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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS E CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

Isabel Pennafirme Ferreira

1. HABEAS CORPUS

1891- Primeira Constituição a citar o HC


Origem
1891-1926- “Clinica Geral/Doutrina Brasileira do HC/Teoria do Direito Escopo”: todo e
Brasileira
qualquer direito seria amparado pelo HC

Regulamentação Art. 647º- Art. 667º do CPP


Ação constitucional popular de natureza penal, rito especial e de cognição sumária (sofre
Natureza aplicação subsidiária do CPP).
Jurídica  Prova pré-constituída: o impetrante deve mostrar logo de início todos os elementos
e indícios que permitiriam a concessão do HC.
Direito de locomoção (ir, vir, permanecer e ficar)
 Liberdade virtual- não comporta HC
 Locomoção e outro (s) direito (s): não cabe HC, pois o conteúdo dele é limitado
(ex: fotógrafo contratado para tirar fotos de um evento e foi barrado; pessoa que foi
proibida de participar de alguma manifestação).
 Intimação para depor perante CPI e quebra de sigilo de dados: “tese da coação
indireta/reflexa do direito de locomoção”- cabe HC Preventivo quando houver uma
possibilidade remota e futura de uma prisão ilegal.

Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência
ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar.

Art. 648: A coação considerar-se-á ilegal:


I- quando não houver justa causa
II- quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei
III- quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo
IV- quando houver cessado o motivo que autorizou a coação
V- quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei à autoriza
VI- quando o processo for manifestamente nulo
VII- quando extinta a punibilidade
Objeto
Ir além do que é
Excesso de Poder
permitido pela lei

Não cumpre a finalidade


Abuso de Poder Desvio de Poder
prescrita em lei

Quando a autoridade
Omissão
deveria agir e não o fez

Violar a CF/88

Quando houver violação


Ilegalidade Violar um princípio jurídico
da lei

Violar qualquer espécie


normativa dp art.59º da CF
Ativa (impetrante): pode ser pessoa física ou jurídica
 No HC há, ainda, a figura do paciente, que será aquele beneficiário da decisão que
concede a liberdade (neste caso, somente poderá ser pessoa física).
 Pode haver ou não, a coincidência entre o impetrante e o paciente
 O Ministério Público pode impetrar HC
 Animal não pode ser tutelado por HC (caberia MS)

Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem
como pelo Ministério Público.
Legitimidade
Passivo: Autoridade Pública ou particular
 Parte da doutrina, como p.ex Nelson Hungria, entende que é difícil a hipótese de
HC contra ato praticado por particular, isto porque, no caso concreto, como que a
vítima fará para que seu remédio chegue ao juiz sendo que ela está privada de sua
liberdade?
 O principal caso de HC contra particular é o caso de uma pessoa que vê sua
liberdade restringida dentro de um hospital, pois não conseguiu pagar o tratamento,
então o centro médico o deixa preso em suas dependências.
i. Identificação da autoridade coautora
ii. Identificação do paciente
Requisitos
iii. Descrição do constrangimento sofrido (ameaça ou lesão já sofrida)
Mínimos do HC
iv. Assinatura do impetrante (quando não consta essa assinatura- impetração apócrifa)

a) Extinção da Punibilidade: art. 107º do CP  deverá ser decretada a extinção da


privação
b) Abuso de Autoridade: negativa de direitos relativos à liberdade (ex: liberdade
condicional)  deverá ser decretada a concessão do direito ora negado
c) Nulidade: trata-se de um vício processual (art. 564º, CPP)
o Se o vício processual surgir antes ou na defesa preliminar o pedido é a anulação
Cabimento/
“ad initio”, se o vício processual surgir depois da defesa, o pedido será referente
Teses de
aos demais atos viciados.
Argumentação
o Caso essa tese seja arguida, a demanda será renovada.
d) Falta de Justa Causa: i) excludente de tipicidade; ii) excludente de antijuridicidade (ex:
legitima defesa); iii) excludente de culpabilidade (ex: coação); iv) escusa absolutória (ex:
imunidades)
o Se não teve sentença, o impetrante requer o trancamento da ação penal, e caso já
tenha, requer a cassação da sentença.
a) Prisão em Flagrante: relaxamento da prisão em flagrante e a respectiva expedição de
alvará de soltura
b) Outra prisão: revogação da prisão com a consequente expedição do alvará de soltura.
Pedidos
c)Ameaça de Prisão: não tem mandado, logo requer um salvo-conduto para impedir futura
Complementares
prisão.
d) Liberdade Provisória: solicita a concessão da liberdade provisória.
o Se a liberdade provisória for mediante fiança, já solicita o arbitramento do valor.
Causa de Não vigora o princípio da congruência, pois existe a fungibilidade da ação/dos pedidos,
pedir/pedido logo, o juiz não está vinculado aos pedidos formulados pelo impetrante.
a) Originária:
 STF:
o Art. 102, I, b) O habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas
Competência nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do
Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e
do próprio Supremo Tribunal Federal;
o i) O habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator
ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos
diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime
sujeito à mesma jurisdição em uma única instância.
o STJ: Art.105, I, c) Os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer
das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à
sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da
Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.
o TRF: Art. 108, I, d) Os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz
federal.
o TJ: Art. 74º, IV da Const. Estadual de SP: os "habeas corpus", nos processos
cujos recursos forem de sua competência ou quando o coator ou paciente for
autoridade diretamente sujeita a sua jurisdição, ressalvada a competência do
Tribunal de Justiça Militar, nos processos cujos recursos forem de sua competência.

b) Não Originária: “regra da escada”- o HC será julgado pela autoridade superior àquela
autoridade tida como coautora.

