedido com todos os detalhes da matéria impugnada;
o Fundamentos jurídicos;
o Objeto da ADIN (qual a lei impugnada).
Causa de Pedir Aberta: o STF não está vinculado aos fundamentos jurídicos alegados pela parte.
Imprescritibilidade: não existe prazo para a propositura da ADIN.
Limites Temporais da ADIN: só podem ser objeto de ADIN, leis ou atos normativos editados após 05
de outubro de 1988. Logo, a ADIN não pode versar sobre direito pré-constitucional, ou seja, normas
anteriores a CF/88.
o Ademais, só pode ser discutido em sede de ADIN normas em vigência (atos revogados não serão
objeto desta ação).
Desistência: não cabe o pedido de desistência, pois o interesse protegido na ADIN é público e, portanto,
deve prevalecer.
Pedido de Informações5:
o Finalidade: garantir o contraditório e trazer maiores subsídios para o julgamento.
o Legitimidade para solicitar: compete ao Relator abrir vista para as informações.
o Legitimidade para oferecer: compete ao responsável que editou a lei ou ato normativo objeto da
ADIN.
A Arguição de Suspeição de Ministro não pode ser alegada na ADIN, pois suas hipóteses estão
vinculadas a causas subjetivas. Em contrapartida, a Arguição de Impedimento é possível, justamente por
serem de caráter objetivo.
Intervenção de Terceiros: o único caso permitido para intervenção de terceiro é o amicus curi. Os
órgãos, entidades e pessoas que não possuem legitimidade para propor a ADIN, podem figurar como
amicus curi, redigindo uma petição ao Relator demonstrando seu interesse em participar da Ação.
o O Relator admitirá o ingresso destes analisando dois critérios: i) relevância da matéria; ii)
representatividade do postulante. Contudo, trata-se de um juízo discricionário do Relator,
mesmo havendo estes requisitos, poderá ele impedir o ingresso como amicus curi.
o Se forem admitidos, eles deverão se manifestar sobre a questão constitucional da ADIN, ou seja,
juntando documentos, pareceres, memoriais ou sustentando oralmente sobre a
inconstitucionalidade da lei impugnada.
o O amicu curi somente poderá requerer sua entrada na ação até a publicação da ata de julgamento
no Diário Oficial.
o As demais regras complementares sobre a atuação do amicus curi na ADIN, estão previstas no
Regimento Interno de cada Tribunal.
o O amicus curi não poderá interpor recursos nem adotar outros procedimentos.
Atuação da AGU: poderá se manifestar somente da Ação Direta de Inconstitucionalidade e na ADPF.
o Compete ao Advogado Geral da União defender a constitucionalidade da lei ou sua
inconstitucionalidade quando houve precedente do STF neste sentido.
Atuação do Procurador Geral da República: atua em todas as ações de constitucionalidade e possui
legitimidade ativa para propô-la. Compete a ele, juntar ao processo parecer sobre a constitucionalidade
ou não da lei ou ato normativo impugnado.
5
Se houver pedido cautelar na Inicial, antes de julgá-lo, o Relator abrirá prazo de 05 dias para que o responsável ofereça informações.
Após isto, o pedido será julgado. Importante salientar que esta manifestação do responsável sobre o pedido de cautelar não revoga
o prazo para informações de 15 dias, que ainda será devido.
o Se o Procurador Geral da República propor a ADIN, ainda será obrigatório que ele apresente seu
parecer? Sim, é obrigatório, pois nada impede que ao longo do processo seu entendimento se
altere.
Instrução do Processo: antes do Relator designar a data de julgamento, poderá ele marcar a instrução
do processo, quando entender que há necessidade de esclarecimento da matéria ou constatar a
insuficiência dos documentos colhidos no processo.
o Neste caso, poderá requerer informações de quem quiser, solicitar pericias ou audiências
públicas.
o Para cada uma dessas novas diligências, será concedido prazo máximo de 30 dias para sua
finalização.