STF
STJ
TRF
Justiça
Delegado Federal
da Polícia
Federal

STF
STJ
TJ
Juiz de
Delegado Direito
da Polícia
Civil

STF
STJ
TJ ou TRF
Colégio
Juiz do Recursal
Delegado JECrim
de Polícia

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL

Procurador Regional Procurador de


da República Justiça

Procurador da Promotor de Justiça **


República*

Procurador Promotor de Justiça


Substituto Substituto

*O Procurador da República está equiparado ao Juiz Federal, enquanto o Procurador


Regional da República está equiparado ao desembargador do TRF.
** O Promotor de Justiça está equiparado ao Juiz de Direito, enquanto o Procurador de
Justiça está equiparado ao desembargador do TJ.
a) Preventivo: ameaça no constrangimento da sua liberdade
Espécies de HC
b) Repressivo/ Liberatório: quando já existe a violação da liberdade de locomoção
O art. 653º não foi recepcionado na parte das custas, pois o HC é gratuito segundo a CF/88.
Portanto, no caso da autoridade agir de má-fé ou com abuso de poder, ela sofrerá
Custas responsabilidade civil, criminal ou administrativa conforme o caso.
Processuais
Art. 653. Ordenada a soltura do paciente em virtude de habeas corpus, será condenada nas custas a
autoridade que, por má-fé ou evidente abuso de poder, tiver determinado a coação.
Em regra, a concessão do HC não impede a tramitação do processo, com exceção dos casos
Trancamento do em que provada: i) extinção da punibilidade e ii) falta de justa causa.
Processo
Art.651º: A concessão do habeas corpus não obstará, nem porá termo ao processo, desde que este não
esteja em conflito com os fundamentos daquela.
Não há mais aplicação de multa, pois não possui valor econômico (não foi convertido).
Haverá, se for o caso, responsabilidade criminal, civil ou administrativa.

Aplicação de Art. 655. O carcereiro ou o diretor da prisão, o escrivão, o oficial de justiça ou a autoridade judiciária ou
policial que embaraçar ou procrastinar a expedição de ordem de habeas corpus, as informações sobre a
Multa
causa da prisão, a condução e apresentação do paciente, ou a sua soltura, será multado na quantia de
duzentos mil-réis a um conto de réis, sem prejuízo das penas em que incorrer. As multas serão impostas
pelo juiz do tribunal que julgar o habeas corpus, salvo quando se tratar de autoridade judiciária, caso em
que caberá ao Supremo Tribunal Federal ou ao Tribunal de Apelação impor as multas .
Não existe mais prisão administrativa, portanto o artigo perdeu seu fundamento de
aplicação.
HC contra Prisão o
Administrativa Art. 650, § 2 Não cabe o habeas corpus contra a prisão administrativa, atual ou iminente, dos
responsáveis por dinheiro ou valor pertencente à Fazenda Pública, alcançados ou omissos em fazer o seu
recolhimento nos prazos legais, salvo se o pedido for acompanhado de prova de quitação ou de depósito
do alcance verificado, ou se a prisão exceder o prazo legal.
Não cabe HC contra prisão disciplinar (é a punição prisional aplicada ao militar que violar
o seu estatuto).
 Existe uma clara colisão entre dispositivos constitucionais: i) Art. 141, §1º veda o
HC contra prisão disciplinar; ii) Art. 5º, XXXV- o direito protegerá as pessoas de
ameaça ou violação de seus direitos.
 Dessa forma, o STF decidiu que não cabe HC para discutir o mérito da punição.
HC contra Prisão
Disciplinar Legalidade
(respeito aos
requisitos da lei)
Elementos da
Punição
Mérito
(razão da punição)
1.1. PROCEDIMENTO JUDICIAL DO HABEAS CORPUS
A) PRIMEIRA INSTÂNCIA

Habeas Corpus Apresentação do Diligências


Juiz Interrogatório Sentença (24hs)
Paciente (esclarecimentos)

B) SEGUNDA INSTÂNCIA

Habeas Corpus

Tribunal

Secretária

Distribuidor

Turma/Câmara

Presidente

Indeferir Deferir

Informação da
parte coautora

Parecer do MP

Julgamento

Sentença
2. MANDADO DE SEGURANÇA

CF/34: surgimento
Origem
CF/37: supressão do MS do texto constitucional

Art. 5º, LXIX: LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e
certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela
Fundamentos
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público.

Lei 1.533/51- não está mais em vigor


Regulamentação
Lei 12.016/2009
Vigência Data da publicação: 10/08/2009
Aplicação
Aplica-se subsidiariamente no que couber os dispositivos do NCPC
Subsidiária
É possível nos casos que não comportam Habeas Corpus.
Mandado de
 Nestes casos, há a alteração da natureza civil do MS? O cabimento de MS em
Segurança em
matérias penais não transforma ele numa ação penal, e por consequência, não há a
Matéria Criminal
aplicação subsidiaria do CPP.

Natureza Ação Constitucional de natureza civil e de procedimento especial e sumaríssimo.

Natureza residual: proteger direito líquido e certo não amparado por qualquer outro remédio
constitucional.

Objeto Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas
corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica
sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam
quais forem as funções que exerça.

Espécies Pode ser preventivo ou repressivo

a) Originária:
 STF: Art. 102º, I, “d”- o mandado de segurança contra atos do Presidente da
República.
 STJ: Art.105º, I, “b”- os mandados de segurança e os habeas data contra ato de
Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou
do próprio Tribunal.
 TRF: Art. 108º, I, “c”- os mandados de segurança e os habeas data contra ato do
próprio Tribunal ou de juiz federal.

Competência  TJ: Art. 74º, II, CESP: os mandados de segurança e os "habeas data" contra atos do
Governador, da Mesa e da Presidência da Assembleia, do próprio Tribunal ou de
algum de seus membros, dos Presidentes dos Tribunais de Contas do Estado e do
Município de São Paulo, do Procurador-Geral de Justiça, do Prefeito e do Presidente
da Câmara Municipal da Capital.

b) Não- Originária:
 Juiz especial: trabalhista ou eleitoral.
 Juiz federal: Art. 109º, VIII- VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra
ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais.
 Juiz de direito
a) Contra ato do Presidente da Junta Comercial: é uma exceção à regra geral, pois sua
competência é federal, por tratar-se de um órgão que trabalha sob autorização federal do
Ministério da Industria e Comercio.
b) Contra ato de Tribunal ou Membro de Tribunal: é o próprio Tribunal que irá julgar o
Mandado de Segurança.
c) Contra ato de Turma do STF: não cabe Mandado de Segurança, pois inexiste órgão
julgador nesta hipótese.
d) Contra ato de CPI Federal: a competência é do STF, pois a Constituição Federal
determina que é ele quem julga quando é para discutir um ato da Casa Legislativa ou algum
ato interno- Art. 102º, I, “d” e “e”.
e) Contra ato de Promotor de Justiça: a competência é do juiz de direito.
Competências f) Contra ato de Órgão Colegiado: o polo passivo é o Presidente do Órgão Colegiado, logo
Específicas será julgado pelo próprio Tribunal.
g) Contra ato do Ministro do Estado: Art. 105º, I, ‘b’  compete ao STJ
 E se o Ministro de Estado for o Presidente do Órgão Colegiado? A competência não
é mais do STJ, sendo caso de competência não originaria da justiça federal.

Súmula 177 do STJ: O STJ é incompetente para processar e julgar, originariamente, mandado de segurança
contra ato de órgão colegiado presidido por Ministro de Estado.

h) Conflito de Competência: quanto o ato for praticado por duas autoridades de


competências distintas, será distribuído para o de maior hierarquia (ex: Presidente da
República [STF] x Ministro de Estado [STJ]).
i) Contra ato de Juiz de Juizado Especial: quem julgará é a Turma ou Colegiado Recursal
j) Contra ato de Turma ou Colégio Recursal: quem julgará é o TJ ou o TRF.
Os fatos alegados no Mandado de Segurança devem ser comprovados de plano, junto da
petição inicial, ou seja, a prova é pré-constituída, não havendo outro momento para
Direito Líquido e apresenta-las.
Certo  Trata-se de uma condição da ação (interesse de agir). A sua ausência levará à extinção
terminativa.

Não se trata de prova, é um mero reforço de argumentação jurídica e, desta forma, pode ser
Parecer Jurídico
juntado a qualquer momento.

O Mandado de Segurança comporta somente prova documental (justamente pelo fato de ser
Tipo de Prova
pré-constituída).
É a existência de mais de uma posição jurídica sobre um determinado assunto (correntes
Controvérsia de distintas). Isto não impede a interposição do Mandado de Segurança.
Direito
Súmula 625, STF: Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de segurança.
Não cabe Mandado de Segurança contra decisão transitada em julgado, pois este remédio
Decisão Judicial
não tem natureza de ação rescisória.
transitada em
Julgado
Súmula 268, STF: Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado.
O Mandado de Segurança só pode discutir ato concreto, logo não pode versar sobre lei, pois
é um ato de natureza abstrata. Além disto, existem mecanismos próprios para discutir a lei
Lei em Tese (controle de constitucionalidade).

Súmula 266, STF: Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.

Cobrança de Súmula 269, STF: O mandado de segurança não é substitutivo de ação de cobrança.
Dívida

MS no lugar de
Súmula 101, STF: O mandado de segurança não substitui a ação popular.
Ação Popular
a) Ativa: qualquer pessoa, física ou jurídica, nacional ou estrangeira.
 A universalidade de bens1 pode figurar como parte ativa do Mandado de Segurança?
Pode impetrar MS conforme a lei dispuser.

b) Passiva: Autoridade Pública ou Agente no exercício de atribuições públicas (particular


em colaboração com o Estado).

União, Estados, Municípios


e DF

Chefia do Executico

Administração Direta
Vice Chefia do Executivo
(Orgãos)

Auxiliares Imediatos da
Chefia do Executivo:
Secretárias, Ministérios

Orgãos de Apoio

Autoridade Pública

O capital é totalemente
Empresa Pública composto de verba pública
(Direito Privado) e pode ter qualquer forma
societária (ex: Correios)
Legitimidade

Sociedade de Economia A maior parte do capital é


Mista de verba pública e deve ser
obrigatoriamente uma
(Direito Privado) Sociedade Anônima.
Administração Indireta
(Pessoas Jurídicas)

Autarquias/ Agências

Fundações Públicas

 O MS contra ato de empresa estatal só é cabível quando essa empresa prestar serviço
público ou realizar ato regido pelo direito público

Serviço Público
Funções de Empresas
Estatais
Atividades
Economicas

Súmula 333, STJ: Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de
economia mista ou empresa pública.

Art. 1, § 2o da lei 12.016/09: Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados
pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço
público.

1
São massas patrimoniais que podem ser titulares de direitos e obrigações previstas em lei: i) espólio; ii) massa falida; iii)
condomínio; iv) herança jacente (s/ herdeiros).
Como Gestor de
Negócios (chamados
em situações de
emergências- ex:
jogador de tenis que
cedeu suas quadra para Contrato de Concessão
os refugiados do de Serviço Público: é
furacão Michel) um contrato mais
estavel, pois há a
prevalencia do
Por requisição, interesse público sobre
Agente no exercicio de nomeação ou o privado --> serviço
atribuições públicas designação (ex: Através de Contrato público delegado
mesários e jurados) Administrativo: o Poder
Público atua como parte
Legitimidade Para execução de Contrato de Permissão
serviços públicos Através de Autorização: de Serviço Público: é
um contrato mais
o Poder Público atua
precário, pois há a
como mero fiscalizador
prevalencia do
(ex: banca de jornal,
despachante) interesse particular

 Somente é cabível MS contra atos do particular quando o serviço público for


delegado, pois há uma maior intromissão do Poder Público nestes casos.

Súmula 510, STF: Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o
mandado de segurança ou a medida judicial.