Decisão de Mérito:
o Quórum de Instalação: devem estar presentes 08 Ministros (no mínimo), senão a sessão será
adiada.
o Quórum da Decisão: 06 Ministros devem votar pela sua inconstitucionalidade (maioria absoluta).
Também é chamado de Cláusula de Reserva de Plenário.
o O Presidente do STF poderá votar quando houver empate (voto de Minerva) ou quando tiver
interesse.
o A decisão de mérito da ADIN tem natureza dúplice ou ambivalente, pois pode declarar tanto
a constitucionalidade quanto a inconstitucionalidade da norma.
o O único recurso cabível contra a decisão de ADIN são os embargos de declaração que será
julgado pelo próprio STF.
o Não cabe ação rescisória na ADIN.
Os interessados deverão entrar na Justiça para exigir seus direitos, pois a decisão da ADIN
atinge somente o plano abstrato-normativo, criando as condições para que o particular se
dirija ao Judiciário para demandar os efeitos da decisão no plano concreto.
Modulação de Efeitos Temporais: é possível que de forma excepcional o STF
afaste o efeito ex tunc da decisão, tendo em vista a estabilidade das relações
jurídicas. Para isso, alguns requisitos devem ser seguidos:
Quórum de 2/3 (8 Ministros) à favor da modulação de efeitos;
Ser proferida decisão de inconstitucionalidade;
Ter como motivo a segurança jurídica ou o excepcional interesse
Ex Tunc
social
o Caso a modulação de efeitos seja permitida, o STF poderá tomar três
opções:
Restringir os efeitos: condiciona-los a determinados casos e
períodos temporais.
Declarar os efeitos ex nunc
Demarcar outro momento de início (ao invés do momento da edição
da lei ou ato normativo).
São destinatários da decisão o Poder Judiciário e a Administração Pública.
Não estão sujeitos à vinculação o Poder Legislativo (princípio da Separação dos
Poderes) nem o próprio STF (pois, futuramente, poderá ele alterar de
entendimento).
O instrumento adequado para informar o desrespeito ao efeito vinculante da decisão
proferida em sede de ADIN é chamado de Reclamação, que poderá ser proposta
Vinculante por qualquer um dos legitimados do art. 103, bem como qualquer pessoa
prejudicada. A Reclamação será julgada pelo próprio STF e tem como função
garantir a autoridade, o prestigio e o respeito as decisões emanadas pelo Supremo.
Se quem desrespeitou a decisão foi um juiz, o Supremo determinará a cassação da decisão
judicial ofensiva. Caso o desrespeito seja fruto de ato da administração, o STF determinará
a anulação do feito.
É a restauração da vigência da lei revogada em razão da lei revogadora ter sido declarada
inconstitucional pela ADIN.
Repristinatório
A modulação de efeitos é cabível, mas compete a parte solicitar o afastamento deste
efeito e o STF acolher.
o Transcendência dos motivos determinantes: A decisão do STF pode ser analisada de duas
formas:
Subjetiva: identificando os destinatários da decisão (analisar os efeitos erga omnes e
vinculante)
Objetiva: identificando qual parte da decisão (relatório, fundamentação ou dispositivo)
possui efeito vinculante. O dispositivo sempre terá efeito vinculante, mas é possível que
o STF aplique este efeito sobre sua fundamentação (é o que se chama de fundamentação
determinante).
Relatório
Objetiva
Fundamentação
(Efeito Vinculante)
Dispositivo
Analise da Decisão
da ADIN
Procedente Inconstitucional
ADIN
Improcedente Constitucional
Decisão de
Mérito
Procedente Constitucional
ADC
Improcedente Inconstitucional
6
Princípios Sensíveis: são aqueles que quando violados geram inconstitucionalidade imediata e permitem a intervenção federal.
Legitimidade:
o Ativa: Procurador Geral da República
o Passiva: quem elaborou a lei violadora dos princípios sensíveis.
Prazos: o prazo será de 10 dias, tanto para a AGU e PGR apresentarem seus pareceres, quanto para o
órgão responsável oferecer suas informações.
Recurso contra decisão de mérito: não há previsão de algum recurso cabível.