É permitido, seguindo-se as regras do NCPC: o ingresso de litisconsorte ativo após a


Litisconsórcio propositura do MS só é cabível até o despacho da inicial (decisão), que infere ou defere o
MS.
Quando o autor indica no polo passivo o superior hierárquico da autoridade coautora ao
Teoria da
invés do subordinado. Neste caso, não será preciso corrigir a inicial, pois, posteriormente, o
Encampação
superior hierárquico poderá entrar com ação de regresso contra o subordinado.
A pessoa que teve seu direito violado terá 120 dias para impetrar o Mandado de Segurança
Repressivo, contado da violação do direito.
 Termo Inicial: conta-se a partir da ciência do ato impugnado. Esta ciência deve ser
objetiva, ou seja, comprovada através de um documento oficial fornecido pelo
Estado.
 Não Observância do Prazo: ocorre a perda do direito de ajuizar o Mandado de
Segurança (não se perde o direito, podendo se valer de outros meios). Trata-se,
portanto, de um prazo decadencial.
 Previsão: esse prazo é previsto na lei do Mandado de Segurança. Parte da doutrina
entende que essa previsão é inconstitucional, pois fere a supremacia da constituição,
Prazo para que nada fala em prazo de propositura. Entretanto, a corrente majoritária afirma que
Propositura não nenhuma violação à Constituição, pois a lei apenas regulamenta a matéria.
 Prazo de Atos Omissivos: Se o ato omissivo possuía prazo para ser realizado, o
prazo para a propositura do MS começa a contar do termo final. Se o ato não possuía
prazo, o MS também não o terá, ficando a critério da pessoa ajuizar ou não o
Remédio.

Súmula 632, STF: É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de mandado de
segurança.
Quando o prejudicado pede pela via administrativa que a autoridade reconsidere sua ação
Prazo do MS e ou omissão. O pedido de reconsideração administrativa não suspende o prazo para
Pedido de propositura do Mandado de Segurança.
Reconsideração
Administrativa Súmula 430, STF: Pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe o prazo para o mandado
de segurança.
Prazo nos Atos
de Trato Entende-se que o prazo se renova para cada parcela do ato.
Sucessivo
Recurso O prazo para propositura do Mandado de Segurança fica paralisado até a decisão final no
Administrativo e processo administrativa.
Prazo para o
MS
O Mandado de Segurança será cabível contra a decisão judicial da qual caiba recurso sem
efeito suspensivo. Caso, a lei conceda efeito suspensivo ao recurso, em regra, não há
necessidade de se impetrar o MS, pois o próprio recurso já tem aptidão para parar eventual
Decisão prejuízo à parte. Entretanto, vem ganhando força, a ideia de que, nos casos de fundado receio
Judicial da qual de dano irreparável, seria possível impetrar MS, mesmo que o recurso cabível tenha efeito
caiba recurso suspensivo (ex: medicamentos para sobrevivência da pessoa).

Súmula 267, STF: Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição.

Ato do qual Prevalece a mesma ideia contra decisão judicial da qual ainda caiba recurso:
caiba Recurso  Com efeito suspensivo  não cabe o Mandado de Segurança
Administrativo  Sem efeito suspensivo  cabe Mandado de Segurança

MS contra Não se pode utilizar o Mandado de Segurança contra decisões interlocutórias do JEC, pois
Decisão fere o princípio da celeridade dos Juizados. Contudo, não há prejuízo da ampla defesa,
Interlocutória pois estas matérias poderão ser alegadas em sede de Recurso Inominado.
em sede de JEC  Princípio da irrecorribilidade em separado das interlocutórias.
Delegação de Em mandado de segurança questionando a transferência de competência, quem entra no
Competência polo passivo é o delegado, porque é quem faz o ato administrativo.
Administrativa e  Delegante  transfere a competência
Leg. Passiva  Delegado  quem recebe a transferência da competência

Delegação de Quando ocorre a delegação da assinatura, ou seja, quando uma pessoa já usa uma assinatura
Assinatura e pronta, quem entra no polo passivo é o delegante, porque o delegado não praticou
Leg. Passiva propriamente o ato.

O Mandado de Segurança contra esta decisão deverá ser proposta contra quem nomeou o
magistrado, ou seja, o Chefe do Executivo.
 Quinto Constitucional: é a possibilidade de, na composição de certos tribunais (TJ,
TRF, TRF, TJ/DF e TRT) ter membros do Ministério Público e Advogados.
o Requisitos: i) notório saber jurídico, ii) reputação ilibada, iii) 10 anos de
Mandado de exercício profissional.
Segurança o Procedimento:
contra
Nomeação de Orgão de Lista
Encaminha Chefe do
20 dias para
para o Lista Tríplice Executivo
Magistrado Classe Sextupla
Tribunal (Gov/Pre)
nomeação

Súmula 627, STF: No mandado de segurança contra a nomeação de magistrado da competência do


Presidente da República, este é considerado autoridade coatora, ainda que o fundamento da impetração seja
nulidade ocorrida em fase anterior do procedimento.
Remoção de
Função da A mudança territorial da autoridade coautora não implica em alteração de competência ou
Autoridade supressão do órgão jurisdicional, pelo princípio da perpetuação da jurisdição.
Coautora
Recurso contra A apelação é o recurso cabível contra sentença proferida em sede de Mandado de Segurança
Sentença  Possuem legitimidade para recorrer: i) a parte prejudicada; ii) o Ministério Público.

Reexame No Mandado de Segurança sempre haverá o reexame necessário na sentença concessiva


Necessário (procedente), pois o polo passivo é o Poder Público (parte sucumbente).
A sentença em sede de Mandado de Segurança tem natureza mandamental e execução
imediata. O não cumprimento da sentença pode ensejar três consequências:
Natureza da
 Crime de desobediência (art. 330º, CP)
Sentença
 Responsabilidade Administrativa (suspensão ou cassação- depende do caso)
 Crime de Responsabilidade (lei 1.079/50- impeachment)

2.1. PROCEDIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA

Mandado de
Segurança

Juiz

Deferir Indeferir

Notificação da Falta dos


autoridade requisitos legais
coautora

10 dias para Quando não for


prestar cabivel
informações

10 dias para o Quando não for


Ministério Público observado o prazo
dar seu parecer de propositura

30 dias para o juiz


sentenciar

10 dias para
prestar
informações
3. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
 Princípio da Supremacia Constitucional: o controle de constitucionalidade possui como base o
princípio da supremacia constitucional, que surge de algumas características do nosso ordenamento
jurídico:
 Hierarquia normativa (existem normas superiores e inferiores);
 A ordem jurídica tem uma configuração piramidal;
 Subordinação normativa;
 A CF é vista como a norma hierarquicamente superior as demais;
 Caso uma norma não respeita a CF, receberá o rótulo de inconstitucional e dessa forma
será nula.
o Existem duas correntes que buscam explicar qual o fundamento da supremacia constitucional:
 1º corrente: a CF é suprema, pois todas as demais normas emanam delas;
 2º corrente: a CF é suprema devido a sua rigidez2
 Conceito: controle de constitucionalidade nada mais é do que o procedimento utilizado para fiscalizar
a compatibilidade das leis e atos normativos com a Constituição Federal.

Espécies de Controle de Constitucionalidades


Quanto ao momento do Preventivo: projeto de lei ou propostas de Emenda Constitucional, para
Controle evitar a entrada da inconstitucionalidade no sistema.
(e diferem quanto ao objeto e Repressivo: incide sobre a lei ou ato normativo que está dentro do sistema,
finalidade) com a finalidade de retirá-lo e torna-lo nulo/inválido.
Judicial: feito pelo Poder Judiciário
Quanto ao órgão que exerce o Político: realizado pelo Poder Legislativo ou por algum órgão distinto dos
Controle Três Poderes
Misto: quando é feito pelo Judiciário ou Legislativo

Exercido pelos Três


Preventivo
Poderes

Controle de
Constitucionalidade Regra: feito pelo
Medida Provisória
Poder Judiciário

Repressivo
Exceção: feito pelo
Congresso Nacional Lei Delegada
em três casos

Regulamento

2
Este é o critério utilizado para definir a hierarquia de uma norma: quanto mais difícil a sua mutabilidade, maior será seu grau
hierárquico no sistema.
3.1. CONTROLE PREVENTIVO
3.1.1. PODER LEGISLATIVO
 Comissão de Constituição e Justiça (CCJ): realiza um parecer sobre o assunto discutido no projeto de
lei ou da proposta de Emenda (este parecer não possui conteúdo vinculante).
 Plenário: só é possível saber se houve o controle de constitucionalidade quando o Plenário rejeitar o
projeto, declarando-o inconstitucional.
 Presidente da Casa Legislativa: poderá rejeitar o projeto (neste caso, haverá o controle preventivo).

Comissão de
Projeto de Lei/
Constituição e Comissão Temática Plenário
Proposta de Emenda
Justiça

3.1.2. PODER EXECUTIVO


 Chefe do Executivo: realiza o controle de constitucionalidade quando o Presidente realiza o “veto
jurídico” (rejeição do projeto de lei, pois entende ser inconstitucional).

3.1.3. PODER JUDICIÁRIO


 A previsão do judiciário ser apto a realizar controle preventivo foi construída por tese do STF.
 São requisitos para sua realização:
o Ter sido impetrado Mandado de Segurança, por Parlamentar;
o O juiz deve analisar somente a constitucionalidade formal da lei ou ato normativo.

3.2. CONTROLE REPRESSIVO


3.2.1. CONTROLE REPRESSIVO POLÍTICO
 Regulamento: o controle de constitucionalidade será feito quando o Congresso Nacional sustar parte
do regulamento (ou ele todo) que não cumpre a função constitucional de explicar a lei, através de um
Decreto- Legislativo.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir
decretos e regulamentos para sua fiel execução;

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:


V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
Competência para editar: Chefe do Executivo (Presidente, Governador ou Prefeito)
Finalidade: explicar determinada lei
Natureza: infralegal (abaixo de leis)
Procedimento:

Cumpre sua finalidade

Iniciativa Publicação
O CN deverá sustar o
Não cumpre sua Emissão do Decreto-
Regulamento (declarar
finalidade- Exorbitante Legislativo
inconstitucional)

 Lei Delegada: o Controle é exercido pelo Congresso quando sustar a parte da lei delegada que não
cumpre os limites da Resolução, por meio de um Decreto Legislativo.
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República,
que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do
Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados
ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a
legislação sobre:
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a
garantia de seus membros;
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
§ 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do
Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu
exercício.
§ 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso
Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.

Em conformidade com os
Constitucional
limites da Resolução

Lei Delegada publicada

Em desconformidade com Congresso deverá sustar a


os limites da Resolução lei e emitir um Decreto-
(exorbitante) Legislativo
Solicitação do Presidente

CN não autoriza CN autoriza

Emite uma Resolução


informando sua autorização e
Presidente não elebora
os limites da elaboração (prazo
+ matéria)

Presidente elabora a Lei


Delegada

Forma Atípica: quando o CN


Forma Típica: após o estipula que após a sua
Presidente elaborar a Lei, ele elaboração, a Lei deverá ser
já a promulga e publica colocada em votação sem
emenda

O Controle de CN rejeita a Lei Delegada e a


Constitucionalidade arquiva --> não é entendido
Repressivo existe somente na como controle de
forma Típica, quando o CN constitucionalidade, pois a lei
percebe que a Lei Delegada delegada nem entrou no
exorbitou os limites da sistema
Resolução e susta a lei.

CN aprova a Lei Delega -->


remete para o Presidente
promulgar e publicar
 Medida Provisória: o Congresso Nacional faz controle quando rejeita expressamente a Medida
Provisória sob argumento de inconstitucionalidade.
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá
adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de
imediato ao Congresso Nacional.

Iniciativa do Presidente
da República ou
Governador

Publicação

Comissão Mista (06


Deputados + 06
Senadores) emitirá um
parecer

Votação no Congresso
Nacional

Aprovada sem Aprovada com Silêncio/ Rejeição


Rejeição Expressa
alteração alteração Tácita

Não poderá ser Caberá a reedição mas


Será feito um Projeto de na próxima sessão
A Medida Provisória reeditada
Lei de Conversão e legislativa
será convertida em lei
remetido ao Presidente

Promulgada pelo O Presidente poderá


Presidente do Senado vetar o projeto (será
Federal e publicada arquivado) ou
pelo Presidnte da sancioná-lo
República (promulgar e publicar).
3.2.2. CONTROLE REPRESSIVO JUDICIÁRIO
3.2.2.1. CONCENTRADO
 Origem: surgiu no Brasil com a Emenda Constitucional nº 16/65
 Competência: Caso haja violação da Constituição Estadual, será competente para seu processamento o
STJ. Se a ofensa for à Constituição Federal, o STF que será competente para julgamento.
 Tem como requisito a propositura de uma ação especifica:
o Ação Direta de Inconstitucionalidade por Ação;
o Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão;
o Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva;
o Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADECON);
o Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF)

3.2.2.1.1. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR AÇÃO


 Finalidade: o autor da ação solicita o exame da validade da lei.
 Objeto: defesa da Constituição Federal contra leis e atos normativos incompatíveis com ela. Só poderá
ser objeto de ADIN aquilo que tiver caráter normativo.

Pode ser Objeto Não pode ser


de ADIN Objeto de ADIN
Direito Municipal X
Sumula X
Sentença Normativa de Trabalho X
Convenção e Acordos de Trabalho X
Regimentos Internos X
Decreto Legislativo X
Decreto Autônomo
(norma editada pelo Chefe do Executivo para criar direitos ou X
obrigações não previstos em lei)
Constituição Estadual X
Tratados e Convenções Internacionais X
Leis Complementares, Ordinárias e Delegadas X
Resolução X
Emenda Constitucional X
Normas Constitucionais Originárias
X
(são aquelas que não sofreram alterações por emendas- derivadas)

Medida Provisória3 X

3
A Medida Provisória pode ser objeto de ADIN, mas possui um cabimento condicional, como se verá logo abaixo
Antes da Propositura da
Não será conhecida
ADIN
Lei Revogada
O processo estará
No curso da ADIN
prejudicado (s/ mérito)

Está prejudicada (não pode


Não foi convertida em lei
ser objeto de ADIN)

Medida Provisória
A Petição deverá ser aditada,
informando a lei que será
objeto da ADIN

Foi convertida em lei Prosseguimento Condicional

Deve tratar de outro assunto


e não dos requisitos para
edição da Medida Provisória
(urgencia e necessidade)

 Legitimidade Ativa: em todas as ações o rol de legitimados está previsto no art. 103º, CF, salvo na
ADIN Interventiva, cujo legitimidade pertence ao Procurador Geral da República.

I) AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR AÇÃO


 Cabimento: quando for produzida uma lei ou ato normativo contra a Constituição Federal.
 Finalidade: reconhecer e retirar (invalidar) a norma do ordenamento jurídico.
 Objeto: lei ou ato normativo federal, estadual ou distrital-estadual4. Não entra nenhuma matéria que é
de competência municipal.

Presidente da República
Governador do Estado e do Distrito Federal
Mesa da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, da Assembleia Legislativa e da Câmara
Legitimidade Legislativa do DF
Ativa Procurador Geral da República
(Art. 103)
Conselho Federal da OAB
Partido Político com Representação no Congresso Nacional: deve haver ao menos um eleito
do Partido trabalhando no Congresso Nacional*.

4
Competência Distrital-Estadual: Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada
em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos
os princípios estabelecidos nesta Constituição. § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos
Estados e Municípios.
Confederação Sindical: é a reunião de 03 Federações (enquanto federação é a reunião de 05
sindicatos). A ADIN não poderá ser proposta por: Central Sindical, Federações nem por
Sindicatos.

Entidade de Classe de Âmbito Nacional: representa uma categoria profissional ou econômica,


tendo representação em pelo menos 09 Estados da Federação.

* O que ocorre se, durante o prosseguimento da ADIN, o único eleito do Partido tem seu mandado cassado? A
ADIN não será prejudicada devido à perda superveniente da legitimidade ativa do Partido, pois este requisito
deve ser comprovado somente na propositura da ação.
 Capacidade Postulatória: Os Partidos Políticos, a Confederação Sindical e as Entidades de Classe
possuem capacidade postulatória obrigatória, enquanto aos demais legitimados é facultativa.
o Contudo, todos devem juntar nos autos procuração especifica mencionando o objeto da ADIN.
 O Supremo Tribunal Federal divide os legitimados em dois grupos: aqueles que devem demonstrar a
pertinência temática da ADIN (seu objeto) e as funções exercidas pelo legitimado (especiais), e aqueles
que não necessitam.

Presidente da
República

Mesa da Câmara
dos Deputados e do
Senado Federal

Procurador Geral da
Universais
República

Conselho Federal da
OAB

Partido Político com


Representação no
CN
Legitimados
Governador do
Estado e do DF

Mesa da Assembléia
Legislativa

Mesa da Câmara
Especiais
Legislativa do DF

Confederação
Sindical

Entidade de Classe
de Ambito Nacional
 Procedimento da ADIN:

Petição Inicial

Relator

Indeferir Deferir

O indeferimento poderá ser O responsável pela edição


fundado em: i) ausencia dos da lei terá 30 dias para
requisitos do NCPC, ii) da apresentar informações
inepcia da inicial, iii) quando a
ADIN não tiver fundamento e iv)
quando for manifestamente
improcedente

O processo será remetido


para a AGU se manifestar no
prazo de 15 dias
Caberá Agravo Interno em 05
dias

O Procurador Geral da
Repúbica se manifestará no
prazo de 15 dias

O processo retornará ao
Relator para marcar a data
do julgamento

 Petição Inicial: são requisitos da Petição Inicial, os mesmos previstos no NCPC, com ênfase em três:
o Pedido com todos os detalhes da matéria impugnada;
o Fundamentos jurídicos;
o Objeto da ADIN (qual a lei impugnada).
 Causa de Pedir Aberta: o STF não está vinculado aos fundamentos jurídicos alegados pela parte.
 Imprescritibilidade: não existe prazo para a propositura da ADIN.
 Limites Temporais da ADIN: só podem ser objeto de ADIN, leis ou atos normativos editados após 05
de outubro de 1988. Logo, a ADIN não pode versar sobre direito pré-constitucional, ou seja, normas
anteriores a CF/88.
o Ademais, só pode ser discutido em sede de ADIN normas em vigência (atos revogados não serão
objeto desta ação).
 Desistência: não cabe o pedido de desistência, pois o interesse protegido na ADIN é público e, portanto,
deve prevalecer.
 Pedido de Informações5:
o Finalidade: garantir o contraditório e trazer maiores subsídios para o julgamento.
o Legitimidade para solicitar: compete ao Relator abrir vista para as informações.
o Legitimidade para oferecer: compete ao responsável que editou a lei ou ato normativo objeto da
ADIN.
 A Arguição de Suspeição de Ministro não pode ser alegada na ADIN, pois suas hipóteses estão
vinculadas a causas subjetivas. Em contrapartida, a Arguição de Impedimento é possível, justamente por
serem de caráter objetivo.
 Intervenção de Terceiros: o único caso permitido para intervenção de terceiro é o amicus curi. Os
órgãos, entidades e pessoas que não possuem legitimidade para propor a ADIN, podem figurar como
amicus curi, redigindo uma petição ao Relator demonstrando seu interesse em participar da Ação.
o O Relator admitirá o ingresso destes analisando dois critérios: i) relevância da matéria; ii)
representatividade do postulante. Contudo, trata-se de um juízo discricionário do Relator,
mesmo havendo estes requisitos, poderá ele impedir o ingresso como amicus curi.
o Se forem admitidos, eles deverão se manifestar sobre a questão constitucional da ADIN, ou seja,
juntando documentos, pareceres, memoriais ou sustentando oralmente sobre a
inconstitucionalidade da lei impugnada.
o O amicu curi somente poderá requerer sua entrada na ação até a publicação da ata de julgamento
no Diário Oficial.
o As demais regras complementares sobre a atuação do amicus curi na ADIN, estão previstas no
Regimento Interno de cada Tribunal.
o O amicus curi não poderá interpor recursos nem adotar outros procedimentos.
 Atuação da AGU: poderá se manifestar somente da Ação Direta de Inconstitucionalidade e na ADPF.
o Compete ao Advogado Geral da União defender a constitucionalidade da lei ou sua
inconstitucionalidade quando houve precedente do STF neste sentido.
 Atuação do Procurador Geral da República: atua em todas as ações de constitucionalidade e possui
legitimidade ativa para propô-la. Compete a ele, juntar ao processo parecer sobre a constitucionalidade
ou não da lei ou ato normativo impugnado.

5
Se houver pedido cautelar na Inicial, antes de julgá-lo, o Relator abrirá prazo de 05 dias para que o responsável ofereça informações.
Após isto, o pedido será julgado. Importante salientar que esta manifestação do responsável sobre o pedido de cautelar não revoga
o prazo para informações de 15 dias, que ainda será devido.
o Se o Procurador Geral da República propor a ADIN, ainda será obrigatório que ele apresente seu
parecer? Sim, é obrigatório, pois nada impede que ao longo do processo seu entendimento se
altere.
 Instrução do Processo: antes do Relator designar a data de julgamento, poderá ele marcar a instrução
do processo, quando entender que há necessidade de esclarecimento da matéria ou constatar a
insuficiência dos documentos colhidos no processo.
o Neste caso, poderá requerer informações de quem quiser, solicitar pericias ou audiências
públicas.
o Para cada uma dessas novas diligências, será concedido prazo máximo de 30 dias para sua
finalização.
 Decisão de Mérito:
o Quórum de Instalação: devem estar presentes 08 Ministros (no mínimo), senão a sessão será
adiada.
o Quórum da Decisão: 06 Ministros devem votar pela sua inconstitucionalidade (maioria absoluta).
Também é chamado de Cláusula de Reserva de Plenário.
o O Presidente do STF poderá votar quando houver empate (voto de Minerva) ou quando tiver
interesse.
o A decisão de mérito da ADIN tem natureza dúplice ou ambivalente, pois pode declarar tanto
a constitucionalidade quanto a inconstitucionalidade da norma.
o O único recurso cabível contra a decisão de ADIN são os embargos de declaração que será
julgado pelo próprio STF.
o Não cabe ação rescisória na ADIN.

Efeitos da Decisão Definitiva de Mérito da ADIN

Erga Omnes Gerar efeitos perante toda a sociedade

Os interessados deverão entrar na Justiça para exigir seus direitos, pois a decisão da ADIN
atinge somente o plano abstrato-normativo, criando as condições para que o particular se
dirija ao Judiciário para demandar os efeitos da decisão no plano concreto.
 Modulação de Efeitos Temporais: é possível que de forma excepcional o STF
afaste o efeito ex tunc da decisão, tendo em vista a estabilidade das relações
jurídicas. Para isso, alguns requisitos devem ser seguidos:
 Quórum de 2/3 (8 Ministros) à favor da modulação de efeitos;
 Ser proferida decisão de inconstitucionalidade;
 Ter como motivo a segurança jurídica ou o excepcional interesse
Ex Tunc
social
o Caso a modulação de efeitos seja permitida, o STF poderá tomar três
opções:
 Restringir os efeitos: condiciona-los a determinados casos e
períodos temporais.
 Declarar os efeitos ex nunc
 Demarcar outro momento de início (ao invés do momento da edição
da lei ou ato normativo).
São destinatários da decisão o Poder Judiciário e a Administração Pública.
 Não estão sujeitos à vinculação o Poder Legislativo (princípio da Separação dos
Poderes) nem o próprio STF (pois, futuramente, poderá ele alterar de
entendimento).
 O instrumento adequado para informar o desrespeito ao efeito vinculante da decisão
proferida em sede de ADIN é chamado de Reclamação, que poderá ser proposta
Vinculante por qualquer um dos legitimados do art. 103, bem como qualquer pessoa
prejudicada. A Reclamação será julgada pelo próprio STF e tem como função
garantir a autoridade, o prestigio e o respeito as decisões emanadas pelo Supremo.
Se quem desrespeitou a decisão foi um juiz, o Supremo determinará a cassação da decisão
judicial ofensiva. Caso o desrespeito seja fruto de ato da administração, o STF determinará
a anulação do feito.

É a restauração da vigência da lei revogada em razão da lei revogadora ter sido declarada
inconstitucional pela ADIN.
Repristinatório
 A modulação de efeitos é cabível, mas compete a parte solicitar o afastamento deste
efeito e o STF acolher.

o Transcendência dos motivos determinantes: A decisão do STF pode ser analisada de duas
formas:
 Subjetiva: identificando os destinatários da decisão (analisar os efeitos erga omnes e
vinculante)
 Objetiva: identificando qual parte da decisão (relatório, fundamentação ou dispositivo)
possui efeito vinculante. O dispositivo sempre terá efeito vinculante, mas é possível que
o STF aplique este efeito sobre sua fundamentação (é o que se chama de fundamentação
determinante).

Relatório

Objetiva
Fundamentação
(Efeito Vinculante)

Dispositivo
Analise da Decisão
da ADIN

Efeito erga omnes


Subjetiva
(Destinatários)
Efeito vinculante
 Inconstitucionalidade por Arrastamento: é possível que o STF profira uma decisão extra petita no
julgamento da ADIN? Sim, quando declarar que há uma relação de conexão ou dependência entre os
dispositivos da lei impugnada. É uma exceção ao princípio da congruência.
 Momento da produção de Efeitos da Decisão: em regra, a decisão passa a produzir efeitos a partir da
publicação da ata de julgamento no Diário Oficial (somente o dispositivo é publicado).
o É possível que produza efeitos em outro momento (modulação de efeitos), mas depende de
determinação do STF.

3.2.2.1.2. AÇÃO DIRETA E INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO


 Origem: Constituição Federal de 1988
 Tipo de Omissão:
o Legislativa  ausência de lei
o Administrativa  ausência de outro ato normativo
 Cabimento: quando não houver a produção da lei ou ato normativo exigido pela Constituição Federal.
 Objeto: normas constitucionais de eficácia limitada
 Legitimidade:
o Ativa: os mesmos previstos no art.103º CF
o Passiva: o órgão omisso- quando a iniciativa for privativa ou reservada, se o titular não apresentar
o Projeto de Lei que lhe incube, ele figurará como polo passivo. Contudo, se ele exercer sua
função (apresentando o projeto) e a omissão se der, pois não foi julgado no Congresso, quem irá
figurar no polo passivo da ação é o Legislativo.
 A AGU só irá apresentar parecer se o Relator solicitar.
 Efeitos da Decisão de Mérito: se a omissão for legislativa, o STF apenas dará ciência ao Legislativo
para que supra a omissão. Se a omissão for administrativa, ele fixará prazo de 30 dias para a
regularização do ato, sob pena de responsabilização administrativa.

ADIN por Omissão Mandado de Injunção


Cabimento Possuem o mesmo cabimento Possuem o mesmo cabimento
Nacionalidade, Soberania e
Matéria Qualquer matéria
Cidadania
Depende da matéria (originária e
Competência STF
não-originária)
Finalidade Suprir a omissão Viabilizar o direito
Ciência ou notificação do órgão
Decisão de Mérito Teoria Concretista Intermediária
omisso
Efeitos da Decisão de Mérito Erga Omnes Inter Partes
3.2.2.1.3. AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
 Origem: Emenda nº 3 de 1983
 Cabimento: quando houver controvérsia judicial (de magistrados) a respeito da constitucionalidade
da lei ou ato normativo.
 Conversão: todas as normas são dotadas de presunção relativa de constitucionalidade, mas quando o
Supremo decide uma ADC, ocorre a conversão desta presunção de relativa para absoluta.
o Aquele que impetrar a ADC, deverá impugnar/detalhar todas as decisões que são controversas e
demonstrar o porquê, a sua ação deve ser julgada conforme determinada decisão.
 Objeto: somente lei federal.
 Na ADC, ninguém figurará no polo passivo, bem como não existe prazo para informações nem a atuação
da AGU.
 “ADIN de Sinal Trocado”

Procedente Inconstitucional

ADIN

Improcedente Constitucional
Decisão de
Mérito
Procedente Constitucional

ADC

Improcedente Inconstitucional

3.2.2.1.4. ADIN INTERVENTIVA


 Cabimento: quando alguma lei ou ato normativo, estadual ou distrital-estadual, violar o art. 34º, VII6.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto
para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da
Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos
consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta
Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.

6
Princípios Sensíveis: são aqueles que quando violados geram inconstitucionalidade imediata e permitem a intervenção federal.
 Legitimidade:
o Ativa: Procurador Geral da República
o Passiva: quem elaborou a lei violadora dos princípios sensíveis.
 Prazos: o prazo será de 10 dias, tanto para a AGU e PGR apresentarem seus pareceres, quanto para o
órgão responsável oferecer suas informações.
 Recurso contra decisão de mérito: não há previsão de algum recurso cabível.

3.2.2.1.5. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL


 Característica: tem natureza residual, pois só é cabível nos casos em que a ADIN ou ADC não podem
ser utilizadas (princípio da subsidiariedade).
 Objeto: lei ou ato normativo (federal, estadual, distrital ou municipal), bem como lei antiga (anterior à
05/10/1988)
 Cabimento: é a única ação que possui dois cabimentos:
o Autônoma: quando o Poder Público violar preceito fundamental (alguma norma importante da
CF)  busca evitar ou reparar algum dano
o Incidental: quando houver controvérsia constitucional (divergência social- ex: aborto,
liberdade de imprensa)  tem como finalidade eliminar a controvérsia.

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